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RESUMO
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Enquanto o serviço itinerante é uma modalidade recente de ensino e
ainda pouco estudada no Brasil. Pesquisas mostram que os professores
itinerantes podem atuar como agentes de transformação escolar, na medida
em que o seu trabalho fomenta, em graus variados, uma mobilização coletiva
pró-inclusão.
Além disso, desempenha diversas funções nas escolas, não se
restringindo apenas às tarefas que lhe cabem formalmente, como o
atendimento a alunos especiais em classe regular e o suporte aos seus
professores. Na prática, os professores itinerantes atuam como agentes de
mediação, sensibilização e mobilização pró-inclusão junto a todos os membros
— diretores, coordenadores pedagógicos, professores regulares e demais
funcionários.
O papel desse professor consiste em prestar assessoria às escolas
regulares que possuem alunos com necessidades especiais incluídas, [tendo]
como atribuição a produção de materiais pedagógicos necessários ao trabalho
com estes alunos (SME/IHA/RJ, 1999).
As diretrizes nacionais para a Educação Especial na Educação Básica,
apontam que deve ser um “especialista”. Contudo, o referido documento não
esclarece se a capacitação deve ocorrer antes da entrada na itinerância ou em
serviço (Brasil, MEC/SEESP, 2001). Em muitos casos, independe de sua
formação inicial, exige-se apenas que tenha sido aprovado em concurso
público e faça parte do quadro do magistério do município.
Observa-se a importância atribuída ao trabalho em equipe, não apenas
para a inclusão de alunos com necessidades especiais, mas também para a
prática pedagógica como um todo. Ampliando essa percepção, podemos
afirmar que esse trabalho constitui uma oportunidade para os professores do
ensino regular — enquanto agentes principais da inclusão — construírem
novas possibilidades e estratégias de atuação, reflexão e experimentação.
Já a consultoria colaborativa, segundo Kampwirth (2003), é um processo
no qual um consultor treinado na realidade escolar trabalha de modo igualitário,
em uma relação não hierárquica com os demais membros. A fim de tomar
decisões juntos e realizar planos visando à melhoria do aluno que necessita de
intervenção.
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Diferentemente de outras formas de consultoria, a consultoria
colaborativa visa trabalhar em condições de igualdade entre todos os
membros, somando experiências, buscando soluções, planejando e avaliando
juntos. Nesse sentido, é fundamental o respeito mútuo, o diálogo, o não uso de
jargões, o desejo de aprender com o outro e a disponibilidade para dar e
receber sugestões sem julgamentos e sem defensiva (PALCHES, 2008).