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É o período de tempo que não poderá ser superior à jornada de 8h diárias e 44h
semanais.
Jornada Normal/Comum
Considerada a jornada contratada para trabalho por 8h por dia e 44h semanais, o que
totaliza a famosa carga mensal de 220h, porém ressalta-se que não existe lei que traga
carga mensal, ele é apenas um indicativo por proporção. Sendo assim, se obtém as
220h mensais, pela multiplicação das 44h semanais por 5 semanas.
A distribuição dessa jornada ficará a critério da empresa que não poderá fazer
contratação com período superior ao de 8h por dia e 44h semanais, seguindo como
sugestão as seguintes divisões:
Exemplo 1:
Exemplo 2:
Jornada Reduzida
Toda contratação com jornada inferior a 44h semanais, é assim considerada jornada
reduzida, sendo assim, poderá o empregador conforme contrato assinado entre ele e o
empregado determinar qualquer tipo de jornada, que seja inferior a 44h na semana,
mas não superior a 8h por dia, como uma contratação por jornada reduzida.
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A determinação se dá em contrato o qual indicamos que seja escrito.
Jornada Parcial
Descrita pelo artigo 58-A da CLT, trata-se de uma jornada não superior a 30h semanais,
a qual deverá ser determinada por escrito mediante contrato e indicada por sua
excepcionalidade na CTPS nas partes de anotações gerais.
Temos duas possibilidades de contratação por essa modalidade, jornada por tempo
parcial, e a principal diferença entre elas é a possibilidade de realização de horas
extras, sendo assim, segue as indicações:
Jornada 12x36
Definida legalmente pela Reforma Trabalho, com base no art. 59-A da CLT, trata-se de
jornada por 12 horas trabalhadas e 36 horas de descanso, sendo assim, considerado
para fins de entendimento do nosso judiciário, que se trata de uma jornada que
atende a média de 180h mensais.
Essa jornada, quanto ao intervalo tem um detalhe especial, onde caberá a empresa
conceder ou não o período, porém optando por não conceder o intervalo o mesmo
deverá ser indenizado.
Tempo a Disposição
Sobreaviso
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É o período de espera, não superior a 24h por semana (entendimento doutrinário),
onde o empregado fora do estabelecimento da empresa, e mediante acordo escrito de
sobreaviso, ficará aguardando ordens.
Durante esse período ele será remunerado pelas horas que ficar em espera/alerta por
1/3 do valor hora, e quando chamado para execução da atividade será pago como hora
extra.
Prontidão
Com definição no § 3º do art. 244 CLT, trata de trabalhadores em linha férrea, que
ficam na estrada por um período não superior a 12h por semana, aguardando ordens.
Durante esse período receberá 2/3 do valor hora. Jornada Flexível.
3.2 Acordos
São acordos que envolvem acréscimo de jornada, redução de jornada para acréscimo
em outro dia, bem como condições que tratam de período de descanso e suas
possíveis alterações.
Tipos
Deverá ser formalizado por escrito entre empregado e empregador e sua disposição
será definida pelo art. 59 da CLT.
Quando o sábado for compensado, não poderá ser realizada hora extra/acordo de
prorrogação de horas no sábado visto que isso caracteriza descumprimento do acordo
de compensação de horas, que definiu como garantia o sábado como descanso/livre
pela execução das horas do sábado na semana, em acréscimo à jornada contratada.
Acordo de Compensação
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Trata-se de acordo escrito que determinará a exclusão da jornada contratada para
acréscimo, sem alteração da carga semanal contratada, em outro dia.
Sua previsão encontra amparo no art. 59, §2º da CLT, e é essa troca das horas de um
dia, para acréscimo no outro, dentro da jornada contratada, para que assim o
empregado tenha mais dias de folga.
Exemplo 1:
Exemplo 2:
Somente será possível o trabalho em dia de feriado para compensação/troca por outro
dia para descanso se houver autorização por acordo ou convenção coletiva com o
Sindicato. Não havendo Sindicato na região, a indicação é que o acordo seja realizado
entre a empresa e a Confederação. Não existindo na localidade Confederação, deverá
ser formalizado com a Federação, na ausência, poderá ser formalizado com a
Superintendência Regional do Trabalho.
Simultaneidade de Acordos
Toda vez que o mesmo empregador, frente ao mesmo empregado quiser formalizar
acordo de compensação e prorrogação de horas, deverá observar o limite de 2 horas
por dia a mais na jornada, computando o período de tratado na compensação e na
prorrogação. Segue exemplo:
Exemplo 1:
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Exemplo 2:
Não existe previsão legal sobre a possibilidade dos trabalhadores contratados nesta
modalidade de jornada, realizarem horas extras ou formalizarem acordo de
compensação, isto porque já estão em condições de jornada acima das garantidas pela
legislação vigente, ou seja, o art. 7 da Constituição Federal determina que a jornada de
trabalho não possa ser superior às 8h por dia e 44h por semana, e condição da jornada
de 12x36 já ultrapassa em 4h o limite diário.
3.3 Alterações
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Toda e qualquer alteração contratual é válida desde que esteja de acordo empregado
e empregador, devendo ser formalizado por acordo escrito e com assinatura de
ambos, lembrando sempre que qualquer alteração contratual não poderá, ainda que o
empregado esteja de acordo, ser formalizada e validada se houver prejuízo ao
empregado, por conta do que disciplina o art. 468 da CLT.
Trata-se de uma substituição do pagamento das horas extras realizadas dentro do mês
para futura compensação/troca por período de descanso no futuro. Ou seja, o Banco
de horas é uma troca de pagamento por descanso em breves linhas.
Tipos
Com a reforma trabalhista, hoje temos a inclusão de dois novos tipos de banco de
horas, sendo eles:
1. Banco de horas, com vigência no mês
Instituído pelo art. 59, §6º da CLT, é determinada a sua existência tanto escrita como
verbal, e desde que, o empregado compense as horas feitas além da jornada em um
dia por diminuição na carga horária de outro dia, só que dentro do mesmo mês.
Exemplo:
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Empregado com jornada de 8h por dia de segunda a sexta-feira, realizou 2 horas extras
por dia na primeira semana de janeiro de um determinado ano, porém seu
empregador combinou verbalmente com o mesmo, que essas 10h realizadas na
primeira semana seriam convertidas em descanso na sexta-feira da segunda semana
de janeiro e diminuição da carga horária na segunda-feira da terceira semana, a qual
entraria 2h horas mais tarde. Essa indicação é possível desde 11.11.2017, por conta da
inserção da possibilidade pela reforma trabalhista pela lei 13.467/2017, no art. 59, §6º
da CLT.
Essa condição também foi incluída pela reforma trabalhista, tratando-se de um acordo
escrito e individual entre empregado e empregador, sem a participação do Sindicato,
para formalização do Banco de horas, que não terá vigência superior a 6 meses, sendo
assim, a empresa poderá dentro do período de 6 meses fazer o acúmulo das horas
extras realizadas em um banco para que o empregado dentro do mesmo período
venha a descansar ao invés de receber como hora extra o valor.
Não houve modificação na sua forma com a reforma trabalhista, sendo o mesmo
tratado pelo art. 59, §2º da CLT, e ao qual para ter vigência precisa de acordo ou
convenção coletiva com o Sindicato. Sendo assim, as horas extras realizadas dentro do
período de até 1 ano, deverão ser convertidas em descanso dentro desse mesmo
período conforme indicações e condições expressas no documento coletivo.
Banco Negativo
Pelo nosso judiciário essa prática é considerada irregular, visto que traz prejuízo ao
empregado que não terá controle de quanto poderá ser descontando visto o acúmulo
de horas negativas que possa ter.
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Sobra do Banco de Horas
Quando houver crédito no banco de horas e o mesmo estiver no fim da sua vigência a
sobra será convertida e paga como hora extra ao empregado no mês seguinte a esta
finalização de vigência.
É importante sempre ressaltar que a existência e controle das aplicações dos direitos e
deveres aos empregados também devem seguir o que disciplina a convenção coletiva,
até por força do art. 611-A da CLT, a qual determina a esses documentos coletivos
força superior a norma quando for para trazer benefício ao empregado.
Fiscalização
Obrigatoriedade
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do empregador, sendo assim, um empregador com menos de 10 empregados não está
obrigado por lei ao controle de jornada, mas frente a uma reclamatória trabalhista
poderá ter problemas se não conseguir provar que o empregador não realizou horas
extras e se tornar devedor das mesmas.
Tipos de Marcação
Pelo art. 74 da CLT e por escolha do empregador ele poderá optar pelo controle de
ponto manual, mecânico, eletrônico ou até mesmo ter um misto desses dentro do seu
estabelecimento, sendo garantido a ele o direito de escolha da forma ou até mesmo
da aplicação delas.
Marcação Manual
Quando a marcação é feita de próprio punho pelo empregado que irá fazer a anotação
de seu horário de entrada, saída e período de intervalo, ao qual também poderá ser
pré-assinalado.
Marcação Eletrônica
Tipo de marcação a qual deverá ser estipulada pelo uso de equipamento eletrônico,
com os critérios e garantias da Portaria 1.510/2009 do MTE .
Marcação Mecânica
Papeleta Externa
Utilizada pelo profissional que tem execução do seu trabalho externo, é uma espécie
de controle manual de ponto que será anotado pelo empregado de próprio punho,
porém ficará de sua posse até que seja preenchido ou solicitado pela empresa para
fazer a apuração da jornada e devido pagamento.
Intervalo
Exemplo: contratação do empregado para trabalhar 8h por dia e 40h semanais, neste
caso, poderia estabelecer uma jornada com início das 8h da manhã e fim às 17h, o que
totaliza 8h por dia de trabalho e 1h de intervalo para alimentação e descanso.
Nota: não existe, por lei, consideração sobre quando o intervalo deverá ocorrer na
jornada, mas o entendimento é que ele não poderá ficar nem muito próximo ao fim ou
início da jornada, sendo preferencial que ocorra no meio da jornada para que não seja
perdida a sua finalidade.
Redução de Intervalo
Pelo artigo 611-A, III da CLT, que foi inserido pela reforma trabalhista, a redução do
horário de intervalo para um mínimo de 30 minutos só é possível mediante
autorização do Sindicato, por intermédio de acordo ou convenção coletiva.
Interjornada
Compreende o lapso temporal entre o fim de uma jornada e o início de outra, que não
poderá ser inferior a 11h para assim garantir o descanso do empregado frente ao seu
vínculo junto aquele empregador.
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Referências
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas
organizações. 4ª ed. São Paulo: Manole, 2014.
DESSLER, Gary. Administração de Recursos Humanos. 2ª ed. São Paulo: Prentice Hall,
2003.
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