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Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ
Comarca de Pato Branco – Juizado Especial Cível
Autos nº 0001686-35.2022.8.16.0131
SENTENÇA
1. Relatório.
Dispensado o relatório formal, nos termos do artigo 38, “caput”, “in fine” da Lei
n° 9.099/1995.
2. Fundamentação.
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Todavia, mesmo ciente da audiência de conciliação, a parte requerida não se
fez presente pessoalmente, vez que pugnou pela concessão de prazo para a juntada de
Contudo, entendo que não assiste razão ao requerido, eis que por se tratar de
relação consumerista, está inserido na cadeia de consumo.
2.4. Mérito.
Pelo que se retira da petição inicial, a parte requerente alega, em síntese, que
vem recebendo milhares de ligações e mensagens em seu número particular (46 99912-
5003) dos seguidores do requerido. Alega que a razão do incómodo é citação do seu
número de telefone em uma música de grande sucesso nacional do requerido. Alega,
ainda, que algumas mensagens possuem conteúdo pornográfico e de ameaça. Em
razão disso, pugna pela condenação do requerido ao pagamento de indenização a título
de danos morais.
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Impugnação à contestação no evento 30.
Acerca do dano moral sofrido pela parte requerente, entendo que este está
perfeitamente demonstrado, porquanto constam inúmeros prints do aplicativo de
mensagens WhatsApp, todos com mensagens de tom jocoso. Importante salientar que
as mensagens mencionavam explicitamente a canção do requerido.
Desse modo, tenho que restou demonstrado o dano moral sofrido pela parte
requerente e a conduta ilícita do requerido.
Portanto, ante a comprovação do ato ilícito cometido pelo requerida, bem como
do dano sofrido pela requerente e do nexo causal entre o ato e o dano, a condenação
da requerida ao pagamento de indenização por danos morais é de rigor.
PROJUDI - Processo: 0001686-35.2022.8.16.0131 - Ref. mov. 47.1 - Assinado digitalmente por Daniel Proenca Larsson
19/07/2022: PROFERIDA DECISÃO POR JUIZ LEIGO. Arq: Decisão
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As evoluídas doutrinas e a jurisprudência já rechaçaram aquelas razões, vazias
de fundamento jurídico, no sentido de que não há como restituir o estado psicológico
Em se tratando de danos morais, é cediço que inexiste critério objetivo para sua
valoração, até porque deve ser fixado de acordo com as peculiaridades da hipótese
concreta, levando em conta a extensão do dano (art. 944 do Código Civil) e tomando
por base critérios de razoabilidade e proporcionalidade, para que o valor não seja fonte
de enriquecimento indevido ao lesado (art. 884 do Código Civil/2002) e, de outro lado,
para que não seja ínfimo ao ponto de não imprimir caráter punitivo ao ofensor.
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Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJLKX WEPBC 8RZAQ QF6LD
3. Dispositivo.