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Ciclo do ácido cítrico e cadeia transportadora

Rafael Torre, orientando do profº Marco André no PPGQ

Seropédica, 2022
E quando a glicólise termina?

Terminado a via da glicólise


• Para qual lugar as
moléculas de piruvato
vão?
Organela responsável pela respiração
celular nos organismos eucarióticos, a
mitocôndria possui todos os atributos
necessários para desempenhar a função e
pode chegar as milhares dentro de uma
única célula.
Primeira etapa: Formação da Acetil-CoA

Complexo enzimático Piruvato-desidrogenase


(PDH):
• 3 enzimas: piruvato-desidrogenase (E1); Di-
hidrolipoil-transacetilase (E2); Di-
hidrolipoil-desidrogenase (E3)
5 coenzimas fazem parte do complexo de PDH. Quatro
Primeira etapa: Formação da Acetil-CoA delas são derivadas de vitaminas essenciais na nutrição

TPP (derivado da FAD (derivado da vitamina


vitamina B1 - tiamina) B2 – riboflavina)
5 coenzimas fazem parte do complexo de PDH. Quatro
Primeira etapa: Formação da Acetil-CoA delas são derivadas de vitaminas essenciais na nutrição

NAD (derivado da vitamina CoA (derivado da vitamina Lipoato (base conjugada do


B3 – nicotinamida) B5 – ácido pantotênico) ácido lipóico)
Etapas:
Primeira etapa: Formação da Acetil-CoA 1) Descarboxilação do piruvato
2) Redução da ligação dissulfeto do
lipoato
3) Transferência de grupo acetil
(ativação do grupo acila)
4) Regeneração da ligação
dissulfeto
5) Redução de NAD+
Etapa 1: Formação do citrato (citrato-sintase)

• Baixa concentração de
oxolacetato;

• Formação de intermediário
citroil-CoA

• Rápida hidrólise do tioéster,


liberando CoA livre ;

• Clivagem de tioestér ocorre


posteriormente a condensação.

• Formação de uma molécula de 6


carbonos (citrato)
Etapa 2: Formação de isocitrato - (aconitase)

• Etapa de isomerização reversível;

• O equilíbrio favorece a forma citrato, porém o


rápido consumo de isocitrato faz o equilíbrio se
deslocar para a direita;
Etapa 3 : Formação de α-cetoglutarato (isocitrato-desidrogenase)

• Descarboxilação oxidativa;

• Formação de NADH

• Cofator Mn2+ estabilização do intermediário formado;


Etapa 4 : Formação de Succinil-CoA (complexo α-cetoglutarato-desidrogenase)

• Descarboxilação oxidativa;

• Formação de NADH

• Complexo com funcionamento


análogo ao complexo PDH.

• Armazenamento da energia liberada


na reação com a formação da ligação
de alta energia com a coenzima A.
Etapa 5 : Formação de Succinato (Succinil-CoA-sintetase)

• Fosforilação ao nível do substrato

• Armazenamento da energia da ligação


tioéster em uma ligação fosfoanidro
de alta energia (formação de ATP ou
GTP).

Energia livre liberada na hidrólise da ligação tioéster=-36 kJ/mol

Energia requerida para fosforilação do ATP =30,5 kJ/mol


Etapa 5 : Formação de Succinato (Succinil-CoA-sintetase)

• Em células animais, existem duas


isoformas dessa enzima, uma é
especifica para catalisação da
formação de GTP e a outra para
formação de ATP.

• Um resíduo de aminoácido de
Histidina é o responsável por
fosforilar o ADP (ou GDP).
Etapa 6 : Formação do Fumarato (Succinato-desidrogenase)

• Complexo II da cadeia
transportadora de elétrons

• Redução de grupo prostético


FAD+

Complexo proteico que integra a cadeia


transportadora de elétrons
Etapa 7 : Formação de Malato (fumarase)

• Hidratação do fumarato a malato


Etapa 8: Regeneração de oxolacetato (Malato-desidrogenase)

• Redução de NAD+

• Apesar do equilíbrio favorecer


malato, a baixa concentração e
constante consumo de oxolacetato
dentro da mitocôndria permite que a
reação aconteça.
A conservação de energia no ciclo do ácido cítrico

Piruvato
• A energia liberada pelas
descarboxilações e oxidações
produzem coenzimas reduzidas (3
NADH e 1 FADH2 dentro do ciclo +
1 NADH na descarboxilação do
piruvato) e um ATP ao nível do
substrato em uma rodada do ciclo.

• Essa energia armazenada nas


coenzimas reduzidas depois será
usada na cadeia transportadora de
elétrons para gerar a força necessária
para fosforilação oxidativa do ADP à
ATP.
O ciclo do ácido cítrico é anfibólico

• Intermediários do ciclo servem


como precursores ara importantes
vias de biossíntese;

• Reações anapleróticas são


responsáveis pela reposição dos
intermediários do ciclo, os
mantendo em níveis aceitáveis na
matriz mitocondrial

Para fora do ciclo: Representa os


desvios dos intermediários para
biossítese
Para dentro do ciclo: Representa
as reações de reposição
(anapleróticas) dos intermediários
do ciclo
Reações anapleróticas repõem os intermediários do ciclo
Regulação do ciclo do ácido cítrico

• Duas enzimas são fortemente


reguladas: o complexo PDH e
PFK-1 citrato-sintase;
(glicólise)
• O complexo PDH é também
regulado por fosforilação na sua
subunidade E1, que quando
fosforilado modula negativamente
a ação do complexo
Cadeia Transportadora de elétrons

• Fluxo de elétrons por uma série de


transportadores na membrana
interna da mitocôndria (eucariotos)

• Formação de um gradiente
eletroquímico transmembranar com
prótons

• Oxigênio é o aceptor final de


elétrons
Potencial de Redução
Fluxo de elétrons que ocorre nos complexos proteicos e seus carregadores assim como as coenzimas que
alimentam a cadeia transportadora estão arranjados cuidadosamente pelo seu potencial de redução
Carregadores de elétrons presentes na cadeia transportadora
Além da coenzima NAD, que doa seus elétrons para o complexo 1 (NADH-
desidrogenase), outros carreadores de elétrons são encontrados nos complexos
proteicos da cadeia transportadora de elétrons:

✓ Nucleotídeos de flavina. Ex: FAD e FMN

✓ Citocromos

FMN
Carregadores de elétrons presentes na cadeia transportadora
Além da coenzima NAD, que doa seus elétrons para o complexo 1 (NADH-
desidrogenase), outros carreadores de elétrons são encontrados nos complexos
proteicos da cadeia transportadora de elétrons: Ubiquinona (Q)

✓ Centros de Fe-S

✓ Ubiquinona (coenzima Q)

Ubiquinol (QH2)
Complexos carregadores de elétrons
Complexo I: NADH-desidrogenase

• Catalisa a reação da transferência de elétrons


de NADH para a ubiquinona (Q)

• Utiliza a energia fornecida pelo fluxo de


elétrons para bombear 4H+ para o espaço
intermembranar
Complexo II: Succinato-desidrogenase

• Complexo proteico que catalisa a transferência


de elétrons do succinato (ciclo do ácido cítrico)
para a ubiquinona.
Complexo III: Ubiquinona: citocromo c-oxidorredutase

Citocromo C, uma proteína livre no


espaço intermembrana reduzido se
dissocia do complexo III e carrega
seus elétrons a um centro de cobre
binuclear no complexo IV

A cada par de elétrons passados para


o citocromo C, 4 H+ são bombeados
Aqui são necessárias duas etapas de oxirredução do em direção ao espaço
ubiquinol, pois o ubiquinol passará seus dois elétrons intermembranar através do
para receptores como o citocromo c que possuem a complexo III.
capacidade de transporte de apenas um elétron. Isso
faz com duas moléculas de ubiquinol sejam reduzidas
para par de elétrons transferidos para o citocromo C
Complexo IV: Citocromo-oxidase

Transfere elétrons da
proteína citocromo c para o
aceptor final do catabolismo
oxidativo: O2.

O O2 é então reduzido a
2H2O através da absorção
de 4 elétrons e 4H+. Ocorre
o bombeamento de 4
prótons para o espaço
intermembranar.
Rendimento do bombeamento de prótons

Por par de elétrons transferidos ao O2:


Quando o par de elétrons foi doado pela Quando o par de elétrons foi doado pela
coenzima NAD reduzida (NADH) para a coenzima FAD reduzida (FADH2) para
cadeia transportadora– Doação ocorre no a cadeia transportadora – Doação
complexo I: ocorre no complexo II:

✓ 4H+ bombeados no complexo I ✓ 4H+ bombeados no complexo III


✓ 4H+ bombeados no complexo III ✓ 2H+ bombeados no complexo IV
✓ 2H+ bombeados no complexo IV
Total de 6H+ bombeados da matriz
Total de 10H+ bombeados da matriz mitocondrial em direção ao espaço
mitocondrial em direção ao espaço intermembranar
intermembranar
Referencias bibliograficas

Nelson, D. L., & Cox, M. M. (2017). Lehninger Princípios de Bioquímica (6ª ed.).
W.H. Freeman.

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