Você está na página 1de 43

CADERNO DE ESTÁGIO

ENSINO FUNDAMENTAL II
ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE ENSINO FUNDAMENT

ATIVIDADES HORAS PONTOS


A importância do estágio supervisionado 05h 1,0
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
10h 1,0

Escola e comunidade escolar


10h 0,5

O Plano Político Pedagógico (PPP)


05h 0,5

Observação de aula 20h 1,0

A BNCC no dia a dia da escola


10h 1,0

O trabalho com as competências socioemocionais


05h 0,5

Planejamento e Regência
20h 2,0

Reflexão sobre a prática- Relatórios de Regência 05h 1,0


Relatório Final 10h 1,5
Total: 100 horas 10,0 pontos

Atividades Práticas (Ambiente Escolar)

Atividade Teórica Complementar

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


1. A importância do Estágio supervisionado na formação docente

Inicialmente, ao optar pela carreira docente, o estudante de licenciatura recorre a suas memórias escolares e a estereót
e com as rotinas escolares para que, de fato, o futuro professor compreenda os verdadeiros desafios

existentes no exercício docente. Este é o objetivo do Estágio supervisionado: promover a reflexão sobre a
prática docente e instrumentalizar os futuros docentes para a atuação em sala de aula. Diante disso, a
respeito da importância do Estágio supervisionado, SILVA et al. (2018, p. 4) afirma:

Durante a realização das atividades do estágio, por meio das observações e regências em sala,
o estagiário, futuro professor, vivencia a realidade educacional, percebe os desafios
enfrentados diariamente pelos professores, núcleo gestor e demais profissionais que fazem
parte da unidade escolar. Passando a refletir e questionar sobre a responsabilidade que cabe
ao professor diante da realidade possibilitada pelo Estágio Supervisionado, na qual está
inserida a instituição de ensino em que atuará, além de refletir sobre a função da escola,
como uma unidade construtora de conhecimentos.

Nesse sentido, a prática do Estágio Supervisionado, nos cursos de licenciatura, fornece ao futuro docente a
oportunidade de conhecer a rotina da escola, especificamente a sala de aula. Permite, ainda, a formação de
profissionais críticos, capazes de refletirem sobre as teorias estudadas e relacioná-las com o exercício da
docência. Dessa forma, as vivências construídas ao longo do estágio tornam-se muito significativas na
construção da prática pedagógica.
Cabe ressaltar, ainda, que o Estágio Supervisionado, durante a formação de professores, permite aos
estagiários adquirirem sua própria metodologia de ensino, por meio das observações realizadas na escola. Para
tanto, segundo Pimenta e Lima (2012, p.35, apud SILVA et al., 2018, p. 6), os estudantes de licenciatura “[...]
escolhem, separam aquilo que consideram adequado, acrescentam novos modos, adaptando-se aos contextos
nos quais se encontram.” Portanto, o Estágio Supervisionado torna-se uma importante ferramenta que leva o
futuro professor a refletir, de forma ética e crítica, a respeito das experiências vivenciadas ao longo desse
período e transformá-las em conhecimento que servirão, posteriormente, como base para a construção de sua
prática docente.

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


ATIVIDADE 1- INTRODUÇÃO

Com base na leitura realizada, produza um texto dissertativo-argumentativo (de 20 a 30 linhas). Comente a respeito da importância d
Para fundamentar sua reflexão sobre o assunto e aprofundar seus conhecimentos, leia o seguinte artigo: Texto 1 - “Reflexões sobr

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA


2. A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR - BNCC

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996) determina que os currículos
dos sistemas e redes de ensino do país, assim como as propostas pedagógicas de todas as escolas públicas e
privadas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio devem ser norteadas pela Base. Esse
documento, orientado pelos princípios éticos, políticos e estéticos, estabelecidos pelas Diretrizes
Curriculares Nacionais da Educação Básica, dispõe a respeito dos conhecimentos, competências e habilidades
que todos os estudantes do Brasil devem desenvolver ao longo de seu percurso na Educação Básica. Além
disso, a Base direciona a educação do país para a formação plena do indivíduo, para o exercício da cidadania
e qualificação para o trabalho.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) aprovada e homologada pelo Ministério da Educação em
dezembro de 2017, teve seu processo de construção iniciado em 2015 e, consequentemente, iniciaram-se,
também, várias discussões acerca da formação de docentes que atendam às demandas prescritas no documento
(BRASIL, 2017, p. 8). Diante disso, torna-se imprescindível a compreensão dos objetivos e das
Competências Gerais estabelecidas pela BNCC.
De acordo com a Resolução CNE/CP Nº 2, de 22 de dezembro de 2017, que institui e orienta a
implantação da Base Nacional Comum Curricular na Educação Infantil e do Ensino Fundamental, a ser
respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da Educação Básica, em
seu Art.4º, dispõe que a BNCC, em atendimento à LDB e ao Plano Nacional de Educação (PNE) e fundamenta-
se em competências gerais que expressam os direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, a serem
desenvolvidas pelos estudantes durante a Educação Básica.
Sob essa perspectiva, a BNCC revela a preocupação com a formação integral dos indivíduos, pautada na
construção de saberes científicos, artísticos, socioemocionais, entre outros e, dessa forma, orienta a condução
das atividades pedagógicas a serem realizadas nas instituições de ensino de todo o Brasil. Sendo assim, a
análise acerca deste documento deve nortear a observação e a reflexão dos futuros professores ao longo do
período de estágio supervisionado.
Para aprofundar seus conhecimentos acerca da BNCC, indicaremos algumas leituras. Em seguida, realize as
atividades propostas:

ATIVIDADE 2

Texto 1:
Leia as Disposições Gerais e os três primeiros capítulos da “Resolução CNE/CP Nº 2/2017”, que
institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular.

Referência:

BRASIL. Resolução CNE/CP Nº 2/2017: Institui e orienta a implantação da Base Nacional


Comum Curricular, a ser respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas
modalidades no âmbito da Educação básica. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/index. php?
option=com_docman&view=download&alias=79631-rcp002-17-pdf&category_slug=dezembro- 2017-
pdf&Itemid=30192> Acesso em: 21/07/2022.

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


Vídeo
Para complementar seus conhecimentos, assista ao vídeo “O que é a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)?

Link para o acesso:


Disponível em: . Acesso em: 01 de setembro
de 2022.

Após a leitura das Disposições Gerais da Resolução CNE/CP Nº 2/2017, responda:

1. Explique o que são, de acordo com a BNCC, “As aprendizagens essenciais”.

2. Explique os conceitos de competência e de objetos de aprendizagem presentes na Base.

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


3. De acordo com a BNCC, quais são as 10 competências gerais a serem desenvolvidas pelos estudantes da Educação Bási
Competência 1:

Competência 2:

Competência 3:

Competência 4:

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


Competência 5:

Competência 6:

Competência 7:

Competência 8:

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


Competência 9:

Competência 10:

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


4. O Capítulo III: “DA BNCC, DO CURRÍCULO E DA PROPOSTA PEDAGÓGICA”, em seu artigo 7º, aborda a obrigatori

5. Transcreva o que diz o artigo 9º do Capítulo 3 a respeito do processo de inclusão no ensino regular.

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


ATIVIDADE 2.1

Texto 2
Leia o documento da Base Nacional Comum Curricular (p. 10 a 12) para compreender os marcos
legais que embasam a BNCC.

Referência:
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum
Curricular. Brasília, DF, 2017. Disponível em: < http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_
EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf >. Acesso em: 05/08/2022.

Após a leitura do texto, vocês deverão preencher o quadro disponível no seu Caderno de estágio, a
respeito das principais leis que orientaram a formulação da BNCC:

Lei Artigo O que está disposto:

Constituição Federal de 1988 Artigo 205

Constituição Federal de 1988 Artigo 210

LDB: Lei de diretrizes e bases da educação nacional. Artigo 9º

LDB: Lei de diretrizes e bases da educação nacional. Artigo 26

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


ATIVIDADE 2.2
Texto 3
Leia o trecho da Base Nacional Comum Curricular (p. 13 a 15) que trata sobre o compromisso
da BNCC com a Formação integral dos estudantes.
Referência:
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 20

Após a leitura do texto, como forma de conclusão dos nossos estudos sobre a BNCC, produza um texto
dissertativo-argumentativo (de 20 a 30 linhas), sobre o seguinte tema: “A importância da formação
integral do indivíduo na sociedade contemporânea”.
Comente a respeito das competências exigidas pelo novo cenário mundial e o papel da escola na
formação dos estudantes. Reflita, também, sobre as competências necessárias ao homem contemporâneo
para ser um cidadão ativo na sociedade em que vive e para alcançar os objetivos traçados em seu projeto de
vida.

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


3. A escola e a comunidade escolar

Ao refletirmos sobre o papel da escola na formação dos indivíduos, percebemos a importância de uma formação integ
são ilhas isoladas, estão inseridas na sociedade e refletem os costumes, saberes e a cultura de seu

entorno social.
Nesse sentido, Paulo Freire (2009), discorre a respeito dos desafios em trabalhar uma educação
libertadora, a qual se constrói a partir de uma reelaboração crítica –reflexiva –construtiva da realidade social,
preparando, dessa forma, o sujeito para o enfrentamento dos desafios e as desigualdades impostas pela
sociedade contemporânea. A partir dessa concepção, o papel da escola ultrapassa as barreiras dos livros
didáticos. Para ensinar, segundo o autor, é necessário um aprofundamento na realidade que permeia a
vida social do sujeito, promovendo, assim, sua transformação e amadurecimento por meio do
desenvolvimento de sua capacidade crítica e reflexiva.
Diante disso, a educação deve considerar a realidade social dos alunos e, a partir desse aspecto, atuar
como uma ferramenta norteadora e transformadora. Sobre isso, Luckesi (1994, p. 30 Apud SILVA;
KAYSER, 2016, p.7), entende que:

“A educação dentro de uma sociedade não se manifesta como um fim em si mesma, mas sim
como um instrumento de manutenção ou transformação social. Assim sendo, ela necessita de
pressupostos, de conceitos que fundamentem e orientem os seus caminhos. A sociedade dentro
da qual ela está deve possuir alguns valores norteadores de sua prática.”

Nesse sentido, ao iniciar um estágio supervisionado, o estudante de graduação, futuro docente, além de
conhecer a realidade de seu país e município, necessita conhecer a comunidade escolare a realidade social
de seu entorno para, assim compreender o processo de ensino ofertado por esse estabelecimento de ensino
de forma crítica e reflexiva. Tais reflexões servirão como base para sua formação profissional e futuras
atuações docentes.

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


3.1 Dados da Escola

Nome: Endereço: Bairro:.Cidade:.Estado:


CEP:.Telefone:

Escola Pública ( ) Escola Particular ( )

Níveis de ensino ofertados pela escola:

( ) Educação infantil.
( ) Ensino Fundamental (Anos Iniciais). (
) Ensino Fundamental (Anos Finais). (
) Ensino Médio.
( ) Educação de Jovens e Adultos (EJA)
( ) Outros

Características da escola:

Nº de alunos:
Nº de turmas:
Nº de professores:
Nº de funcionários:
Nº médio de alunos por turma:

Como é composta a equipe gestora da escola? (Cargos)

Descreva, brevemente, os turnos (horários de aula) ofertados.

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


Características físicas:

Quantidade de salas de aula:


Quantidade de banheiros para os alunos:
Quantidade de banheiro para os professores e demais funcionários:
Refeitório para os estudantes: Sim ( ) Não ( )
Laboratório de Ciências da Natureza: Sim ( ) Não ( )
Laboratório de informática: Sim ( ) Não ( )
Quadra de esportes: Sim ( ) Não ( )
Biblioteca ou Sala de Leitura: Sim ( ) Não ( )
Possui acessibilidade:

3.2 Em relação ao processo de inclusão, comente quantos alunos com necessidades especiais são atendidos
pela escola no Ensino Fundamental II e como esse processo é conduzido pelos docentes.

3.3 Considerando os níveis de ensino atendidos, a quantidade de alunos e profissionais, é possível afirmar
que a estrutura física da escola favorece o processo de ensino e aprendizagem? Produza um texto
dissertativo-argumentativo (de 15 a 20 linhas), justificando sua opinião.

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


3.4 Contexto social da escola

Quantidade de habitantes do município: Número de escolas públicas: Número de escolas particulares: Possui u
Possui área de lazer: ( ) Sim ( ) Não.

3.5 Principal atividade econômica dos habitantes (Ex. comércio, indústria, agricultura etc.):

3.6 escola está inserida em qual região da cidade? Está próxima do centro da cidade? Possui
comércio, supermercados, terminais urbanos etc.? Comente as características específicas do bairro.

3.7 Comente a respeito da classe social predominante dos moradores do entorno da escola e do
público atendido pela instituição.

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


4. O Projeto Político Pedagógico e a BNCC

De acordo com a LDB (9394/96), os estabelecimentos de ensino devem promover reflexões acerca de sua intenciona

Existindo projeto pedagógico próprio, torna-se bem mais fácil planejar o ano letivo ou
rever e aperfeiçoar a oferta curricular, aprimorar expedientes avaliativos, demonstrando

a capacidade de evolução positiva crescente. É possível lançar desafios estratégicos como:


diminuir a repetência, introduzir índices crescentes de melhoria qualitativa, experimentar
didáticas alternativas, atingir posição de excelência (DEMO, 1998 apud MORAES;
GALLOIS, 2020, p. 4)

No Projeto Político Pedagógico são explicitadas as concepções pedagógicas e metodológicas das


instituições, bem como seus objetivos, organização, avaliação institucional, entre outras informações. Desse
modo, é possível realizar um planejamento com vistas à gestão dos resultados de aprendizagem dos alunos.
Segundo (MORAES; GALLOIS, 2020), o PPP pode ser um mecanismo de aproximação de toda a comunidade
escolar e as famílias dos alunos, com o intuito de contribuírem para a concretização da aprendizagem.
Nesse sentido, vale ressaltar a importância do alinhamento do Projeto Político Pedagógico à BNCC,
uma vez que, tanto as atividades pedagógicas e materiais didáticos, quanto o processo avaliativo devem
favorecer o desenvolvimento das competências gerais e específicas destacadas na Base. Dessa forma, o PPP
pode contemplar momentos de formação continuada dos docentes, no que diz respeito ao que está prescrito
na BNCC, e prever projetos e situações de aprendizagem que contemplem as competências e habilidades a
serem trabalhadas ao longo do ano letivo.

4.1 Conhecendo o PPP da escola

Sobre a escola observada, responda:


(Para isso, entreviste professores ou gestores acerca da construção do Projeto Político Pedagógico da Escola)

1. Como foi a elaboração do Projeto Político Pedagógico? Quem participou?

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


2. Quais os dados (indicadores) que fundamentaram o planejamento da escola?

3. O PPP da escola está alinhado à Base Nacional Comum Curricular? De que forma?

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


5. Observação de aulas

A realização do Estágio Supervisionado é um momento muito significativo na formação dos futuros


docentes, pois momentos de observação da escola e das aulas são experiências fundamentais para a
construção da prática docente.
Durante esse percurso, é fundamental um olhar crítico e reflexivo acerca da realidade da escola. Por isso,
analisar o contexto escolar é imprescindível para que os futuros professores sejam capazes de compreender o
ensino que é ofertado nesse estabelecimento e as relações que acontecem ali. Para que essa análise seja
possível, é necessário estabelecer critérios claros, baseados nesse contexto. Essa análise contribuirá,
futuramente, para o planejamento das aulas de regência.
Para ajudá-los nesse processo, nas aulas anteriores, refletimos a respeito:

• Da importância do estágio supervisionado na sua formação.


• Das competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
• Investigamos o contexto social no qual a escola está inserida, seus alunos, professorese
funcionários; sua estrutura e características socioeconômicas dos membros que compõem sua
comunidade.
• E, também, pesquisamos a respeito de sua identidade enquanto instituição de ensino, quando
conhecemos seu Projeto Político Pedagógico. Essa, inclusive, foi uma etapa muito importante nesse
processo de compreensão do contexto global dessa escola.

Agora, será o momento de observar como o que está disposto no Projeto Político Pedagógico da escola
ocorre, de fato, nas salas de aulas e projetos desenvolvidos pelos docentes.
Para isso, elaboramos um roteiro que tem o objetivo de nortear sua observação.

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


Roteiro de Observação

Data:Quantidade de horas:
Disciplina: Conteúdo trabalhado: Rec

Estratégias de ensino:
( ) Aula expositiva.
( ) Pesquisa.
( ) Seminários.
( ) Roda de conversa.
( ) Resolução de problemas.
( ) Outro:
Descreva, brevemente, o roteiro da aula (etapas):

Durante a aula, o(a) professor(a):


Deixou claro aos alunos os objetivos da aula e as competências a serem desenvolvidas:
( )Sim ( ) Não
Fez o levantamento dos conhecimentos prévios dos estudantes: ( )Sim ( ) Não Esclareceu
as dúvidas dos alunos: ( )Sim ( ) Não
Ofereceu atendimento individualizado aos alunos com dificuldade: ( )Sim ( ) Não
Realizou agrupamentos produtivos: ( )Sim ( ) Não
Incentivou a participação ativa dos estudantes: ( )Sim ( ) Não
Mediou algum conflito entre os alunos: ( )Sim ( ) Não ( ) Não foi necessário.
Realizou adaptação curricular para algum estudante com necessidades especiais: ( )Sim (
) Não ( ) Não foi necessário.

Avaliação: De que forma os alunos foram avaliados durante a aula? Comente as estratégias utilizadas.

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


Recuperação: Ao longo da aula, foi possível observar estratégias para a recuperação das defasagens dos estudantes? Comente.

Análise: Comente, de forma breve, crítica e ética os aspectos mais relevantes observados durante a aula.
Analise a metodologia adotada e o desempenho dos estudantes durante a aula.

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


6. A BNCC na escola

Conforme estudamos anteriormente, a “Resolução CNE/CP Nº 2/2017”, em seu Capítulo III, art.7º, define
que:

Os currículos escolares relativos a todas as etapas e modalidades da Educação Básica devem


ter a BNCC como referência obrigatória e incluir uma parte diversificada, definida pelas
instituições ou redes escolares de acordo com a LDB, as diretrizes curriculares nacionais e o
atendimento das características regionais e locais, segundo normas complementares
estabelecidas pelos órgãos normativos dos respectivos Sistemas de Ensino (BRASIL,
2017).

Nesse sentido, as próximas atividades terão o intuito de observar, na prática, como o que está prescrito na
Base Nacional Comum Curricular, sobretudo em relação às 10 competências gerais, é contemplado nas
atividades pedagógicas realizadas na escola. Para tanto, serão necessárias diversas entrevistas com a
comunidade escolar (equipe gestora, docentes, alunos, funcionários etc.) e observações atentas dos espaços e
atividades escolares.

6.1 Conhecimento, Curiosidade intelectual e Senso estético

As três primeiras competências gerais da BNCC destacam as dimensões do conhecimento humano


relacionadas aos conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital;
ao exercício da curiosidade intelectual por meio de investigações, reflexões, análise crítica e da capacidade
de resolver problemas; e à construção do repertório cultural dos estudantes, mediante a criação de
oportunidades de apreciação e produção de diversas manifestações artísticas e culturais, locais e mundiais.

Diante disso, a partir das aulas observadas, responda:

As atividades pedagógicas, propostas em sala de aula pelos docentes, promovem desenvolvimento de alguma
dessas três competências? De que forma isso ocorre? (Caso haja dúvida, pergunte ao professor que
desenvolveu a atividade com os alunos durante a aula observada). Além de descrever as atividades
desenvolvidas, justifique sua resposta comentando de que forma as atividades propostas contribuíram para o
desenvolvimento dos alunos.

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


6.2 Diferentes linguagens

A quarta competência geral da BNCC refere-se ao desenvolvimento da capacidade de utilizar diferentes linguagens –
responsabilidade pelo seu desenvolvimento não cabe apenas a um componente curricular específico,

mas aos docentes de todas as áreas do conhecimento. Diante disso, observe se na escola, de forma geral, os
alunos participam de contextos nos quais são convidados a se expressarem por meio das diversas linguagens
existentes.
Para isso, verifique se há murais nas áreas externas e internas da escola com produções dos alunos;
questione a respeito de eventos culturais no calendário escolar como, por exemplo, peças teatrais, saraus ou
feiras científicas que envolvam a participação ativa dos estudantes; pergunte, também, se há algum meio de
comunicação que promova o diálogo entre a comunidade escolar (assembleias, rádio escolar, redes sociais,
entre outros). Essa investigação pode ser realizada, por meio de entrevistas com professores, alunos e/ou
equipe gestora.

Ao finalizar a atividade, comente, de forma breve, suas constatações, justificando suas conclusões
por meio de exemplos.

6.3 A cultura digital na escola

A cultura digital está presente na BNCC por meio da 5ª Competência:

“Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma


crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares)
para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver
problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva” (BRASIL, 2017).

Nessa competência, a Base reconhece o papel do letramento digital na formação integral dos estudantes do
país. Primeiramente, é importante destacar que essa competência não diz respeito apenas ao ensino dos
procedimentos e formas de utilizar os recursos digitais disponíveis. É necessário, também, ensinar os
estudantes a utilizarem as ferramentas digitais de forma produtiva, além de

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


ajudá-los a compreender o pensamento computacional e os impactos da tecnologia na sociedade. Além
disso, ao final do Ensino Fundamental, os estudantes precisam ser capazes de utilizar as ferramentas
multimídias para aprenderem, produzirem textos em diversas linguagens (verbais e não verbais);
compreenderem as linguagens de programação e dos algoritmos. Para isso, no entanto, não basta que os
professores sejam capacitados par tal abordagem. Ademais, é fundamental que as instituições de ensino
estejam preparadas e equipadas para oferecer ambientes de aprendizagem voltados a esse objetivo.
Observe se os ambientes da escola são favoráveis ao desenvolvimento da 5ª Competência da BNCC. Para
isso, verifique se a instituição de ensino possui sala de informática (e suas condições); se há rede de Wi-Fi
disponível para o uso de docentes e alunos; os recursos tecnológicos disponíveis nas salas de aula e demais
salas (sala de vídeo, biblioteca e laboratórios), entre outros. Em seguida, descreva as condições da escola no
espaço abaixo. Esse registro pode ser feito em formato de texto ou tópicos.

Em relação às aulas observadas, comente se professores utilizam ferramentas digitais e de que forma elas
favorecem (ou não) a aprendizagem e o desenvolvimento dos estudantes.

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


6.4 Projeto de vida e mundo do trabalho

A sexta competência da BNCC está relacionada à capacidade de organizar e estruturar um projeto de vida. Nesse senti
trabalho e das novas profissões do século XXI.

“Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e


experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer
escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade,
autonomia, consciência crítica e responsabilidade.” (BRASIL, 2017).

De que modo a escola promove o desenvolvimento da sexta competência da BNCC? Há atividades/ ações
que estimulem os estudantes a refletirem e compartilharem seus projetos de vida? Há alguma disciplina
específica ou projeto que aborde o tema?
Faça um breve relato, contemplando as questões acima. Para isso, você pode descrever alguma
aula específica que tenha observado ou entrevistar professores, alunos e gestão escolar.

6.5 Argumentação

As relações do homem com a sociedade em que vive é mediada pelo uso de diversas formas de
linguagem, entre elas, a língua. Esse uso, por sua vez, não se dá de forma aleatória. A construção dos
discursos é permeada de intencionalidade por parte dos interlocutores. De acordo com Koch (2011, p. 17):

A interação social por intermédio da língua caracteriza-se, fundamentalmente, pela


argumentatividade. Como ser dotado de razão e vontade, o homem, constantemente, avalia,
julga, critica, isto é, forma juízos de valor. Por outro lado, por meio do discurso, ação verbal
dotada de intencionalidade, tenta influir sobre o comportamento do outro ou fazer com que
compartilhe determinadas de suas opiniões.

Diante das afirmações da autora, pode-se destacar que, ao contrário do que se pensa, o trabalho com a
argumentação na escola não deve ser restrito à disciplina de Língua Portuguesa, uma vez que a
argumentatividade é inerente ao ato comunicativo e permeia vários gêneros textuais pertencentes às diversas
áreas do conhecimento humano. É imprescindível, portanto, estimular o debate no ambiente escolar bem
como promover situações comunicativas reais nas quais os estudantes

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


possam reconhecer e compreender os textos que circulam na sociedade e serem capazes de se posicionar a
respeito de temas controversos (CARVALHO, 2015).
A BNCC, na sétima competência geral, destaca a importância da construção do discurso
argumentativo baseado em fontes confiáveis, da defesa de pontos de vista pautados no respeito aos direitos
humanos, na consciência socioambiental, na ética e no cuidado consigo mesmo e com os outros (BRASIL,
2017). Para tanto, é fundamental que os professores planejem situações de aprendizagem que promovam
práticas sociais que envolvam produções textuais (orais ou escritas) nas quais os estudantes sejam
estimulados a formularem teses e a argumentarem de forma crítica, consistente e respeitosa.
Nas aulas observadas, é possível verificar o trabalho com a argumentação? De que forma os estudantes
são estimulados a argumentarem? Descreva algumas metodologias que favorecemo desenvolvimento da
argumentatividade.

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


7. As competências socioemocionais na escola

Além de contemplar habilidades voltadas à comunicação, ao pensamento científico e criativo, ao uso das ferramentas
últimas Competências Gerais da Base (8, 9 e 10), os estudantes devem desenvolver as seguintes

habilidades ao longo da Educação Básica (BRASIL, 2017):


• Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional.
• Compreender-se na diversidade humana, reconhecendo suas emoções e as dos outros.
• Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, de forma harmônica e cooperativa.
• Valorizar a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e
potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
• Agir com autonomia, autocrítica, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação.
• Tomar decisões, com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos e sustentáveis.

Diante disso, pode-se observar que, entre as competências socioemocionais apontadas na BNCC, destacam-
se: autoconsciência, autogestão, consciência social, habilidades de relacionamento e a tomada de decisões.
Entretanto, não mudanças na escola se os professores não transformarem sua prática. E, para que os docentes
promovam habilidades socioemocionais, também necessitam de apoio pedagógico e formação, ou seja,
trata-se de uma responsabilidade que abarca desde o poder público e instituições privadas, até os membros
de toda a comunidade escolar.

(...) o que não é tarefa fácil, nem simples. Afinal, somos “seres do nosso tempo”, a maior parte
dos educadores de hoje vivenciou uma escolarização tradicional, muitas vezes mecânica e
esvaziada de sentidos. Ser “autor de mudanças” exige dos professores o desenvolvimento de
suas próprias habilidades. Estes, para tanto, precisam que os gestores da escola cumpram seu
papel na valorização, formação e apoio da equipe docente, ancorados por políticas públicas
claras, consistentes e eficazes. (ABED, 2014, p. 8)

Dessa forma, de acordo com a autora, para desenvolver as habilidades socioemocionais na escola é preciso
investir no professor, para que ele realize a mediação da aprendizagem de forma consciente e responsável,
reconhecendo e promovendo o desenvolvimento das múltiplas inteligências e nos diversos estilos cognitivo-
afetivos dos seus estudantes e de si mesmo, selecionando, de maneira intencional, ferramentas que
contribuam com o desenvolvimento global dos alunos.
Para aprofundar seus conhecimentos acerca da importância do trabalho com as competências
socioemocionais na escola, leia o artigo: “O desenvolvimento das habilidades socioemocionais como
caminho para a aprendizagem e o sucesso escolar de alunos da educação básica”, de Anita
ABED.

Referência:
ABED, Anita. O desenvolvimento das habilidades socioemocionais como caminho para a
aprendizagem e o sucesso escolar de alunos da educação básica. São Paulo: UNESCO/MEC, 2014.
Disponível em:< http://pepsic.bvsalud.org/pdf/cp/v24n25/02.pdf> Acesso em 01 de agosto de 2022.

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


1. Durante as aulas observadas, foi possível verificar o trabalho voltado ao desenvolvimento de algumas das competências

2. A escola desenvolve (ou já desenvolveu) projeto ou disciplina voltada ao trabalho com as competências
socioemocionais? Entreviste os membros da escola e descreva o projeto/ disciplina: título, público-
alvo, áreas do conhecimento, justificativas, objetivos, metodologia/ ações e conclusões.

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


8. Planejamento e Regência (20 horas)

Ao longo do seu estágio, conhecemos um pouco mais a respeito da Base Nacional Comum Curricular e sua importância para

Plano de aula
O plano de aula consiste na previsão do desenvolvimento do conteúdo e habilidades a serem
desenvolvidas em uma aula ou conjunto de aulas. Trata-se de um documento escrito, previamente produzido,
que orienta as ações do professor e possibilita constantes revisões e aprimoramentos de acordo com as
diferentes turmas e anos letivos. Segundo Libâneo (1994), ao elaborar de um plano de aula, o docente deve
considerar, primeiramente, que a aula é um período variável e, dificilmente, é possível completar em uma só
aula o desenvolvimento de uma unidade, pois o processo de ensino e aprendizagem é composto de
sequências articuladas compostas por diversas fases. Não se pode esquecer, ainda, que cada tópico novo é
uma continuidade do anterior; é necessário pois, considerar os conhecimentos prévios dos estudantes antes
do início de uma nova matéria.
Para facilitar a aprendizagem, de acordo com Zabala (1998), são necessárias uma série de atitudes por
parte dos professores como, por exemplo, planejar a atuação docente de forma flexível para permitir
adaptação às necessidades dos alunos em todo o processo de ensino e aprendizagem; contar com os
conhecimentos prévios dos alunos, tanto no início das atividades como durante sua realização; ajudá-los a
encontrar sentido para o que estão realizando; estabelecer metas ao alcance dos estudantes; oferecer apoio
adequado, potencializando, progressivamente, sua autonomia e avaliar os alunos conforme suas capacidades e
seus esforços. Diante disso, torna-se imprescindível, durante o processo de ensino, a elaboração de sequências
de atividades (planos de aula) que contemplem as ações supracitadas. O autor define as sequências de
atividades como “conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a realização de certos
objetivos educacionais, que têm um princípio e um fim conhecidos tanto pelos professores como pelos
alunos” (p. 18).
Lucia Tobase; Denise Maria de Almeida; Débora Rodrigues Vaz (2019) afirmam que, na elaboração
do plano de aula, devemos nos atentar para:

Clareza e objetividade;
Atualização do plano periodicamente; Conhecimento
dos recursos disponíveis da escola;
Noção do conhecimento que os alunos já possuem sobre o conteúdo abordado;
Articulação entre a teoria e a prática;
Utilização de metodologias diversificadas, inovadoras e que auxiliem no processo de
ensino-aprendizagem;
Sistematização das atividades de acordo com o tempo disponível (dimensioneo
tempo/carga horária, segundo cada etapa da aula/atividade);
Flexibilidade frente a situações imprevistas;
Realização de pesquisas buscando diferentes referências, como revistas, jornais,
filmes, entre outros;
Elaboração de aulas de acordo com a realidade sociocultural dos estudantes. (TOBASE;
ALMEIDA; VAZ, 2019, p. 4-5).

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


Segundo as autoras, ao elaborar um plano de aula, o docente deve ser orientado por alguns
questionamentos como, por exemplo:

Quem são meus alunos?


Leve em consideração as características dos seus estudantes, conhecimentos prévios, idade, contexto social em que

• O que eles precisam aprender/desenvolver?


Selecione conteúdos e competências a serem trabalhadas, de acordo nível de ensino e
componente curricular.

• Por que ensinar?


Reflita sobre o papel da escola na formação dos estudantes e a importância dos conteúdos e
competências selecionados para a formação integral dos alunos.

• Como ensinar?
Depois de conhecer os alunos, saber com clareza os objetivos da aula e selecionar os conteúdos e
competências a serem trabalhadas, pesquise a respeito das estratégias de ensino mais adequadas a eles.
Verifique, em seguida, os recursos disponíveis na escola e escolha aqueles que contribuirão para o
desenvolvimento das atividades que serão propostas.
Exemplos de estratégias: rodas de conversa, agrupamentos produtivos, aula expositiva, rotação
por estações, gamificação, estudo de caso, resolução de problemas, pesquisa etc.

• Como avaliar o que os alunos aprenderam?


Defina as formas e critérios avaliativos que serão utilizados para verificar o que os alunos aprenderam
e se desenvolveram as habilidades trabalhadas na aula. Exemplos: observação dos alunos durante a
realização das atividades; avaliação escrita objetiva, avaliação escrita dissertativa, relatório
experimental, produção textual oral ou escrita etc.

Atenção: Para cada atividade de regência deverá ser elaborado um plano de aula.
A seguir, apresentaremos um modelo de plano de aula para orientar sua prática. Para cada atividade
de regência, imprima esse modelo e preencha de acordo com o seu planejamento. Ao final do estágio,
eles deverão ser anexados aqui no seu Caderno de estágio.

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


8.1 Plano de aula

Aluno(a): Disciplina:Data: Turma:. Duração (horas):


Tema:

Objetivos (competências da BNCC que pretende desenvolver nos alunos):

Conteúdo(s):

Estratégia(s) de ensino:

Recursos didáticos:

Avaliação:

Bibliografia utilizada

Comentário avaliativo e assinatura do(a) docente responsável pela turma:

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


9. Reflexão sobre a prática: Relatório de Regência

Ao final de cada aula de regência, você deverá produzir seu relatório e anexá-lo ao Caderno de
estágio, juntamente com o Plano de aula.

Segundo Paulo Freire (2001, p. 44), “É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que
se pode melhorar a próxima prática.” De acordo com o educador, a prática da reflexão constrói uma

pedagogia para a libertação na qual o professor tem um papel imprescindível. Dessa forma, a escola torna-se
o ambiente de formação do professor e a prática educativa torna-se o conteúdo dessa formação. Nesse
sentido, a reflexão acerca das práticas em sala de aula permite o desenvolvimento pessoal e social dos futuros
docentes, contribuindo, dessa forma, para a construção de sua identidade profissional.
Para Isabel Alarcão (1996, p.3), “ser reflexivo é ter a capacidade de utilizar o pensamento como atribuidor
de sentido”. Ao caracterizar deste modo o pensamento reflexivo, a pesquisadora diferencia essa reflexão
daquelas rotineiras que, embora fundamentais ao ser humano, são guiadas por impulso, hábito ou tradição:

“A reflexão, pelo contrário, baseia-se na vontade, no pensamento, em atitudes de


questionamento e curiosidade, na busca da verdade e da justiça. Sendo um processo
simultaneamente lógico e psicológico, combina a racionalidade da lógica investigativa com a
irracionalidade inerente à intuição e à paixão do sujeito pensante; une cognição e afetividade
num ato específico, próprio do ser humano”. (ALARCÃO, 1996, p.3).

O docente tem, portanto, um papel ativo na educação e não um papel meramente técnico que se reduz à
reprodução de práticas ou na aplicação mecânica das metodologias estudadas ao longo de sua formação
inicial. E, nesse sentido, é a postura de questionamento que caracteriza o pensamento reflexivo, pois, como
afirma Alarcão (1996, p.9), “nenhuma estratégia formativa será produtiva se não for acompanhada de um
espírito de investigação no sentido de descoberta e envolvimento pessoal e é esta uma das ideias que deve
estar na base do conceito de professor-investigador”.
Por essas razões, destacamos a necessidade de dedicar, após as suas aulas de regência, um momento
direcionado à reflexão a respeito da prática desenvolvida em sala de aula com os estudantes. Não se trata,
apenas, de descrever as ações que foram realizadas, mas reflexões acerca dessas ações. Reflexões críticas que
considerem os diversos fatores envolvidos naquela situação de aprendizagem.
***
Por isso, após cada aula de regência, será necessária a produção de um relatório reflexivo. Ou seja, cada
plano de aula de regência deve ser acompanhado de um relatório no qual suas reflexões acerca das
atividades desenvolvidas com os alunos sejam detalhadas. Para tanto, após a sua aula de regência, reflita a
respeito das seguintes questões e, posteriormente, organize suas ideias a respeito de cada uma delas:
1. Os alunos possuíam conhecimentos prévios sobre os conteúdos trabalhados? Qual o nível de
conhecimento deles sobre o tema? E em relação às competências trabalhadas?
2. Os objetivos expostos no seu plano de aula foram alcançados?

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


As competências selecionadas para essa aula foram contempladas de forma satisfatória?
As estratégias de ensino utilizadas contribuíram para a aprendizagem dos alunos? De que forma?
Os alunos participaram ativamente das atividades propostas? Demonstraram interesse?
Até que ponto a atividade proposta promoveu o desenvolvimento da autonomia e do protagonismo dos alunos?
Os recursos selecionados favoreceram o desenvolvimento da aula?
Sentiu-se preparado(a)? Teve dificuldade para executar a aula planejada?

9. O que poderia ser mudado? Por que essa mudança seria necessária?
10. Qual foi a contribuição dessa aula para a formação integral dos estudantes?

Após cada aula de regência, você deverá produzir seu relatório. Seu texto deverá ser escrito
em primeira pessoa, ter de 20 a 30 linhas e revelar sua experiência em sala de aula.

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


Relatório de Regência

Tema da aula:Data

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


10. Elaboração do Relatório final

Você chegou ao final do seu Estágio Supervisionado. Ao longo desse percurso, foram inúmeras aprendizagens e exp
1. Do contexto social em que a escola está inserida, sua estrutura física e quantidade de
funcionários.

2. Das observações realizadas na escola, em relação à consonância com as competências gerais


da BNCC.

3. Das observações de aulas.

4. Dos momentos de regência.

5. Das contribuições do estágio para a sua formação.

Mas, antes, falaremos um pouco a respeito da estrutura desse gênero textual. Dessa forma, esperamos
contribuir para a sua compreensão sobre sua composição.
Sobre o gênero Relatório de Estágio, Silva (2013) ressalta:

“Acreditamos que a escrita reflexiva, no termo utilizado por Burton (2009), dentre outros
ganhos para a formação inicial do professor, possa reduzir a probabilidade do aluno-mestre
se esconder entre as inúmeras vozes legitimadas na esfera acadêmica, reproduzindo alguns
discursos despercebidos ou que não sejam, necessariamente, por ele aceitos ou, até mesmo,
produzidos. Diferentemente da escrita esperada nos tradicionais gêneros acadêmicos, como
ensaio, monografia, relatório técnico, resenha e resumo, a escrita reflexiva se configura como
uma atividade bastante versátil” (p.175,176).

De acordo com o pesquisador, o Relatório de Estágio não só apoia a reflexão e a aprendizagem em


muitos contextos de ensino, mas também pode ser uma atividade prazerosa e contribuir para a construção da
identidade profissional.

• Estrutura do Relatório de Estágio


O Relatório de estágio é composto por três partes, assim como os textos dissertativos-argumentativos
que estamos acostumados a escrever. São elas: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão.

• Temas
Na introdução, podem ser apresentadas as expectativas iniciais sobre o estágio; as justificativas sobre a
escolha da escola; a caracterização da estrutura física escola; contexto sócio-cultural da comunidade
escolar; atividades, aulas e projetos desenvolvidos pela instituição, entre outras informações. Trata-se de
uma apresentação e contextualização do seu estágio.

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


No desenvolvimento, podem ser realizados comentários a respeito das leituras e atividades teóricas realizadas no início do
Na conclusão, é o momento de apresentar as impressões pessoais, avaliações e posicionamentos

críticos sobre tudo que foi vivenciado ao longo das atividades realizadas no Estágio. Ademais, deve-
se, também, mencionar as contribuições dessas experiências para a formação do futuro docente.

• Estilo
O Relatório de Estágio pertence à tipologia narrativo-descritiva que, segundo Gilson Silva (2021), visa ao
relato de aspectos específicos do ambiente de estágio, tais como: o espaço, as atividades executadas, as
relações interpessoais, os instrumentos de trabalho e as diversas reflexões críticas que podem ser feitas nesse
espaço. O autor destaca, também, algumas características estilísticas desse gênero textual como, por
exemplo, a clareza das informações, a formalidade da linguagem utilizada e o uso da primeira pessoa do
singular.

Instruções:

-Seu texto deve ter de duas a três páginas.


- Ser escrito na modalidade formal da língua portuguesa.
-Caso utilize alguma citação ao longo do texto, acrescente, ao final, as Referências, de acordo
com as normas da ABNT.

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


Relatório Final

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |
REFERÊNCIAS

ABED, A. O desenvolvimento das habilidades socioemocionais como caminho para a aprendizagem e o su


ALARCÃO, Isabel et al. Ser professor reflexivo. Formação reflexiva de professores: estratégias de supervisã

com/w/file/fetch/117124026/Ser_professor_reflexivo_Isabel_Alarcao.pdf. Acesso em: 10 set. 2022.

BEZERRA, D. M et al. A práxis pedagógica na formação de professores reflexivos no pibid/


pedagogia da URCA. Disponível em < https://www.editorarealize.com.br/editora/anais/join/2019/
TRABALHO_EV124_MD1_SA33_ID360_08082019201600.pdf.>Acesso em: 23 jul. 2022.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. LDB: Lei das Diretrizes e Bases da Educação
Nacional. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, 1996. Disponível em: <
http://portal. mec.gov.br/index.php?
option=com_content&view=article&id=12907:legislacoes&catid=70:legislacoes
> Acesso em: 21 jul.2022.

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum
Curricular. Brasília, DF, 2017. Disponível em: < http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ >. Acesso em: 27
maio 2019.

BRASIL. O que é a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)?.Disponível em: <https://www.youtube.


com/watch?v=ELQ2azcQC9Q> Acesso em: 01 set. 2022.

BRASIL. Resolução CNE/CP Nº 2/2017: Institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum
Curricular, a ser respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas modalidades no âmbito da
Educação Básica. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-educacao/ base-nacional-
comum-curricular-bncc > Acesso em: 21 jul. 2022.

CARVALHO, S. M. O ensino do artigo de opinião: das teorias às atividades didáticas dos


apostilados da rede pública paulista. 2015. Dissertação (Mestrado Profissional em Letras em Rede
Nacional)
- Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015. Disponível
em: <https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8162/tde-11122015-111913/pt-br. php>Acesso em: 06 ago.
2022.

CARVALHO, R. S. T. de; DAVID, A. Saberes docentes e o Professor Reflexivo: Reflexão na Prática


Escolar. Debates em Educação, [S. l.], v. 7, n. 13, p. 156, 2015. DOI: 10.28998/2175-6600.2015v7
n13p156. Disponível em: <https://www.seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/742> Acesso em:
14 set. 2022.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


Terra, 2001.

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |


FREIRE, P. Pedagogia da Esperança: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido. 16. Ed. Rio de
Janeiro: Paz e Terra,2009.

KOCH, I. V.. Argumentação e linguagem. 13ed. São Paulo: Cortez, 2011.

LIBANÊO, J.C. Didática. São Paulo, Cortez, 1994.

MAQUINÉ, G. O.; AZEVEDO, R.O.M. Competências na formação de professores: da LDB à BNCC. REVES
- Revista Relações Sociais, v. 1, n. 1, p. 0111-0120, 2018.

MORAES, E. M; GALLOIS, C. C. N. Formação continuada de gestores escolares: alinhando o


projeto político pedagógico à BNCC Disponível em https://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2020/
TRABALHO_EV140_MD1_SA1_ID2998_15052020221840.pdf> Acesso em: 01 ago. 2022.

SILVA, G. A. C. O gênero textual relatório de estágio na educação profissional técnica de nível


médio: articulação de fundamentos para uma formação politécnica. 2021. 157 f. Dissertação.
(Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica) – Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Amazonas, Campus Manaus Centro, Manaus, 2021. Disponível em: < http://
repositorio.ifam.edu.br/jspui/handle/4321/624> Acesso em 10 set. 2022.

SILVA, J. A. et al. Reflexões sobre o estágio supervisionado na formação docente. Disponível


em:< https://www.editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2018/TRABALHO_EV117_MD1_SA1_
ID495_06092018142155.pdf > Acesso em: 23 ago 2022.

SILVA, M. A. ; KAYSER, A. M. O papel da educação contemporânea uma reflexão a partir da pedagogia


da autonomia de paulo freire. Revista Dynamis, [S.l.], v. 21, n. 2, p. 3-15, set. 2016. ISSN 1982-4866.
Disponível em: <https://bu.furb.br/ojs/index.php/dynamis/article/view/3560>. Acesso em: 06 jul. 2022.

SILVA, W. R. Escrita do gênero relatório de estágio supervisionado na formação inicial do professor


brasileiro. Revista Brasileira de Linguística Aplicada [online]. 2013, v. 13, n. 1 [Acessado 15 Setembro
2022] , pp. 171-195. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1984-63982012005000016>. Epub18
Dez 2012. ISSN 1984-6398. Disponível em<https://doi.org/10.1590/S1984-63982012005000016>
Acesso em: 10 jul. 2022.

TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2002.

TOBASE, Lucia; ALMEIDA, Denise Maria de; VAZ, Débora Rodrigues. Plano de aula: fundamentos e
prática. Manual para elaboração de planos, 2019. Disponível em: < https://edisciplinas.usp.br/
pluginfile.php/4505701/mod_resource/content/2/TEXTO%20PLANO%20DE%20AULA.pdf. Acesso em 11
jul. 2022.

ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.

FACULDADE CATÓLICA PAULISTA |

Você também pode gostar