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UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ

LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

O PAPEL DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO DE


MODALIDADES ESPORTIVAS; EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE ADAPTADO.

Macapá
2020
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RAMOS, Adrielle Andressa Souza1

O PAPEL DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO DE


MODALIDADES ESPORTIVAS; EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE ADAPTADO.

Trabalho do curso Licenciatura em


Educação Física, apresentado a
Universidade Norte do Paraná – UNOPAR,
como requisito parcial de obtenção de nota
semestral nas disciplinas: Anatomia
aplicada à Educação Física; Atividades
físicas e esportes adaptados; Medidas e
Avaliação em Educação Física;
Metodologia do Ensino de Lutas na Escola;
Metodologia do Ensino do Voleibol;
Práticas Pedagógicas: Identidade Docente;
Sob orientação dos docentes: Túlio Moura;
Eloise Werle; Alessandra B. Porto;
Anderson Guimarães; Marcio Teixeira;
Luciane Bianchini.

Macapá
2020

Sumário
1. INTRODUÇÃO 04

2. DESENVOLVIMENTO I 05
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3. DESENVOLVIMENTO II 08
3.1. Resolução de Situação-Problema - TEMA: Educação Física e Esporte Adaptados 08

4. CONCLUSÃO 09

5 REFERÊNCIAS 10

1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho é produto de uma revisão bibliográfica sobre o papel do
Professor de Educação Física no ensino de modalidades esportivas. O mesmo irá
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abordar várias analises, estudos, experiência profissional e preocupações de caráter


social e educacional voltadas para as pessoas portadoras de necessidades
especiais. Sabemos que Educação Física passa constantemente por
questionamentos relacionados ao seu real valor no ambiente escolar. Isto se dá
principalmente por dois motivos. O primeiro relaciona-se aos professores, pois
existem alguns profissionais que não têm interesse em buscar novas formas de
transmissão do conhecimento e mantém seus métodos de ensino por longos
períodos sem nenhum tipo de reciclagem, como afirma os Parâmetros Curriculares
Nacionais: “[...] encontra-se ainda, em muitos contextos, a prática de propostas de
ensino pautadas em concepções ultrapassadas, que não suprem as necessidades e
as possibilidades da educação contemporânea”.

No atual sistema educacional nos deparamos com uma proposta de ensino


/aprendizagem, ou seja, bem ensinar um esporte, você, como professor, deverá
conhecer sobre os métodos de ensino para a iniciação esportiva garantindo assim o
melhor aproveitamento na aprendizagem das modalidades de esportivas. Os
métodos de ensino de aprendizagem escolar devem ser de maneira eficiente, sem
ser desmotivam-te e maçante. Tais métodos, são empregados de maneira a
organizar as atividades de ensino, para que o professor de Educação Física atinja os
objetivos proposto de aprendizagem, devem constar estratégias e procedimentos
para a ação educativa.

O objetivo deste trabalho é proporcionar uma maior reflexão aos professores e


futuros professores de Educação Física, através de uma revisão de literatura, em
relação a uma outra possibilidade de transmissão dos conteúdos, que é a
interdisciplinaridade, porém tem sido pouco utilizada nas escolas. De um modo
geral, o presente trabalho tem como objetivo principal abordar o papel do professor
de Educação Física no ensino de modalidades esportivas, pois, sabe-se que é
necessário se aprofundar mais neste assunto, para que o próprio professor de Ed.
Física saiba o que ele pode fazer para melhorar sua imagem perante os demais
docentes; e para que nós, como futuros profissionais de educação física, possamos
planejar uma aula de qualidade e resultado, melhorando o aprendizado do aluno.

2. DESENVOLVIMENTO I
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O início da Educação Física escolar no Brasil, teve influência direta dos militares
e também dos médicos, com isto, o papel do professor era fazer com que os alunos
tivessem corpos saudáveis, disciplinados, higienizados e fortes. Além disto, as aulas
eram baseadas no modelo europeu, com ênfase na ginástica. Este modelo perdurou
por várias décadas, com os professores preocupando-se apenas com a formação
voltada para aptidão física, hábitos de higiene saudáveis e patriotismo.

A partir do início da década de 1970, por influência da ditadura militar, a


educação física escolar, passou a ter um caráter de formação esportiva, ou seja, o
papel do professor era praticamente o de um treinador, sua função era desenvolver
nos alunos suas capacidades físicas, motoras e habilidades, selecionando a seu
critério os melhores, que seriam treinados para os esportes de alto rendimento,
Castellani Filho (1988).

Vale ressaltar que na mesma década de 70 o professor de Educação Física era


visto pelos docentes de outras matérias com descrédito, pois, período em que a
Educação Física tinha uma finalidade definida na escola, que era formar atletas, os
demais professores não enxergavam o professor de Educação Física como parte
integrante do processo de ensino-aprendizagem realizado na escola, tendo em vista
que sua finalidade estava totalmente voltada para a formação esportiva, não tendo
um conteúdo pedagógico. Para ilustrarmos bem o descrédito dos professores de
Educação, colocamos a fala de Souza Vargas:

[...] na escola, o professor de Educação Física, geralmente, é aquele


elemento simpático, alegre, liberto de tensões. Um elemento que não
cria problemas para a instituição. E isso não deve causar surpresa
nem espanto: como criar problemas se ele não participa de maneira
ativa da rotina escolar? Ele é um turista, um visitante, um E.T. Na
discussão de conteúdos das disciplinas e das metas a serem
traçadas para o período letivo, ele não é convidado a participar. No
conselho de classe, ele é o elemento que pode passar despercebido,
que pode entrar mudo e sair calado e, quando opina, é sobre os
problemas de disciplina comportamental dos alunos, e nada mais
(VARGAS, 2004).

No decorrer da década de 80, com a mudança desse aspecto tecnicista, esta


relação não mudou muito, até mesmo porque, sabe-se que até meados da década
de 1990 as aulas de Ed. Física eram realizadas em período oposto ao das demais
disciplinas, isto gerava uma separação dos professores de Educação Física em
relação aos demais. Com a mudança da grade, que incluiu as aulas de Ed. Física no
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horário normal de aula, junto com as demais matérias, esta distância entre os
professores parece ter diminuído. Mas além desta questão temos o fato de que a
Ed. Física, em geral não é reconhecida como disciplina pelos alunos. Segundo
Lorenz & Tibeau (2001), alunos do ensino médio frequentam as aulas de Educação
Física apenas para distração, descontração e lazer.

Por outro lado, quando procuramos definir o que é importante a ser aprendido ao
desenvolvermos o ensino nas modalidades esportivas nas aulas de Ed. Física,
inicialmente esclarecemos que, pelo fato de este fenômeno estar presente na nossa
sociedade, a aprendizagem não se dá exclusivamente no âmbito escolar, mas sim
em diversos ambientes, como a família, grupo de amigos, praças públicas, clubes e
outros. Não obstante, em se tratando do ambiente escolar, torna-se necessário
delimitarmos quais conteúdos são essenciais para a formação do aluno. Sabendo-
se, por outro lado, que seria impossível a abrangência de todo um universo referente
ao esporte, torna-se relevante detectarmos o que realmente é primordial.

Salienta-se de que todo profissional de Educação Física necessita de uma base


teórica para orientar sua prática pedagógica, faz-se necessário repensar sobre
modalidades esportivas no contexto escolar, considerando-o como conteúdo de uma
disciplina comprometida com o processo educativo. Deve-se ficar atento para o
modelo de esporte a partir do qual o profissional de Educação Física desenvolve
suas aulas, pois na escola existe a prática esportiva extraescolar, relacionada aos
modelos de performance, visando ao rendimento e permitindo a comparação
objetiva de resultados.

A escola é, acima de tudo, o local instituído para a ação educativa formal e que
se dá mediante o processo político pedagógico. Por isso, a atuação do professor de
Educação Física deve fazer com que, por meio de seus conteúdos, propiciem aos
alunos compreenderem as diversas formas de manifestações esportivas. A intenção
não é ensinar a praticar determinadas modalidades esportivas e conhecer apenas
suas formas, suas aplicações e organizações, mas o papel é fazer com que
adquiram autonomia para a prática dessas modalidades esportivas com um senso
de reflexão crítica sobre como, quando, onde e para que elas se manifestam nas
mais variadas situações, nesse caso, no cenário escolar.
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Atualmente, o professor de Educação Física em âmbito escolar, acaba se


tornando uma disciplina, na qual atua desde a educação infantil, passando pelo
ensino fundamental I e II, ensino médio, EJA e também com atuação nas
universidades. Em cada grau de escolaridade, a Educação Física Escolar tem sua
atuação planejada conforme a idade e a capacidade de entendimento do educando,
desenvolvendo com responsabilidade os conteúdos previstos.

Em suma, acima de tudo, o local instituído para a ação educativa formal e que se
dá mediante o processo político pedagógico. Por isso, a atuação do professor de
Educação Física deve fazer com que, por meio de seus conteúdos, propiciem aos
alunos compreenderem as diversas formas das modalidades esportivas. A intenção
não é ensinar a praticar determinadas modalidades esportivas e conhecer apenas
suas formas, suas aplicações e organizações, mas o papel é fazer com que
adquiram autonomia para a prática dessas modalidades esportivas com um senso
de reflexão crítica sobre como, quando, onde e para que elas se manifestam nas
mais variadas situações, nesse caso, no cenário escolar.

Não obstante, o professor de Educação Física não precisa obrigatoriamente ser


um atleta em todos as modalidades esportivas, mas é preciso conhecer a fundo as
habilidades motoras de sua prática de ensino e principalmente os limites dos seus
alunos. Saber ensinar e gostar de interagir com pessoas são aspectos
fundamentais, já que além da questão física, outros fatores como psicológico e
sociocultural estão inseridos na profissão. Uma boa didática de ensino é importante
para qualquer docente.

Dessa maneira, o principal papel desse profissional é orientar, planejar e


acompanhar a prática de exercícios físicos de um indivíduo ou grupo, que pode ser
desde recém-nascidos acompanhados dos responsáveis a terceira idade. Vale
lembrar que o Profissional de Educação Física não pode interferir em outras áreas
como, prescrever uma dieta alimentar ou tratar uma lesão, isso cabe aos respectivos
especialistas nutricionista e fisioterapeuta, o que não impede que trabalhem em
conjunto.
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3. DESENVOLVIMENTO PARTE II
3.1. Resolução de Situação-Problema - TEMA: Educação Física e Esporte
Adaptado

Situação-problema: Bernardino é um professor de Educação Física de uma


instituição escolar de seu município. Recém contratado pela escola, o rapaz ainda
está se ambientando com os materiais e espaços disponíveis para a prática das
aulas de Educação Física na instituição. Em seu segundo dia no novo emprego,
Bernardino dará aulas para a turma do 5° ano do Ensino Fundamental. Em seu
plano de aula, o novo professor planejou desenvolver atividades de Voleibol.
Momentos antes da aula, Bernardino percebeu que um dos alunos apresentava uma
deficiência física e utilizava cadeira de rodas. Sabendo disto, como o professor
poderá adaptar suas atividades? Quais materiais podem ser utilizados? Como a
inclusão deve ser desenvolvida?

Solução: Na situação proposta, percebe-se que é uma situação de esporte


adaptado, ou seja, será a inclusão social de um aluno com deficiência física
(imobilidade nas pernas), que é sempre importante para haver um desenvolvimento
do esporte da melhor maneira possível; sabe-se que, hoje em dia a nossa falta de
atitude para com as pessoas deficientes pode ser a nossa maior deficiência, e nos
últimos anos, este pensamento vem nos mostrando o quanto precisamos nos
empenhar cada vez mais se desenvolva uma cultura baseada na inclusão. Neste
caso específico, o professore precisará de uma rede de voleibol, bola de vôlei e uma
quadra esportiva, quadra na qual se o professor pude diminuir um pouco o tamanho
da rede para que fique em uma altura confortável para todos jogarem, e para ter
menos mobilidades o espaço da quadra de jogo pode ser reduzida, o número de
jogadores em quadra pode ser diferenciado também. O desenvolvimento desse tipo
de adaptação é muito importante para pessoas que sofrem de algum tipo de
deficiência, sendo então essencial para sua saúde mental, emocional e física.
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4. CONCLUSÃO
O professor de educação física é bastante importante nesse processo de modo
que o mesmo deve estar embasado em princípios pedagógicos adequados. O
desenvolvimento social embasado no esporte é inerente à sua prática dado que os
seus praticantes estão sendo inseridos em um novo grupo social, o que é vital para
a saúde mental de seus alunos, pois no quesito inclusão se torna uma pratica de
educação voltada para todos, mas para que isso aconteça é necessário que muitos
paradigmas sejam transcendidos, é necessário que o professor de Educação Física
compreenda esta realidade crescente nas aulas de educação física, que a aptidão
física e a cultura do movimento são abrangentes para todos, desde que respeitadas
às diferenças e limitações de cada aluno, pois nosso ambiente de aula dispõe de
uma maior liberdade para organizar os conteúdos que se pretendem ser vivenciados
ou aprendidos pelos alunos nas aulas. Por fim, conclui-se que os professores de
educação física apresentam atitudes mais favoráveis à inclusão e com maior
facilidade de encontrar soluções para a inclusão em aula, por isso essa atitude se
torna positiva e dinâmica.

O objetivo deste trabalho foi o de apresentar o papel do Professor de Educação


Física no Ensino de Modalidades Esportivas, com isso, essa estudo nos permitiu
conhecer como os professores percebem o esporte na escola, redefinindo conceitos
e posturas, possibilitando a criação de propostas que viabilizem maior conhecimento
do tema ampliando as formas de atuação desses profissionais no âmbito escolar.
Um outro objetivo deste trabalho, que foi analisar de forma subjetiva os professores
de educação física sobre a inclusão dos alunos com deficiência no ambiente escolar,
sendo ela deficiência física, também foi proposto verificar a compreensão e evolução
das práticas pedagógicas envolvidas na inclusão nas aulas de Educação Física
Escolar, identificando também a necessidade ou conceito de capacidade, e
solucionando a situação proposta.
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5. REFERÊNCIAS
BARROS, V.L.; CONCEIÇÃO, K.S.; VIEIRA, J.J. A Interdisciplinaridade na
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25 mar.2020.

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IZA, D.F.V. et al. Identidade docente: As várias faces da constituição do ser


professor. Revista Eletrônica de Educação, v.8, n.2, p. 273-292, 2014. Disponível
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conteúdos conceitual, procedimental e atitudinal. Journal of Physical Education,
v.20, n.2, 2009. Disponível em:
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perspectivas para o século XXI. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v.25,
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2020.

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na ação efetiva de suas aulas. Campinas, 2013. 79f. Trabalho de Conclusão de


Curso. (Graduação) - Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Centro de
Ciências Humanas Sociais Aplicadas, Faculdade de Educação Física, Campinas,
2013. Disponível em: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/imprimir/15018.
Acesso em: 19 abr. 2020.

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2012. Disponível em: https://www.crefsc.org.br/a-importancia-do-professor-de-
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2020.

SUFI, M. A visão de professores e dirigentes sobre o papel do professor de


educação física no ensino médio. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). 2012.
Disponível em: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/imprimir/14912. Acesso
em: 21 abr. 2020.

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