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CONTRATO DE EXPERIÊNCIA

 
O contrato de experiência é uma
modalidade do contrato por prazo determinado cuja finalidade é a de verificar
se o empregado tem
aptidão para exercer a função para a qual foi contratado.
 
Da mesma forma que o empregador, o empregado, na
vigência do referido contrato, terá o respectivo período para adaptar-se à
estrutura hierárquica
do empregador, bem como às normas e condições de trabalho a que está subordinado.
 
DURAÇÃO
 
Conforme determina o
artigo 445, parágrafo único da CLT, o contrato de experiência não poderá exceder 90 dias, consoante o
disposto na Súmula 188 do TST.
 
PRORROGAÇÃO
 
O artigo 451 da CLT determina que
o contrato de experiência só poderá sofrer uma única prorrogação, sob pena de
ser considerado
contrato por prazo indeterminado.
 
Desta forma, temos que o contrato
de experiência não poderá ultrapassar 90 dias, e nem sofrer mais de uma
prorrogação.
 
Exemplo 1
 
Contrato de experiência de 90
dias.
 
Empregado admitido em 08.02.2020 com contrato de experiência
firmado por 30 dias, e prorrogado posteriormente por mais 60
dias.
 
Início do
contrato Término
30 dias Início da
prorrogação
de mais 60 dias Término
do Contrato
08.02.2020 09.03.2020 10.03.2020 08.05.2020
 
 
Exemplo 2
 
Contrato de experiência de 45
dias.
 
Empregado admitido em 19.11.2020
com contrato de experiência de 30 dias, prorrogados por mais 15 dias.
 
Início do
contrato Término
30 dias Início da
prorrogação Término do Contrato
19.11.2020 18.12.2020 19.12.2020 02.01.2021
 
A prorrogação do contrato de
experiência deverá ser expressa, não podendo ficar contida na subjetividade do
empregador.
 
Nota: A falta do contrato ou da cláusula de prorrogação do contrato de experiência, bem como a falta de assinatura do empregado
neste, caracteriza a continuidade do
contrato por tempo indeterminado a contar do término do primeiro período, sendo
devidas (em caso de demissão) todas as verbas rescisórias decorrentes da ruptura de contrato de trabalho respectivo,
conforme
jurisprudência abaixo.
 
SUCESSÃO DE NOVO
CONTRATO
 
Para celebração de novo contrato de experiência, deve-se aguardar um prazo de 6 meses, no mínimo, sob pena do contrato ser
considerado por tempo indeterminado, nos termos do
art. 452 da CLT, salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços
especializados ou da realização de certos acontecimentos.
 
O novo contrato justifica-se
somente para nova função, uma vez que não há coerência alguma em se testar o
desempenho da
mesma pessoa na mesma função antes já avaliada.
 
CUIDADOS QUE DEVEM
SER TOMADOS - REGIME DE COMPENSAÇÃO
 
Na realização do trabalho o empregador poderá estabelecer jornada de trabalho mediante
acordo de compensação de horas, ou seja,
acrescer a jornada de determinados dias em função de outro suprimido, sem que essas horas sejam configuradas como horas extras.
 
a) Contrato de experiência que
termina na sexta-feira, sendo que a empresa trabalha em regime de compensação
dos sábados: 

A empresa que trabalha em regime de compensação deve pagar na semana do término do contrato de experiência, as horas
trabalhadas para a compensação do sábado como extras, ou dispensar o empregado do cumprimento da referida compensação
durante a última semana;
A compensação do sábado fará
com que o contrato de experiência se transforme em contrato por prazo
indeterminado.
 
b) Contrato de experiência que termina
no sábado:

O contrato de experiência que


termina no sábado não dá direito ao empregado de receber o domingo, pois desta
forma passa
a ser contado como de prazo indeterminado.
 
c) Contrato de experiência que
termina em dia que não há expediente:

Quando o término do contrato de


experiência ocorrer em dia que não há expediente deve ser pré-avisado ao empregado, no
último dia trabalhado, que deverá comparecer no primeiro dia
útil ao término, no departamento pessoal da empresa para
recebimento das verbas
rescisórias.
 
OBRIGATORIEDADE DA
ANOTAÇÃO NA CARTEIRA DE TRABALHO
 
O contrato de experiência deve
ser anotado na parte do "Contrato de Trabalho", bem como nas folhas
de "Anotações Gerais".
 
Exemplo
 
CONTRATO DE CONTRATO DE
EXPERIÊNCIA EXPERIÊNCIA
   
O(a) portador(a) desta CTPS O(a) portador(a) desta CTPS
trabalha em caráter de trabalha em caráter de
experiência pelo prazo de  experiência pelo prazo de 
45
.................., conforme contrato Veja dias, conforme contrato
assinado em separado. modelo assinado em separado.
preenchido
Curitiba-Pr, ..... de ........ de → Curitiba-Pr, 12 de setembro de
........... 2020.
   
_________________________ _________________________
carimbo e assinatura da carimbo e assinatura da
empresa empresa
   
 
 
Prorrogação
 
CONTRATO DE
CONTRATO DE
EXPERIÊNCIA
EXPERIÊNCIA
PRORROGAÇÃO
PRORROGAÇÃO
 
 
O contrato de experiência de
O contrato de experiência de
............ assinado em
45 dias assinado em
....../......./......... será
Veja 12/09/2020 será prorrogado
prorrogado por mais..............,
por mais 45 dias, conforme
conforme contrato assinado modelo
em separado. preenchido contrato assinado em separado.
→ Curitiba-Pr,
27 de outubro de
Curitiba-Pr, ..... de ........ de
2020.
...........
 
 
_________________________
_________________________
carimbo e assinatura da
carimbo e assinatura da
empresa
empresa
 
 
 
AUXÍLIO-DOENÇA
 
O empregado, durante o período
que fica afastado percebendo auxílio-doença previdenciário, tem seu contrato
suspenso.
 
Os primeiros 15 (quinze) dias de
afastamento caracterizam interrupção do contrato de trabalho; serão contados
normalmente como
dias trabalhados para efeito da contagem do cumprimento do
contrato de experiência.
 
Desta forma, o prazo do contrato
de experiência flui normalmente durante os 15 primeiros dias, e após o 16º dia,
fica suspenso,
completando-se o cumprimento do contrato de experiência quando o
empregado retornar, após obter alta do INSS.
 
Exemplo 1
 
Empregado admitido em contrato de
experiência em 08.01.2020 por 90 dias, com término previsto para 07.04.2020. No dia
21.03.2020 o empregado se afasta do trabalho por 15 dias. Não vislumbrando a recuperação após os 15 dias, agenda perícia junto
ao INSS para o dia 25.04.2020, ou seja, após o prazo previsto para o término do contrato de experiência.
 

 
O contrato de experiência deste
empregado será extinto normalmente na data prevista (07.04.2020), porque o
atestado médico dos
primeiros 15 (quinze) dias pagos pela empresa, contam como período trabalhado e comportam os dias faltantes para
o término do
contrato, como já
esclarecido anteriormente.
 
Nota: Independentemente de já ter se desligado da empresa o empregado terá direito ao auxílio-doença se confirmado na perícia do
INSS a incapacidade para o trabalho, salvo se não tiver atingido a
carência exigida para a percepção do benefício.
 
 
Exemplo 2
 
Empregado admitido em contrato de experiência (nos moldes do
artigo 472, § 2º da CLT) em 09.05.2020 por 60 dias, afasta-se por
doença dia 15.06.2020,
iniciando o auxílio-doença (16º dia) dia 30.06.2020 (com 20 dias de afastamento pelo INSS), retornando ao
trabalho dia
20.07.2020.
 

 
O contrato de experiência deste
empregado extinguiria dia 07.07.2020, fato este que não ocorreu devido ao
afastamento por
auxílio-doença.
 
O contrato de experiência contou
seu prazo de cumprimento normal até o dia 29.06.2020, ou seja, até os primeiros 15
(quinze) dias
do atestado médico pagos pela empresa, faltando então 8 dias para o término do
contrato de experiência, os quais serão cumpridos
a partir do dia 20.07.2020 (data de retorno ao trabalho), já que no período de 30.06.2020 a 19.07.2020 seu
contrato ficou suspenso
(afastamento pelo INSS).
 
O contrato de experiência deste
empregado será extinto somente no dia 27.07.2020, quando completará os 8 (oito) dias faltantes
para o encerramento do contrato, tornando-se por tempo
indeterminado, caso o contrato ultrapassar esta data.
 
Nota: O
art. 472, § 2º da CLT, dispõe que nos contratos por prazo determinado, o tempo de afastamento, se assim acordarem as
partes interessadas, não será computado na contagem do prazo para a respectiva terminação. 
 
ESTABILIDADE
PROVISÓRIA
 
A legislação previdenciária
determina que o empregado que sofrer acidente do trabalho terá assegurada a
manutenção de seu
contrato de trabalho, pelo prazo mínimo de 12 meses a contar
da cessão do auxílio-doença acidentário, independentemente da
concessão de
auxílio-acidente.
 
Assim, a estabilidade por
acidente de trabalho será garantida (mesmo no contrato de experiência) quando o empregado se afastar
por período superior a 15 dias, nos termos do inciso II da Súmula 378 do TST. Caso o afastamento seja inferior a 15 dias, o
contrato de experiência poderá ser encerrado normalmente na data prevista para término.
 
Da mesma forma é garantida a estabilidade no contrato de experiência da empregada que, durante o cumprimento do contrato,
descobre que está grávida. Para maiores detalhes acesse o tópico
Licença Maternidade e
Estabilidade Provisória.
 
ACIDENTE DO TRABALHO
 
No afastamento por acidente do
trabalho, ocorre a interrupção do contrato de trabalho, considerando-se todo o
período de efetivo
serviço. O contrato não sofrerá solução de descontinuidade, vigorando
plenamente em relação ao tempo de serviço.
 
Convém salientar que até setembro/2012 haviam divergências jurisprudenciais quanto à garantia provisória de emprego nos
contratos por tempo determinado (inclusive o de experiência). Entretanto, com a publicação da
Resolução 185 do TST publicada
em 14.09.2012, o entendimento jurisprudencial foi pacificado pelo Tribunal Superior, garantindo a estabilidade ao acidentado
através da inclusão do
inciso III na Súmula 378.
 
Conclui-se, portanto, que em caso de acidente de trabalho durante o contrato de experiência, havendo o afastamento do trabalho
por mais de 15 dias (nos termos do inciso II da Súmula 378), o empregado terá direito à estabilidade de 12 meses após a cessação
do auxílio-doença acidentário (prevista no
art. 118 da Lei 8.213/91).
 
Ainda que se possa entender pela não conversão do contrato de experiência em contrato por tempo indeterminado, o fato é que com
12 meses de estabilidade o contrato deixa de ser de experiência, e a demissão arbitrária do empregado uma vez vencida a
estabilidade, deve ser nos moldes do contrato por tempo indeterminado.
 
Caso o afastamento do empregado resultar menor que 15 dias, após a alta médica o empregado continua o cumprimento.
Se o
período de afastamento do empregado resultar superior ao prazo
estabelecido no contrato de experiência, o citado contrato, se não
houver
interesse na continuidade da prestação dos serviços do empregado, será extinto
na data pré-estabelecida.
 
Exemplo 1
(Afastamento por auxílio-doença acidentário por mais de 15 dias)
 
Empregado admitido em contrato de
experiência em 03.09.2020 por 60 dias, sofrendo acidente de trabalho dia 21.09.2020,
iniciando o auxílio-doença acidentário dia 06.10.2020 (após 15º dia), retornando ao trabalho dia 27.10.2020, após 21 dias afastados
pelo INSS.
 

 
O contrato de experiência deste
empregado não poderá ser extinto no dia 01.11.2020 (data prevista para término), tendo em vista
que o mesmo gozará da estabilidade provisória de 12 meses após o retorno ao trabalho (27/10/2020), ou seja, o empregado
acidentado terá a garantia do emprego de 27.10.2020 a 27.10.2021 por ter se afastado por mais de 15 dias e ter recebido auxilio
doença acidentário (inciso II da Súmula 378 do TST), convertendo assim o contrato de experiência em contrato por tempo
indeterminado.
 
Exemplo 2
(Afastamento por auxílio-doença acidentário por menos de 15 dias)
 
Empregado admitido em contrato de
experiência em 07.05.2020 por 90 dias, sofrendo acidente de trabalho dia 11.07.2020. O
atestado de afastamento é de 13 dias, e a partir de 24.07.2020 é liberado para retorno ao trabalho.
 

 
O contrato de experiência deste empregado extinguiu-se normalmente no dia 04.08.2020, uma vez que o período de afastamento de
apenas 13 dias foi pago pela empresa, não tendo cumprido um dos requisitos à estabilidade (afastamento por auxílio-acidente nos
termos do inciso II da Súmula 378 do TST), sendo considerado como tempo de efetivo serviço.
 
Exemplo 3
(Afastamento por auxílio-doença acidentário por 10 dias ultrapassando a data de término do contrato)
 
Empregado admitido em contrato de
experiência em 03.09.2020 por 90 dias, sofrendo acidente de trabalho dia 23.11.2020. O
atestado de afastamento é de 10 dias, ultrapassando assim a data limite prevista para o término do contrato de experiência.
 

 
O contrato de experiência deste empregado extingue-se normalmente no dia 01.12.2020, uma vez que o período de afastamento de
10 dias foi pago pela empresa e, portanto, é considerado como tempo de efetivo serviço dentro dos 90 dias.
 
Ainda que o período de afastamento (23.11.2020 a 02.12.2020) tenha ultrapassado a data do término do contrato de experiência,
este empregado não terá direito à estabilidade provisória, tendo em vista que a estabilidade provisória só é garantida ao acidentado
que se afastar por período superior a 15 dias, nos termos do inciso II da Súmula 378 do TST.
 
 
GESTANTE
 
Em setembro/2012 o TST consolidou o entendimento, através da alteração do inciso III da Súmula 244, no sentido de que o direito
à estabilidade disposta na Constituição também se aplica à empregada gestante, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato
por tempo determinado.
 
Exemplo
 
Empregada é admitida em contrato de
experiência em 03.10.2020 por 60 dias. No dia 28/11/2020 (há 4 dias para o término do
contrato de experiência), a empregada comunica seu empregador que está grávida. Neste caso, o empregador não poderá demitir a
empregada no término previsto do contrato (01/12/2020), convertendo assim o contrato de experiência em contrato por tempo
indeterminado.
 
Considerando que a empregada tenha o tempo normal de gestação (9 meses), contando este período a partir do comunicado à
empresa (28.11.2020), esta empregada irá ter seu filho somente em 23.08.2021, quando iniciará o período de licença maternidade.
 
Contando que o período de licença de 120 dias seja a partir da data de nascimento da criança 23.08.2021, esta empregada terá sua
estabilidade garantida até o dia 20.12.2021, conforme demonstrado abaixo.
 

 
RESCISÃO ANTECIPADA
DO CONTRATO
 
Qualquer das partes pode
rescindir antes do prazo o contrato de experiência.
 
Contudo, só haverá aviso prévio
se houver no contrato cláusula recíproca de rescisão antecipada (artigo 481 da
CLT): 

"Art. 481 - Aos contratos


por prazo determinado, que contiverem cláusula assecuratória do direito
recíproco de
rescisão antes de expirado o termo ajustado aplicam-se, caso seja
exercido tal direito por qualquer das partes, os
princípios que regem a
rescisão dos contratos por prazo indeterminado."

RESCISÃO MOTIVADA
PELO EMPREGADOR SEM JUSTA CAUSA
 
Não havendo cláusula recíproca de
direito de rescisão, o empregador, ao dispensar o empregado antes do término,
fica obrigado ao
pagamento de indenização igual à metade (50%) da remuneração que o
empregado teria direito até o final do contrato, conforme
estabelece o
art. 479 da CLT:
 
Exemplo
 
Empregado admitido com salário de
R$ 1.500,00 em 05.09.2020 por contrato de experiência de 30 (trinta) dias, foi dispensado
sem
justa causa após ter trabalhado 20 dias.
 
Cálculo da
indenização:
 
Contrato de
experiência: 30 dias
Dias restantes para o término do contrato: 10 dias (30 dias - 20 dias trabalhados)
Indenização de 50% dos dias faltantes = 5 dias
 
Cálculo em
Cálculo em Valores
Dias
Salário:
R$
1.500,00
R$
Salário: R$
1.500,00 1.500,00
R$ 1.500,00 : 30d = R$ 50,00 : 30d =
R$ 50,00 x 10d = R$ 500,00 R$
R$ 500,00 x 50% = R$ 250,00 50,00
R$
50,00 x
5d = R$
250,00
 
Valor da indenização a ser paga ao empregado em rescisão (além das demais verbas rescisórias): R$ 250,00
 
RESCISÃO MOTIVADA
PELO EMPREGADO
 
O empregado, ao rescindir o
contrato de experiência antecipadamente, deverá indenizar o empregador dos
prejuízos que resultarem
desse fato. A indenização não poderá exceder a que
receberia em idênticas condições. (art. 480 da CLT).
 
Esse prejuízo deverá ser
comprovado materialmente, uma vez que em reclamatórias trabalhistas os juízes
têm exigido documentos
comprobatórios do prejuízo causado pelo empregado ao
empregador devido a rescisão antecipada do contrato, ou seja, na prática,
este
instituto é pouco usual.
 
"Art. 480 - Havendo termo
estipulado, o empregado não se poderá desligar do contrato, sem justa causa,
sob pena de ser obrigado
a indenizar o empregador dos prejuízos que desse fato
lhe resultarem.
§ 1º - A indenização, porém, não
poderá exceder àquela a que teria direito o empregado em idênticas
condições."
 
INDENIZAÇÃO ADICIONAL
 
Extinção Normal do Contrato
 
A indenização adicional prevista
no artigo 9º das Leis 6.708/79 e 7.238/84 será devida quando houver rescisão
do contrato de
trabalho no período de 30 dias que antecede a data-base da
categoria do empregado. Entretanto, tal indenização não será devida
quando houver a extinção normal do contrato de
experiência, uma vez que ela só é obrigatória quando ocorre rescisão sem justa
causa.
 
Rescisão Antecipada
 
Ocorrendo rescisão antecipada do
contrato de trabalho, entende-se que o empregado fará jus à indenização
adicional do art. 9º das
Leis 6.708/79 e 7.238/84, além da indenização
citada no art. 479 da CLT, uma vez que a rescisão antecipada é uma rescisão sem
justa causa.
 
VERBAS RESCISÓRIAS
 
Extinção Normal do
Contrato
 
a) saldo de salário;
b) salário-família;
c) férias proporcionais,
acrescidas de 1/3 constitucional;
d) 13º salário proporcional;
e) liberação do FGTS - código 04.
 
Deposita-se o FGTS do mês da
rescisão e do mês anterior, se for o caso, em GRRF.
 
Rescisão
antecipada, sem justa causa - iniciativa do empregado
 
a) saldo de salário;
b) salário-família;
c) férias proporcionais
acrescidas de 1/3 constitucional, se houver previsão em convenção coletiva
(veja também nota específica);
d) 13º salário proporcional;
e) indenização ao empregador, se
este comprovar o prejuízo.
Deposita-se o FGTS do mês da
rescisão e do mês anterior, se for o caso, em GFIP.
 
Rescisão antecipada, sem justa causa - iniciativa do
empregador
 
a) saldo de salário;
b) salário-família;
c) férias proporcionais
acrescidas de 1/3 constitucional;
d) 13º salário proporcional;
e) multa 40% sobre montante do FGTS;
f) indenização do art. 479 da CLT
(50% dos dias faltantes para o término do contrato de experiência);
g) indenização adicional, quando
for o caso;
h) liberação do FGTS - código 01;
i) seguro-desemprego: deve ser
fornecida a Comunicação de Dispensa - CD ao empregado.
 
Deposita-se o FGTS do mês da
rescisão e do mês anterior se for o caso, e a multa sobre o FGTS, em GRRF.
 
Rescisão
antecipada, com justa causa - iniciativa do empregado (rescisão indireta)
 
a) saldo de salário;
b) salário-família;
c) férias proporcionais,
acrescidas de 1/3 constitucional;
d) 13º salário proporcional;
e) multa de 40% sobre montante do FGTS;
f) indenização do artigo 479 da
CLT (50% dos dias faltantes para o término do contrato de experiência);
g) liberação do FGTS - código 01;
h) indenização adicional, quando
for o caso;
i) seguro-desemprego: deve ser
fornecida a Comunicação de Dispensa - CD ao empregado.
 
Deposita-se o FGTS do mês da
rescisão e do mês anterior, se for o caso, e a multa sobre o FGTS, em GRRF.
 
Falecimento do Empregado
 
a) saldo de salário;
b) salário-família;
c) férias proporcionais,
acrescidas de 1/3 constitucional, se houver previsão em convenção coletiva;
d) 13º salário proporcional;
e) liberação do FGTS - código 23.
Deposita-se o FGTS do mês da
rescisão e do mês anterior, se for o caso, em GFIP.
 
PRAZO PARA PAGAMENTO
DAS VERBAS RESCISÓRIAS
 
Antes da Reforma Trabalhista, o prazo para quitação das verbas rescisórias em caso de contrato de experiência era o primeiro dia
útil imediatamente posterior ao término do contrato (alínea "a", § 6º do art. 477 da CLT).
 
A
Lei 13.467/2017 alterou o § 6º do artigo 477 da CLT,
dispondo que o pagamento das parcelas constantes do instrumento de
rescisão ou
recibo de quitação deverá ser efetuado no seguinte prazo: 

até 10 dias contados a partir do término do contrato.


 
Em virtude do exposto, quando há
extinção do contrato de experiência, faz-se o pagamento das verbas rescisórias
até o 10º dia a
contar do término do contrato.
 
Da mesma forma será a contagem do prazo para pagamento quando ocorrer a rescisão antecipada do contrato de experiência, ou
seja, se o contrato está para vencer em 5 (cinco) dias e o empregador resolve rescindi-lo de imediato, este terá o prazo de 10 dias
para pagamento das verbas rescisórias a contar da data da demissão.
 
Para maiores detalhes, acesse o tópico
Pagamento das Verbas Rescisórias.

NOTA
ESPECÍFICA SOBRE FÉRIAS PROPORCIONAIS – PEDIDO DE DEMISSÃO DE EMPREGADO COM
MENOS
DE 1 ANO DE SERVIÇO

A
Súmula 261 do TST, reformulado pela Resolução 121/2003
(DOU 19.11.2003), dispõe que o empregado que pede desligamento
da empresa antes de completar 12 meses de serviço tem direito a receber as férias proporcionais.

Portanto, apesar de constar da CLT o não direito à percepção


de férias proporcionais no pedido de demissão pelo empregado com
menos de 12
meses de serviço (art. 146, § único da CLT), os tribunais trabalhistas, baseados na Convenção 132 da OIT
(ratificada
pelo Brasil através do Decreto 3.197/1999), reconhecem este
direito.
 
PENALIDADES
 
A infração às proibições do
Título IV da CLT, artigos 442 a 510 da CLT, acarreta multa de 378,2847 Ufirs,
dobrada na reincidência.
 
JURISPRUDÊNCIA

"AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA SOB A ÉGIDE DA LEI 13.467/2017. ESTABILIDADE


GESTACIONAL. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA. IGNORÂNCIA DO ESTADO GRAVÍDICO TRANSCENDÊNCIA NÃO
CONFIGURADA. (...). ESTABILIDADE PROVISÓRIA - GESTANTE: O ultrassom de id. 9dfe0dc revela que a autora, em
25/09/18, contava com idade gestacional de 10 semanas e 4 dias. Assim, a gestação se iniciou em meados de julho de 2018, quando
ainda estava em curso o contrato de experiência, findo em 24/07/18. O C. TST firmou o entendimento de que a estabilidade da
gestante é compatível com os contratos a termo, a teor do item III de sua Súmula nº 244: ‘ A empregada gestante tem direito à
estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea 'b', do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na
hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado ’. É também cediço o entendimento doutrinário e jurisprudencial
de que, embora o ADCT faça referência à ‘confirmação’ da gravidez, a estabilidade inicia-se com a simples concepção, sendo
irrelevante que, ao tempo da dispensa, as partes sequer tenham ciência do fato. Nesse sentido, o item I da mencionada Súmula nº
244 dispõe que ‘  o desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização
decorrente da estabilidade (art. 10, II, ‘b’ do ADCT)  ’. Assim, a reclamante não tinha nenhuma obrigação de notificar a
empregadora de sua gestação, pois a lei não condiciona a aquisição da estabilidade a tal ato. Estabelecidas essas premissas, é
patente que, ao tempo da rescisão do contrato, a obreira era detentora de estabilidade provisória. Como nenhuma das partes
demonstrou ter interesse na reintegração, é devida a indenização substitutiva dos salários e consectários. Frisa-se que eventual
recusa da autora em retornar ao labor não implicaria renúncia ao direito à estabilidade provisória. Invoca-se, no aspecto, a Tese
Jurídica Prevalecente nº 2 deste TRT, in verbis: ‘A recusa da empregada gestante dispensada à oferta de reintegração ao emprego
não afasta o direito aos salários e consectários pertinentes ao período da garantia provisória de emprego prevista no art. 10, II,
‘b’, do ADCT  ’. É esse também o entendimento predominante no âmbito do C. TST. (...). Pretensão recursal de afastar a
condenação ao pagamento de indenização pelo período estabilitário da gestante, ao argumento de que não seria compatível em
situação de contrato de experiência com termo pré-fixado, aliado ao fato da ignorância de ambas as partes acerca do estado
gravídico. O exame prévio dos critérios de transcendência do recurso de revista revela a inexistência de qualquer deles a
possibilitar o exame do apelo no TST. A par disso, irrelevante perquirir acerca do acerto ou desacerto da decisão agravada, dada a
inviabilidade de processamento, por motivo diverso, do apelo anteriormente obstaculizado. Agravo de instrumento não provido"
(AIRR-10647-74.2018.5.03.0047, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT 04/09/2020).

"RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO PELO RECLAMANTE. ACÓRDÃO REGIONAL PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA


LEI Nº 13.015/2014. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA. ACIDENTE DE TRABALHO.
APLICABILIDADE DA SÚMULA Nº 378, III, DESTA CORTE. CONHECIMENTO E PROVIMENTO. I. A jurisprudência desta
Corte Superior é no sentido de que o empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado, inclusive a contrato de
experiência, goza da garantia provisória de emprego, decorrente de acidente de trabalho, prevista no art. 118 da Lei nº 8.213/1991.
Inteligência da Súmula nº 378, III, desta Corte. II. Assim, ao entender que "não se aplica a Súmula 378, do C. TST, tendo em vista
que o contrato a termo já tem a data de término pré-estipulada, não autorizando a estabilidade legal em apreço" o Tribunal Regional
contrariou a jurisprudência desta Corte, consolidada na Súmula nº 378, III, do TST. III. Recurso de revista de que se conhece , por
contrariedade à Súmula nº 378, III, desta Corte, e a que se dá provimento" (RR-1563-57.2013.5.02.0013, 4ª Turma, Relator
Ministro Alexandre Luiz Ramos, DEJT 30/08/2019).

(...). II - RECURSO DE REVISTA DA RECLAMADA A. FERREIRA FILHO PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS TERCEIRIZADOS


- BS - CONSERVAÇÃO E SERVIÇOS - ME. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA. PRAZO DETERMINADO. AUSÊNCIA DE
CLÁUSULA DE PRORROGAÇÃO. A CLT dispõe que o contrato de experiência é uma das modalidades válidas de contrato de
trabalho a termo. Abalizadas doutrina e jurisprudência consideram que esta modalidade contratual deve ser ajustada por escrito a
fim de que ulteriormente, se necessário, possa ser aferida a observância às suas regras de regência, bem como se evite fraude a
direitos trabalhistas. Nos termos do art. 455, parágrafo único, da CLT, o contrato de experiência não poderá exceder a noventa dias,
admitindo-se uma prorrogação desde que não ultrapassado aquele prazo máximo de duração. Se o prazo for excedido por mais de
90 (noventa) dias, vigorará como se fosse contrato por tempo indeterminado, já que sua prorrogação só pode ser feita uma única
vez, de acordo com o art. 451 da CLT e a Súmula nº 188 do TST. Precedentes. No caso, o Regional consignou que o contrato de
experiência firmado pelas partes possuía prazo de duração de 45 dias e não continha cláusula admitindo a possibilidade de
prorrogação do ajuste. Diante dessas premissas, o Tribunal Regional concluiu que a continuidade da prestação laboral, após o 45º
dia, representou a alteração do acordado em contrato por prazo indeterminado, sendo devidas as postuladas verbas rescisórias
decorrentes da ruptura de contrato de trabalho respectivo. Recurso de revista não conhecido. (...). (RR - 3736-03.2012.5.12.0016 ,
Relator Ministro: Alexandre de Souza Agra Belmonte, Data de Julgamento: 07/02/2018, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT
09/02/2018).

RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DAS LEIS Nos 13.015/2014 E 13.105/2015 E ANTES DA VIGÊNCIA
DA LEI Nº 13.467/2017. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA. GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. A Constituição
Federal prevê, no seu art. 6º, "caput", que são direitos sociais, entre outros que enumera, "a proteção à maternidade e à infância". O
art. 10, II, "b", do ADCT, respondendo à diretriz do art. 7º, XVIII, da Carta Magna, afirma que "II - fica vedada a dispensa
arbitrária ou sem justa causa: b) da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses parto". Com atenção aos
fins sociais buscados pela Lei (LINDB, art. 5º), não se deve rejeitar a estabilidade provisória da empregada gestante no curso de
trabalho temporário. Os direitos decorrentes do disposto no art. 7º, XVIII, da Constituição Federal, e no art. 10, II, "b", do ADCT,
não têm sua eficácia limitada aos contratos por prazo indeterminado, uma vez que erigidos a partir de responsabilidade objetiva.
Enquanto se cuide de proteção ao nascituro, prevalecerão os benefícios constitucionais, ainda que a própria empregada, ao tempo
da dissolução contratual, já aguardasse o seu termo final. Diante do exposto, revela-se devida a estabilidade provisória, ainda
quando se cuide de contrato por prazo determinado, na esteira dos precedentes do Excelso Supremo Tribunal Federal. Esta é a
compreensão do item III da Súmula 244/TST. Recurso de revista conhecido e provido. (RR - 1622-39.2014.5.09.0652 , Relator
Ministro: Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, Data de Julgamento: 07/02/2018, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT
09/02/2018).

RECURSO DE REVISTA. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA. ACIDENTE DE TRABALHO. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. O


empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado, inclusive o período de experiência, goza da garantia
provisória de emprego, decorrente de acidente de trabalho, prevista no art. 118 da Lei nº 8.213/1991 (Súmula nº 378, III, do TST).
Exaurido o período de estabilidade, são devidos ao empregado apenas os salários do período compreendido entre a data da
despedida e o final do período de estabilidade, não sendo assegurada a reintegração no emprego, nos termos da Súmula nº 396, I,
deste Tribunal Superior. Assim decidindo o Tribunal Regional, incabível o recurso de revista, a teor do disposto no art. 896, § 7º, da
CLT. Recurso de revista de que não se conhece. (RR - 215-73.2010.5.04.0103 , Relator Ministro: Walmir Oliveira da Costa, Data
de Julgamento: 02/08/2017, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 04/08/2017).

I. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA NÃO REGIDO PELA LEI 13.015/2014. ESTABILIDADE
PROVISÓRIA. ACIDENTE DE TRABALHO. CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO DETERMINADO, A TÍTULO DE
EXPERIÊNCIA. Demonstrada possível violação do artigo 118 da Lei 8.213/91, impõe-se o processamento do recurso de revista.
Agravo de instrumento provido. II. RECURSO DE REVISTA NÃO REGIDO PELA LEI 13.015/2014. 1. ESTABILIDADE
PROVISÓRIA. ACIDENTE DE TRABALHO. CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO DETERMINADO, A TÍTULO DE
EXPERIÊNCIA. A controvérsia está centrada em se reconhecer a garantia da estabilidade provisória na hipótese de contrato por
prazo determinado, a título de experiência. A jurisprudência do TST evoluiu no sentido de reconhecer, ante a potencial
continuidade do contrato de experiência e tendo-se em conta os princípios da razoabilidade, da boa fé objetiva, além da teoria do
risco da atividade econômica, que deve ser reconhecido o direito do trabalhador acidentado à estabilidade do artigo 118 da Lei
8.213/91. Incidência da diretriz inserta na Súmula 378, III, do TST, segundo a qual "o empregado submetido a contrato de trabalho
por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no art. 118 da Lei nº
8.213/91". Recurso de revista conhecido e provido. 2. ACIDENTE DO TRABALHO. RESPONSABILIDADE CIVIL
SUBJETIVA. AUSÊNCIA DE CULPA PATRONAL. IMPRUDÊNCIA DA VÍTIMA. INDENIZAÇÕES POR DANOS
MATERIAIS, MORAIS E ESTÉTICOS. INDEVIDAS. REVOLVIMENTO DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 126/TST. O
Tribunal Regional afastou a responsabilidade da Reclamada pelo acidente de trabalho ocorrido, por entender que o acidente foi
causado por imprudência do Reclamante. A Corte Regional, com base no laudo pericial, nos depoimentos prestados (das
testemunhas e das partes) e nas provas documentais produzidas (relatório da CIPA, etc.), consignou que a Reclamada cumpriu as
normas de segurança do trabalho e que o Reclamante foi devidamente instruído sobre o manuseio da máquina, inclusive que
deveria ser desligada em caso de conserto. Destacou que a máquina possuía dispositivos de proteção de parada e partida. E que,
apesar da experiência, o Reclamante agiu com imprudência no manuseio da máquina, o que ocasionou o acidente. Nesse cenário,
para se alcançar a conclusão pretendida pelo Recorrente, no sentido de que não agiu com culpa e de que a máquina não tinha os
mecanismos de proteção para evitar acidentes (fato que eventualmente apontaria a culpa da Reclamada), seria necessário rever
fatos e provas, expediente vedado ante o óbice de que trata a Súmula 126/TST. Inviável, assim, vislumbrar a alegada ofensa aos
dispositivos de lei e da Constituição Federal invocados. Recurso de revista não conhecido. (RR - 38900-90.2007.5.02.0013 ,
Relator Ministro: Douglas Alencar Rodrigues, Data de Julgamento: 23/08/2017, 7ª Turma, Data de Publicação: DEJT 25/08/2017).

AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. RITO SUMARÍSSIMO. ESTABILIDADE PROVISÓRIA.


GESTANTE. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA . O agravo de instrumento merece provimento, com consequente processamento
do recurso de revista, haja vista que a reclamante logrou demonstrar possível ofensa ao art. 10, II, b, do ADCT . Agravo de
instrumento conhecido e provido. B) RECURSO DE REVISTA. RITO SUMARÍSSIMO. ESTABILIDADE PROVISÓRIA.
GESTANTE. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA. O art. 10, II, b, do ADCT estabelece que é vedada a dispensa arbitrária ou sem
justa causa da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. Ademais, de acordo com o
entendimento do TST, a estabilidade é garantida à gestante, mesmo quando sua admissão ocorreu por meio de contrato de
experiência. Exegese da Súmula nº 244, III, desta Corte. Recurso de revista conhecido e provido. (TST - RR: 966520145020059,
Relator: Dora Maria da Costa, Data de Julgamento: 09/03/2016, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 11/03/2016).

RECURSO DE REVISTA - ESTABILIDADE PROVISÓRIA DECORRENTE DE ACIDENTE DE TRABALHO -


COMPATIBILIDADE COM CONTRATO DE EXPERIÊNCIA . Aplica-se a previsão do art. 118 da Lei nº 8.213/91, para o fim de
conferir estabilidade provisória no emprego ao trabalhador vitimado por acidente de trabalho , ainda que o contrato de trabalho em
curso, quando da ocorrência do sinistro, tenha sido celebrado por prazo determinado a título de experiência. Em consideração ao
aspecto teleológico das normas que resguardam os direitos sociais na busca da valorização do trabalho e da proteção da figura
hipossuficiente do trabalhador, deve ser reconhecido o direito à estabilidade provisória acidentária decorrente do infortúnio laboral,
independentemente da modalidade de contratação. Incide a Súmula nº 378, III, do TST. Recurso de revista conhecido e
parcialmente provido. (TST - RR: 11311720115240071 , Relator: Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, Data de Julgamento:
02/06/2015, 7ª Turma, Data de Publicação: DEJT 05/06/2015).

RECURSO DE REVISTA. ESTABILIDADE PROVISÓRIA - CONTRATO DE EXPERIÊNCIA - ACIDENTE DE TRABALHO.


O contrato por prazo determinado tem como característica ser resolvido com o término do prazo previamente fixado entre as partes,
sendo incompatível com o instituto da estabilidade provisória, que somente tem sentido para impedir o despedimento naqueles
contratos por prazo indeterminado. O fato de o reclamante encontrar-se em gozo de benefício previdenciário em virtude de ter
sofrido acidente de trabalho não transforma o contrato a termo em contrato por prazo indeterminado, não se havendo de falar em
estabilidade provisória do empregado. Todavia, curvo-me ao recente entendimento desta Corte no sentido de haver direito à
estabilidade provisória quando o acidente de trabalho ocorrer no curso do contrato de experiência (Súmula 378, item III do TST).
Precedentes, inclusive da 2ª Turma. Recurso de revista conhecido e provido. (com ressalva de entendimento). (TST - RR:
27909220125120028 , Relator: Renato de Lacerda Paiva, Data de Julgamento: 08/04/2015, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT
17/04/2015).

EMENTA: CONTRATO DE EXPERIÊNCIA. PRORROGAÇÃO TÁCITA. O contrato de experiência, conforme legislado, não é
passível de contratação tácita, devendo, obrigatoriamente, haver um mínimo de formalização de seus termos para que seja válido.
Da mesma forma, deve ser operada a prorrogação de seu prazo. Ausente o novo prazo para o termo do contrato de trabalho, com
anuência expressa do reclamante, desconfigura-se a modalidade contratual, tornando o contrato por prazo indeterminado. Relator:
Jose Eduardo Resende Chaves Jr. Revisor: Convocado Paulo Mauricio R. Pires.(02257-2011-093-03-00-5 RO).Data de Publicação:
24/08/2012.
 
EMENTA: ÔNUS DA PROVA DA EXPERIÊNCIA NA FUNÇÃO - Por se tratar de fato constitutivo do direito, nos termos dos
artigos 818/CLT c/c 333, I do CPC, é do empregado a prova de maior experiência na função para qual foi contratado, com o fim de
ver transformado o seu contrato de experiência em contrato por prazo indeterminado, quando a norma coletiva dispõe que "não será
admitido contrato de experiência para o empregado que comprove, pelas anotações de sua CTPS, já haver trabalhado na função ou
na especialidade para a qual será contratado, pelo período mínimo de doze meses consecutivos".(01990-2011-019-03-00-2 RO).
Relator: Convocado Danilo Siqueira de C.Faria. Revisor: Convocada Camilla G.Pereira Zeidler.Data de Publicação: 16/07/2012.
 
EMENTA: SUCESSÃO DE CONTRATO DE EXPERIÊNCIA POR OUTRO DA MESMA ESPÉCIE " FINALIDADE DO
INSTITUTO NÃO DESVIRTUADA " VALIDADE DA CONTRATAÇÃO. Considera-se válido o contrato de experiência que
sucede a outro da mesma espécie, ainda que o empregado tenha sido contratado para o mesmo cargo anteriormente ocupado,
quando se constata, além do atendimento das formalidades legais (prazo máximo de duração, unicidade de prorrogação e interstício
mínimo entre o término do primeiro contrato e o início do segundo), a alteração no modus faciendi da prestação dos serviços que
impõe a realização de treinamento específico e de nova avaliação acerca da adaptação do trabalhador. Em tal hipótese, não há falar
em configuração da prática de ato objetivando a desvirtuar a aplicação de preceitos contidos na CLT, sendo inaplicável, in casu, a
regra contida no art. 9o deste mesmo diploma legal. Processo 01261-2005-114-03-00-4 RO. Relator Sebastião Geraldo de Oliveira.
Belo Horizonte, 31 de janeiro de 2006.
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. GESTANTE. ESTABILIDADE. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA. 1. Não há direito da
empregada gestante à estabilidade provisória na hipótese de admissão mediante contrato de experiência, visto que a extinção da
relação de emprego, em face do término do prazo, não constitui dispensa arbitrária ou sem justa causa (Súmula 244, item III, do
Tribunal Superior do Trabalho).PROC. Nº TST-AIRR-1.573/2003-067-02-40.3. Ministro Relator EMMANOEL PEREIRA.
Brasília, 16 de maio de 2007.
 
RECURSO DE REVISTA DO RECLAMANTE. 1-ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO.
CONTRATO DE EXPERIÊNCIA. Prevalece nesta Corte Superior o entendimento de que o artigo 118 da Lei 8.213/91 apenas
garante o direito à estabilidade pelo prazo mínimo de doze meses na hipótese do contrato de trabalho por prazo indeterminado, não
se admitindo a interpretação ampliativa do dispositivo ou mesmo a transmudação do contrato por prazo determinado em
indeterminado. Não conheço. 2-JORNADA DE TRABALHO. HORAS EXTRAS. Embora a jornada do autor, de 72 horas, seja
superior àquela prevista no artigo 59, § 2° da CLT, mediante a previsão em instrumento coletivo, extrai-se do acórdão hostilizado,
que havia o pagamento de horas extras e o recorrente não comprovou fazer jus a quantitativo superior ao pago na ação de
consignação em pagamento e nos recibos salariais. Incidência da Súmula 126/TST como óbice ao conhecimento do recurso. Não
conheço. Recurso de revista não conhecido. PROC. Nº TST-RR-756.678/2001.9. Relator JUIZ CONVOCADO LUIZ RONAN
NEVES KOURY. Brasília, 11 de abril de 2007.
 
EMENTA DANO MORAL CONTROVÉRSIA QUANTO AO PRAZO DE DURAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
EXPERIÊNCIA x INDETERMINADO. A gravidade da lesão alegada exige prova ou a presença de outros elementos de
convicção. No caso, a Reclamada demitiu a obreira quando esta se encontrava em gozo de auxílio-doença, ao fundamento de que a
dispensa se deu em virtude do término do contrato de experiência, quando, na verdade, a prova dos autos indica a indeterminação
do prazo. Logo, operada a demissão quando suspenso o contrato, assumiu a empregadora o risco e o ônus de seu ato passível de
reparação pelo pagamento das parcelas rescisórias devidas na dispensa imotivada. A conduta da Reclamada, ainda que contrária à
legislação trabalhista, reflete o seu direito potestativo, que, no entanto, não importou em lesão à honra da Reclamante, sendo
indevido o dano moral vindicado. Processo 00148-2002-021-03-00-9 RO. Juiz Relator Maria José Castro Baptista de Oliveira. Belo
Horizonte, 23 de setembro de 2002.
 
Base legal: art. 146,
445,
451,
479,
481 da CLT e os citados no texto.
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Guia Trabalhista - Índice
 

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