Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Não existe uma forma única e perfeita de estrutura que possa atender todas as empresas, daí buscar-se
aquela que atenda peculiaridades e situações locais e agregue vantagens específicas à organização. Para
Wagner & Hollenbeck (2002), estruturar uma organização implica fazer escolhas bem ponderadas entre
várias alternativas.
Entre essas alternativas podemos encontrar estruturas “pesadas”, com vários níveis de comando, pouco
flexíveis e centralizadoras, ou outras mais adaptativas às condições do seu mercado específico e com maior
últimas podem ser representadas por pequenas pirâmides, mais achatadas, por terem menos níveis
hierárquicos.
Legenda: ORGANOGRAMA
Desde que Henry Fayol estruturou seu trabalho buscando o melhor arranjo entre os setores das empresas,
estas vêm buscando montar suas estruturas funcionais da forma que melhor atenda suas necessidades.
Assim pregava ele que, quanto mais detalhada e especializada fosse essa divisão de responsabilidades,
maior seria a eficiência da organização. Essa divisão de responsabilidades era demonstrada, graficamente,
pelas linhas horizontais do seu organograma, indicando as especialidades de cada área. As linhas verticais
indicavam os diferentes níveis de poder e seu nível de autoridade e responsabilidades (RIBEIRO, 2003).
Interpretando e aprofundando um pouco mais essa afirmação, os desenhos das estruturas organizacionais
buscam atender as necessidades de seus fornecedores, clientes, empregados e acionistas para – através do
atendimento a eles – ela ter suas necessidades satisfeitas (WAGNER & HOLLENBECK, 2002).
Essas estruturas, são chamadas mecanicistas e orgânicas (WAGNER & HOLLENBECK, 2002), e apresentam
ainda, entre si, outras diferenças que demonstram e confirmam aspectos culturais e comportamentais
comunicação é fundamentalmente vertical (o caminho para um contato com outra área passa sempre pela
chefia), lealdade à organização e à chefia são reforçadas constantemente. Já, nas orgânicas, há flexibilidade
horizontalmente.
organizações.
Os processos internos
Ao pensarmos nos processos internos de uma organização, devemos entendê-los como as diversas
atividades que ela tem e que são inter-relacionadas de maneira lógica. Assim, pensando nesta instituição
onde você estuda e que tem o objetivo de atender às necessidades dos alunos que buscam estudar e formar-
se em nível superior, ela tem como atividades: elaborar os conteúdos das disciplinas dos diversos cursos,
disponibilizar professores preparados para ministrar as aulas, manter infraestrutura física adequada para
atendê-los, controlar os seus desenvolvimentos acadêmicos, administrar o fluxo financeiro e também seus
são as formas como a organização organiza suas tarefas para atender as necessidades de seus clientes, os
alunos (OLIVEIRA, 2010).
O importante é que esses processos sejam adequadamente administrados e geridos do início ao fim, de
maneira integrada e controlada, buscando fazer com que tenham eficiência e eficácia em todo o seu ciclo.
Dentro da empresa onde você trabalha, existem os mais diversos processos: o de recrutamento e seleção; de
produção; de compras; de vendas; contábil; de qualidade de produtos ou serviços etc.
E quem administra esses processos? São os gerentes, que executam diversas ações de mensuração e ajustes
do que é realizado, propondo melhorias, fixando metas, buscando recursos para mantê-los e desenvolvê-
los.
Todas essas características compõem a cultura organizacional, que é o jeito de ser da empresa, a sua
personalidade, de forma idêntica ao que acontece conosco, onde a estrutura da nossa personalidade é a
nos seus aspectos comportamentais e decisórios. Nós agimos, nos comportamos e tomamos as decisões de
acordo com o que a cultura da empresa nos orienta e permite.
A formação da cultura
Cabe aqui, innicialmente, lembrar o termo agricultura, que leva ao conceito de plantação, trabalhar a terra,
e que foi tomado emprestado, em parte, para o campo da produção humana, a cultura, que tem – entre suas
inúmeras definições – o valor das ideias aprendidas e depois distribuídas (GOMES & GOMES, 2014).
Mais uma vez, voltemos à nossa instituição educacional. Seus fundadores iniciaram o empreendimento com
uma pequena escola de datilografia, que depois se diversificou e abrangeu a educação infantil, a básica e a
intermediária, até chegar aos cursos superiores. Desde o início, a forma de pensar e agir desses
empreendedores foi moldando o estilo da instituição, determinando seus valores e repassando-os ao que
vieram trabalhar com eles.
A sociedade em que vivemos também veio mudando ao longo do tempo e novos hábitos passaram a fazer
parte do nosso cotidiano. A tecnologia desenvolveu-se em grande escala, em especial nos últimos anos; o
mercado de trabalho diferenciou-se e passou a exigir novas competências dos profissionais que pretendia
contratar e manter em seus quadros; os relacionamentos pessoais e sociais também vieram alterando-se
com o tempo.
Atenta a isso, a instituição também se moderniza e se adequa a essa nova realidade, exigindo novos perfis
de seus profissionais e implantando novas formas de desenvolvimento de cursos (vejam a crescente
utilização de aulas de ensino à distância!) e modernas técnicas de administração de seus recursos e das
pessoas.
Atente, agora, para a organização onde você trabalha; converse com funcionários mais antigos e pergunte-
lhes se a empresa, hoje, é a mesma de cinco anos atrás. O que mudou?
“Ah! A estrutura é diferente e tem menos níveis hierárquicos; os processos estão mais ágeis pela
informatização; as pessoas trabalham e comportam-se de maneira diferente, seus valores são outros! ” Isto
é, muito provavelmente, o que você ouvirá de pessoas que hoje trabalham com você, ou - talvez - já seja a
forma de você pensar.
E será que isso modifica os aspectos comportamentais envolvidos nas decisões dos gestores e da
organização?
A cultura influencia as pessoas, mas estas também influenciam a cultura; desta forma, quem decide o faz
influenciado pela cultura organizacional, mas sem deixar de interferir nela, levado por seus valores e
convicções pessoais (GOMES & GOMES, 2014).
Vamos refletir sobre o tema desta aula e responder as questões que se seguem.
ATIVIDADE
Fayol pregava que a divisão de responsabilidades, dentro de uma
A. I e III;
B. I e IV
C. II e III
D. II e IV
ATIVIDADE
horizontalmente.
C – Quem administra os processos são os funcionários administrativos
se verticalmente.
A. A – Processos são as formas como a organização organiza suas tarefas para atender as
necessidades de sua clientela.
ATIVIDADE
envolvidos.
colaboradores.
modificam.
A. I e III
B. I e IV
C. II e IV
D. II e III
REFERÊNCIA
GOMES, Luiz Flávio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões. Tomada de Decisão: enfoque
OLIVEIRA, D. de P.R. de. Sistemas, Organização & Métodos, uma abordagem gerencial. São Paulo: Atlas,
2010.