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CÓDIGO: 41024
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TRABALHO / RESOLUÇÃO:
1)
Mário Soares, uma das figuras mais marcantes da política e sociedade lusa, era
descrito como uma força infindável, alguém que rejeitava limites para a liberdade e para
as liberdades. Sempre se apresentou com simpatia para os portugueses, mas nunca lhes
escondeu a sua autoridade e a defesa intrínseca dos valores como um exercício natural
da existência, aliás, em diversas situações, elevou o seu caráter humanista com o
possível prejuízo da sua integridade física e psicológica. Um lutador por natureza que
não virava as costas às batalhas pela liberdade e bem-estar de Portugal e dos
portugueses. São valores como estes supraescritos que podem justificar o seu rótulo de
elite política; para se pertencer a uma elite, neste caso à dos políticos e das políticas, é
necessário reunir um conjunto de caraterísticas – abstratas, diga-se, com rigor. Soares
reunia essas caraterísticas, que não são iguais em todos os políticos, mas que lhe
permitiram ver o seu nome e sobrenome inscrito no muro da elite política.
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advogado de Humberto Delgado e da sua família. Desde essa data até à Revolução
Portuguesa de 1974, Mário Soares, foi um resistente do regime; desde exilado político a
sempre defensor das suas ideias e ideais, visitou estabelecimentos prisionais por uma
dúzia de vezes devido às perseguições de Salazar, inclusive, casou na cadeia. O seu
percurso, se bem que de berço protegido, não foi fácil, especialmente por defender a
democracia e as liberdades que acabou por alcançar para si mesmo, para a sua família e
para Portugal.
É indubitável que Mário Soares pertença à elite política portuguesa, sendo, aliás,
um dos maiores nomes da democracia e da descolonização – que muitos, ainda hoje,
não a consideram benéfica para Portugal; outros para os colonizados, contudo, a
liberdade é isso: entregar a quem de direito o que é seu por direito e que capacidade tem
para gerir. Carismático, impetuoso e sem curvas no seu discurso, sem reticências nem
medos, também com páginas e páginas de polémicas, Mário Soares será sempre
recordado como um ser humano único que lutou por Portugal e pelos portugueses; um
ser humano único que se tornou um dos políticos mais influentes do panorama de
Portugal.
2)
Simon Nkoli foi ativista e fundador do movimento social Gay and Lesbian
Organization of the Witwatersrand (GLOW). É hoje reconhecido como um dos
precursores da luta pela liberdade dos LBGT+ em África do Sul e, consequentemente,
no mundo.
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e no Mundo, alertando para a homossexualidade como uma condição e não uma simples
escolha.
Mais tarde, absolvido e libertado, Simon Nkoli, funde o Gay and Lesbian
Organization of the Witwatersrand – movimento social de defesa e luta pela proteção
pela homossexualidade, ganha um leque considerável de prémios pelo seu esforço na
causa homossexual e organiza a primeira parada gay em África do Sul. No seu encontro
com Nelson Mandela, em 1994, Simon tem um papel ativo na construção da Declaração
de Direitos da Constituição de África do Sul, com destaque para a inclusão e proteção
contra a discriminização em quaisquer campos, o que indicia, uma vez mais, o poder
que Simon Nkoli tinha em África do Sul e no Mundo da comunidade homossexual, mas
fundamentalmente, o novo papel que a homossexualidade tinha em África do Sul.
Simon lutou com bravura, defendendo os seus ideais e defendendo quem nem
sequer atacou, fazendo-se ouvir onde quer que fosse e para quem pudesse ouvir,
independentemente das consequências. O sucesso do movimento social que fundou não
deixa margem para dúvidas, aliás, hoje, a homossexualidade é vivida de uma forma
mais livre graças ao trabalho e determinação de Simon Nkoli e do seu movimento
social. Pessoas assim merecem defender grandes causas, e quando os resultamos
chegam – e mesmo que não chegassem –, merecem ser recordados.
3)
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denúncias que visam a um julgamento público, até porque se trata, geralmente, de
pessoas consideravelmente conhecidas do meio do espetáculo, a que todas as classes de
pessoas têm acesso.
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