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METODOLOGIA
Iniciaremos a aula do 4 ano com a introdução do tema poema, levantando as vivências e experiências dos alunos, se já
leram algum e se conhecem a estrutura de um poema. Em seguida faremos uma roda de conversa, onde será distribuído uma folha com
o poema para a análise da estrutura, sendo apresentado o conceito de estrofe, verso e rima. Em seguida será enfatizado a necessidade
da entonação entro do poema na expressão emocional dos versos na entonação da voz quando se recita, trazendo o ouvinte para
dentro do poema. Num segundo momento, será proposto uma leitura compartilhada do seguinte poema: “O menino azul” de Cecília
Meireles.
Converse com a turma sobre a vida da autora e as suas obras e solicite-lhes que leiam o poema silenciosamente. Em
seguida, questione-os acerca de suas impressões sobre a obra, pergunte-lhes o que compreenderam do texto e problematize suas
respostas, sem dizer o que está certo ou errado. Dando continuidade, explique-lhes que o poema é formado por estrofes e versos e
peça-lhes que contem quantos versos tem o poema, fazendo assim a socialização da descoberta entre os alunos.
ANEXOS:
POEMA:
Cecília Meireles nasceu no Rio de Janeiro, dia 7 de novembro de 1901. Estreou sua carreira de escritora com apenas 18 anos
com o livro Espectros. Quando completou 21 anos, casou-se com o pintor Fernando Correia Dias, natural de Portugal, porém
ele sofria de depressão e cometeu suicídio em 1935. Cinco anos depois, Cecília casou- -se novamente e teve três filhas. A
autora deu aulas na Universidade Federal do Rio de Janeiro e na Universidade do Texas, além de ministrar conferências na
Universidade de Coimbra. Em 1942 tornou-se sócia honorária do Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro. Além
de atuar como jornalista e publicar vários artigos sobre educação, Cecília fundou a primeira biblioteca infantil do Brasil em
1934, localizada em Botafogo (RJ). A carioca foi agraciada com o título de Doutora Honoris Causa (1953) pela Universidade de
Déli, na Índia; mesmo após sua morte, continuou a receber inúmeros prêmios, dos quais se destacam: Prêmio de Poesia
Olavo Bilac, Prêmio Jabuti e Prêmio Machado de Assis. Cecília Meireles faleceu em 1964.
Sobre o livro:
Com extrema sensibilidade, Cecília Meireles atinge o imaginário infantil contando a história de um garoto que desejava ter um
animal de estimação: um burrinho manso e que soubesse conversar. Expressando, subjetivamente, a ansiedade por novas
descobertas ao lado de um amigo, o burrinho simboliza essa ligação entre o menino e o novo, o desconhecido. Os versos em
sintonia com as ilustrações são tratados com suavidade e leveza, e a escolha da cor azul traz uma ideia de sonho e fluidez
para a história.
(BNCC- No âmbito do Campo artístico-literário, trata-se de possibilitar o contato com as manifestações artísticas em geral, e, de forma particular
e especial, com a arte literária e de oferecer as condições para que se possa reconhecer, valorizar e fruir essas manifestações. Está em jogo a
continuidade da formação do leitor literário, com especial destaque para o desenvolvimento da fruição, de modo a evidenciar a condição estética
desse tipo de leitura e de escrita. Para que a função utilitária da literatura – e da arte em geral – possa dar lugar à sua dimensão humanizadora,
transformadora e mobilizadora, é preciso supor – e, portanto, garantir a formação de – um leitor-fruidor, ou seja, de um sujeito que seja capaz de
se implicar na leitura dos textos, de “desvendar” suas múltiplas camadas de sentido, de responder às suas demandas e de firmar pactos de
leitura. Para tanto, as habilidades, no que tange à formação literária, envolvem conhecimentos de gêneros narrativos e poéticos que podem ser
desenvolvidos em função dessa apreciação e que dizem respeito, no caso da narrativa literária, a seus elementos (espaço, tempo,
personagens); às escolhas que constituem o estilo nos textos, na configuração do tempo e do espaço e na construção dos personagens; aos
diferentes modos de se contar uma história (em primeira ou terceira pessoa, por meio de um narrador personagem, com pleno ou parcial domínio
dos acontecimentos); à polifonia própria das narrativas, que oferecem níveis de complexidade a serem explorados em cada ano da escolaridade;
ao fôlego dos textos. No caso da poesia, destacam-se, inicialmente, os efeitos de sentido produzidos por recursos de diferentes naturezas, para
depois se alcançar a dimensão imagética, constituída de processos metafóricos e metonímicos muito presentes na linguagem poética.)
REFERÊNCIAS:
REYES, Yolanda. A casa imaginária: Leitura e literatura na primeira infância. São Paulo: Global, 2010.
REYES, Yolanda. Ler e brincar, tecer e cantar. Literatura, escrita e educação. São Paulo: Editora Pulo do Gato, 2012.