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-O que é? A terapia de esquemas (ST) é uma terapia integrativa que combina elementos das
abordagens cognitivo-comportamental, apego, Gestalt, relações objetais, construtivista e
psicanalítica em um modelo rico, de unificação conceitual e de tratamento que pertence a
segunda onda da terapia cognitivo-comportamental (Flanagan, Atkinson & Young, 2020, p. 24).
“Existem quatro modelos principais de integração - teórica, técnica ecléctica, fatores comuns e
integração assimiladora. ST pertence à categoria de integração assimiladora, o que implica
‘permanecer ancorado numa orientação teórica primária, integrando técnicas e princípios de
outras orientações’ ” (Flanagan, Atkinson & Young, 2020, p. 38).
-Qual seu histórico? O desenvolvimento recente da ST pode ser dividido em 3 fases (Edwards &
Arntz, 2012, p. 3):
2. Arnoud Arntz desenvolve uma forma expandida da CT para transtorno borderline e querendo
desenvolvê-la em um modelo para usar em um ensaio clínico, faz uma colaboração com Young,
após receber uma recomendação do trabalho deste através de Beck. As descobertas do RCT
feito a partir daí publicadas em 2006 levam a um aumento do interesse clínico e científico e
tornam a ST um tratamento baseado em evidências. Surge a sociedade internacional (Edwards
& Arntz, 2012, p. 16).
3. Joan Farrell e Ida Shaw desenvolvem em colaboração uma terapia de grupo para Transtorno
de Personalidade Borderline, de forma paralela, mas reconhecem após conhecer Young em 2004
que criaram uma versão grupal da ST, cujo valor é demonstrado posteriormente também em
um RCT em 2009 (p. 17).
Mais recentemente também, Roediger et al. (2018) tem avançado no que consideram ser a
'terceira onda' da ST, a Terapia de Esquemas Contextual (Flanagan, Atkinson & Young, 2020, p.
36).
3.Estilos de enfrentamento: estratégias que a pessoa tem para evitar ser perturbada pelos
esquemas. São 3: rendição, evitação e sobrecompensação. Geralmente não são conscientes,
mas reações automáticas (Van Genderen, Rijkeboer & Arntz, 2012, p. 29-31). Levam a
manutenção do esquema (Idem, p. 32). O principal objetivo da terapia é ajudar os pacientes a
sarar, dominando os seus EMSs, adquirindo novas formas de lidar com eles e, assim, conseguir
que as suas necessidades fossem satisfeitas em formas mais adaptativas (Flanagan, Atkinson &
Young, 2020, p. 26).
Ex.: No modo de Rendição Condescendente “O paciente dedica-se ao desejo dos outros, a fim
de evitar consequências negativas. Ele suprime as suas próprias necessidades ou emoções e
reprime sua agressão. Ele comporta-se de forma subserviente e passivamente, e espera ganhar
aprovação sendo obediente. Ele tolera abusos de outras pessoas” (Van Genderen, Rijkeboer &
Arntz, 2012, p. 34).
No modo Agressão e Ataque “O paciente quer evitar ser controlado ou ferido por outros, e
portanto, tenta controlá-los. Ele usa ameaças, intimidação, agressão, e força para este fim. Ele
quer sempre estar numa posição dominante, e tem um prazer sádico em magoar outros” (Idem,
p. 35).
-De quais técnicas se utiliza? (Flanagan, Atkinson & Young, 2020, p. 29-35)
Young concluiu que tecnicamente a teoria do apego significava que o terapeuta tinha que
oferecer uma relação parental para o lado infantil do paciente para poder corrigir esquemas
disfuncionais e permitir que novos esquemas saudáveis se formem (Edwards & Arntz, 2012, p.
8).
2.Técnicas experienciais:
Referências
Edwards, D., & Arntz, A. (2012). Schema Therapy in Historical Perspective. In M. van Vreeswijk,
J. Broersen, & M. Nadort (Eds), The Wiley-Blackwell handbook of schema therapy (pp. 3–26).
Chichester: John Wiley & Sons.
Flanagan, C., Atkinson, T., & Young, J. (2020). An introduction to Schema Therapy: Origins,
overview, research status and future directions. In G. Heath & H. Startup (Eds), Creative
Methods in Schema Therapy Advances and Innovation in Clinical Practice (pp. 24-42). New
York, Oxon: Routledge.
Van Genderen, H., Rijkeboer, M., & Arntz, A. (2012). Theoretical model: Schemas, coping
styles, and modes. In M. van Vreeswijk, J. Broersen, & M. Nadort (Eds), The Wiley-Blackwell
handbook of schema therapy (pp. 27–40). Chichester: John Wiley & Sons.