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ENSINO FUNDAMENTAL II
ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE ENSINO FUNDAMENT
Planejamento e Regência
20h 2,0
Inicialmente, ao optar pela carreira docente, o estudante de licenciatura recorre a suas memórias escolares e a estereót
e com as rotinas escolares para que, de fato, o futuro professor compreenda os verdadeiros desafios
existentes no exercício docente. Este é o objetivo do Estágio supervisionado: promover a reflexão sobre a
prática docente e instrumentalizar os futuros docentes para a atuação em sala de aula. Diante disso, a
respeito da importância do Estágio supervisionado, SILVA et al. (2018, p. 4) afirma:
Durante a realização das atividades do estágio, por meio das observações e regências em sala,
o estagiário, futuro professor, vivencia a realidade educacional, percebe os desafios
enfrentados diariamente pelos professores, núcleo gestor e demais profissionais que fazem
parte da unidade escolar. Passando a refletir e questionar sobre a responsabilidade que cabe
ao professor diante da realidade possibilitada pelo Estágio Supervisionado, na qual está
inserida a instituição de ensino em que atuará, além de refletir sobre a função da escola,
como uma unidade construtora de conhecimentos.
Nesse sentido, a prática do Estágio Supervisionado, nos cursos de licenciatura, fornece ao futuro docente a
oportunidade de conhecer a rotina da escola, especificamente a sala de aula. Permite, ainda, a formação de
profissionais críticos, capazes de refletirem sobre as teorias estudadas e relacioná-las com o exercício da
docência. Dessa forma, as vivências construídas ao longo do estágio tornam-se muito significativas na
construção da prática pedagógica.
Cabe ressaltar, ainda, que o Estágio Supervisionado, durante a formação de professores, permite aos
estagiários adquirirem sua própria metodologia de ensino, por meio das observações realizadas na escola. Para
tanto, segundo Pimenta e Lima (2012, p.35, apud SILVA et al., 2018, p. 6), os estudantes de licenciatura “[...]
escolhem, separam aquilo que consideram adequado, acrescentam novos modos, adaptando-se aos contextos
nos quais se encontram.” Portanto, o Estágio Supervisionado torna-se uma importante ferramenta que leva o
futuro professor a refletir, de forma ética e crítica, a respeito das experiências vivenciadas ao longo desse
período e transformá-las em conhecimento que servirão, posteriormente, como base para a construção de sua
prática docente.
Com base na leitura realizada, produza um texto dissertativo-argumentativo (de 20 a 30 linhas). Comente a respeito da importância d
Para fundamentar sua reflexão sobre o assunto e aprofundar seus conhecimentos, leia o seguinte artigo: Texto 1 - “Reflexões sobr
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996) determina que os currículos
dos sistemas e redes de ensino do país, assim como as propostas pedagógicas de todas as escolas públicas e
privadas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio devem ser norteadas pela Base. Esse
documento, orientado pelos princípios éticos, políticos e estéticos, estabelecidos pelas Diretrizes
Curriculares Nacionais da Educação Básica, dispõe a respeito dos conhecimentos, competências e habilidades
que todos os estudantes do Brasil devem desenvolver ao longo de seu percurso na Educação Básica. Além
disso, a Base direciona a educação do país para a formação plena do indivíduo, para o exercício da cidadania
e qualificação para o trabalho.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) aprovada e homologada pelo Ministério da Educação em
dezembro de 2017, teve seu processo de construção iniciado em 2015 e, consequentemente, iniciaram-se,
também, várias discussões acerca da formação de docentes que atendam às demandas prescritas no documento
(BRASIL, 2017, p. 8). Diante disso, torna-se imprescindível a compreensão dos objetivos e das
Competências Gerais estabelecidas pela BNCC.
De acordo com a Resolução CNE/CP Nº 2, de 22 de dezembro de 2017, que institui e orienta a
implantação da Base Nacional Comum Curricular na Educação Infantil e do Ensino Fundamental, a ser
respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da Educação Básica, em
seu Art.4º, dispõe que a BNCC, em atendimento à LDB e ao Plano Nacional de Educação (PNE) e fundamenta-
se em competências gerais que expressam os direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, a serem
desenvolvidas pelos estudantes durante a Educação Básica.
Sob essa perspectiva, a BNCC revela a preocupação com a formação integral dos indivíduos, pautada na
construção de saberes científicos, artísticos, socioemocionais, entre outros e, dessa forma, orienta a condução
das atividades pedagógicas a serem realizadas nas instituições de ensino de todo o Brasil. Sendo assim, a
análise acerca deste documento deve nortear a observação e a reflexão dos futuros professores ao longo do
período de estágio supervisionado.
Para aprofundar seus conhecimentos acerca da BNCC, indicaremos algumas leituras. Em seguida, realize as
atividades propostas:
ATIVIDADE 2
Texto 1:
Leia as Disposições Gerais e os três primeiros capítulos da “Resolução CNE/CP Nº 2/2017”, que
institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular.
Referência:
Competência 2:
Competência 3:
Competência 4:
Competência 6:
Competência 7:
Competência 8:
Competência 10:
5. Transcreva o que diz o artigo 9º do Capítulo 3 a respeito do processo de inclusão no ensino regular.
Texto 2
Leia o documento da Base Nacional Comum Curricular (p. 10 a 12) para compreender os marcos
legais que embasam a BNCC.
Referência:
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum
Curricular. Brasília, DF, 2017. Disponível em: < http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_
EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf >. Acesso em: 05/08/2022.
Após a leitura do texto, vocês deverão preencher o quadro disponível no seu Caderno de estágio, a
respeito das principais leis que orientaram a formulação da BNCC:
Após a leitura do texto, como forma de conclusão dos nossos estudos sobre a BNCC, produza um texto
dissertativo-argumentativo (de 20 a 30 linhas), sobre o seguinte tema: “A importância da formação
integral do indivíduo na sociedade contemporânea”.
Comente a respeito das competências exigidas pelo novo cenário mundial e o papel da escola na
formação dos estudantes. Reflita, também, sobre as competências necessárias ao homem contemporâneo
para ser um cidadão ativo na sociedade em que vive e para alcançar os objetivos traçados em seu projeto de
vida.
Ao refletirmos sobre o papel da escola na formação dos indivíduos, percebemos a importância de uma formação integ
são ilhas isoladas, estão inseridas na sociedade e refletem os costumes, saberes e a cultura de seu
entorno social.
Nesse sentido, Paulo Freire (2009), discorre a respeito dos desafios em trabalhar uma educação
libertadora, a qual se constrói a partir de uma reelaboração crítica –reflexiva –construtiva da realidade social,
preparando, dessa forma, o sujeito para o enfrentamento dos desafios e as desigualdades impostas pela
sociedade contemporânea. A partir dessa concepção, o papel da escola ultrapassa as barreiras dos livros
didáticos. Para ensinar, segundo o autor, é necessário um aprofundamento na realidade que permeia a
vida social do sujeito, promovendo, assim, sua transformação e amadurecimento por meio do
desenvolvimento de sua capacidade crítica e reflexiva.
Diante disso, a educação deve considerar a realidade social dos alunos e, a partir desse aspecto, atuar
como uma ferramenta norteadora e transformadora. Sobre isso, Luckesi (1994, p. 30 Apud SILVA;
KAYSER, 2016, p.7), entende que:
“A educação dentro de uma sociedade não se manifesta como um fim em si mesma, mas sim
como um instrumento de manutenção ou transformação social. Assim sendo, ela necessita de
pressupostos, de conceitos que fundamentem e orientem os seus caminhos. A sociedade dentro
da qual ela está deve possuir alguns valores norteadores de sua prática.”
Nesse sentido, ao iniciar um estágio supervisionado, o estudante de graduação, futuro docente, além de
conhecer a realidade de seu país e município, necessita conhecer a comunidade escolare a realidade social
de seu entorno para, assim compreender o processo de ensino ofertado por esse estabelecimento de ensino
de forma crítica e reflexiva. Tais reflexões servirão como base para sua formação profissional e futuras
atuações docentes.
( ) Educação infantil.
( ) Ensino Fundamental (Anos Iniciais). (
) Ensino Fundamental (Anos Finais). (
) Ensino Médio.
( ) Educação de Jovens e Adultos (EJA)
( ) Outros
Características da escola:
Nº de alunos:
Nº de turmas:
Nº de professores:
Nº de funcionários:
Nº médio de alunos por turma:
3.2 Em relação ao processo de inclusão, comente quantos alunos com necessidades especiais são atendidos
pela escola no Ensino Fundamental II e como esse processo é conduzido pelos docentes.
3.3 Considerando os níveis de ensino atendidos, a quantidade de alunos e profissionais, é possível afirmar
que a estrutura física da escola favorece o processo de ensino e aprendizagem? Produza um texto
dissertativo-argumentativo (de 15 a 20 linhas), justificando sua opinião.
Quantidade de habitantes do município: Número de escolas públicas: Número de escolas particulares: Possui u
Possui área de lazer: ( ) Sim ( ) Não.
3.5 Principal atividade econômica dos habitantes (Ex. comércio, indústria, agricultura etc.):
3.6 escola está inserida em qual região da cidade? Está próxima do centro da cidade? Possui
comércio, supermercados, terminais urbanos etc.? Comente as características específicas do bairro.
3.7 Comente a respeito da classe social predominante dos moradores do entorno da escola e do
público atendido pela instituição.
De acordo com a LDB (9394/96), os estabelecimentos de ensino devem promover reflexões acerca de sua intenciona
Existindo projeto pedagógico próprio, torna-se bem mais fácil planejar o ano letivo ou
rever e aperfeiçoar a oferta curricular, aprimorar expedientes avaliativos, demonstrando
3. O PPP da escola está alinhado à Base Nacional Comum Curricular? De que forma?
Agora, será o momento de observar como o que está disposto no Projeto Político Pedagógico da escola
ocorre, de fato, nas salas de aulas e projetos desenvolvidos pelos docentes.
Para isso, elaboramos um roteiro que tem o objetivo de nortear sua observação.
Data:Quantidade de horas:
Disciplina: Conteúdo trabalhado: Rec
Estratégias de ensino:
( ) Aula expositiva.
( ) Pesquisa.
( ) Seminários.
( ) Roda de conversa.
( ) Resolução de problemas.
( ) Outro:
Descreva, brevemente, o roteiro da aula (etapas):
Avaliação: De que forma os alunos foram avaliados durante a aula? Comente as estratégias utilizadas.
Análise: Comente, de forma breve, crítica e ética os aspectos mais relevantes observados durante a aula.
Analise a metodologia adotada e o desempenho dos estudantes durante a aula.
Conforme estudamos anteriormente, a “Resolução CNE/CP Nº 2/2017”, em seu Capítulo III, art.7º, define
que:
Nesse sentido, as próximas atividades terão o intuito de observar, na prática, como o que está prescrito na
Base Nacional Comum Curricular, sobretudo em relação às 10 competências gerais, é contemplado nas
atividades pedagógicas realizadas na escola. Para tanto, serão necessárias diversas entrevistas com a
comunidade escolar (equipe gestora, docentes, alunos, funcionários etc.) e observações atentas dos espaços e
atividades escolares.
As atividades pedagógicas, propostas em sala de aula pelos docentes, promovem desenvolvimento de alguma
dessas três competências? De que forma isso ocorre? (Caso haja dúvida, pergunte ao professor que
desenvolveu a atividade com os alunos durante a aula observada). Além de descrever as atividades
desenvolvidas, justifique sua resposta comentando de que forma as atividades propostas contribuíram para o
desenvolvimento dos alunos.
A quarta competência geral da BNCC refere-se ao desenvolvimento da capacidade de utilizar diferentes linguagens –
responsabilidade pelo seu desenvolvimento não cabe apenas a um componente curricular específico,
mas aos docentes de todas as áreas do conhecimento. Diante disso, observe se na escola, de forma geral, os
alunos participam de contextos nos quais são convidados a se expressarem por meio das diversas linguagens
existentes.
Para isso, verifique se há murais nas áreas externas e internas da escola com produções dos alunos;
questione a respeito de eventos culturais no calendário escolar como, por exemplo, peças teatrais, saraus ou
feiras científicas que envolvam a participação ativa dos estudantes; pergunte, também, se há algum meio de
comunicação que promova o diálogo entre a comunidade escolar (assembleias, rádio escolar, redes sociais,
entre outros). Essa investigação pode ser realizada, por meio de entrevistas com professores, alunos e/ou
equipe gestora.
Ao finalizar a atividade, comente, de forma breve, suas constatações, justificando suas conclusões
por meio de exemplos.
Nessa competência, a Base reconhece o papel do letramento digital na formação integral dos estudantes do
país. Primeiramente, é importante destacar que essa competência não diz respeito apenas ao ensino dos
procedimentos e formas de utilizar os recursos digitais disponíveis. É necessário, também, ensinar os
estudantes a utilizarem as ferramentas digitais de forma produtiva, além de
Em relação às aulas observadas, comente se professores utilizam ferramentas digitais e de que forma elas
favorecem (ou não) a aprendizagem e o desenvolvimento dos estudantes.
A sexta competência da BNCC está relacionada à capacidade de organizar e estruturar um projeto de vida. Nesse senti
trabalho e das novas profissões do século XXI.
De que modo a escola promove o desenvolvimento da sexta competência da BNCC? Há atividades/ ações
que estimulem os estudantes a refletirem e compartilharem seus projetos de vida? Há alguma disciplina
específica ou projeto que aborde o tema?
Faça um breve relato, contemplando as questões acima. Para isso, você pode descrever alguma
aula específica que tenha observado ou entrevistar professores, alunos e gestão escolar.
6.5 Argumentação
As relações do homem com a sociedade em que vive é mediada pelo uso de diversas formas de
linguagem, entre elas, a língua. Esse uso, por sua vez, não se dá de forma aleatória. A construção dos
discursos é permeada de intencionalidade por parte dos interlocutores. De acordo com Koch (2011, p. 17):
Diante das afirmações da autora, pode-se destacar que, ao contrário do que se pensa, o trabalho com a
argumentação na escola não deve ser restrito à disciplina de Língua Portuguesa, uma vez que a
argumentatividade é inerente ao ato comunicativo e permeia vários gêneros textuais pertencentes às diversas
áreas do conhecimento humano. É imprescindível, portanto, estimular o debate no ambiente escolar bem
como promover situações comunicativas reais nas quais os estudantes
Além de contemplar habilidades voltadas à comunicação, ao pensamento científico e criativo, ao uso das ferramentas
últimas Competências Gerais da Base (8, 9 e 10), os estudantes devem desenvolver as seguintes
Diante disso, pode-se observar que, entre as competências socioemocionais apontadas na BNCC, destacam-
se: autoconsciência, autogestão, consciência social, habilidades de relacionamento e a tomada de decisões.
Entretanto, não mudanças na escola se os professores não transformarem sua prática. E, para que os docentes
promovam habilidades socioemocionais, também necessitam de apoio pedagógico e formação, ou seja,
trata-se de uma responsabilidade que abarca desde o poder público e instituições privadas, até os membros
de toda a comunidade escolar.
(...) o que não é tarefa fácil, nem simples. Afinal, somos “seres do nosso tempo”, a maior parte
dos educadores de hoje vivenciou uma escolarização tradicional, muitas vezes mecânica e
esvaziada de sentidos. Ser “autor de mudanças” exige dos professores o desenvolvimento de
suas próprias habilidades. Estes, para tanto, precisam que os gestores da escola cumpram seu
papel na valorização, formação e apoio da equipe docente, ancorados por políticas públicas
claras, consistentes e eficazes. (ABED, 2014, p. 8)
Dessa forma, de acordo com a autora, para desenvolver as habilidades socioemocionais na escola é preciso
investir no professor, para que ele realize a mediação da aprendizagem de forma consciente e responsável,
reconhecendo e promovendo o desenvolvimento das múltiplas inteligências e nos diversos estilos cognitivo-
afetivos dos seus estudantes e de si mesmo, selecionando, de maneira intencional, ferramentas que
contribuam com o desenvolvimento global dos alunos.
Para aprofundar seus conhecimentos acerca da importância do trabalho com as competências
socioemocionais na escola, leia o artigo: “O desenvolvimento das habilidades socioemocionais como
caminho para a aprendizagem e o sucesso escolar de alunos da educação básica”, de Anita
ABED.
Referência:
ABED, Anita. O desenvolvimento das habilidades socioemocionais como caminho para a
aprendizagem e o sucesso escolar de alunos da educação básica. São Paulo: UNESCO/MEC, 2014.
Disponível em:< http://pepsic.bvsalud.org/pdf/cp/v24n25/02.pdf> Acesso em 01 de agosto de 2022.
2. A escola desenvolve (ou já desenvolveu) projeto ou disciplina voltada ao trabalho com as competências
socioemocionais? Entreviste os membros da escola e descreva o projeto/ disciplina: título, público-
alvo, áreas do conhecimento, justificativas, objetivos, metodologia/ ações e conclusões.
Ao longo do seu estágio, conhecemos um pouco mais a respeito da Base Nacional Comum Curricular e sua importância para
Plano de aula
O plano de aula consiste na previsão do desenvolvimento do conteúdo e habilidades a serem
desenvolvidas em uma aula ou conjunto de aulas. Trata-se de um documento escrito, previamente produzido,
que orienta as ações do professor e possibilita constantes revisões e aprimoramentos de acordo com as
diferentes turmas e anos letivos. Segundo Libâneo (1994), ao elaborar de um plano de aula, o docente deve
considerar, primeiramente, que a aula é um período variável e, dificilmente, é possível completar em uma só
aula o desenvolvimento de uma unidade, pois o processo de ensino e aprendizagem é composto de
sequências articuladas compostas por diversas fases. Não se pode esquecer, ainda, que cada tópico novo é
uma continuidade do anterior; é necessário pois, considerar os conhecimentos prévios dos estudantes antes
do início de uma nova matéria.
Para facilitar a aprendizagem, de acordo com Zabala (1998), são necessárias uma série de atitudes por
parte dos professores como, por exemplo, planejar a atuação docente de forma flexível para permitir
adaptação às necessidades dos alunos em todo o processo de ensino e aprendizagem; contar com os
conhecimentos prévios dos alunos, tanto no início das atividades como durante sua realização; ajudá-los a
encontrar sentido para o que estão realizando; estabelecer metas ao alcance dos estudantes; oferecer apoio
adequado, potencializando, progressivamente, sua autonomia e avaliar os alunos conforme suas capacidades e
seus esforços. Diante disso, torna-se imprescindível, durante o processo de ensino, a elaboração de sequências
de atividades (planos de aula) que contemplem as ações supracitadas. O autor define as sequências de
atividades como “conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a realização de certos
objetivos educacionais, que têm um princípio e um fim conhecidos tanto pelos professores como pelos
alunos” (p. 18).
Lucia Tobase; Denise Maria de Almeida; Débora Rodrigues Vaz (2019) afirmam que, na elaboração
do plano de aula, devemos nos atentar para:
Clareza e objetividade;
Atualização do plano periodicamente; Conhecimento
dos recursos disponíveis da escola;
Noção do conhecimento que os alunos já possuem sobre o conteúdo abordado;
Articulação entre a teoria e a prática;
Utilização de metodologias diversificadas, inovadoras e que auxiliem no processo de
ensino-aprendizagem;
Sistematização das atividades de acordo com o tempo disponível (dimensioneo
tempo/carga horária, segundo cada etapa da aula/atividade);
Flexibilidade frente a situações imprevistas;
Realização de pesquisas buscando diferentes referências, como revistas, jornais,
filmes, entre outros;
Elaboração de aulas de acordo com a realidade sociocultural dos estudantes. (TOBASE;
ALMEIDA; VAZ, 2019, p. 4-5).
• Como ensinar?
Depois de conhecer os alunos, saber com clareza os objetivos da aula e selecionar os conteúdos e
competências a serem trabalhadas, pesquise a respeito das estratégias de ensino mais adequadas a eles.
Verifique, em seguida, os recursos disponíveis na escola e escolha aqueles que contribuirão para o
desenvolvimento das atividades que serão propostas.
Exemplos de estratégias: rodas de conversa, agrupamentos produtivos, aula expositiva, rotação
por estações, gamificação, estudo de caso, resolução de problemas, pesquisa etc.
Atenção: Para cada atividade de regência deverá ser elaborado um plano de aula.
A seguir, apresentaremos um modelo de plano de aula para orientar sua prática. Para cada atividade
de regência, imprima esse modelo e preencha de acordo com o seu planejamento. Ao final do estágio,
eles deverão ser anexados aqui no seu Caderno de estágio.
Conteúdo(s):
Estratégia(s) de ensino:
Recursos didáticos:
Avaliação:
Bibliografia utilizada
Ao final de cada aula de regência, você deverá produzir seu relatório e anexá-lo ao Caderno de
estágio, juntamente com o Plano de aula.
Segundo Paulo Freire (2001, p. 44), “É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que
se pode melhorar a próxima prática.” De acordo com o educador, a prática da reflexão constrói uma
pedagogia para a libertação na qual o professor tem um papel imprescindível. Dessa forma, a escola torna-se
o ambiente de formação do professor e a prática educativa torna-se o conteúdo dessa formação. Nesse
sentido, a reflexão acerca das práticas em sala de aula permite o desenvolvimento pessoal e social dos futuros
docentes, contribuindo, dessa forma, para a construção de sua identidade profissional.
Para Isabel Alarcão (1996, p.3), “ser reflexivo é ter a capacidade de utilizar o pensamento como atribuidor
de sentido”. Ao caracterizar deste modo o pensamento reflexivo, a pesquisadora diferencia essa reflexão
daquelas rotineiras que, embora fundamentais ao ser humano, são guiadas por impulso, hábito ou tradição:
O docente tem, portanto, um papel ativo na educação e não um papel meramente técnico que se reduz à
reprodução de práticas ou na aplicação mecânica das metodologias estudadas ao longo de sua formação
inicial. E, nesse sentido, é a postura de questionamento que caracteriza o pensamento reflexivo, pois, como
afirma Alarcão (1996, p.9), “nenhuma estratégia formativa será produtiva se não for acompanhada de um
espírito de investigação no sentido de descoberta e envolvimento pessoal e é esta uma das ideias que deve
estar na base do conceito de professor-investigador”.
Por essas razões, destacamos a necessidade de dedicar, após as suas aulas de regência, um momento
direcionado à reflexão a respeito da prática desenvolvida em sala de aula com os estudantes. Não se trata,
apenas, de descrever as ações que foram realizadas, mas reflexões acerca dessas ações. Reflexões críticas que
considerem os diversos fatores envolvidos naquela situação de aprendizagem.
***
Por isso, após cada aula de regência, será necessária a produção de um relatório reflexivo. Ou seja, cada
plano de aula de regência deve ser acompanhado de um relatório no qual suas reflexões acerca das
atividades desenvolvidas com os alunos sejam detalhadas. Para tanto, após a sua aula de regência, reflita a
respeito das seguintes questões e, posteriormente, organize suas ideias a respeito de cada uma delas:
1. Os alunos possuíam conhecimentos prévios sobre os conteúdos trabalhados? Qual o nível de
conhecimento deles sobre o tema? E em relação às competências trabalhadas?
2. Os objetivos expostos no seu plano de aula foram alcançados?
9. O que poderia ser mudado? Por que essa mudança seria necessária?
10. Qual foi a contribuição dessa aula para a formação integral dos estudantes?
Após cada aula de regência, você deverá produzir seu relatório. Seu texto deverá ser escrito
em primeira pessoa, ter de 20 a 30 linhas e revelar sua experiência em sala de aula.
Tema da aula:Data
Você chegou ao final do seu Estágio Supervisionado. Ao longo desse percurso, foram inúmeras aprendizagens e exp
1. Do contexto social em que a escola está inserida, sua estrutura física e quantidade de
funcionários.
Mas, antes, falaremos um pouco a respeito da estrutura desse gênero textual. Dessa forma, esperamos
contribuir para a sua compreensão sobre sua composição.
Sobre o gênero Relatório de Estágio, Silva (2013) ressalta:
“Acreditamos que a escrita reflexiva, no termo utilizado por Burton (2009), dentre outros
ganhos para a formação inicial do professor, possa reduzir a probabilidade do aluno-mestre
se esconder entre as inúmeras vozes legitimadas na esfera acadêmica, reproduzindo alguns
discursos despercebidos ou que não sejam, necessariamente, por ele aceitos ou, até mesmo,
produzidos. Diferentemente da escrita esperada nos tradicionais gêneros acadêmicos, como
ensaio, monografia, relatório técnico, resenha e resumo, a escrita reflexiva se configura como
uma atividade bastante versátil” (p.175,176).
• Temas
Na introdução, podem ser apresentadas as expectativas iniciais sobre o estágio; as justificativas sobre a
escolha da escola; a caracterização da estrutura física escola; contexto sócio-cultural da comunidade
escolar; atividades, aulas e projetos desenvolvidos pela instituição, entre outras informações. Trata-se de
uma apresentação e contextualização do seu estágio.
críticos sobre tudo que foi vivenciado ao longo das atividades realizadas no Estágio. Ademais, deve-
se, também, mencionar as contribuições dessas experiências para a formação do futuro docente.
• Estilo
O Relatório de Estágio pertence à tipologia narrativo-descritiva que, segundo Gilson Silva (2021), visa ao
relato de aspectos específicos do ambiente de estágio, tais como: o espaço, as atividades executadas, as
relações interpessoais, os instrumentos de trabalho e as diversas reflexões críticas que podem ser feitas nesse
espaço. O autor destaca, também, algumas características estilísticas desse gênero textual como, por
exemplo, a clareza das informações, a formalidade da linguagem utilizada e o uso da primeira pessoa do
singular.
Instruções:
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. LDB: Lei das Diretrizes e Bases da Educação
Nacional. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, 1996. Disponível em: <
http://portal. mec.gov.br/index.php?
option=com_content&view=article&id=12907:legislacoes&catid=70:legislacoes
> Acesso em: 21 jul.2022.
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum
Curricular. Brasília, DF, 2017. Disponível em: < http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ >. Acesso em: 27
maio 2019.
BRASIL. Resolução CNE/CP Nº 2/2017: Institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum
Curricular, a ser respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da
Educação Básica. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-educacao/ base-nacional-
comum-curricular-bncc > Acesso em: 21 jul. 2022.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e
MAQUINÉ, G. O.; AZEVEDO, R.O.M. Competências na formação de professores: da LDB à BNCC. REVES
- Revista Relações Sociais, v. 1, n. 1, p. 0111-0120, 2018.
TOBASE, Lucia; ALMEIDA, Denise Maria de; VAZ, Débora Rodrigues. Plano de aula: fundamentos e
prática. Manual para elaboração de planos, 2019. Disponível em: < https://edisciplinas.usp.br/
pluginfile.php/4505701/mod_resource/content/2/TEXTO%20PLANO%20DE%20AULA.pdf. Acesso em 11
jul. 2022.