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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância

Tema: Imperio Romano

Nome da Estudante: Pierry Rafael Silva Paulino

Código: 708226469

Curso: Licenciatura em Ensino de História

Disciplina: História da Sociedade

Ano de frequência: 1º Ano

Tipo de exame: Trabalho do campo

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Beira, June, 2022

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância

Tema: Imperio Romano

Nome da Estudante: Pierry Rafael Silva Paulino

Código: 708226469

Curso: Licenciatura em Ensino de História

Disciplina: História da Sociedade

Trabalho referente a Universidade


Catolica de Mocambique da cadeira
de Historia de Sociedade que tera
como fim avaliativo.

Docente: Dr. Olimpio Makhaza

Beira, Julho, 2022

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I. Folha de Feedback

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Capa 0.5

 Índice
0.5
Aspectos
Estrutura  Introdução 0.5
organizacionais
 Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução
 Descrição dos objectivos 1.0

 Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
 Articulação e domínio do
discurso académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita cuidada,
coerência / coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e internacionais
2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e tamanho
Aspectos
Formatação de letra, paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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II. Recomendações de melhoria:
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I. Introduacao

A cidade de Roma transformou-se num vasto Império que ao longo do tempo foi submetendo
outras regiões com auxílio de um grande e disciplinado exército. Com o passar do tempo as
riquezas do Império Romano atraíram outros povos que invadiram e dominaram os Romanos: os
povos “Bárbaros”.

A palavra educação nos induz a pensarmos no processo ensino aprendizagem. Independente das
teorias de ensino formalizadas por estudiosos, a máxima da educação é a aprendizagem.
Entretanto, a curiosidade em conhecer e entender o processo da educação no mundo tem
estimulado cientistas a pesquisar sobre o tema e a escreverem textos, livros e toda soma de
materiais que versem sobre a história até educação até os dias atuais (Viotto, 2016). A sociedade
romana é uma das mais antigas do mundo, nos trouxe a curiosidade de conhecer o processo de
organização da educação

II. Metodologia

Adotou-se a pesquisa qualitativa, de revisão bibliográfica integrativa. Os processos sociais


precisam ser estudados e analisados pelos cientistas sociais, buscando compreender as condutas e
os processos sociais que ocorrem na sociedade. A pesquisa qualitativa estuda o fenômeno e a
intensidade como ele acontece. Interessa-se pelas singularidades e seus significados, buscando
em cada achado qualidade, ligando-os a sua dimensão sociocultural (Minayo, 2017). A pesquisa
qualitativa defende o estudo do homem, levando em conta que este não é um ser passivo,
diferentemente dos objetos, portanto necessita de uma metodologia que considere suas diferenças
(Flick, 2009). Este tipo de pesquisa pode ser utilizado em seus procedimentos metodológicos
como a observação participante, entrevista individual ou grupal, história de vida, entre outros,
levando sempre em conta o contexto social.

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III. Objectivos

Gerais

 Conhecer o historial do império romano

Específicos

 Caracterizar o processo da formação do Império Romano;


 Descrever as causas da queda só Império Romano;
 Indicar os elementos da cultura Greco-Romana.

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IV. Resumo

O Direito Romano, um dos mananciais da civilização ocidental, consiste no complexo de normas


vigentes em Roma, que durante os treze séculos da história romana. Regeu a modificação
constante na estrutura do Império Romano, conforme a evolução da cultura e as alterações
políticas, econômicas e sociais, que o caracterizam. O artigo pretende projetar luz sobre a
estrutura e funcionamento da educação romana. Para tanto, adotou-se a pesquisa qualitativa, de
revisão bibliográfica sistemática. Conclui-se que a estrutura compreende os dois graus
tradicionais de gramática e retórica, no curso de gramática, ensina-se a língua latina e a língua
grega e as noções precisas para este fim, no curso de retórica, lecionava-se a interpretação dos
historiadores e dos oradores, as normas e as exercitações de eloquência ocupam um lugar de
destaque, ademais os romanos souberam transmitir a prática dos ideais do respeito aos direitos
individuais e à liberdade política, do cultivo da moralidade pessoal e coletiva, da excelência
social a que se denomina cultura.

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Fundamentação teórica

1. Imperio Romanos

11. Educação - a Roma Antiga

O território da Roma Antiga foi fundado em uma pequena região no Lácio, região central da
Itália moderna e avança por várias regiões do mundo, formando uma civilização multicultural,
complexa e sofisticada, com atores (plebeus e patrícios) de papéis bem definidos no seio social
da sociedade. Os romanos desconfiavam de estrangeiros e por isso submetiam-nos socialmente a
condições de inferioridade e escravidão.

O período da Monarquia compreende o século VIII a VI a.C. (753-509 a.c.), governada nesse
período por um governante (rei), a economia de Roma se baseava na agricultura e pecuária. A
sociedade romana era composta pelos patrícios (donos de terras, elite e políticos), plebeus
(pequenos proprietários, comerciantes, produtores rurais e artesãos), clientes (agregados dos
patrícios) e escravos (considerados como bens materiais) e proletariado (função de gerar a prole
para compor exército romano) (Beard, 2019).

A família romana era considerada uma unidade política, jurídica, religiosa e econômica. A
consanguinidade não era um aspecto importante na definição de família, criados e escravos
também compunham a família. A se baseia nas Doze Tábuas criada em 451 a. C., que apresenta
as tradições, princípios como a dignidade, a coragem, a firmeza, o espírito, os costumes e a
disciplina. Propondo praticamente o esboço do código civil, com base na pátria potestas o “poder
da vida e da morte” pelo pai

ou chefe da família. O pater era pai, sacerdote, chefe e detentor do poder sobre a família, nem o
Estado interferia em suas decisões (Cordeiro, 2016). A educação acontecia em casa fornecida
pelo pai (pater famílias), se aprendia o respeito e costumes ancestrais (mores maiorum), com
consciência dos fundamentos da romanidade através do ensino do Direito, formando os civis
romanus, com caráter civil, prático e familiar. A mulher cabia à educação e os cuidados da
criança nos primeiros anos de vida, o papel de esposa, mães e cuidadoras da casa. O fim da
educação romana é prático-social, ou seja, a educação visava à formação do agricultor, do
cidadão, do guerreiro, entre outros (SoPedagogia, 2021). Correa (2019) descreve que na
literatura desse período surgem os primeiros registros latinos advindo da literatura grega clássica.

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A produção artística conta com poemas cantados e acompanhados de flauta (carmina conuiualia)
apresentados em eventos da alta classe; lamentos cadenciados (neniae) entoados por mulheres
assalariadas em funerais e a aproximação com a literatura grega com as composições de elogios
(scipionum elogia) que coincide com a chegada das primeiras composições gregas em Roma. A
educação formal romana inexistia, não havia intervenção do estado para sua criação, a educação
estava voltada para o trabalha, incentivando que as crianças imitem soldados, agricultores,
estadista, entre outros (Neves, 2018). No século III ou meados do século II a.C. a educação
romana já sofre influência social e cultural grega. O pai romano era considerado mestre de seus
filhos, a educação acontecia essencialmente nos lares (Casagrande & Mainardes, 2018). Roma já
se encontrava contaminada pela Grécia, avançando à medida que se estabelecia a estrutura
escravista, se apropriando de expressões culturais gregas. As trocas comerciais entre os povos
faz com que o teatro com técnicas rudimentares das comédias e tragédias gregas, chegue a solo
romano. O gênero poético dos literatos e a arte de escrever grega renovam a literatura romana.

A história da educação romana apresenta três fases principais, que compreendem: pré-helenista,
helenista-republicana, helenista-imperial. Os princípios do helenismo cativam os romanos e
influenciam a educação para o estudo da Filosofia e do Direito (Santarem, 2015). No século II e I
a. C. a fusão cultural dos gregos com a cultura oriental origina a cultura helenística,
influenciando a educação romana e o conceito da formação integral do ser humano. Roma atinge
seu apogeu na questão da expansão territorial.

1.2. Formação de Roma

O Império Romano formou-se através de guerras de conquistas e expansão entre os séculos


VIIIa.n.e a I n.e, dominando os povos vizinhos. O sucesso Romano foi graças a um exército
disciplinado, bem equipado e uma organização militar combinada com a superioridade técnica
desta civilização.

Na época da República (começou com a queda da monarquia, tradicionalmente datada cerca de


509 a.C. - 27 d.C., e sua substituição pelo governo chefiado por dois cônsules, eleitos
anualmente pelos cidadãos e aconselhados pelo senado), Roma conquistou e dominou
progressivamente a Penísula Itálica. A partir do século II a.n.e, Roma lançou-se à conquista do
Mediterrâneo Ocidental onde a Secília, rica em terras para agricultura, e Cartago (actual
Tunísia), antiga colónia Fenícia e senhora do comércio do mediterrâneo, dispertavam a cobiça

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dos conquistadores. Depois da victóriaRomana sobre o Cartago, passaram à conquista de vastos
territórios em redor do mar Mediterrâneo (a Secília, a Córsrga, uma parte do norte de África,
penísula ibérica e da Gália). Estas conquistas juntaram-se as outras do Mediterrãneo Oriental
(Macedónia, a Grécia, a Síria e a Judeia (Palestina). No século I a.n.e Roma deixou de ser uma
República e entrou na fase denominada por Império. A República revelava-se incapaz de
governar um Império tão vasto com muitas lutas pelo poder (manifestações plebeias e as revoltas
dos escravos), que punha em causa a ordem e a paz. Perante esta situação o Senado confiou o
poder político a uma única pessoa - Octávio Cesar. Este conseguiu afastar seus rivais políticos e
concentrar em si os poderes das instituições republicanas sem deixar transparecer o desrespeito
pelos orgãos políticos Romanos.

1.3. Período Monárquico

A Monarquia Romana foi a primeira forma política de governo da Roma Antiga. Este período
teve início com a fundação lendária da cidade em 21 de abril de 753 a.C. e durou até a queda do
último rei, Tarquínio o Soberbo, em 509 a.C. Após este período teve início a República Romana.

1.4. Sociedade romana no período monárquico:

Nesse período histórico, a sociedade romana era composta por patrícios (grandes proprietários de
terras), plebeus (pequenos agricultores, artesãos e comerciantes) e escravos (prisioneiros de
guerra ou plebeus com dívidas).

O período do Império começa com a ascensão de Otávio Augusto (27 a.C. – 14 d.C.), o império
assume seu apogeu com o senado e relativa estabilidade na sociedade romana. A verticalização
do poder autocrático do Imperador torna as classes sociais compostas em: Patrícios (os que
tinham privilégios políticos e regalias), Plebeus (comerciantes e os de cargo no governo),
Clientes (trabalhadores e camponeses) e Escravos. O mundo romano sofre várias transformações,
a população se torna miscigenada (formando a base linguística de línguas como o português,
espanhol, francês, italiano e romeno), nasce e avança o cristianismo (contrário ao politeísmo e a
escravidão) e avança a expansão territorial. A riqueza e prosperidade de Roma faz com que
aconteçam banquetes, festas, eventos esportivos e artísticos entre as classes privilegiadas, além
da construção de inúmeros monumentos, arcos e edificações. Os altos impostos cobrados, gastos
com o exército para manutenção territorial e a desorganização econômica deixa o povo a própria

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sorte. O aumento da fome entre os camponeses, fez com que inúmeros rumassem para a cidade
em busca de melhores condições de vida. Para evitar revoltas, durante a apresentação dos
espetáculos públicos com gladiadores (Pão e Circo), o governo distribuía alimentos. Cada vez
mais a estrutura econômica de Roma piora e fica mais difícil a distribuição de riquezas e a
manutenção de uma sociedade estática (Coelho & Melo, 2013). A educação para os filhos da
elite romana prospera influenciada pelo processo de helenização, o Estado cria um sistema de
ensino formal e oficial centralizado que atende os filhos das classes privilegiadas e ricas,
preparando-os para participação ativa na vida pública romana e no corpo burocrático resolutivo
para as questões administrativas do império. (Melo, 2006; Corrêa, 2019). Para a elite romana
viver é mais do que um ato biológico, a elite precisa ser educada para a vida pública e, portanto,
para a oratória. O orador não podia se refugiar apenas no estudo da doutrina da oratória, o orador
necessita da prática da vida pública, sem ela não e faz um orador (Vasconcelos, 2000).

2. Período da república

A República Romana foi um período da história da civilização romana que durou 500 anos, de
509 a.C. a 27 a.C. quando foi governada por senadores e magistrados. Durante este tempo, Roma
organizou suas instituições e realizou importantes conquistas militares que lhe garantiram o
domínio do Mar Mediterrâneo.

. Com a chegada da república romana, extingue-se a figura do rei e é estabelecido um sistema no


qual o poder era dividido entre os magistrados (entre eles, destacam-se cônsules e tribunos da
plebe), o Senado e, posteriormente, o conselho da plebe.

Todos possuíam funções específicas, contudo, existia uma certa concentração de poder e maior
privilégio para os senadores. Vamos entender melhor a organização política da república
romana:

2.1. Os cargos magistrais

Os cargos magistrais eram cargos públicos do governo. Esses cargos eram definidos através de
assembleias, que eram compostas apenas pela elite romana, os patrícios, e pelo Senado.

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Somente a partir das reivindicações sociais da plebe (povo comum), foi possível que esta camada
da sociedade tivesse os seus próprios representantes e a sua própria assembleia.

2.2. Os cargos magistrais eram:

Consul: O cônsul era o maior cargo da magistratura romana. Os dois cônsules eram eleitos por
decisão popular, na assembleia centuriata, e tinham um mandato de 1 ano. O cargo tinha como
responsabilidade a administração do governo e do poder executivo. Os cônsules também
detinham poder sob o exército.

Pretores: Eram cargos que também eram eleitos durante as assembleias centuriatas. Os Pretores
exerciam o poder judiciário, responsável pelo exercício da justiça. Uma figura que se assemelha
ao juíz dos dias de hoje.

Censores: Responsáveis pelo por realizar censos demográficos e econômicos na cidade e pela
organização de eleições. Também eram responsáveis por conservar os costumes morais romanos
na sociedade.

Edil e Questor: Ambos eram eleitos pela assembléia tribal, uma assembléia composta pelo povo
urbano e pelo rural. O Edil era um cargo que tinha como responsabilidade a preservação dos
bens públicos, do policiamento e até pela gestão de jogos e eventos. Já o Questor, era o
responsável pela cobrança de impostos e atuava como uma espécie de tesoureiro.

Tribunos da plebe: Eram representantes políticos da plebe. Era uma oposição plebeia ao Senado,
mas com muito menos influência e poder. Entretanto, com a crise da república, alguns tribunos
se tornaram mais populares e chegaram até a se tornar cônsules.

2.3. Razoes da expansão Romana ias regiões abrangidas

Necessidades económicas – o conflito acentuado entre aristocracia e pequenos proprietários pela


posse de terras, o surgimento de latifúndios (grandes propriedades) e a produção virada para o
mercado, motivaram os romanos a expandirem-se em busca de terras, escravos, mercados,
matérias-primas e outras riquezas.

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 Manutenção da segurança – nos primeiros tempos, os romanos tiveram que lutar pela
sobrevivência, defendendo-se dos ataques dos vizinhos; depois, conhecedores das suas
fraquezas, lançaram vitoriosas contraofensivas, alargando deste modo o território;

 Necessidades económicas – o conflito acentuado entre aristocracia e pequenos


proprietários pela posse de terras, o surgimento de latifúndios (grandes propriedades) e a
produção virada para o mercado, motivaram os romanos a expandirem-se em busca de
terras, escravos, mercados, matérias-primas e outras riquezas.

 Aumento de poder e prestígio – a aristocracia romana, sobretudo os líderes políticos e


militares, pretendia aumentar sua glória e prestígio e alargar o poder do povo romano
sobre habitantes de outras regiões.

2.4. Decadência da Romana

Nos finais do séc. IV n.e., o Imperio Romano foi atacado por povos Bárbaros (povos que viviam
fora do Império Romano).A queda do Império Romano ocorreu em 476 n.e. quando Roma, a
antiga capital foi conquistada pelos Hérulos. A queda do Império Romano marcou o início da
Idade Média.

3. Os factores da queda do Império Romano foram:

- A ambição pelo poder de alguns chefes militares aumentou as lutas políticas e sociais;

- Assassinato de muitos imperadores pouco tempo depois de assumirem o poder. A partir de um


certo momento vive-se um ambiente de conspiração e traição entre os elementos dos Senado;

- Verifica-se assaltos, revoltas, corrupção, diminuição do número de escravos, desordem, crise;

- A vastidão do Império, pois Roma tinha cada vez mais dificuldades em em controlar a vastidão
do Império.

O fim do Império romano acontece em 476 d.C. com a queda do último imperador e a invasão do
lado ocidental por Odoacro rei do povo germânico. A parte oriental continua existindo com o
nome de Império Bizantino.

3.1. Legado de Romã para humanidade o nível cultural, politico e religioso.


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A contribuição de Roma para o mundo do seu tempo e para o que hoje constitui a civilização que
conhecemos foi bastante relevante.

São diversas as áreas em que a cultura romana, que por sua vez era já herdeira das de grandes
civilizações como a grega e a etrusca, marcou uma acentuada diferença. Uma delas é a do Direito
Romano, que ainda hoje é estudado como pedra legislativa fundamental e cuja importância se
manifestou até ao século XX. De facto, a jurisdição romana é a base dos sistemas que hoje são
empregues em grande parte do mundo.

O latim, que teve logicamente variantes regionais - em Portugal o latim vulgar deu origem ao
galaico-português que redundou na língua atualmente falada -, eliminando os entraves
linguísticos que se colocavam ao comércio, à implantação de colonos e à unidade no seio do
Império. As línguas românicas derivam do latim (que tem este nome por ser o idioma falado
pelos habitantes do Lácio, núcleo inicial da cidade de Roma).

Por outro lado, a arte romana subsistiu em diversas vertentes técnicas e temáticas, desde a
arquitetura à escultura e pintura, depois de ter criado as suas raízes no ideal da arte praticada
pelos helenos. Deve-se mesmo mencionar que a arte paleocristã ou as formas de arte dos
primeiros cristãos utilizaram temas e estruturas próprias dos gregos e dos romanos, atribuindo-
lhes apenas um conteúdo diferente.

Entre as infraestruturas que permitiram a romanização e foram as grandes responsáveis pela


solidez basilar do Império romano contam-se as vias ou estradas, das quais restam ainda alguns
troços. Sobre elas, que facilitaram as comunicações, o comércio e a colonização, foram sendo
construídas muitas das atuais estradas. Neste âmbito entra ainda a arquitetura civil e religiosa,
desde os aquedutos, as pontes e as represas à estrutura da malha urbana e aos templos.

As divisões administrativas romanas estão na origem também das atuais, desde a demarcação de
países (então denominados províncias) aos conventus (colónias romanas de província, onde Os
romanos conquistaram vários impérios e a sua influência na humanidade foi tremenda. O
alfabeto, a numeração, os templos, os aquedutos e outros monumentos incríveis como o Coliseu
e o Panteão fazem parte de um vasto legado deixado por este povo.residiam cidadãos).

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4. Conclusão

A educação no território romano acontecia conforme as necessidades de Roma. Os romanos


eram educados para as necessidades imediatas, práticas da vida e para o trabalho. Os oriundos da
classe aristocrática eram preparados para o mundo político e a vida pública, os plebeus geravam
os futuros soldados para defender e avançar nas conquistas territoriais de Roma, cada qual com
seu papel específico. A vida do romano pertencia a Roma e era colocada a serviço da pátria. Os
romanos trouxeram inúmeras contribuições, destaque para a formalização de um sistema
educacional formal gerenciado pelo Estado, organizado em escolas públicas nas diversas esferas
governamentais, permitindo o acesso de crianças e jovens de todas as camadas da população. O
povo grego formado por uma população culta, amante da arte, da filosofia e da oratória,
encontram no povo romano a praticidade, a organização e o imediatismo da formação para a vida
e o trabalho. A educação romana manteve peculiaridades intrínsecas, que repassou como valores
à humanidade. Os estudos sobre a educação precisam avançar, sugerimos aos pesquisadores que
se debrucem no estudo na evolução do processo educacional em outras civilizações, além dos
seus reflexos nas ações e estratégias utilizadas, na atualidade, pelos docentes no processo
comunicacional com os discentes. Em âmbito maior, pode-se dizer que os romanos ainda
souberam, com seu senso pragmático, transmitir instrumentos eficazes às instituições no mundo
para a prática dos ideais do respeito aos direitos individuais e à liberdade política, do cultivo da
moralidade pessoal e coletiva, e, enfim, da excelência social a que se denomina cultura.

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5.Referências

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Corrêa, E. F. S. (2019). Práticas educativas e escolares na Roma antiga. Principia, Rio de


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