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Controle

Controle
Conceito
- De acordo com José dos Santos Carvalho Filho¹, controle é o conjunto de mecanismos jurídicos e
administrativos por meio dos quais se exerce o poder de fiscalização e de revisão da atividade
administrativa em qualquer das esferas de Poder;
Classificação
- O controle pode ser classificado em:
* Controle Administrativo, Legislativo e Judicial;
* Controle por Subordinação e Vinculação;
* Controle Interno, Externo e Popular;
* Controle de Legalidade e Mérito;
* Controle Prévio, Concomitante e Posterior;
* Controle de Ofício e Provocado;
Fonte¹: CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27. ed. rev., ampl. e atual. São Paulo: Atlas, 2014.

Controle Administrativo
O controle administrativo é aquele realizado da função administrativa do órgão.
Pode ser dividido em um controle de:
* Autotutela;
* Tutela.
Autotutela
Ocorre quando uma entidade administrativa pode fiscalizar ou examinar seus próprios atos por
critérios de legalidade ou mérito. Assim, um órgão pode fiscalizar outro inferior que esteja dentro da
mesma pessoa jurídica a fim de corrigi-lo, caracterizando também um controle hierárquico.
STF/Súmula 367
A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.
STF/Súmula 473
A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque
deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados
os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Tutela
Consiste no controle feito por um ente político (U/E/DF/M) a uma entidade criada por aquele por meio
da vinculação existente. Não existe hierarquia, mas sim vinculação.
- De acordo com Lopes Meireles¹, é todo aquele que o Executivo e os órgãos de administração dos
demais Poderes exercem sobre suas próprias atividades, visando a mantê-las dentro da lei, segundo as
necessidades do serviço e as exigências técnicas e econômicas de sua realização, pelo quê é um
controle de legalidade e de mérito.
- O controle administrativo está embasado no exercício da autotutela.
- Pode ser exercido de ofício ou mediante provocação do interessado.
Fonte¹: MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 34. ed. atual. São Paulo: Malheiros, 2008, p. 678.

Instrumentos do Controle Administrativo


- O controle administrativo pode ser feito mediante:
* Direito de Petição;
* Fiscalização hierárquica;
* Processo Administrativo;
* Arbitragem;
* Recurso Administrativo.
Direito de Petição
- É um direito que uma pessoa tem de peticionar e obter uma resposta de uma autoridade
administrativa. Caso a administração seja omissa poderá recorrer ao Judiciário.
Fiscalização hierárquica
Ocorre quando os órgãos superiores fiscalizam os inferiores;
Processo Administrativo
Conjunto de atos ordenados de forma lógica e formal com uma finalidade de praticar uma decisão final.
Arbitragem
Solução de conflitos feita por um terceiro que é escolhido pelas partes, sem necessidade de processo
judicial.

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Recurso Administrativo
- É a possibilidade do reexame das decisões internas da Administração pública.
São considerados recursos administrativos:
* Recurso hierárquico Próprio;
* Recurso hierárquico Impróprio;
* Revisão;
* Representação;
* Reclamação;
* Reconsideração.
Recurso hierárquico Próprio
É o reexame do ato feito pela autoridade hierarquicamente superior, dentro do mesmo órgão;
Recurso hierárquico Impróprio
É o recurso que é feito a uma autoridade que não possui hierarquia sobre aquela que editou o ato,
sendo possível esse tipo de recurso apenas quando previsto em lei.
Revisão
São os atos revistos após surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a
decisão tomada.
Representação
Denúncia apresentada por qualquer pessoa devido às irregularidades ou ilegalidades apresentadas por
algum ato.
Reclamação
É feita por um particular ou servidor público que possui seus direitos afetados diretamente.
Reconsideração
Pedido feito a mesma autoridade que indeferiu o ato, pedindo uma nova apreciação.

Controle Judicial
- É o controle exercido pelo Poder Judiciário, sendo feito por meio de ações judiciais, como mandado de
segurança, ação popular, mandado de injunção, dentre outros remédios constitucionais.
- O Poder Judiciário deve anular os atos administrativos da administração pública, quando provocado,
e o ato apresentar vício de legalidade ou legitimidade. Porém, não pode analisar o mérito
administrativo, que é o juízo de conveniência e oportunidade.
Quando a Administração Pública utiliza-se corretamente da discricionariedade por meio do mérito, o
Poder Judiciário em nada pode controlar, existindo apenas a sua influência quando a discricionariedade for
utilizada de forma ilegal.

Instrumentos de Controle Judicial


- São considerados instrumentos de controle judicial:
* Mandado de Segurança;
* Mandado de Segurança Coletivo;
* Ação Civil Pública;
* Ação Popular;
* Mandado de Injunção;
* Habeas Data;
* Ação de Improbidade Administrativa.

Controle Legislativo
- O controle Legislativo é feito por meio da função Típica do poder legislativo, não se confundido com
sua função atípica de administrar, ou seja, com o controle administrativo do legislativo.
- O controle do poder legislativo sobre os demais poderes é feito por meio da fiscalização. Esse controle
pode se apresentar de duas formas:
* Controle Parlamentar Direto (C.N, Câmara dos Deputados, Senado Federal, Comissões);
* Controle Parlamentar Indireto (TCU);
Controle Parlamentar Direto
- É aquele exercido diretamente pelo Congresso Nacional através de suas Casas, comissões
parlamentares e seus próprios membros;
Controle Parlamentar Indireto
- É aquele exercido pelo TCU;

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Controle Interno, Externo e Popular


Controle Interno
O Controle Interno consiste no controle que cada um dos Poderes exerce sobre seus próprios atos e
agentes em relação a sua função administrativa (Controle por subordinação ou hierárquico).
- CF/88. Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema
de controle interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da
União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou
ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade
solidária.
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei,
denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.
Controle Externo
- É o controle que existe de um Poder sobre o outro em relação aos atos administrativos praticados,
assim como, o da Administração Direta sobre a Indireta (Controle Ministerial ou de Tutela ou Vinculado).
- O controle da Administração Direta sobre a indireta é considerado um controle interno externo
(Bandeira de Mello) por parte da doutrina, e também é considerado por outra parte como controle Interno
(Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo). A banca CESPE já considerou CONTROLE EXTERNO e
INTERNO EXTERNO.
- São exemplos de controle externo:
* Sustação dos atos normativos do Poder Executivo pelo Congresso Nacional quando exorbitar os
limites de delegação legislativa;
* Julgamento pelo Congresso Nacional das contas do Presidente da República;
* Anulação de um ato administrativo do Poder executivo pelo poder Judiciário;
Controle Popular
- É o controle da sociedade perante a administração pública;
- Conforme Carvalho Filho: é o que se configura como controle social, assim denominado justamente por
ser uma forma de controle exógeno do Poder Público nascido das diversas demandas dos grupos
sociais.
- CF/88. Art.37. § 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública
direta e indireta, regulando especialmente:
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de
serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos
serviços;
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo,
observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou
função na administração pública.
- CF/88. Art. 74. § 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para,
na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.
- CF/88. Art.5º. LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao
meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de
custas judiciais e do ônus da sucumbência;
- CF/88. Art. 31. § 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de
qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos
termos da lei.
Controle por Vinculação ou Finalístico ou de Tutela ou Supervisão Ministerial
- É o controle exercido da Administração Direta sobre a Administração Indireta;
- Não existe hierarquia, mas sim uma vinculação entre a Administração Pública Direta e Indireta;
- É mais restrito, tendo seus limites estabelecidos em lei, sendo considerado um controle externo;
- Segundo Hely Lopes Meirelles¹, “é um controle teleológico, de verificação do enquadramento da

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instituição no programa geral no Governo e de seu acompanhamento dos atos de seus dirigentes no
desempenho de suas funções estatuárias, para o atingimento das finalidades da entidade controlada”.
Fonte¹: MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 29ª Ed.; São Paulo; Malheiros, 2005. P. 641.

Controle de Legalidade e Mérito


Controle de Legalidade
- É a atuação da Administração pública de acordo com as normas do ordenamento jurídico.
- Tal controle pode ser feito pela própria administração de ofício ou por provocação, no caso do Poder
Legislativo, quando previsto na CF/88 e o Poder judiciário pode exercer o controle sobre outro Poder
quando provocado e for passível de vício;
Controle de Mérito
- A Administração Pública age sobre os aspectos de conveniência e oportunidade quando exerce a
atividade administrativa.
- O Mérito não é passível de anulação por parte do Poder Judiciário, uma vez que é um válido da
administração pública. Com isso, o Poder Judiciário não pode interferir no mérito da decisão, ou seja, no
juízo de conveniência e oportunidade, mas pode interferir na legalidade e legitimidade do ato.
- O Mérito e a Discricionariedade não se confundem, sendo os atos discricionários analisados pelo
Judiciário para verificar se estão sendo aplicados dentro dos limites da lei.
- O Poder Legislativo pode realizar o controle de mérito da função administrativa do Poder Judiciário
ou do Executivo, sendo esse controle considerado excepcional e nos casos expressamente
apresentados na CF/88. (Controle Político);
- Exemplos do Controle de Mérito exercido pelo Poder Legislativo:
* Competência exclusiva de o Congresso Nacional fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer
de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta;

Quanto ao Momento: Controle Prévio, Concomitante e Posterior


Controle Prévio
Controle realizado antes de o ato acontecer; Pode ser exercido por qualquer dos poderes;
Controle Concomitante
Ocorre durante a realização do ato, verificando sua regularidade;
Controle Posteri
Ocorre após o ato ter finalizado, tem por finalidade corrigir ou anular algo que foi feito de maneira
incorreta;

Controle
De Ofício Provocado
Controle feito por iniciativa do próprio órgão Ocorre quando a parte interessada, por sua
responsável pela ação a ser tomada. iniciativa, provoca determinado órgão pleiteando
seus direitos.

Controle Contratual – Tribunal de Contas


Lei 8.666/93. Art. 113. O controle das despesas decorrentes dos contratos e demais instrumentos
regidos por esta Lei será feito pelo Tribunal de Contas competente, na forma da legislação pertinente,
ficando os órgãos interessados da Administração responsáveis pela demonstração da legalidade e
regularidade da despesa e execução, nos termos da Constituição e sem prejuízo do sistema de controle
interno nela previsto.

§ 1º. Qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou jurídica poderá representar ao Tribunal de
Contas ou aos órgãos integrantes do sistema de controle interno contra irregularidades na aplicação
desta Lei, para os fins do disposto neste artigo.

§ 2º. Os Tribunais de Contas e os órgãos integrantes do sistema de controle interno poderão solicitar
para exame, até o dia útil imediatamente anterior à data de recebimento das propostas, cópia de edital de
licitação já publicado, obrigando-se os órgãos ou entidades da Administração interessada à adoção de
medidas corretivas pertinentes que, em função desse exame, lhes forem determinadas.

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Legislação Relacionada ao Assunto


CF/88. Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle
externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.

§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos
Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.

§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente
prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal.

§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer
contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.

§ 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.

CF/88. Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:

IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a
execução dos planos de governo;

Seção IX
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades
da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das
subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e
pelo sistema de controle interno de cada Poder.

Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade,
guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em
nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998)

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de
Contas da União, ao qual compete:

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que
deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;

Contas do Presidente da República - Competências


TCU Congresso Nacional
Apreciar as contas prestadas anualmente pelo Julgar anualmente as contas prestadas pelo
Presidente da República Presidente da República

II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da
administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder
Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que
resulte prejuízo ao erário público;

III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na
administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público,
excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento
legal do ato concessório;

IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou
de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e

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patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais
entidades referidas no inciso II;

V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de
forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;

VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste
ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;

VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer
das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e
sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;

VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções
previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;

IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da
lei, se verificada ilegalidade;

X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados
e ao Senado Federal;

Sustar Ato x Sustar Contrato


TCU Congresso Nacional
No caso de contrato, o ato de sustação será
Sustar, se não atendido, a execução do ato
adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que
impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos
solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as
Deputados e ao Senado Federal;
medidas cabíveis.
Exceção: Se o Congresso Nacional ou o Poder
Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar
as medidas previstas no parágrafo anterior, o
Tribunal decidirá a respeito.

XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará,
de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.

§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas
previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.

§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo.

§ 4º O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas atividades.

Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, §1º, diante de indícios de despesas não
autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não aprovados,
poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias, preste os
esclarecimentos necessários.

§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão solicitará ao Tribunal


pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias.

§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano
irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação.

Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro
próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as atribuições
previstas no art. 96. .

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§ 1º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os
seguintes requisitos:

I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;

II - idoneidade moral e reputação ilibada;

III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública;

IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos
mencionados no inciso anterior.

§ 2º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos:

I - um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois alternadamente
dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal,
segundo os critérios de antigüidade e merecimento;

II - dois terços pelo Congresso Nacional.

§ 3° Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos,


vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça, aplicando-se-lhes, quanto à
aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40.

§ 4º O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e,


quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal.

Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle
interno com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e
dos orçamentos da União;

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária,


financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de
recursos públicos por entidades de direito privado;

III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da
União;

IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou


ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.

§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar
irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.

Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, composição e
fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e
Conselhos de Contas dos Municípios.

Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão
integrados por sete Conselheiros.

CF/88. Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois
terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de
sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à
administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua
revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.

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§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a
aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato
administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a
aplicação da súmula, conforme o caso. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

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Súmulas e Jurisprudências Relacionadas ao Assunto


STF/Súmula 347
O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e
dos atos do Poder Público.

STF/Súmula 365
Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular.

STF/Súmula 367
A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.

STJ/Súmula 467
Prescreve em cinco anos, contados do término do processo administrativo, a pretensão da
Administração Pública de promover a execução da multa por infração ambiental.

STF/Súmula 473
A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque
deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados
os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

STF/ADI 916
Nos termos do art. 75 da Constituição, as normas relativas à organização e fiscalização do TCU se aplicam
aos demais tribunais de contas. O art. 71 da Constituição não insere na competência do TCU a aptidão
para examinar, previamente, a validade de contratos administrativos celebrados pelo poder público.
Atividade que se insere no acervo de competência da função executiva. É inconstitucional norma local que
estabeleça a competência do tribunal de contas para realizar exame prévio de validade de contratos
firmados com o poder público.

STF/ADI 2.597
Não obstante o relevante papel do Tribunal de Contas no controle financeiro e orçamentário, como órgão
eminentemente técnico, nada impede que o Poder Legislativo, exercitando o controle externo, aprecie
as contas daquele que, no particular, situa-se como órgão auxiliar.

STF/MS 22.801
A Lei Complementar 105, de 10-1-2001, não conferiu ao Tribunal de Contas da União poderes para
determinar a quebra do sigilo bancário de dados constantes do Banco Central do Brasil. O legislador
conferiu esses poderes ao Poder Judiciário (art. 3º), ao Poder Legislativo Federal (art. 4º), bem como às
comissões parlamentares de inquérito, após prévia aprovação do pedido pelo Plenário da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal ou do plenário de suas respectivas Comissões Parlamentares de Inquérito (§
1º e 2º do art. 4º). Embora as atividades do TCU, por sua natureza, verificação de contas e até mesmo o
julgamento das contas das pessoas enumeradas no art. 71, II, da CF, justifiquem a eventual quebra de sigilo,
não houve essa determinação na lei específica que tratou do tema, não cabendo a interpretação
extensiva, mormente porque há princípio constitucional que protege a intimidade e a vida privada, art. 5º, X,
da CF, no qual está inserida a garantia ao sigilo bancário.

STF/MS 23.550/DF
O Tribunal de Contas da União - embora não tenha poder para anular ou sustar contratos administrativos
- tem competência, conforme o art. 71, IX, para determinar à autoridade administrativa que promova a
anulação do contrato e, se for o caso, da licitação de que se originou.

STF/RMS 24.194/DF
À luz do disposto no art. 12 da Lei 8.429/90 e nos arts. 37, § 4º e 41 da CF/88, as sanções disciplinares
previstas na Lei 8.112/90 são independentes em relação às penalidades previstas na LIA, daí porque
não há necessidade de aguardar-se o trânsito em julgado da ação por improbidade administrativa para que
seja editado o ato de demissão com base no art. 132, IV, do Estatuto do Servidor Público Federal.

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STF/MS 24.510
"PROCEDIMENTO LICITATÓRIO. IMPUGNAÇÃO. COMPETÊNCIA DO TCU. CAUTELARES.
CONTRADITÓRIO. AUSÊNCIA DE INSTRUÇÃO.
1 - Os participantes de licitação têm direito à fiel observância do procedimento estabelecido na lei e
podem impugná-lo administrativa ou judicialmente. Preliminar de ilegitimidade ativa rejeitada.
2 - Inexistência de direito líquido e certo. O Tribunal de Contas da União tem competência para fiscalizar
procedimentos de licitação, determinar suspensão cautelar (artigos 4º e 113, § 1º e 2º da Lei nº
8.666/93), examinar editais de licitação publicados e, nos termos do art. 276 do seu Regimento Interno,
possui legitimidade para a expedição de medidas cautelares para prevenir lesão ao erário e garantir a
efetividade de suas decisões).

STF/MS 24.781
"A recente jurisprudência consolidada do STF passou a se manifestar no sentido de exigir que o TCU
assegure a ampla defesa e o contraditório nos casos em que o controle externo de legalidade exercido
pela Corte de Contas, para registro de aposentadorias e pensões, ultrapassar o prazo de cinco anos,
sob pena de ofensa ao princípio da confiança – face subjetiva do princípio da segurança jurídica.
Precedentes. Nesses casos, conforme o entendimento fixado no presente julgado, o prazo de cinco anos
deve ser contado a partir da data de chegada ao TCU do processo administrativo de aposentadoria ou
pensão encaminhado pelo órgão de origem para julgamento da legalidade do ato concessivo de
aposentadoria ou pensão e posterior registro pela Corte de Contas.”

STF/MS 25.440
O Tribunal de Contas, no julgamento da legalidade de concessão de aposentadoria ou pensão, exercita o
controle externo que lhe atribui a Constituição Federal , art. 71 , III , no qual não está jungido a um processo
contraditório ou contestatório.

STF/MS 26.250/DF
1. Não há direito líquido e certo à prorrogação de contrato celebrado com o Poder Público. Existência
de mera expectativa de direito, dado que a decisão sobre a prorrogação do ajuste se inscreve no âmbito
da discricionariedade da Administração Pública.

2. Sendo a relação jurídica travada entre o Tribunal de Contas e a Administração Pública, não há que se
falar em desrespeito às garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa.

STF/MS 28.598/DF
O Conselho Nacional de Justiça, embora integrando a estrutura constitucional do Poder Judiciário como
órgão interno de controle administrativo, financeiro e disciplinar da magistratura - excluídos, no entanto, do
alcance de referida competência, o próprio Supremo Tribunal Federal e os seus Ministros (ADI 3.367/DF) -,
qualifica-se como instituição de caráter eminentemente administrativo, não dispondo de atribuições
funcionais que lhe permitam, quer colegialmente, quer mediante atuação monocrática de seus
Conselheiros ou, ainda, do Corregedor Nacional de Justiça, fiscalizar, reexaminar, interferir e/ou
suspender os efeitos decorrentes de atos de conteúdo jurisdicional emanados de magistrados e Tribunais
em geral, sob pena de, em tais hipóteses, a atuação administrativa de referido órgão estatal - por traduzir
comportamento “ultra vires” - revelar-se arbitrária e destituída de legitimidade jurídico-constitucional.

STF/MS 33.340-DF
Operações financeiras que envolvam recursos públicos não estão abrangidas pelo sigilo bancário a
que alude a Lei Complementar nº 105/2001, visto que as operações dessa espécie estão submetidas aos
princípios da administração pública insculpidos no art. 37 da Constituição Federal. Em tais situações, é
prerrogativa constitucional do Tribunal [TCU] o acesso a informações relacionadas a operações
financiadas com recursos públicos.

STF/RE: 510.034 AC
Em caso de multa imposta por Tribunal de Contas Estadual a responsáveis por irregularidades no uso
de bens públicos, a ação de cobrança somente pode ser proposta pelo ente público beneficiário da
condenação do TC.

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Controle

STF/Rcl 28.024
Agente político e nepotismo
Direito Administrativo. Agravo interno em reclamação. Nepotismo. Súmula Vinculante 13. 1. O Supremo
Tribunal Federal tem afastado a aplicação da Súmula Vinculante 13 a cargos públicos de natureza
política, ressalvados os casos de inequívoca falta de razoabilidade, por manifesta ausência de
qualificação técnica ou inidoneidade moral. Precedentes. 2. Não há nos autos qualquer elemento que
demonstre a ausência de razoabilidade da nomeação.

STJ/REsp 1.117.685
O controle externo da Câmara Municipal exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados,
quando inexistentes os Conselhos ou Tribunais de Contas Municipais (CF, art. 31, § 1º) e suas decisões
que resultem em imputação de débito e multa tenham eficácia de título executivo (CF, art. 71, § 3º, II), não
legitimam o ressarcimento de verba pública municipal (remuneração de ex-vereador) para competência
fiscal do Estado-membro, diante de decisão proferida pelo seu Tribunal de Contas, sem afrontar, de forma
imediata, às condições da ação executiva (art. 1º da LEF e art. 3º do CPC) e, mediata, os princípios da
autonomia orçamentária e financeira municipal.

STJ/HD 160
Em razão da necessidade de comprovação de plano do direito do demandante, mostra-se inviável a
pretensão de que, em um mesmo habeas data, se assegure o conhecimento de informações e se
determine a sua retificação. É logicamente impossível que o impetrante tenha, no momento da propositura
da ação, demonstrado a incorreção desses dados se nem ao menos sabia o seu teor. Por isso, não há como
conhecer do habeas data no tocante ao pedido de retificação de eventual incorreção existente na base de
dados do Banco Central do Brasil.

TCU/Súmula 249
É dispensada a reposição de importâncias indevidamente percebidas, de boa-fé, por servidores ativos
e inativos, e pensionistas, em virtude de erro escusável de interpretação de lei por parte do
órgão/entidade, ou por parte de autoridade legalmente investida em função de orientação e supervisão,
à vista da presunção de legalidade do ato administrativo e do caráter alimentar das parcelas salariais.

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