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x Prioridade pelo que causa óbito mais rápido x Evitar hiperextensão cervical

x Estratégia ABCDE x Retirar colar cervical se paciente responde e


x Deve-se usar adjuntos: sinais vitais, oximetria não refere dor
de pulso, gasometria arterial, SVD, SNG,
Conduta:
radiografias, USG FAST, TC (apenas pacientes
ATLS estáveis), etc. x Permeabilidade: Chin Lift e jaw trust (manter
x Usar EPI coluna cervical em posição neutra quando for
Introdução Avaliação inicial e x Saber condições do serviço de materiais e fazer as manobras)
transferência x Aspirar
estabilização x Saber dos hospitais de referência conveniados x Glasgow ч8: intubação com proteção de
Antigamente, as mortes tinham uma distribuição x o atendimento ocorre de forma simultânea, cervical
trimodal, sendo a maior quantidade de mortes no por isso toda a equipe deve estar familiarizada x O2 a 100% em máscara com reservatório para
momento do acidente. Hoje, devido à melhoria dos fase pré hospitalar: via aérea, controle de hemorragia
com o ATLS. todos os pacientes
dispositivos de segurança e a melhoria no externa e de choque, imobilização e transferência.
x O2 suplementar: Todos os pacientes devem
atendimento, a curva passa a ter uma distribuição
Fase hospitalar: planejamento para receber o doente. receber
bimodal, sendo rara as mortes em UTI após o acidente.
x Exames básicos: RX de tórax em AP, RX de
Passagem de caso: B: Ventilação e respiração
TRIMODAL pelve, RX de coluna cervical em perfil se dor
cervical, RX de fêmur em AP e perfil se x Expor pescoço e tórax: avaliar distensão
MIST: deformidade, FAST. jugular, posição da traqueia, movimento
x Hemograma, tipagem sanguínea, BHCG em simétrico de parede torácica.
x mecanismo do trauma, mulher. x Ausculta pulmonar, percussão e FR.
x injúrias encontradas ou x Transferência: quando estabilizar. Mas se x Identificar: pneumotórax hipertensivo,
paciente está com lesão que não tem Hemotórax maciço, tórax instável,
suspeitas tratamento definitivo no seu hospital, deve-se pneumotórax aberto
x sinais e sintomas encaminhar imediatamente. x Obs: após IOT e quando possível, realizar Rx de
tórax para avaliar pneumotórax, pois a pressão
x tratamento iniciado. Exame primário, ABCDE e positiva da IOT pode piorar o quadro. Reavaliar
reanimação tórax constantemente se paciente intubado.

Abordagem: sempre falar com o paciente, perguntar o Conduta:


nome e o que aconteceu. Se respondeu de forma x Toracocentese se pneumotórax hipertensivo
inteligível, significa que: via aérea pérvia, ventilação x Curativo de 3 pontas se pneumotórax aberto
sem comprometimento grave, ausência de choque
x Monitor de CO2 conectado ao tubo, se
hemorrágico grave 3 ou 4, exame neurológico normal
disponível
ou próximo da normalidade.

BIMODAL A: via aérea com proteção cervical


C: circulação
Estratégia intra-hospitalar: Como raciocinar: fazer ABCDE com avaliação e Avaliação
condutas imediatas, uma vez que o paciente piorou, x Identificar fontes de hemorragia externa
x Tratar imediatamente doentes com maior Via aérea
volta pro A e REVISE o ABCDE. exsanguinante.
ameaça à vida
x Avaliar: nível de consciência, palidez, pulso
x Nunca permitir que a falta de diagnóstico Se lesões ameaçadoras à vida: encaminhar para x Permeabilidade da via aérea: Conversar com o
x Sinais vitais: FC, PA, TEC, pulso
definitivo impeça a aplicação do tratamento tratamento definitivo, sem avaliação secundária. paciente
x Avaliar possível hemorragia interna
indicado x satO2
Quando fazer avaliação secundária? Paciente estável, e
x História detalhada não é essencial para x Inspeção: corpos estranhos ou fratura facial Obs: idosos, crianças, atletas podem não demonstrar
a avaliação secundária não retardará o tratamento.
tratamento de doenças agudas x Avaliar necessidade de IOT os sinais típicos de hipovolemia Æ sempre adotar
Considerações no exame primário: posição de alerta com esses grupos.
Coluna cervical
Conduta:
x Não é necessário identificar lesões específicas
x considerar se: politraumatizados, alteração de
x Hemorragia externa: compressão direta. Se
nível de consciência, trauma de face, trauma
não for efetiva: torniquete ou clampeamento
craniano.
com pinça.
x Hemorragia interna: FAST e cirurgia. x palpação abdominal anterior e posterior se
x 2 acessos venosos calibrosos: jelcro 14 ou 16 doente lúcido, X: hemorragias
x Amostras de sangue para exames: Exame secundário x FAST
hemograma, tipagem sanguínea, BHCG. x Rx de pelve
exsanguinantes
x SF0,9% ou ringer lactato 1 a 2 litros aquecidos Iniciada após o ABCDE, se doente estável. É uma x TC de abdome e pelve se doente
para prevenção de hipotermia. avaliação mais detalhada, com anamnese e exame hemodinamicamente estável. Pré hospitalar: Hemorragia exsanguinante?
x Sem resposta à reposição: solicitar físico completos. x Se pelve instável: estabilização de pelve com Compressão local Æ se ineficiente Æ torniquete
concentrado de hemácias, plaquetas e plasma 1. Anamnese: AMPLA (alergia, medicações em lençol.
Intra-hospitalar: hemorragia exsanguinante Æ
fresco na proporção de 1/1/1. uso, passado médico/prenhez, líquidos e Reto, períneo e vagina: compressão, clampeamento do vaso com pinça Æ
x Controle definitivo da hemorragia: cirurgia, alimentos ingeridos, ambiente e eventos torniquete.
angio embolização e estabilização pélvica. relacionados ao trauma). x Palpação e investigação de estabilidade pélvica
2. Informações importantes sobre o acidente: uma vez.
D: disfunção neurológica mecânica do trauma, uso de cinto, danos ao x avaliar presença de sangue em urina e meato,
automóvel, ejeção de vítima, uso de capacete. hematomas pélvicos
x Escala de coma de Glasgow A: vias aéreas e ventilação
x toque retal: sangue no toque retal e próstata
x Avaliação pupilar: tamanho, simetria e Exame físico: flutuante
reatividade.
Cabeça: x toque vaginal se suspeita de lesão Avaliar: perviedade da via aérea, oximetria de pulso
x Alteração de nível de consciência: reavaliar
ventilação, glicemia capilar, álcool e Identificar: trauma maxilofacial, cervical e laríngeo
x Reavaliar Glasgow e pupila
narcóticos. x Inspeção de lesões, sinal de guaxinim. Musculoesquelético: Manter proteção cervical durante todos os
x Palpar cabeça e face à procura de lacerações e procedimentos, até que possa ser excluído trauma
E: exposição e controle do ambiente fraturas x examinar membros: presença de contusões e cervical.
x Despir doente x Avaliar acuidade visual, tamanho da pupila, deformidades, palpar para pesquisar
retirar lentes de contato crepitação Avaliação inicial:
x Cobrir doente após avaliação
x Examinar orelhas e narinas para identificar x pulsos periféricos
x Manter ambiente aquecido x Conversar com o paciente: perguntar nome, o
perda de líquor. x avaliar o dorso: palpar coluna torácica e
x HIPOTERMIA MATA! que aconteceu e há quanto tempo.
x Examinar boca: sangue, líquor, fratura lombar. Retirar prancha rígida se excluído
Se resposta satisfatória: paciente com via
Medidas auxiliares dentaria. lesões.
aérea pérvia, sem grande comprometimento
x tala para imobilização de membro com
Coluna cervical e pescoço: ventilatório, perfusão cerebral adequada.
x Gasometria suspeita de fratura.
x Observar doente: agitação, cianose ungueal e
x Capnografia se disponível x Procurar lesões, desvio de traqueia, uso de x RX de seguimento com suspeita de fratura.
perioral, oximetria de pulso, uso de
x Monitorização com ECG musculatura acessória, pesquisar dor ou x Antitetânica
musculatura acessória, ruídos anormais (ex:
x Sonda vesical de demora deformidade, enfisema subcutâneo x ATB se necessário (ex: fratura exposta)
estridor), palpação da traqueia e laringe,
só é realizada após todo o ABCDE. x Auscultar artérias carótidas e pesquisar sopro Neurológico:
Contraindicação: sangue no meato uretral, x TC ou RX de coluna cervical lateral com raios
equimose perineal, próstata não palpável ao horizontais. x Reavaliar Glasgow, exame pupilar, Manobras iniciais:
toque retal. x avaliação de membros: resposta motora e
Confirmação de lesão de uretra: uretrografia Colar cervical se: alteração nível de consciência, dor sensibilidade. x Abertura de via aérea: Chin lift (elevação do
retrógrada. cervical, trauma de face, trauma craniano. Só retirar queixo), jaw trust (anteriorização de
x monitorar débito urinário: alvo de 0,5ml/kg/h. após Rx de coluna cervical, lombar e torácica. Retirar Piora de nível de consciência: reavaliar perfusão, mandíbula) SEM hiperextensão de pescoço.
x Sonda nasogástrica: reduz distensão gástrica. prancha rígida e colar cervical tao logo quanto possível oxigenação, ventilação. x Se vômitos: Aspiração oral com aspirador de
Se suspeita de trauma de face, passar sonda para evitar escaras. ponta rígida, girar o doente em bloco para
x Reavaliação doente.
por via oral. decúbito lateral
Tórax: x Lembrar do alívio da dor: tramadol ou
x Oximetria de pulso: não deve ser colocado no x Cânula orofaríngea: Guedel. É usado para
morfina
mesmo membro do manguito. x Palpar tórax anterior e posterios, palpar pacientes inconscientes. Introduz
x Monitorização contínua de sinais vitais
x Pressão arterial clavículas, arcos costais e esterno cranialmente até tocar palato mole, após isso,
x Monitorização de débito urinário (mínimo
x Rx de tórax e de pelve x Se pneumotórax identificado: toracocentese gira 180 graus e introduz até o final.
0,5ml/kg/h)
x FAST ou LPD se necessário e disponível x Drenagem torácica se necessário Se paciente aceita bem guedel, vai precisar de
x Gasometria
x REAVALIAR e Transferência se necessário x Pericardiocentese se necessário. IOT
x Transferência: Comunicação com médico do
x Se estável, prosseguir para avaliação x Cânula nasofaringea: deve ser lubrificado.
Abdome: outro serviço
secundária Pode usar em pacientes conscientes. Não deve
x Revisão pós atendimento com a equipe
ser feito em trauma facial.
x Máscara laríngea: possibilita via aérea x Trauma maxilo facial, limitação na abertura da Indicação: Necessidade de via aérea definitiva, com 1. Tamanho do tubo: canto da boca até lóbulo da
avançada, porém não é definitiva. É um boca, obesidade, micrognatismo, prognatismo, impossibilidade de IOT (Ex: trauma de laringe, edema orelha.
dispositivo supra glótico. pescoço curto, colar cervical, de glote, hemorragia orofarinfea) 2. Abrir boca do doente com técnica da tesoura
x Oxigenação com O2 a 100% com máscara com 3. Abaixador de língua
IOT bem sucedida: visualização direta da passagem do Cricotireoidostomia por punção: inserção de cateter
reservatório para todos os pacientes. Ventilar 4. Inserção do tubo com a ponta voltada para
tubo pela glote, expansibilidade torácica, oximetria de de grosso calibre (adulto: 12 a 14, criança: 16 a 18)
com AMBU, se necessário. cima, quando tocar o palato mole, girar o tubo
pulso, ausculta do epigástrio e de base direita e sobre agulha pela membrana cricotireoidea em
x Se Glasgow<8 (torporoso, inconsciente, 180 graus e inserir até o final.
esquerda, capnografia, radiografia de tórax de situações emergenciais para fornecer oxigênio ao
traumatismo torácico, ruptura de laringe ou 5. Ventilação com máscara e balão.
controle. doente em um curto espaço de tempo. O cateter pe
tranqueia, hematomas cervicais extensos ) Æ
conectado a fonte de oxigênio a 15L/min por meio de Inserção de tubo nasofaringeo: pacientes conscientes
Via aérea definitiva. Trauma de laringe: conexão em Y ou por tubo que apresente orifício
1. Examinar fossas nasais e descartar obstrução
Via aérea definitiva: cortado na lateral.
Tríade: 2. Tamanho do tubo
Faz-se insuflação intermitente (1 seg sim e 5 segundos 3. Lubrificar tubo com lubrificante hidrossolúvel
Definição: tubo endotraqueal com cuff insuflado x Rouquidão
não) por meio do posicionamento do polegar sobre a 4. Introduzir tubo direcionando-o
conectado a sistema rico em O2 sob ventilação x Enfisema subcutâneo
extremidade aberta do conector em Y ou sobre o posteriormente em direção à orelha.
assistida e devidamente fixado. x Fratura palpável
orifício lateral. Pode-se obter até 45 minutos de 5. Ventilar
Objetivo: manutenção da oxigenação, prevenção de Nesse caso específico é indicada traqueostomia de oxigenação com essa técnica.
Ventilação BMV com duas pessoas:
hipercapnia, prevenir broncoaspiração. emergência ou cricotireoidostomia, seguida de reparo
Obs: Como nessa técnica não ocorre expiração
da lesão. 1. Máscara de tamanho adequado conectada a
x Intubação orotraqueal: contraindicada se adequada, há acumulo de CO2 gradual, o que restringe
fonte de oxigênio a fluxo de 15L/min
trauma de face, lesões penetrantes em Ventilação à técnica ao uso em TCE e doentes com DPOC/ASMA.
2. Abrir via aérea com jaw trust e chin lift
pescoço com hematoma cervical. Se obstrução de glote por corpo estranho, deve-se
Sinais objetivos de ventilação inadequada: 3. Uma pessoa segura a máscara fazendo tração
Técnica: realizada com duas pessoas, uma oferecer oxigênio a baixo fluxo (5 a 7L/min).
de mandíbula e vedando adequadamente
apenas para estabilizar a cervical. Uso de
x Movimentos respiratórios assimétricos ou Cricotireoidostomia cirúrgica: 4. A segunda pessoa ventila o doente apertando
Bougie é benéfico.
superficiais o bolão com duas mãos.
Sequencia rápida de intubação: preparar 1. incisão na pele que se estende pela membrana
x Uso de musculatura acessória 5. Ventilar a cada 5 – 6 segundos.
material e checar funcionamento; pré- cricotireoidea.
x Ausência ou diminuição de MV
oxigenação com O2 a 100%, comprimir 2. Dilata-se abertura com pinça hemostática IOT com GEB
cricoide, sedativo (etomidato), succinilcolina x Frequência respiratória alterada
curva
100mg, laringoscopia, introdução do tubo, 1. Checar material: testar laringoscópio,
3. Inserir tubo endotraqueal ou rubo de
insuflar balão, confirmar posicionamento, fixar aspirador, BMV, cuff.
traqueostomia de pequeno calibre (5 a 7mm).
tubo. 2. Avaliar dificuldade da intubação com LEMON.
x Intubação nasotraqueal: contraindicada se Obs: não recomendada <12 anos. 3. Um assistente deve imobilizar manualmente o
inconsciência/apneia, sinal de guaxinim e pescoço e a cabeça
x Controle de oxigenação: oximetria de pulso.
battle, fratura de nariz, rinorreia ou otorreia de 4. Técnica de laringoscopia com manipulação
Uso limitado em doentes com vasoconstricção
LCR. sobre cartilagem cricoide.
intensa ou com intoxicações por monóxido de
5. Inserir tubo e insuflar o cuff (não hiperinsuflar).
x Cricotireoidostomia cirúrgica: com cânula de carbono, anemia intensa e hipotermia.
6. Confirmar posição do tubo com ausculta e
traqueostomia ou tubo endotraqueal x Controle da ventilação: medida de CO2 visualização de movimento de caixa torácica.
x Traqueostomia: não é feita de rotina na expirado por meio de detectores 7. RX de tórax de controle.
emergência. calorimétricos de CO2 expirado final (CO2 8. Se intubação não for possível, tentar técnica
Indicações: baixo, cor roxa. CO2 alto, cor amarela. com Bougie.
Inadequado: castanho). 9. Fixar o tubo
x Impossibilidade de manter via aérea pérvia, x Obs: o detector calorimétrico também pode 10. Conectar capnógrafo ao tubo e um oxímetro
com comprometimento iminente ou potencial: ser usado para avaliar compressões cardíacas ao doente.
lesão por inalação, fratura facial, hematoma efetivas na PCR.
cervical, lesão de traqueia ou laringe x Detector calorimétrico avalia se tubo está na Inserção de máscara laríngea
x Ventilação inadequada traqueia ou esôfago. A radiografia e o exame
1. Testar material e verificar esterilização
x Glasgow <8 físico avaliam se houve intubação seletiva
2. Assistente imobiliza manualmente a cabeça e
x Convulsões persistentes
Treinamento prático: o pescoço do doente, sem hiperestender a
Como saber se a via aérea será difícil? Via aérea cirúrgica região cervical.
Inserção de cânula de GUEDEL: pacientes 3. Esvaziar o balão da máscara e lubrifica-lo
x LEMON: Look, evaluation (332), mallampathi, inconscientes
obstruction - edema de glote, neck molity).
4. Tamanho da máscara: 3 para mulheres desinsuflação dos pulmões espontaneamente, Pneumotórax hipertensivo Ringer lactato ou SF0,9%
pequenas, 4 para homens pequenos e comprimir gentilmente a caixa torácica para
x Sintomas: hipotensão, taquicardia, ausência x Adultos: 1 a 2 litros (incluso o pré hospitalar)
mulheres grandes, 5 para homens grandes. auxiliar na expiração.
de murmúrio vesicular, timpanismo à x Crianças: 20ml/kg
12. Complicações: ventilação inadequada,
IOT infantil percussão, turgência jugular, desvio de
aspiração de sangue, perfuração esofágica ou Aquecimento: aquecer cristaloides a 39ºC antes do
traqueia para o lado contralateral.
1. Checar material: testar laringoscópio, de parede traqueal posterior, hematoma, uso, seja armazenando-os em estufa aquecida ou pelo
enfisema subcutâneo ou mediastinal, x Tratamento: toracocentese.
aspirador, BMV, cuff. uso de micro ondas.
2. Escolher tubo adequado para a criança: perfuração de tireoide, pneumotórax.
Choque neurogênico
mesmo diâmetro da narina da criança ou de Resposta:
Cricotireoidostomia cirúrgica
seu dedo mindinho. x Decorrente de perda do tônus simpático por
1. Rápida
3. Avaliar dificuldade da intubação com LEMON. lesão medular cervical ou torácica alta
4. Um assistente deve imobilizar manualmente o x Sintomas: Hipotensão sem taquicardia e sem Respondem rapidamente à expansão, se tornando
pescoço e a cabeça CHOQUE vasoconstricção cutânea. hemodinamicamente estáveis.
5. Técnica de laringoscopia com manipulação
Definição: Choque hipovolêmico débito urinário
sobre cartilagem cricoide.
>0,5ml/kg/h no adulto
6. Confirmar posição do tubo com ausculta e Tipos: hemorragia FC Nível de PA DU >1ml/kg/h na criança
visualização de movimento de caixa torácica. consciên (ml/h)
x Hipovolêmico >2ml/kg/h em lactentes
7. RX de tórax de controle. cia
Sítios principais: abdome, tórax, pelve, ossos x Aumento da pressão de pulso
8. Se intubação não for possível enquanto o Classe 1 <100 Ansioso Normal >30
longos, lesão de artérias. x diminuição do TEC
médico necessita expirar, parar a tentativa, Classe 2 100 – 120 Mais Normal 20 - 30
x Obstrutivo ansioso x melhora do nível de consciência
ventilar o doente, tentar técnica novamente.
9. Fixar o tubo x Cardiogênico: no trauma, deve-se pensar em Classe 3 120 - 140 Confuso Diminuíd 5 - 15 x aumento da PA
10. Conectar capnógrafo ao tubo e um oxímetro contusão miocárdica, tamponamento a
cardíaco, infarto associado, embolia gasosa. Classe 4 >140 Letárgico Diminuíd - conduta:
ao doente.
x Distributivo (séptico e neurogênico) a
x diminuir velocidade de infusão a fim de
Cricotireoidostomia por punção: manutenção.
Obs: a maneira mais efetiva de restaurar o débito
1. Preparar tubo de oxigênio fazendo um orifício cardíaco e a perfusão é o reestabelecimento do Abordagem inicial x Deixar sangue tipado e com prova cruzada
perto de uma das extremidades do tubo. retorno venoso, através da interrupção da perda disponível
Conectar outra extremidade a fonte de O2 x ABCDE x Avaliação da cirurcia
sanguínea e da reposição volêmica adequada.
2. Doente em posição supina x Monitorização
3. Cateter agulhado numero 12 ou 14 para Reconhecimento: x 2 acessos venosos curtos e calibrosos (jelcro
adultos; 8,5 cm, em agulha de 5 a 10ml. 16) 2. Transitória
x Frequência cardíaca>100 no adulto | >140 na
4. Antissepsia do pescoço. x Amostra de sangue para exames: hemograma,
criança | >160 no lactente. Ocorre melhora transitória com reicidiva de diminuição
5. Palpar a membrana cricoide: entre cartilagem tipagem sanguínea, BHCG, gasometria arterial
x Palidez cutânea e extremidades frias de PA e aumento da FC à medida que se diminui a
tireóidea e cartilagem cricoide. e coagulograma
x TEC>3seg velocidade de infusão para níveis de manutenção.
6. Estabilizar traqueia com polegar e indicador x Reposição volêmica com cristaloides
x Pressão de pulso diminuída (diferença entre
7. Puncionar a pele na linha média da membrana aquecidos Conduta:
sistólica e diastólica)
cricotireoidea, com a agulha em ângulo de 45º x SNG para descompressão do estomago
caudalmente, aplicando pressão negativa na x SVD para avaliação de débito urinário x Transfusão sanguínea
Choque cardiogênico
seringa e aspirando a medida que a seringa x Controle do sítio de hemorragia por meio de x Controle de hemorragia em centro cirúrgico
avança. Aspiração de ar significa entrada na Contusão miocárdica: compressão local, torniquete, clamp com pinça
traqueia. ou cirurgia imediata.
x Trauma fechado de tórax
8. Remover seringa e retirar agulha a medida que x Hipotensão permissiva: para não piorar 3. Mínima/ausente
x Monitorar com ECG
se avança o cateter para baixo. sangramento quando não se obtém o controle Falta de resposta a expansão volêmica e de sangue na
9. Conectar o tubo de oxigênio ao cateter e fixa- Choque obstrutivo da hemorragia. sala de emergência.
lo ao pescoço do doente.
Tamponamento cardíaco: Tríade letal: Conduta:
10. Ventilação intermitente: tampar o orifício do
tubo com o polegar por 1 segundo e destampar x Mais comum em trauma penetrante x Coagulopatia x Intervenção cirúrgica imediata.
por 4 segundos x Acidose
x Sintomas: taquicardia, abafamento de bulhas, x Avaliar presença de contusão cardíaca,
11. Observar insuflação e desinsuflação dos x Hipotermia
turgência jugular, hipotensão. pneumotórax hipertensivo ou tamponamento
pulmões e auscultar tórax para verificar se
x Não respondem à reposição volêmica. Tratamento: cardíaco.
ventilação está adequada. Se não observar
Reposição de sangue x AINE: prejudica função plaquetária e podem - Identificar hemotórax: MV ausente, macicez à Passo 3:
agravar IRA. percussão, colabamento de jugular, hipotensão
Indicação: Obs: hoje, se após 1 litro de volume paciente não tiver
arterial.
resposta, ou esta não for satisfatória, a tendência é
x Resposta transitória ou mínima 5. Hipotermia
C: circulação fazer protocolo de transfusão maciça
x Choque grau III e IV Pacientes com hipotermia não respondem
- PA, FC, TEC, estado mental x Concentrado de hemácias, concentrado de
corretamente a reposição de fluidos e sangue,
Preferível a utilização de sangue com provas cruzadas, plaquetas e plasma: 1/1/1 de forma empírica.
podendo haver piora na coagulopatia. - sinais de hipovolemia:
mas na emergência.
Obs: lembrar da hipotensão permissiva, não aumentar
Resposta transitória: sangue tipo específico Precoce: palidez, taquicardia >100bpm, diminuição da
muito a pressão para paciente não voltar a sangrar
pressão de pressão de pulso (sistólica não altera,
Concentrado de hemácias tipo O negativo se os demais diastólica sobe) – choque 1 e 2 Obs2: resposta a expansão volêmica:
não estiverem disponíveis.
Tardio: hipotensão (<90mmhg) se perda > 30% de 1. Melhora da palidez/perfusão periférica
Transfusão maciça: volemia, – choque 3 e 4 2. Redução da taquicardia, FR e elevação da PA
3. Melhora do nível de consciência
>10 unidades de sangue em 24h: concentrado de - Sinais de choque? Pesquisar 5 sítios
4. Débito urinário mínimo: 0,5ml/kg/hora.
hemácias + concentrado de plaquetas + plasma 1/1/1.
Tórax, abdômen, pelve, osso longo e local (sangue no
****se der tempo: ver acesso venoso central em
Obs: suplementação de cálcio apenas após dosagem de local do evento, sinal de tiro, etc)
estação de treinamento prático.
cálcio iônico.
Obs: sangramento intracraniano não leva a choque
Repercussões hipovolêmico.
x alcalose respiratória: FR alta. É
contrabalanceada pela acidose metabólica.
x Acidose metabólica: hipoperfusão tecidual Trauma torácico
leva a metabolismo anaeróbico
Pré hospitalar:
Controle com gasometria
Identificar lesões ameaçadoras a vida e trate-as: lesão
HCO3- não é usado de rotina x cena segura
de árvore traqueobrônquica, pneumotórax
x parar sangramento: compressão local e
Considerações especiais hipertensivo, pneumotórax aberto, hemotórax maciço,
torniquete
tamponamento cardíaco, tórax instável.
1. Equiparação da pressão arterial ao débito x retirar do local
Conduta: Clínica:
cardíaco Prioridades: ABCDE
De início, não é certo fazer vasopressor, porque x dor torácica
Um aumento da PA nem sempre significa aumento do Intra-hospitalar: aumenta resistência vascular periférica e piora a x dispneia e taquipneia
débito cardíaco, pode ser que esteja ocorrendo
x parar sangramento: compressão local, oxigenação tecidual. A primeira conduta deve ser: x ausência de murmúrio vesicular
vasoconstricção periférica. Isso não melhora a
clampeamento de vaso, torniquete, cirurgia. VOLUME! x timpanismo à percussão (se pneumotórax),
perfusão nem a oxigenação tecidual.
Obs: vasopressor só é indicado em choque macicez a percussão (se hemotórax),
2. Idosos choque: hipoperfusão tecidual de oxigênio
neurogênico (nem séptico). x Hipotensão
Resposta ineficiente ao trauma: não faz taquicardia. tipos: hipovolêmico, séptico, cardiogênico, obstrutivo x desvio de traqueia.
Passo 1: x Cianose: sinal tardio
Também são mais sensíveis a volume, pois muitos atendimento inicial:
1. 2 Cateter calibroso em fossa antecubital Exame físico:
possuem patologia de base. A: via aérea 2. Jelco 14 ou 16
Considerar monitorização invasiva precoce. 3. Colher exames: hemograma, tipo sanguíneo A: via aérea
- IOT, crico, se necessário
ABO e fator RH, BHCG
3. Atletas B: ventilação Æ ausculta pulmonar e oximetria de
- O2 suplementar 100% para todos os pacientes. 4. Passar SVD
pulso
Dinâmica cardiovascular alterada, normalmente fazem B: ausculta pulmonar, saturação O2 Passo 2:
bradicardia fisiológica, dessa forma a taquicardia pode x expor pescoço e tórax: avaliar expansão
não ser vista. - Identificar pneumotórax: MV ausente, 1. SF0,9% aquecido ou Ringer lactato 1 a 2 litros torácica e ingurgitação de jugular (pode abrir
hipertimpanismo, turgência jugular, hipotensão 2. Ácido tranexâmico (Transmin): 4 ampolas em temporariamente o colar cervical, segurando a
4. Medicamentos arterial. bolus (1g) nas primeiras 3h e 4 ampolas em cabeça do doente,)
x BB e BCC: alteram resposta da FC ao trauma bolus (1g) nas próximas 8h
x Insulina: hipoglicemia Pneumotórax hipertensivo
x Diuréticos: hipocalemia inexplicada
entrada de ar na cavidade pleural e desvio de x O2 100% em máscara ou conectado ao tubo
mediastino que comprime a veia cava e leva a laríngeo.
diminuição de retorno venoso e choque obstrutivo. x Analgesia: opioides e anestésicos locais
(bloqueio do nervo intercostal, anestesia
Clínica:
intrapleural ou peridural).
x dor torácica x Reposição volêmica criteriosa.
x dispneia

Exame físico:
Hemotórax maciço
x MV ausente do lado da lesão
x Hipertimpanismo à percussão Definição: rápido acumulo de >1500ml de sangue na
x turgência jugular cavidade torácica.
x desvio da traqueia para o lado contralateral
Clínica: x Se suspeita de hemotórax maciço: saída de >
x taquicardia Toracotomia na emergência:
x hipotensão. Exame físico: 1500ml de sangue inicialmente ou 200ml/h de
2 a 4h, ou necessidade permanente de x Cirurgião habilitado no local
Conduta: x Ausência de MV do lado afetado múltiplas transfusões sanguíneas, x Sinal de vida: pupilas reativas ou atividade
x Taquicardia e hipotensão recomenda-se toracotomia de urgência e elétrica organizada no coração ou movimentos
x Toracocentese: cateter jelcro 14 ou 16 de 8 cm,
x Macicez à percussão autotransfusão sanguínea imediata. espontâneos.
posicionado na intersecção entre linha axilar
x Sem turgência jugular
anterior/média e quinto espaço intercostal Avaliação secundária: lesões potencialmente
x Diminuição da pressão de pulso
(nos homens é a linha intermamilar e nas fatais.
x Pulsos radiais e pediosos podem estar Tamponamento cardíaco
mulheres, a linha do sulco mamário)
ausentes x Pneumotórax simples: drenagem de tórax em
x Drenagem torácica
Normalmente causado por trauma penetrante. Mas
Conduta: selo d’agua.
pode resultar de trauma contuso.
Não pode ser ignorado e deve-se avaliar sua
x MOV Tríade: presença antes da IOT, pois a ventilação com
Pneumotórax aberto x Reposição volêmica agressiva pressão positiva pode agravá-lo e levar a um
Conduta: curativo estéril de 3 pontas seguida de x Drenagem de tórax: se possível conectar em x Hipotensão pneumotórax hipertensivo.
drenagem de tórax em outro orifício. sistema que permita autotransfusão. x turgência jugular: pode estar ausente devido a x Hemotórax: <1500ml de sangue. Conduta:
hipovolemia. Observar sinal de kusmaull drenagem pleural.
(turgência jugular na inspiração, o que não É necessário drenagem, mesmo que tenha
Toracostomia e drenagem pleural – técnica: reflete o cenário comum) pouco sangue, pois pode se transformar em
1. Se paramentar x hipofonese de bulhas: difícil ausculta na sangue coagulado, encarceramento pulmonar
2. Identificar local: Intersecção entre linha (entre emergência e empiema.
linha axilar anterior e média) e quinto espaço Obs: para diferenciar do pneumotórax, basta auscultar x Contusão pulmonar: doentes com PO2
intercostal (homem no mamilo e mulher no o tórax: haverá murmúrio vesicular e som claro <65mmhg ou SatO2 <90% devem ser
sulco mamário) pulmonar. intubados e ventilados.
3. Antissepsia e assepsia x Lesão da árvore traqueobrônquica
4. Bloqueio anestésico local com lidocaína: em Diagnóstico: FAST, Ecocardiograma. x Contusão miocárdica
borda superior da costela inferior ou 3 arcos x Ruptura traumática de aorta, diafragma e
Conduta:
Tórax instável costais esôfago
5. Incisão transversa de 3,5cm no 5º espaço x Reposição volêmica
Definição: duas ou mais fraturas em dois ou mais arcos intercostal x Alívio: pericardiocentese com agulha
costais. Normalmente não causa hipóxia, mas pode 6. Divulsão dos planos até a cavidade pleural Exames:
revestida por cateter. Pode não dar certo por
causar contusão pulmonar subjacente. 7. Quando sentir ar sair: exploração digital conta da coagulação do sangue. x Rx de tórax em AP
8. Colocar dreno de French (calibre 28 a 32) x Definitivo: toracotomia. x Gasometria arterial e oximetria de pulso.
Conduta inicial:
póstero-superiormente
x eletrocardiograma
x Correção da hipoventilação: pode ser 9. Conectar com o sistema coletor em selo d’agua
necessária IOT de curto prazo se FR com 2 cm de água. Lesão de arvore traqueobrônquica:
aumentada, SatO2 baixa e muito esforço 10. Fixação do dreno
respiratório. 11. Curativo
12. RX de tórax de controle
Suspeita: hemoptise, enfisema subcutâneo, Manipulação da pelve: com manobra de distração e
pneumotórax com dreno, sem parada de expulsão de Trauma abdominal e compressão deve ser testada apenas uma vez para não
ar. É confirmada por broncoscopia. agravar a hemorragia.
pélvico
Conduta: Fratura de traqueia: traqueostomia mesmo Medidas auxiliares
na emergência.
Trauma fechado: Sondagem gástrica: aliviar distensão gástrica,
10ª edição: Lesões potencialmente ameaçadoras: reduzindo incidência de aspiração. Tomar cuidado em
pneumotórax e hemotórax simples, contusão Órgãos mais acometidos: baço, fígado, intestino doentes conscientes. Deve ser inserida pela boca
pulmonar ou miocárdica, ruptura de aorta ou delgado. quando houver fratura de face ou suspeita de fratura
diafragma, tórax instável (fratura>2 arcos em >2 de base de crânio.
lugares). Trauma penetrante
Sondagem vesical: alivia retenção urinaria e avalia FAST normal:
OBS: não se deve explorar digitalmente lesões de tórax. Órgãos mais afetados: debito urinário. Na presença de sinais de trauma de
Contusão miocárdica: Arma branca: fígado, intestino delgado, diafragma, uretra, deve-se fazer uretrografia retrógrada antes da
colon. sondagem vesical.
Trauma cardíaco contuso. Manifesta-se também em
tamponamento cardíaco. Armas de fogo: intestino delgado, cólon, fígado e Detectada lesão uretral: inserir sonda suprapúbica.
estruturas vasculares. Também sofrem efeito de FAST: pode ser um bom aliado para ver líquido livre na
Achados: dor torácica, arritmias, hipotensão.
cavitação e fragmentação do projétil. cavidade peritoneal.
Avaliar com ECG.
Mecanismo de trauma: x Janela pericárdica
Ruptura traumática de aorta: x Janela hepatorrenal
Cinto abdominal: avulsão de mesentério, ruptura de
Normalmente morrem no local do acidente. Os que x Esplenorrenal
delgado ou cólon, trombose de ilíaca ou aorta, lesão
chegam vivos ao hospital, normalmente conseguem x Pélvica/paravesical
pancreática, fratura em lombar. FAST alterado
sobreviver até a cirurgia por conta da formação de um Para traumas penetrantes em região abdominal
hematoma no local da ruptura. Quando hipotensos, Cinto de 3 pontos: esgarçamento de artérias carótidas,
anterior: pode-se fazer exploração digital para avaliar
normalmente a fonte do sangramento vem de outro subclávias, vertebrais, fratura ou luxação de coluna,
penetração em cavidade abdominal.
local. Diagnóstico é feito por RX simples (alargamento contusão pulmonar, ruptura de vísceras em porção
mediastinal, rebaixamento do brônquio fonte principal superior do abdome. Sempre examinar períneo para avaliar trauma de
esquerdo ou TC de tórax com contraste, a qual, se uretra (contraindica SVD) e toque retal para avaliar
Quando suspeitar? Politraumatizado, ejeção de
positiva, deve ser complementada com aortografia. sangue em dedo de luva.
veículo, óbitos no local.
Ruptura traumática de diafragma Fazer exame clínico seriado
Anamnese:
Normalmente ocorre em trauma contuso. As hernias Requerem exames adicionais: álcool ou drogas,
diafragmáticas do trauma penetrante demora anos Informações importantes: velocidade, tipo de colisão, alteração de sensibilidade, lesão de arcos costais, pelve
para aparecer. intrusão de partes do veículo, ejeções acionamento de ou coluna, sinal do cinto de segurança
air bag, tipo de arma, distancia do agressor, volume de
Diagnóstico: passar sonda nasogástrica e fazer RX de sangue perdido na cena. Exames de sangue:
tórax para avaliação.
Exame físico: x HB, HT
Conduta: sutura primária. x Tipagem sanguínea e RH
x Inspeção: procurar escoriações e hematomas x BHCG se mulher em idade fértil
Ruptura traumática de esôfago:
x Ausculta x Álcool e outras drogas
Leva a mediastinite e empiema. x Percussão
Exames de imagem:
x palpação
Deve ser considerado em pacientes que apresentam
x Radiografia de tórax em AP
pneumotórax e hemotórax sem fratura de costela, dor Obs: ausculta e percussão são menos relevantes na
x Radiografia de pelve em AP
intensa e eliminação de material por dreno de tórax, emergência
x Radiografia de ossos longos com suspeita de
presença de ar no mediastino.
Avaliação da estabilidade pélvica: fratura
Fratura de arcos costais: tratamento clínico com x FAST: identifica líquido livre. Contraindicação
Sinais sugestivos de trauma de uretra: hematoma em
analgésicos, anestesia local ou regional/epidural. se indicação de laparotomia.
períneo ou testículo, próstata deslocada cranialmente,
hematúria, incapacidade de urinar espontaneamente.
Traumatismo
cranioencefálico
Objetivo: prevenir lesão cerebral secundária, evitando
hipóxia (satO2>90% e PaO2 >60mmHg) e hipotensão
(PAs>90mmHg)
Exames que podem ser necessários após estabilização:
Anamnese: nome do paciente, tipo de acidente, usava
x Cistografia Compressão lateral: rotação interna da hemipelve capacete/cinto de segurança/ houve acionamento de
x Uretrografia comprimida. airbag, tempo decorrido, cena do acidente.
x Urografia excretora
Exame físico do ponto de vista neurológico: escala de
Tomografia coma de Glasgow (estímulo de dor foi substituído por
estímulo de pressão) e pupilas.
Só é feita em doentes hemodinamicamente estáveis,
que não possuem indicação clara de laparotomia. Passagem de caso para neurocirurgião:

Indicações de laparotomia em lesões fechadas: Idade, mecanismo do trauma, tempo decorrido, PA e


satO2, Glasgow e exame pupilar (falando também da
x Hipotensão e FAST positivo resposta motora de forma específica), déficit
x LPD positiva neurológico focal, presença de lesões associadas, TC,
x Peritonite tratamento de hipotensão e hipóxia.
x Ar livre em cavidade abdominal ou ruptura de Cisalhamento vertical:
diafragma Herniação uncal: hemiparesia contralateral, midríase
x TC com contraste revelando lesão pupilar ipsilateral, rebaixamento de nível de
consciência (por compressão do trato corticoespinhal,
Indicações para laparotomia em lesões penetrantes fibras do III nervo craniano e mesencéfalo,
de emergência: respectivamente).
x Ferimentos por arma de fogo em trajeto trans Conceitos importantes:
peritoneal.
x Vítima de arma branca com alteração Pressão intracraniana: sua elevação pode diminuir a
hemodinâmica pressão de perfusão cerebral, levando à isquemia. PIC
x Vítima de arma branca com sinais de irritação NORMAL: 10mmHg.
peritoneal Doutrina de monro-kellie
x Vítima de arma branca com hemorragia no Padrões complexos (combinação)
estomago, reto ou trato urinário. Volume total do conteúdo craniano deve permanecer
x Sinais de penetração da fascia. Tratamento inicial: constante.
x Evisceração x Reposição volêmica Fluxo sanguíneo cerebral:
Arma branca: fazer exploração digital da ferida, se x Tração longitudinal
PPC = PAM – PIC
penetração sem indicação imediata de lapatoromia, x Estabilizar pelve com lençol em trocanteres do
fazer exame físico seriado ou LPD. fêmur ou cinta pélvica. Vasos cerebrais também se contraem ou dilatam em
x Cirurgia para embolização angiográfica ou resposta a alterações de PaO2, PaCO2. Portanto, deve-
Lesão diafragmática: fixação externa da pelve. se evitar hipóxia, hipotensão, hipercapnia.
Ferimento penetrante em região toracoabdominal,
com RX suspeito, deve ser confirmado por
Gravidade
laparotomia, toracoscopia ou laparoscopia. Escala de coma de Glasgow: 3 a 15

Fratura pélvica Resposta pupilar: bilateral (0), inexistente (-2),


unilateral (-1).
Compressão anteroposterior: colisão frontal,
atropelamento, queda de altura. Disjunção da sínfise
púbica (pelve em livro aberto)
TC: pode ser normal, edema difuso com perda da x Localização: normalmente em lobo frontal e Tratamento:
diferenciação da substancia branca/cinzenta, parietal
x Manitol
hemorragias pontilhadas nos limites entre substancia x Deve ser avaliado com TCs repetidas nas 24h
branca e cinzenta x Hiperventilação moderada (PCO2 entre 32 e
após trauma, pois pode levar a efeito de massa
35)
e aumento da PIC.
Focais: hematoma epidural, hematoma subdural e x Solução salina hipertônica
hematoma intraparenquimatoso.
Lembrar de:
Hematoma epidural
x corrigir hipóxia: IOT em Glasgow<8 com
x Pacientes jovens oxigenação a 100%. Ajuste após gasometria.
x Localização: entre periósteo e dura mater, PaCO2: entre 32 e 25
Normalmente em região temporal x corrigir hipotensão e hipovolemia: com
x Fisiopatologia: ocasionado pelo rompimento soluções isotônicas e transfusão sanguínea.
de artéria meníngea média secundário à x O Glasgow é mais fidedigno após a
fratura de lobo temporal ressuscitação cardiopulmonar. No entanto, se
x TC: lesão biconvexa for necessário intubação, realizar o Glasgow
x Apresentação característica: intervalo lúcido antes da administração de drogas.
x Obs: se hematoma grande, pode haver efeito Tratamento x Exame neurológico direcionado: Glasgow,
de massa e herniação uncal, nesse caso, o lado resposta pupilar, força motora e sensibilidade.
Obs: quando há diferença de resposta direita ou da pupila midriática será o lado do hematoma. TCE leve:
x Prioridade: corrigir a PA, depois TC de crânio.
esquerda, deve-se considerar a melhor resposta. Clínica: interrogar se houve desorientação, amnésia, x Se a PA não puder ser corrigida: laparotomia
x Glasgow entre 13 e 15: leve perda transitória de consciência, convulsão após o x Se a PA for corrigida com reposição volêmica:
acidente. primeiro TC de crânio, depois FAST ou
x Glasgow entre 9 e 12: moderado
laparotomia para tratamento definitivo
x Glasgow<8: grave Exame físico: consciente, Glasgow 13 a 15.
x Se doente for usuário de anticoagulantes ou
TCE moderado e grave: Indicação de TC: antiagregantes: reverter anticoagulação

TC DE CRÂNIO SEM CONTRASTE x Glasgow<15 Tratamento clínico:


x Evidencia de fratura de crânio
TCE leve: 1. Ringer lactato ou SF0,9% até estabilização da
x Sinais de fratura de base de crânio pressão
x Evidencia de fratura de crânio x >2 episódios de vômito 2. Preferir normocapnia inicialmente: 35 a 38. Se
Hematoma subdural x Perda de consciência >5min
x Sinais de fratura de base de crânio doente piorar, hiperventilação: hipocapnia
x Lesões penetrantes x Comum em pacientes mais velhos que sofrem x Amnésia>30min entre 32 a 35.
x >2 episódios de vômito queda da própria altura, mas também ocorre x Cefaleia grave 3. Manitol a 20% (20g de manitol em 100ml de
x Perda de consciência >5min em TCE grave. x Idade>65 anos solução). Dose: 1g/kg em bolus (5min). Ex:
x Amnésia>30min x Localização: entre dura mater e aracnoide. x Mecanismo de trauma importante doente de 60kg: 3 doses de manitol em bolus
x Cefaleia grave x Fisiopatologia: dilaceração de vasos pequenos (atropelamento, ejeção de veículo, queda >1 Indicação: midríase, hemiparesia, déficit
x Idade>65 anos ou <1 ano e superficiais (vasos ponte) metro) neurológico agudo. Só deve ser feito em
x Mecanismo de trauma importante x Normalmente há lesão parenquimatosa x Déficit neurológico focal novo. doentes normovolêmicos.
(atropelamento, ejeção de veículo, queda >1 concomitante 4. Solução salina hipertônica (3 a 23,4%). Pode
Se nenhum dos acima e assintomático: observação por
metro) x TC: assumem o contorno do cérebro usar em doentes com tendencia a hipotensão.
4 horas e reavaliação. Orientações de retorno se:
x Déficit neurológico focal novo. 5. Barbitúricos: para redução de PIC refrataria a
cefaleia grave, declínio de estado mental, déficit
outras medidas. Não usar em doentes
TC DE CRÂNIO SEM CONTRASTE neurológico focal.
hipotensos
TCE moderado: Glasgow 9 a 12 6. Anticonvulsivantes: Diazepam ou lorazepam
Fratura de crânio: para controle de convulsão em sala de
Exame neurológico seriado, TC de crânio, solicitar
Base de crânio: sinal de guaxinim, sinal de Battle, emergência. Se convulsão presenciada no local
avaliação de neuro ou transferir, solicitar vaga em UTI.
rinorreia, otorreia, paralisia facial, perda de audição do acidente, fazer ataque com fenitoína 1g em
TCE grave: Glasgow <8 15 a 30 min e manutenção com 100g 08/08h.
Lesões intracranianas: focais ou difusas fazer anticonvulsivante ANTES do uso de BNM.
Estabilização cardiopulmonar com intubação
difusa: concussão, contusões múltiplas, lesão Contusões e hematomas intraparenquimatosos: orotraqueal e transferir imediatamente. Não retardar
hipoxica/isquêmica, lesão axonal. transferência para realização de TC.
Morte cerebral: x T1: abdução do quinto dedo Î Paraplegia completa x incompleta (lesão
Trauma vertebro medular torácica)
x Glasgow =3 Dermátomos: área de pele inervada por axônios
Î Tetraplegia completa x incompleta (lesão
x Pupilas não reativas sensoriais de uma raiz nervosa.
cervical)
x Reflexos de tronco cerebral ausentes: óculo- 25% dos pacientes com trauma vertebro medular,
tem TCE moderado associado. x T4: mamilos
cefalico, corneal, olhos de boneca. Síndromes medulares
x T8: apêndice xifoide
x Apneia Maior incidência: 55% cervical, 15% torácica, lombar e x T10: umbigo Síndrome central da medula: perda
x Ausência de atividade em EEG com ondas de sacral. x T12: sínfise púbica desproporcionalmente maior de força nos membros
grande amplitude
Vértebra mais lesionada: C5 x S4/s5: perianal superiores do que nos membros inferiores, com
x Obs: coma barbitúrico ou hipotermia podem
diferentes graus de perda sensitiva. Pode ocorrer com
imitar morte cerebral. 10% dos pacientes que apresenta lesão de coluna Choque neurogênico x choque medular ou sem luxação e fratura de vértebras.
cervical, apresenta uma segunda fratura de coluna
Choque neurogênico: perda da inervação simpática Mecanismo: hiperextensão
vertebral não contígua: fez RX de cervical e
para o coração e do tônus vasomotor. É uma
constatou lesão? Radiografar a coluna toda. Síndrome anterior da medula: paraplegia e perda
manifestação hemodinâmica pós trauma. Não é
Imobilização correta da cervical: colar cervical, head revertida com reposição volêmica, seu excesso pode bilateral das sensações de dor e temperatura.
block e tirantes em testa e queixo. causar sobrecarga pulmonar. O Choque neurogênico é Sensação de propriocepção, pressão profunda e
revertido com drogas vasoativas e atropina, se vibração (coluna posterior) se mantém.
OBS: prancha rígida só deve ser usada para bradicardia.
transporte do paciente: não é necessário que o Síndrome de Brown-Séquard: hemissecção da medula,
paciente com suspeita de lesão vertebral permaneça Î Lembrar de descartar sangramento como devido à trauma penetrante: perda motora de
em prancha rígida. Basta deixa-lo deitado em causa de choque, pois o choque hipovolêmico propriocepção ipsilateral, perda da sensibilidade à dor
superfície plana e fazer medidas de proteção de pode estar associado ao neurogênico. e temperatura contralateral um à dois níveis abaixo do
coluna quando for necessário movimenta-lo (rotação nível da lesão.
Choque medular: flacidez (perda de tônus muscular) e
em bloco).
perda dos reflexos após a lesão medular.
Rx de coluna cervical adequada: base do crânio, sete
Efeitos da lesão medular em outros sistemas:
vértebras cervicais e metade superior de T1. Se não
for possível conter todas essas informações, solicitar x Hipoventilação: paralisia de músculos
tomografia. intercostais (por lesão de medula cervical baixa
ou torácica alta) e diafragma (lesão de C3 a c5)
Obs: lembrar da possibilidade de choque
x Incapacidade de perceber estímulos dolorosos
neurogênico: evitar hipoxia e hipotensão. Lembrar
pode mascarar hemorragia intra abdominal e
que paciente com choque neurogênico não sente dor
fratura de pelve.
abdominal em caso de sangramento, deve-se realizar
avaliação pormenorizada de abdome com FAST. Documentação lesões
Quadro clínico de trauma raquimedular:
Lesões de coluna cervical:
Nível ósseo: nível vertebral da lesão. Determinado por
x Paralisia de membros inferiores e superiores. exame radiológico. Luxação atlanto-occipital: síndrome do bebê sacudido
x Sudorese Nível neurológico: segmento mais caudal da medula Fratura de Jefferson/atlas (C1):
x Hipertermia onde ainda tem função sensitiva ou motora bilateral.
x Priapismo x Mecanismo: trauma axial.
Determinado por exame clínico.
x Hipotensão sem taquicardia x Compressão crânio caudal
x Dor cervical x Nível sensitivo: segmento mais caudal com x Incidência Rx: transoral
x Obs: na topografia de C1 e C2 pode haver função sensitiva
lesão medular x Nível motor: segmento mais caudal com força
grau 3
Miótomos:
Gravidade: o paciente ficará tetraplégico?
x C4: elevação do ombro
x C5: abdução de braço x Lesão completa: abaixo da lesão, não terá
x C6: Flexão do cotovelo e extensão de punho nenhuma função.
x C7: extensão de cotovelo e flexão de punho x Lesão incompleta: abaixo dela ainda terá
alguma função sensitiva ou motora.
x C8: flexão ulnar do polegar
x Tomografia: x Tipos: x Conversar com o paciente: palpar região Dor cervical e Rx normal: RM ou Rx em flexão-
cervical Æ extensão.
Î Se dor Æ RX de cervical em perfil
Î Sem dor Æ pedir ao paciente para mexer o tratamento
pescoço para os dois lados e depois x imobilização: colar cervical, head bloks e
encostar queixo no peito (movimentação tirantes em testa e queixo.
ATIVA).
x Avaliar coluna com manobra de rolamento e
retirar prancha rígida.
Lesões de coluna torácica Radiografar a coluna toda: x reposição volêmica criteriosa Æ Hidratação
10% dos pacientes que apresenta lesão intensa, cuidado com edema pulmonar Æ
de coluna cervical, apresenta uma x Pode ser necessário: DVA (fenilefrina,
x Lesão em cunha por compressão anterior segunda fratura de coluna vertebral não dopamina e noradrenalina).
Fratura de Hangman (C2): fratura do enforcado x Lesão por explosão contígua: fez RX de cervical e constatou x Estudos não mostram benefícios com
x Fraturas-luxações lesão? metilprednisolona
x Mecanismo: hiperextensão
x Incidência: perfil
x Fratura de Chance:
x Mecanismo: hiperextensão (geralmente
quando paciente usa cinto de segurança de
Sempre radiografar:
duas pontas colocado inadequadamente).
x Fratura transversa de corpo vertebral x Dor cervical à palpação ou movimentação.
x Região toracolombar x Pacientes sob efeito de álcool ou drogas ou
x Quase sempre associada à lesão de viscera desacordados.
intra-abdominal Æ sempre investigar x >65 anos
x Tomografia x Mecanismo de trauma suspeito: queda >1
metro, sobrecarga axial na cabeça, acidente
automobilístico >100km/h, capotamento,
ejeção do veículo, acidente de bicicleta.
x Tomografia
x Parestesia nas extremidades
x Lesões graves que podem causar distração.

Radiografia de cervical ideal


Incidências: anteroposterior (AP), perfil e transoral.

Contendo:

x Base do crânio
x 7 cervicais
x Metade superior da T1
Fratura de Odontóide:

x Incidência de RX: transoral Quando retirar colar cervical:


x Paciente estável, acordado e orientado, que
não esteja sob efeito de álcool ou drogas.
x <65 anos, mecanismo de trauma sem grande
risco
x Sem outra lesão com dor intensa que possa
distrair o paciente de sua dor cervical (ex:
fratura de ossos longos, lesão abdominal,
laceração extensa ou esmagamento, grandes
queimados)
Tratamento: expansão volêmica agressiva, Exames complementares: radiografia do membro em
Trauma alcalinização da urina com bicarbonato e diurese PA e perfil
osmótica. Síndrome compartimental
musculoesquelético Lesões que colocam membro em risco: fratura
Imobilização de fraturas exposta, lesão articular, lesão vascular, síndrome Ocorre quando pressão no compartimento osteofascial
compartimental, lesões neurológicas secundárias à do musculo é suficiente para produzir isquemia e
Objetivo: realinhar extremidade lesionada o mais fratura ou luxação. necrose no membro. Pode ser causada por:
próximo da posição anatômica, isso é feito aplicando- hemorragia, edema, curativos ou imobilização muito
Avaliação primária direcionada para se tração no membro e imobilizando com tala. Se Fratura exposta apertada.
hemorragias: realinhamento não for bem sucedido, imobilizar o
Quando há comunicação entre o osso/articulação e o Regiões mais frequentes: perna, antebraço, pés, mãos,
membro na posição em que está.
Medidas iniciais : pressão direta, imobilização e ambiente externo. Há propensão para infecção. glúteos e coxa.
torniquete Fratura exposta: lavar região e administrar antibiótico
Avaliação: ferimento aberto no mesmo segmento de Avaliação:
(cefazolina) precocemente. Se fratura exposta, não
Avaliação: Lembrar de medir pulso do membro provável fratura. NÃO explorar a ferida.
realinhar osso para dentro do ferimento. x maior risco: fratura de tíbia e antebraço, lesão
afetado
Tratamento: imobilizada com curativos apertados ou gesso,
ITB: PA no tornozelo do membro afetado/PA no Avaliação secundária: lesão por esmagamento grave, pressão
x Remover contaminação grosseira lavando com
membro superior não afetado. <0,9 indica fluxo arterial Anamnese: prolongada, aumento de TEC, queimaduras,
soro abundante
anormal ou DAP atividade física excessiva.
mecanismo do trauma: mecanismo, estado anterior, x Cobrir ferimento com curativo umedecido
x Sinais e sintomas: dor desproporcional ao
Tratamento: ejeção ou capotamento, cinto de segurança, airbag, estéril
estímulo e a lesão
interior do veículo danificado ou não, altura de queda, x Avaliar se há comprometimento neurológico
sangramento exsanguinante: compressão direta com x Dor ao estiramento passivo da musculatura
cuidados pré hospitalares. ou circulatório e imobilizar membro
pilha de gazes e curativo compressivo. Se continuar x Edema tenso na região
sangrando, aplicar pressão direta na artéria proximal à x antibioticoterapia precoce
Cena: ambiente contaminado? Temperatura extrema? x Parestesia ou alteração da sensibilidade distal
lesão. Se sangramento persistir: <50kg: Cefazolina 1g 08/08h
ao compartimento afetado
Estado anterior ao trauma: estado de saúde do doente 50 – 100kg: Cefazolina 2g 08/08h
x Ausência de pulso distal.
torniquete: com dispositivo molinete ou torniquete antes do trauma, condições basais, ingestão de álcool >100kg: Cefazolina 3g 08/08h
pneumático (Pressão >250 em MMSS e >400 em MMII) ou drogas. Alergia à penicilina: clindamicina 600mg Obs: síndrome compartimental pode ser difícil de ser
08/08h (900mg se >80kg) diagnosticada em pacientes com nível de consciência
anotar hora da aplicação Observação e cuidados pré hospitalares: hora do Se lesão severa com contaminação substancial: alterado, deve-se manter sempre alto índice de
clamp vascular em vaso sangrante: só é recomendado trauma e hora do atendimento pré hosp, poças de Associar Gentamicina 5mg/kg suspeição e fazer reavaliações constantes.
se vaso sangrante for claramente visível. sangue na cena, deformidades visíveis, mecanismos de x profilaxia para tétano
esmagamento, horário de colocação de torniquete. Tratamento:
x analgesia:
fratura exposta: curativo compressivo estéril
Exame físico: exposição completa e prevenção de x avaliação do ortopedista Æ desbridamento x Afrouxar curativos e talas
amputação traumática: torniquete. hipotermia cirúrgico x Fasciotomia realizada por cirurgião
Se fratura associada à lesão com hemorragia, uma Avaliação de membros: pele, função neuromuscular, obs: risco de tétano: aumenta em ferimentos >6h, com
pessoa deve comprimir o sangramento e a outra deve estado circulatório (pulsos periféricos), integridade de abrasões de profundidade >1cm
realinhar e imobilizar o membro. ossos e ligamentos. Inspeção Lesões neurológicas secundárias à fratura
imunização antitetânica - estudar
Cuidados com membro amputado: lavar parte
ou luxação
1. Inspeção
amputada em solução isotônica, envolver em toalha Lesões vasculares
Avaliar preservação da função motora e sensibilidade
estéril umedecida, colocar em sacola plástica e Coloração, perfusão, deformidades, edema,
Considerar quando há insuficiência vascular de do membro afetado, com movimentação ativa e
transportar em recipiente com gelo picado. escoriações, equimose, girar em bloco para avaliar
membro após o trauma. passiva e palpação do músculo na contração. Æ repetir
dorso. Pedir ao doente para movimentar grupos
essa avaliação constantemente.
Síndrome de crush: rabdomiólise musculares Avaliação: membro pálido, frio, TEC aumentado, pulso
traumática periférico fraco, ITB<9 Tratamento:
Obs: qualquer ferimento aberto no membro, associado
Pode levar a IRA aguda e choque. Comum em pacientes à fratura é considerado fratura exposta até que um Tratamento: x Redução e imobilização da lesão por médico
vítimas de esmagamento. especialista prove o contrário. qualificado
x Corrigir fratura associada tracionando membro x Reavaliação neurológica do membro
Avaliação: urina âmbar, CPK>10.000 2. Palpação: palpar membros na procura de gentilmente e imobilizando. Cuidado para não
fraturas e regiões dolorosas, palpar pulsos apertar demais o membro na imobilização
Complicações: acidose metabólica, hipercalemia, periféricos, TEC x Redução se luxação associada
hipocalcemia, CIVD
x revascularização cirúrgica precoce
Contusões e lacerações diretamente. Só usar em pacientes sem reflexo de
Trauma Pediátrico vômito.
Contusões: dor, edema e sensibilidade. Avaliação
criteriosa à procura de lesão vascular ou neurológica. Cânula nasofaringea: indicada em pacientes
Tratamento: imobilização e compressa FRIA. Vias aéreas no paciente pediátrico conscientes, contraindicada em trauma de face e de
base de crânio.
Laceração: desbridamento e fechamento A: crianças são mais sensíveis à hipoxemia Æ
permeabilidade de via aérea é prioridade
Lesões articulares e de ligamentos
Particularidades: desproporção crânio facial, laringe
Avaliação: instabilidade ligamentar à movimentação, anteriorizada (flexão passiva de coluna cervical), via
edema, dor. Reavaliação constante de dano vascular e aérea afunilada e estreita, língua maior, mandíbula
neurológico distais à lesão. menor e mais curta, traqueia curta.
Joelho: imobilizar em flexão (aproximadamente
Tratamento: imobilização e cirurgia. 10graus) com dispositivo de imobilização de joelho ou Coxim de 2 a 3 cm posicionado entre os ombros e os
talas longas. pés. x Via aérea definitiva: tubo posicionado na
Fraturas traqueia (no caso de criança, sem cuff
Tíbia: aparelho gessado que imobiliza perna, joelho e x Avaliação: examinar face e orofaringe,
Quando ocorre solução de continuidade no córtex insuflado) ligado a ventilação assistida,
tornozelo. sangramento em boca ou nariz, queimadura de
ósseo Æ mobilidade anormal, lesões de partes moles, enriquecido com O2 e devidamente fixado.
face, lesão por inalação.
crepitação óssea e dor. Tornozelo: talas acolchoadas. Indicações:
Desobstrução: aspiração com aspirador de
A: lesão por inalação, trauma de face,
Avaliação: dor, edema, hiperestesia, deformidade, Extremidade superior e mão: ponta rígida; remoção de corpos estranhos
hematoma retrofaríngeo.
crepitação e mobilidade anormal. Não realizar Observar: agitação, torpor, cianose, uso de
Controle da dor: imobilização, opioides EV, B: trauma raquimedular alto, contusão
movimentação de forma rotineira à procura de musculatura acessória, respiração ruidosa,
pulmonar.
crepitação ou mobilidade anormal. rouquidão.
C: Glasgow<8, convulsões persistentes
Exame do pescoço: desvio de traqueia, lesões
Reavaliação constante da situação neurovascular do Prevendo dificuldade: LEMON
penetrantes, hematomas em expansão,
membro, principalmente quando imobilizada. Tamanho do tubo: diâmetro da narina ou dedo
enfisema subcutâneo.
médio, ou:
RX: deve incluir articulação próximal e distal, afim de x Oxigênio: O2 em máscara com reservatório 10
Com balonete: Idade/4 +3,5
descartar luxações associadas. a 15L/min. Registrar oximetria ANTES e APÓS a
Sem balonete: idade/4 + 4
administração de O2.
Recém nascido >3kg: 2,5 a 3
Tratamento: realinhamento e imobilização, incluindo x Técnicas básicas: chin lift e jaw trust (elevação
< 1 ano: 3 a 3,5
articulação proximal e distal à fratura. Reavaliar estado do mento e anteriorização da mandíbula)
Lâmina:
neurovascular após imobilização. Avaliação de x Dispositivos básicos: cânula de guedel para
Neonato: lâmina 0 reta (miller)
cirurgião. crianças: tosa, azul claro e preta.
0 – 6 meses: lâmina 0 – 1 reta (miller)
Imobilizações 6 – 12 meses: lâmina 1 reta (miller)
1 – 3 anos: lâmina 1 reta (miller)
Podem ser feitas durante avaliação secundária quando 3 – 7 anos: lâmina 2 reta ou curva (miller ou
não trazem risco de vida ao doente (Ex: fratura de mocintosh)
bacia). Mas devem ser feitas ANTES do transporte. 8 – 10 anos: 2 ou 3, curva ou reta
Reavaliar estado neurovascular do membro antes e Técnica lâmina reta: pescar epiglote
após a imobilização.

Fêmur: imobilização com talas de tração. Não colocar


talas de tração quando o paciente apresenta fratura de
tíbia ipsilateral.

x IOT técnica:
Pré oxigenação: colocar oxigênio assim que
iniciar atendimento
Obs: na criança não se recomenda passar a cânula <1 ano: atropina 0,1 a 0,5mg 2 a 3 minutos
invertida até o palato mole e rodar 180 graus. Deve-se antes para evitar bradicardia
usar abaixador de língua e posicionar o guedel Obs: não ventilar
Sedação: Observação, palpação e ausculta: Definição em crianças: saída de 15ml/kg de x Hipotensão
9 Normovolemia: Etomidato 0,3mg/kg sangue no ato da drenagem ou 2 a 3ml/kg/h x Diminuição do débito urinário
x Agitação Æ hipóxia
ou midazolam 0,1mg/kg nas primeiras 3 h após a drenagem x Déficit de bases e lactato
9 Hipovolemia: Etomidato 0,1mg/kg ou x Torpor Æ hipercapnia
x Taquipneia: idade PESO FC PAs FR DU
Midazolam 0,1mg/kg (ml/kg/h)
Bloqueador neuromuscular: Lactentes: 30 a 40 irpm Lactente 0 – 10kg <160 >60 <60 2
9 <10kg: succinilcolina 2mg/kg Crianças maiores: 15 a 20 irpm Criança 10 – 14kg <150 >70 <40 1,5
9 >10kg: succinilcolina 1mg/kg Volume corrente: 4 a 6ml/kg 1–2
x Cianose Æ sinal tardio de hipoxemia anos
9 Vecurônio: 1mg/kg
3–5 14 – 18kg <140 >75 <35 1
BURP: x Desconforto respiratório e uso de musculatura
anos
acessória
6 – 12 18 – 36kg <120 >80 <30 1
x Inspeção: simetria e expansibilidade, marca de anos
cinto de segurança, ferimentos e hematomas >12 37 – 70kg <100 >90 <30 0,5
x Ausculta: presença de MV (pneumotórax ou anos
hemotórax), crepitações (contusão pulmonar),
abafamento de bulhas x Pneumotórax aberto: 2/3 do diâmetro da
Tipos de choque:
x Palpação: enfisema subcutâneo, crepitações traqueia: curativo de 3 pontas.
x Percussão: macicez ou timpanismo x Lesão de arvore traqueobrônquica: x Hipovolêmico: hemorrágico
broncoscopia x Obstrutivo: pneumotórax hipertensivo,
Exame:
Estabilização de cervical x Tamponamento cardíaco: diagnóstico pela tamponamento cardíaco
Intubar e checar posição do tubo: 3x nº do x Rx de tórax: evitar na criança clínica e pelo FAST. Tratamento: cirurgia ou x Distributivo: choque neurogênico, choque
tubo na rima labial Quando pedir: mecanismo de trauma, sinais e pericardiocentese guiada por USG. séptico
sintomas de trauma torácico x Asfixia traumática: mascara equimótica. x Cardiogênico
Como avaliar: Causada pela compressão momentânea do
tórax durante inspiração profunda com glote Choque hemorrágico:
fechada Tórax: rx de tórax e exame clínico
Contusão pulmonar: lesão torácica mais comum na Abdome: exame clínico e eFAST
criança, pode não estar associada a fratura de costela.
Na ausculta há crepitação e clínica de hipoxemia, que Pelve: Rx de pelve e exame clínico
pode ser tardia.
Membros: exame clínico
x USG eFAST
Tratamento:
DOPE: quando paciente evolui com x Tomografia: ponderar risco da radiação. Reconhecimento:
dessaturação após a intubação: Deslocamento Quando necessária, manter radiação em níveis x Oxigênio em máscara + IOT se sinais de
Perda sanguínea leve:
do tubo, Obstrução do tubo, Pneumotórax mínimos hipoxemia
hipertensivo, falha do Equipamento x Analgesia: opioides IV, bloqueio anestésico Alterado: aumento FC, pulsos periféricos finos, ,
Lesões com riscos imediatos a vida
Via aérea difícil: Bougie pediátrico 6FR intercostal ou peridural ansiedade, irritação, confusão, pele fria e TEC>3seg,
x Dispositivos de via aérea difícil x Cuidado para evitar barotrauma: usar x Prevenção de atelectasia e pneumonia com DU baixo.
Dispositivos extra glóticos: mascara laríngea dispositivo BVM para crianças se <30kg. A fisioterapia respiratória
Não se alteram: pressão de pulso e PA normais
(medir tamanho de acordo com tamanho do ventilação a pressão positiva é a principal x Hidratação cautelosa
pavilhão auricular), tubo laríngeo, causa de pneumotórax hipertensivo Perda sanguínea moderada:
x Via aérea cirúrgica: não se faz crico cirúrgica x Pneumotórax hipertensivo: toracocentese de Circulação e choque no paciente
Alterado: aumento da FC, pulsos periféricos finos e
em <12 anos. alívio no 2º espaço intercostal e na linha pediátrico
fracos, letargia, sonolência, cianótico, TEC>>3seg, DU
Cricotireoidostomia por punção: com jelcro 16 hemiclavicular com abocath 16 a 18, até 20 em
Reconhecimento: lembrar que a criança tem maior mínimo.
a 18 crianças menores.
reserva fisiológica e demora a apresentar clínica de
x Hemotórax: drenagem pleural no 5º espaço Não se alteram: PA (80 – 90 + 2x idade), pressão de
Ventilação no paciente pediátrico choque, sendo a piora muito abrupta.
intercostal, anterior a linha axilar média. Usar pulso, resposta a dor.
As costelas nas crianças são mais flexíveis, possuem drenos mais finos. Em crianças fazer x Alteração do nível de consciência, ansiedade,
Perda sanguínea grave:
menos chance de fratura. Porém o trauma torácico tunelização do subcutâneo: anestesia na borda sonolência
como contusão pulmonar, hemotórax e pneumotórax inferior da costela superior e incisão é na borda x Taquicardia Alterado: taquicardia Æ bradicardia, pulsos centrais
é comum superior da costela inferior. Sempre fazer x Pele fria, sudorese, redução de turgor fracos, pulsos periféricos ausentes, hipotensão (<70 +
exploração digital antes de colocar o dreno x Taquipneia e respiração superficial 2x idade), comatoso, pálido e frio, sem DU.
Avaliação:
Conduta: Objetivo: prevenir lesão cerebral secundária: evitar Maiores que 2 anos: TC obrigatoriamente x TC alterada: internação
hipoxemia e evitar hipotensão, mantendo perfusão. 9 Glasgow<15 x TC sem alteração ou sem critérios para TC:
x 2 acessos venosos periféricos com jelcro 18 a
9 Alteração de nível de consciência observação por 12h ou alta
22 Ou acesso IO (tíbia proximal ou fêmur TCE na criança: comum, cérebro menos protegido e
9 Sinais de fratura de base de crânio 9 Observação: suspeita de perda de
distal). sensível a alteração de fluxo cerebral. Em lactentes
TC ou observar: consciência, amnesia pós traumática,
x Exames: Hemograma e prova cruzada, com fontanelas abertas, pode haver maior
9 Vômitos cefaleia ou vômitos, comportamento
gasometria arterial, coagulograma, íons (Na, sangramento. Prognóstico melhor que em adultos.
9 Perda de consciência anormal, lesão extensa em couro
K, Ca) 9 Cefaleia intensa
Mecanismo: atropelamento, bicicleta, abuso e maus cabeludo.
x Sondagem vesical e gástrica. 9 Mecanismo perigoso:
tratos 9 Alta: entregar protocolo de instruções
Fluidos de alta do TCE com sinais de alerta
Regulação química: Sinais clínicos de Herniação de uncus
para retorno.
x Cristaloides aquecidos a 39 graus: Ringer x Rebaixamento do nível de consciência
x Diminuição de PO2: diminui fluxo cerebral
lactato 20ml/kg em bolus, podendo repetir x Dilatação da pupila do lado ipsilateral da
x Aumento Pco2: aumento do fluxo sanguíneo
até 2x de acordo com a resposta, mas deve-se lesão, associado à anisocoria
cerebral e aumento do edema Trauma raquimedular pediátrico
evitar excesso.
x Diminuição de PCO2 (hiperventilação): x Hemiparesia contralateral
Peso: 2x idade + 10
vasoconstricção e diminuição de edema x Comum em crianças
Avaliar resposta: rápida, transitória ou mínima Manejo TCE GRAVE: ECG<8 ou lactente com
x Avaliação primária: prevenção de lesão com
x Hemocomponentes: concentrado de Avaliação de status neurológico: abaulamento de fontanela ou diástase de sutura
imobilização, rolamento em bloco, colar
hemácias (300ml): 10 a 20ml/kg | plasma
x Glasgow: aplicável para maiores de 5 anos. x IOT em sequência rápida com etomidato ou cervical.
fresco (200ml) 10 a 20 ml/kg | plaquetas:
Adaptação: quetamina, de preferência. x Avaliação secundária: identificar lesão, exame
10ml/kg (1 a 2 unidades para cada 10 quilos).
x Medidas de neuroproteção: PO2 e PCO2 neurológico completo documentado. Retirar
x Protocolo de transfusão maciça: + de
normais (sem hiperventilação), PAS > 80 +2x prancha o mais precocemente possível
40ml/kg/24h, na proporção de 1:1:1.
idade ou PAs >110 em >15 anos, x Choque neurogênico x choque medular.
x Ácido tranexâmico (transamin): PED trax:
normovolemia, euglicemia, monitorizar e
15mg/kg (máx 1g) em bolus de 12min + Avaliação de trauma de coluna cervical: NEXUS
tratar coagulopatia.
2mg/kg/h em 8h iniciado em <3h do trauma.
x Não são recomendados: corticoide, NÃO FAZER RX de cervical quando:
x Controle de hemorragia: compressão externa
x Pupila: tamanho, simetria e resposta à luz. anticonvulsivante e hipotermia profilática
em feridas superficiais. Feridas profundas: x Ausência de dor na linha média do pescoço na
colocar tecido (ex: gaze, compressa) dentro x Movimentação de membros Sinais de aumento de PIC palpação e movimentação ativa.
do ferimento e comprimir, torniquete (não x Sinais de fratura de base de crânio: sinal do
x Nível de consciência normal
guaxinim, hematoma retroauricular, x Cefaleia intensa e persistente mesmo após
afrouxar). x Sem evidencia de intoxicação
hemotímpano, fístula liquórica (sinal do duplo analgesia
x Vômitos frequentes x Ausência de déficit neurológicos
Trauma abdominal halo).
x Rebaixamento de nível de consciência x Ausência de outras lesões dolorosas
x Avaliação secundária: amnésia, reavaliar
x Mecanismo contuso é mais comum distrativas
Glasgow e pupilas, avaliar nervos cranianos, x Tríade de Cushing: hipertensão arterial,
(automóvel, bicicleta) avaliar sensibilidade e resposta motora, bradicardia e alterações respiratórias Se sim para qualquer critério: RX em perfil, AP e
x Tatuagem traumática deve chamar atenção x Exames auxiliares: TC de crânio com sedação x Anisocoria, pupilas fixas e midriáticas transoral ou tomografia sem contraste (maior
para lesão intra-abdominal se criança não colaborar. bilateralmente exposição a radiação em crianças e pode haver
x Lesão mais comum: fígado e baço Indicações: x Plegia ou postura de decorticação ou necessidade de sedação)
x Trauma pélvico é incomum em crianças: < 2 anos: TC obrigatoriamente descerebração
palpação da pelve só é realizada UMA vez. 9 Glasgow <15 x Diminuição de >3 pontos na ECG
Faz-se estabilização da pelve com lençol. 9 Alteração do nível de consciência:
x Fratura de fêmur: em <3 anos considerar mais Medidas na HIC: elevar cabeceira a 30 graus, afrouxar
sonolência, agitação, resposta
tratos. Imobilizar com tração; colar cervical, hiperventilação em períodos breves
lentificada, perguntas repetitivas
(PCO2 entre 25 a 30, por 20 a 30 min), manitol 20%
Exame: 9 Fratura de crânio palpável
0,25 a 1g/kg EV em 5 minutos (CI no hipotenso), ou
TC ou observar:
x Se instabilidade: FAST, LPD e exame clínico solução salina hipertônica (3 a 23,4%), sedação com
9 Presença de hematoma subgaleal
x Estabilidade: tomografia propofol.
9 Perda de consciência >5 segundos
9 Comportamento não habitual
9 Mecanismo perigoso: ejeção de
veículo, capotamento, Manejo TCE leve ou moderado: Glasgow entre 9 e 15
atropelamento, acidente com vítima x Glasgow 9 a 13: Fazer TC sem contraste
Traumatismo cranioencefálico fatal, queda de altura>90cm, x Glasgow 13 a 15 com critérios: TC
Trauma musculoesquelético Uma vez colocado, o torniquete não deve ser fechado, estridor e dispneia são sinais tardios
afrouxado em menos de 1h. e pode ser que IOT não seja mais possível.
Anamnese: uma vez que o diagnóstico de lesões Registrar horário em que foi colocado Sempre que houver sinais, fazer IOT precoce
musculo esqueléticas em crianças é mais difícil, pois Obs: na falta de torniquete, pode-se usar um x O2 em máscara com reservatório 15L/min
não falam onde dói e o RX pode ser inconclusivo por manguito de pressão: em torno de 200. x Se atentar pra intoxicação por CO: cefaleia,
conta das áreas de fise, Informações sobre x Realinhar e imobilizar fraturas. Se possível, náuseas, confusão mental, coma. Lembrar
mecanismo de trauma são importantes. reduzir luxações. que oximetria de pulso não se altera
Lesões na fise: podem interferir no crescimento das Fazer uma tentativa de alinhamento, se não Tratar com O2 100%
crianças. conseguir, imobilizar na posição em que está.
C: circulação e reposição volêmica
Imobilizar articulação proximal e distal
Fratura em galho verde: natureza imatura e flexível Sempre fazer avaliação neurovascular antes e x Calcular superfície corporal queimada:
dos ossos. depois da imobilização queimaduras a partir de 2º grau
x Fratura de fêmur: imobilização com
dispositivo de tração
x Lesões com risco à vida: tratar no C
x Lesões com risco ao membro: tratar no E

Crush síndrome: urina cor âmbar após lesões


musculares graves ou esmagamento.

x CPK>10mil + urina escura Hipotermia:


x Tratamento: hidratação agressiva, mantendo
x Formula de Parkland:
DU de 1 a 1,5ml/kg/h em crianças.
o >14 anos: 2xSCQxPESO
Fratura exposta: lavagem, curativo compressivo, o <14 anos: 3xSCQxP
imobilização na posição em que está, antibiótico e o Lactentes ou <30kg: 3xSCQxPESO +
antitetânica precocemente. solução glicosada de manutenção
o Elétrica: 4xSCQxPESO e manter até
Antibiótico: Cefazolina 100mg/kg/dia 08/08h. diurese clara. Critérios de transferência para centro de queimados:
Alérgicos: Clindamicina 40mg/kg/dia 08/08h o Obs.: ajustar de acordo com débito
Contaminação grave associada a lesão vascular: urinário (1 a 2ml/kg/h)
Fratura em fivela (torus): angulação e impactação da gentamicina 2,5mg/kg em crianças
cortical com uma linha de fratura radioluscente. Sujidade importante: piperacilina + tazobactam.

Síndrome compartimental: dor, edema, tensão no x Sondagem gástrica e vesical


compartimento, assimetria entre membros, x Analgesia: pequenas doses por via EV.
parestesia, ausência de pulso é achado tardio. x Cobrir e proteger a área queimada
Tratamento: desafrouxar curativos e imobilizações, x Não fazer: compressa fria, não romper bolhas
fasciotomia. inicialmente, não fazer agentes antissépticos
Queimaduras em crianças
Térmicas

Manejo: Químicas

x Parar sangramento com compressão direta Elétrica


com gaze ou compressa. No caso de
Avaliação primária:
sangramento profundo, introduzir gaze ou
compressa na lesão e comprimir por cima. 1. Retirar roupas e adornos, agua corrente
Torniquete: pode ser usado se sangramento
A e B:
não para com compressão direta, mas não
deve ser improvisado, devem ser usados: x IOT precoce: se lesão térmica de vias aéreas:
C.A.T, SOFT-T, X8T, Desmodus. secreção carbonácea, queimadura em cabelo
e sobrancelhas, queimadura em ambiente
x Rx da bacia alteradas ao final da gestação: não deve ser evitada, mas não deve ser feita x Decúbito lateral esquerdo >20 semanas
Trauma na gestante sínfise púbica e articulações sacro ilíacas de repetição. x Tratar hipertensão se PAs>160 e PAd>110:
alargadas. Sistema venoso está engorgitado, 2. avaliação primária e reanimação do feto Labetalol 10-20mg EV em bolus
pode levar a hemorragia maciça se trauma de - Principais causas de morte fetal: choque da x Convulsões:
Prioridade: atendimento da mãe.
pelve. mãe, morte da mãe, descolamento de Eclampsia: Sulfato de magnésio 4-6mg EV
20 semanas: cicatriz umbilical x Neurológico: eclampsia pode simular TCE: placenta. 15min
convulsões, hipertensão, hiperreflexia, - Sinais de descolamento de placenta: Sem eclampsia: Lorazepam 1-2mg/min EV
34 semanas: rebordo costal
proteinúria, edema Æ obter TC de crânio hemorragia vaginal, dor à palpação uterina, x Monitorização fetal >20 semanas
Mudanças fisiológicas: contração uterina, tetania uterina, defesa x Sangramento vaginal: imunoglobulina RH 01
uterina quando tocado. ampola 300mg IM para RH negativas
x Sinais clínicos de irritação peritoneal menos - Batimentos cardíacos fetais com doppler e (considerar em todas as traumatizadas RH-)
evidentes Trauma fechado monitorização contínua a partir de 20 a 24 x Exames: hematócrito, coagulograma,
x Trauma contuso: Intestino protegido, feto e semanas
x Traumatismo direto ao feto considerar substituir Rx por USG se possível.
útero vulneráveis ao trauma. Trauma - Fatores de risco: FC materna >110, ISS >9,
x Traumatismo indireto: compressão súbita, x Maiores volumes de ringer lactato se
penetrante em abdome superior: intestino evidencia de descolamento de placenta, BCF >
desaceleração, contragolpe, cisalhamento que hipovolemia (evitar soro glicosado)
vulnerável 160 ou < 120, ejeção de veículo,
leva ao descolamento de placenta. x O2 em altas concentrações
x Líquido amniótico: quando ganha acesso atropelamento ou colisão de bike Æ
x Uso de cinto de segurança de 3 pontas reduz a x IOT em sequência rápida
intravascular no trauma pode causar embolia monitorização por 24h
e CIVD probabilidade de lesão fetal. x Analgesia necessária
- Sem fatores de risco: monitorização por 6h
x Placenta: vulnerável a forças de cisalhamento, x Antieméticos: metoclopramida 10mg EV ou
Trauma penetrante - Medidas auxiliares: monitorização de BCF
podo correr descolamento de placenta no IM; ondasetrona 4-8mg EV.
intermitente com doppler a partir da 10
trauma Conforme útero aumenta, outras vísceras ficam x ATB: ceftriaxona 1g EV; clindamicina 600mg
semana, monitorização contínua com
x Hipovolemia na mãe: sinais vitais na mãe protegidas. Prognostico fetal ruim. EV (Se alérgica a penicilina)
cardiotocografia a partir da 20 semana,
normais, enquanto feto sofre com hipóxia x Vacina dt ou dtpa
Tratamento é ditado pela gravidade de lesões 3. Avaliação secundária da mãe
(aumento da resistência vascular uterina). x Reanimação: sem retorno da circulação
maternas. - Indicações para TC, FAST e LPD são as
Pode perder entre 1200 a 1500ml de sangue espontânea em 4min: parto cesáreo.
mesmas para não gestante. Na LPD,
até que se percebam sinais de choque. Avaliação e tratamento posiciona-se o cateter acima da cicatriz
Alterações hemodinâmicas: umbilical e utiliza-se a técnica aberta.
Ordem: - Avaliação do períneo: líquido amniótico na
x Débito cardíaco: aumenta de 1 a 2,5litros 1. avaliação primária e reanimação da mãe vagina e PH>4,5 sugere ruptura de bolsa
x FC: aumenta 10 a 15 BPM A e B: permeabilidade de VA e ventilação - Toque vaginal: avaliar dilatação,
x PA: queda 5 a 15mmHg no segundo trimestre. adequados Æ se necessário IOT, lembrar de sangramento
Normal a partir do 3º. Lembrar da hipotensão manter PaCO2 abaixo de 30. Internação se qualquer alteração
supina (compressão da veia cava inferior). C: 2 acessos venosos calibrosos + coleta de 4. Tratamento definitivo:
Hipertensão e proteinúria podem ser sinais de exames (hemograma, coagulograma -com - Embolia de líquido amniótico e CIVD:
pré eclampsia. fibrinogênio- tipagem sanguínea, coombs evacuação uterina de urgência + reposição de
x PVC: hipertensão venosa de membros indireto) plaquetas e fibrinogênio
inferiores é normal no 3º trimestre. - útero pode reduzir retorno venoso: deve ser - Gestante RH negativa, vítima de trauma:
x ECG: eixo pode estar desviado para a deslocado manualmente para a esquerda para imunoglobulina RH (a menos que o trauma
esquerda aliviar a pressão sobre a veia cava inferior (se seja longe do útero)
x Sistema respiratório: hipocapnia (PaCO2: 25 a estiver imobilizada, pode-se rodar a prancha 5. Cesariana Peri mortem: se parada cardíaca da
30) é normal no fim da gravidez, dessa forma lateralmente em 15graus para a esquerda, mãe ocorrem por outras causas, que não a
PaCO2 de 35 a 40 podem refletir insuficiência elevando o lado direito com coxim de 15cm). hipovolemia, é recomendada cesariana até 5
respiratória. - Se atentar para possibilidade de choque: min após a PCR.
x Sistema TGI: gestantes são sempre gestante demonstra sinais e sintomas 6. Suspeita de violência doméstica: lesões
consideradas estômago cheio Æ SNG tardiamente Æ reposição precoce de desproporcionais à história, depressão e
precoce. cristaloides e sangue tipo específico (evitar tentativa de suicídio, idas frequentes ao
x Sistema urinário: ureia e creatinina caem pela vasopressores) pronto socorro, uso de drogas, insistência de
metade (níveis “normais” de ureia e - Medidas auxiliares: PVC, oximetria de pulso, parceiro em estar presente durante avaliação
creatinina podem indicar IRA). Glicosuria é gasometria arterial (lembrar que bicarbonato Æ deve ser documentada e comunicada.
normal. costuma ser baixo na gravidez). Radiografia Considerações:

SSVV

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