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Filosofia

Fernando
Palestrante
Modelli
Palestrante 1 1
Palestrante
Palestrante 2 2
Introdução
• “A filosofia só ocupa um lugar importante na
cultura quando as coisas parecem estar
desmoronando”(Rorty)
• O questionamento costuma acontecer em
épocas de crise: revolução americana e
francesa
• Qual a relação entre filosofia e história?
• “Na utopia moderna, a igualdade, a liberdade e
o progresso não são apresentados como
simples aspirações políticas, mas como direitos
de cada um dos homens”-> Limite jurídico ao
poder político
Introdução
• “Porém, uma vez que iluminismo alcançou
hegemonia, os filósofos perderam seu espaço, pois
esse novo tempo era daqueles capazes de
concretizar o projeto, e não de criticá-lo”
• Filosofia perde seu papel na contemporaneidade?
• Processo de naturalização da questão do poder
• Tese-> “A cientifização dos saberes, a codificação e
a constitucionalização dos direitos, a
democratização da política e a liberalização da
economia”
• Não era preciso discutir o que fazer, mas apenas
como fazer-> Rarefação filosófica?
• Filósofo-> Exigência de legitimidade do poder
Introdução
• Positivismo sociológico(Durkheim/ Marx)
• Positivismo no campo jurídico-> Direito->
saber técnico
• Direito-> pragmático, pouco afeito à teoria,
embora dedicados ao conhecimento da sua
técnica.
• Metáfora da música-> Tocar instrumento,
mas sem teoria musical
• Erudição dispensável? Utilidade?
Utilidade-Filosofia
• Qual a utilidade da filosofia?
• A capacidade de redirecionar as perguntas
• Redefinir as questões
• “Problematizando a coerência entre os
argumentos em jogo e a visão de mundo
que a sustenta”
• Qual é o papel dos juízes?
• Qual é o limite da sua autoridade?
• Quanto de subjetivismo existe nas
interpretações ditas literais?
• Qual é a fronteira entre o político e o
jurídico?
Consistência teórica
• Por que pode uma decisão do rei limitar a
minha liberdade?
• Porque os nobres têm direitos diferentes dos
plebeus?
• No século XVIII, essas perguntas ainda eram
subversivas
• Papel do estranhamento
• “A reflexão filosófica continua em movimento, e
compreendê-la não tem uma função
meramente instrumental, ligada ao
desenvolvimento de habilidades retóricas e
argumentativas”
• Consistência teórica-> Questão de pesquisa
Marco teórico
• Sob que perspectiva vocês enxergam o
direito?
• Quais são os pressupostos em que se
assentam os conceitos que vocês usam?
• Quais são os pontos que vocês não podem
comprovar, mas ainda assim continuam
acreditando neles?
• Marco teórico: De que maneira o seu modo
de ver o mundo condiciona aquilo que você
chama de realidade e, portanto, a sua
maneira de interpretar as normas e de
decidir questões jurídicas?
Legitimidade
• Dublin-> 1916-Independência da Irlanda->
• “Nós declaramos ser soberano e
imprescritível o direito do povo irlandês ao
domínio da Irlanda, e ao controle irrestrito
dos destinos irlandeses. A longa usurpação
desse direito por um povo e um governo
estrangeiros não extingue o direito, que não
pode ser extinto exceto pela destruição do
povo irlandês.”
• Repressão violenta-> sentimento
nacionalista-> revolta generalizada contra a
Inglaterra-> Ex: Hunger
Legitimidade
• “Uma regra é válida quando ela acarreta
consequências deônticas, gerando obrigações,
proibições ou permissões”
• Kelsen->a validade das normas é um pressuposto
indemonstrável dos sistemas normativos
• A validade é um conceito relacional, pois sempre
liga uma norma (fundada) a uma outra norma
(fundante).
• Constituição-> Norma de maior hierarquia
• “Dizer que uma norma é válida porque está
baseada em outra nos conduz logicamente a
reconhecer que pelo menos uma norma deve ser
válida sem estar baseado em nada”
Legitimidade
• “Quando é possível afirmar que uma regra é
válida?
• A validade de uma norma não era uma
característica que estava contida no próprio
enunciado normativo, mas na sua conexão com
outras regras.
• Uma norma somente é válida quando ela é
elaborada, por uma autoridade constituída,
seguindo parâmetros definidos por uma outra
norma.
• As cadeias de validade sempre remetem a
normas de um patamar superior”
Legitimidade
• MDB postulava a declaração de
inconstitucionalidade do decreto-lei de 1970
que instaura a censura.
• Apenas o Procurador-Geral da República tinha
legitimidade para ajuizar Representação por
Inconstitucionalidade
• Ele havia rejeitado o pedido que o MDB lhe
dirigiu no sentido de contestar a validade da
censura
• Pedido ao STF
• Disse Luiz Gallotti, como um bom dogmático
ligado ao poder vigente, que a legitimidade para
propor a ação era exclusiva do Procurador-Geral
Legitimidade
• Vários ministros defenderam que essa ação nem
deveria ser conhecida, mas essa tese acabou não
prevalecendo e passou-se à análise do mérito
• Adaucto Cardoso:
• “Considero o argumento de Vossa Excelência com
o maior apreço, mas com melancolia. Tenho a
observar-lhe que, de janeiro de 1970 até hoje, não
surgiu, e certamente não surgirá, ninguém, a não
ser o Partido Político da Oposição, que a duras
penas cumpre o seu papel, a não ser ele, que se
abalance a argüir a inconstitucionalidade do
decreto-lei que estabelece a censura prévia. Então
escritores ou empresas não poderão fazê-lo?”
Legitimidade
• O desfecho desse caso, Adaucto Cardoso
logo renunciou à magistratura e dois anos
depois, o então Procurador-Geral da
República foi investido pelo Presidente da
República no cargo de ministro do
Supremo.
• -> “Ao processo de construção de uma
democracia, na medida e que acredito que
um dos seus principais pilares é a
formação de sujeitos que avaliem a todo
momento a legitimidade dos atos dos
vários poderes”
Legitimidade
• “Juristas acostumados à análise da
legitimidade se tornam menos
vulneráveis ao aspecto conservador da
dogmática (que é capaz de justificar
abusos com base no respeito à
discricionariedade dos outros poderes
políticos)
• E aspecto autoritário do ativismo de um
judiciário que se torna capaz de impor
sua própria ideologia como se fosse uma
verdade técnica ou até mesmo científica”
Filosofia

Fernando
Palestrante
Modelli
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Palestrante
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Racionalismo cartesiano
Racionalismo cartesiano
• Por que eu devo obedecer a uma norma?
• Qual era a visão antiga/medieval?
• O que é dúvida hiperbólica? Penso, logo, existo
• Perspectiva individual-> “Sujeito se
desvinculou de suas relações naturais com a
comunidade”
• “Bom senso ou razão, é naturalmente igual em
todos os homens”
• “A razão de um não é maior do que a razão dos
outros. Somos todos indivíduos iguais, tanto
em nossa liberdade quanto em nossa
racionalidade”
Racionalismo cartesiano
• “Tradição medieval estava em franca
decadência; Revolução urbana impunha novas
formas de organização social; Os povos
europeus convivessem com um grau de
pluralidade étnica e religiosa para a qual não
estavam preparados”
• Como desobedecer a tradição?
• Razão individual foi a resposta
• “A pluralidade das vozes não é prova que valha
algo para as verdades difíceis de descobrir, uma
vez que é mais verossímil que um só homem as
tenha encontrado do que todo um povo”
Racionalismo cartesiano
• Pensamento moderno-> “se todos temos a
mesma razão, então uma conclusão que vale
racionalmente para um, deve valer
racionalmente para todos”
• Base da teoria da justiça
• Explicar contra hipotético e utilitarismo
• Base dos direitos universais
• Ponte para o contratualismo
•O individualismo é base para o
contratualismo
• O indivíduo não obedece pela tradição, mas
pela razão.
Contratualismo
Contratualismo
• Contratualismo-> os cidadãos europeus
passaram a se enxergar como indivíduos
autônomos, e a ver a sociedade como uma
congregação de homens livres, que se uniam
em função de uma escolha.
• Diferença com visão Aristotélica-> A sociedade
existe acima do individual
• “Sociedade implica desigualdade. Como, então,
esse estado de coisas pode ser reconciliado
com a ideia de uma liberdade e igualdade
originais?”
• Qual a resposta de Hobbes, Locke e Rousseau?
Contratualismo
• O que é legitimidade?
• “Identificamos, assim, uma mudança no
discurso legitimador: da justificação do
direito positivo por meio de sua adequação
aos valores tradicionais (incluindo os
teológicos), passou-se a fundamentar o
direito e o Estado com base no racionalismo
individualista que caracterizava a
modernidade”
• O que significa “caso existisse o estado de
natureza”?
Contratualismo
• Hobbes
• Estado de natureza
• Contrato
• Teoria da resistência
• Locke
• Estado de natureza
• Contrato
• Teoria da resistência
• Qual a razão de Rousseau ser diferente?
• Vontade geral/sociedade injusta/pacto legítimo
Revisão

Fernando
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Palestrante
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Julgamento de Sócrates
Filosofia grega
• Conhecimento dogmático do sábio?
•X
• “O saber dos sofistas era meramente
instrumental: eles não ensinavam a Verdade,
nem a Justiça, nem o Bem (que compunham o
conhecimento dos sábios), mas apenas
procedimentos discursivos que poderiam ser
utilizados pelos defensores das mais diversas
posições”
• Physis(Lei do mais forte) X Nomos(convenção)
• Como ganhar uma discussão?
• Necessidade da democracia? Ex: Política atual?
Filosofia grega
• O Filósofo:
• “falava em nome da Verdade, mas não se
pretendia sábio porque estava em franca
oposição às concepções tradicionais; era um
mestre da retórica, mas limitava o seu uso ao
objetivo de alcançar a Verdade”
• Todos tem logos, mas nem todos são
educados
• Mito da caverna
• Diálogo platônico sobre a justiça e
julgamento de Sócrates
Parmênides
• “Tudo se move, tudo escore (panta rhei). “Não se
pode descer duas vezes o mesmo rio e não se
pode tocar duas vezes uma substância mortal no
mesmo estado(...) Nós descemos e não descemos
pelo mesmo rio, nós próprios somos e não
somos”(Heráclito)
• Parmênides afirmava que o ser é imóvel. Ele não
conseguia admitir a idéia de que uma coisa
simplesmente deixasse existir, passando do ser
para o não-ser
• Transformação-> passagem para o não-ser (na
medida em que algo se que acaba)-> o movimento
é ilusório-> Ex: tela de cinema
Platão
• Qual a solução platônica?
• O mundo físico está em transformação, mas ele é
falso. Para além do mundo físico, existe o mundo
das ideias, imóvel.
• Forma racional de encarar o mundo é admitir que
existem certos objetos não-causados, certas
formas originais que estão na base do nosso
pensamento-> Solução tradicional da filosofia
• Justiça-> descrever o mundo não basta-> injusto
condenar inocentes-> ideia de justiça que dá
coerência para esta aplicação-> Existência da
justiça em si
• Ex: Jusnaturalismo(Platônico)
Sofistas/Poder
• “Trasímaco tenta mostrar que não se deve julgar
moralmente o exercício do poder, na medida em que é o
próprio exercício do poder que determina o que é a
justiça e o bem. “
• “De onde resulta, para quem pensar corretamente, que a
justiça é a mesma em toda parte: a conveniência do
mais forte” (339a)
• Ceticismo-> nega que pode haver um padrão de justiça
por meio do qual se possa avaliar a própria percepção
social do que é justo ou injusto.
• Platão-> Critério moral que transcende a sociedade
• Górgias-Platão
Platão
• Platão(Linguagem literária/matemática) X
Aristóteles(notas de aula/ciência
experimental)
• Observação de fenômeno empírico como
referência
• Qual é a melhor forma de governo?
• Ex: Família e poesia(Platão)
• Indutivo-> reunir casos sobre o assunto
• Dedutivo-> Saber o que é em si mesmo->
categoria abstrata
Aristóteles
• Aristóteles-> bem comum-> homem político
• Virtude é prática-> Conceito do bem em si é vazio
• Felicidade-> não o que se busca, mas o que
deveriam buscar.
• Educação-> disposição da alma-> prática/hábito
• Virtude como meio termo-> Covarde/temerário
• Importância do bem comum-> moralidade social->
especificidade
• Citar comunitarismo X Rawls
Antigo x moderno
• Como seria possível criticar, a partir do
próprio ethos grego, a admissão natural da
desigualdade entre os homens?
• Aristóteles aproxima a ética da moral social
• Platão-> “reflexão ética possa esclarecer a
idéia de um bem em si, capaz de servir como
parâmetro adequado para a crítica da
moralidade vigente e sua transformação”
Contratualismo
• O que é legitimidade?
• Filosofia antiga-> Bem social acima do
individual(cosmo)
• “O indivíduo, isolado da comunidade, seria um
bárbaro ou um deus, mas não um homem”
• Filosofia moderna-> “Por que cada indivíduo tem
o dever de observar o bem comum e os valores
morais tradicionais?”
• Quebra da relação indivíduo/sociedade
• Contrato social-> livre associação de indivíduos
Justiça distributiva
• 1. Justiça particular:
• A. Justiça distributiva-> repartições-> dinheiro, honra,
fama, impostos e cargos-> proporcional->
público/privado-> subordinação
• Meio-termo entre excesso e falta
• Proporcional a sua contribuição na sociedade
• “Aos iguais é devida a mesma quantidade de
benefícios ou encargos, assim como aos desiguais
são devidas partes diferentes à medida que são
desiguais e que se desigualam”
Justiça corretiva
• B. Justiça corretiva-> Reparação do status quo->
Aritmética-> Coordenação entre pares-> Relação
particular/particular-> Objetividade
• Perfeita divisão de modo abstrato-> O mérito
deixa de ser questão frente ao equilíbrio do dano
entre iguais
• B. 1. Justo comutativo-> Compra e venda->
relações de trocas voluntárias-> valores dos
produtos devem ser equivalentes
Justiça reparativa
• Trocas são a base da cidade-> a sociabilidade é
natural, o homem é um animal gregário
• B.2. Justo reparativo-> Relação não-voluntária->
• “O autor da injustiça (A), agente que investe
contra aquele que sofre a lesão, e o receptor da
ação injusta (P), sendo este último a parte
passiva da relação fundada na involuntariedade
do liame”
• Reparação-> Igualar novamentes as partes
Justiça reparativa
• “A aproximação entre as partes não existia, e passou a
existir desde que involuntariamente se tornaram
vinculadas. O início da relação, para as partes nela
envolvidas, é o início de sua desigualdade”
• A. Por clandestinidade, como nos casos de furto,
adultério, envenenamento, lenocídio (corrupção), falso
testemunho, engodo para escravizar, entre outros;
• B. Por violência, como no sequestro, na agressão, no
homicídio, no roubo a mão armada, na mutilação, nos
insultos”
Direito achado na rua

Fernando
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Dicionário da filosofia
Dicionário Marxista
• O conceito de forças produtivas de Marx abrange os
meios de produção e a força de trabalho.
• O desenvolvimento das forças produtivas
compreende, portanto, fenômenos históricos como o
desenvolvimento da maquinaria e outras
modificações do PROCESSO DE TRABALHO, a
descoberta e exploração de novas fontes de energia
e a educação do proletariado.
• As relações de produção são constituídas pela
propriedade econômica das forças produtivas.
• No capitalismo, a mais fundamental dessas relações
é a propriedade que a burguesia tem dos meios de
produção
Apresentação
• A dogmática jurídica busca apenas o
conhecimento acerca dos ―dogmas estatais,
ou, mais amplamente, dos padrões impostos
pelas classes sociais que tomem as decisões
cogentes (1980b, p. 15).
• “A identificar quais condutas humanas
correspondem ao devido cumprimento de
certas regras (religiosas ou jurídicas) e quais
correspondem a violações a serem punidas
(pecados ou infrações)”
• Ilusão-> é possível uma aplicação técnica e
imparcial das normas vigentes.
Apresentação
• Teoria dogmática
• Carl Schmitt-> os conceitos do estado
estão relacionados com a secularização de
conceitos teológicos
• Kelsen-> caráter pseudocientífico da
dogmática jurídica e à pretensa
impessoalidade da atividade interpretativa
dos juízes.
• Validade do ordenamento é simplesmente
a ficção sobre a qual se assenta o discurso
jurídico (KELSEN, 1986).
Apresentação
• Potencial conservador do jusnaturalismo?
• Juízes representam argumentativamente o
povo quando atuam com base em
argumentações consistentes (ALEXY, 2005).
• O povo é dotado de um poder constituinte
originário
• -> validade objetiva aos textos
constitucionais elaborados por seus
representantes
• -> poder justifica a atividade judicial voltada
a conferir eficácia às regras constitucionais.
Apresentação
• O dilema não é ser neutro‘ ou ser faccioso, porém
ser supostamente desengajado (para com isto
reforçar, consciente ou inconscientemente, o status
quo), ou ser engajado (para defender uma posição
honesta, com explícito fundamento e sem dogmas)
(1986, p. 272).
• “Os filósofos têm apenas interpretado o mundo de
maneiras diferentes; a questão, porém, é
transformá-lo”(Marx)
• ―Não há lugar para dogmáticos em nosso mundo,
a não ser enquanto marca-passo e cadaverização
(1980b, p. 41).
Apresentação
• Jusnaturalismo X História
• Revisar Platão e Aristóteles
• Revisar Rawls e comunitaristas
• “Esse salto para fora da história é típico da filosofia
de matriz grega, que nos legou a diferença entre a
essência inteligível (natural, imutável e que se
revela à razão) e a aparência sensível (histórica,
mutável e que se revela aos sentidos)”
• “O que ocorre nas épocas em que os sistemas de
normas encerram valores tão cheios de vitalidade
que a sua legitimidade fica dispensada de maiores
questionamentos”
Apresentação
• Qual o processo dialético entre as duas correntes?
• Colocar o direito na história
• O jusnaturalismo racionalista e liberal do
Iluminismo-> revolucionário enquanto articulou a
oposição ao antigo regime-> o supralegalismo,
invocado para o ataque, recorre ao neopositivismo
invocado para a defesa.
• Questão de legitimidade
• Positivismo-> “limitando-se a jogá-la para debaixo
do tapete pois esse problema levanta questões de
ordem político-valorativa que transcendem o
limite da racionalidade científica”
Apresentação
• “A face idealista do positivismo, que toma a
validade das normas (no caso do normativista)
ou dos consensos sociais (no caso do
sociológico) como um dado que não precisa de
justificação.
• -> Portanto,
• O positivismo é dogmático, no sentido de que
transforma certas pautas normativas em
dogmas, a pretexto de que não cabe
contestá-las nem propor a elas qualquer
alternativa (1980b, p. 12)”
Apresentação
• Lyra Filho, por seu turno, desejava uma
explicação objetiva do direito histórico (tal
como a positivista), mas queria também
uma explicação engajada (tal como a
naturalista).
• Diferença entre objetividade e
imutabilidade
• Como garantir a mudança da história com
critérios objetivos/racionais?-> Dialética
Apresentação
• 1. Os naturalistas buscavam na noção de
universalidade a base para a validade objetiva de
normas, valores e conhecimentos.
• 2. Os positivistas reconheceram a subjetividade dos
valores e buscaram na neutralidade valorativa os
fundamentos de um saber objetivo.
• 3. Os hermenêuticos se concentraram na
intersubjetividade tanto dos valores quanto do
conhecimento, o que os conduziu à busca da
objetividade em uma espécie de adequação a um
contexto que é contingente
• Citar história dos conceitos
• Léxico de conceitos políticos do Brasil
Apresentação
• Importância da hermenêutica
• O que é intersubjetividade?
• “Não existe uma realidade em si a ser
descoberta, mas apenas uma rede de
significados a ser tecida pela própria atividade
hermenêutica do homem. Para Gadamer, a
hermenêutica é modo humano de constituir a
realidade”
• A objetividade hermenêutica-> “relação entre
uma interpretação e o sistema simbólico, numa
relação de circularidade”
• Como criticar a tradição sem padrões externos?
Dicionário da filosofia
• O termo "ontologia" aparece no vocabulário
filosófico por vezes como sinônimo de
metafísica: “Os seres, tanto espirituais quanto
materiais, têm propriedades gerais como a
existência, a possibilidade, a duração; o exame
dessas propriedades forma esse ramo da
filosofia que chamamos de ontologia, ou
ciência do ser ou metafísica geral" (D'Alembert,
Enciclopédia).
• “A noção de Ser só aparece em toda a sua
plenitude, quando ele é visto como a força de
ser em tudo o que se é” (1986, p. 284).
Apresentação
• Explicar Ontologia x Filosofia da linguagem
• Ontologia dialética, que tivesse base nos
fenômenos e deduzisse o Ser(...) a partir das
transformações sociais que o conformam (1982c,
p. 12).
• Resumo: Um critério de legitimidade (que o
positivismo recusa) que não deve recair na
metafísica fixista e idealista (que o naturalismo
afirma).
• “Sem voar para nuvens metafísicas, isto é, sem
desligar-se das lutas sociais, no seu
desenvolvimento histórico, entre espoliados e
oprimidos”
Apresentação
• Qual a diferença de validade e legitimidade?
• Comparação Kelsen X Lyra Filho
• “Um conceito material de direito, o que implica
determinar a juridicidade de uma norma não
apenas pela sua validade formal, mas também
por sua adequação a certos valores
fundamentais”
• O que significa ser apolítico?
• Contra positivismo->“Toda pretensa neutralidade
é uma adesão aos status quo, pois a abstenção é
evidentemente conservadora” (1986, p. 271).
Apresentação
• “Duas ideologias, pois ―o sobrevoo filosófico
ajuda o pesquisador de campo a não se perder
entre as árvores, desconhecendo o mapa da
floresta.
• A verificação empírica ajuda o filósofo a não se
perder nas nuvens idealistas, esquecendo que a
floresta é composta de árvores, e não de conceitos
que estas tenham a ―obrigação de corporificar
• A teoria pura acaba nas nuvens; o hiper-empirismo
derrota a si mesmo e se transforma(...) em
apologética relativista de qualquer establishment”
Apresentação
• “Ela evidentemente se distanciaria da sociologia
jurídica tradicional, que privilegia a estabilidade, a
harmonia e o consenso, de tal forma que ao
descreverem a existência de padrões normativos”
• X Sociologia crítica
• (1) acentuar elementos de mudança, conflito e
coação,
• (2) afirmar a impossibilidade de um sistema jurídico
assimilar todas as pretensões sociais
• (3) defender a inevitabilidade de uma perene
contestação da legitimidade das normas
estabelecidas
• Acabam em niilismo?
Apresentação
• Alternativa?
• “Uma sociologia que, além de evidenciar o
caráter mitológico da legitimidade burguesa,
estivesse comprometida com um projeto
legítimo de organização social:
• Uma sociologia que não apenas descrevesse a
opressão capitalista ou socialista, mas que
tivesse um caráter realmente emancipatório,
engajado no combate à opressão, à dominação e
à espoliação”
Apresentação
• O que é direito?
• 1. Nível internacional-> O estabelecimento dos
padrões de legitimidade se dá em nível
internacional, no qual se definem os padrões de
atualização jurídica, segundo os critérios mais
avançados.
• 2.Desigualdade-> Como a sociedade internacional
é desigual, instala-se uma dialética entre povos
oprimidos e espoliados e povos opressores e
espoliadores, nas quais cada uma das partes tenta
afirmar a existência de um direito que deve reger
as relações internacionais.
Apresentação
• 3.Dialética-> Cada sociedade, no instante em
que estabelece seu modo de produção,
inaugura uma dialética, na medida em que se
cinde em classes desiguais e instaura relações
de dominação e espoliação.
• 4. Alteridade-> A dialética não se dá apenas na
divisão de classes, mas também na divisão de
grupos sociais fundados em critérios diversos
da função econômica, tais como sexo, cor e
religião.
Apresentação
• 5.Legitimidade-> O estabelecimento de uma
legalidade não importa, por si só, na legitimidade
do poder. Mesmo a existência de eleições não
pode ser considerada um elemento de
legitimação, exceto se for permitido o trabalho de
conscientização popular, pelos líderes
progressistas, sem restrições de pessoas e
correntes, no acesso aos meios de comunicação e
organização das massas (1982c, p. 75).
• 6. Pluralismo-> As leis provêm do controle social
global, mas o direito não se esgota nas leis, pois
está no processo global e não apenas no sistema
geral de controle.
Apresentação
• 7. Pluralismo-> A cisão em classes e grupos leva
cada classe ou grupo a estabelecer uma
organização própria, a qual uma opção científica
dialética não pode deixar de qualificar como
jurídica.
• 8. Mudança-> A coexistência conflitual de séries de
normas jurídicas, dentro da estrutura social
(pluralismo dialético), leva à atividade anômica (de
contestação), na medida em que grupos e classes
dominados procuram o reconhecimento de suas
formações contrainstitucionais, em desafio às
normas dominantes (1982c, p. 77), processo esse
que pode ser reformista ou revolucionário.
Apresentação
• O ―processo social, a História, é um processo de
libertação constante (se não fosse, estaríamos até
hoje parados numa só estrutura, sem progredir)
(1982c, p. 81).
• ―Eu creio, firmemente, no progresso. [...] Pouco
importa que haja avanços e recuos. O progresso
não é uma linha reta.
• “Caminhada para a emancipação humana, que traz
na filosofia o cérebro condutor e nos
trabalhadores seu coração destemido (1986, p.
273)”
Apresentação
• Direito é:
• “Uma garantia do livre desenvolvimento de cada
pessoa, de cada classe, de cada sociedade e o direito
que não seja garantia da liberdade é antidireito”
• “Essa operação somente se mostra possível quando
a própria história não é apresentada como um fato
(ou uma rede de fatos), mas como a realização de
um sujeito”
• Conceito de progresso-> “A História ―não se agita
como barata tonta, nem roda no mesmo lugar como
bicicleta de salão; nem, muito menos, anda para trás
como caranguejo”
Apresentação
• Entrevista-José Geraldo
• A) O que define a noção do direito na
entrevista?
• B) O que José Geraldo está criticando no
direito tradicional?
• C) Qual o papel do judiciário numa visão
crítica do direito?
Posner

Fernando
Palestrante
Modelli
Palestrante 1 1
Palestrante
Palestrante 2 2
Introdução
Introdução
• “Dizer que uma área não é
tradicionalmente considerada econômica
equivale a dizer que as iniciativas no
sentido de propor a eficiência como
princípios norteadores tendem a ser
conflitantes entre si”
• Utilitarismo-> Dificuldade de lidar com
preferências e emoções
• Admirável mundo novo= drogas+ cirurgias
• Felicidade x Liberdade?
Introdução
• 1. Maximizar prazer não é o objetivo da vida
de alguém-> é importante, mas não é tudo
• Ex: Filmes
• 2. Maior felicidade para o maior número X
Individualidade-> sacrificar a parte pelo todo
• Ex: Stuart Mill.
• “Mesmo se for indução de felicidade por
agentes estatais democráticos e bem
intencionados, a ideia, por ela própria, segue
uma lógica problemática”
Introdução
• 3. Limites-> Percepção de sentido?
• Singer e luta da libertação dos animais
• Imparcialidade x Proximidade social
• É possível superar a intuição que nos
preocupamos com nossa sociedade e
nossos amigos?
• É louvável que seja assim?
• Ex: Cinema e o altruísmo perfeito.
Introdução
• Substituição da utilidade por riqueza? Transação de
bens num sentido mais amplo
• O que riqueza traz para a teoria?
• 1. Coerção é menor.
• 2. Liberdade individual e autonomia.
• 3. Comunidade é definida como aqueles que têm
dinheiro para bancar os seus desejos.
• Coerção ainda é presente, mas (…) métodos
regulatórios de produzir resultados próximos ao
livre mercado
• Custos da transação não impedem o funcionamento
do mercado-> direito imita o mercado.
• Outros órgãos(igualdade) + Pluralidade de critérios
Introdução
• A= Coleção de selo-900(Avaliação)
• B= 1200
• Venda=1000
• Não é porque A goste menos de selos do que B.
• Nem merecimento de B para comprar a seleção.
• Contra-exemplo: A precisa vender para B para
sobreviver
• B-> Não goste de selos, mas diversificar portfólio
• Exemplo enfraquece fundamento moral do regime
• Mercado-> maximização do valor do sistema-> Se a
distribuição for injusta, a economia, também, não
será justa.
• Exemplo não funciona quando o bem trocado tiver
valor elevado para cada ator.
Introdução
• Critério de unanimidade? Apelo moral?
Desigualdade é reflexo de escolhas?
• Critério de Pareto-> é ideal se não puder ser
alterado sem se deixar pelo menos uma pessoa
em pior situação-> superior se melhorar o
resultado de um sem piorar a condição do outro.
• Diferentes etapas do ciclo da vida + caráter e
empenho?
• Loteria natural não eliminaria a justiça da
desigualdade?
• Escolhas morais que dependem do nosso
desempenho-> condição familiar e talentos não
são escolhas deliberadas
Introdução
• Mercado tende a aumentar as diferenças
sobre habilidades inatas-> “Celebridade”
• Ex: Pianista A é melhor que B-> A gravação
de A será mais vendida que B-> A terá
lucros enquanto B não terá nada-> Não é
injusto, mas… não decorre do desempenho.
• Como resolver o problema?
• Refutar que desigualdade causa
instabilidade
Introdução
• Estabilidade: ausência de guerras civis,
golpes de estado, mudanças constitucionais
apressadas, terrorismo e corrupção.
• Regimes autoritários podem eliminar
sintomas através da violência
• Sintomas devem estar ausentes e liberdade
• Distribuição de renda-> maior nos EUA
atualmente do que 15 anos atrás-> Maior nos
EUA que Japão e Suécia
• Países subdesenvolvidos= aumenta renda,
aumenta desigualdade
Introdução
• Eleitor mediano-> aumentar impostos
dos mais ricos-> quanto maior
igualdade, menos o eleitor médio terá a
ganhar com impostos.
• Eleitor mediano-Brasil
• Democracias deveriam ser menos
desiguais que regimes autoritários
• Exceção: eleitor médio não explica
grupos de interesse; faculdades, nos
EUA, favorecem quem tem mais renda.
Introdução
• Atual= democrático, liberdade pessoal e
ocupacional, força da iniciativa privada
• Atual= aparelhos informativos, mão de
obra especializada, diminuição de
empregos, mudança para o setor de
serviços,
• Desigualdade natural é ampliada em
desigualdade social (seleção de
companheiros, aumento de produtividade)
• Ex: renda básica, eleição americana
Introdução
• Devemos temer uma subclasse arredia?
• O que isso quer dizer?
• Alienadas pela democracia, não participam de
eleições, mas defendem a violência
• Estabilidade= força do estado + situação
razoável de boa parte da população.
• Estados liberais mantêm a ordem, enquanto
funcionam a partir, também, da liberdade.
• Argumento central:
• A renda mínima geral é explicativa, mas não a
distribuição.
• Se a renda geral aumenta, logo, a distribuição
perde sua importância.
Introdução
• Imposto alto pode diminuir a riqueza geral,
logo, criar instabilidade.
• EUA: Renda média alta, muitos pobres e
enorme desigualdade social.
• Imigração: abertura aos talentos; aumenta
desigualdade, empregos com pagamentos
baixos da primeira geração.
• Países iguais limitam imigração(preço do
sistema público); países comprometidos com
a igualdade perdem cidadãos produtivos
• Desigualdade de renda-> desgaste dos
vínculos da comunidade política
Introdução
• Separação das classes leva a instabilidade-> falta de
empatia
• Subúrbios americanos-> isolamento social->
herança de oportunidades e casamento seletivo
• X
• Pessoas com empregos de baixa remuneração com
pouca satisfação; vida pouco saudável; herança da
desigualdade.
• Contra-argumento
• Problemas com essa tese-> grupos intermediários
criam empatia pelo menos indireta para os mais
ricos
• Aumento da renda média-> melhora padrão de
vida-> utilidade marginal decrescente do dinheiro.
Introdução
• Ex: New York, pessoas ricas e pobres, classe média
que servem os bilionários, distância do centro da
cidade, classe média de advogados e corretores->
comunidade estável
• Igualdade política ajuda a sanar a desigualdade
econômica?
• A inveja é uma coisa boa? empatia sentimental?
Suas alegrias como meus sofrimentos? Estímulo
ao sucesso?-> Se a pessoa se comparar consigo
mesma?
• O que importa não é a distribuição de renda, mas
sim a reação ética ou emocional
Como as democracias morrem?
Introdução
• Atividade-> Questões objetivas
• Entrevista
• 1. Leitura do texto e organização de grupos(3 até 6
pessoas)
• 2. Elaboração da aplicação da teoria no problema
dado
• 3. Desenvolver uma questão objetiva tendo em
vista o conteúdo sobre legitimidade(Araújo), Law
and Economics(Posner) e Direito Achado na
Rua(Lyra Filho)
• Lembrete: A questão pode abordar qualquer uma
das teorias. O uso do estudo de caso na questão é
recomendável, mas não obrigatório.
Desigualdade-Bilionários
Desigualdade social-Brasil
Apresentação
• Atividade-> Questões objetivas
• Notícias-Desigualdade
• 1. Leitura do texto e organização de grupos(3 até 6
pessoas)
• 2. Elaboração da aplicação da teoria no problema dado
• 3. Desenvolver uma questão objetiva tendo em vista o
conteúdo sobre o utilitarismo, o liberalismo
igualitário(Rawls) e o liberalismo conservador(Nozick)
• Lembrete: A questão pode abordar qualquer uma das
teorias. O uso do estudo de caso na questão é
recomendável, mas não obrigatório.
Introdução
• Modelo 1-> Conteúdo
• (OAB) De acordo com o contratualismo proposto por
Thomas Hobbes em sua obra Leviatã, o contrato
social só é possível em função de uma lei da
natureza que expresse, segundo o autor, a própria
ideia de justiça. Assinale a opção que, segundo o
autor na obra em referência, apresenta esta lei da
natureza.
• A) Tratar igualmente os iguais e desigualmente os
desiguais.
• B) Dar a cada um o que é seu.
• C) Que os homens cumpram os pactos que
celebrem.
• D) Fazer o bem e evitar o mal.
Introdução
• Modelo 2-> Conteúdo e Interpretação
• Mas tal como os homens, tendo em vista conseguir a paz, e através disso sua
própria conservação, criaram um homem artificial, ao qual chamamos Estado,
assim também criaram cadeias artificiais, chamadas leis civis, as quais eles
mesmos, mediante pactos mútuos, prenderam numa das pontas à boca daquele
homem ou assembleia a quem confiaram o poder soberano, e na outra ponta a
seus próprios ouvidos. Thomas Hobbes
• Em seu livro Leviatã, Hobbes fala de um direito natural à liberdade de
preservar sua própria vida. Porém, ele fala, também, da liberdade resultante do
Pacto que institui o Estado Civil, isto é, da liberdade dos súditos.
• Assinale a opção que expressa essa ideia de liberdade dos súditos, segundo
Hobbes no livro em referência.
• A) O poder do mais forte de decidir sobre os mais fracos, tal qual fazem os
Estados soberanos após batalharem entre si e algum deles vencer a guerra.
• B) Ser livre para instaurar uma assembleia soberana que decida acerca das
condutas que serão permitidas, proibidas e obrigatórias no âmbito do Estado
Civil.
• C) A liberdade de fazer as coisas conforme elas foram reguladas pelo poder
soberano, tais como comprar, vender e realizar outros contratos mútuos.
• D) Agir conforme os princípios do direito internacional, das tradições e dos
costumes que são amplamente conhecidos pelos governos e pelos povos
Introdução
• Modelo 3-> Conteúdo, interpretação e problema
• (QA) “Com a ampliação de vagas e o aumento do ingresso de jovens negros e de
baixa renda nas universidades, uma questão se coloca: a democratização atinge da
mesma forma diferentes cursos dentro das universidades?(...) Desde 2004, foi
aprovado na UFBA um programa de ações afirmativas para ingresso de estudantes
que vieram da rede pública de educação, que estabelecia a reserva de 43% das
vagas – 85% para estudantes autodeclarados pretos e pardos, 15% para os
autodeclarados brancos e amarelos, 2% para indígenas”(MONTEIRO, Cláudia). Sobre
a teoria da justiça e as cotas, julgue as seguintes asserções:
• I. O liberalismo conservador seria contra as cotas, pois seria uma intervenção
indevida do estado.
• II. O comunitarismo seria favorável às cotas, caso essa política se encaixasse no
bem comum da sociedade.
• III. O liberalismo igualitário defenderia a proposição pela UFBA de cotas no
ingresso da Universidade em vista de defender a autonomia do indivíduo frente a
uma sociedade preconceituosa. Assinale as alternativas corretas:
• A) I e II
• B) II e III
• C) I, II e III.
• D) III
• E) I
Introdução

• shorturl.at/efjl5
Nagel

Fernando
Palestrante
Modelli
Palestrante 1 1
Palestrante
Palestrante 2 2
Certo e Errado
Liberdade
• Pêssego e bolo de chocolate-> O que
significa poder de decisão?
• Poderia ter feito outra coisa-> liberdade
• “O carro poderia ter subido a colina”
• “O lápis cai no chão”
• Sua decisão não está pré-determinada como
o fato que o sol vai nascer
• O que é o determinismo? As circunstâncias
delimitam sua escolha-> Existência de leis
naturais acerca do comportamento humano
• A liberdade seria uma ilusão
• Ex: Torre negra/efeito borboleta
Liberdade
• “O que você está dizendo é que poderia ter
escolhido o pêssego em vez de chocolate
naquele exato momento, sendo as coisas
como de fato eram”
• Determinismo-> Explicar o impacto na
histórias das relações de poder
• “Conhecimento de uma pessoa, sua
constituição hereditária, circunstância
social”
• Determinismo-> “O processo de decisão é
apenas a efetivação do resultados já
determinado na sua mente”
Liberdade
• Se não existe liberdade, logo, existe
responsabilidade?
• Ex: Roubo de cds
• Qual a culpa de alguém no determinismo?
• Para a punição, de forma social, não faria
diferença se houve ou não responsabilidade->
comportamentos que devem ser valorizados->
coibir ações futuras
• Resposta ao determinismo-> ação livre é
característica básica do mundo sem explicação
• Explicação psicológica-> vontade-> se
apontam arma, não é responsabilidade-> não
há causa exterior óbvia-> Ex: Kant?
Liberdade
• “Se o ato não está predeterminado, por
nossos desejos, crenças e personalidade, a
impressão que se tem é que ele
simplesmente aconteceu”
• Se o determinismo é verdadeiro, as
circunstâncias são as responsáveis
• Se é falso, nada é responsável.
• Causalidade não implica fim do
livre-arbítrio
• O autor não aceita justificativa psicológica
ou social
Certo e Errado
• Certo e errado-Nagel
• Exemplo: Biblioteca-> Seu amigo quer um
livro, qual a razão de negar a retirada do
livro?
• Regra? Existem regras injustas, logo, elas
devem ser desobedecidas?
• Precisa-se de padrões para julgar as regras
• Kant X coerção
• Prejudicar seu patrão, ele ficaria chateado?
• Prejudicar outros visitantes da biblioteca?
• Ação baseada em consequência
Certo e Errado
• “Eu quero o livro; Porque deveria me importar
com eles?”
• Ele não se preocupar, não isenta ele da
moralidade-> Deveria se importar
• Se você fugir dos crimes cometidos na terra,
você teria punição divina?
• -> Não acredita em Deus, mas existe certo e
verdade
• -> Você deveria se preocupar com os outros a
despeito das consequências, vide, a punição
• A preocupação com o outro é justificativa
suficiente?
Cético moral
• Empatia é importante, mas não suficiente->
Preocupa-se com os mais próximos, mas não
necessariamente com desconhecidos
• Dilema do cético moral
• Você gostaria que alguém fizesse o mesmo
com você?
• Questão guarda-chuva-> Não gostaria, mas não
sou eu que estou na chuva
• Não é só o guarda-chuva, mas a injustiça do
ato
• Razão não pode ser exclusiva para você, ela
precisa ter um fundamento amplo-> Qualquer
pessoa na sua situação
Por que a moral precisa ser autônoma?
• Quando sofremos, não achamos que é mau
somente para nós, mas que é mau e ponto”
• “A questão da moralidade não seria exclusiva do
individual, mas teria a necessidade de estar
ligada a compreensão de qualquer um que
pense”
• O que é maioridade?
• Diferença entre imperativo categórico e
hipotético?
• Ex: Cinema X Combate da fome
• Altruísmo perfeito é impossível, mas padrão
sobre o quão imparcial podemos ser é essencial
• Teoria da justiça
Universal X Relativismo
• Certo e errado dependem de circunstâncias?
• Devolver uma faca emprestada é correto, mas se
a pessoa perdeu a razão e vai usar para matar
alguém, a ação deixa de ser correta.
• Relativismo moral-> Padrões morais do certo e
errado- e circunstâncias em que esses padrões
devem ser aplicados-, dependem da sociedade
em que você está inserido.
• Onde fica a minha capacidade de julgar a
sociedade?-> Remete-se a padrão objetivo e,
logo, a filosofia.
• Ex: “Altruísta que se sente bem com sua ação”
Universal X Relativismo
• “O argumento moral tenta apelar para uma
capacidade de motivação imparcial que supõe
existir em todos nós. Infelizmente, ela pode estar
profundamente enterrada e, alguns casos, pode
simplesmente não existir. Em todo caso, precisa
competir com poderosos motivos egoístas(...) A
dificuldade da moral não está em haver apenas
um motivo humana, mas em haver muitos”
• Comentário->
• Platão X Aristóteles-> Kant x Empirismo?->
Rawls X Taylor
Hume
• Revisão filosofia moderna
• Revisão filosofia antiga
• Qual a teoria de justiça de Hume?
• Empirismo-> nossa razão depende de dados sensitivos
• Explicar propriedade e utilidade da justiça para Hume
• Como chegamos a chamar algo de bom? A razão calcula, faz
dedução, mas é incapaz de fundar uma moral-> estabelece
meios e não fins
• Valores morais como tradicionais->O conteúdo da justiça é
artificial, mas a própria existência da ideia é inevitável.
• Salto lógico: “O pensador começa descrevendo como mundo
é, a partir disso tira uma série de conclusões de dever”
• Jusnaturalismo-> Fatos naturais-> Consequências normativas
• Hume-Self
Kant
• Hume acorda Kant do sono dogmático
• Kant-> percepção do homem-> entre o empirismo
e racionalismo-> “Formas da razão
humana”-Tempo e espaço?
• Tese: “Se o conhecimento empírico dos fenômenos
é sempre falível, o conhecimento da própria
racionalidade humana (nos termos de Kant, o
conhecimento transcendental, ou metafísica) não
compartilha essa mesma sina, pois ele não deriva
da experiência”
• A priori-Imperativo categórico-autonomia- boa
vontade-> autonomia x heteronomia->
Utilitarismo X Kant
Kant
Kant
• Eu minto para ajudar um amigo, pago dívida para
não sofrer as consequências, estudo para ir bem na
prova-> Lógica de consequências e heteronomia
• “Esses deveres devem ser leis objetivamente válidas,
o que exige que eles sejam praticáveis por todas as
pessoas, independentemente das características que
a tornam singular”
• Enunciado imperativo-> impõe deveres
• Categóricos-> não admite relativização
• Universalização+ Pessoas como fins e não como
meios
• Revisar questões da OAB-> Papel do direito
Moral
Justiça
• Existe desigualdade justa?
• Quais são as desigualdades injustas?
• As desigualdade que não foram
responsabilidades da própria pessoa?
• Qual a solução?
• Limitação da sua liberdade frente à
sociedade?
• Governo deve solucionar desigualdades?
• Quais?
• Ex: Gênero e raça.
• Igualdade de oportunidades na busca de
empregos.
Igualdade de oportunidade?
• “Nenhum esforço, por maior que seja, poderá
capacitar a maioria de nós a atuar como
Meryl Streep, pintar como Pablo Picasso ou
fabricar como Henry Ford”
• Comentar que não é só talento natural, mas
demanda social da época-> Comparação juiz
da suprema corte x juiz da televisão nos EUA
• Ex: comentário das prévias do partido
republicano e a ideia arbitrária do que é
“meritocracia”
• Ex: Desigualdade natural aumenta com
mercado-> Citar Posner(Law and economics)
Justiça
• Discriminação racial ou sexual? Fácil de
resolver? Ou pelo menos conseguir
consenso sobre o problema?
• Questão mais complexa: Escolhas que não
envolvem ações erradas
• “Escolhas profissionais, aquisições,
casamentos, heranças e esforços para criar e
educar os filhos”
• A consequência pode estar errada-> Lugar
de partida desigual
• Comentar estrutura do argumento de Rawls
Resumo do texto
• Quais são as duas fontes principais da
desigualdade?
• 1. Questão socioeconômica
• 2. Talentos naturais
• -> Solução central é a questão de herança?
• -> Programas de bem-estar social?
• -> Tributação mais alta para os que tiverem maior
renda + Produção de serviços públicos gratuitos
• Libertário radical-> “Não há nada que possa ser
feito sobre a injustiça desde que as relações
econômicas/contratos justos”-> Nozick
• A sorte deve ser fator no resultado de uma
competição/sociedade justa?
Questões/Revisão

Fernando
Palestrante
Modelli
Palestrante 1 1
Palestrante
Palestrante 2 2
Questões
• Questão 1
• “A filosofia só ocupa um lugar importante na
cultura quando as coisas parecem estar
desmoronando”(Rorty)
• A) Explique, segundo Alexandre Araújo, a
importância da filosofia para o direito.
• B) Por que a legitimidade é importante para se
pensar criticamente o direito?
• C)A citação de Rorty pode ser aplicada para
pensar a história da filosofia do direito? Cite
pelo menos um exemplo e justifique.
Questões
• “Como seria possível criticar, a partir do próprio ethos grego,
a admissão natural da desigualdade entre os homens?”(...) Por
que cada indivíduo(na modernidade) tem o dever de observar
o bem comum e os valores morais tradicionais?”(ARAÚJO)
• A) Explicite as diferenças entre a filosofia de Platão e
Aristóteles. O que significa dizer que, para Aristóteles, a ética
se aproxima da moral da sociedade? O que significa dizer,
para Platão, que existe um padrão exterior para julgar a
justiça?
• B) Explique o papel de Descartes e o contratualismo para a
filosofia do direito. Houve uma mudança na perspectiva na
filosofia moderna? Qual foi sua importância?
Resumo do texto
• “Não há lugar para dogmáticos em nosso mundo,
a não ser enquanto marca-passo e
cadaverização”(Lyra Filho)
• A) Explique a crítica que o autor faz acerca da
dogmática jurídica
• B) O que o autor pensa sobre o jusnaturalismo e o
positivismo? Qual sua proposta filosófica?
• C) O que significa fazer uma teoria dialética do
direito?
Resumo do texto
• “Mesmo se for indução de felicidade por agentes
estatais democráticos e bem intencionados, a
ideia, por ela própria, segue uma lógica
problemática”(Posner)
• A) Quais são os benefícios de mudar o critério de
utilidade para riqueza?
• B) Qual o debate do autor sobre instabilidade de
regimes políticos?
• C) Por que o autor argumenta que a desigualdade
não causa instabilidade?
Resumo do texto
• Entrevista-Sandel
• Entrevistador: O senhor está dizendo que o dinheiro oferece
somente uma liberdade “manca”?
• Sandel: Sim, a liberdade que exercemos no mercado é apenas
uma parte da nossa liberdade, não é “inteira”. É uma ideia de
liberdade entendida como neutralidade, em virtude da qual
renunciamos a nos interrogar sobre quais são os modos de viver
que consideramos corretos ou quais consideramos equivocados;
renunciamos assim a considerar mesmo que apenas a hipótese de
que a liberdade do consumidor pode se degradar ou corromper os
bens que são objeto de compra e venda. Mas assim como existe
também uma liberdade que possuímos como cidadãos, também
devemos nos perguntar, por exemplo, se o útero de aluguel
corrompe a ideia de paternidade, ou se oferecer uma
compensação às crianças para que leiam livros corrompe o valor
da leitura.
Resumo do texto
• Entrevistador: Parece que o senhor exige a necessidade de um maior debate público,
mesmo às custas de produzir maior polêmica…
• Sandel: Justamente isso. As pessoas na sociedade de hoje estão em desacordo com
relação aos valores, aos modos de vida, às virtudes cívicas, e talvez seja por isso que
existe e é forte a tentação de externalizar as questões morais ao mercado, na ideia de que
os mercados são instrumentos neutros que distribuem os bens segundo as preferências
das pessoas. Mas eu acho que isso é um erro.
• Desse modo, de fato, o discurso público democrático se torna cada vez mais vazio, cada
vez menos interessante, e nós perdemos a capacidade de nos envolver nos debates sobre
as grandes questões. Em parte, o objetivo do livro é mostrar que o mercado não é um
instrumento neutro e não pode definir o que é certo e o que é errado, nem qual é a
natureza dos bens que produzimos. Mas também é um lembrete à responsabilidade que
nós temos como cidadãos de regimes democráticos, que não podem não discutir entre si
sobre o papel apropriado para os mercados e sobre quais bens devem ser subtraídos
daqueles.
• O que o dinheiro não compra: Entrevista do Prof. Michael Sandel. Disponível em
:<http://www.altosestudos.com.br/?p=52380> . Acesso em: 15 de novembro de 2020.
• Com base no trecho acima, nas discussões em sala de aula, e na leitura dos textos
recomendados, discorra sobre o conceito de direito e a questão da desigualdade.
(Trabalhe com a explicação do direito em Posner e sua visão sobre a desigualdade; a
perspectiva de Lyra Filho sobre o direito e a importância de uma perspectiva
politicamente engajada).

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