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Tricotilomania

O que é?

Comportamento de arrancar os cabelos de forma recorrente, resultando em perda de cabelo e


tentativas repetidas de reduzir ou parar com o comportamento.

Ele é semelhante ao transtorno obsessivo-compulsivo e ao transtorno do controle de impulsos,


porque há aumento da tensão antes de puxar o cabelo e alívio da tensão ou gratificação após
tê-lo puxado.

O ato causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo nas áreas social, ocupacional ou
outras áreas importantes do funcionamento.

A idade média de início da tricotilomania é no começo da adolescência, com mais freqüência


antes dos 17 anos, mas já foram relatados inícios muito mais tardios.

Seu início foi ligado a situações estressantes em mais de um quarto dos casos, tais como:

 Distúrbios em relacionamentos entre mãe e filho


 Medo de ser deixado sozinho e perda de objeto recente costumam ser citados como
fatores críticos que contribuem para a condição.
 Abuso de substância pode encorajar o desenvolvimento do transtorno.
 As dinâmicas depressivas costumam ser citadas como fatores de predisposição, mas
nenhum traço de personalidade ou transtorno caracteriza esses pacientes.

Estima-se que 35 a 45% dos pacientes com tricotilomania em algum momento, mastiguem ou
engulam o cabelo que puxam. Desse grupo, cerca de um terço desenvolve bezoares
potencialmente perigosos (bolas de cabelo que se acumulam no trato alimentar).

Características:

 Já foi considerada como transtorno repetitivo focado no corpo e como transtorno


impulsivo.
 Podem ocorrer de forma automática ( durante o sono) ou focada.
 Identificada por um dermatologista e, atualmente, entendida como uma
psicodermatose.
 Pode acontecer em qualquer região do corpo, mas os locais mais comuns são couro
cabeludo, sobrancelha e cílios.
 O comportamento pode ocorrer em episódios breves que acontecem ao longo do dia
ou em períodos menos freqüentes, mas mais intensos.
 São freqüentes esquiva social, sentimento de vergonha ou embaraço.

Tratamento:

A tricotilomania crônica tem sido tratada com sucesso com psicoterapia dentre outros.

Existem dois tipos de intervenções: Intervenções específicas ou pontuais: se aplicam em


determinado comportamento, pensamento ou ansiedade.
Formas de Intervenção:

1. Intervir nos pensamentos


2. Manejo da ansiedade
3. Trabalho para a percepção do movimento automático e trazer a consciência.
4. Práticas para manejo da tensão e substituição do comportamento (comportamentos
alternativos).
5. Trabalho no reconhecimento do manejo dos estressores.

A idéia não é aplicar as intervenções de forma isolada, porque uma auxilia a outra dependendo
dos momentos do ciclo em que o paciente se apresenta.

Referencias Bibliográficas: Compêndio de Psiquiatria: Kaplan & Sadock - 11º edição.

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