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INFORMATIVO

Feira de Santana, 06 de JULHO de 2022.

Caros (as) Condôminos (as),

Como informado em última Assembléia, o Condomínio Residencial Doce Lar, no ano de 2019, ingressou
com ação de obrigação de fazer, em face da CSO ENGENHARIA, visando compelir a Construtora a realizar as obras
necessárias ao reparo definitivo no sistema de esgotamento sanitário nas fossas sépticas do Condomínio, que
apresenta problemas desde a entrega do empreendimento.

No curso do processo (março/2019), fora deferido PEDIDO LIMINAR de antecipação de tutela, feito pelo
Condomínio, determinando-se que a Construtora resolvesse o problema, reparando as fossas, no prazo máximo de
30 dias, sob pena de multa diária de R$ 100,00 (...), decisão esta que fora objeto de recurso por parte da
Construtora, mas que fora mantida pelo Tribunal (TJBA).

Apesar disso, tal decisão não fora cumprida pela Construtora – que desde aquela época incorre na multa
diária fixada por cada dia de descumprimento.

Cumpre destacar que, também no curso do processo, fora realizada perícia técnica (por PERITO
JUDICIAL), finalizada em 16/08/2021, tendo a perita atestado, em LAUDO PERICIAL, que o problema apresentado
nas fossas do Condomínio decorre de vício de construção, de responsabilidade exclusiva da Construtora Acionada,
que subdimensionou os sumidouros, que eram pra ter 45,7 m² e foram construídos com 25,25 m², o que levou à
saturação do sistema.

Após assumir a representação do processo, o atual Jurídico do Condomínio, de imediato, manifestou a


concordância do Condomínio com o LAUDO PERICIAL da Perita da Justiça, e comunicou à Magistrada o
descumprimento da liminar ( o que ainda não havia sido comunicado), requerendo a majoração da multa diária, no
intuito de forçar a empresa a dar imediato cumprimento à decisão; informou, ainda, não ter mais provas a produzir
– uma vez que vício de construção resta plenamente demonstrado por perícia judicial, e requereu o julgamento
antecipado da lide (sentença).

A Construtora, por sua vez, apresentou manifestação, reconhecendo não ter cumprido a decisão, e
justificando o descumprimento por uma suposta necessidade de prévia realização de ensaios de absorção do solo
no Condomínio – o que foi prontamente impugnado pelo Condomínio.

Em 06/10/2021, porém, a Magistrada acolheu o pedido do Condomínio, majorando a multa para R$


500,00 (...) por cada dia de descumprimento, e negando o pedido da Construtora de nova perícia, por entender já
existir no processo laudo pericial juntado por perita capacitada e nomeada pela própria Justiça, não havendo a
necessidade de produção da nova prova requerida pela Construtora.

Após a referida decisão, a Construtora apresentou manifestação nos autos, informando que iria dar início
imediato às obras de reparo, o que (infelizmente) também nunca aconteceu, apesar da expectativa que criou-se à
época.
Diante da persistência no descumprimento da decisão, o Condomínio, em 20/01/2022, se manifestou
mais uma vez no processo, comunicando à Magistrada que a decisão liminar seguia sendo descumprida, requerendo
o julgamento antecipado da lide (por não existirem mais provas a se produzir) – prolação de sentença, e
requerendo, por fim, que, em sentença, seja apurado o valor da multa diária devida pela Construtora, levando-se
em conta o valor estipulado e a quantidade de dias de descumprimento, para que o condomínio possa iniciar a
execução (cobrança) do valor .

Assim, no momento, o processo encontra-se CONCLUSO PARA JULGAMENTO (sentença), no gabinete


da Magistrada, sendo o prognóstico favorável ao condomínio, diante da existência de Laudo Pericial da Justiça,
reconhecendo que o problema apresentado nas fossas decorre realmente de vício de Construção.

Apesar disso, para que o Condomínio possa dar os próximos passos, dentro do processo, faz-se
necessário aguardar a referida sentença, com o reconhecimento judicial da existência do vício de construção, e
reconhecimento judicial da responsabilidade da Construtora pelo reparo.

Quanto ao tempo para que tal decisão seja proferida, informamos que há a expectativa de que seja
proferida neste 2º semestre, pela relevância do assunto; infelizmente, porém, não há como se garantir que ocorra
em tal período de tempo, já que não existe prazo definido em Lei para que a Magistrada venha a proferir tal decisão,
e poderá a Magistrada seguir a ordem cronológica de processos que chegam no gabinete p/ sentença.

Quanto à obrigação de fazer (liminar), que segue sendo descumprida, como já comunicou tal
descumprimento no processo, e já conseguiu a majoração da multa, e mesmo assim a Construtora não cumpriu a
decisão, o mais indicado é que o Condomínio aguarde a referida sentença (uma vez que inexistem novas provas a
se produzir), quando deverá ser reconhecido e apurado pela Magistrada todo o período de descumprimento,
convertendo-o em obrigação de pagar a multa pecuniária estabelecida (pela quantidade de dias descumpridos),
para que possa dar início à execução (cobrança) do valor apurado.

Por fim, reconhecida (por sentença) a existência do vício de construção, e reconhecida (por sentença) a
obrigação da Construtora em realizar os reparos, eventuais despesas arcadas pelo Condomínio, com o reparo das
fossas (obrigação descumprida pela Construtora), serão comunicadas à Magistrada, para que sejam igualmente
apuradas e cobradas da Construtora, durante a fase de execução do processo (após o trânsito em julgado da
sentença); tais valores, vale ressaltar, não se confundem com os valores que serão cobrados pelo Condomínio a
título de multa pecuniária pelo descumprimento da obrigação de fazer (a multa, inclusive, seguirá sendo devida
pela Construtora, a cada novo dia, e até o efetivo reparo das fossas, mesmo que seja apurado e iniciada a execução
do valor até então devido).

Sem mais para o momento,

Atenciosamente.
,

CONDOMÍNIO RESIDENCIAL DOCE LAR

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