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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARÁ – UEPA

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO


CURSO DE SECRETARIADO EXECUTIVO TRILÍNGUE

LIDIANE FERREIRA DE ALBUQUERQUE

SÍNTESE – DAVID HUME

BELÉM – PA
2022
LIDIANE FERREIRA DE ALBUQUERQUE

SÍNTESE – DAVID HUME

Trabalho avaliativo apresentado à


disciplina de Filosofia e Ética do curso de
Secretariado Executivo Trilíngue da
Universidade Estadual do Pará - UEPA.

Professor: Luciano Coutinho dos Santos.

BELÉM – PA
2022
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1. SÍTESE – DAVID HUME

David Hume foi um filósofo e historiador escocês, e um dos filósofos mais


influentes do período moderno. Ele escreveu as seguintes obras: “Tratado da
Natureza Humana (1739)”; “Ensaios Morais Políticos e Literários (2 vols., 1741-
1742); “Investigação sobre o Entendimento Humano (1748)”; “Investigação sobre os
Princípios da Moral (1751); “Diálogos sobre a religião natural”.
David Hume segue a uma linha de raciocínio muito próxima a de Francis
Bacon, John Locke e George Berkeley, porém possuem divergências nos seus
pensamentos. A linha de raciocínio comum a esses filósofos é conhecida como
Empirismo, que afirma que o conhecimento é fundado na percepção sensorial que a
mente humana recebe passivamente. Porém, enquanto Locke e Berkeley
concordam que o conhecimento humano tem a capacidade de transcender a
experiência do sentido, David Hume acredita que o conhecimento humano fica
limitado apenas à experiência sensorial e que, por conta disto, mostra um empirismo
mais consistente, conforme o próprio acredita e afirma.
Hume se opõe as ideias racionalistas de René Descartes, que acreditava no
conceito de ideias inatas. Para Descartes, ideias inatas são ideias que já nascemos
com ela, já Hume afirma que se aprende vivendo, e que não existem ideias inatas.
Uma frase muito interessante que explica essa busca pelo conhecimento
através do método empírico é “O hábito é o grande guia da vida humana.”, ou seja, é
o hábito que te faz viver, é o hábito que te faz viver. Portanto, Hume é um filósofo
que opõe as experiências às ideias. Ele fala que existem impressões e existem
ideias. Segundo ele, as impressões são os pontos que fazem a gente sentir, que faz
a gente viver mais, e as ideias são pontos que fazem a gente lembrar das
impressões.
David Hume pode ser considerado um filósofo empirista radical, porque os
dados que ele consegue trazer são os dados da impressão, o dado sensorial, o dado
da vivência, e não o dado da razão, o dado da ideia, que é o dado da lembrança.
Dessa forma, Hume valoriza muito mais a vivência do que a metafísica, ou seja, tudo
aquilo que não se pode ver e nem sentir não tem grande importância para ele.
Dessa forma, segundo Hume, a razão não é o guia da vida humana, mas sim o
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cotidiano, a vida, a relação com a vivência e a experiência de cada indivíduo. Por


conta disto, Hume gosta de usar o exemplo do nascer do sol, que mostra bem essa
relação entre a razão e a ideia. Por exemplo: todos os dias o sol nasce no Leste e se
põe no Oeste, e todos os dias podemos sentir essa experiência dos raios solares
batendo em cada um de nós. Portanto logo se pode chegar à conclusão de que
todos os dias podemos acordar mais cedo para sentir os raios solares novamente.
Porém o que se tem e que nos faz acordar mais cedo não é necessariamente a
impressão, mas sim a ideia porque se já vimos o sol nascendo todos os dias por
muito e muito tempo, nós podemos chegar a uma ideia de que ele vai chegar mais
vezes pelos próximos dias. Porém, para Hume isso ainda se trata de um ideia, e que
não podemos confiar nas ideias, porque as ideias são apenas representação das
experiências, e, portanto, só podemos realmente saber que o sol irá nascer no
próximo dia realmente se de fato pela manhã sentirmos e vermos ele nascendo mais
uma vez.
Por conta disto, David Hume se opõe as ideias de Francis Bacon, porque
Bacon, mesmo sendo também um filósofo empirista, ele usava um método empírico
indutivo, que basicamente se resume a fazer experiências para chegar a
comprovações.

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