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NERVOSO CENTRAL
1ª Edição
UNIASSELVI-PÓS
Indaial - 2019
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
ES79p
ISBN 978-85-7141-378-8
ISBN Digital 978-85-7141-379-5
1.Sistema nervoso - Doenças. - Brasil. II. Centro Universitário
Leonardo Da Vinci.
CDD 618.928
Impresso por:
Sumário
Apresentação..................................................................................5
CAPÍTULO 1
Introdução ao Sistema Nervoso.................................................7
CAPÍTULO 2
Doenças Degenerativas do Sistema Nervoso.........................41
CAPÍTULO 3
Outras Doenças do Sistema Nervoso......................................81
APRESENTAÇÃO
Caro aprendiz,
O livro está dividido em três capítulos, cada qual com objetivos, conteúdo,
atividades de estudo, dicas, sugestões e recomendações.
Bom estudo!
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Capítulo 1 Introdução ao Sistema Nervoso
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
O sistema nervoso, juntamente a outros sistemas do corpo humano, contribui
para a manutenção do equilíbrio do nosso meio interno e nos permite interagir
de forma eficiente com o meio ambiente. Devido à complexidade desse sistema,
quando ocorre uma lesão, as repercussões dependerão da característica da lesão
(tamanho, local e tipo) e podem causar mudanças significativas na vida do indiví-
duo. As lesões podem ter origem abrupta, por meio de um trauma, como uma con-
tusão, ou em uma desordem cerebrovascular, como uma isquemia, mas podem
também ocorrer de forma crônica, como é o caso das doenças degenerativas do
sistema nervoso central.
Este capítulo dará base a você para estudar nos capítulos seguintes as do-
enças decorrentes das alterações estruturais e funcionais do sistema nervoso
central. E você já poderá refletir sobre como sua formação será eficiente na inter-
pretação e no levantamento diagnóstico dessas enfermidades, além de aprimorar
sua percepção sobre o caminho a seguir no processo de avaliação, habilitação e
reabilitação neuropsicológicas.
2 ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL DO
SISTEMA NERVOSO
Foi tudo muito rápido. Por volta das 16h30 de uma tarde quente
de 1848, em Vermont, Estados Unidos, um acidente que durou
alguns segundos fez de um capataz da construção civil uma
das figuras chaves para a compreensão do cérebro humano.
Não foi, é claro, um acidente qualquer – mas um daqueles que
hoje valeria as manchetes dos programas populares. Phineas
Gage (esse é o nome do rapaz) tinha 25 anos e trabalhava no
assentamento de trilhos na região de Cavendish, no auge da
construção das ferrovias na América. É claro que havia pedras
no caminho, rochas que obstruíam a passagem dos trilhos e
precisavam sair dali. Para removê-las, Gage seguia um méto-
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Patologias do Sistema Nervoso Central
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Capítulo 1 Introdução ao Sistema Nervoso
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Patologias do Sistema Nervoso Central
Você consegue identificar essas estruturas? Anote nas linhas a seguir as es-
truturas do SNC representadas pelas cores da imagem:
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Capítulo 1 Introdução ao Sistema Nervoso
FONTE: https://midia.atp.usp.br/impressos/redefor/EnsinoBiologia/
Fisio_2011_2012/Fisiologia_v2_semana02.pdf. Acesso em: 6 fev. 2019.
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Capítulo 1 Introdução ao Sistema Nervoso
diencéfalo, telencéfalo, tronco encefálico e cerebelo (Figura 6). Para alguns auto-
res, o cérebro é composto pelo telencéfalo e pelo diencéfalo. Porém, em conside-
ração à nomenclatura anatômica atual, vamos nos referir apenas ao telencéfalo
quando utilizarmos a terminologia cérebro (MELO, 2010).
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Patologias do Sistema Nervoso Central
FONTE: https://www.infoescola.com/anatomia-humana/
lobos-cerebrais/. Acesso em: 7 fev. 2019.
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Capítulo 1 Introdução ao Sistema Nervoso
Todas estas estruturas são formadas pela unidade funcional do sistema ner-
voso, o neurônio (Figura 9). Tem a capacidade de recepcionar, processar e enviar
informações a outros neurônios e responder ao meio através de estruturas do or-
ganismo, como o músculo, por exemplo. É responsável pela comunicação celular
ao produzir e receber sinais que podem ser transmitidos a outras células por meio
de sinapses.
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Capítulo 1 Introdução ao Sistema Nervoso
• acetilcolina;
• monoaminas (noradrenalina, adrenalina, dopamina, serotonina);
• glicina;
• GABA (ácido gama aminobutírico);
• ácido glutâmico;
• peptídeos.
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Patologias do Sistema Nervoso Central
Atividades de estudo:
2 Qual o lobo encefálico que foi mais afetado pelo acidente de Phi-
neas Gage?
3 LESÕES ENCEFÁLICAS
Os modelos que correlacionam as lesões cerebrais e as disfunções cogniti-
vas por elas provocadas, os modelos anatomoclínicos, são a base da Neuropsi-
cologia como área de estudo. Parente e Fonseca (2007) afirmam que as funções
cerebrais apresentadas antes das lesões são, nesse modelo, o parâmetro para
compreender as disfunções que estas causam e podem ser correlacionadas às
áreas afetadas. Em síntese, parte-se da disfunção para inferir sobre o funciona-
mento normal e associa-se uma observação anatômica a uma observação funcio-
nal. Lembra-se de Phineas Gage? Gage que, antes do acidente, era reconhecido
por ser trabalhador, disciplinado e gentil, passou a ser visto como uma pessoa
arrogante, desrespeitosa e foi por vezes comparado a uma criança birrenta. Se-
gundo o modelo anatomoclínico, a lesão de Gage permitiu elencar as disfunções
apresentadas e correlacionar às áreas que foram lesionadas, e a partir destas
definir os comportamentos esperados quando em pleno funcionamento. Transcre-
vemos aqui uma parte do texto que introduzimos este capítulo:
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Capítulo 1 Introdução ao Sistema Nervoso
Uma lesão pode ser inata, ocorrendo antes ou durante o nascimento, como é
o caso da paralisia cerebral, ou pode ser adquirida, após o nascimento, como é o
caso do traumatismo cranioencefálico.
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Os efeitos em longo prazo de uma lesão encefálica são diferentes para cada
pessoa e irão variar dependendo do tipo, da natureza e da localização da lesão.
Por exemplo, enquanto danos como a doença de Parkinson e esclerose múltipla
geralmente impactam capacidade do corpo de controlar o movimento, outras le-
sões cerebrais, como um acidente vascular cerebral ou um trauma, podem ter
maior impacto na cognição, personalidade e comportamento.
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Patologias do Sistema Nervoso Central
A lesão medular também deve ser analisada quanto a seu grau ou extensão:
Desta forma podem existir tanto lesões altas incompletas como lesões baixas
completas.
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Capítulo 1 Introdução ao Sistema Nervoso
Atividades de estudo:
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Patologias do Sistema Nervoso Central
5 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Iniciamos este capítulo falando sobre Phineas Gage, o capataz que em de-
corrência de um acidente teve uma lesão no córtex pré-frontal e a despeito da
amplitude do trauma, teve como consequência mudanças de comportamento que
afetaram seu convívio social e alteraram toda a sua rotina de vida. Gage nos per-
mite visualizar que as lesões não têm consequências apenas a nível biológico,
mas também a nível comportamental.
Este capítulo teve por objetivo levar você a compreender a estruturas ence-
fálicas nos quesitos anatômicos e fisiológicos para, a partir dessa unidade básica
do sistema nervoso, conhecer sua estrutura e sua organização morfofuncional em
um organismo saudável. Conhecendo o sistema nervoso e suas estruturas, você
foi conduzido a estudar as lesões que acometem esse sistema, tanto suas causas
quanto os tipos de lesões.
Revise o material e anote suas dúvidas. Esse material norteará sua leitura
dos próximos capítulos.
REFERÊNCIAS
AFIFI, A. K.; BERGMAN, R. A. Neuroanatomia funcional: texto e atlas. São
Paulo: Roca, 2017.
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C APÍTULO 2
Doenças Degenerativas
do Sistema Nervoso
Saber:
• conceituar as doenças neurodegenerativas;
• descrever os sintomas de cada patologia.
Fazer:
• diferenciar as doenças neurodegenerativas das demais afecções do Sistema
Nervoso;
• correlacionar as patologias com os sintomas apresentados pelo paciente.
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Capítulo 2 Doenças Degenerativas do Sistema Nervoso
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
No Capítulo 1 elencamos algumas estruturas que compõem o sistema ner-
voso, falamos sobre sua divisão em sistema nervoso central e sistema nervoso
periférico, bem como das lesões que podem acometer essas estruturas. As lesões
que acometem o sistema nervoso podem ser de toda ordem: traumas, acidentes
vasculares, mutações gênicas, malformações genéticas e tumores, por exemplo.
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Patologias do Sistema Nervoso Central
2 ESCLEROSE MÚLTIPLA
A esclerose múltipla – EM é uma doença autoimune, progressiva e de etio-
logia desconhecida que afeta o sistema nervoso central. As células T ativadas
atravessam a barreira hematoencefálica para iniciar uma resposta inflamatória
que conduz à desmielinização e lesão axonal. Esta doença se caracteriza pela
desmielinização da substância branca (Figura 1) do sistema nervoso central, ou
seja, da medula e do encéfalo (SILVA; NASCIMENTO, 2014).
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Capítulo 2 Doenças Degenerativas do Sistema Nervoso
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Capítulo 2 Doenças Degenerativas do Sistema Nervoso
Você sabia?
No dia 2 de abril de 2018, o Ministério da Saúde (OMS) aprovou
o protocolo clínico e as diretrizes terapêuticas da Esclerose Múltipla
– EM por meio da Portaria Conjunta nº 10. Esse documento surgiu da
necessidade de atualização dos parâmetros sobre a esclerose múl-
tipla no Brasil e as diretrizes para diagnóstico, tratamento e acompa-
nhamento dos indivíduos com esta doença. Os protocolos dispostos
na Portaria levaram em consideração o consenso técnico-científico
existente e seguiram padrões de qualidade e precisão para sua indi-
cação. Por meio da Portaria:
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Patologias do Sistema Nervoso Central
2.2 DIAGNÓSTICO
Para diagnóstico são realizados:
• ressonância magnética;
• exames laboratoriais (exames de anti-HIV e VDRL e dosagem sérica de
vitamina B12) no sentido de excluir outras doenças com sintomas seme-
lhantes à EM. Deficiência de vitamina B12 ou infecção pelo HIV (o vírus
HIV pode causar uma encefalopatia com imagens à RM semelhantes às
que ocorrem na EM);
• o exame do líquor para excluir outras doenças quando houver dúvida
diagnóstica;
• Potencial Evocado Visual será exigido quando houver dúvidas quanto ao
envolvimento do nervo óptico pela doença.
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Capítulo 2 Doenças Degenerativas do Sistema Nervoso
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Patologias do Sistema Nervoso Central
• teste do relógio;
• questionário de queixa de memória;
• testes de listas de palavras – recordação imediata e recordação tardia;
• testes práticos de função frontal;
• bateria de avaliação da memória de trabalho validada por alunos da Uni-
versidade Federal de Minas Gerais (BAMT-UFMG); e
• Multiple Sclerosis Functional Composite Measure (MSFC).
Atividades de estudo:
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Capítulo 2 Doenças Degenerativas do Sistema Nervoso
3 DOENÇA DE PARKINSON
Descrita pela primeira vez em 1817 por James Parkinson, a doença de
Parkinson é uma doença progressiva com sintomas relacionados a alterações
motoras. A doença de Parkinson – DP é a segunda doença neurodegenerativa
mais comum e envolve hipocinesia, hipertonia plástica, tremores de repouso e
instabilidade postural. Apesar de, tradicionalmente, entendida como um distúrbio
do movimento, a DP também apresenta sintomas não motores tão incapacitantes
quanto os sintomas motores.
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Patologias do Sistema Nervoso Central
cimento, mas a associação nem sempre é clara, o que faz com que não seja ainda
possível prever o aparecimento da doença. A combinação entre a predisposição
genética e a presença de fatores tóxicos ambientais é considerada como o fator
etiopatogênico mais importante (SOUZA, 2011). Ainda assim, o único fator de ris-
co definitivo para o aparecimento de DP é o envelhecimento. No entanto, apesar
do declínio nos níveis de dopamina estriatal com o envelhecimento fisiológico,
este processo é distinto das alterações neuropatológicas que se verificam na DP.
Com a ausência de dopamina, essa região sofre alterações e por ter papel
fundamental na manutenção do circuito motor subcortical que controla uma sé-
rie de atividades automáticas, os comportamentos motores passam também a
ser afetados. Um exemplo da repercussão do funcionamento do circuito motor é
quando quero pegar um livro em cima da mesa. De forma consciente, realizo a
ação. Nesse momento quem está ativo é o circuito motor cortical. Mas quando ca-
minho e falo ao celular, o ato de trocar de passos sem estar atento a isso envolve
os circuitos motores subcorticais. Quando falta dopamina, a realização de ações
simultâneas fica comprometida.
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Patologias do Sistema Nervoso Central
Estudo de caso
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Capítulo 2 Doenças Degenerativas do Sistema Nervoso
se tornou inexpressivo. Declara também que o marido está andando mais lenta-
mente e que tem dificuldade em acompanhar o ritmo com que ela anda. Ao vê-lo
entrar no consultório, o médico do Sr. S percebe que está andando curvado, com
marcha curta e desajeitada. Ao exame físico, o médico constata que o Sr. S apre-
senta aumento do tônus e rigidez em roda dentada nos membros superiores, par-
ticularmente do lado direito; além disso, é significativamente mais lento do que o
normal na execução de movimentos alternados rápidos. O médico conclui que os
sinais e os sintomas do Sr. S mais provavelmente representam os estágios iniciais
da doença de Parkinson e prescreve então uma prova terapêutica de levodopa
(STANDAERT; GALANTER, 2009, p. 166).
Atividade de Estudo:
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Patologias do Sistema Nervoso Central
3.5 DIAGNÓSTICO
Apesar do conhecimento sobre a neuroquímica e dos mecanismos fisiopa-
tológicos da DP, não há registro de nenhum marcador biológico que possa ser
utilizado no seu diagnóstico. Ademais, os exames de imagem são inespecíficos.
Dessa forma, as manifestações clínicas são a principal ferramenta de diagnóstico
dessa doença (GALHARDO; AMARAL; VIEIRA, 2009).
3.6 TRATAMENTO
• Tratamento farmacológico de sintomas motores:
1. Dopaminomiméticos – Exemplo: levodopa.
2. Inibidores enzimáticos (que atrasam a degradação da dopamina) – Exem-
plo: rasagilina, selegilina e entacapone).
3. Antagonistas da via do glutamato – Exemplo: amantadina.
4. Antagonistas da via da acetilcolina ou anticolinérgicos: biperideno e o
trihexifenidilo.
• Tratamento farmacológico de sintomas não motores;
o Tratamento cirúrgico, duodopa e apomorfina.
o Psicoterapia.
o Reabilitação neuropsicológica.
1. https://super.abril.com.br/saude/parkinson-por-dentro-do-mis-
terio/
2. https://drauziovarella.uol.com.br/envelhecimento/doenca-de-
-parkinson-2/
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Atividades de estudo:
a) ( ) I, II e III, apenas.
b) ( ) I, II, III e IV.
c) ( ) I e IV, apenas.
d) ( ) I e III, apenas.
e) ( ) I e II, apenas.
a) ( )F–V–V–V
b) ( )V–F–V–V
c) ( )V–V–V–V
d) ( )V–V–F–V
e) ( )V–F–F–V
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Capítulo 2 Doenças Degenerativas do Sistema Nervoso
4 DOENÇA DE HUNTINGTON
Em 2007 foi ao ar a quarta temporada do seriado americano House e uma
de suas principais personagens, Remy Hadley (vivida na ficção pela atriz Olivia
Wilde), foi diagnosticada com a doença de Huntington – DH. Você se recorda? O
seriado não esclareceu sua etiologia, porém mostrou que se tratava de uma doen-
ça genética, degenerativa e ainda sem cura.
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Capítulo 2 Doenças Degenerativas do Sistema Nervoso
4.1 DIAGNÓSTICO
Segundo Gil-Mohapel e Rego (2011, p. 726), os critérios diagnósticos consi-
deram:
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Capítulo 2 Doenças Degenerativas do Sistema Nervoso
Atividades de estudo:
5 DOENÇA DE ALZHEIMER
A doença de Alzheimer – DA foi descrita inicialmente por um psiquiatra ale-
mão, Alois Alzheimer, em meados de 1906. A doença de Alzheimer é a causa mais
frequente de demência e, ao contrário das outras afecções do sistema nervoso
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Patologias do Sistema Nervoso Central
Em 1940, a população brasileira era composta por 42% de jovens com me-
nos de 15 anos enquanto os idosos representavam apenas 2,5%. No último Cen-
so realizado pelo IBGE, em 2010, a população de jovens foi reduzida a 24% do
total. Por sua vez, os idosos passaram a representar 10,8% do povo brasileiro, ou
seja, mais de 20,5 milhões de pessoas possuem mais de 60 anos, isto representa
incremento de 400% se comparado ao índice anterior. A estimativa é de que nos
próximos 20 anos esse número mais que triplique (SDH, 2012).
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Outras baterias neuropsicológicas que são utilizadas para avaliação dos pa-
cientes com DA:
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Atividades de estudo:
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6 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Este capítulo teve por objetivo apresentar os conceitos das principais doen-
ças neurodegenerativas do sistema nervoso central. Falamos sobre a esclerose
múltipla, doença de Parkinson, doença de Huntington e doença de Alzheimer. O
que estas doenças têm em comum é o fato de serem doenças que apresentam
degeneração progressiva do sistema nervoso. São doenças cujos tratamentos
são paliativos, pois não há ainda cura. Busca-se diagnosticar precocemente para
promover intervenções que permitam melhor qualidade de vida para o paciente e
seus cuidadores.
A doença de Huntington, que surge por volta dos 40 anos, é uma doença cujo
componente genético é evidente, ou seja, se há diagnóstico em algum dos pais,
há 50% de chances de que um dos filhos tenha a doença. É uma doença que afe-
ta os gânglios da base, com perdas neuronais significativas da área. Esse dano
prejudica a capacidade motora, evidencia alterações no pensamento, julgamento
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Capítulo 2 Doenças Degenerativas do Sistema Nervoso
Sugiro que retome os tópicos que não ficaram claros e utilize as ferramentas
de busca (Scielo, Pubmed, Google Acadêmico etc.) e aprofunde seu conhecimen-
to sobre essas afecções que acometem o sistema nervoso central. Busque tam-
bém correlacionar as características das doenças aqui estudadas com os tipos de
lesões que tratamos no Capítulo 1.
REFERÊNCIAS
ABREU, Izabella Dutra de; FORLENZA, Orestes Vicente; BARROS, Hélio Lauar
de. Demência de Alzheimer: correlação entre memória e autonomia. Archives of
Clinical Psychiatry, v. 32, n. 3, p. 131-136, 2005.
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Patologias do Sistema Nervoso Central
CECATO, Juliana Francisca et al. Verbal behavior in Alzheimer disease patients: Analysis
of phrase repetition. Dementia & neuropsychologia, v. 4, n. 3, p. 202-206, 2010.
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Capítulo 2 Doenças Degenerativas do Sistema Nervoso
GARRETT, Bob; HOUGH, Gerald Cont; AGNEW, John Cont. Brain and behavior:
an introduction to biological psychology. Sage Publications, Inc, 2018.
GIL-MOHAPEL, Joana M.; REGO, Ana Cristina. Doença de Huntington: uma revisão
dos aspectos fisiopatológicos. Rev Neurocienc, v. 19, n. 4, p. 724-34, 2011.
77
Patologias do Sistema Nervoso Central
MEMORIA, Cláudia M. et al. Brief screening for mild cognitive impairment: validation of
the Brazilian version of the Montreal cognitive assessment. International Journal of
Geriatric Psychiatry, v. 28, n. 1, p. 34-40, 2013.
POLMAN, Chris H. et al. Diagnostic criteria for multiple sclerosis: 2005 revisions
to the “McDonald Criteria”. Annals of Neurology: Official Journal of the American
Neurological Association and the Child Neurology Society, v. 58, n. 6, p. 840-846, 2005.
PORTO, Cláudia S. et al. Brazilian version of the Mattis dementia rating scale:
diagnosis of mild dementia in Alzheimer’s disease. Arquivos de neuro-
psiquiatria, v. 61, n. 2B, p. 339-345, 2003.
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Capítulo 2 Doenças Degenerativas do Sistema Nervoso
SHENKMAN M. L.; CLARK K.; XIE T.; KUCHIBHATLA M.; SHINBERG M.; RAY
L.; Spinal movement and performance of standing reach task in participants with
and without Parkinson disease. Phys Ther, v. 81, p. 1400-1411, 2001.
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Patologias do Sistema Nervoso Central
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C APÍTULO 3
Outras Doenças do Sistema
Nervoso
A partir da perspectiva do saber-fazer, são apresentados os seguintes
objetivos de aprendizagem:
Saber:
Fazer:
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Capítulo 3 Outras Doenças do Sistema Nervoso
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
No Capítulo 1 elencamos algumas estruturas que compõem o sistema ner-
voso, falamos sobre sua divisão em Sistema Nervoso Central – SNC e Sistema
Nervoso Periférico – SNP, bem como das lesões que podem acometer essas es-
truturas. As lesões que acometem o sistema nervoso podem ser de toda ordem:
traumas, acidentes vasculares, mutações gênicas, malformações genéticas e tu-
mores, por exemplo.
Ao final deste capítulo, espera-se que você consiga visualizar de forma mais
ampla o cenário composto pelo sistema nervoso no seu processo de interação
com o ambiente interno e externo.
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Patologias do Sistema Nervoso Central
Vamos lá?
2 EPILEPSIA
Epilepsia é uma palavra de origem grega que quer dizer “sur-
Epilepsia é uma
presa”, “evento inesperado”. A epilepsia é conhecida pela medicina há
palavra de origem
grega que quer dizer séculos, porém, desde seu aparecimento tem sido relacionada, pelo
“surpresa”, “evento senso comum, a possessões e maldições. O que ocorre, de fato, é a
inesperado”. hiperexcitabilidade de um agrupamento de células nervosas que pro-
move um conjunto de sinais e sintomas característicos. Dentre estes,
os que são imediatamente relacionados à epilepsia são as convulsões ou a perda
súbita de consciência.
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Capítulo 3 Outras Doenças do Sistema Nervoso
Crises epilépticas
Parciais (Focais ou Locais) Generalizadas
Simples: manifestações motoras com iní- Ausências: Comprometimento breve de consciência,
cio pelas mãos, pés ou face, sensoriais com manifestações motoras sutis, aumento ou diminui-
(dormência e formigamento, por exem- ção do tônus muscular e sinais autonômicos. As crises
plo), palidez e sudorese ou transtornos de ausência típica normalmente duram em torno de dez
psicológicos, com medo e ansiedade. Há segundos, embora variem entre quatro e 20 segundos.
preservação da consciência. Na ausência típica ocorre um estado confusional.
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Patologias do Sistema Nervoso Central
As crises epilépticas
focais são as que
ocorrem em apenas As crises epilépticas focais são as que ocorrem em apenas um dos
um dos hemisférios. hemisférios. As generalizadas, as que ocorrem nos dois hemisférios. É
As generalizadas,
as que ocorrem nos possível também compreender a epilepsia focando nos lobos encefáli-
dois hemisférios. cos em que ocorrem.
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Capítulo 3 Outras Doenças do Sistema Nervoso
Para esclarecer...
A síndrome
A síndrome epiléptica é o conjunto de sinais e sintomas que são epiléptica é o
encontrados na crise epiléptica e caracterizam a ocorrência provável da conjunto de sinais
epilepsia. Apesar de ser relacionada imediatamente à epilepsia, a síndro- e sintomas que
são encontrados
me epiléptica por si só não garante o diagnóstico de epilepsia. Algumas na crise epiléptica
dessas alterações são encontradas durante o sono e na síndrome de e caracterizam a
ocorrência provável
Landau-Kleffner, uma doença de causa desconhecida, porém associada à da epilepsia.
exposição a vírus ou ocorrência de traumatismo craniano.
2.1 DIAGNÓSTICO
O diagnóstico de epilepsia é concretizado por meio da anamnese. Deve-se
determinar a idade de início dos sintomas, possível histórico familiar de epilepsia
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Patologias do Sistema Nervoso Central
Você Sabia?
No dia 26 de março é celebrado o Dia Mundial de Conscienti-
zação da Epilepsia. Popularmente conhecido como Purple Day (Dia
do Roxo), tem por objetivo conscientizar a população mundial sobre
a síndrome. Essa data foi criada em 2008 por Cassidy Megan, uma
criança na época com nove anos, que vivia em Nova Escócia, no
Canadá, com a ajuda da Associação de Epilepsia da Nova Escócia
(EANS). A menina escolheu a cor roxa para representar a epilepsia
por causa da lavanda. Essa flor é geralmente associada à solidão,
que representa os sentimentos de isolamento que muitas pessoas
com epilepsia sentem.
FONTE: https://www.epilepsiabrasil.org.br/noticias/purpla-day-dia-mundial-
de-conscientizacao-da-epilepsia.
2.3 TRATAMENTO
Os medicamentos ministrados durante o tratamento da epilepsia têm por ob-
jetivo bloquear as descargas elétricas anormais que ocorrem no sistema nervoso
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Capítulo 3 Outras Doenças do Sistema Nervoso
Atividades de estudos:
3 DOENÇAS INFECCIOSAS DO
SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso – SN tem características anatômicas e fisiológicas que
oferecem proteção tornando-o menos suscetível às ações de agentes externos
como traumas e infecções. Essa proteção é tanto estrutural quanto funcional. Es-
truturalmente, o SN conta com proteção óssea (crânio e coluna vertebral). Funcio-
nalmente, possui um sistema especializado de auto-regulação do fluxo sanguíneo
cerebral e possui o líquor ou líquido cefalorraquidiano – LCR, que serve como
amortecedor para o encéfalo e medula espinal e também fornece nutrientes e re-
move os resíduos metabólicos do tecido nervoso.
Apesar dessas características, o sistema nervoso pode vir a ser atingido por
infecções. As infecções podem ser causadas por vírus, bactérias, fungos e, por
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Patologias do Sistema Nervoso Central
3.1 ENCEFALITES
As infecções podem causar inflamação do encéfalo. A inflamação decorrente
de infecção encefálica é chamada de encefalite. As inflamações mais comuns
são as causadas por vírus. O vírus pode infectar o sistema nervoso diretamente.
Há, porém, a possibilidade de a inflamação ser ativada por um vírus que causou
infecção anteriormente ou por uma vacina que provoca reação do sistema imuno-
lógico e este danifica o sistema nervoso. Se a medula espinal também for afetada,
há o diagnóstico de encefalomielite.
• Encefalite epidêmica
• Encefalite La Crosse
• Encefalite equina oriental
• Encefalite do Nilo ocidental
• Encefalite de St. Louis
• Encefalite equina ocidental
• Encefalite transmitida por carrapato
• Encefalites por vírus:
a) Vírus Chikungunya
b) Vírus da encefalite japonesa
c) Encefalite equina venezuelana
d) Vírus Zika
• Encefalite esporádica
a) Vírus herpes simples
b) Raiva
c) HIV
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Capítulo 3 Outras Doenças do Sistema Nervoso
3.2 MENINGITE
A meningite
A meningite é o processo inflamatório que ocorre nas membra- é o processo
nas que envolvem o encéfalo e a coluna vertebral. Essas membranas inflamatório
são as meninges (Figura 2). Quando a infecção é generalizada sobre que ocorre nas
membranas que
o encéfalo, coluna vertebral e sobre as meninges, é chamada de me- envolvem o encéfalo
ningoencefalite. e a coluna vertebral.
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Capítulo 3 Outras Doenças do Sistema Nervoso
• Enterovírus;
• Vírus do herpes simples;
• Vírus transmitidos por mosquitos;
• Vírus da coriomeningite linfocítica;
• Vírus da imunodeficiência humana (HIV).
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Atividades de Estudo:
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4 MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS
E ANORMALIDADES DO
DESENVOLVIMENTO
Anomalia congênita é todo defeito funcional ou estrutural, presente no Anomalia congênita
momento do nascimento ou que se manifesta em etapas mais avançadas é todo defeito
funcional ou
da vida. As causas estão ligadas a eventos que precedem ao nascimento, estrutural, presente
podendo ser herdadas ou adquiridas. Os principais fatores etiológicos são no momento do
nascimento ou
representados pelas condições hereditárias (genéticas), exposição a subs- que se manifesta
tâncias químicas (medicamentos, álcool e drogas ilícitas), infecções (cito- em etapas mais
megalovirose, rubéola e toxoplasmose) e radiações, sendo na maioria das avançadas da vida.
vezes por razões desconhecidas (DE MELO et al., 2010).
De acordo com Castro et al. (2006), uma malformação congênita pode ser
analisada conforme a gravidade. Nesse caso, é observado se há consequências
que afetam a vida funcional e social do indivíduo. Esse tipo é o mais grave e
onde se enquadram a anencefalia, hidrocefalia e a fenda labial e palatina. Quando
não há alteração significativa para vida funcional do indivíduo, as malformações
são consideradas de menor gravidade. Entre estas estão a clinodactilia do quinto
dedo, polidactilia e prega simiesca.
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Capítulo 3 Outras Doenças do Sistema Nervoso
FONTE: http://bio-neuro-psicologia.usuarios.rdc.puc-rio.br/embriologia-
do-sistema-nervoso.html. Acesso em: 20 mar. 2019.
4.1.1 Hidrocefalia
Hidrocefalia (hidro = água + céfalo = cabeça) é uma condição que se carac-
teriza pelo acúmulo do líquido cefalorraquidiano nos ventrículos cerebrais e no
espaço subaracnoide entre as membranas aracnoide e pia-máter das meninges,
cuja dilatação pode comprometer os ventrículos laterais. Pode ser congênita ou
adquirida.
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Patologias do Sistema Nervoso Central
Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rsbph/v15n2/v15n2a07.pdf
Atividades de estudo
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as fibras nervosas afetadas e com a localização das lesões. Se afetam Se afetam nervos
nervos (Figura 9) isolados, as doenças do SNP são chamadas de mo- (Figura 9) isolados,
as doenças do SNP
noneuropatias. Se há um envolvimento difuso do SNP, são chamadas são chamadas de
de polineuropatias. mononeuropatias.
Se há um
envolvimento
difuso do SNP,
FIGURA 9 – DISPOSIÇÃO DOS NERVOS CRANIANOS são chamadas de
NO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO polineuropatias.
FONTE: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/doze-pares-
de-nervos.htm. Acesso em: 20 mar. 2019.
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FONTE: http://ortomedicamooca.com.br/wp-content/uploads/2017/10/
tunel-do-carpo2-1.jpg. Acesso em: 19 mar. 2019.
5.2.2 Neuropatia ulnar
A neuropatia ulnar resulta de uma compressão do nervo cubital ou nervo ul-
nar (Figura 11). O nervo ulnar origina-se no plexo braquial, na região C8-T1 da
coluna vertebral e desce pelo braço em linha contínua passando pelo cotovelo e
seguindo em direção à mão onde ramifica para os músculos flexor ulnar do carpo
e flexor profundo do 4º e 5º dedos.
FONTE: http://fisioterapiaelainedaltoe.com.br/wp-content/
uploads/2016/01/ulnar.jpg. Acesso em: 21 mar. 2019.
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FONTE: https://image.slidesharecdn.com/auladedor-110209150454-phpapp02/95/
introduo-a-dor-33-728.jpg?cb=1298200484. Acesso em: 21 mar. 2019.
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5.3 POLINEUROPATIAS
A polineuropatia é uma disfunção de vários nervos periféricos que podem
advir de infecções, toxinas, medicamentos, câncer, deficiências nutricionais e ou-
tras doenças. Pode ser aguda ou crônica e tem alguns sintomas comuns, como a
alteração da sensação ou força nos membros superiores e inferiores.
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6 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Ao longo dos capítulos deste livro percorremos a trajetória do conhecimento
do sistema nervoso. Você e eu conhecemos algumas estruturas e constituições
do sistema nervoso, suas divisões e suas afecções. Visualizamos doenças que
são causadas durante a gestação e outras que se manifestam na interação com
o meio.
Você entrou em contato com conceitos técnicos que são comuns à área da
Medicina, porém vistos durante algumas disciplinas no seu processo de formação
em Psicologia. O objetivo deste livro foi exatamente conduzir você durante seus
estudos de modo a ampliar sua visão sobre o complexo ser que busca na sua for-
mação subsídios para auxiliá-lo em seus comportamentos.
Aproveite!
REFERÊNCIAS
BRAGA, Eustáquio de Carvalho et al. Enpiema subdoral secundário a sinusite de
repetição. Pediatr. mod, p. 133-136, 2006.
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YACUBIAN, Elza Márcia Targas. Epilepsia e estigma. São Paulo: Casa Leitura
Médica, 2010
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