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UNIVERSIDADE PAULISTA

CURSO TECNOLÓGICO GESTÃO AMBIENTAL

ANTONIA LUCIANE COSTA DOS SANTOS


RA1742079

PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR III - NATURA

Mãe do Rio-PA
2019
ANTONIA LUCIANE COSTA DOS SANTOS
RA1742079

PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR III - NATURA

Projeto integrado multidisciplinar – PIM II –


apresentado à Universidade Paulista – UNIP,
para avaliação no curso de Gestão Ambiental.

Orientador: Julia de Lima Pinheiro

Mãe do Rio-PA
2019
RESUMO
Descreve a filosofia, o histórico de implantação e as funções da biblioteca
virtual da Natura Cosméticos S.A., considerado o primeiro sistema virtual de
informações em empresa do Brasil. Devido ao vertiginoso crescimento da
empresa desde o início de sua atuação no mercado internacional, buscou-se a
definição de uma estrutura de sustentação informativa que auxiliasse o
aprimoramento dos produtos e processos e trouxesse informação sobre o que
de mais moderno e inovador estivesse acontecendo na cosmética mundial.
Além disso, buscava-se uma metodologia que também organizasse,
sistematizasse e disponibilizasse a informação com rapidez e critérios seletivos
de pertinência e relevância. Acreditava-se ser ineficaz a repetição do velho
paradigma da biblioteca interna em um cenário de globalização de mercados
no qual o acesso à informação não deveria estar limitado à informação que
pudesse ser armazenada em uma sala de biblioteca. Mais importante do que
ter a informação seria saber onde encontrá-la de maneira rápida e eficaz,
porque guardar não significa dispor quando se necessita e guardar tem um
custo geralmente subestimado quando da criação de sistemas que pretendam
ser efetivos quanto à prospecção e difusão de informações. O foco de atuação
do Centro de Informações Bibliográficas da Natura é o acesso externo à
informação em detrimento do acervo interno de informação. Descreve as
características, produtos e atividades desse sistema virtual de informações.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...........................................................................................................5
2. DESENVOLVIMENTO.................................................................................................7
2.1. Aspectos sociais, empresariais e ambientais................................................7
2.2. Descrição da empresa.......................................................................................8
2.2.1. Incentivo a educação ambiental.......................................................................9
2.3.Reutilização dos resíduos gerados....................................................................10
3. Empresa responsável pela reciclagem CIV.......................................................12
4.CONCLUSÃO......................................................................………….……………...14
REFERÊNCIAS ............................................................................................................15
1. INTRODUÇÃO

No início dos anos 90, em pleno crescimento e iniciando sua atuação


no mercado internacional, a Natura começa a buscar a definição de uma
estrutura de sustentação informativa para o desenvolvimento e aprimoramento
dos seus produtos e processos.
Algo que trouxesse para a empresa a informação sobre o que de mais
moderno e inovador estivesse acontecendo não somente no mundo da
cosmetologia, mas também da dermatologia, moda, fitoterapia, psicologia,
marketing, processos industriais, enfim, em todas as áreas e aspectos
relacionados ao seu negócio.
A dinâmica desse segmento – no qual a cada dia novos ativos
químicos mais eficazes são descobertos, variáveis como tendências de moda e
de estilo de vida fazem surgir e desaparecer linhas inteiras de produtos e novos
concorrentes estrangeiros estão chegando ao país – sinalizava que a empresa
precisava ter acesso rápido e diferenciado a maior quantidade e variedade
possível de informações que lhe possibilitasse antecipar tendências.
Buscava-se uma metodologia ágil e flexível que propiciasse
acompanhar a concorrência, a ciência e as tecnologias mundiais de maneira
custo-efetiva, que repassasse informações ao corpo de pesquisadores e de
analistas de marketing da empresa, com rapidez, e critérios seletivos de
pertinência e relevância e que, ao mesmo tempo, organizasse, sistematizasse
e disponibilizasse essa “massa de informação” dentro da empresa.
O que se via nas empresas até então e que, pode-se dizer, vê-se até
hoje, era o tradicional modelo de “biblioteca” ou “centro de
informações/documentação” internos, onde uma coleção de livros e periódicos,
pequena ou grande, propunha-se a suprir as necessidades de atualização
tecnológica, muitas vezes acabando por tomar contornos de “biblioteca de
lazer” ou de “biblioteca do grêmio” dos funcionários. Ao mesmo tempo, era
evidente para a Natura que, em um cenário de globalização de mercados e
consequente globalização de concorrência, ganhos de tempo e de
competitividade não poderiam ter limites.
Da mesma maneira, o acesso à informação não deveria estar restrito e
limitado à informação que pudesse ser armazenada em uma sala de biblioteca.
Adicione-se o fato de que o desenvolvimento tecnológico extremamente
dinâmico faz com que montanhas de livros, papers e normas técnicas tornem-
se obsoletos muito rapidamente. Assim, não teria sentido tratar a informação
como um “bem durável”, quando para essa realidade a informação ora se
comporta como “insumo de produção”, ora como “bem de consumo”.
Mais importante do que ter a informação seria saber onde encontrá-la
de maneira rápida e eficaz. “Guardar” não significa “dispor” quando se
necessita e “guardar informação”, no sentido de formar uma biblioteca dentro
da empresa, tem um custo geralmente subestimado quando da criação de
sistemas que pretendam ser efetivos quanto à prospecção e difusão de
informações.
A Natura buscava uma solução que não implicasse criar estruturas
internas que a desviasse do “foco” do seu negócio, que é produção e
distribuição de cosméticos, mas que possibilitasse ser estratégica em relação
ao volume de informações a que pudesse ter acesso. O “esforço de busca” da
informação deveria estar direcionado para um espectro mais amplo quanto à
probabilidade de sucesso, e as atividades ligadas a esse “esforço” deveriam ter
baixo dispêndio de energia de maneira a possibilitar flexibilidade e agilidade de
respostas diante das mudanças.
Pensando sempre em estímulos e ações que conduzissem a
inovações, aperfeiçoamentos e ganhos, a Natura acreditava ser ineficaz a
repetição do velho paradigma da “biblioteca interna”. A administração de
acervos deveria caber a quem tem competência nesse “foco de negócio”, ou
seja, às próprias bibliotecas já existentes, cujo objetivo é a preservação e a
disponibilização da memória tecnológica. Afinal, o objetivo era acessar a
informação, e não necessariamente tê-la armazenada internamente.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. Descrição da empresa

A Natura iniciou suas atividades em 1969 como uma modesta loja de


cosméticos e de consultoria personalizada de tratamento de beleza com sete
funcionários. Em 1980, eram 200 funcionários e 2 mil consultoras espalhadas
pelo país para a revenda de produtos e consultoria de tratamento. Chegou a
1990 com 1 800 funcionários e 50 mil consultoras, e inicia 1997 como a maior
empresa brasileira de cosméticos, com 3 mil funcionários, 145 mil consultoras
no Brasil e cerca 10 mil na América Latina.
Nos últimos 10 anos saltaram de um faturamento de US$ 76 milhões
anuais para US$ 836 milhões em 1996 com 61 milhões de unidades vendidas,
graças a uma base sustentada no desenvolvimento tecnológico de produtos de
última geração no segmento de higiene pessoal.
Parte significativa desse faturamento está sendo utilizada em pesquisa e
desenvolvimento, visto em 1996 ter lançado praticamente um novo produto a
cada três dias.
A Natura recebe cerca de 10 mil pedidos de produtos por dia, feitos por
suas consultoras de todas as regiões do país, e detém hoje expressiva
participação no mercado de cosméticos em geral.
Espera-se triplicar o volume de negócios nos próximos 10 anos, bem
como aumentar a participação no exterior em mais sete paises, além dos atuais
cinco.
Na base de cifras tão impressionantes estão produtos considerados de
qualidade pelo consumidor, um sistema de comercialização direta (também
conhecido como “venda pessoal”) e uma estratégia de marketing que valoriza,
além da venda de produtos, o desenvolvimento de uma imagem de marca
associada a “conceitos”.
Seus produtos procuram não manipular o público prometendo milagres
de beleza; buscam, antes, valorizar a relação do indivíduo consigo mesmo e
com o mundo, na busca de um “bem-estar” e de um “estar bem”. Essa filosofia
traduz-se no próprio slogan da empresa, “Natura, Verdade em Cosmética”.
2.2 Contabilidade da empresa Natura.
2.2.1 Liquidez Corrente

A liquidez corrente indica quanto a empresa possui no ativo circulante


para cada 1,00 de passivo circulante, quanto maior melhor. (MATARAZZO,
2010).
A liquidez corrente é calculada por meio da fórmula:
Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante

Fonte: MARTIN, C. P., 2019.

O indicador de liquidez corrente da empresa objeto da pesquisa,


apresenta-se dentro de condições consideradas boas, uma vez que, expõe
índices acima de 1,00 em todos os anos, conforme apresentado na tabela
acima, isso significa que a empresa analisada possui dinheiro para pagar suas
dívidas de curto prazo.
De acordo com a tabela 1, percebe-se que em 2012 a empresa estava
com um índice de 1,39 , já em 2013 aumentou para 1,50, mas com o decorrer
dos anos a empresa foi decrescendo no índice de liquidez corrente, com um
índice de 1,50 em 2012 e em 2017 já está próxima do 1,00, o que é um dado
relevante pois a empresa teve uma redução no seu índice, mas ainda assim,
consegue manter o pagamento de suas dívidas. Essa diminuição é
preocupante, pois a empresa está tendo a sua capacidade reduzida
gradativamente, se ela não traçar estratégias para aumentar esse índice
acabará ficando sem a capacidade de liquidar suas dívidas de curto prazo.
Analisando o ano de 2018, onde o índice de LC teve um aumento de
39% sob o ano de 2017, verificando as contas nota-se que o passivo circulante
teve uma diminuição muito boa, considerando o ano anterior.
Para Marion (2009) “Nem sempre significa perda da capacidade de
pagamento, pode significar uma administração financeira mais rigorosa (o que
é louvável) diante por exemplo, da inflação, do crescimento da empresa etc.”.
Em todos os exercícios analisados o ativo circulante é maior que o
passivo circulante, isto significa que os investimentos no ativo circulante são
suficientes para cobrir as dívidas de curto prazo e ainda ter uma folga, no ano
de 2013 em que o índice foi o mais elevado obteve-se uma folga de 50%.
O índice de liquidez corrente é o mais relevante indicador da situação
financeira da empresa. (MARION, 2009).
Um ponto de vista que colabora paro o redimensionamento da LC, no
sentido de aumenta-la, é o estoque estar avaliado a custo histórico, sendo que
seu valor de mercado está normalmente acima do evidenciado no ativo
circulante. Portanto sob esse enfoque a liquidez corrente será sempre mais
pessimista que a realidade, já que os estoques serão vendidos a valor de
mercado e não de custo. Lembrando que quanto maior for a compra de
estoques a prazo maior será o índice de liquidez corrente. (MARION, 2009).
Além disso, é essencial que compare o índice de liquidez corrente da
empresa com o índice médio do setor em que a empresa atua, se estiver
abaixo da média do setor a administração da empresa deve analisar qual o
motivo para essa diferença em relação ao mercado.

2.2.2 Liquidez Seca

O índice de liquidez seca tem cálculo similar a liquidez corrente, no


entanto analisa a situação financeira da empresa a curto prazo, excluindo os
estoques. Mostrando a capacidade que a empresa tem mesmo sem o giro do
estoque.
Esse índice é um teste de força aplicado a empresa, onde mede o grau
de excelência da sua condição financeira. (MATARAZZO, 2010).
Os estoques são abatidos do ativo circulante em virtude de serem os
ativos menos líquidos da empresa, sendo mais vulnerável a perda no caso de
liquidação da organização, neste caso é interessante examinar qual a
possibilidade de a empresa liquidar suas obrigações de curto prazo sem
depender da venda dos estoques.
Para Marion (2009) “Nem sempre um índice de liquidez seca baixo é
sintoma de situação financeira apertada”.
A fórmula da liquidez corrente é apresentada como segue:

Fonte: MARTIN, C. P., 2019.

Os estoques são uma conta de peso no ativo; no entanto se a empresa


manter grandes estoques, mas não conseguir vendê-los poderá ter problemas
de endividamento. O pior resultado do índice de liquidez seca foi no ano de
2017, ano em que o estoque estava um dos mais alto que nos outros anos
analisados.
Analisando os resultados obtidos neste índice, verifica-se que de 2013 a
2015 a empresa estava acima de 1,00 e isso voltou a se repetir apenas em
2018; assim sendo, nesses anos a empresa teve a capacidade de liquidar as
dívidas de curto prazo, mesmo sem o giro do estoque.
Já no ano de 2016 e 2017 ficou abaixo de 1,00, ficando evidente que a
empresa não tinha disponibilidade para liquidar as dívidas, começando a
depender do giro do estoque para quitar obrigações assumidas com terceiros;
para melhor análise da Liquidez Seca deve haver comparações com índices do
mesmo ramo de atividade.
O índice de liquidez seca é bastante conservador pois elimina uma fonte
de incertezas; o banqueiro aprecia esse índice, porque se eliminam os
estoques, que é o item mais manipulável no balanço, pode tornar-se obsoleto a
qualquer momento e, às vezes, são itens perecíveis.

2.2.3 Liquidez Imediata


O índice de liquidez imediata é obtido pela razão entre as
disponibilidades da empresa e o seu passivo circulante, compara os valores
disponíveis em dinheiro imediatamente com as obrigações de curto prazo.
A liquidez imediata revela quanto se tem de disponibilidade para quitar
dívidas de curto prazo; normalmente se tem índices baixos, pelo pouco
interesse das empresas em manter recursos em caixa, como se confirma na
Tabela 3.
O cálculo da Liquidez Imediata se dá por meio da fórmula:
Liquidez Imediata = Disponibilidade / Passivo Circulante
Fonte: MARTIN, C. P., 2019.

Na liquidez imediata pode-se verificar que houve uma queda do índice,


mas sempre abaixo de 1,00; resultados baixos, mas dentro da média que se
espera para este indicador; afinal nenhuma empresa mantém muito dinheiro
em seu caixa para saldar obrigações.
Considerando a Tabela 3 nota-se que o passivo circulante está cada vez
maior, e verificando no balanço patrimonial da empresa analisada, comprova-
se que a conta empréstimos e financiamentos e de fornecedores só vem
aumentando consideravelmente a cada ano.
O índice de liquidez imediata é muito volátil e está sujeito à inúmeras
mudanças, já que os disponíveis são os mais fáceis de se movimentar, um
índice de liquidez imediata elevado não significa necessariamente que a
empresa tem um bom controle; ter muito dinheiro em caixa pode ser prejudicial
no caso de alta inflação.
Esse índice é considerado quanto maior melhor; no entanto, se a maior
parte das disponibilidades estiver destinado na conta caixa e equivalentes de
caixa, esse valor estará sujeito à desvalorização, além de perder uma possível
rentabilidade que uma aplicação poderia trazer.

2.2.4 Liquidez Geral

A liquidez geral indica a capacidade de pagamento a curto e longo


prazo. Segundo Matarrazo (2010) “quanto a empresa possui de ativo circulante
e realizável a longo prazo para cada $ 1,00 de dívida total”.
“O índice de liquidez geral é obtido pela razão entre o ativo circulante
mais o realizável a longo prazo e o seu passivo circulante somado ao passível
exigível ao longo prazo.” (SANTOS, 2006).
Esse índice apresenta muitas dificuldades na avaliação, pois não há um
parâmetro referencial. A grande dificuldade de analisá-lo está no fato de que
ele soma no denominador e no numerador itens de mesma natureza, porém
diferentes na realização. Isso se deve a parcela de longo prazo uma vez que a
contabilidade classifica como longo prazo tudo que excede a um ano da data
do balanço. (PADOVEZE, 2010).
A Liquidez Geral é calculada por meio da fórmula:

Liquidez Geral = Ativo Circulante + RLP / Passivo Circulante + ELP

Fonte: MARTIN, C. P., 2019.

Observa-se na Tabela 4 o único ano em que o resultado ficou acima de


1,00 foi em 2012 ano em que chegou a 1,01; os resultados obtidos de 2013 a
2018, apresentam índices se 2013 a 2018 abaixo de $ 1,00. Isso quer dizer que
para cada $1,00 de dívida tem-se 0,85, 0,81, 0,82, 0,79, 0,61, e 0,63
respectivamente para liquidar suas dívidas de longo prazo. Isso mostra a
incapacidade de a empresa honrar os compromissos assumidos perante a
terceiros, e enfatizando que as dívidas de curto e longo prazo são superiores
aos investimentos da empresa nos anos analisados.
Como os demais índices, a liquidez geral não deve ser analisada
separadamente; pode ser que num ano a empresa adquira um vultuoso
financiamento, investindo-o totalmente em seu ativo permanente, reduza
sensivelmente sua liquidez geral, o que aumentará consideravelmente o
exigível a longo prazo. (MARION, 2009).
No caso da empresa Natura S.A, analisando a conta empréstimos e
financiamentos no balanço patrimonial, no ano em que a liquidez geral foi a
mais baixa (2017) a referida conta estava em 4.076.669 (em milhares de reais
– R$).

2.3 Responsabilidade socioambiental.

A observação das questões relacionadas à postura responsável por


meio das perspectivas sociais e ambientais apresenta-se como uma das
preocupações centrais para as organizações que almejam crescer em
harmonia com a sociedade e a natureza (ASHLEY, 2005).
A Natura - uma multinacional brasileira de cosméticos e produtos de
higiene e beleza, fundada em 1969 - é uma empresa de grande porte que se
preocupa com o meio ambiente e procura reduzir seu consumo de energia,
água, produtos tóxicos e matéria-prima.
Para a avaliação do desempenho social e ambiental, a Empresa Natura
Cosméticos S.A adota os modelos preconizados pelo Instituto Ethos de
Empresas e Responsabilidade Social e pela Global Reporting Initiative (GRI). O
Instituto Ethos, fundado em 1998, tem como objetivo mobilizar e apoiar
empresas a conduzirem seus negócios de forma socialmente responsável. A
GRI, criada em 1997, é produto do esforço de instituições multilaterais para
desenvolver uma estrutura de relatórios espontâneos sobre o impacto
econômico, social e ambiental das atividades de empresas. A Natura integra o
Structured Feedback Group, fórum de 30 grandes corporações internacionais
que adotaram o modelo GRI em seus relatórios e é a única empresa brasileira,
reconhecida pela GRI, a adotar integralmente o seu modelo.
No quesito sustentabilidade a Natura é uma das pioneiras no País, utiliza
em muitos dos seus produtos diversos recursos naturais como matéria prima,
ela também assume a responsabilidade de estar sempre gerenciando o
impacto de seus processos no meio ambiente, identificando riscos, capacitando
seus colaboradores, realizando auditoria e implantando projetos em
comunidades que ficam em áreas exploradas pela empresa.
Seffert (2005) destaca que fatores como a competitividade, as pressões
dos agentes externos às organizações e a preocupação com a imagem da
empresa como ecologicamente correta, apresentam-se como algumas
variáveis relevantes para que uma organização adote práticas direcionadas à
responsabilidade ambiental.
É imprescindível hoje que uma organização que queira conquistar um
espaço relevante no cenário econômico-financeiro tenha como objetivo buscar
cada vez mais a conscientização, no que tange aos impactos/ reflexos de suas
atividades no aspecto ambiental.

2.3.1 Reutilização dos resíduos gerados.

Em 1983, em uma iniciativa inovadora e pioneira passamos a oferecer


produtos com opção de refil, cuja massa média é 54% menor que a da
embalagem regular. Com esta decisão, desde então foi deixado de colocar no
mercado 2,2 mil toneladas de embalagens. Ao engajar consultores na venda
dos refis, o consumo consciente dos recursos aumentou, este foi considerado
um dos principais vetores de inovação do uso sustentável da biodiversidade,
com a criação e o desenvolvimento de novos produtos utilizando espécies
nativas e exóticas, com o uso de modelos ecológicos de produção vegetal, com
o programa de certificação de insumos e em parceria com outras empresas e
clientes.
Esta empresa emprega três itens fundamentais em relação à Logística
Reversa, que trazem um diferencial para a própria instituição, isto é, reduzir,
reutilizar e reciclar, cada item tem sua importância de atuação na organização,
para entendermos melhor, é necessário que se entenda que a atividade de
redução de refil é feito de um material diferente da embalagem regular. Este
material utiliza menos matéria prima para ser produzido que a embalagem
regular, ou seja, exige menos recursos da natureza para ser fabricado e gera
menos resíduo depois de descartado, já na reutilização, o refil proporciona a
reutilização da embalagem regular do produto. Existem muitas embalagens e
materiais que podem ser reaproveitados, evitando gastos e desperdícios, e no
processo de reciclagem, o plástico usado no refil é reciclável e pode se
transformar em novos produtos. Por isso, é tão importante separarmos o lixo
em casa e garantir que ele seja recolhido da forma correta.
Mudar não significa para as empresas dizerem que estão usando papel
reciclado para ajudar o planeta, ou que estão fazendo campanhas em prol do
meio ambiente, mudar significa mais que isso, é adaptar seus produtos a um
mercado consumidor cada vez mais exigente e mais preocupado com o meio
ambiente, é deixar um pouco de lado a preocupação unicamente com o lucro e
passar a ter uma visão sustentável.

2.4 Analise salarial de três anos da empresa Natura.

Com relação à remuneração, a Natura Considera sua média salarial


adequada ao mercado. “Os salários são definidos com base em pesquisas
referenciais no mercado geral, em empresas nacionais ou multinacionais
brasileiras e em companhias listadas em Bolsa de Valores ou que possuem
práticas de Recursos Humanos similares a da empresa segundo seu relatório
de sustentabilidade” (GAEDICKE, 2013)
Em 2012, os acordos coletivos representaram um aumento de 8% para
os colaboradores dos públicos operacional e administrativo. Já o público
gerencial teve uma parcela fixa incorporada ao seu salário base. (GAEDICKE,
2013)
As variações entre salários do público feminino e masculino acontecem,
exclusivamente, em função da distribuição dos salários dentro da estrutura da
Natura. Quando comparado individualmente cada grupo salarial, não se
identificam diferenças significativas entre os salários de homens e mulheres.
Porém observa-se que tem mais homens do que mulheres ocupando os cargos
de grupo salariais mais altos (Quadro X) (GAEDICKE, 2013).

2010 2011 2012


Setor
Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres Homens
Produção R$ 1.202,00 R$ 1.428,00 R$ 1.336,00 R$ 1.700,00 R$ 1.506,00 R$ 1.921,00
Administração R$ 6.190,00 R$ 4.746,00 R$ 6.894,00 R$ 5.146,00 R$ 6.350,00 R$ 5.494,00
Gerência R$ 13.351,00 R$ 13.972,00 R$ 13.405,00 R$ 14.415,00 R$ 13.703,00 R$ 14.780,00
Diretoria R$ 37.196,00 R$ 45.919,00 R$ 37.049,00 R$ 44.592,00 R$ 38.965,00 R$ 45.114,00
Quadro X: Perfil dos salários femininos e masculinos – Média Mensal.
Fonte: Adaptado de Relatório de Sustentabilidade Natura 2012.

Como se pode verificar, os homens possuem uma média salarial mais


elevada em relação às mulheres, por outro lado, a Natura conta com um
quadro de funcionários onde 64% dele é composto por mulheres e apenas 36%
por homens. Apesar disso os cargos de gestores seniores ainda são ocupados
em sua maioria por homens (GAEDICKE, 2013).
Neste contexto deve-se prestar atenção na equiparação salarial.
Conforme o Art. 461 da CLT o funcionário exercendo a mesma função com
trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, sem distinção de sexo
ou nacionalidade e até mesmo idade, a remuneração deve ser igual a todos os
empregados (GAEDICKE, 2013).

4. CONCLUSÃO
Contudo podemos concluir que a Natura é responsável pelo
desenvolvimento, implantação e manutenção do acervo de produtos da
concorrência nacional e internacional, o que significa que tem ampla
potencialidade em criação e manipulação nessa área, uma vez que é pautada
no projeto da P+L (Produção mais Limpa).
Sobre a base da empresa estudada, a qual foi mencionada acima, temos
inserido em seu conteúdo as principais estratégias de empreendimentos, são
elas: a estratégia econômica, ambiental, e tecnológica, onde uma possibilita a
outra, ter mais desenvolvimento e rendimento.
Outro conceito formado ao estudar a empresa, é ver que seu marketing
ambiental, vem fechando e trazendo de forma clara todo o processo feito desde
a produção, até o processo industrial e distribuição. Essa forma de abordagem,
aumenta gradativamente o grau de competitividade no mercado, uma vez que
a perspectiva socioambiental hoje no país, é completamente evoluída.
Portanto, podemos dizer que a empresa Natura, tem uma consciência
produtiva e empreendedora diferenciada, o que faz ela ascender no mercado e
ter visibilidade no mundo.
REFERÊNCIAS

ASHLEY, P. A. (coord.). Ética e Responsabilidade Social nos Negócios. 2ª


ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

GAEDICKE, J. L.; A edificação das práticas contábeis adotadas no


departamento de recursos humanos nos demonstrativos: um estudo da
empresa Natura. Trabalho de conclusão de curso - curso de bacharelado em
ciências contábeis. Universidade de Passo Fundo – UPF, Carazinho, 71 f.
2013.

MARTIN, C. P.; A ANÁLISE DOS ÍNDICES DE LIQUIDEZ NA EMPRESA


NATURA COSMÉTICOS S.A DE 2012 A 2018. Trabalho de Graduação,
apresentado à Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia
da Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD. Dourados, 42 f. 2019.

MATARAZZO, Dante Carmine. Análise financeira de balanços: abordagem


gerencial. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanços: abordagem básica


e gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis:


Contabilidade Empresarial / 5. ed. – São Paulo: Atlas, 2009.

PADOVEZE, C. L.; BENEDICTO, G. C. Análise das demonstrações


financeiras. 3. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2010.

SANTOS, José Luiz dos. Fundamentos de análise das demonstrações


contábeis. São Paulo: Atlas, 2006

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