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Bioenergética .......................................................................................................1
Controle hormonal e exercício físico....................................................................3
Exercício físico e sistema respiratório .................................................................7
Resposta cardiovascular ao esforço físico ...........................................................9
Termorregulação e exercício físico ....................................................................12
Tipos de fibras musculares ................................................................................15
Fadiga, Overtraining e Destreinamento ..............................................................17
✓ Reações exergônicas: catabolismo, que é a quebra
ou oxidação de moléculas combustíveis.
Liberação de energia
✓ Reações endergônicas: anabolismo, que é a síntese
ou redução de moléculas combustíveis.
Entrada de energia
Metabolismo = catabolismo + anabolismo
✓ Estima-se que os estoques celulares de ATP e
Substratos energéticos fosfocreatina são suficientes para sustentar uma
atividade física intensa por apenas 10 a 12 s.
O nosso corpo vai usar o que estiver disponível
conforme a demando do momento, mas tudo vai depender
do tecido envolvido, da situação fisiológica (fome ou pós- Via glicolítica: é a segunda fonte energética a ser
prandial) e de alguns sinais hormonais que são gerados, como utilizada após o início de uma atividade física e envolve o
no repouso, no exercício físico, no jejum e entre outros. fracionamento da glicose ou glicogênio até acido pirúvico.
A glicose e os ácidos graxos são os principais ✓ Quando a glicólise ocorre sem a presença de
substratos energéticos para o músculo esquelético, os oxigênio, o ácido pirúvico é convertido em ácido
aminoácidos por outro lado, são metabolizados em láctico e esse é utilizado como substrato
quantidades menores. energético por outros tecidos ou reconvertido em
glicose no fígado (gliconeogênese).
Vias metabólicas de produção de ATP ✓ O acúmulo de ácido láctico em exercícios intensos
O ATP está sendo utilizado e regenerado leva à acidose na célula muscular e nos líquidos
constantemente no nosso corpo, são três processos mais corporais, reduzindo a atividade de várias vias
importantes para a geração de ATP: metabólicas e limitando a continuação da atividade
física intensa por períodos longos.
Sistema ATP-fosfocreatina: é a via geradora de
✓ Na presença de oxigênio, o piruvato é convertido
ATP mais rápida e mais simples da fibra muscular, quando
em acetil-CoA ou oxaloacetato e são metabolizados
se inicia uma atividade física, esse sistema é o primeiro a
no ciclo de Krebs.
ser ativado para a reposição imediata de ATP. Após o
término da atividade física, as células musculares começam
a repor os estoques de fosfocreatina e ATP novamente.
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físico por longas horas, situações em que ocorre
Falta de O2 Ácido láctico
perda dos estoques de glicogênio e de lipídios no
Presença de organismo.
Piruvato Acetil - CoA
O2
Acetil- Coa ✓ Oxidação das gorduras: a oxidação de ácidos graxos
Oxaloacetato
elevado
ocorre por meio da β – oxidação no interior das
mitocôndrias. Quando ocorre predominância dessa
Cadeia de fosforilação oxidativa: é a via geradora via para formar energia é comum o acúmulo de
de ATP mais complexa, duradoura e eficiente, podendo corpos cetônicos, podendo gerar hálito cetônico nos
utilizar diferentes substratos energéticos, como glicose, indivíduos e neuropatia periférica diabética.
ácidos graxos e aminoácidos. Entretanto, por ser ✓ Uma pessoa com diabetes, por exemplo, apresenta
dependente de oxigênio, é um processo relativamente lento redução da glicose disponível para o sistema
e o último a ser requisitado. glicolítico, com isso passa a ocorrer a β – oxidação,
✓ Oxidação de carboidratos: envolve a glicólise tornando o indivíduo susceptível a ter hálito cetônico
anaeróbia, ciclo de Krebs e cadeia transportadora e neuropatia periférica.
de elétrons.
SISTEMA SISTEMA SISTEMA
ATP-CF GLICOLÍTICO OXIDATIVO
Velocidade
de geração Muito alta Alta Baixa
de ATP
Duração 3 a 5s 1,5 a 2 min Horas
Necessidade Anaeróbio Anaeróbio e Aeróbio
de O2 aeróbio
Eficiência Muito baixa Baixa Alta
energética
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✓ Promoção da utilização de gordura como fonte
Os hormônios estão envolvidos na maioria dos
energética.
processos fisiológicos, como na manutenção da homeostase, ✓ Redução na utilização de carboidratos: o GH diminui
regulação do crescimento, da temperatura corporal e nos a captação e a utilização de glicose pelos tecidos
aspectos relacionados ao esforço e atividades físicas. sensíveis à insulina, como músculo esquelético e
Principais desafios do nosso organismo durante um tecido adiposo. Como resultado, a concentração
exercício físico é manter constante a glicose sanguínea, a plasmática de glicose e de secreção de insulina
temperatura corporal e o balanço hidroeletrolítico. aumenta.
HORMÔNIOS DA TIREOIDE – T4 E T3
HORMÔNIO DO CRESCIMENTO - GH ✓ Atuam na maioria dos tecidos aumentando o
✓ É liberado em resposta à hipoglicemia. consumo de oxigênio e a produção de calor.
✓ Promoção do crescimento. ✓ Promoção do crescimento e desenvolvimento do
✓ É um hormônio importante para o anabolismo, uma cérebro durante a vida fetal e nos primeiros 5
vez que ele facilita a síntese proteica e incentiva o anos de vida pós-natal.
crescimento dos tecidos. ✓ Promovem o desenvolvimento do tecido muscular
esquelético, da derme e dos dentes.
✓ Aumenta a velocidade de contração e relaxamento
muscular.
✓ Aumenta a ação de catecolaminas.
✓ Ação metabólica: estimula absorção de glicose, a
gliconeogênese, a glicogenólise e a lipólise.
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CATECOLAMINAS
Tendem a aumentar durante atividade contínua e
de longa duração, com intensidade moderada. Ao término do
exercício, a adrenalina retorna aos seus valores de repouso
em alguns minutos, enquanto a noradrenalina permanece
elevada por algumas horas.
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ALDOSTERONA
O exercício físico diminui a pressão
arterial porque provoca redução no débito
cardíaco.
2 - O suor reduz o volume
plasmático e o fluxo de sangue 3 – A redução do fluxo sanguíneo renal estimula a
para os rins liberação de renina, que leva a formação de
angiotensina I, que é convertida em angiotensina II
5 – A aldosterona aumenta a
reabsorção de Na e H20 dos
túbulos renais
6 – O volume plasmático
aumenta, a produção de urina
diminui depois de alguns dias de
exercício e de ingestão de água e
sódio
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Exercício físico
Durante o exercício físico, a necessidade de
Limiar de compensação respiratória
oxigênio aumenta para a produção de energia.
É quando o sistema respiratório não consegue
VO2 máx é a capacidade máxima de produzir ajustar adequadamente o pH devido a intensidade do
energia pelo metabolismo oxidativo, ou seja, é a capacidade esforço físico ou do consumo de oxigênio.
de captar, transportar e utilizar o oxigênio. Vai depende das
vias aéreas superiores, inferiores, dos alvéolos, do quanto o Fase do exercício com predomínio do metabolismo
sistema cardiovascular é capaz de transportar e do quanto anaeróbio onde a acidose metabólica está descompensada,
as células são capazes de utilizar esse oxigênio. levando a interrupção do exercício.
Limiar ventilatório
É o ponto no qual a ventilação aumenta mais do que
a necessidade de oxigênio, está relacionado com o controle
do nosso pH e com a necessidade de remoção de dióxido de
carbono em excesso.
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Regulação do equilíbrio ácido-básico
A velocidade de remoção do lactato sanguíneo é
mais rápida quando a pessoa realiza a recuperação ativa, se
comparada com a recuperação passiva.
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FREQUÊNCIA CARDÍACA ✓ 60% da FC máx – Atividade leve para manutenção
Durante a atividade física, alguns ajustes são de condicionamento
necessários para a manutenção da perfusão tecidual, da ✓ 61 – 75% da FC máx – Controle de peso e ganho
pressão arterial em valores adequados e da frequência de capacidade aeróbica
cardíaca. ✓ 76 – 85% da FC máx – Capacidade anaeróbica e
tolerância a lactato
As primeiras alterações na frequência cardíaca ✓ Acima de 86% da FC máx – Treinos de velocidade
ocorrem pouco antes do início do exercício físico e são e potência
conhecidas como resposta antecipatória. A FC também pode
ter seu valor alterado pela temperatura, altitude e estados Frequência de reserva= FC máx – FC basal
motivacionais e emocionais. FC basal: após 5 minutos de repouso
PRESSÃO ARTERIAL
A pressão sistólica (PAS) aumenta em proporção
ao consumo de O2, ao débito cardíaco e à progressão do
exercício, enquanto a pressão diastólica (PAD) permanece
DÉBITO CARDÍACO igual ou aumenta apenas levemente.
Durante o exercício, ocorre aumento do débito As pressões sistólicas são maiores quando o
cardíaco que contribui para o aumento do fluxo sanguíneo trabalho se realiza mais com os braços do que com as
muscular. Para atender a maior demanda de oxigênio e pernas, devido à menor massa muscular e à menor
vascularização que existe nos membros superiores.
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na qual residem as células endoteliais. A força de
cisalhamento é um estímulo potente para a produção do
agente vasodilatador NO.
IMPORTANTE
Durante o exercício estático (isométrico), com pesos e
com máquinas, as pressões sistólica e diastólica
aumentam o estado hipertensivo, trazendo um risco
para pessoas hipertensas ou com outra doença
cardiovascular.
TERMORREGULAÇÃO
O sistema de termorregulação é composto de
CONCEITOS IMPORTANTES múltiplas vias neurais independentes que mandam estímulos
✓ Aclimatação: adaptação ao ambiente em curto aos centros termorreguladores hipotalâmicos. As
prazo de dias ou semanas. informações são provenientes de sensores periféricos de
✓ Aclimatização: adaptações ao ambiente em longos temperatura que medeiam a relação entre a temperatura
períodos, como meses e até anos. ambiente e temperatura da pele.
✓ Estresse térmico: Condição ambiental que aumenta Por outro lado, quando os receptores ao frio são
a temperatura corporal e muda a homeostase estimulados na pele ou no hipotálamo, o centro
temporariamente. termorregulador ativa os mecanismos fisiológicos que
✓ Umidade relativa alta: diminui a evaporação do minimizam a perda de calor e aumentam a sua produção,
suor e a perda de calor. tais como a vasoconstrição periférica.
✓ Umidade relativa baixa: aumenta a evaporação e a
perda de calor, deve haver reposição de líquidos ESTRESSE TÉRMICO NO CALOR
para não ter desidratação. A intensidade dos exercícios, a umidade, a
velocidade do ar e a radiação são fatores que contribuem
para o estresse térmico total durante um exercício físico
realizado no calor. Um aumento da temperatura central,
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além dos 37°C, ativa os neurônios sensíveis ao calor, ACLIMATAÇÃO AO CALOR
iniciando uma série de ações destinadas a aumentar a perda Aclimatação ao calor melhora a capacidade humana
de calor: de perder o calor excessivo e envolve reajustes fisiológicos
✓ Vasodilatação periférica no volume plasmático, na função cardiovascular, no suor e
✓ Sudorese no fluxo sanguíneo para a pele.
✓ Diminuição da taxa metabólica Resultado da aclimatação ao calor:
✓ Aumento da FC e do débito cardíaco
✓ Desvio do sangue para a pele ✓ Menor frequência cardíaca e temperatura central
durante o exercício submáximo.
Como a transpiração produz perda de água e de ✓ Aumento do volume plasmático em razão da
eletrólitos, o estresse induzido pela exposição ao calor pressão oncótica pelo retorno das proteínas
desencadeia a secreção de aldosterona, aumentando a plasmáticas para o sangue.
reabsorção de sódio no organismo, conservando mais ✓ Sudorese mais elevada – aumenta o resfriamento
eletrólitos. e reduzindo pela evaporação.
Ao mesmo tempo, a desidratação estimula a ✓ Redução da perda de sódio e de cloreto no suor
liberação de vasopressina (hormônio antidiurético), que eleva por aumento da secreção da aldosterona.
a permeabilidade dos túbulos coletores do rim à água, ✓ Redução do fluxo sanguíneo cutâneo.
facilitando a retenção de líquidos.
ESTRESSE TÉRMICO NO FRIO
A queda na temperatura corporal promove
ativação dos mecanismos de ganho de calor pelo aumento
da atividade do sistema nervoso simpático, causando:
✓ Vasoconstrição cutânea
✓ Redistribuição do retorno venoso
✓ Tremor muscular
✓ Secreção de catecolaminas e hormônios tireoidianos
✓ Aumento da taxa metabólica
✓ Piloereção
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calor metabólico que aquece o sangue transportando o calor Os principais riscos para a saúde durante o
produzido nos músculos para outras regiões do corpo. exercício físico no frio são: o hipotálamo começa a perder
sua capacidade de termorregulação, efeitos no nodo
Termogênese com tiritações
sinoatrial como diminuição da FC e do débito cardíaco. Por
A maior produção de calor durante a exposição ao fim, também pode ocorrer um fenômeno chamado geladura,
frio resulta em parte da ação de dois hormônios, a que é a necrose de tecido cutâneo por redução do fluxo
epinefrina e norepinefrina. O aumento das concentrações sanguíneo e carência de oxigênio.
circulantes dessas catecolaminas causa um aumento da taxa
do metabolismo celular. A norepinefrina, por exemplo, ativa
ACLIMATAÇÃO AO FRIO
as enzimas desacopladoras das mitocôndrias (UCP), Primeiro, a aclimatação ao frio leva a uma redução
diminuindo a eficiência na produção de ATP, o que libera do limiar térmico para ativação da termogênese por tremor
maior quantidade de calor. muscular, ou seja, as pessoas aclimatadas ao frio começam
a apresentar tremor muscular em um nível de temperatura
O estresse induzido pela exposição prolongada ao
cutânea menor em comparação com as pessoas não
frio estimula também a liberação de tiroxina, o hormônio
aclimatadas. Os indivíduos aclimatados ao frio também
tireoidiano, que induz aumento do metabolismo de repouso e
aumentam a capacidade da termogênese sem tremor
favorece a ação das catecolaminas. A tiroxina age
mantendo a produção de calor com menor tremor muscular.
aumentando a taxa metabólica de todas as células do
organismo. Nesses indivíduos também ocorre indução da
expressão da enzima desacopladara de mitocôndria UCP-1 e
Termogênese sem tiritações.
aumenta a secreção de epinefrina, que ativa a produção
metabólica de calor.
REFERÊNCIA
Cristina, PT. Fisiologia do Exercício. Grupo GEN, 2013. 978-
85-277-2307-7.
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O músculo esquelético contém um grupo
Fibras do tipo II
heterogêneo de fibras musculares que têm propriedades
contrateis e metabólicas diferentes. As fibras do tipo II possuem fibras de contração
mais rápida, que são adaptadas a exercícios de potência.
A distribuição percentual do tipo de fibra difere
Elas são divididas em tipo IIA e tipo IIB.
muito entre os indivíduos. Essa distribuição é determinada
A fibra do tipo IIA exibe alta velocidade de
essencialmente pelo código genético, embora possa ocorrer
encurtamento e capacidade moderada para transferência
alguma modificação com modos específicos de treinamento.
de energia das fontes aeróbias e anaeróbias. Já́ a fibra IIB
Fibras do tipo I apresenta maior potencial anaeróbio e velocidade de
encurtamento mais rápida.
As fibras do tipo I possuem fibras de contração Elas produzem ATP por meio do sistema anaeróbio,
lenta, vermelhas, com maior quantidade de mioglobinas, isso contribui para a geração rápida de energia e
mitocôndrias e com características adaptadas para contrações rápidas dessa fibra. Essas fibras podem
exercícios aeróbicos. também ser denominadas fibras brancas, uma vez que,
Elas utilizam o oxigênio como principal fonte de comparadas as fibras de contração lenta, têm quantidade
energia e têm resistência prolongada para contrações menor de mioglobina.
suaves, permitindo a manutenção da postura. ✓ Essas fibras são utilizadas em esportes que
✓ Sistema de energia utilizado: aeróbio; necessitam de mudanças de ritmos como
✓ São mais apropriadas para exercícios de longa basquete, futebol ou corridas de curtas distâncias;
duração; ✓ Fadigam mais rápido;
✓ São mais resistentes a fadiga. ✓ Capacidade glicolítica (utiliza a fosfocreatina e
glicose).
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RESISTÊNCIA A quantidade de fibras musculares inervadas por
um único neurônio depende muito do tipo de movimento que
✓ O treinamento de resistência, para aumentar VO2,
aquela região realiza. Na mão, por exemplo, que é um
também resulta no aumento de enzimas oxidativas,
membro que precisa de movimentos precisos, um neurônio
gerando aumento no tamanho e n° de mitocôndrias.
motor controla cerca de 300 fibras. Já nos músculos que
✓ A capacidade oxidativa aumenta em todos os tipos
precisam mais de força, como no gastrocnêmico, chega a
de fibras
ser um neurônio para 3.000 fibras.
✓ Aumento da atividade anabólica: síntese de
Para a realização de movimentos precisos e
proteínas aumentada
coordenados, necessitamos de um número maior de
✓ Alterações mínimas nas enzimas glicolíticas
unidades motoras pequenas. Ao contrário, quando
✓ Aumento dos substratos armazenados
necessitamos de movimento de força, um número maior de
✓ Aumento do glicogênio muscular em até 2 vezes
grandes unidades motoras deve ser ativado.
✓ Aumento da liberação de oxigênio para o músculo
Os neurônios motores pequenos estão relacionados
✓ Fibras I e IIA tornam-se similares pós-treinamento
com unidades motoras de contração lenta ou unidades
✓ Fibras II aumentam a capacidade oxidativa
motoras pequenas que contém fibras musculares de baixa
✓ Fibras IIB tornam-se histologicamente semelhantes
velocidade (tipo I), menor quantidade de fibras musculares e
ao tipo IIA
alta resistência à fadiga
FORÇA Por sua vez, os neurônios motores grandes fazem
✓ Hipertrofia das fibras parte das chamadas unidades motoras de contração rápida
✓ A hipertrofia pode diminuir a atividade enzimática ou unidades motoras grandes, com fibras musculares de alta
da mitocôndria por diminuir a massa mitocôndria velocidade (tipo IIb), maior quantidade de fibras musculares
✓ Pequeno ou nenhum aumento das atividades e pouco resistentes à fadiga.
enzimáticas glicolíticas e oxidativas no treinamento
de força, em contração isotônica.
✓ Aumento no número de fibras (hiperplasia)
✓ Aumento na área de secção transversal das fibras
musculares de contração rápida
VELOCIDADE
✓ Aumento do n° e tamanho das mitocôndrias
✓ Aumenta a capacidade oxidativa nas fibras do tipo
II
✓ Aumenta a atividade glicolítica nas fibras do tipo I
✓ Pequeno ou nenhum aumento na capacidade
glicolítica das fibras do tipo II
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A contração muscular depende da integridade do SNC, A fadiga central também envolve alterações nas
do nervo motor, da junção neuromuscular, dos mecanismos concentrações de neurotransmissores como a serotonina,
contráteis e do metabolismo energético. A deficiência de um dopamina e norepinefrina, provocadas por modificações
desses sistemas pode levar ao estado de fadiga. metabólicas durante o exercício.
A fadiga ocorre por trabalho ou exercício físico em O exercício aumenta a concentração de triptofano no cérebro,
exaustão e com isso o músculo fica incapaz de sustentar a que predispõe a maior síntese e liberação de serotonina. Uma
força máxima de contração, mesmo na presença de estímulos. vez que a serotonina está relacionada com sono e relaxamento,
Ocorre sensação geral de cansaço acompanhado de decréscimo o aumento do seu conteúdo pode provocar fadiga central,
no desempenho muscular, além de incapacidade em manter uma causando letargia e redução no recrutamento das unidades
produção de potência esperada. motoras.
✓ A fadiga tem como função proteger o músculo de
lesões.
✓ Redução na liberação ou síntese de ACh;
- Envolve o SN ✓ Hiperatividade da enzima Acetilcolinesterase;
- Exercícios de longa duração ✓ Inibição da atividade da Colina-Acetiltransferase;
✓ Aumento do limiar de excitabilidade da membrana da
- Associada a fatores psicológicos como diminuição
fibra muscular;
da motivação, falta de atenção nas tarefas e
percepção de esforço e dor aumentadas. ✓ Presença de substância que competem cm ACh pelos
receptores da membrana da fibra muscular;
Central ✓ Efluxo de potássio do espaço intracelular da fibra
FADIGA (menor potencial de membrana).
Periférica
- Ocorre na junção neuromuscular
- Exercícios mais intensos de curta duração Depleção de fosfocreatina (PCr): a fadiga provocada
por repetidas contrações musculares máximas coincide com o
A fadiga experimentada por um indivíduo durante o
declínio dos estoques de fosfocreatina.
exercício físico resulta de uma interação complexa entre
fatores centrais e periféricos. alterações metabólicas no
próprio músculo e danos musculares.
No início e durante os exercícios de longa duração,
predomina a fadiga central, mas após o exercício entram em
ação os fatores periféricos da fadiga, que envolvem alterações
estruturais e metabólicas do músculo, como a depleção de
glicogênio.
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Depleção de glicogênio muscular: Exercícios em que predominam a glicólise anaeróbia: