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Índice Páginas

1.Introdução teórica.....................................................................................................................................3

2.Práticas Laboratorial No4: Influência dos factores na velocidade de uma reacção química......................4

2.1.Objectivos da prática.........................................................................................................................4

2.2.Experiência No1: Influência da temperatura na velocidade de uma reacção química.........................5

2.3.Experiência No2: Influência da superfície de contacto na velocidade de uma reacção química.........8

2.4.Experiência No3: Influência da concentração na velocidade de uma reacção química.....................11

2.5.Experiência No4: Influência do catalisador na velocidade de uma reacção química........................14

2.6.Experiência No5: Influência do inibidor na velocidade de uma reacção química.............................17

3.Resolução de Questões...........................................................................................................................19

4.Bibliografia.............................................................................................................................................22
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1.Introdução teórica

O termo “cinética” está relacionado a “movimento” quando se pensa nele a partir de seu conceito
físico. Entretanto, nas reacções químicas, não há movimento, mas sim mudanças de composição
do meio reaccional, ao longo da reacção.

A Cinética química é o estudo da velocidade das reacções, de como a velocidade varia em


função das diferentes condições e quais os mecanismos de desenvolvimento de uma reacção do
ponto de vista microscópico (do ponto de vista de um “Observador Interno”).

A velocidade das reacções químicas depende de vários factores como a concentração dos
reagentes, a temperatura, estados físicos dos reagentes, a presença de um catalisador ou de um
inibidor, a pressão e a luz.

A extensão (progresso ou desenvolvimento) de uma reacção química é medida através da


quantidade da substância que reagiu. A velocidade (taxa) de uma reacção química é uma
derivada da extensão da reacção com relação ao tempo.

A dependência da velocidade da reacção da concentração é determinada pela lei da acção das


massas que diz o seguinte: a uma temperatura constante, a velocidade da reacção química é
directamente proporcional ao produto das concentrações dos reagentes. Como mostra a equação
abaixo a partir duma reacção genérica:

A partir da reacção acima a lei da velocidade é expressa por:

Relatório de Prática Laboratorial: Química-Física I, Elaborado por Joaquim Tica.


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2.Práticas Laboratorial No4: Influência dos factores na velocidade de uma reacção química
Cinética Química

2.1.Objectivos da prática

 Verificar a influência dos factores (concentração dos reagentes, temperatura, catalisador,


inibidor, superfície de contacto) na velocidade da reacção química.
 Entender os conceitos químicos e físicos que podem estar associados ao experimento
evidenciado.

 Entender, de um modo geral, que muitas actividades experimentais podem ser


desenvolvidas em sala de aula sem o auxílio de equipamentos e materiais laboratoriais
sofisticados.

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2.2.Experiência No1: Influência da temperatura na velocidade de uma reacção química.

2.2.1.Objectivo

 Verificar a influência da temperatura na velocidade da reacção química.

2.2.2.Materiais
Béqueres de 100 ml (1); Béqueres de 50 ml (2); fogão magnético; termómetro, cronómetro e ….

2.2.3.Reagentes
Água (quente, fria e temperatura ambiente) e Antiácido

2.2.4.Procedimentos

 Aqueceu-se a água com a ajuda de ….. num fogão magnético;


 Em três béqueres de 100 ml, adicionar 50 ml de água quente no primeiro béquer (B1), 50
ml de água na temperatura ambiente no segundo béquer (B2) e 50 ml de água gelada no
terceiro béquer (B3);
 Adicionou-se em simultaneamente, isto é, ao mesmo tempo, em cada béquer meio
comprimido de antiácido;
 Verificou-se a reacção em cada um dos três béqueres.

2.2.5.Observação

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 Ao adicionar-se em cada béquer meio comprimido de antiácido, observou-se que o


antiácido no B1 (água quente) reagiu mais rapidamente com a água, isto é, mostrava um
consumo ou dissolução mais rápida de todos os compôs;
 No B2 (água na temperatura ambiente), observou-se que o antiácido reagiu mais
lentamente em relação ao B1 (água quente) com a água, isto é, mostrava um consumo ou
dissolução lenta em relação ao B1;
 No B3 (água gelada), observou-se que o antiácido reagiu mais lentamente em relação ao
dos copos B1 e B2, isto é, mostrou o consumo do antiácido mais lento de todos os copos,
num tempo de comparação de 19 minutos.
 Em suma verificou-se que a medida que o tempo passava os meios comprimidos dentro
dos copos a diferentes temperaturas dissolviam-se de maneira diferenciadas, como mostra
a tabela abaixo:

Tabela No1: Ilustra a temperatura e a velocidade da reacção em cada Bequer.


Copo de Bequer Água Temperatura ( oC) Velocidade da
reacção
B1 Quente 84 Rápido
B2 A temperatura 26 Lento
ambiente
B3 Gelada 8 Mais lento
Fonte: Autor

2.2.6.Discussão Científica

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Observou-se que o antiácido do copo de béquer B1 (água quente) reagiu mais rapidamente em
relação a do B2 (água na temperatura ambiente), que por sua vez reagiu mais rapidamente em
relação a do B3 (água gelada) por causa da influência que a temperatura tem na velocidade de
uma reacção.

Segundo CPEAES (2005: 104), se a um determinado sistema aumentarmos a temperatura,


aumenta consecutivamente a energia cinética das partículas (movimento das partículas) que por
sua vez provoca ou aumenta a probabilidade de ocorrência de choques eficazes, o que resulta no
aumento da velocidade da reacção.

O que vem a explicar a diferença da rapidez do consumo do antiácido nos três copos de béquer,
isto é, B1 (água quente), B2 (água na temperatura ambiente) e B3 (água gelada), sendo que no
B1 o consumo foi mais rápido devido a alta temperatura que aumentou consecutivamente a
energia cinética das partículas (movimento das partículas) aumentando deste modo a
probabilidade de ocorrência de choques eficazes, o que resultou no aumento da velocidade da
reacção em relação ao B2 e B3. No B3 (água gelada) o consumo foi mais lento em relação a B1
(água quente), B2 (água na temperatura ambiente) devido a baixa temperatura da água que
diminui a energia cinética das partículas (movimento das partículas) diminuindo deste modo a
probabilidade de ocorrência de choques eficazes, o que resultou na diminuição da velocidade da
reacção.

2.2.7.Conclusão

 Finda a experiência conclui-se que a temperatura tem influência na velocidade de uma


reacção química, sendo que se quando maior for a temperatura maior é a velocidade da
reacção e vice-versa.

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2.3.Experiência No2: Influência da superfície de contacto na velocidade de uma reacção


química.

2.3.1.Objectivo

 Verificar a influência da superfície de contacto na velocidade da reacção química.

2.3.2.Materiais
Copos de Béqueres de 100 ml (2); almofariz, triturador, cronómetro.

2.3.3.Reagentes
Água da torneira e Antiácido

2.3.4.Procedimentos

 Como auxílio de almofariz e triturador triturou-se um comprimido de antiácido até que o


mesmo estivesse em pó;
 Com o auxílio de dois copos de béqueres (B1 e B2) de 100 ml, contendo 50 ml de água
da torneira em temperatura ambiente cada, adicionou-se simultaneamente meio
comprimido de antiácido e outro meio comprimido de antiácido em pó.
 De seguida observou-se os factos que aconteceram durante a execução da experiência.

2.3.5.Observação

 Ao adicionou-se simultaneamente meio comprimido de antiácido no copo de béquer (B1)


e outro meio comprimido de antiácido em pó (B2), observou-se que no copo de béquer

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(B2) contendo meio comprimido de antiácido em pó a reacção (dissolução do


comprimido) foi mais rápida em relação ao B1 contendo meio comprimido de antiácido
num intervalo de tempo de 2 minutos e 30 segundos, como mostra a tabela abaixo:

Tabela No2: Ilustra a velocidade da reacção em cada Bequer.


Copo de Bequer Reagente líquido Reagente sólido A reacção (2min:30s)
(100ml)
B1 Água da torneira Meio comprimido de Lenta
antiácido
B2 Água da torneira Meio comprimido de Rápida
antiácido em pó
Fonte: Autor

2.3.6.Discussão Científica

Observou-se que o copo de béquer (B2) contendo meio comprimido de antiácido em pó a


reacção foi mais rápida em relação ao B1 contendo meio comprimido de antiácido devido a
superfície do contacto do comprimido que tem uma certa influência na velocidade da reacção.

Segundo CPEAES (2005: 104), se aumentar a superfície de contacto de um determinado


reagente, isto é, moer um reagente sólido, aumenta a probabilidade de ocorrência de choques
eficazes ou efectivos o vem consecutivamente a aumentar a velocidade da reacção visto que a
reacção ocorrerá na sua superfície de contacto.

Fazendo um paralelo acerca da diferença da velocidade da reacção tomando a presente


experiência, pode-se argumentar que no B2 contendo meio comprimido de antiácido em pó a
reacção foi mais rápida em relação ao B1 contendo meio comprimido de antiácido visto que ao
se moer o comprimido aumentou-se a superfície de contacto, que por sua ao se fazer reagir com a
água veio aumentar a probabilidade de ocorrência de choques eficazes ou efectivos o que

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implicou o aumento da velocidade da reacção visto que a reacção ocorreu na sua superfície de
contacto em relação ao B1.

2.3.7.Conclusão

 Finda a experiência conclui-se que a superfície de contacto tem influência na velocidade


de uma reacção química, sendo que se quanto maior for a superfície de contacto maior é a
velocidade da reacção e vice-versa.

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2.4.Experiência No3: Influência da concentração na velocidade de uma reacção química.

2.4.1.Objectivo

 Verificar a influência da superfície de contacto na velocidade da reacção química.

2.4.2.Materiais
Balão de Erlenmeyer, copos de béqueres de 50 ml (3); Seringas, cronómetro.

2.4.3.Reagentes
Sulfato de cobre 1 M, 0,1 M e 0,01 M – CuSO4, Prego.

2.4.4.Procedimentos

 Tomou-se três soluções de sulfato de cobre (CuSO 4) já preparadas nas seguintes


concentrações 0.01 M, 0.1 M e 1 M.

 Em três béqueres de 50 ml, adicionou-se 20 ml de solução de sulfato de cobre - CuSO4,


sendo que no copo de béquer 1 (B1) concentração de 1 M, no copo béquer 2 (B2)
concentração de 0,1 M e no copo de béquer 3 (B3) concentração de 0,01 M;

 Introduziu-se um prego em cada um dos béqueres contendo a solução de sulfato de cobre;

 De seguida verificou-se em cada béquer os processos que ocorriam durante 10minutos.

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2.4.5.Observação

 Ao introduzir-se um prego em cada um dos béqueres contendo a solução de sulfato de


cobre observou-se que o prego aparentava um embranquecimento seguido por um
enferrujamento no sentido de os pregos de todos os copos estarem banhados de cobre;

 No B1 (1M) a reacção do prego e solução de sulfato de cobre ocorreu mais rapidamente


em relação ao B2 (0,1 M) e B3 (0,01 M), e por sua vez a reacção destes no B2 ocorreu
mais rapidamente em relação ao B3, como mostra a tabela abaixo:

Tabela No3: Ilustra a velocidade da reacção em função de diferentes concentrações.


Copo de Bequer (50ml) [CuSO4] Tempo
B1 1M 1min.30s.
B2 0.1M 2min.
B3 0.01M 5min.
Fonte: Autor.

2.4.6.Discussão Científica

Observou-se que no B1 (1M) a reacção do prego e solução de sulfato de cobre ocorreu mais
rapidamente em relação ao B2 (0,1M) e B3 (0,01M), e por sua vez a reacção destes no B2
ocorreu mais rapidamente em relação ao B3 devido a diferença de concentração que tem
influência na velocidade de uma reacção química.

Segundo CPEAES (2005: 104) se aumentarmos a concentração dum reagente, aumenta


consecutivamente a energia cinética das partículas por unidade de volume e o que vem a implicar
consequentemente o aumento da probabilidade de ocorrência de choques, o que resultam num
aumento da velocidade.

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Fazendo um paralelo acerca da diferença da velocidade da reacção tomando como ponto de


partida os resultados apresentados, pode-se argumentar que no B1 (1M) a reacção do prego e
solução de sulfato de cobre ocorreu mais rapidamente em relação ao B2 (0,1M) e B3 (0,01M), e
por sua vez a reacção destes no B2 ocorreu mais rapidamente em relação ao B3 por causa da
diferença de concentração, visto a solução de sulfato de cobre no B1 apresentava uma
concentração superior em relação aos restantes (1M), ocasionou o aumento da energia cinética
das partículas por unidade do seu volume e o que veio a implicar o aumento da probabilidade de
ocorrência de choques, o que resultou num aumento da velocidade, isto é, maior velocidade em
relação aos restantes copos. A mesma linha de pensamento é válida para explicar a reacção
ocorrente no B2 e B3 que também apresentavam concentrações diferentes.

2.4.7.Conclusão

 Finda a experiência conclui-se que a concentração tem influência na velocidade de uma


reacção química, sendo que se quanto mais forem concentrada os reagentes maior será a
velocidade da reacção e vice-versa.

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2.5.Experiência No4: Influência do catalisador na velocidade de uma reacção química.

2.5.1.Objectivo

 Verificar a influência do catalisador na velocidade da reacção química.

2.5.2.Materiais
Vidro de Relógio, conta-gotas, copo de béquer 50 ml, espátula, cronómetro.

2.5.3.Reagentes
Água Oxigenada 10 Volumes, óxido de Magnésio – MgO, batata.

2.5.4.Procedimentos

1ª Etapa

 Tomando um vidro de relógio adicionou-se uma quantidade relevante de óxido de


Magnésio – MgO;

 De seguida adicionou-se 10 gotas de água oxigenada 10 volumes;

 Observou-se muito bem o processo que ocorria.

2ª Etapa

 Cortou-se uma fatia de uma batata já preparada e lavada;

 Introduziu-se a fatia da batata num vidro de relógio.

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 No vidro de relógio onde estava a fatia da batata, adicionou-se cinco gotas de água
oxigenada 10 volumes.

 De seguida verificou-se o processo e anotou-se as observações.

2.5.5.Observação

1ª Etapa

 Ao adicionar-se 10 gotas de água oxigenada 10 volumes ao óxido de Magnésio – MgO


observou-se a formação de bolhas no intervalo de tempo de 1 minutos e 20 segundos.

2ª Etapa

 Ao adicionar-se cinco gotas de água oxigenada 10 volumes a uma fatia de batata


observou-se a formação de bolhas acompanhadas pela presença de espuma no intervalo
de tempo de 12 segundos.

2.5.6.Discussão Científica

Segundo USBERCO &SALVADOR (2002:386), um catalisador numa reacção química diminui


a energia de activação (Ea) que é a menor quantidade de energia necessária que deve ser
fornecida aos reagentes para a formação do complexo activado e, consequentemente, para a
ocorrência da reacção, o que quer dizer que encurta o caminho da reacção, por isso, aumenta a
velocidade da reacção.

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Na 1ª Etapa foi a decomposição da água oxigenada na presença de Oxido de Magnésio, sendo


que a reacção levou 1 minutos e 20 segundos para ocorrer, enquanto na 2ª Etapa a reacção levou
levou 12 segundos para ocorrer, o que nos leva a dizer que a 2ª Etapa a água oxigenada se
decompôs na presença do catalisador batata reno, visto que a batata reno possui substâncias que
funcionaram como catalisadores, substancias estas denominadas enzimas, que catalisaram a
reacção da decomposição da água oxigenada de modo que se processasse mais rapidamente, que
tem como produto a água e libertação de oxigénio, como mostram as equações da reacção abaixo
respectivamente:

As enzimas da batata reno diminuíram a energia de activação (Ea) da reacção, fazendo com que
a reacção necessitasse de menor quantidade de energia que deveria ser fornecida aos reagentes
para a formação do complexo activado e, consequentemente, para a ocorrência da reacção, o que
quer dizer que encurtou o caminho da reacção, por isso, aumenta a velocidade da reacção.

2.5.7.Conclusão

 Finda a experiência conclui-se que o catalisador tem influência na velocidade de uma


reacção química, sendo que uma determinada reacção química ocorre mais rapidamente
na presença de um catalisador, isto é, diminui a energia de activação (encurta o caminho
da reacção) para a ocorrência da reacção, por isso aumenta a velocidade da reacção.

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2.6.Experiência No5: Influência do inibidor na velocidade de uma reacção química.

2.6.1.Objectivo

 Verificar a influência do catalisador na velocidade da reacção química.

2.6.2.Materiais
Vidro de Relógio e espátula.

2.6.3.Reagentes
Ácido cítrico e Beringela.

2.6.4.Procedimentos

 Cortou-se uma fatia de uma beringela;

 Introduziu-se a fatia cortada da beringela num vidro de relógio;

 Em seguida, espalhou-se uma quantidade de ácido cítrico numa das partes da fatia
cortada da beringela;

 Anotou-se as observações que decorreram durante o processo.

2.6.5.Observações

 Ao se espalhar uma quantidade de ácido cítrico numa das partes da fatia cortada da
beringela, observou-se que o mesmo dissolveu-se na mesma num intervalo de tempo de
45segundos;

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 A outra parte da fatia cortada tornava-se castanha ou por outras palavras mostrava sinais
de murchar (oxidava).

2.6.6.Discussão científica
Ao se espalhar uma quantidade de ácido cítrico numa das partes da fatia cortada da beringela,
observou-se que o mesmo dissolveu-se na mesma num intervalo de tempo de 45segundos. A
outra parte da fatia cortada tornava-se castanha ou por outras palavras mostrava sinais de
murchar (oxidação) em 2 minutos, porque o ácido cítrico ao entrar em contacto com a beringela
funcionou como inibidor, isto é, retardando com que a reacção ocorresse.

O inibidor em uma reacção química aumenta a energia de activação (Ea) que é a menor
quantidade de energia necessária que deve ser fornecida aos reagentes para a formação do
complexo activado e, consequentemente, para a ocorrência da reacção, o que quer dizer que
aumenta o caminho da reacção, por isso, diminui a velocidade da reacção.

O ácido cítrico condicionou com que a beringela levasse mais tempo para murchar, ou por outras
palavras reagir com o ar atmosférico.

2.6.7.Conclusão

 Finda a experiência conclui-se que o inibidor tem influência na velocidade de uma


reacção química, sendo que uma determinada reacção química aumenta a energia de
activação (aumenta o caminho da reacção) para a ocorrência da reacção, por isso, diminui
a velocidade da reacção.

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3.Resolução de Questões

1. De um modo geral, explicar claramente a influência de cada um dos factores na


velocidade de uma reacção química.

Natureza dos reagentes: São mais rápida as reacções que, devido à natureza dos seus reagentes,
há menos ligações químicas para quebrar.
Exemplo: H-Cl + NaOH ? mais rápida; H-N-H + H-O-H ? menos rápida
H
Superfície de contacto (estado de divisão dos reagentes)
Ao aumentar a superfície de contacto (p.ex. moer um reagente sólido), aumenta a probabilidade
de ocorrência de choques eficazes/efectivos e aumenta a velocidade da reacção.
Exemplo: “Açúcar fino dissolve-se melhor em água do que açúcar grosso”.

Temperatura
Ao aumentar a temperatura, aumenta a energia cinética das partículas (movimento das partículas)
e isso provoca ou aumenta a probabilidade de ocorrência de choques eficazes, o que resulta no
aumento da velocidade da reacção.

Concentração dos reagentes


Ao aumentar a concentração dum reagente, aumenta a energia cinética das partículas por unidade
de volume e consequentemente aumenta-se a probabilidade de ocorrência de choques, o que
resultam num aumento da velocidade.

Pressão e/ou Volume


Ao aumentar a pressão dum sistema (ou diminuir o volume, a consequência é a mesma), resulta
num aumento da concentração e a velocidade aumenta.

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Catalisador
Um catalisador numa reacção química diminui a energia de activação (encurta o caminho da
reacção), por isso, aumenta a velocidade da reacção.

2. Explicar o papel dos catalisadores e dos inibidores nas reacções químicas dando
exemplos concretos da vida diária em certas áreas.

Numa reacção química, o catalisador diminui a energia de activação, isto é, encurta o caminho
da reacção, criando um caminho alternativo, o que exige menor energia de activação, fazendo
com que a reacção se processe de maneira mais rápida, isto é, aumenta a velocidade da reacção.
Exemplo: o fermento na fabricação de bebidas caseira faz com que a bebida fermente mais
rápido.
Enquanto, o inibidor é ao contrário aumenta a energia de activação, isto é, aumenta o caminho
da reacção, criando um caminho mais longo, o que exige maior energia de activação, fazendo
com que a reacção se processe de maneira mais lenta possível, isto é, diminui a velocidade da
reacção
Exemplo: o sal no peixe retarda a sua putrefacção

3. Explica a importância do estudo da cinética química para a sociedade.

O estudo da cinética química tem uma grande importância para a sociedade visto que aproxima-
nos mais do abstracto, isto é, os conhecimento e o estudo da velocidade das reacções, além de ser
muito importante em termos industriais, também está relacionado ao nosso dia-a-dia, por
exemplo, quando guardamos alimentos na geladeira para retardar sua decomposição ou usamos
panela de pressão para aumentar a velocidade de cozimento dos alimentos e este fenómeno é
explicado pela cinética.

4. Explique as seguintes catálises: homogénea e heterogénea.


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Catálise homogénea é uma reacção cujo catalisador e os reagentes constituem um sistema


monofásico, ou seja uma mistura homogénea, isto é, quando os reagentes, produtos e
catalisadores encontram-se dispersos numa única fase, normalmente líquida.
A catálise ácida e a catálise básica constituem os tipos mais importantes de catálise homogénea
em solução líquida por exemplo: a reacção entre o acetato de etilo e a água para formar ácido
acético e metanol é normalmente demasiada lenta para que a sua velocidade possa ser medida .
A catálise homogénea também pode ocorrer em fase gasosa.

Ex: Através do oxigénio (gás), o dióxido de nitrogénio (gás) catalisa a oxidação do dióxido de
enxofre (gás) a trióxido de enxofre( gás), como mostra a equação da reacção abaixo:

Catálise heterogenia é uma reacção cujo catalisador e os reagentes constituem um sistema


polifásico, ou seja uma mistura heterogénea, isto é, quando os reagentes e o catalisador
encontram-se em fases diferentes. Normalmente o catalisador é um sólido e os reagentes são
gases ou líquidos.

Ex: A reacção entre o hidrogénio (gás) e o etileno (gás) forma-se o etano, sob a acção catalítica
de alguns metais sólidos, como platina e níquel, como mostra a equação da reacção abaixo:

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4.Bibliografia
CPEAES, Justino M.J. Rodrigues (Coordenador). Preparação para o Ensino Superior, Maputo,

Maio de 2007BALL,

CHANG, Raymond, Química, editora McGraw-Hill, 8ª edição, Portugal, 2005, pg1038.

DAVID, Físico-Química, editora Thomson, Brasil, 2003.

GLINKA, N. Química geral, Vol. 1, editora Mir, Moscovo, 1984.

USBERCO, João; SALVADOR, Edgard, Química Volume Único, 5ª edição reform. São Paulo,

Editora Saraiva, 2002.

Relatório de Prática Laboratorial: Química-Física I, Elaborado por Joaquim Tica.

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