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Resolucao Casos DCI 01 06
Resolucao Casos DCI 01 06
Resolucao Casos DCI 01 06
CASO N.º 1
R: A pastelaria pode não ser uma pessoa colectiva se os donos forem pessoas singulares, os
sujeitos são o António e o Carlos. Os sujeitos da relação jurídica são comerciantes. A lógica
da lei entende que quando um comerciante exerce a sua atividade fá-lo, por forma que os
proveitos da sua atividade para beneficio próprio e da sua família, se o beneficio é para a
família também os bens comuns respondem pela atividade, a esposa pode ou não pertencer
a sociedade. No caso de nada dizer quanto ao regime de casamento aplica-se o regime
supletivo que é a comunhão geral de bens, art. 1716 CC. Quanto a segunda questão, nada
tem a ver com solidariedade passiva, apenas temos que saber se são executados os seus
bens próprios ou se também os bens comuns (art. 1691/1 – d) CC. A solidariedade passiva
pode exigir o cumprimento da obrigação a A ou a C, indiferentemente, no caso dos
cônjuges não vai exigir cumprimento a B, só pode exigir o cumprimento ao A.
Neste caso não há sociedade, pois não há dados neste caso que nos permitam dizer
isso. Há o A em título individual e o C em título individual que alugam um espaço e
passam a exercer uma actividade juntos, podendo ser co- arrendatários do espaço, co-
proprietários das máquinas, nas relações jurídicas que estabeleçam dirigidas a
operacionalidade do estabelecimento comercial estão sempre numa posição paritária, há
muitos sujeitos de direito, neste caso não há um sujeito de direito que seja autónomo face
aos dois sujeitos. Os devedores são A e C, a solidariedade passiva pode o credor escolher
quem quer que lhe pague, até pode pedir aos dois, o credor tem essa opção (art. 100 do
CCM).
Facto jurídico divide-se em facto jurídico e ato jurídico em sentido estrito. Ato
jurídico divide-se em Negocio jurídico e ato jurídico em sentido estrito.
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Um facto jurídico é Todo acontecimento, natural ou humano e suscetível de
produzir efeitos jurídicos. Um facto em sentido amplo é todo aquele em que o direito
associa uma constituição, modificação ou extinção de situações jurídicas.
Para efeitos da limitação para que seja um ato comercial sabemos que tudo aquilo
que seja um acto jurídicos. A árvore que cai em cima de um carro produz efeitos jurídicos
no contexto do contrato de seguro, a seguradora fica obrigada a indemnizar o tomador do
seguro.
O ato que esta em causa é um ato comercial tanto no sentido objectivo como
subjetivo. É um contrato que está preenchido no conceito de ato jurídico, sendo um negócio
jurídico bilateral, preenche o 463/1 do CCM, é praticado por um comerciante a titulo
profissional. Se não aplicássemos a regra do art.º. 2 CCM, sairia a aplicação do art.º. 100
CCM e não tínhamos um regime de solidariedade. Neste caso aplicaríamos o regime da
parcialidade prevista no art.º 513 do CC, podendo exigir metade tanto ao A como ao C.
Sendo que no caso a divida era divisível, art.º534 CC.
Quem é chamado a execução dos bens é A (titular dos bens) como devedor e B
(titular dos bens), sendo que B não é devedora apenas é chamada a ação para se defender.
CASO N.º 2
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de produtos biológicos por si cultivados, que comprem em conjunto uma carrinha para
chegarem às feiras. Assim fizeram. No entanto, Elvira arrepende-se e não quer pagar o
preço acordado. Pode a sociedade Automóveis, SA. demandar apenas David?
R: A compra (da carrinha) não seriam comerciais no âmbito do art.º. 464/2 CCM
(Elvira) e 230 no paragrafo 3 CCM (David). Não sendo a compra uma atividade comercial
não cabe no art. 463/1 CCM, e não sendo um ato comercial não cabe no art. 2/ 1 parte
CCM. No caso da venda, esta foi comercial porque foi praticado por comerciante de acordo
com o art. 13/2 CCM então é um ato subjetivamente comercial nos termos do art. 2/
segunda parte.
As consequências de um acto comercial unilateral aplica-se o art. 99 do CCM, pois
não existe a solidariedade passiva presente no art. 100/ paragrafo único CCM.
O que esta previsto no art. 230 são conjunto de atos que a lei qualifica
expressamente como sendo comerciais, porque são atos que nos termos do art. 2/ 1 parte,
são classificados como objectivamente comerciais, pois é praticado a titulo profissional
pelo David, no entanto houve a exclusão no paragrafo 3 e exclui o número 5 do artigo 230
CCM, visto ele ser fotografo, logo não sendo um ato objectivo comercial, não sendo um ato
comercial (art. 2/ 1 parte CCM) o David não é comerciante. No caso da Elvira também não
é comerciante de acordo com o art.464/2 CCM.
Art. 101 CCM ainda que não seja comerciante será solidário com o respectivo
afiançado, pois divida que esta a ser garantida é relativa a um ato comercial, então a
responsabilidade do fiador será solidaria.
Fora dos casos previstos na lei, no art. 101, no art. 231 CCM, como é para a prática
de atos de comércio assume a natureza comercial e art. 403 CCM quando a divida que é
garantida assume carácter comercial. Estes são casos EX LEGEM e fora destes casos não
podemos dizer que se o ato A é comercial se o ato B é acessório desse então ele também é
comercial.
Primeiro temos que entender o que é ato compreendido e especialmente regulado no
código comercial. O art. 2 do CCM diz que são atos comerciais aqueles que se encontrarem
especialmente regulados neste código, sendo que quando o código foi elaborado havia 1) a
pretensão de que tudo o que fosse ato comercial estaria regulado no código comercial, dai a
perspectiva inocente do legislador de incluir neste código todos os atos comerciais o que na
verdade acabou por assim não ser pois 2) existe legislação extravagante que desenvolveu
um conjunto de regimes que não estavam previstos no Código Comercial, mas também 3)
havia as leis que se afirmam como expressamente comerciais. Para além destes 3 blocos
normativos podemos ainda encontrar atos que são considerados comerciais por
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analogia? Ou seja um ato que é considerado comercial é valorativamente semelhante a
outro sendo então que também ele é comercial? Não! A teoria do acessório é um
raciocínio de analogia, é dizer o ato B sendo acessório do ato A é análogo na razão de ser
da relação e como tal vai ser também em ele uma ato comercial.
Passos a seguir:
Se não estiver, saber se há uma norma análoga (Aplicação na lógica das normas não
2. Se há uma lacuna?
Sim há.
Não, então saber se há uma norma análoga (Aplicação na lógica das normas não (art.
10 do CCivil).
Se não há nenhuma norma análoga, vamos então pela perspectiva do prof. Menezes
Cordeiro, verificando ainda dentro do Direito Comercial.
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6. há algum principio comercial a partir do qual podemos extrair uma norma para
resolver o caso?
Sim. Temos um ato especialmente regulado pelo Direito Comercial como ato Comercial.
Não. Aplicamos o Direito Civil.
Concluindo, no passo 2 o que tínhamos era a aplicação de uma norma comercial por
isso estamos a aplicar analogicamente esta norma a um caso, mas não estamos a aplicar
uma qualificação por analogia. A consequência da aplicação analógica de uma norma a
outro caso pode resultar numa idêntica qualificação, mas isso não quer dizer que possamos
inverter o esquema e em vez de começarmos pela aplicação do direito iremos fazer
aplicações aprioristas e abstratas. As qualificações resultam da aplicação do direito ao caso
concreto e não o contrario. Parte-se de um regime para a aplicação de um conceito.
CASO N.º 3
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Neste contrato temos que distinguir a quem o Frederico esta a comprar o quadro o caso em
si não refere apenas diz numa galeria, desse modo, temos que criar sub hipóteses. Se o
quadro foi comprado ao Pintor (Júlio Resende ) , Galeria de Arte, e antigo Proprietário da
obra que não o pintor( vamos chamar proprietário x).
Não, pois não são considerados atos comerciais as compras de coisas móveis
destinadas a uso ou consumo do comprador ou da sua família, e as revendas futuras que
porventura desses objetos venham a fazer como refere o art 464 2 paragrafo C. Com. E no
momento da compra em que se tem que verificar se o ato e comercial e neste caso ele
comprou para oferecer a mulher por isso enquadra-se na norma referida desse modo fica
excluído expressamente em como não e um ato de comercio Objetivo.
Pois como podemos ver que só são considerados atos objectivamente comerciais
todos aqueles que se acharem especialmente regulados no código Comercial. art 2 1º parte
C. Com.
O F é comerciante?
F não faz da venda de obras de arte sua profissão desse modo não preenche a previsão
normativa do art.13/1do C Com.
No caso do Pintor.
Este é comerciante pois faz da venda de pinturas a sua profissão, mas neste caso
está presente no art 230 3 parágrafo " Não se haverá como compreendido no nº5 o próprio
autor que editar, publicar ou vender as suas obras." que remete para o nº 5 do mesmo artigo.
Desse modo o pintor não é considerado Comerciante.
No caso do Proprietário?
Pode ou não ser comerciante se cumprir com os requisitos do art. 13. (Depende da
opinião se ele faz da venda de quadro forma de vida e isso o prof. não deu uma resposta
temos que dar e uma boa justificação e ver se encaixa os requisitos do art. 13 C Com).
E a galeria de Arte.
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Sim seria comerciante pois aplicávamos o art 13 2 paragrafo pois presumimos que esta e
uma sociedade comercial. Temos neste caso que tomar uma posição e indicar porque
escolhemos o nº 2 pois o mais normal e que a galeria seja uma sociedade comercial.
Este é Comercial
"No direito comercial tem esta especialidade que permite para efeitos analíticos cindir atos
complexo ou seja permite para efeitos analíticos cindir no contrato da compra e venda por
um lado a venda por outro lado a compra e os dois atos que são distintos cindidos para
efeitos analíticos podem ser qualificados autonomamente ou seja a venda pode ser
subjetivamente comercial e a compra e subjetivamente civil, não obstante de serem os dois
qualificados de forma diferente.
Damos um segundo passo em que apesar de a compra não ser comercial aplica-se ao
comprado o regime comercial em virtude do art. 99º C Com. Usando a expressão do
professor Menezes Cordeiro" O comerciante tem o privilégio e a der rogativa de tornar em
comerciante os atos em que entrevem.
Estes são atos mistos no sentido em que objetivamente não e comercial mas pelo
lado subjetivamente por um lado e comercial o por outro não e comercial por isso e misto.
A nível objetivo
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A venda isoladamente não e um ato de comercio pois como referimos anteriormente
aplicando o art. 464/1 CCom a revenda dos objeto que tinham como base a uso ou
consumo do consumidor ou da sua família não são consideradas comerciais.
Agora a compra já é considerada uma ato comercial pois como indica o art. 463/1
CCom e um ato comercial pois foi adquirida com o intuito de a revender.
- Intenção lucrativa
- Autonomia
- Tendencialmente exclusiva
Se ele é comerciante então o ato é comercial com base no art. 2/2 parte CCom.
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processo negocial e vai concorrer com a sua contraparte usando a informação que lhe tinha
sido disponibilizada no processo negocial.
Pode ou não (de acordo com o Prof. Menezes Cordeiro) aplicar o regime de acordo
com o art. 100 do CCom?
Caso 3
Saber se o ato pode ser considerado como objectivo ou não, é discutível, sendo
considerado como ato subjetivamente comercial. Do lado do depositante não é comercial
mas do lado do depositário é um ato comercial e portanto com o art. 99 CCom o regime é
unitário, podendo assim chegar ao art. 403 CCom.
Juros, de acordo com o art. 102 CCom são quase o dobro dos juros civis. Juros
remuneratórios e moratórios. Os juros vencem de 6 em 6 meses, temos que saber quais os
juros atendendo ao respectivo período (Portaria 597/2005) e colocar no Google Aviso de
Juros Comerciais.
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Não é um ato objectivamente comercial pois não esta regulado no Código
Comercial (art. 2/ 1ª parte). O segurança não é comerciante porque não cabe no art.13/1
CCom, porque este artigo prevê 3 requisitos cumulativo:
CASO N.º 4
Vasco, trabalhador dos correios, entra, todos os dias, às 9h00 e sai às 17h00.
Amante de filatelia, decidiu, há algum tempo, montar um pequeno quiosque numa Praça
lisboeta, para se distrair um pouco ao fim do dia, antes de ir ter com a mulher, por volta
das 19h00. Para manter aberto o quiosque todo o dia, Vasco contratou um empregado,
Manuel. Qual a natureza (civil ou comercial) do contrato celebrado?
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- se fazem disto profissão, 4 critérios: 1- escopo lucrativo (a atividade principal
tem fins lucrativos que são divididos pelos sócios – art. 980 em geral a doutrina diz que se
aplica este art. a sociedades comercias, o Prof. Pais Vasconcelos nega esta tendência nas
sociedades anónima, como exemplo a compra das ações dos CTT não faz de mim um
profissional da área), 2 - feito de forma reiterada, 3 - tendencialmente exclusivo (pode ter
outro emprego), 4 - ter autonomia.
Concluindo-se
CASO N.º 5
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Não fazem disso profissão porque: 2 - feito de forma reiterada.
Ato do Matias
No entanto,
Apesar do acto ser comercial o parágrafo único do art. 100 exclui a aplicação de
solidariedade nas obrigações quando uma das partes contratantes é não comercial.
Logo,
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Se seguirmos a interpretação objectivista do Prof. Menezes Cordeiro então não
aplicamos parágrafo único do art. 100.
D.L.62/2013 de 10 de Maio.
J e L não são consumidores, para efeitos deste caso. De acordo com o art. 4/3 a) a
obrigação já se encontra vencida, pois de acordo com este artigo conta-se 30 dias após o
devedor ter recebido a factura que neste caso seria no dia 15 de Setembro, 30 dias corridos
com base no art. 279 do CCivil.
(iii) Em caso de mora, qual a taxa de juro aplicável, sabendo que nada foi
convencionado?
CASO N.º 6
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Loja é um estabelecimento.
Sistemática Interna: quando a aplicação das normas envolvem normas, que apesar de
estarem em sítios diferentes dentro do código civil, têm a mesma solução ou coerentes entre
si. Organiza o direito de uma forma axiologicamente coerente.
Quanto ao caso:
Este é um ato comercial, não obstante estar numa norma que não consta do CCom, é
uma norma comercial, é uma norma que regula o estabelecimento. O estabelecimento é
uma unidade funcional ligada à prática do comércio com direitos e deveres.
Obviamente que, apesar do Francisco não ter aberto a loja, ele já realizou todos os
atos ligados à atividade comercial. Ele adquiriu Livros para revenda, art. 463/1 CCom, logo
praticou um ato de comércio. Mas mesmo que não o tivesse feito ele já tinha feito um
conjunto de atos preparatórios para aquele efeito, logo, aplicar-se-ia a que F era
subjetivamente comerciante.
O Prof. Oliveira Ascensão dizia que era necessário o exercício efetivo, Já o Prof.
Coutinho de Abreu fala em possibilidade de vir a praticar esses atos de comercio e da como
exemplo o contrato de agencia e que nos termos deste tipo de contrato se está obrigado a
praticar um conjunto de atos, a recorrer a determinados contratos por culpa do contrato
principal. Ora mesmo que ele não tenha chegado a promover nenhum contrato secundario,
a partir do momento que celebra o contrato de agência já se considera comerciante para este
efeito.
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Neste caso o ato era objectivamente comercial do ponto de vista do vendedor e do
ponto de vista do comprador também, porque ao adquirir o estabelecimento temos o
primeiro passo para o desenvolvimento de estabelecimento comercial.
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