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INSTITUTO INDUSTRIAL & COMERCIAL DA MATOLA


Módulo: Realizar a análise de projecto de investimento

Tema: CRITÉRIOS DE AVALIAÇ ÃO DE I NVESTI MENTOS

Resultado de Aprendizagem 1:
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Compreender os principais conceitos, etapas e métodos envolvidas na análise de um

Projecto de investimento

Critério de Desempenho:

1.4. Indica os principais indicadores de avaliação do interesse e viabilidade do projecto de


investimento tais como valor actualizado líquido, taxa interna de rentabilidade, período de
recuperação, benefício equivalente anual) e descreve o respectivo contributo e limitações para a
avaliação do projecto.

(AULA 11 a 15)

Os critérios de avaliação do projecto são medidas ou indicadores de rendibilidade dos projectos


de investimento que servem de suporte à tomada de decisão de implementar ou não o projecto.

Neste capítulo serão apenas abordados os critérios mais utilizados na avaliação de um projecto
de investimento, do ponto de vista financeiro, colocando assim de lado a análise de carácter
social.

Numa óptica financeira, os critérios mais utilizados no processo de avaliação de um projecto de


investimento são:

 Valor Actual Líquido (VAL)

 Taxa Interna de Rentabilidade (TIR)

 Período de Recuperação (PAYBACK)

 Relação Custo Benefício (RCB)

Vejamos cada um deles de forma separada:

VALOR ACTUAL LÍQUIDO (VAL)

O indicador mais difundido para a análise financeira de projectos é o Valor Actual Líquido –
VAL (em inglês Net Present Value – NPV).
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O Valor Actual Líquido (VAL) de um investimento é a diferença entre os valores dos fluxos
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positivos e negativos do projecto, depois de descontados a uma taxa de actualização
convenientemente escolhida (custo de capital).

Trata-se de uma medida absoluta de rendibilidade que traduz, numa perspectiva de momento
presente, o montante residual dos fluxos de Caixa gerados pelo projecto num determinado
período de análise (vida útil do projecto) depois de ser deduzida a remuneração do conjunto de
capitais neles envolvidos.

VAL = - INVESTIMENTO/(1+TA)0 + CF1/(1+TA)1 + CF2/(1+TA)2 + … + Valor


Residual/(1+TA)N

N – anos do projecto

TA – taxa de actualização que mede o retorno do capital investido exigido pelo accionista.

Ou, quando valor dos Fluxos de Caixa são constantes ao longo do projecto:

Considere que um projecto apresentava os seguintes elementos para a análise de investimento:

 Investimento Inicial : 20.000,00

 Vida útil : 4 anos

 Fluxos de Caixa Operacionais : Ano 1- 6.000; Ano 2 – 12.000; Ano 3 e 4 – 15.000

 Custo de Oportunidade: 10%

O mapa de Fluxo de Caixa seria:

Descrição Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4


Fluxo de Caixa -20.000,00 6.000,00 12.000,00 15.000,00 15.000,00

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VAL = -20 000 + 6 000 + 12 000 + 15 000 + 15 000


(1+10%)0 (1+10%)1 (1+10%)2 (1+10%)3 (1+10%)4 Page | 3

VAL = 16.886,82467

Significa que o projecto paga o investimento, remunera os financiadores à taxa exigida (10%) e
ainda liberta 16.886,82

Agora já entendemos o significado de VAL:

Valor Porque é uma valorização do projecto


Actual Porque se baseia em Fluxos de Caixa actualizados
Liquido Porque é líquido de todos os gastos: investimento, impostos, etc (este
ponto
será discutido no capitulo análise de Investimento)

ANÁLISE DO RESULTADO DO VAL

VAL > 0 : Estamos perante um projecto economicamente viável, uma vez que o VAL superior a
0 (zero) permite cobrir o investimento inicial, bem como a remuneração mínima exigida pelo
investidor (TA), e ainda gerar um excedente financeiro.

VAL = 0 O projecto é economicamente viável, uma vez que permite a completa


recuperação do investimento inicial, bem como a obtenção mínima exigida pelos investidores
(TA). Podemos concluir que um projecto com um VAL = 0 corre sérios riscos de se tornar
inviável.

VAL < 0 Estamos perante um projecto economicamente inviável.

Quanto maior for o VAL, maior será a probabilidade do projecto ser viável economicamente, já
que um VAL positivo significa que as receitas geradas são superiores aos custos.

VANTAGENS E LIMITAÇÕES DA UTILIZAÇÃO DO VAL COMO CRITÉRIO DE


AVALIAÇÃO DE PROJECTOS:

Este indicador é considerado soberano como critério de avaliação de um projecto, pois apresenta
as seguintes vantagens:

 Identifica se existe ou não aumento do valor da empresa;


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 Analisa todos os fluxos de caixa do projecto;


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 Permite a adição de todos os fluxos de caixa no momento zero;

 Considera o custo de capital;

 Inclui o risco no custo de capital.

A principal dificuldade da utilização deste método consiste na definição da taxa de atractividade


do mercado - custo de oportunidade do capital, principalmente quando o horizonte temporal do
projecto é muito longo.

TAXA INTERNA DE RENTABILIDADE - TIR

Outro dos indicadores muito utilizados na análise financeira de projectos é a Taxa Interna de
Rentabilidade – TIR (em inglês Internal Rate of Return – IRR).

Por definição, a Taxa Interna de Rentabilidade (TIR) de um investimento é a taxa de actualização


para a qual se anula o respectivo valor líquido actualizado (VAL=0).

EQUAÇÃO 3- CALCULO DA TIR

Assim, a TIR, mede a taxa de juro que é efectivamente proporcionado durante o período de vida
útil pelo conjunto dos capitais nele aplicados, ou seja, o rendimento anual produzido
durante o período de vida útil do investimento, depois de recuperados os respectivos custos
(investimento e exploração) por unidade de capital nele investido.

A TIR pode ser calculada através do Método de Interpolação Linear. Este método
consiste em ensaiar vários valores de "i". Começa-se por estimar um valor que nos
pareça próximo da solução final. Se o VAL resultar positivo, ensaia-se um valor de "i" superior.

Se o VAL resultar negativo, ensaia-se um valor de "i" inferior. Quando os dois pontos assim
obtidos estiverem suficientemente próximos um do outro, pode interpolar-se linearmente,
obtendo-se i = TIR APROXIMADA correspondente ao VAL = 0.

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A TIR REAL poder ser calculada utilizando uma máquina de calcular ou um computador.
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Apesar de existir uma diferença entre a TIR REAL e a TIR APROXIMADA, a taxa obtida pelo
método de interpolação linear é bastante aceitável.

EXEMPLO 16 – CALCULO DA TIR

Continuando com o exemplo anterior e utilizando a Método de Interpolação Linear,

teríamos:

taxa VAL

39% 130,91

40% -220,74

Então a TIR está situada entre 39% e 40%, logo:

Variação Taxa variação VAL

(40%-39%)=1% (-220,74 - 130,92)= - 351,66

Variação = ? (0 - 130,92)= -130,92

Variação = (-130,92)x 1% / -351,66 = 0,37%

Então a TIR = 39% +0,37% = 39,37%

Quando procedermos à aplicação através do Excel vamos ver que a taxa real é de
37,37%.

ANÁLISE DO RESULTADO DA TIR

TIR > TA Implica que o VAL > 0; o projecto consegue gerar uma taxa de rendibilidade
superior ao custo de oportunidade do capital, pelo que estamos perante um projecto
economicamente viável.

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TIR < TA Implica que o VAL < 0; o projecto não consegue gerar uma taxa de
rendibilidade superior ao custo de oportunidade do capital, pelo que estamos perante um Page | 6
projecto economicamente inviável.

VANTAGENS E LIMITAÇÕES DA UTILIZAÇÃO DA TIR:

Trata-se, pois, de uma medida de rendibilidade relativa e como tal largamente utilizada como
critério de comparação de investimentos.

As principais vantagens são:

 É uma medida relativa e desta forma permite uma melhor comparação entre
alternativas de projectos;

 Não depende do custo de oportunidade

As principais limitações são:

 Se o investimento utilizar o recurso a capital alheio, o TIR funciona de maneira inversa,


ou seja, deve ser mais baixa do que o custo de oportunidade. O VAL aumenta à
medida que se eleva a taxa de actualização.

 Quando há mais do que uma mudança de sinal nos fluxos, oscilando entre
negativo, positivo, negativo ou o inverso, existirão mais do que uma TIR ou não haver
nenhuma, tornando o critério invalido.

 Perante projectos mutuamente exclusivos – existência de várias alternativas onde só


poderá existir uma – com diferentes escalas de investimento e/ou que gerem diferentes
padrões de fluxo ao longo do tempo poderá levar a escolhas erradas.

PERÍODO DE RECUPERA ÇÃO (PAYBACK)

O tempo de recuperação de um investimento é dado pelo o número de anos do seu

período de via útil, necessários para que os fluxos positivos igualem o montante total

investido. Trata-se pois de uma medida de rendibilidade assente fundamentalmente no

factor de tempo.
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Para calcular o Período de Recuperação é necessário calcular o fluxos de caixa


acumulados. Quando o valor acumulado passa a positivo dá-se o momento em que os fluxos de Page | 7
caixa recuperam o valor investido

Vejamos um exemplo:

EXEMPLO 17 – CALCULO DO PERIODO DE RECUPERAÇÃO

Continuando com o exemplo anterior.

Ano Fluxo de Caixa Fluxo de Caixa Acumulado

Ano Fluxo de Caixa Fluxo de Caixa Acumulado


0 -20.000,00 -20.000,00
1 6.000,00 - 14.000,00
2 12.000,00 - 2.000,00
3 15.000,00 13.000,00
4 15.000,00 28.000,00

Os fluxos de Caixa acumulados mudam de sinal durante o 3º ano. No início do ano o fluxo
de caixa é de 2.000 negativo e no final desse ano já é positivo em 13.000. Assim o período de
recuperação será de 2 anos e alguns meses ou dias.

Para saber o momento com mais exactidão, considerando que o fluxo se mantém
uniforme ao longo do ano, faríamos:

1 ano gerou um Fluxo de Caixa de 15.000

então X anos necessários recuperar os 2.000 negativos

X = 2.000 x 1 /15.000 = 0,133333 anos ou seja 1,6 meses (0,1333 x 12 meses), ou

ainda 1 mes e 18 dias (1,6 – 1 = 0,6 meses, que representa 18 dias = 0,6 x 30 dias)

O projecto é recuperado em 2 anos, 1 mês e 18 dias

VANTAGENS E LIMITAÇÕES DA UTILIZAÇÃO DO PERÍODO DE


RECUPERAÇÃO:

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A principal vantagem deste método é fácil identificação e interpretação.


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Apesar de amplamente utilizado e preferido como critério pela maioria dos investidores,
apresenta duas grandes limitações:

 Não tem em conta os fluxos positivos proporcionados depois do período de


recuperação e até ao fim da vida útil do projecto;

 Nem o modo como evoluem, durante aquele período, os valores dos fluxos
positivos nele gerados

 Não tem em conta o valor temporal do dinheiro;

 Este período de recuperação normalmente é definido de forma arbitrária pelo


administrador

Dadas a limitações é imprudente considerar este método para auxiliar a tomada dedecisão
sobre a implementação ou não do investimento,

Para resolver a limitação do período de recuperação não ter em conta o valor temporal do
dinheiro muitas vezes utiliza-se o período de recuperação descontado. O período de
Recuperação Descontado, utiliza os fluxos de caixa actualizados. Retomando o Exemplo:

Ano Fluxo de Caixa Fluxo de Caixa Fluxo de Caixa


descontado Descontado
Acumulado
0 -20 000,00 -20 000,0 -20 000,00
1 6 000,00 5 454,55 -14 545,45
2 12 000,00 9 917,36 -4 628,10
3 15 000,00 11 269,72 6 641,62
4 15 000,00 10 245,20 16 886,82
Repetindo os cálculos teríamos:

Nº anos = 4.628,10 /11 269,20= 0, 410667

Nº meses = 0,410 667 x 12 = 4,928 meses

Nº dias = 0,928 x 30 = 27,84 dias = =28 dias

Ou seja o Investimento é recuperado em 2 anos e cerca de 5 meses

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RELAÇÃO BENEFÍCIO /CUSTO (RBC )


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A razão benefício/custo é outro tipo de medida de rendibilidade de um investimento, expressa
pelo quociente entre os benefícios (fluxos de caixa positivos) e os custos (fluxos de Caixa
negativos) depois de actualizados a uma taxa conveniente escolhida.

É traduzido assim, no somatório dos valores presentes dos fluxos de caixa futuros,
dividido pelo investimento inicial.

RBC = (somatório de) Fluxos de Caixa actualizados / Investimento

EQUAÇÃO 4 – RELAÇÃO BENEFÍCIO/CUSTO

EXEMPLO 18 _ CALCULO DO INDICADOR BENEFÍCIO/ CUSTO

Continuando com Exemplo, teríamos:

Somatório dos Fluxos de Caixa Positivos = 36.886,82

Somatório Fluxos de Caixa negativos = 20.000,00

Logo Relação Benefício/Custo = 36.886,82/20.000= 1,8443

ANÁLISE DO RESULTADO DA TIR

A interpretação deste critério deve ser feita da seguinte forma:

RBC > 1 Estamos perante um projecto economicamente viável pois os Fluxos de Caixa do
projecto são superiores ao investimento e ao retorno exigido. È de aceita o projecto

RBC=1 O projecto é economicamente viável, uma vez que permite a completa


recuperação do investimento inicial, bem como a obtenção mínima exigida pelos
investidores (TA), pois os Fluxos de Caixa do projecto são iguais ao investimento e ao
retorno exigido. Podemos concluir que um projecto com um RBC=1 corre sérios riscos de se
tornar inviável.

RBC < 1 Estamos perante um projecto economicamente viável, pois os fluxos de caixa
libertados pelo projecto não cobrem o investimento.

VANTAGENS E LIMITAÇÕES DA UTILIZAÇÃO DO BENEFÍCIO/ CUSTO:

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Este é o critério que mais se aproxima ao VAL, embora o VAL ainda seja um critério
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mais seguro por possuir uma propriedade aditiva.

O indicador IR é muito utilizado pois apresenta as seguintes vantagens:

 Fácil interpretação em comparação a outros indicadores,

No entanto, apresenta diversas limitações, dentre as quais se destaca

 Insensibilidade à escala e à duração projecto, quando estamos perante a selecção de


alternativas de projectos mutuamente exclusivos.

O Benefício/Custo só se sobrepõe em termos de eficácia ao VAL nos casos de análise de mais de


um investimento em que houver, no período inicial, limitação de recursos para aplicação em
ambos os projectos.

CASO PRÁTICO 3 – APLICAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE


INVESTIMENTOS

A empresa AGROEMPRESA pretende estudar a viabilidade de adquirir uma nova linha de


produção para o processamento de fruta. Para o efeito sabe-se a seguinte informação:

Valor do Investimento: 100.000 mil meticais

Taxa de retorno exigida pelo investidor = 10%

Fluxos de Caixa Incrementais gerados pelo Projecto (meticais):

Ano 1 20 000
Ano 2 40 000
Ano 3 60 000
Ano 4 80 000

Com base na informação avalie a viabilidade do projecto tendo em conta os seguintes critérios
de avaliação, justificando a sua decisão.

a. Valor Actual Líquido

b. Taxa Interna de Rentabilidade

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c. Período de Recuperação normal e descontado


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d. Relação Benefício-Custo

RESPOSTA:

1. VAL

Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Total


Fluxos de Caixa -120 000,00 20 000,00 40 000,00 60 000,00 80 000,00
Factor de 1,00 0,91 0,83 0,75 0,68
Desconto (1+i)-n
Fluxos de caixa -120 000,00 18 181,82 33 057,85 45 078,89 54 641,08 30 959,63
Descontados

VAL = 30 959,63 mil meticais

Logo o projecto é viável pois recupera o montante do investimento, remunera os


investidores à taxa exigida (10%) e ainda gera um excedente financeiro de 30.5959,63 mil
meticais

2. TIR

taxa VAL

16% 27,57

17% -182,20

Variação da Taxa Variação Fluxo de Caixa

1% 209,77

X = 0,13% 27,57

TIR = 16%+0,13% = 16,13%

É de aceitar o projecto, pois a taxa de retorno do projecto (TIR) é superior à taxa exigida
pelos accionistas (TA=10%)
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3. Período de Recuperação Normal e Descontado


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Anos Fluxos de Fluxos de Caixa
Caixa Acumulados
0 -120 000,00 -120 000,00
1 20 000,00 -100 000,00
2 40 000,00 -60 000,00
3 60 000,00 0,00
4 80 000,00 80 000,00

Seria de aceitar o projecto se o período de recuperação exigido pelo investidor fosse


superior a 3 anos, caso contrario se o investidor exigisse um prazo inferior a 3 anos era de
rejeitar face a esta imposição, apesar do projecto ser viável.

Analisado agora pelo Período de recuperação descontado teríamos:

Anos Fluxos de Caixa Fluxos de Caixa


Descontados Descontados
Acumulados
0 -120 000,00 -120 000,00
1 18 181,82 -101 818,18
2 33 057,85 -68 760,33
3 45 078,89 -23 681,44
4 54 641,08 30 959,63

O projecto é recuperado em 3 anos, 5 meses e 6 dias

Nº de Anos Fluxo de Caixa

1 54 641,08

X 23 681,44

X= 0,4334

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Nº meses = 0,4334 x 12 meses = 5,2008 meses


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E 6 dias ((5,200- 5) x 30 dias)

4. Relação Benefício/Custo

RBC = 150 959,63/120 000,00 = 1,257996949

O projecto é viável pois os benefícios gerados pelos Fluxo de Caixa do projecto são

superiores em cerca de 26% em relação ao custo do Investimento.

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