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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO


CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM LETRAS
4º ANO NOTURNO

LADY KETHELLEN PANTOJA DE OLIVEIRA

LINGUÍSTICA II

Belém-PA
2022
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM LETRAS
4º ANO NOTURNO

LADY KETHELLEN PANTOJA DE OLIVEIRA

LINGUÍSTICA II

Atividade sobre conceitos presentes no texto de


FARACO (2008).
Prof. Dinair Barbosa

Belém-PA
2022
ATIVIDADE

1. Elabore um quadro comparativo entre os conceitos de norma, norma culta falada,


norma culta escrita, norma curta e norma padrão.

FARACO (2008) discorre sobre os quatro tipos de normas:

NORMA NORMA NORMA NORMA NORMA


CULTA CULTA CURTA PADRÃO
FALADA ESCRITA PADRÃO
É possível Diz respeito à norma Seus praticantes, em Aquilo que tem Carregada de
conceituar norma culta brasileira falada sua maioria, são predominado e preconceitos em
como determinado que, para a surpresa pertencentes às servido de relação às demais
conjunto de de muitos, se camadas mais referência nas variedades e que
fenômenos identifica, na privilegiadas da nossas escolas, tem como objetivo
linguísticos maioria das vezes, sociedade. sendo reforçado por – como o próprio
(fonológicos, com a linguagem Diferente da culta boa parte dos nome diz – a
morfológicos, urbana comum, ou falada, a norma consultórios padronização da
sintáticos e seja, com a fala dos culta escrita não gramaticais da língua,
lexicais) que são falantes que estão admite ocorrência mídia, pela ação de considerando tudo
correntes, fora do grupo dos de fenômenos que revisores das o que é diferente a
costumeiros e chamados ocorrem na fala editoras, por ela como errado. A
habituais numa (tecnicamente) de culta. Eles não manuais de redação norma-padrão
dada comunidade cultos, e não ocorrem na culta dos grandes jornais, brasileira surgiu no
de fala. Nesse propriamente com as escrita, e quando pelos livros de séc. XIX, partindo
sentido, se prescrições da aparecem, são “bom-português”, da necessidade que
identifica com tradição gramatical duramente. Somos por cursinhos pré- alguns membros
normalidade, ou mais conservadora. uma sociedade que, vestibulares e por letrados das altas
seja, com o que é A expressão “culta” em situações elaboradores de camadas da
corriqueiro, usual, no nome “norma altamente questões de sociedade viram, e
habitual, recorrente; culta” pode levar monitoradas, usa uma concursos públicos. veem, em unificar a
“normal” em uma muitos a imaginarem variedade na fala e língua, tornando-a
certa comunidade que só os falantes de outra na escrita. A unitária e
de fala. tal variedade são exemplo temos os homogênea e
cultos, ou seja, pronomes oblíquos de combatendo as
possuem cultura e terceira pessoa. Eles mudanças e as
que os outros são praticamente variações.
incultos e ignorantes. desapareceram da
Tal idéia é norma culta falada no
amplamente Brasil, porém ainda
difundida pelo senso são bastante comuns
comum e deve ser na escrita culta.
desconstruída.
2. Faraco discute bons instrumentais normativos. O que são? E quais critérios são usados
para classificá-los? Escolha um desses instrumental normativo e faça uma pequena
avaliação (no máximo 20 linhas).

Bons Instrumentos normativos podem ser entendidos como usos adequados de fenômenos
linguísticos contidos em dicionários e compêndios gramaticais. Um bom exemplo pode ser
encontrado na “A Nova Gramática Do Português Contemporâneo” de Celso Cunha e Lindley
Cintra quando os autores decorrem tanto sobre os graus do superlativo nos advérbios, quando
formam-se o superlativo absoluto sintético com acréscimo de sufixo “íssimo” como em
muitíssimo, quanto do superlativo analítico com ajuda de um advérbio indicador de excesso,
como no caso do texto de Martins Moreira “Machado, o funcionário e diretor de repartição,
muito mal se conhece”.

3. Durante a discussão de norma, Faraco vai apontando onde se encontra exemplos das
diferentes normas. Elabore uma relação conforme o tipo de norma.

No texto fica explícito onde se pode encontrar diferentes exemplos de normas, que seria
dentro das comunidades linguísticas/de práticas, uma vez que são nesses espaços que há um
"agregado de pessoas que partilham experiências coletivas no trabalho, nas igrejas, nas escolas,
nos sindicatos e associações, no lazer, no cotidiano da rua, do bairro e etc" (Faraco, 2008).
Dessa forma, pode-se inferir que uma mesma pessoa pode pertencer a diferentes comunidades
de práticas, ou seja, cada uma dessas comunidades exigem uma forma específica de falar e de
se comportar. Nesse partilhar encontram-se exemplos de diferentes normas: culta falada, padrão
e etc. Por exemplo: a linguagem utilizada de forma despojada com amigos da faculdade não
será a mesma durante uma reunião na igreja. Bem como a norma utilizada em um julgamento
no tribunal não será a mesma de dentro do ambiente familiar. O grau de monitoramento é bem
maior em alguns ambientes, e a pronúncia também é diferenciada.

REFERÊNCIAS
FARACO, Carlos Alberto. Norma culta brasileira: desatando alguns nós. São
Paulo: Parábola, 2008.

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