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HOSPITALAR:
Contribuições da Psicologia
Minicurso Gratuito
Palestrante: Thaís Martins – CRP 06/141079
Parceria: Catavento Instituto e Talia Oliveira
QUEM SOU EU?
Thaís Martins – CRP 06/141079
Definição de Delirium
Classificação de Delirium
Diagnóstico de Delirium
Prevenção do Delirium
DSM-5, 2013.
CID-10.
Escore de
Idade
gravidade da
acima de
doença
70 anos
Déficit elevado
Má
visual ou
nutrição
auditivo Uréia/creati
Consumo de
nica acima
drogas
de 18
Uso de Condições Doença
psicofárma renal ou Condições
cos Pré-existentes hepática
Agudas
Alterações
metabólicas
Consumo História de
(glicemia,
de álcool depressão, Sepse
natremia e
no mês demência e
função
anterior epilepsia
Infecção tireoidiana)
por HIV Hipertemia/
Febre ou
hipotermia
Ambientais
HIPOATIVO
Misto Lentificação psicomotora, apatia, redução
Hipoativo de resposta a estímulos externos.
MISTO OU SUDSINDRÔMICO
Presença de um ou mais dos sintomas de
modo leve – início do quadro.
FORMA HIPOATIVA
Triplo de chance de serem reintubados e também seu risco
de mortalidade em 6 meses é o triplicado.
FORMA PROLONGADA OU
PERSISTENTE
Depois a alta, permanece sintomas do delirium, em casa ou
home care.
MAS PORQUE
DIAGNOSTICAR
DELIRIUM?
O delirium tem sido associado ao maior tempo de
Prevalência de De menor
Porcentagem de pacientes que são
Delirium gravidade
corretamente diagnosticados
nos pacientes
e tratados
internados
na UTI em uso de
ventilação mecânica
Thaís Martins CRP 06/141079
CONSEQUÊNCIAS DO
DELIRIUM OS FUNCIONÁRIOS SÃO
MOTIVADOS POR:
Comorbidades de curto e longo prazo:
• Autoextubação;
• Remoção de cateteres;
• Mortalidade aos 6 meses e 1 ano;
• Aumento do tempo de hospitalização – com maiores
necessidades de medicações;
• Aumento dos custos;
• Atraso na constituição de um encadeamento de experiências
que signifique os eventos vividos;
• Alterações psicológicas negativas;
• Desenvolvimento de sintomas psiquiátricos e sofrimento
psíquico;
• Prejuízos cognitivos – especialmente na qualidade do nível de
Consciência e nas Memórias disponíveis;
• Impedimentos para a retomada da vida.
Thaís Martins CRP 06/141079
POR QUE TANTOS PACIENTES COM
CORONAVÍRUS SOFREM DE DELIRIUM?
• Em uma entrevista ao New York Times, uma paciente COVID-19 de 31 anos que sofria da doença
relatou visões perturbadoras: em vários momentos durante sua hospitalização, ela acreditava que
havia sido queimada viva, submetida a testes de laboratório no Japão e foi transformada em uma
escultura de gelo.
• Embora a pesquisa sobre a prevalência de delirium entre pacientes com coronavírus ainda seja limitada,
alguns médicos acreditam que as pessoas hospitalizadas com COVID-19 podem ser mais suscetíveis à
doença devido a vários fatores, incluindo a maneira como o vírus afeta o cérebro e os medicamentos
prescritos aos pacientes com coronavírus, bem como as medidas preventivas que os hospitais
instituíram para retardar a propagação do vírus.
• Além disso, quanto mais uma pessoa estiver em um ventilador, maior será a
probabilidade de começar a ficar agitada ou confusa, principalmente quando
tratada com sedativos.
• Enquanto os pacientes geralmente passam entre três e quatro dias em um ventilador, sabe-se que
os pacientes com COVID-19 precisam de assistência respiratória por um período entre 11 a 21 dias
e, às vezes, até 30 dias (de acordo com Dickerman, os pacientes com coronavírus podem
experimentar delirium antes, durante ou após a ventilação).
• Inatenção;
• Pensamento Desorganizado;
• Prejuízo da memória;
• Disturbios perceptuais;
• Agitação ou lentificação psicomotora;
• Alterações do ciclo sono-vigília.
FARMACOLÓGICAS
- Máscara ocular
- Tratamento com brilho da luz
PARA PREVENÇÃO - Musicoterapia
2 - Educação
- Para a família do paciente
- Para os profissionais de saúde
3 - Orientação
- Uso de relógios e calendários
4 - Terapia cognitiva
5 - Fisioterapia ou exercícios
- Protocolos de mobilização precoce
6 - Protocolo ou revisão dos fármacos
7 - Despertamento, coordenação respiratória e
monitoramento de delirium
- Implantação do conjunto ABCDE
Thaís Martins CRP 06/141079
Thaís Martins CRP 06/141079
ESTIMULAÇÃO
COMO
PREVENÇÃO
ESTIMULAÇÃO COGNITIVA
Falar com o paciente sobre coisas que fazem parte de sua rotina, que são
particularmente importantes para ele, estimulando que a família faça o mesmo
durante a visita. Estimular o contato físico dos membros da família, como o
toque nas mãos, possibilidade de hidratação dos pés/mãos do paciente com
massagem estimulante, toques no rosto, áudios de pessoas importantes e que
não podem ter acesso ao hospital. Dizer ao paciente quem foram os familiares
que estiveram o visitando no dia anterior, quais foram as novidades trazidas
pela família, orientá-lo sobre os motivos da ausência física dos familiares,
também podem auxiliar no controle da ansiedade e conforto do paciente
incapaz de comunicar-se.
Dirigir-se ao paciente pelo nome civil (ou social), orientando para que toda a equipe o
faça sempre que se aproximar dele. Falar com o paciente durante momento de
higienização, curativos, procedimento, medicação, realização de intervenções da equipe,
explicando brevemente o que está sendo feito. Considerar, sempre que possível, as
preferências do paciente (mencionadas pela família), tentando mantê-lo o mais próximo
possível de sua rotina habitual. Ex: o paciente só tomava banho a noite, costuma ser
bastante friorento, gosta de música… são coisas simples mas, que se possíveis de
adaptação, podem beneficiar o paciente em seu tratamento.
PREVENIR DELIRIUM É
QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA!
DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais – 2. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2008.
COSTA, Mariana de Almeida Silva. Contribuições da Psicologia na intervenção de delirium em UTI. Monografia (Especialização em
Psicologia e Saúde) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014.
TOSTES, ICGO; PEREIRA, SRM; ALMEIDA, LF; et al. Delirium e terapia intensiva: utilização do Confusion assessment method for the
Intensive Care Unit pelo enfermeiro. Rev Fund Care Online. 2018 jan/mar; 10(1): 2-8.
Organização Mundial da Saúde. CID-10 Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 10a rev.
São Paulo: Universidade de São Paulo; 1997. vol.2.
PESSOA, Renata Fittipaldi e Nácul, Flávio Eduardo. (2006). Delírio em pacientes críticos. Revista Brasileira de Terapia
Intensiva , 18 (2), 190-195.
PITROWSKY, Melissa Tassano; SHINOTSUKA, Cássia Righy, SOARES, Marcio; LIMA, Marco Antonio Sales Dantas, & SALLUH, Jorge
Ibrain Figueira. (2010). Importância da monitorização do delirium na unidade de terapia intensiva. Revista Brasileira de Terapia
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Tobar, Eduardo, Alvarez, Evelyn, & Garrido, Maricel. (2017). Estimulação cognitiva e terapia ocupacional para prevenção de
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