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Vai pular carnaval? Cuidado com a doença do beijo!

Os bailinhos de carnaval estavam bombando, rolou muito beijo na boca, e agora está com
sintomas como febre, garganta inflamada, inchaço no pescoço, dor de cabeça, mal-estar
e vômito? Calma, você pode estar com a monocleose infecciosa, conhecida como ‘doença
do beijo”.
A mononucleose infecciosa é uma infecção causada pelo vírus Epstein-Barr do grupo
Herpes, sendo a saliva a principal via de transmissão, por isso a infecção é popularmente
conhecida como a “Doença do beijo”. A doença é transmitida através do contato,
geralmente com secreções orais, como tosse, espirro, objetos compartilhados, e afeta
principalmente jovens e adultos com idade média entre 15 e 25 anos, porém é grande o
número de casos e transmissão entre crianças, pelo fato de compartilharem objetos que
entram em contato com salivas contaminadas, tais como talheres e brinquedos. O vírus é
bastante comum no mundo inteiro, e estudos demonstram que até 90% da população já
foi infectada pelo vírus Epestein-Barr durante alguma fase da sua vida. Depois de
infectado a pessoa passa a possuir anticorpos contra o vírus e não pega de novo, o vírus
permanece no organismo ao longo da vida, porém ainda pode transmitir o vírus por um
período de 18 meses, se entrar em contato com pessoas que esteja com a imunidade baixa.
A maior incidência da mononucleose infecciosa é em jovens e adultos, quando o início
da vida sexual e o desejo de conhecer pessoas novas estão mais afloradas, e como o vírus
é transmitido através do beijo, a disseminação acaba sendo mais intensa nessa faixa etária.
É muito difícil ocorrer a transmissão por transfusões sanguíneas, ou por contato sexual.
Os intervalos entre a data de contato com o vírus até o início dos sintomas são em média
de 30 a 45 dias, onde os sintomas mais comuns são o aparecimento de manchas
vermelhas, dores musculares, dor de garganta, dor de cabeça, febre alta e falta de vontade
de comer. Estes sintomas podem ser confundidos com sintomas de outras doenças, e o
diagnóstico por meio de exames se faz necessário para a confirmação do vírus.
O diagnóstico para a mononucleose Infecciosa poder ser feito utilizando-se diversos
testes clínico-laboratoriais, sendo que geralmente o hemograma e um teste chamado de
Reação de Paul Bunnell Davidsohn considerado satisfatórios, mas em caso de dúvida
mais testes podem ser realizados, pois somente através dos sintomas que o paciente a
apresenta não se pode chegar a conclusão do diagnóstico, pois existem outras doenças
com sintomas semelhantes que podem ser facilmente confundidas. O primeiro exame que
demonstra a possibilidade de uma infecção causada pelo Epstein-Barr é o hemograma.
O diagnóstico correto é indispensável devido a mononucleose infecciosa causada por
vírus Epstein-Barr possuir sintomas muito semelhantes com outras doenças, muitas vezes
confunde o diagnóstico, que quando não realizado de forma minuciosa pode ocorrer
erroneamente, portanto, é imprescindível a realização de exames específicos para
obtenção do diagnóstico correto, evitando complicações e facilitando o tratamento.
Apesar de ser contagiosa, o isolamento da pessoa infectada não é necessário, pois a
disseminação do vírus só ocorre a través do contato íntimo como por exemplo o beijo, é
importante alertar, que o vírus Epstein-Barr pode se encontrar oculto por um longo
período e se manifestar de forma que a pessoa não apresente sintomas, o que justifica o
90% da população mundial em algum momento da vida já ter entrado em contato com o
Epstein-Barr.
Por ser uma doença que não pode ser prevenida a partir de vacinação, torna-se importante
e necessário a divulgação da mononucleose infecciosa e como é essencial a prevenção da
mesma.

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