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Erros de Armazenagem, Identificação e movimentação de materiais

em empresas de prestação de serviços logísticos: Melhorando a qualidade


de distribuição física de materiais.

Bruno Alves de Oliveira (Universidade Guarulhos)


Briuno.a@outlook.com.br
João José Samarão Gonçalves (Universidade Guarulhos)
Logistica.gua@ung.br
Marco Aurélio da Cruz Gouveia (Universidade Guarulhos)
MACruz@prof.ung.br
Resumo:
A qualidade é um fator essencial nos dias de hoje, tanto nos processos,
produtos ou serviços oferecidos, sem ela as empresas perdem competitividade,
perdendo assim sua fatia no mercado. Um misto entre bom recrutamento, boas
informações sistêmicas, bom treinamento e boa empatia com a equipe faz com
que a qualidade dos serviços ou produto seja melhoradas. Nós prestadores de
serviço logístico, ocorre alguns erros como Má identificação do material, troca
de identificação, movimentação descuidada e por fim armazenagem má feita.
Desta forma acaba-se perdendo clientes e lucros. Há processos de melhoria
continuam que possibilitam identificar e corrigir erros desse porte, ajustando a
empresa para ser mais competitiva no mercado
Palavras-chave: Armazenagem; Movimentação; qualidade

Introdução

A movimentação de materiais desde o momento que entra na empresa até


o momento que sai para a entrega ao cliente, geram custos, e se não forem bem
geridas, as atividades de recebimento, armazenagem, movimentação e
expedição podem se tornar gargalos que atrapalham os processos dos clientes, e
gerar custos absurdamente altos, fazendo assim a empresa ter uma má
desempenho em relação a estes itens, fazendo com que a qualidade do serviço
diminua.
A armazenagem e o manuseio são partes extremamente importantes no
ramo das atividades logística, desta forma, quando se ocorrem erros parte dos
lucros caem e não somente isso mas a credibilidade e confiança dos clientes
diminui. “Os clientes contam para o dobro de pessoas sobre uma experiência
negativa em relação a uma positiva” (MIGUEL, 2009, pg.247).
Ou seja quanto mais erros, menos confiança dos clientes e menos lucro
para a empresa Segundo Viana (2010, pg.294) “Atualmente Qualidade é uma
questão de sobrevivência” desta forma quanto mais qualidade, mais a empresa
e bem vista no mercado. Nós Prestadores de serviço logístico, como empresas
de transporte e operadores logísticos, ocorre alguns erros com base em; má
identificação do material (seja por parte do cliente fornecedor ou da mesma
prestadora de serviço), troca de identificação, movimentação descuidada e por
fim armazenagem mal feita ou má organizada. Alguns erros mais comuns são
Extravio de mercadorias e Avarias, mas como podemos evitar tais erros?
O objetivo deste artigo se concentra na melhoria de processos que
envolvam a distribuição física interna em uma empresa, com base na qualidade
dos processos logísticos e na satisfação do cliente.

Revisão de Literatura
Distribuição física se trará basicamente de três pontos chaves
importantes. “A distribuição física consiste basicamente em três elementos
globais: Recebimento, Armazenagem e expedição.” (BERTAGLIA, 2010,
pg.179).
Mais a Diante falaremos um pouco mais sobre esses três aspectos
importantíssimos da distribuição, todo este processo ligado a distribuição se
encontra atrelado a Movimentação ou manuseio de materiais.
Seguiremos por ordem e falaremos primeiro sobre o recebimento,
segundo Bertaglia (2010, pg.179) “O recebimento se inicia quando o veículo é
liberado para descarregar um produto ou material que está destinado ao
armazém ou Centro de distribuição.” Sendo assim a partir de um momento que
um cliente embarcador libera a mercadoria para seu destino, seja ele por meio
de Coleta especificada pelo cliente, ou quando um transporte próprio transfere
a mercadoria até a prestadora de serviço, é nesse ponto que o processo de
recebimento começa. Desde o ponto que a mercadoria sai do Cliente
Embarcador já deve se separar o local especifico para ser armazenado, diversos
tipos de materiais são armazenados de formas diferentes, seja por tamanho,
peso ou forma.
Após a mercadoria chegar na empresa e é descarregada e feito a
conferencia quantitativa e a qualitativa do material recebido, na conferencia
quantitativa e verificado se o material está de acordo com o que foi pedido e
bate as informações da nota fiscal com o físico. Já na qualitativa é verificada a
qualidade do produto, ou alguma outra especificação técnica, após ter passado
por essa fase dependendo dos resultados a empresa aceitará o material ou será
feita a devolução de acordo com os resultados finais.
Segundo Viana (2010, pg.289) “Para a realização da descarga do veículo
transportador, dependendo da natureza do material envolvido, é necessário a
utilização de equipamentos dentre os quais se destacam paleteiras,
empilhadeiras e pontes rolantes, além do próprio esforço físico humano, sendo
necessário envolver o fator de segurança, não só com relação ao material em si
como também, e principalmente ao pessoal. Assim que o material físico der
entrada na empresa, deverá ser identificado de forma sistêmica, ou seja cada
material que der entrada na empresa, deverá ser classificado.
“O objetivo da classificação de matérias é definir uma
catalogação, simplificação, especificação, padronização e codificação
de todos os materiais e componentes de estoques da empresa.”
(DIAS, 2009, pg.169).

Existem três tipos de identificação mais conhecido são o Alfabético,


alfanumérico e o numérico, a importância de se ter um código de identificação
é em primeiro lugar conseguir rastrear a mercadoria, seja por lote, quantidade
ou fornecedor, e em segundo terá um maior controle na hora de expedir a carga,
Segundo Dias (2009, pg.167) “O objetivo de um sistema de localização deve se
estabelecer os princípios necessários à perfeita identificação da localização dos
materiais estocados.”
Uma boa forma de identificação são os códigos de barra, que são lidos
com scanners (leitores óticos), eles ajudam a facilitar a movimentação e o
manuseio dos materiais além de estabelecer mas agilidade na hora das leituras.
“A chave para a rápida identificação do produto, quantidade e
fornecedor é o código de barras linear ou o código de distribuição este
código é semelhante ao código universal de produtos que existem em
itens de mercearia. Pode ser lido com leitores óticos (scanner) fixos
ou portáteis.” (BALLOU, 2007, pg.181).

Claro que para este controle em especifico funcionar precisa, se ter um


Layout de armazém bem definido, assim como uma classificação de
endereçamento para que assim as equipes de movimentação consigam localizar
o local pré-estabelecido, evitando erros de troca de mercadoria.
O armazém em especifico necessita de uma gestão de movimentação
muito pratica, Segundo Viana (2010, pg.308) “As instalações do armazém
devem proporcionar a movimentação rápida e fácil de suprimentos desde o
recebimento até o recebimento”. Desta forma o Layout do armazém e
extremamente importante.
O Layout e a forma em que o armazém e disposto “O significado de
“layout” pode ser explicado por meio das palavras Desenho, plano, esquema”
(VIANA, 2010, pg.309). Neste contesto o layout do armazém e literalmente o
desenho do armazém. A Realização de uma operação eficiente e efetiva de
armazenagem depende muito da existência de um bom layout, que determina,
tipicamente, o grau de acesso ao material, os modelos de fluxo de materiais, os
locais de área obstruída, a eficiência da mão de obra e a segurança do pessoal
do armazém.
Os objetivos do layout são entre eles, assegurar a utilização máxima dos
espaços, proporcionar a movimentação de matérias de maneira mais eficaz,
fazer com que a estocagem seja mais econômica em relação as despesas de
equipamentos, espaços, mão de obra e pro ultimo fazer o armazém um modelo
de boa organização. “Um dos fatores fundamentais na armazenagem como já
vimos e a utilização dos espaços disponível.” (VIANA, 2010, Pg.330)
Os corredores no armazém deveram facilitar o acesso das mercadorias
em estoque, quanto mais corredores maior será a facilidade de acesso, a largura
varia conforme o tamanho dos equipamentos de movimentação. Juntamente o
local de expedição e recebimento devem ter posições estratégicas para facilitar
as operações de movimentação.
Com prateleiras e estruturas deve-se levar em consideração o peso dos
materiais, enquanto os mais leves permanecem na parte superior, os mais
pesados permanecem nas partes mais baixas. A altura máxima deve estar até
um metro do teto ou dos sprinkles (equipamentos de combate a incêndios),
além disso o piso dever ser suficientemente resistente para suportar o peso das
mercadorias, estruturar e o transito do equipamento de movimentação,
conforme o tempo foi passando surgiu a necessidade de se atualizar, deste
modo surgiu a verticalização do armazém feita por meio de prateleiras ou
estruturas porta paletes.
Alguns dos tipos de estruturas são:
 Estrutura leve em prateleira de bandeja: São estantes metálicas
construídas com colunas de chapa de aço dobrada, com um
conjunto gerado pode se formar mezanino com vários pisos
intermediários.
 Estrutura porta palete: Trata-se de uma estrutura metálica resistente
aonde existem vigas para a armazenagem dos paletes.
 Porta palete drive-in: Trata-se de porta paletes feitos com blocos
contínuos, não separados por corredores, no qual a empilhadeira se
movimenta por dentro da própria estrutura.
 Porta palete Drive-through: São estruturas onde as empilhadeiras
“atravessam” as estruturas, alimentando por um lado e retirado por
outro.
 Porta Palete Push Back: São estruturas equipadas com um sistema
de roldanas e levemente inclinadas, onde a mercadoria entra do
lado mais elevado e é retirada pelo lado mais baixo, quando se
retirar um dos paletes os outros descem uma posição por conta da
gravidade.
 Sistema Flow rack: Trata-se de armazenagem para materiais
pequenos e com pouco peso, dessa forma dispensa-se a utilização
de paletes, são estruturas apoiadas em trilhos apoiados em
longarinas que permitem ajustar a altura e a largura, além disso usa
o mesmo sistema de roldanas do Push back.
 Estrutura Cantiliver: É utilizada para armazenagem de materiais de
grandes comprimentos como canos, barras de ferro e entre outras.
São constituídos por uma série de cavaletes formados por colunas
perfuradas nos quais se encaixam os braços.

Muitas vezes dependendo do tipo de material, ele precisa ser paletizado.


“A paletização consiste na combinação de peças pequenas e isoladas como
objetivo de realizar, de uma só vez a movimentação de um número maior de
unidades. (VIANA, 2010, pg.322), um dos benefícios dos paletes são a
economia de espaço, além de proporcionar maior segurança na entrada e saída
de materiais, Existem os paletes de face simples com duas entradas, face
simples com quatro entradas, face dupla com duas entradas e face dupla com
quatro entradas.
Armazenagem se refere a estoque, porém com um amplo leque de
funções, tais como movimentação, consolidação, separação, classificação e
preparações para despacho de cargas “Armazenar é a função da logística que
envolve o tratamento dos materiais entre o tempo de produção e a sal venda ou
usuário final” (MOURA, 2010, pg.21).
Os objetivos da armazenagem são:
 Máximo aproveitamento de espaços: Qualquer área no armazém
custa, sendo utilizada ou não, por isso e preciso maximizar os usos
de todos os espaços.
 Utilização efetiva da mão de obra e equipamentos: Deve-se organizar a
mão de obra e os equipamentos para se aproveitar o máximo e não
utilizarmos em uma atividade não produtiva.
 Acesso fácil a todos os itens: Um sistema planejado de estoque faz
com que se passe menos tempo procurando os materiais em
questão
 Movimentação eficiente dos itens: Um bom Layout contribui para que
se passe menos tempo se movendo entre as atividades
 Máxima proteção dos itens: Deve-se Ocorrer um certo cuidado ao
guardar as cargas, pois elas precisam chegar ao destino ou cliente
final em boas condições
 Boa qualidade na armazenagem: Deve-se ocorrer um planejamento
cuidadoso para que haja assim um bom procedimento de
armazenagem e movimentação.
Sendo assim um bom planejamento estratégico e a chave para uma boa
organização do armazém. “Para controlar, de Maneira eficaz, o custo numa
operação de movimentação de materiais e necessário saber onde procurar as
perdas e ineficiências” (MOURA, 2010, pg.413). Alguns dos fatores que
podem acarretar em custos desnecessários são:
 Remanuseio de materiais: Toda vez algum material e
movimentado, implica em custos, por isso se deve evitar
movimentações desnecessárias.
 Utilização ineficiente dos espaços: Espaços significam custos, um
bom uso deles diminui custos.
 Manutenção excessiva: Quando se usa os equipamentos de forma
impropria acaba-se gerando mais custos e tempo perdido para a
manutenção, uma boa forma de evitar isso é fazendo regularmente
as manutenções preventivas.
 Uso ineficiente do trabalho: Cada minuto gasto com atividades
ineficientes acabam gerando custos ondem deveriam estar lucro.
 Perda de material: Reduzindo-se os extravios de mercadoria trará
uma melhoria no tempo de movimentação interna, assim
melhorando os custos.
Desta forma quanto mais bem planejada e organizada a armazenagem
menos custos serão envolvidos. Além disso uma é necessário um sistema de
localização eficiente para que assim as mercadorias sejam encontradas de
maneira mais rápida, segundo Viana (2010, pg.353) “A definição do sistema de
localização está intimamente ligada a disposição do arranjo físico dos materiais
armazenados no almoxarifado, motivo pelo qual e imprescindível a fixação do
layout.”
A ordem, arrumação e limpeza de formas constante são fatores que
ajudam a otimizar a armazenagem, com uma boa otimização se obtém, máxima
utilização dos espaços, efetiva utilização da mão de obra e equipamentos
disponíveis, pronto acesso a todos os itens e satisfação das necessidades dos
clientes. “Com a criação de corredores bem definidos, com endereçamentos
fácil e equipamentos suficientes, a circulação das mercadorias dentro de uma
fábrica e sensivelmente melhorada.” (DIAS, 2009, pg.209).
Uma boa forma de manter controle sobre seu armazém e estoques é
fazendo um inventario
“O Inventario físico é uma contagem periódica dos materiais
existentes para efeito de comparação com os estoques registrados e
contabilizados em com trole da empresa, a fim de se comprovar sua
existência e exatidão. (VIANA, 2010, pg.381).

Desta forma faz-se a contagem dos materiais armazenados ou em


estoque e verificam a quantidades em sistema e físico.
“Os equipamentos para empilhar permitem explorar ao máximo a altura
do edifício, aumentando assim a capacidade de estocagem. Permite também um
melhor acondicionamento, contribuindo para o aumento de espaço.” (DIAS,
2009 pg.208). Alguns dos equipamentos para empilhar, dependem diretamente
do espaço do armazém, cada empilhadeira e paleteiras tem tamanhos
diferenciados, tanto de largura ou comprimento, desata forma e necessário
analisar o tamanho do corredores e prateleiras seguindo as especificações dos
equipamentos.
“Consolidação de pedidos consiste no processo de análise e
agrupamento de pedidos com base nas características dos produtos,
rotas de entrega, datas requeridas e localização dos clientes, visando
obter o menor custo e o melhor serviço pelo melhor aproveitamento
de transporte pela melhoria das atividades operacionais do centro de
distribuição.” (BERTAGLIA, 2010, pg.187)

Um dos itens importantes que estão inseridos no meio da armazenagem é


a consolidação, ou seja os materiais serão consolidados para redução de custos,
seja seguindo um pedido, Rota de entrega ou até mesmo data.
Após o processo de recebimento e armazenagem e se necessário a
consolidação, será necessário separar a carga para ser feito o embarque, uma
boa estratégia é deixar os produtos que saem mais, com pedidos mais próximos
ou mais pesados e volumosos próximo as áreas da expedição, pois assim será
mais fácil a movimentação. “Os itens de maior saída, assim como os de grande
peso e volume são colocados nas imediações do local de embarque, a fim de
facilitar o manuseio.” (DIAS, 2009, pg.201).
Segundo Bertaglia (2010, pg.180) “A expedição ou despacho
corresponde ao processo de separa os itens armazenados em um determinado
local, movimentando-os para outro local.” Sendo assim a expedição começa
quando um cliente final (seja ele Pessoa Jurídica e/ou pessoa física) faz algum
pedido para a seu fornecedor, que passa por sua vez passa o pedido para a
prestadora de serviço e então a mesma separa o pedido formando um único
lote, e faz o transporte até o Destino final, onde essa mercadoria será revendia
ou usada dependendo do tipo de produto.
Tomando ciência para estas finalidades de um armazém, deve se
estabelecer processos bem definidos de movimentação e armazenagem, pois
segundo Ballou (2007, pg.152) “Armazenagem e manuseio de materiais são
componentes essenciais do conjunto de atividade logística. Os seus custos
podem absorver de 12 a 40% das despesas da firma.” Por isso deve se tomar
atenção especial para essas áreas.
A importância de se ter um sistema de distribuição física bem distribuído
e organizado melhoram a qualidade e reduzem custo.
“Armazéns ou centrais de distribuição executam um papel-chave para
aumentar a eficiência da movimentação de mercadorias. Permitem a
compensação eficaz dos custos de estocagem com menores custos de
transportes, ao mesmo tempo que mantem ou melhoram o nível de
serviço.” (BALLOU, 2007, pg.168)
Uma boa forma de se manter um controle nos processos de recebimento,
armazenagem e expedição são sistemas de Informação.
“Sistemas de informação será considerado o conjunto de
componentes ou módulos inter-relacionados que possibilitam a
entrada ou coleta de dados, seu processamento e a geração de
informação necessária para à tomada decisões voltadas ao
planejamento, desenvolvimento e acompanhamento de ações.”
(CÔRTES, 2008, pg.25)

Um dos tipos de sistema de informação e o ERP, “O objetivo principal


de um sistema integrado ou ERP é fornecer controle e suporte para os
processos operacionais de forma integrada.” (BERTAGLIA, 2010, pg.482).
Assim será permitido uma evolução mais inteligente em vantagens
competitivas de controle e ferramentas inteligentes, alguns do benefício da
implementação de um ERP:
 Integração e padronização dos processos: Se terá um maior controle
dos processos e das ferramentas de avaliação de como esses
processos estão sendo seguidos.
 Acesso a informações: O acesso a informações será bem mais amplo,
possibilitando assim verificar quantos itens ainda estão em estoque
ou armazenados.
 Eliminação de Redundância: Será evitado de que um material seja
contado duas vezes, dessa forma eliminando informações erradas.
 Redução de tempo nas operações: Com a visão global da empresa, o
tempo e algumas operações será mais eficiente.
Claro que ainda há algumas desvantagens, como mudança de alguns
processos ou maior treinamento, porém com um sistema já implantado os
benefícios tendem a aumentar, Existem outros sistemas com diretrizes
diferentes, é necessário avaliar para qual se encaixa melhor na empresa.
Não podemos esquecer de um fato importantíssimo nos dias atuais,
segundo Miguel (2006, pg.43) “Qualidade no setor de serviços é um fator de
competitividade importantíssimo na atualidade.” Sem está competitividade
perdemos espaço no setor de serviços.
Também devemos citar que um sistema de qualidade é Indispensável
pois com ele teremos um maio controle dos processos, assim podendo corrigir
erros de uma maneira mais fácil. “O sistema de qualidade é o conjunto de
regras mínimas com o objetivo de orientar cada área funcional de uma
organização na execução de suas atividades.” (MIGUEL, 2009, pg.100)
Porém e necessário um bom estudo sobre a qualidade, “Definir qualidade
de forma errônea leva a gestão de qualidade a dotar ações cujas consequências
podem ser extremamente serias para a empresa.” (PALADINI, 2008, pg.20).
Transformando assim um fator de satisfação do cliente em uma
desvantagem interna e externa. A qualidade em sim e algo difícil de se alcançar
pois ela é uma variável. “Os clientes ficam satisfeitos ou não conforme suas
expectativas.” (CASA, 2008, pg.3). Ou seja, há uma variedade de formas que
os clientes avaliam a qualidade, sendo elas positivas ou negativas.
Afinal a qualidade principalmente em serviços não atende somente aos
clientes externos, mas também aos clientes internos assim como Disse Casas
(2008, pg.7) “A qualidade total em serviços engloba, além dos clientes
externos, todos os que com ela interagem, ou seja, funcionários e
administradores.” Ela melhora também a convivência entre funcionários e sua
produtividade.
Há algumas formas de se garantir a qualidade em serviços com
ferramentas básicas. “Entre as fermentas básicas podemos destacar o Kaizen e
o 5S” (NETO & FISCHER, 2016, pg.97).
A metodologia Kaizen apresenta as empresas independentemente do
tamanho e da natureza uma visão de aperfeiçoamento continuo. Perseguição
aso desperdícios, eliminação das atividades que não agregam valor,
movimentos desnecessários e perdas.
Desenvolvida pela Toyota na década de 1960, surgiu em decorrência da
necessidade de acompanhar a evolução da indústria automobilística, é um
processo de melhoria continua simples que não e requerido a redefinição de
processos já existente somente a otimização.
Há também a Ferramenta conhecida como 5S, ou 5 Sensos. “O 5S é uma
ferramenta básica de qualidade mas também pode ser um processo educacional
de conscientização da qualidade total.” (NETO & FISCHER, 2016, pg.98).
Foi criada na época de 1950 no Japão, as empresas aderiram a essa
pratica para reestruturar sua economia depois da segunda guerra mundial, seus
“S” são respectivamente:
1. Seiri (senso de utilização): Propõe-se a utilização máxima de
recursos disponíveis para não ocorrer perdas e ociosidade.
2. Seiton (senso de Ordenação): Estabelecer uma organização para
facilitar a comunicação visual e assim otimizar tempo e espaço.
3. Seisou (senso de limpeza): Pratica a limpeza de forma habitual e
rotineira, e acima de tudo manter limpo.
4. Seiketsu (Senso de Saúde): Ajustar as condições de trabalho físicas e
mentais para serem favoráveis a saúde do trabalhador.
5. Shitsuke (senso de Autodisciplina): Estabelecer que todos os outros
quatro sensos sejam sempre seguidos.

Metodologia
Um dos principais problemas em relação a movimentação e
armazenagem são a troca de materiais ou etiquetas, Avarias e Extravios de
cargas.

Podemos analisar alguns aspectos importantes nesses problemas ou


erros, em relação a troca de matérias ou etiquetas, pode-se analisar que quando
o erro e interno é mais fácil para se resolver, pois não envolveria o próprio
cliente externo, porém ainda demandaria um certo tempo principalmente se o
material foi mandando para outra unidade, sendo assim a mercadoria ainda
atrasaria no prazo de entrega final, o qual geraria descontentamento do cliente
fornecedor e cliente final. Agora quando o erro e analisado após a entrega, além
de gerar um gasto a mais com o transporte pois as mercadorias precisaram
serem trocadas, gerará um desconforto por parte dos clientes.

Quando se tratar de alguma avaria ocorrida no transporte ou mesmo


dentro da empresa, gera um desconforto para o cliente fornecedor, um gasto a
mais pois a empresa irá pagar par ao fornecedor, e um atraso na entrega por
conta do fornecedor ter que mandar um material novo.

Extravios São erros com base na má identificação das matérias, podendo-


se ocorrer uma troca de localização, que seria um erro de informações, geraria
maior tempo para se localizar o material correto, fazer a troca de posição ou
pedir a reposição do cliente fornecedor, que geraria custos e desconforto para
ambas as partes.

Nesses três erros serão acarretados custos e perca de mão de obra, assim
também como tempo. Quando parte da mão de obra poderia estar direcionada
para outras atividades, eles precisam parar sua atividade para procurar materiais
perdidos. Nos três problemas geram insatisfação dos clientes de ambas as
partes e se os erros forem constantes os clientes podem parar de solicitar os
serviços prestados, dessa forma perderíamos um contrato e possivelmente
imagem no mercado.

Resultados

Mas como resolver esses problemas? Quais são a principal causa para
eles? Há uma ferramenta que chamamos de Diagrama de causa e efeito ou
Ishikawa (devido ao nome de seu criador). “Constrói-se um gráfico com o
problema indenizado e sua provável causa. Com sal apresentação é possível
identificar as principais causas das falhas” (CASAS, 2008, pg.81).
Para se construir deve se colocar o problema principal na “cabeça do
peixe” e em seguidas as prováveis causas nas “espinhas”.

Procedimentos Mão de
Obra
Falta de
Procedimentos treinamento
mal detalhados
Falta de
Empatia Erros de
Falta de
procedimentos movimentação
e
armazenagem:
Extravios,
avarias e
Equipamentos trocas.
em má condições Má
indentificação
Falta de dos locais de
equipamento armazenagem
especifico
Falta de
limpeza e
Equpimamentos Ambiente organização

Há também uma outra ferramenta chamada de gráfico de Pareto, para se


montar ele e necessário colocar a frequência do erro no eixo vertical e no eixo
horizontal os problemas. Também e possível acrescentar percentual ou custos,
este porem requer uma avaliação maior de quantidade de erros ocorridos,
conforme CASAS (2008, pg.84) “Normalmente, 20% das causas são
responsáveis por 80% dos piores problemas”.
Considerações Finais

Desta forma e necessário se avaliar qual a melhor maneira de constituir


um plano de ação para casos como esse, é de suma importância que se avaliem
também as causas mais frequentes. Segundo Falconi (2004, pg.25) “Defina o
problema desta área (problema é resultado indesejável).” Desta forma e
necessário a implementação de processos como o 5S, “O 5s Potencializa o seu
gerenciamento de rotina” (FALCONI, 2004, pg.32) este processo que foi falado
anteriormente ajuda a melhorar a rotina de trabalho, além de deixar o lugar
mais limpo e organizado.
Somente com a implementação do 5S atividades são melhoradas somente
pelo gerenciamento da rotina, quando o armazém está bem organizado, e se
cria um bom l,ayout e procedimento de movimentação, juntamente com uma
manutenção preventiva de equipamentos os erros relacionados a movimentação
e armazenagem já diminuem drasticamente.
Processos bem detalhados, e treinamentos constantes melhoram ainda
mais a parte teoria do armazém. Podendo seguir um processo mais detalhado
para a guarda e movimentação.
A empatia e um ponto importante, pois uma equipe sem empatia não
consegue trabalhar junto, quando a equipe tem empatia e sofre menos conflitos,
eles conseguem trabalhar de forma mais organizada.
Desde modo uma boa gestão de pessoas e importante, segundo Gil
(2009, pg.17) “Gestão de pessoas é a função gerencial que visa a cooperação
das pessoas que atuam nas organizações para o alcance dos objetivos tanto
organizacionais quanto individuais.” Desse modo se não há empatia não há
pessoas trabalhando juntos por um único objetivo.
Juntando todos esses fatores a melhoria da qualidade e inevitável,
tornando assim a empresa mais bem visada no mercado de trabalho.
Referências

1. BALLOU, Ronald H. Logística empresarial. 1° Edição. São Paulo:


Atlas, 2007, 400 pgs.
2. BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e gerenciamento da cadeia
de abastecimento. 2° Edição. São Paulo: Saraiva, 2009, 547 pgs.
3. CASAS, Alexandre Luzzi Las. Qaulidade total em serviços. 6°
Edição. São Paulo: Atlas, 2008, 223 pgs.
4. CÔRTES, Pedro Luiz. Administração de sistemas de informação.
1° Edição. São Paulo: Saraiva, 20089, 503 Pgs.
5. DIAS, Marco Aurélio p. Administração de Materiais. 6° Edição.
São Paulo: Atlas, 2009, 349 pgs.
6. FALCONI, Vicente campos. Gerenciamento da rotina do trabalho
do dia a dia. 8° Edição. Nova Lima: IDNG, 2004, 226 pgs.
7. GIL, Antônio Carlos. Gestão de pessoas. 1° edição. São Paulo: Atlas,
2009, 312 pgs
8. MIGUEL, Paulo Augusto Cauchick. Qualidade: enfoques e
ferramentas. 1° Edição. São Paulo: Artliber, 2006, 274 pgs.
9. MOURA, Reinaldo A. sistema e técnicas de movimentação e
armazenagem de materiais. 7° Edição. São Paulo: IMAM, 2010,
457 pgs.
10.NETO, Alexandre Shigunov; FISCHER, Leticia Mirela. Introdução
a gestão de qualidade e produtividade. 1° Edição. Curitiba:
Intersaberes, 2016, 196 pgs.
11.PALADINI, Edson Pacheco. Gestão da qualidade. 2° Edição. São
Paulo: Atlas, 2008, 339 pgs.
12.VIANA, João José. Administração de materiais. 1° Edição. São
Paulo: Atlas, 2010, 448 pgs.

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