MIGUEL VÍCTOR AUGUSTO O INSTITUTO DO “MANDATO”

“Estudante de 5º Ano de Direito”

- ESPÉCIES, NATUREZA, FONTES E CATEGORIA;
17 de Novembro/2021 - A PROCURAÇÃO.

BREVE ABORDAGEM SOBRE O

INSTITUTO DO “MANDATO”

- ESPÉCIES, NATUREZA, FONTES E CATEGORIAS;

 A PROCURAÇÃO.

NO ORDENAMENTO JURÍDICO
ANGOLANO

Por:
MIGUEL VÍCTOR AUGUSTO
“Estudante do 5º Ano de Direito”

KWANZA-SUL, 17 DE NOVEMBRO DE 2021

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Palavras-Chave: Mandato, Poderes, Procuração

1 – INTRODUÇÃO

O crescimento exponencial das populações, bem como os desafios

da globalização no domínio da justiça no geral e nas relações sociais
dos cidadãos, tornam imperiosa a adopção de medidas e
mecanismos mais actuais, como a criação, desenvolvimento e
expansão, estudo dos institutos, a substituição dos meios, formas,
políticas e instrumentos de realização da justiça mais antigos pelos
mais modernos e adequados, e adaptáveis à realidade social de hoje
no mundo e o nosso país não foge a regra, que tutelem os bens
jurídicos (os interesses colectivos e dos particulares) essenciais à
salvaguarda dos direitos dos cidadãos, para a consolidação de um
verdadeiro Estado democrático e de direito.

Numa Angola soberana e independente, com a conquista da

independência em 1975, no que diz respeito a Justiça e ao Direito,
foram dados importantes passos com maior realce com a entrada em
vigor da Constituição da República de Angola, (CRA) em 2010, que
alargou o âmbito dos direitos dos cidadãos e reforçou as suas
garantias fundamentais, que veio complementar os outros importantes
diplomas o Código Civil Angolano, 1966 e o Código de Processo Civil
(CPC) 1961.

Considerando que a ciência jurídica nos Estados modernos, está

assente aos princípios fundamentais e estruturantes do Direito. Assim,
dentre vários, podemos mencionar: o princípio do respeito e
protecção da propriedade privada; o princípio da função social da
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propriedade; das Tarefas fundamentais do Estado; Princípio da

igualdade; da Legalidade; da soberania popular; da autonomia
privada, entre outros. Dos quais, estes últimos, nos parecem estar no
centro dos mais importantes para a nossa abordagem. Pelo que, serão
a raiz da nossa análise neste trabalho, por entendermos que é a partir
dos soberanos e inalienáveis “direitos subjectivos” das pessoas que a
ordem jurídica confere aos indivíduos para poderem delegar parte dos
poderes à outrem. É daí em que se consubstancia o instituto do
MANDATO, que é objecto da nossa análise no presente artigo.

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2 –ETMOLOGIA E CONCEITOS DO MANDATO

A palavra MANDATO, vem do (Latim, mandatu) - É a autorização ou

procuração que alguém dá a outrem para, em seu nome, praticar
certos atos; também pode ser entendida como as funções ou
obrigações delegadas pelo povo ou por uma classe de cidadãos, às
classes governantes do País; soberania temporária exercida por um
país sobre um território em nome das Nações Unidas - ONU, etc.1

Segundo o Professor e Dr. Alcides Rosa, é um contrato mediante o qual

alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos,
ou administrar interesses.

2.1. NOÇÃO LEGAL

No ordenamento jurídico angolano, a noção do instituto do Mandato está

consagrada no Art.º 1157º do Código Civil, (CC), segundo o qual, (“…é o

contrato pelo qual uma das partes se obriga a praticar um ou mais actos

jurídicos por conta da outra”).

2.2. TIPOS OU ESPÉCIES DE MANDATOS

Segundo a doutrina os mandatos podem ser:

Mandato Civil - (aquele que se dá entre particulares, cujo objeto são os

negócios jurídicos regulados pela lei civil);

1
Dicionário Jurídico de Latin – Digital.

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Outros como: o Mandato conjunto, convencional, especial, expresso,

extrajudicial, geral, gratuito, judicial, judiciário, legal, oneroso, sucessivo,
social, solidário, tácito, qualificado, verbal, etc.

NOTA: Do ponto de vista administrativo e processual, o instrumento

mais comum do mandato para conferir poderes chama-se
PROCURAÇÃO.

2.3 - NATUREZA E FONTES DO MANDATO

A natureza das fontes do mandato pode ser:

a) - Fonte Histórico-cultural;
b) - Fonte Legislativa;
c) - Por Decisão Judicial;
d) - Fonte Estatutária;
e) - Fonte de Costume.
(Vide:: Acórdão nº 703/21-TC, de 3 de Nov. 2021, págs. 7 e 8).

2.4 - ALGUMAS CATEGORIAS DE MANDATOS

1 - MANDATO "AD JUDITIA" - É o mandato para o foro (judicial);

2 - MANDATO "AD LITEM" - (Direito Processual) É o mandato conferido

pelo juiz da causa ao curador a lide;

3 - MANDATO "AD NEGOTIA" - É o mandato para negócios;

4 - MANDATO CONJUNTO ou COLECTIVO - aquele constituído por várias

pessoas a favor de um mandatário, ou por uma pessoa a favor de
vários mandatários e pelo qual os mandatários agem solidária e
conjuntamente, Art.º 1173º, CC;

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5 - MANDATO CONVENCIONAL - Aquele que se acha limitado ao que

determina o contrato estipulado;

6 - MANDATO ELETIVO – Nos termos do Art.º 1173º CC, o Mandato

colectivo Sendo o mandato conferido por várias pessoas e para assunto
de interesse comum, a revogação só produz efeito se for realizada por
todos os mandantes. Também pode ser considerado mandato colectivo,
aquele em que o eleitorado concede poderes políticos a um cidadão,
por meio do voto, para que este governe a Nação, o Estado ou o
município;

7 - MANDATO ESPECIAL - Aquele que tem como objetivo um ou mais

atos ou negócios, estabelecidos pelo mandante;

8 - MANDATO EXECUTIVO - É a mesma coisa que mandado de

execução e penhora;

9 - MANDATO EXTRAJUDICIAL -Aquele que é conferido para ter efeito

fora da esfera forense;

10 - MANDATO GERAL - Aquele que outorga poderes de representação

ou de gestão, abrangendo todos os negócios e interesses do
mandante, que devem ser pelo mandatário;

11 - MANDATO GRATUITO - Aquele que estatui que o mandatário não

receberá remuneração alguma pelos serviços prestados, sendo que a
execução desses tipos de serviço somente deverá trazer vantagens
para o mandante;

12 - MANDATO JUDICIAL - É aquele conferido ao advogado para agir

judicialmente, (Patrocínio judiciário “constituição de advogado”, arts.
32.º a 44.º, CPC);

13 - MANDATO JUDICIÁRIO - É aquele, de caráter especial e poderes

limitados que a autoridade judiciária, no interesse da justiça, defere a
alguém para que exerça cargo ou função meramente judicial;

14 - MANDATO LEGAL - Aquele resultante de dispositivo legal, isto é, de

disposição de lei;

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15 - MANDATO ONEROSO - Aquele pelo qual o mandatário recebe

remuneração pelo serviço que presta;

16 - MANDATO POLÍTICO - Trata-se do poder de representação para o

exercício de atividades governamentais e legislativas, por tempo
determinado, que os agentes políticos/directivos recebem por meio de
eleições ou por sufrágio universal, livre, igual, directo, secreto e
periódico pelos cidadãos nacionais maiores de dezoito anos de idade.
Os arts. 141º e 154º, da CRA, são uma clara demostração de que os
angolanos outorgam o mandato ao Parlamento (Deputados) para
este “exprimir a vontade soberana do povo e exerce o poder
legislativo do Estado”. E o nº 2, do art. 143º da CRA, prescreve mandato
de 5 anos para os deputados, e 5 anos para o Presidente da
República, nº 1, art. 113º, CRA, respectivamente.

17 - MANDATO SOCIAL - Contrato social conferindo ao sócio com

autorização para, em nome e por conta da sociedade, agir e
obrigar-se perante terceiros;

18 - MANDATO SUCESSIVO - Aquele que designa a ordem de prestação

de serviço de cada membro, sendo que esta designação seja de
acordo com a ordem estatuída em contrato social ou não, de forma
que estes somente possam, posteriormente, agir na falta ou
impedimento comprovado do membro ou representante anterior;

19 - MANDATO TÁCITO - É aquele que é exercido sem que a vontade

do interessado se manifeste expressamente, verbalmente ou por
escrito, ou não há determinação do mandante, e por certas
circunstâncias se presume vide: (NEVES, Iêdo Batista - Vocabulário

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prático de tecnologia jurídica e de brocardos latinos. Rio de Janeiro:

APM, 1987); De Plácido e Silva;

20 - MANDATO VERBAL - Aquele que, presentes as partes, é consignado

através de viva voz;

MANDATO - É todo e qualquer acto que envolve a representação

voluntária de terceiro. Que como já dissemos acima, no ordenamento

jurídico angolano, a noção do instituto do Mandato está consagrada no

Art.º 1157º do Código Civil, (CC), segundo a qual, (“…é o contrato pelo

qual uma das partes se obriga a praticar um ou mais actos jurídicos por

conta da outra”).. E a natureza jurídica da procuração é o próprio

mandato de acordo ao artigo 1157º do C.C.2

Deste modo, para reforçar a sua segurança e certeza jurídica, em
“regra” deve depender do reconhecimento do notário (no caso dos
instrumentos particulares) para ter força jurídica, é um documento
simples que basta assinatura da parte outorgante sem muito
formalismo.

2.5. A PROCURAÇÃO

É de salientar que, do ponto de vista do direito civil, em geral, no direito

administrativo e processual, o instrumento mais comum do mandato
para conferir poderes é a PROCURAÇÃO. Daí que, ao nosso entender,
seria vago falar do mandato sem trazer algumas noções sobre esta
importante procuração.

2
Material Pratica Forense - Prof. Leví Gabriel, CONTEUDO INICIAL, 4º Ano, ISUP - 2021

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 - Noção

A PROCURAÇÃO - Do ponto de vista legal, a noção mais usual da

Procuração provém da figura da Representação voluntária, do Código
Civil, na qual, “diz-se procuração o acto pelo qual alguém atribui à
outrem, voluntariamente, poderes representativos”, nos termos do nº 1,
do Art.º 262º.

E pode ser:
a) Procuração com poderes gerais - esta, confere poderes para
intervir no processo sem limitações. O advogado com este tipo
de procuração intervém até a fase recursória, e em qualquer
acto da acção em causa, art. 36º CPC.
b) Procuração com poderes especiais – esta, o mandante limita o
poder do mandatário, embora estes são ambos permitindo a
sua realização com poder de trangizir do seu objecto ou desistir
do pedido de qualquer acção, ar. 36º CPC.
c) Procuração com reserva: este tipo de procuração é aquela pela
qual o primeiro mandatário mantém-se no processo, pois, o
mesmo guardou para si uma parte dos poderes. O novo,
simplesmente limita-se a intervir no processo.
d) Procuração sem reserva: este tipo de procuração é aquela em
que o primeiro advogado afasta-se de forma completa no
processo, deixando de ter quaisquer poder. O
substabelecimento sem reserva implica a exclusão do primeiro
mandatário.

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e) 2.5.1 - COMO SE CONFERE O MANDATO JUDICIAL?

f) Nos termos do artigo 35.º do Código de Processo Civil (CPC),

mandato judicial pode ser conferido:
g) a) Por meio de instrumento público ou de documento particular,
com intervenção notarial nos termos da respectiva legislação;
h) b) Por declaração verbal da parte no auto de qualquer
diligência que se pratique no processo.

A seguir, esquematizamos o que acima nos referimos para maior

elucidação:

2.5.2.- QUANTO AO SEU FIM E CONTEÚDO A PROCURAÇÃO PODE

SER:

 Poderes gerais – (Cfr. Art.37º.CPC e 1157º. CC) - Procuração

que dá direitos de praticar vários actos nela contida.
 Poderes Especiais – (Cfr.37º. CPC) – Procuração que da direito
de praticar um só acto. Ex: levantar uma declaração no INAREES,
para casamento, etc.

Neste caso, pelos conceitos acima referidos, podemos concluir que

“os institutos do mandato e da procuração se relacionam pelo facto de
a procuração ser uma das vias em que se materializa um mandato,
que do ponto de vista processual é necessário par alcançar a vontade
do mandante”.

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2.5.3 - CADUCIDADE - CASOS DE CADUCIDADE O MANDATO

Ainda sobre a Extinção da procuração, diz o nº 1, do Art.º 265º, CC “a

procuração extingue-se quando o procurador a ela renuncia, ou
quando cessa a relação jurídica que lhe serve de base, excepto se
outra for, neste caso, a vontade do representado. E o nº 2 do mesmo
artigo, a “procuração é livremente revogável pelo representado, não
obstante convenção em contrário ou renúncia ao direito de
revogação”. “Mas, se a procuração tiver sido conferida também no
interesse do procurador ou de terceiro, não pode ser revogada sem
acordo do interessado, salvo ocorrendo justa causa”, nº 3, do Art.º 265º,
CC.

O Art.º 1174º, CPC, nos apresenta os casos de caducidade do mandato:

a) Por morte ou interdição do mandante ou do mandatário;

b) Por inabilitação do mandante, se o mandato tiver por objecto

actos que não possam ser praticados sem intervenção do curador.

Excepções: a procuração não caduca, diz o Art.º 1175º CPC, “a morte, a

interdição, ou a inabilitação do mandante. A morte, interdição ou

inabilitação do mandante não faz caducar o mandato, quando este

tenha sido conferido também no interesse do mandatário ou de terceiro;

nos outros casos, só o faz caducar a partir do momento em que seja

conhecida do mandatário, ou quando da caducidade não possam

resultar prejuízos para o mandante ou seus herdeiros”.

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2.5.4 - Morte, interdição ou incapacidade natural do mandatário, Art.º

1176º CPC
1. “Caducando o mandato por morte ou interdição do mandatário, os

seus herdeiros devem prevenir o mandante e tomar as providências

adequadas, até que ele próprio esteja em condições de providenciar”.

2. Idêntica obrigação recai sobre as pessoas que convivam com o

mandatário, no caso de incapacidade natural deste.

2.5.5 - Pluralidade de mandatários Art.º 1177º, CPC

Se houver vários mandatários com obrigação de agir conjuntamente, o

mandato caduca em relação a todos, embora a causa de caducidade

respeite apenas a um deles, salvo convenção em contrário.

2.5.6 - Revogação ou renúncia da procuração

A revogação e a renúncia da procuração implicam revogação do

mandato. Art.º 1179º, CPC.

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CONCLUSÃO

O tema apresentado no presente trabalho é de grande relevância,

tendo em vista sua actualidade e utilidade para a vida prática que
vivemos hoje. Em tudo quanto foi dito no presente artigo, ficou
evidente que a denominação “Mandato”, bem como nas suas
variadas formas, já não constituem nenhuma novidade para o caro
leitor, principalmente para os amantes e usuários da ciência e do curso
de Direito, em que já foram assimilados diversos conteúdos nos diversos
ramos de Direito, e do direito privado em particular.
Assim, como estamos lembrados, na cadeira de Introdução ao Estudo
do Direito (IED) estudamos certamente, as características do Direito, e
uma delas é a BILATERALIDADE, que se traduz na ideia de que o direito,
como ciência social, pressupõe a existência de partes, isto para efeitos
de relações jurídicas, ocupando o contrato a posição privilegiada,
(neste caso concreto, nos referimos ao contrato de cessão do
mandato/poderes/Procuração).

As pesquisas apontam também que, por força do nobre princípio da

autonomia da vontade, a prática da cedência dos mandatos data
desde os tempos remotos, é por muitos estudiosos considerado um dos
o instrumento mais usado nos negócios jurídicos nas sociedade. Cuja
sua utilidade continua a evidenciar-se até aos dias de hoje.
É claro que estamos a nos referir do mandato formal. Porque o informal,
todos nós já o terá usado de forma directa ou indirecta.

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Em Angola, com o processo da reforma da justiça e do direito em

curso, na nossa visão, consideramos importante que todos os actores
que actuam na administração da justiça, bem como docentes,
estudantes, e demais interessados, envidem esforços, de formas a
elevar a cultura jurídica, que permita a conhecer, estudar, valorizar e
utilizar o Instituto do mandato nas suas variadas formas e naturezas
(mandato civil, sociedade, mandato político, judiciário, judicial,
extrajudicial, executivo, mandato eletivo, etc.). Visto que no nosso
entendimento constitui importante pressuposto na prevenção e
solução de conflitos; como mecanismo garantia para a redução da
litigiosidade social; a promoção da paz social; contribui no
desenvolvimento nacional; promover a harmonia e a paz social bem
como na consolidação de um verdadeiro Estado democrático e de
direito.
Fazendo fé ao princípio da humidade académica, somos a salientar
que a ciência é vasta e o conhecimento é uma caminhada infinita.
Daí que, tudo o que aqui foi dito, é apenas um começo para uma
começo de pesquisa no saber enquanto seres viventes desta terra. Por
isso, não é um trabalho acabado, portanto, sujeito a receber as críticas
e sugestões dos caros leitores.

Por: Miguel Víctor Augusto – “Estudante do 5º Ano de Direito”

17.11.2021

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REFERÊNCIAS:

- Constituição da Republica de Angola (CRA) 2010;

- Código Civil Angolano, 1966;
- Dicionário Jurídico de Latin - Digital;
- Acórdão nº 703/21-TC, de 3.11.2021, pág. 7 e 8);
- Código de Processo Civil (CPC) 1961;
- Material Pratica Forense - Prof. Leví Gabriel, CONTEUDO INICIAL, 4º
Ano, ISUP – 2021;
- Material dos Contratos Públicos – Prof. Joaquim Orlando, 5º Ano - ISUP
2021.

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