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RELATÓRIO ESCOLAR
ALAN BATISTA
AYMÊ JILVANA
BRASIL
2022
RESUMO
Este relatório tem como objetivo explicitar as atividades realizadas pelos alunos
Matheus Nonato, Alan Batista e Aymê Jilvana com a orientação do Professor
Doutor Mauro Cezar Coelho, durante a atividade extracurricular da disciplina
Pratica Comum Curricular IV, efetivada na Escola Estadual de Ensino
Fundamental e Médio Barão de Igarapé Miri, localizado no bairro do Guamá e a
Escola de Ensino Fundamental e Médio Padre Francisco Berton, localizada no
bairro do Tapanã, as escolas tem como entidade mantenedora: Secretaria de
Estado e Educação (SEDUC) do Estado do Pará. A referida atividade
extracurricular teve uma carga horária de X, e a realização do mesmo nas
escolas foi do período de X a X. Essa atividade tem como escopo compreender
as exigências, dimensões e desafios da utilização e uso dos livros didáticos
dentro das salas de aula, a atividade foi realizada junto aos alunos do ensino
fundamental. A atividade tem como foco fundamental o contato entre os alunos
de licenciatura de História do ensino superior com a realidade educacional no
nível do ensino fundamental, assim como, as práticas docentes do professor
em exercício na rede pública relacionadas com a utilização dos livros didáticos
no contexto do ensino de história. A atividade extracurricular que foi feita na
escolar não foi apenas o momento de observação das práticas docentes e sua
associação com o uso do livro didático, mas também, a explicitação da
inseparabilidade da pratica com a teoria.
Introdução
A atividade extracurricular teve início na própria universidade, com a
apresentação da proposta do curso, e das atividades a serem realizadas no
espaço escolar. Na Universidade foi passado, de forma didática e objetiva,
as dimensões que cercam o debate relacionado ao livro didático e seus
desafios dentro do ambiente escolar, que desde então só havíamos lido nas
obras literárias presentes na bibliografia obrigatória e complementar do
curso, que abordam o assunto em debate.
Depois das primeiras aulas executadas pelo professor, no qual foram
mostrados quais as discussões historiográficas do tema na academia, e
quais os melhores passos, que poderíamos realizar, pra fazer uma
observação mais ampla dentro da escola, sempre tendo como base obras
da bibliografia, que abordam esse universo que é a comunidade escolar e
os livros didáticos. Os ricos debates, e troca de experiências, realizados em
sala de aula, nos trouxeram um enorme aprendizado, com cada um
contando suas experiências na sala de aula.
A utilização e uso dos materiais didáticos dentro da sala de aula é um
assunto poucos debatido nos cursos de licenciatura da academia brasileira,
a formação inicial e continuada do educador é um fator extremamente
essencial para o processo ensino-aprendizagem dos alunos. A existência
de profissionais que tenham tido ampla participação nessa discussão é
importante no contexto da formação escolar do aluno.
Diante disso, os cursos de Licenciaturas, precisam cada vez mais oferecer,
além de conhecimentos científicos, atividades práticas de qualidade
relacionadas ao uso do livro didático, sob curso, como também, tem por
obrigação colocar em exercício a articulação entre a teoria e a prática.
Diante do exposto, este trabalho tem como foco refletir/discutir, sobre a
questão do livro didático dentro da sala de aulas através de observações e
a correlação teoria e prática.
A atividade de observação sobre o uso do livro didático, foi desenvolvida,
abordando as três dimensões propostas para a pesquisa etnográfica em
sala de aula. Segundo André, “Para que se possa entender o dinamismo
próprio da vida escolar, é preciso estuda - lá com base em pelo menos três
dimensões: Institucional ou organizacional, a instrucional ou pedagógica e a
sociopolítica cultura “. André (1995, p. 8). Desse modo, este relatório está
dividido levando em conta essas três dimensões:
1. Institucional e organizacional
FIGURA3 .FONTE:https://www.facebook.com/escolaberton/photos/a.103488274824891/103488914824827/ ,
FIGURA 4. FONTE: http://escolaberton.blogspot.com/2018/05/a-escola-francisco-berton-tem-o-prazer.html
Imagem 2
Na imagem 01, sala da turma do 7º ano, tarde, a distribuição das cadeiras é de
três fileiras com, 10 cadeiras em cada, sem janelas e com dois ventiladores,
um não estava funcionando.
2. Sociopolítica cultural
3. Institucional e Pedagógico.
Nesse ponto, o relato parte da linha de explanar a relação professor – aluno,
conhecimento e atividades realizadas, partindo do pressuposto de que, “A
Observação é entre outras coisas uma forma de estabelecer relação com o
empírico, sendo a escolha inicial a de alcançar uma inteligibilidade das práticas
de ensino tomando por base o que pode ser constatado em situação de ensino
aprendizagem”. Conte, Et al (2020). As atividades na escola Padre Francisco
Berton foram realizadas as terças feiras, no horário da manhã, das 7h30 às
12h15, nas turmas de 6º e 7º anos pelo aluno Alan Batista As observações em
sala de aula na escola Barão de Igarapé Miri foram realizadas em quatro
turmas do 7° Ano – do Ensino Fundamental no turno da tarde pelos discentes
Matheus Nonato e Aymê Jilvana. Observando assim 8 aulas de 45 minutos por
semana (Terça e Sexta) dadas pelo professor Rosário da Conçeição Pantoja
da Silva. As observações foram divididas em três pontos importantes, o
primeiro era quando chegava no colégio na sala dos professores, o segundo
em sala de aula com a professora e os alunos e o terceiro, com os alunos no
recreio, corpo docente e demais trabalhadores da escola.
Houve uma recepção amistosa da maioria dos funcionários da escola Barão de
Igarapé Miri, ao contrário de escolas que, quando se dão conta que são
estagiários ou alunos do ambiente acadêmico em atividades extracurriculares,
olham de certa forma preconceituosa para o discente acadêmico. No primeiro
dia, na sala dos professores, um professor, nos olhou com um olhar
desconfiado, chegou a fazer essas perguntas direcionadas ao discente
Matheus(ex aluno da escola), perguntando sobre o que ele está fazendo
naquele ambiente, falando que “A educação não tem jeito. Escolha outra
profissão.”
Falando do “antes da aula”, a sala dos professores, esse ponto é importante,
para entender como os professores se comportam fora da sala de aula, e como
eles veem a suas turmas, tanto pelas conversas que nos presenciamos, nas
discursões de sobre as dificuldades de trabalho, sobre a estrutura da escola, os
alunos, a diretora, o salário, etc., mas principalmente por eles não ligarem para
a nossa presença, pelo contrário, nos incluíam nas conversas e sempre
diziam frases como, “vai te acostumando”, etc.
Nessas observações, antes aula, o discente Alan Batista pode perceber muitas
coisas, pois ele estava acompanhando a professora em apenas duas turmas, e
a escola possuía muitas outras, a partir do relato dos professores ele tinha
sobre os acontecimentos que permeavam as outras turmas, relatos do tipo,
alunos usando drogas em sala de aula, vendo conteúdo pornográfico na frente
do professor, professores sendo ameaçados por pais de alunos, situações de
abuso sexual, e fome, principalmente a fome, eram corriqueiros na sala dos
professores
Observamos nas duas escolas professores cansados, sem saber o que fazer,
nas falas de alguns, era possível identificar, que eles eram interessados no seu
trabalho, não era só pelo salário, mas era perceptível que não tinham mais
interesse que nos primeiros anos de docência, talvez o processo os tenha feito
perder aquele gás, isso talvez se explique pelo choque da teoria com a pratica,
entre uma formação acadêmica e o trabalho em sala de aula como pontua
Cunha:
CUNHA, Jorge Luiz da; CARDOZO, Lisliane dos Santos. Ensino de História e
formação de professores: narrativas de educadores. Educar em Revista,
Curitiba, n. 42, p. 141-162, dez. 2011. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/er/n42/a10n42.pdf.