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PREVIDENCIÁRIA
Amanda Cavalcanti Correia
e Elaine Peixoto
6 NEGOCIAÇÃO
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âmbito da empresa ou das acordantes respectivas relações de trabalho
(BRASIL, 1943).
5. Dissídio Coletivo: Trata-se de uma decisão judicial, que ocorre após inviabilidade
de negociação entre empregadores, empregados ou entre esses e os sindicatos
representativos da atividade econômica, de acordo com art. 616 da CLT.
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http://chcadvocacia.adv.br/blog/dissidio-coletivo/
6. Mesa Redonda: uma condição que poderá ser solicitada pela Superintendência
Regional do Trabalho, que poderá tentar solucionar o conflito entre empregador e
empregados, por seus representantes, mas não tem por fim trazer nenhum tipo de
obrigação na participação e nem na aceitação de um acordo, de fato se busca na mesa-
redonda uma solução pacífica do conflito sem interferência Estatal.
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partes se ajustem e assim formalizem um documento indicando as novas tratativas para
aquela relação;
Deverá ainda entender o que será perdido com a aceitação das condições, e vendo a
inflexibilidade da outra parte, adaptar a sua proposta de modo a ficar mais próximo ao
seu objetivo principal.
Ciente do que poderá ser perdido se deixar de concluir o negócio, é necessário fazer
uma gestão da perda, e assim modificar a proposta ou até mesmo saber a hora de recuar
para que o prejuízo não venha a ser irreparável.
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Deverá ainda analisar se durante a negociação se encontra ou não em vantagem ou em
desvantagem, e apurado isso, se utilizar de suas competências para equilibrar a
negociação ou até mesmo voltar a ter vantagem no negócio.
O tempo também é elemento fundamental, ou seja, ele deverá ser considerado para
que se possa dar uma pausa na negociação e assim continuar após com novas
argumentações. Agora sendo uma demanda urgente, deverá se ater ao que for menos
prejudicial ao objetivo do representado.
Está ligada à capacidade de agir pelo conhecimento com habilidade para se chegar a
indicações de solução de causas e conflitos, para a negociação é importante tendo em
vista a necessidade do negociados de ser um conhecedor do assunto e também deter as
possibilidades de pôr fim ao conflito com suas atitudes e oratória.
6.3.2 Compreensão
6.3.3 Conhecimento
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6.3.4 Flexibilidade
Caberá ao negociador a flexibilidade de trazer novas viabilidades aos pontos que lhe
seriam atraentes a negociação, sendo assim, o negociados compreendendo o objeto,
tendo conhecimento dos detalhes que cercam o objeto terá maiores condições de fazer
concessões e mudanças dos tipos planejados, e, com isso não terão uma perda
significativa e sim indicações mais adaptadas para que o negócio seja concluído e seja
tido como vantajoso a todos os envolvidos. No popular indicamos como sem perda, sem
ganho.
6.3.5 Comunicação
6.3.6 Forma
Pelo art. 611-B da CLT (BRASIL, 1943), todos os incisos indicados ali deverão ser
respeitados e não poderão ser de forma alguma objeto de negociação para fins
trabalhistas, ou seja, não há possibilidade de negociar o valor do salário mínimo de
forma a ser inferior ao decretado pelo governo o que ocorre em regra a partir do dia
primeiro do ano civil.
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Também é importante lembrar-se do art. 7º da Constituição Federal (BRASIL, 1988), que
traz as cláusulas pétreas, as que não poderão ser extintas, e sua negociação em regra
traz processo normativo próprio a qual deverá ser seguido para que se mantenha as
garantias fundamentais ao trabalhador no solo brasileiro.
6.4.1 Procedimento
A negociação tem por fim suprir as lacunas deixadas pela legislação trabalhista vigente,
ele vem como um meio de garantir aos empregados força para negociar junto aos seus
empregados com a finalidade de assim trazer melhores condições de vida e proteção
aos empregados devidos aos riscos aos quais podem estar expostos.
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6.4.2 Formação do dissídio
O dissídio é uma condição legal, que precisa de instauração de ação junto ao judiciário
com a finalidade de que todos os pontos controvertidos e não acordados entre as partes
sejam explanados a fim de colocar ao julgador todos os elementos, para que ele
juntamente com o livre convencimento e aplicação do direito e das normas vigentes
possa garantir a finalização da pendenga de forma a ser justa e de direito aos envolvidos,
prolatando assim uma sentença que deverá ser cumprida pelas partes.
Ela deverá ter sua existência pela representatividade das partes, onde de um lado
empregado e do outro o empregado, porém pelo critério de equilíbrio entre as partes
para a validade da negociação em regra será feita por Sindicatos representantes das
categorias, porém sendo o empregador um dos polos é garantindo ao mesmo o poder
de negociar frente ao Sindicato representativo da categoria profissional.
A sua validade somente poderá ser questionada se assim for expressamente proibida
por lei.
A sua validade deverá seguir o prazo não superior a 2 anos, com base no que descreve
CLT no art. 616, passado esse tempo, a negociação perderá a validade para o direito do
trabalho.
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6.4.5 Níveis de negociação
É importante lembrar que onde tem Sindicato representativo não caberá competência
da Confederação e da Federação em negociar, é uma condição ligada ao respeito da
base territorial ao também pela melhor aplicação tendo em vista que quanto menor o
campo de visão melhor são os resultados para se ter uma negociação adequada as
condições da região e até mesmo a cultura e custo de vida.
Deverá ser formalizado por escrito e conterá prazo de validade que não poderá ser
superior a dois anos, não podendo tratar de matéria que seja indicada nos incisos do
art. 611-B da CLT, ou seja, poderá a negociação tratar sobre matérias já não indicadas
como solucionadas por lei.
Ainda é importante lembrar que a negociação Sindical, será sempre aplicada a todos os
representados por aquela categoria, quer tenham ou não contribuído a instituição, não
sendo devida a distinção, tendo em vista se tratar de um direito Constitucional com base
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no art. 7º da Constituição Federal, porém aquele que não contribuir para a categoria
sindical não poderá fazer uso dos programas, convênios e demais benefícios oferecidos
pelo próprio Sindicato, e que não constam da convenção coletiva.
A negociação sindical é elemento de suma importância para que possamos ver surgir
novas condições sociais, equilíbrio na relação empregado e empregador e um sendo de
justiça pela distribuição da renda e criação da proteção do trabalhador frente ao seu
empregador que já nasce no vínculo com o poder de submeter o empregado a suas
ordens pela sua necessidade de se manter ativo por uma questão de se manter e a seus
familiares com dignidade e o poder de compra.
REFERÊNCIAS
GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Curso de Direito do Trabalho. 9. ed. rev. atual. e ampl.
Rio de Janeiro: Forense, 2015.
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