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Copyrigth ©2018 - Foco Educacional.

Autora: Maria Carolina Lolli


Proibida a reprodução parcial ou total por qualquer meio existente e para qualquer

Avaliação Psicopedagógica
fim sem a autorização por escrito da autora. A violação dos direitos autorais é
punível como crime com busca, apreensão e indenizações diversas (Leis 9610/98).

Pautas Gráficas para a Análise Projetiva


Vínculos Escolares:
Denotam o tipo de vínculo que o aprendente desenvolveu com a
aprendizagem sistematizada, ou seja, a aprendizagem de conteúdos
escolares, relacionando não apenas questões referentes ao conteúdo, mas
também em relação ao professor e ao ambiente escolar como um todo.
As pautas gráficas são:

1. Planta da Sala de Aula:


“DESENHE A PLANTA DA SUA SALA DE AULA”
Objetivo: Conhecer a representação do campo geográfico da sala de aula e as localizações, real e
desejada da mesma.

Materiais: Folha tamanho sulfite; Lápis preto e borracha.

Procedimento: Solicitar que o entrevistado desenhe a planta de sua sala de aula. Quando terminar,
o sujeito deve indicar o lugar em que se senta. Devemos propor que ele comente como é a sala
de aula. Perguntar se a escolha do lugar é livre ou imposta. Perguntar também se ele gostaria de
sentar-se em outro lugar. Sugerir para indicar quem são as pessoas sentadas nos demais lugares
e suas características.

Indicadores: O vínculo com a aprendizagem envolve também o ambiente em que ela acontece.
Devemos observar nesse desenho: O tamanho total, o tamanho dos personagens, a posição, a
localização do lugar de cada personagem, se o professor está incluído, se existe inclusão de
outras pessoas. Verificar se os comentários são gerais ou personalizados.

CARACTERÍSTICA SIGNIFICADO
Disposição Tradicional Pode facilitar respostas ordenadas.
de carteiras Não tradicional Pode facilitar respostas espontâneas.
Na frente Bom vínculo com o professor
Vínculo ruim tanto com o professor
No fundo
quanto com a aprendizagem
Localização
O vínculo com a aprendizagem pode
na sala Na lateral
ser ruim. Por quê senta ali?
*espontânea
Vínculo positivo com a
No centro
aprendizagem
Não se localiza Vínculo ruim com o espaço da sala
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Avaliação Psicopedagógica
fim sem a autorização por escrito da autora. A violação dos direitos autorais é
punível como crime com busca, apreensão e indenizações diversas (Leis 9610/98).

ACOMPANHE OS EXEMPLOS:
Desenho “a planta da minha
sala de aula”
M.C.R. 10 anos, Feminino

Título do desenho: A MINHA


SALA DE AULA

Relato: Psicopedagoga: “Fale


sobre o seu desenho!”
Aprendente: “Essa é a minha
sala de aula. Aqui é a porta e
essas são as janelas. Aqui é o
quadro e professora está
ensinando matemática. Mas não
é isso que eu aprendo em
matemática. É umas coisas bem
chatas. A professora é bem
brava. Ela fica sempre na frente
da sala e não chega perto dos
alunos. Eu sento perto dela
porque a minha mandou eu
sentar. Do meu lado tem o Jorge
que eu converso um pouco, mas
só às vezes também. As minhas
amigas de verdade sentam aqui
atrás, que era onde eu queria
sentar, com elas. Porque a gente
só conversa no recreio. Daí, se
eu preciso de alguma coisa, não
posso nem falar com elas, viu
que é longe e nem dá pra falar? Uma vez eu passei bilhete, mas foi pra diretora. Minha mãe
me bateu um monte. Agora quando eu não consigo copiar ou não tenho o que preciso, abaixo
a cabeça e fico bem quieta.”

Interpretação:
Perceba que a criança ocupou toda a extensão do papel para representar a sala de aula, o que é
bom, denotando segurança.
Desenhou detalhes como a porta e as janelas; o quadro; a professora.
Não lhe foi perguntado nada sobre a professora regente, no entanto, a aluna fez questão de
comentar que ela é brava e não fica perto dos alunos, mostrando, talvez, um vínculo ruim com a
professora. Esse vínculo deve ser melhor investigado.
Outro fato importante do relato foi a questão levantada sobre o conteúdo que também merece maior
investigação.
A aluna se senta na frente por ORDEM da mãe, quando na verdade, gostaria de se sentar mais
próxima das amigas. Talvez não se sinta pertencente ao grupo de pessoas localizadas nas carteiras
próximas, dificultando o processo de aprendizagem. Note, que ela ainda comentou que não
consegue copiar tudo e que esquece os materiais... Quando isso acontece, ela fica sem fazer nada,
sem intervenção. Este fato precisa ser melhor investigado com a professora e com a família.
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punível como crime com busca, apreensão e indenizações diversas (Leis 9610/98).

Desenho: “A planta
da minha sala de
aula”

I.S. 13 anos,
Masculino

Título do desenho:
SALA DE AULA

Relato: Aprendente:
“Pronto. (pausa)
Bom, O quadro fica
aqui” (apontou
excessivamente
para o quadro).
Psicopedagoga: “O
que mais você pode
contar da sua sala de
aula?”
Aprendente: “Mais nada. Ela é assim.”
Psicopedagoga: “Você gostaria de mudar alguma coisa em sua sala de aula?”
Aprendente: “É... (pausa) Não. Tá bom assim mesmo.”
Psicopedagoga: “Onde você se senta?”
Aprendente: (Fez uma nuvem indicativa da posição onde se localiza na sala em silêncio).
Psicopedagoga: “Você gostaria de se sentar em outro lugar?”
Aprendente: “eu nem queria estar nessa escola. Tô lá porque o meu pai não quer pagar a escola
onde eu estudava. Ele diz que é muito caro. Essa escola é feia, velha. As carteiras são tudo
estouradas. Eu odeio essa escola.”
Psicopedagoga: “Você tem amigos na sala de aula?”
Aprendente: “Não. Só na outra escola. Eu odeio essa escola.”

Interpretação:
O desenho não ocupa toda a folha, mostrando insegurança do aprendente. Perceba que ele
desenhou todos os alunos iguais. Diferenciando apenas os materiais de alguns...
Em um primeiro momento, o aluno não se localizou na sala de aula.
Observe no relato sobre o desenho, o descontentamento sobre a escola, sobre o ambiente escolar.
A expressão “eu odeio essa escola” foi usada 2 vezes durante o relato. O aluno não apresenta um
bom vínculo com a aprendizagem nesta escola. Para ele, a escola em que estudava anteriormente
é melhor, mais bonita e seus amigos estudam lá. Então, ele não se senta pertencente a esta escola.
Neste caso, devemos investigar com a família os porquês de não estar na escola anterior; e na
escola, como é o comportamento do aluno.
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punível como crime com busca, apreensão e indenizações diversas (Leis 9610/98).

Desenho: “A planta da minha sala de aula”

R.R.t. 9 anos, Feminino

Título do desenho: Minha escola

Relato: Ficou bom assim?


Psicopedagoga: “O que você pode me contar
sobre a sua sala de aula?”
Aprendente: “hum... ela é do lado da sala do 4 A,
no segundo andar da escola. Do lado da porta
tem um bebedor. Só o banheiro é longe. A sala é
enfeitada com cartazes que a gente faz e nas
mesas a gente pode deixar os estojos. O quadro
agora é de canetão e a professora usa o
computador pra projetar no quadro que é branco.
Eu adoro (fez o símbolo de coração com as
mãos).”
Psicopedagoga: “Você gostaria de mudar alguma
coisa em sua sala de aula?”
Aprendente: “Não. Ela é perfeita. Ah, só podia ter
ar condicionado igual aqui pra ficar fresquinho.
Mas lá tem ventilador.”
Psicopedagoga: “Onde você se senta?”
Aprendente: (Fez um X no lugar onde se senta).
Psicopedagoga: “Você gostaria de se sentar em outro lugar?”
Aprendente: “Não, eu enxergo tudo de onde eu sento e estou perto da minha melhor amiga, a Sofia.
Ela me apoia. Também vai na terapia...”
Psicopedagoga: “Você tem mais amigos na sala de aula?”
Aprendente: “Eu converso com todo mundo. Só tem uns moleques meio bobos, que eu falo pouco,
porque nem dá pra dar bola pra eles. (risos)”

Interpretação:
O desenho ocupa toda a folha, mostrando segurança. A aluna se localizou na sala de aula e seu
relato apresenta satisfação em estar na escola. Repare o tamanho dos braços da professora! Ela se
sente bem no ambiente da sala de aula, que considera bonito e agradável. Senta-se próxima à
melhor amiga que também tem algum problema de aprendizagem. O desenho associado ao relato
apresenta um bom vínculo com a aprendizagem escolar. Precisamos investigar melhor o vínculo com
a professora.
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Autora: Maria Carolina Lolli
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Avaliação Psicopedagógica
fim sem a autorização por escrito da autora. A violação dos direitos autorais é
punível como crime com busca, apreensão e indenizações diversas (Leis 9610/98).

Resumindo:
Aprendente no fundo da sala: Aprendente na frente da sala:
Vínculo ruim! Vínculo bom!

Fonte: VISCA, J. 2003)

Aprendente se localizou: Aprendente não se localizou:


Vínculo bom! Vínculo ruim!

Fonte: VISCA, J. 2003)


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Avaliação Psicopedagógica
fim sem a autorização por escrito da autora. A violação dos direitos autorais é
punível como crime com busca, apreensão e indenizações diversas (Leis 9610/98).

2. Par Educativo:
“DESENHE UMA PESSOA QUE ENSINA E OUTRA QUE APRENDE”
Objetivo: Investigar o vínculo com a aprendizagem

Materiais: Folha tamanho sulfite; Lápis preto e borracha.

Procedimento: Desenhar uma pessoa que ensina e outra que aprende. Quando terminar o desenho,
o sujeito deve indicar o nome de cada personagem e a idade. Depois disso, ele deverá atribuir um
título e ainda, relatar o que está acontecendo no desenho.

Indicadores: O vínculo com a aprendizagem pode ser descrito em relação aos objetos da
aprendizagem; quem ensina; quem aprende. Devemos observar: a posição dos personagens
representados, o tamanho absoluto do desenho, o tamanho relativo dos personagens e as
características dos personagens representados

CARACTERÍSTICA SIGNIFICADO
Frente a frente Vínculo de aprendizagem bom
Lado a lado Vínculo de aprendizagem ruim
Posição dos
Ambos de costas Vínculo de aprendizagem ruim
personagens
Professor de costas para o aluno Aluno sente rejeitado pelo professor
Aluno de costas para o professor Aluno rejeita o professor
Tamanho pequeno Não é um vínculo importante
Tamanho Geral
Tamanho Médio Vínculo relativamente importante
do desenho
Tamanho Grande Importância significativa: boa ou ruim.
Sem discriminar tamanho Vínculo confuso com quem ensina
Tamanho Com discriminação de tamanho Vínculo claro com quem ensina
relativo dos Professor grande, aluno pequeno Supervalorização de quem ensina
personagens Aluno grande, professor
Subvalorização de quem ensina
pequeno
Só cabeças Supervalorização do intelectual
Características
Só o corpo do docente Pode significar agressão
personagens
Simplificação dos personagens Desvalorização do vínculo
Escolar Boa aprendizagem sistematizada
Ambiente
Extra-escolar Boa aprendizagem assistemática

Acompanhe os exemplos:
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Avaliação Psicopedagógica
fim sem a autorização por escrito da autora. A violação dos direitos autorais é
punível como crime com busca, apreensão e indenizações diversas (Leis 9610/98).

Desenho: “Par Educativo”

L.F. 10 anos, Masculino

Título do desenho: A professora

Relato: Psicopedagoga: “O que


você pode me contar sobre seu
desenho?”
Aprendente: “Esse é o menino
que aprende, mas ele é burro e
essa é a professora Claudia.”
Psicopedagoga: “Quantos anos
têm essas pessoas que você
desenhou”
Aprendente: “Eu tenho 10 anos e
a professora tem uns 50.”
Psicopedagoga: “Como é essa
professora?”
Aprendente: Um pouco brava
com quem não faz as tarefas e
não copia do quadro. Na
verdade, ela é bem ruim com os
meninos e fica de risinho só com
as gurias.
Psicopedagoga: “E como é esse
aluno?”
Aprendente: “Ele é burro,
bagunceiro mas é engraçado”
Psicopedagoga: “E você, como é
na escola?”
Aprendente: “(risos) Eu fiz eu.
Sou burro mas sou engraçado.
Não gosto de ir pra escola
estudar, só pra zuar com os
meus amigos.”

Interpretação:
O desenho não ocupa toda a
folha.
O aluno usou bastante a borracha ao desenhar a pessoa que aprende. Inclusive demorou mais para
desenhar este personagem. O uso da borracha e a demora para desenhar, sugerem insegurança e
baixa autoestima do aluno.
Repare no tamanho dos personagens desenhados: A pessoa que aprende é bem menor do que a
pessoa que ensina. A professora apresenta a cabeça bem maior que o aluno. Estes detalhes
denotam a superioridade da professora em relação ao aluno que não consegue aprender.
Devemos investigar melhor este vínculo com a professora.

Este é um desenho típico de quem não apresenta um vínculo muito bom com a aprendizagem.
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Desenho: “Par Educativo”

A.C.S. 14 anos, feminino

Título do desenho: Aula de


Geografia

Relato: Psicopedagoga: “O que


você pode me contar sobre seu
desenho?”
Aprendente: “Eu desenhei o meu
professor de geografia, mas eu
não sei como ele chama.”
Psicopedagoga: “Por que você
desenhou esse professor?”
Aprendente: “Ah, porque ele
conversa com a gente, e ele é
engraçado também.
Psicopedagoga: “E a pessoa que
aprende? Você não desenhou
ela...
Aprendente: Ah, eu até ia
desenhar, mas daí, o professor
também estuda. Então ele ensina
e aprende.
Psicopedagoga: “Quantos anos
ele tem?”
Aprendente: “Uns 30”
Psicopedagoga: “E como você
acha que ele como aluno?”
Aprendente: “(risos) deve ser
relaxado e conversar bastante na
sala de aula. Acho que ele não
deve tirar muita nota boa, não
(risos).”
Psicopedagoga: “E como você é
como aluna?”
Aprendente: “Normal. Vou pra
escola, copio, estudo... mas não tiro nota. Às vezes me dá sono... Esse professor que eu desenhei,
não dá muita bola, ele fala que só não é pra atrapalhar ele que tá tudo certo. E esse professor ainda
considera tudo o que eu escrevo na prova. Ele é top!

Interpretação:
O desenho ocupa toda a folha e o professor representado é bem grande.
A aluna não representou a pessoa que aprende. O que denota um vínculo ruim com a aprendizagem
e a supervalorização do professor.
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Desenho: “Par Educativo”

S.S.T. 14 anos, feminino

Título do desenho: Eu e meu


professor de geografia

Relato: Psicopedagoga: “O que


você pode me contar sobre seu
desenho?”
Aprendente: “Eu desenhei o meu
professor de geografia e eu... Eu
gosto muito desse professor
porque ele canta na aula.”
Psicopedagoga: “Como estas
pessoas se chamam e qual idade
você acha que elas têm?”
Aprendente: “O professor é o
professor Marquinho que deve ter
uns 40 anos e a aluna é a Sofia que
tem que tem 14 anos.
Psicopedagoga: “Como esse
professor trata seus alunos?”
Aprendente: Ah, ele é um cara
bacana, se você não enche o saco
dele, ele fica de boa. Ele é
educado, mas não gosta quando a
gente conversa. Ele dá mais
trabalho que prova, por isso a gente
vai melhor em geografia do que nas
outras matérias. Ah, e ele também
coloca documentários do YouTube
pra gente assistir. A aula dele é
tudo de bom. Ele sabe tudo o que
acontece com a gente, dá essa
liberdade pra todo mundo. Ah, e tem o dia da fofoca na aula dele, que a gente pode contar tudo o
que aconteceu com a gente, em casa, com os paquerinhas. O professor até faz churrasco com a
gente.
Psicopedagoga: “E como essa aluna é na sala de aula?”
Aprendente: “Ela é de boa. Na dela. Faz as tarefas. Até que estuda, às vezes. Não gosta de
matemática nem de ir pra escola.
Psicopedagoga: “E como você é como aluna?”

Interpretação:
O desenho ocupa toda a folha e o professor representado é do mesmo tamanho da aluna, denotando
uma pessoa que se enxerga com a mesma autoridade que teria o professor, ou seja, neste exemplo,
podemos perceber um vínculo confuso com o professor. Fato este que pode ser percebido
claramente por meio do relato da aprendente.
Copyrigth ©2018 - Foco Educacional.
Autora: Maria Carolina Lolli
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punível como crime com busca, apreensão e indenizações diversas (Leis 9610/98).

Desenho: “Par
Educativo”
M.L.G, 9 anos,
feminino

Título do desenho:
Na escola

Relato:
Psicopedagoga: “O
que você pode me
contar sobre seu
desenho?”
Aprendente: “Eu
desenhei eu
(apontando para o
personagem maior) e
minha professora
Janaina (apontando
para o personagem maior).”
Psicopedagoga: “Quantos anos elas têm?”
Aprendente: “A professora tem uns 18 e eu tenho 9 anos, fiz em novembro.
Psicopedagoga: “A professora é mais baixa que você?”
Aprendente: “Não (risos)! Eu ia fazer eu sendo a professora e ela sendo aluna. Depois, na hora de
falar eu mudei de ideia, tia”.
Psicopedagoga: “Você gosta da sua professora?”
Aprendente: “Não muito. Ela é muito chata. Só passa tarefa e grita. Uma vez eu levei o presente de
dia das professoras, ela nem me deu um abraço. Acho que eu queria que a professora Monica fosse
minha professora”.
Psicopedagoga: “Quem é a professora Mônica?”
Aprendente: “Foi a minha professora no ano passado. Ela era muito cheirosa. Ela abraçava todo
mundo.”

Interpretação:
Vínculos confusos. A professora é menor que a aluna, o que denota um vínculo ruim com a
aprendizagem sistematizada. Note que a aluna comentou sobre não se simpatizar com a professora
atual, mas sim, com a professora do ano anterior.
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Desenho: “Par Educativo”


J.Y.N, 6 anos, feminino

Título do desenho:
Aprendendo

Relato:
Psicopedagoga: “O que você
pode me contar sobre seu
desenho?”
Aprendente: “Desenhei eu e
minha mãe. Porque ela me
ensina muitas coisas e eu
gosto muito de aprender com
ela. Porque ela, ela, é muito
carinhosa e cheirosa e linda
também... nós somos
companheiras.”
Psicopedagoga: “Quantos
anos as pessoas do desenho têm?”
Aprendente: “A mãe tem 36 anos e a filha tem 6 anos e meio.”
Psicopedagoga: “O que ela te ensina?”
Aprendente: “O que pode e não pode fazer. Ela me ensina escrever, pintar... e agora está ensinando
piano”.
Psicopedagoga: “E como é a sua professora da escola?”
Aprendente: “Ah, ela é legal”.

Interpretação:
A aprendente desenhou a aprendizagem não sistematizada. Representando com o desenho a
preferência por tal tipo de aprendizagem... Com isso, devemos investigar melhor o vínculo com a
professora da escola.
O fato de ter desenhado a mãe, é bom por denotar um ótimo vínculo relacionando a aprendizagem
com este membro da família. Note o carinho ao mencionar as características da mãe. Podemos
aproveitar tal vínculo para a realização de atividades, posteriormente, no momento da intervenção,
com a ajuda da mãe.
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punível como crime com busca, apreensão e indenizações diversas (Leis 9610/98).

Sem discriminação de tamanho Só cabeças:


Vínculo ruim! Vínculo ruim!

Fonte: VISCA, J. 2003)

Professor pequeno, aluno grande


Vínculo ruim! Muitos detalhes, mas aluno simplificado
Vínculo ruim!

Fonte: VISCA, J. 2003)


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punível como crime com busca, apreensão e indenizações diversas (Leis 9610/98).

Ambiente não escolar Ambiente escolar


Vínculo bom com diferentes Vínculo bom com a aprendizagem sistematizada!
aprendizagens!

Fonte: VISCA, J. 2003)

Tamanho pequeno
Vínculo ruim!
Só o professor ou só o aluno
Vínculo ruim!

Fonte: VISCA, J. 2003)


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Eu Com Meus Colegas:


“DESENHE VOCÊ COM SEUS COLEGAS DE CLASSE”
Objetivo: Investigar o vínculo com a aprendizagem com os colegas de classe.

Materiais: Folha tamanho sulfite; Lápis preto e borracha.

Procedimento: Solicitar que o entrevistado se desenhe com seus colegas de classe. Quando
terminar, o sujeito deve indicar quem é ele e outros desenhados e a idade de cada um. Depois
disso, ele deverá atribuir um título e ainda, relatar o que está acontecendo no desenho. Podemos
pedir para que faça um comentário de cada amigo desenhado.

Indicadores: O vínculo com a aprendizagem envolve também o grupo que recebe a educação e
consequentemente todos os envolvidos. Devemos observar nesse desenho: O tamanho total, o
tamanho dos personagens, a posição, se existe competição, se o professor está incluído, se existe
inclusão de outras pessoas. Verificar se os comentários são gerais ou personalizados.

CARACTERÍSTICA SIGNIFICADO
Posição dos Concêntrica Comunicação reflexiva e sensível
personagens Lado a lado Comunicação mais superficial
Tamanho pequeno Não é um vínculo importante
Tamanho Vínculo relativamente
Tamanho Médio
Geral do importante
desenho Bom vínculo com a
Tamanho Grande
aprendizagem
Vê igualdade, aceita e é aceito
Sem discriminar tamanho
pelo grupo.
Tamanho
Com discriminação de Relações de liderança
relativo dos
tamanho
personagens
Entrevistado pequeno Submissão ou vitimização
Entrevistado grande Liderança ou não aceita o outro.
Relação ruim com colegas;
Inclusão
Docente dependência;
Não inclusão Mais normal acontecer.
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punível como crime com busca, apreensão e indenizações diversas (Leis 9610/98).

H.A. 7 anos, Feminino

Título do desenho: Eu e
minhas amigas

Relato:
Psicopedagoga: “O que
você pode me contar
sobre seu desenho?”
Aprendente: “Eu fiz eu
(apontando para o
personagem maior), e 2
meninas da minha sala
(apontando para as
personagens menores).”
Psicopedagoga: “Você
conversa sempre com
essas meninas?”
Aprendente: “Elas sentam perto de mim na sala... Mas a minha mãe não deixa eu ficar muito com as
meninas. Acredita que eu nunca fui em nenhum aniversário das amigas da escola?”
Psicopedagoga: “É mesmo? E por que?”
Aprendente: “A minha mãe não deixa. Mas as meninas são bobonas também. São todas criançonas
demais. Acredita que elas brincam de boneca ainda?”
Psicopedagoga: “E você não brinca mais de boneca?
Aprendente: “Claro que não”.

Interpretação:
Veja que a aprendente representou as amigas menores que ela, indicando um certo tipo de liderança.
Repare, que ela disse que as amigas da escola são bobas por ainda brincarem de boneca.
Precisamos nesse caso, verificar a rotina da aprendente para analisar seus hábitos, costumes... Será
que ela quer ser adulta antes do tempo? Será que isso é, de certa forma, uma imposição da família?
Precisamos verificar os vínculos familiares e o vínculo consigo mesmo.
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F.S. 9 anos, masculino

Título do desenho:
Um dia na escola

Relato:
Psicopedagoga: “O
que você pode me
contar sobre seu
desenho?”
Aprendente: “Tem a
professora (apontando
para a figura maior), eu
(imediatamente ao lado
da professora) a Bruna,
o Ricardo que anda
com as meninas e a
Maria que também é
minha prima.”
Psicopedagoga: “O que vocês estão fazendo?”
Aprendente: “A gente tá no pátio da escola fazendo aula diferente com história.”
Psicopedagoga: “E a professora, sempre está junto com vocês?”
Aprendente: “Uhum. Sempre. Ela não deixa a gente ficar sozinho em momento nenhum. Ahhhh....
(pausa) deixa. Tá... Ela lê a prova só pra mim, na minha carteira. Você sabia?”
Psicopedagoga: E você, gosta que ela leia pra você? Tem vergonha?
Aprendente: Não ligo... A prova fica mais fácil. Mas ela não dá a resposta. O melhor é que ela não
grita igual a minha mãe grita comigo.

Interpretação:
O desenho mostra a dependência do apresente em relação à sua professora. Ao mesmo tempo,
mostra uma distância relativa entre ela e os alunos, o que representa respeito do aluno em relação
à autoridade da professora que foi representada em tamanho maior que os outros alunos.
Repare também que os alunos foram todos desenhados do mesmo tamanho, não mostrando, assim,
diferenças entre eles. No entanto, o aprendente avaliado, encontra-se mais próximo à professora...
Veja que no relato, foi comentado que a professora lê as provas para a ele... esta mediação pode
ser tida como algo negativo, se for percebida maior necessidade de aprovação por parte do aluno e
dependência.
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punível como crime com busca, apreensão e indenizações diversas (Leis 9610/98).

Inclusão do docente:
Vínculo ruim se demonstrar dependência demais!
Vínculo bom se demonstrar respeito!

Fonte: VISCA, J. 2003)

Personagens Pequenos:
Aprendente Grande:
Vínculo ruim!
Vínculo ruim se demonstrar arrogância!
Vínculo bom se liderança!

Fonte: VISCA, J. 2003)


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punível como crime com busca, apreensão e indenizações diversas (Leis 9610/98).

Personagens com o mesmo tamanho:


Vínculo bom!

Fonte: VISCA, J. 2003)

Aprendente com tamanho menor que os colegas:


Vínculo ruim!

Fonte: VISCA, J. 2003)


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punível como crime com busca, apreensão e indenizações diversas (Leis 9610/98).

Vínculos Familiares

Tenta verificar o tipo de vínculo com os membros da família...


Se apresenta dependência de alguém, ciúme, etc. Estas
pautas gráficas podem ainda demonstrar se o aprendente se
sente pertencente ou não à sua família.

1. Planta da Minha Casa:


“DESENHE A PLANTA DA SUA CASA”

Objetivo: Conhecer a representação do campo geográfico do lugar onde se mora e a localização


real dentro dele.

Materiais: Folha tamanho sulfite; Lápis preto e borracha.

Procedimento: Solicitar que faça o desenho da planta de sua casa. Quando terminar, deve
identificar cada cômodo. Perguntar se gostaria de usar outro quarto, ou dividir o seu quarto com
alguém, etc.

Indicadores: A casa é um lugar muitíssimo significativo. É onde o sujeito aprende e estuda. Tais
aprendizagens podem estar vinculadas tanto às pessoas quanto aos lugares físicos nos quais se
produzem. Nesta prova, podemos inclusive verificar os vínculos estabelecidos em função das
permissões ou proibições que o sujeito vivencia em sua própria casa. Os indicadores mais
importantes são: detalhes do desenho (tamanho, mobília, objetos de enfeite, pessoas, aberturas,
espaços abertos e fechados), localização do quarto, comentários sobre o quarto (aceitação,
rejeição, indiferença, objetividade), sobre os lugares em que existe a reunião familiar, etc.

CARACTERÍSTICA SIGNIFICADO
Ponto de Interno O entrevistado se sente incluído
vista Externo O entrevistado não se sente incluído
Tamanho da Ocupa toda a folha Vínculo positivo com a própria casa
planta Ocupa parte da folha Vínculo ruim com a própria casa
Interior da casa Privilegia a aprendizagem formal, intelectual
Espaços
Horta, galinheiro, parque,
representados Valoriza tudo relacionado ao corpo e à natureza
espaços abertos

Exemplos:
Copyrigth ©2018 - Foco Educacional.
Autora: Maria Carolina Lolli
Proibida a reprodução parcial ou total por qualquer meio existente e para qualquer

Avaliação Psicopedagógica
fim sem a autorização por escrito da autora. A violação dos direitos autorais é
punível como crime com busca, apreensão e indenizações diversas (Leis 9610/98).

Casa vista de fora:


Ruim por não se sentir pertencente ao grupo

Fonte: VISCA, J. 2003)

Casa vista de dentro:


Bom: mostra pertencimento! Conhece a casa

E.C.S. 13 anos. Masculino


Psicopedagoga: Você já viu uma planta de
uma casa? Sabe o que é a planta de uma
casa.
Aprendente: Claro o que eu sei o que a
planta de uma casa... (DESENHO)
Tá aqui... na minha casa tem um monte de
planta, dentro e fora de casa. A que eu
gosto mais é essa que fica na sala onde eu
faço a tarefa. É o lugar da casa que eu mais
gosto. A gente também come lá e vê TV
todo mundo junto de noite. Mas é sempre as
coisas que a minha mãe quer ver. Essa flor
dá flor às vezes. Umas 3 vezes por ano. Eu
gosto de planta. Aqui nessa janela dá pra
ver o meu quarto, coloquei a cama. A minha mãe pegou uma cortina que tinha no quarto dela de
nuvem rosa e colocou nele. Bem gay. Eu só vou nele pra dormir. Não tem mesa e nem planta lá, só
cama, cortina, tapete e uma cômoda onde tem minhas roupas e as roupas do meu irmão.

Interpretação: Veja que o aprendente afirmou saber o que é uma planta... (uma flor) desenhou a
planta, mas desenhou a casa dele do lado de fora... Repare no que ele disse no relato sobre o seu
quarto. Não gosta do quarto por conta da decoração. Então, apesar de ter feito o desenho de outra
coisa... no relato, foi mostrado em diversos momentos que não se sente dono do próprio quarto e
que não pode fazer nada... Todas as coisas são estipuladas por sua mãe.
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Autora: Maria Carolina Lolli
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Avaliação Psicopedagógica
fim sem a autorização por escrito da autora. A violação dos direitos autorais é
punível como crime com busca, apreensão e indenizações diversas (Leis 9610/98).

2. As 4 Partes do Dia:
“DESENHE 4 MOMENTOS DO SEU DIA, DA HORA QUE VOCÊ ACORDA,
ATÉ A HORA QUE VOCÊ VAI DORMIR”

Objetivo: Conhecer os vínculos ao longo do dia.

Materiais: 2 folhas tamanho sulfite; Lápis preto e borracha.

Procedimento: O terapeuta dobra a folha em 4 partes iguais e solicita que o entrevistado faça o
mesmo em outra folha. Solicita então, que o entrevistado desenhe 4 momentos do seu dia, desde
que acorda até a hora de dormir. Depois disso, arguimos sobre o desenho.

Indicadores: Ao escolher 4 momentos de um dia e estabelecer uma sequência entre os mesmos,


realiza 2 operações importantes: hierarquizar os momentos privilegiados de um dia e relacioná-
los em uma ordem temporal lógica. Os indicadores que iremos observar são: a adequação à
ordem (capacidade de adaptação às exigências externas e possuir tolerância à frustração), os
momentos escolhidos (indicam uma vida monótona ou escolha em função de cargas afetivas),
atividades realizadas, campo geográfico, detalhes do desenho. Devemos observar ainda 3
sequências: a espacial (maneira como o desenho foi feito na folha), a temporal e a do relato.

CARACTERÍSTICA SIGNIFICADO
Sequência Seguida a → b → c → d Bom vínculo com a aprendizagem
Espacial Não foi seguida Indica falta de rotina
tolerante, pensa para agir, segue normas
Sequência Correto
rotina
Temporal
Incorreto Impulsividade, pressa, baixa tolerância
Concordante com a sequência Reforça aspectos vistos na sequência
espacial espacial
Sequência Concordante com a sequência Reforça aspectos vistos na sequência
do Relato temporal temporal
Discrepância no relato com Indicam desorganização e,
relação às sequências espacial e consequentemente, dificuldades para a
temporal aprendizagem
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fim sem a autorização por escrito da autora. A violação dos direitos autorais é
punível como crime com busca, apreensão e indenizações diversas (Leis 9610/98).

Exemplo:
G.S. 13 anos,
Masculino
Relato: “Tá, vai...
eu acordo, vou
pra escola
porque sou
obrigado, depois
eu brinco a tarde
inteira de bola.
Aqui eu tô
comendo o
almoço depois eu
jogo bola na
minha casa de
novo. Depois eu
durmo.”

Interpretação: O
aprendente
estuda no
período matutino.
O desenho não apresenta uma sequência temporal bem definida, já que ele almoça logo depois de
chegar da escola. Isso demonstra a falta de rotina e responsabilidades do aluno. Outros vínculos
devem ser estudados.
J. C. R. Masculino 12
anos
Relato: “Aqui eu to
passeando na floresta.
Aqui to dormindo na rede.
Aqui to andando de
bicicleta, daí o pedal
quebrou e tive que voltar
carregando a bicicleta na
chuva. E Aqui eu to vendo
a árvore de madrugada da
janela”.

Interpretação: Repare
que o desenho não tem
uma sequencia temporal
definida, mostrando a
falta de rotina e a
confusão do aprendente.
Repare também a ênfase que deu para o dia que quebrou o pedal de sua bicicleta. Em
Nenhum momento ele representou a escola. Isso mostra um vínculo ruim com a escola e
denota a vontade do aprendente não fazer coisas relacionadas ao estudo.
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1. Família Educativa:
“DESENHE UMA FAMÍLIA QUE VOCÊ ACHA INTERESSANTE”
Objetivo: Conhecer os vínculos com os membros da própria família.

Materiais: folha tamanho sulfite; Lápis preto e borracha.

Procedimento: O terapeuta pede que o sujeito desenhe uma família que considera interessante.
Depois do desenho pronto, pede para identificar os personagens, a idade de cada um, o que cada
membro mais gosta de fazer e por fim, para descrever o que a família estava fazendo no momento
em que o desenho foi feito. Solicitar também um título para o desenho.

Indicadores: A família é a base de todas as nossas aprendizagens. Alguns indivíduos não se


identificam com sua própria família, preferindo, por exemplo, representar a família de um amigo.
A maneira como os membros são desenhados também é relevante para esta análise.

CARACTERÍSTICA SIGNIFICADO
Quem está mais próximo de Indica a relação de proximidade
Posição dos quem? observada ou desejada.
personagens Quem está nas extremidades Indica a sentimento de ciúme ou
e mais longe competitividade.
Tamanho pequeno Não é um vínculo importante
Tamanho Geral
Tamanho Médio Vínculo relativamente importante
do desenho
Tamanho Grande Importância significativa: boa ou ruim.
Sem discriminar tamanho Vínculo confuso com os pais
Com discriminação de
Vínculo claro com c os pais
Tamanho tamanho
relativo dos Filhos bem menores que os
Supervalorização dos pais
personagens pais
Subvalorização dos pais, dificuldade para
Filhos grandes, pais menores
cumprir regras
Supervalorização do intelectual, analisar
Só cabeças que partes da cabeça aparecem no
Características
desenho
dos
Só o corpo Pode significar agressão
personagens
Simplificação dos
Desvalorização do vínculo
personagens

Exemplos:
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fim sem a autorização por escrito da autora. A violação dos direitos autorais é
punível como crime com busca, apreensão e indenizações diversas (Leis 9610/98).

L.L. 13 anos. Masculino


Relato: “Desenhei uma família de bolas. O pequeno é o filho, a mãe tá sendo chutada mas tá feliz
porque ela gosta de levar porrada e o pai tá de gostoso, só observando. O filho tá de lado, isolado
no gol chorando de ver o que tá acontecendo com a mãe que só trabalha e só leva ferro de todo
mundo. O filho queria ser uma bola bem grande pra tirar a mãe dessa vida”.
Psicopedagoga: “Por que acontece isso com a mãe?”
Aprendente: “Ela escolheu o cara errado e parece que ela prefere ficar com o cara.
Psicopedagoga: “Eles têm mais filhos?”
Aprendente: “Mais um pra ficar vendo essa palhaçada que acontece de noite?”
Psicopedagoga: “O que cada membro dessa família mais gosta de fazer?”
Aprendente: “O filho gosta de ficar na casa da vó bola. A mãe gosta de sair com o filho, mas o pai
não dá dinheiro. E o pai, acho que gosta de bater no filho e na mulher.”

Interpretação:
O desenho mostra uma família que sofre. Sabemos que o mesmo acontece na família real do
aprendente. Os pais estão se separando... O aprendente fica penalizado com o sofrimento da mãe.
Esse desenho, associado ao seu relato denota um caso de vínculo muito ruim com a família.
Precisamos considerar, nesse caso, um acompanhamento psicológico para entender melhor as
relações e os prejuízos que podem causar na aprendizagem.
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Avaliação Psicopedagógica
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punível como crime com busca, apreensão e indenizações diversas (Leis 9610/98).

M.F.N. 12. anos. Masculino


Relato: “Essa é a família que eu acho interessante. Esse é o pai, essa é a mãe, esse sou eu, esse
é o nenê que tá na barriga da mãe e essa é a tia Julia. (escrevendo o vínculo familiar e a idade de
cada personagem na folha)”
Psicopedagoga: “O que eles estão fazendo?”
Aprendente: “O pai tá com a mãe namorando e cuidando do neném que nem chegou ainda
Psicopedagoga: “Eles têm mais filhos?”
Aprendente: “tem eu, que fico com a tia que é a única que entende”.
Psicopedagoga: “Entende o que?”
Aprendente: “que eu tenho que conversar, que brincar. Que eu preciso de tênis que sirva no meu pé.
A minha mãe não vê isso. Só compra coisa pro neném que nem nasceu ainda.”

Interpretação:
O desenho mostra uma criança que apresenta o vínculo ruim com os pais e o irmão. Mas um vínculo
bom com a tia. O desenho e o relato mostram a distância que a criança sente entre os pais e ela e
sugere ciúme por conta da chegada do novo irmão. Ele nos dá indícios de que o aprendente precisa
da atenção e do cuidado dos pais. Perceba que os pais não estão olhando para o aprendente.
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Autora: Maria Carolina Lolli
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punível como crime com busca, apreensão e indenizações diversas (Leis 9610/98).

Vínculos Consigo Mesmo


Estas pautas gráficas tentam relatar os vínculos que o
apresente desenvolveu consigo mesmo, Suas atividades,
suas responsabilidades... aquilo que mais gosta de fazer,
o que não gosta de fazer, etc.

1. Desenho em Episódios:
“IMAGINE ALGUÉM IGUAL A VOCÊ QUE TEM O DIA LIVRE PRA FAZER O
QUE QUISER DESDE A HORA EM QUE ACORDA, ATÉ A HORA EM QUE VAI
DORMIR”.
Objetivo: Conhecer os vínculos afetivos relacionados à identidade psíquica, as interferências
externas e internas.

Materiais: Folha tamanho sulfite dobrada em 6 partes; Lápis preto e borracha.

Procedimento: Dobrar a folha em frente ao sujeito e dar o comando apontando aos espaços
dobrados da folha de papel. Você vai desenhar uma história. Imagine que uma menina/um menino
tem o dia livre para fazer o que quiser. Desenhe este dia desde o momento em que ele acorda e
sai de casa até o momento em que volta novamente para casa. Depois do desenho pronto,
solicitar para que o sujeite narre o dia do personagem.

Indicadores: O personagem da história tem o dia livre para fazer o que ele bem quiser. Estranho,
por exemplo, nesse dia livre, surgir desenhos relacionados a atividades escolares. Devemos
perceber a temática do desenho, a representação do tempo e espaço, os afetos do sujeito,
elementos sociais presentes, identificação do sujeito.
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2. O Dia do Meu Aniversário:


Objetivo: Conhecer a representação que se tem de si mesmo e do contexto físico e sócio dinâmico em
um momento de transição de uma idade para outra.
Materiais: Folha tamanho sulfite; Lápis preto e borracha.
Procedimento: Pedir que o sujeito desenhe o dia do aniversário de um menino ou de uma menina.
Perguntar a idade do personagem principal, quem estava na festa, o que aconteceu nesse dia, etc.
Indicadores: Esta prova permite conhecer a relação do sujeito consigo mesmo explorando o dia que é
dedicado somente a ele. Os indicadores mais significativos são: O tamanho geral do desenho, dos
personagens, dos objetos, o espaço geográfico representado, o conteúdo do relato. O número de
pessoas que participam da cena, a posição das mesmas, os presentes, permitem conhecer o vínculo
de aprendizagem que o entrevistado estabelece com seus próprios desejos e interesses. É
imprescindível levar em consideração a condição econômica e social do sujeito.

CARACTERÍSTICA SIGNIFICADO
Aniversariante rodeado de pessoas Aprendizagem adequada
Indicadores
Aniversariante sozinho Dificuldade de reconhecer a opinião do outro
gráficos
Presentes ganhos Representam objetos desejados. Vontades próprias.

Rodeado de pessoas:
Bom: mostra pertencimento, aceitação, acolhimento

Fonte: VISCA, J. 2003)


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A presença só dos presentes: A presença só do aniversariante:


Ruim: Egocentrismo Ruim: Egocentrismo

Fonte: VISCA, J. 2003)

Sem presentes e sem pessoas


Ruim: Egocentrismo

Fonte: VISCA, J. 2003)


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3. Nas Minhas Férias


Objetivo: Conhecer as atividades realizadas nas férias escolares.
Materiais: Folha tamanho sulfite; Lápis preto e borracha.
Procedimento: Pedir que o sujeito faça uma fotografia das suas férias. Quando o desenho estiver pronto,
pedimos para que seja narrada a cena desenhada.
Indicadores: As férias representam um momento de paz, durante o qual podemos descansar e fazer as
atividades que não conseguimos fazer no período regular. Além de mostrar os desejos do sujeito, podem
representar um período de angústia por não identificar o que é pra ser feito.

CARACTERÍSTICA SIGNIFICADO
Continua fazendo o Ou gosta muito do que faz ou não sabe fazer algo diferente.
mesmo Pressão ou falta de criatividade.
Indicadores Indica criatividade, flexibilidade e capacidade de
Realiza algo diferente
aprendizagem
gráficos Busca atividades que o Quando o sujeito se sente muito pressionado. Indicativo de
diferencie fuga da escola.
Persiste em uma atividade Capacidade de aprendizagem criativa reparadora e diferente.

Realizando atividades da rotina –


tarefas escolares Atividade Reparadora
Ruim: monotonia Bom: faz algo para melhorar

Fonte: VISCA, J. 2003)


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Foto de uma viagem


Bom: Flexibilidade, Criatividade

Fonte: VISCA, J. 2003)

4. Fazendo o que Mais Gosto


Objetivo: Conhecer a atividade preferida pelo sujeito.
Materiais: Folha tamanho sulfite; Lápis preto e borracha.
Procedimento: Pedir que o sujeito se desenhe fazendo o que mais gosta. Quando o desenho estiver
pronto, pedimos para que seja narrada a cena desenhada.
Indicadores: Este desenho visa conhecer o tipo de vínculo que o sujeito tem consigo mesmo em termos
de seus gostos, interesses, necessidades e limitações externas na aprendizagem. Indicadores
significativos: indecisão na escolha do tema do desenho; apagar demasiadamente mudando o tema;
apagar demasiadamente sem mudar o tema; coerência no relato, coerência entre o relato e o desenho,
contexto espacial e temporal onde ocorre a cena. A indecisão na escolha do tema pode indicar proibições,
personalidade indecisa ou confusa. O ato de apagar deve promover uma maior investigação do terapeuta.
Nesse desenho, as características gráficas não são tão importantes como é o processo. Então, devemos
nos atentar para a localização na folha, o tamanho e a posição do desenho. A dinâmica também é
importante. Perceber ainda se o desenho se refere ao tempo presente, passado ou futuro.

REFERÊNCIA:
VISCA, J. Pautas Gráficas. 2003.
Copyrigth ©2018 - Foco Educacional.
Autora: Maria Carolina Lolli
Proibida a reprodução parcial ou total por qualquer meio existente e para qualquer

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Avaliação das Pautas Gráficas


Nome: __________________________________________________
Teste: ___________________________________________________ Data: ___/____/__________
(preencher esta tabela para todas as pautas gráficas realizadas)

Análise Interpretação
O desenho denota alguma questão
Afetividade afetiva importante: Medo, frustação,
alegria, ciúme?
O relato é coerente com o desenho?
Cognição Existiu planejamento?
Aspectos relacionados à
Aspectos Motores coordenação motora, pega do lápis,
pressão, presença de tiques, etc.
Você percebeu se existe vínculo bom
Relações Vinculares ou ruim com a escola, com a família,
e consigo mesmo?
Você verificou o tema do desenho?
Problemática Central Existe algum conflito que precisa ser
investigado?
O aprendente se recusou a realizar a
Recusa ou Omissão prova? Omitiu algo importante?
Alguém importante?
Quais foram, na sua opinião, os
Síntese das
dados mais relevantes desta
Interpretações prova?
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Avaliação das Pautas Gráficas


Nome: __________________________________________________
Teste: ___________________________________________________ Data: ___/____/__________

Análise Interpretação

Afetividade

Cognição

Aspectos Motores

Relações Vinculares

Problemática Central

Recusa ou Omissão

Síntese das
Interpretações

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