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UNIDADE CURRICULAR.

PROCESSOS BÁSICOS

PROGRAMA DE DISCIPLINA: ANÁLISE DINÂMICO II

MODALIDADE: Curso Regular

ANO: Primeiroano

SEMESTRE: Segundo

DURAÇÃO: 15 semanas

FREQUÊNCIA SEMANAL:5/15

PRECEDÊNCIA: Análise dinâmico I

HORAS: 75 presenciais

I. APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA

A disciplina contém uma das formas básicas e fundamentais de pensar os


aspetos psicológicos no que a sua “dinâmica” se refere.O seu sustento fica nas
análises causal do comportamento em referência as peculiaridades da dinâmica
subjetiva. A sua saída até a prática profissional é extensa e se demarca em todas
as especialidades conhecidas hoje no quefazer profissional da psicologia no
país. Trata-se da compreensão (e a construção) das hipóteses acerca do por
que e para que se produz a conduta. Nesta fase se está a colocar a ênfase nos
aspeitos metodológicos que permitem aprofundar nas análises mais também se
tratam as visões e métodos para o estudo da conduta por cada uma das Escolas
Básicas de Psicologia.

Esta disciplina se ministra no segundo semestre do primeiro ano do curso e


consta de dois temas. Ditos temas se distribuem em aulas teóricas assim como
as práticas, (utilizando diferentes formas de ensino) 75 horas,

Seu propósito principal é que o estudante formado possua os conhecimentos


necessários e imprescindíveis que lhe permitam uma boa competência e
desempenho profissional. O Programa abrange duas unidades temáticas.

• OBJECTIVOS GERAIS
OBJECTIVOS INSTRUTIVOS

• Relacionar os mecanismos, funções, que conformam a dinâmica do


comportamento,

• Argumentar os problemas fundamentais associados às análises dinâmicas do


comportamento, a sua significaçãoassim como algumas das hipóteses de
análises e interpretação mais relevantes,

• Analisar e interpretem os modos particulares de existência dos fenómenos


dinâmicos como fim de poder investiga-los, transmiti-los em formas de
conhecimento, reconhecimentos, e podem elaborar conclusões próprias sobre
os mesmos.

OBJECTIVOS EDUCATIVOS

• Desenvolver uma cosmovisão humanista de vocação materialista-dialética,


histórica e cultural acerca do individual e o social no comportamento humano,

• Assumir uma responsabilidade diante da aquisição dos conhecimentos e


perante o manejo de informação profissional sobre outras pessoas.

III. UNIDADES TEMÁTICAS

TEMA I: Análises, descrição, explicação e determinação dos sucessos


dinâmicos

TEMA II:As emoções na dinâmica comportamental

IV. PLANO TEMÁTICO.

TEMPO POR TEMAS E FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DO ENSINO

FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DO ENSINO

TEMAS AULAS
CONFERÊNCIAS SEMINÁRIOS PP TOTAL
PRÁTICAS

TEMA I 6 6 22 2 36
TEMA II 6 8 23 2 39

TOTAL 12 14 45 4 75

LEGENDA:

PP: Prova Parcelar


V.SISTEMA DE OBJECTIVOS E CONTEÚDOS POR TEMAS

TEMA I :Análises, descrição, explicação e determinação dos sucessos


dinâmicos

OBJECTIVOS:

• Fundamentar hipóteses de trabalho profissional sobre as peculiaridades


dinâmicas da conduta,

• Relacionar os comportamentos humanos em função da situação ou contexto


em que acontece o evento,
Fundamentar as interpretações dos comportamentos desde a perspetiva
integral.

Conteúdos:

Aspetos metodológicos relacionados com os problemas centrais na


compreensão dos processos dinâmicos. Estratégias e métodos de investigação.
Observação, análise documentar, entrevista psicológica, o método biográfico, o
experimento, as provas psicológicas. Psicanálise. Modelo metodológico da
Escola Psicanalítica para a análise, diagnóstico e investigação do
comportamento humano. Elementos de metodologia de análise desta escola.
Considerações críticas. Condutismo: O Modelo metodológico do Condutismo
para a análise, diagnóstico e investigação do comportamento humano.
Considerações críticas. Os cognitivistas. O modelo metodológico do foco
cognitivo para a análise do comportamento. Considerações críticas. O
movimento humanista.O modelo metodológico do focohumanista para a análise
do comportamento. Elementos de metodologia de intervenção psicoterapêutica
deste movimento. Considerações críticas.

• Conteúdo das aulas práticas:

• Análise e discussão de protocolos onde se refletem diferentes reguladores


comportamentais

• Relação da história, os reguladores psicodinámicos e a situação com o


comportamento
• Leitura, análise e discussão de artigos científicos sobre o tema
correspondiente,

• Análise e discussão de filmes fundamentalmente biográficos para abordar os


aspectos contidos no presente tema

TEMA II: As emoções na dinâmica comportamental

OBJECTIVOS:

• Identificar as diversas manifestações emocionais assim como a sua


significação na regulação comportamental,

• Interpretar os comportamentos incluindo a perspetiva emocional e sentimental,

• Estabelecer e fundamentar pronósticos de comportamento em função das


características pessoais e a situação.

CONTEÚDOS:

Necessidades. Características Gerais. Classificação das Necessidades segundo


diversos autores. Emoções. Características Gerais. O componente cognitivo das
emoções.

• METODOLOGIA.

Esta disciplina se ministra no segundo semestre do primeiro ano do curso.


Começa na primeira semana dosegundo semestre durante 15 semanas. É uma
disciplina de um marcado carácter prático.

No primeiro contato o professor deve apresentar a disciplina, enunciar os


diferentes temas, as formas de avaliação,e destacar que lhe contribuirá esta
disciplina a sua formação como um profissional da psicologia, cujo perfil está
definido por sua capacidade para analisar o comportamento humano, interpreta-
lo e emitir um relatório que tem em conta a totalidade dos parâmetros que tem a
ver com o comportamento assim como definir as relações entre eles,

A disciplina será ministrada nas salas-de-aula durante todo o curso, seu núcleo
central o constitui o desenvolvimento dos temas do programa, utilizando tanto
conferências como classes práticas e seminários. Naexposição da classe o
professor não esgotará todo seu conteúdo, a participação do estudante é um
fator importante no desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem,

Nas conferências o docente tratará os aspectos essenciais e mais complexos do


conteúdo da disciplina, com alto rigor científico. Os métodos de ensino serão
activos. Para uma melhor compreensão dos conteúdos pode auxiliar-se com
médios reais (sempre que for possível) filmes, vídeos, transparências e outros
meios de ensino.

Nas aulas práticas os estudantes aplicarão os passos técnicos ou procedimentos


para analisar e compreender o comportamento humano através da análise de
personagens de filmes, de textos, entre outros.

O propósito principal é que o futuro profissional possa aplicar as habilidades


básicas na compreensão dos aspectos que definem o comportamento individual.

VII. SISTEMA DE AVALIAÇÃO

AVALIAÇÃO FREQUENTE

Perguntas de controlo nas conferências, aulas práticas e seminários.

AVALIAÇÕES PARCIAIS

Duas Provas Parcelares de carácter prático.

AVALIAÇÃO FINAL

A Avaliação final consistirá em um Exame Prático no que o estudante realizará


a análise dinâmico do comportamento de um caso individual orientado elo o
professor.

VIII. BIBLIOGRAFÍA

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

• Bleger, J. (1976) Psicología de la conducta. Editorial Paidós.

• Calviño, M. (s/f) Selección de lecturas de Análisis dinámico del


comportamiento.
SENTIDO O SIGNIFICADO

Cuando se estudia la conducta en su nivel psicológico, como conducta molar,


una de sus características fundamentales es la de poseer sentido o significado.
Siempre se ha ligado el valor de la palabra a su capacidad significativa, es decir,
a su capacidad de poder representar, simbólicamente, cosas concretas, y de
poder además transmitir con ella una idea, intención o pensamiento del que
habla. De igual manera siempre se ha relacionado y valorado, muy
especialmente, una gran cantidad de gestos y actitudes como significativos, es
decir, que representan también una intención o una idea.

A partir de los estudios de Freud, este cuadro de la conducta se há ampliado y


complicado enormemente; se ha demostrado que no sólo tienen significado o
sentido las palabras, gestos y actitudes que intencionalmente utilizamos, sino
que también tienen sentido las manifestaciones que escapan a nuestro control
voluntario o consciente: gestos, actitudes, actos sintomáticos, sueños, etcétera.
En este sentido, el aporte de Freud fue mucho más amplio, porque abarcó dentro
del sentido los síntomas neuróticos e inclusive el delirio.

En la actualidad, podemos afirmar que toda conducta del ser humano es siempre
significativa, tiene un sentido, se trate de conductas normales o anormales,
intencionales o no, conscientes o no. El sentido o significado es siempre una
relación, tal como lo ha estudiado detenidamente W. Blumenfeld, pero ésta
puede ser de tipo muy distinto, por lo que —dice el mismo autor- "no es lícito
tratar la palabra sentido' como si se refiriera a un concepto inconfundible e
inequívoco, 51110 que se debe exigir que tanto en la filosofía como en la
psicología ^da autor manifieste explícitamente, al usarla, cuál es el concepto de
sentido a que se refiere su reflexión".

Hemos de emplear como sinónimos los términos sentido y $;„ nificado, y nos
referimos con ellos a la relación que tiene siempre la conducta con la vida y la
personalidad total del sujeto y con una situación dada; pero lo que mejor califica
el sentido es el hecho de que toda conduc. ta es un suceso o acontecer humano,
y damos el significado de la conducta cuando la referimos en términos de
acontecer humano, en lo que posteriormente estudiaremos como Dramática.
Excluimos terminantemente el supuesto de que una característica del sentido de
la conducta sea el hecho de que haya intención de comunicar o significar algo.
Sentido no implica intención ni voluntad. Toda conducta tiene sentido cuando la
relacionamos con la vida del sujeto en las situaciones concretas en que dicha
conducta se manifiesta1 un movimiento de los brazos deja de ser solamente un
movimiento y pasa a ser suceso humano —conducta molar— cuando
conocemos su sentido: rechazo, acercamiento, saludo, etcétera. Toda la relación
humana y toda la vida del ser humano son significativas, pero, por ser un hecho
tan habitual, no distinguimos con suficiente claridad cuándo describimos y
cuándo interpretamos, de tal manera que percibimos directamente el significado
de una conducta cuando la describimos.

Y es que todo lo que el ser humano tiene como experiencia, posee directamente
una organización, un sentido. Blumenfeld estudió las distintas modalidades del
sentido y las clasificó en semántica, final o télica, estructural o éidica,
fundamentante o lógica, y de motivación. En cada una de ellas se da una relación
particular, a saber: Sentido semántico: relación entre signos y objetos. Sentido
télico (final): con algo que es un medio se persigue un fin. La relación es entre
acontecimiento y acontecimiento. Sentido estructural o éidico: relación entre las
partes y el todo. Sentido lógico o fundamentante: relación entre un enunciado y
su undamentación.

Sentido de motivación: relación entre comportamiento y su motivación. El sentido


de la conducta no es un contenido que adscribimos artificialmente los seres
humanos al movimiento o a la conducta de otros seres humanos; tal punto de
vista procede del estudio de la conducta molécula y del ser humano abstraído
del contexto social. La conducta es siempre molar y el sentido es una de sus
cualidades esenciales, no algo que se agreg3 a posteriori. El proceso de
fraccionamiento o elementalización hizo qu perdiera de vista la estructura unitaria
de la conducta como acción mana en un con*exto social, cultural.

MODALIDADES DEL SENTIDO

El sentido de la conducta radica en el contexto del cual ésta emerge, decir, en el


conjunto de relaciones establecidas. Distintos tipos de relaciones establecen
distintas modalidades de sentido, tal como lo hemos presentado según el estudio
de Blumenfeld sobre el sentido en general.

Dichas modalidades de sentido de la conducta se refieren a las distintas


relaciones que tiene una conducta o una situación con otras conductas u otras
situaciones, ubicadas estas últimas en el presente, en el pasado o en el futuro.

Capítulo X Encuadres para el estudio de la

conducta

1. ENQUADRAMENTO DE CONDUTA

Um fenômeno é sempre muito complexo para ser estudado em sua totalidade, e


somos obrigados a limitá-lo ou circunscrevê-lo, fragmentá-lo ou isolá-lo, porque
se partirmos do conhecimento de que tudo está relacionado com tudo, as
relações que teríamos que capturar unitariamente.

Quando, ao estudar um fenômeno, um setor de suas relações é tomado e


focalizado sistematicamente dependendo das variáveis que estão incluídas
nesse setor, dizemos que está sendo usado um quadro de estudo, que coloca
em primeiro lugar ou em primeiro plano determinadas categorias de pensamento
que, por sua vez, são reflexos, cristalizados na experiência, de certos vínculos
reais dos fenômenos estudados.
Os enquadramentos não são apenas "princípios" ou "modelos mentais de
pensamento", mas refletem a posição filosófica do pesquisador e seu contato
prático com determinados aspectos da realidade social e do objeto que estuda.
Acrescentemos que o uso dos enquadres não é exclusivo do cientista; eles estão
envolvidos na vida cotidiana e daqui passam imperceptivelmente ao campo da
investigação científica, onde perseveram, expandem ou modificam. O que se
estuda e a maneira de estudá-lo, na medida em que são forma e conteúdo em
uma relação complicada, apresentam entre si diferentes vínculos que surgem de
um processo complexo, no qual ora o conteúdo é o fator determinante, ora
contradiz a forma.

Com essas breves antecipações, que apenas tendem a indicar a complexidade


do assunto, entraremos no tema dos enquadres, enfatizando que não
estudaremos aqui suas implicações filosóficas, mas apenas suas delimitações
como instrumentos implícitos em toda investigação (espontânea, ingênua,
científico). Sustento que, no campo científico, o que decide a validade de um
instrumento não é a filiação da ideologia que ele implica, mas sua correta
localização no processo dialético dos fenômenos, com o qual ele entra
imediatamente para enriquecer a dialética e enriquecer-se com ele, retificando
as implicações filosóficas errôneas que ele sustentava e que o sustentava.

As diferentes correntes ou escolas psicológicas situam-se em quadros


unilaterais que elas próprias contribuem e que, sendo unilaterais, levam ou já
estão providas de erros e falsas implicações ideológicas! lógico. A discussão
destes últimos recai na esfera do filósofo, que pode refutá-los e anulá-los, mas
com isso refuta-se a ideologia e não o conhecimento ou o instrumento científico
que eles aportam, mesmo tendo trabalhado com falsos pressupostos explícitos
ou implícitos. Todos os instrumentos e todos os conhecimentos devem ser
verificados cientificamente, compreendidos e localizados no processo dialético
da pesquisa e no dos fenômenos estudados.

E esta é a tarefa do cientista em que ele jamais poderá ser substituído pelo
filósofo, assim como jamais poderá substituir este último. A necessidade
metodológica e lógica dos frames tem uma característica fundamental, que é sua
vantagem e ao mesmo tempo. mesmo tempo seu defeito:
usa um pequeno número de variáveis (relacionamentos) e assume constantes
as variáveis excluídas (relacionamentos). Por isso, esses artifícios de pesquisa
que na atualidade ainda não podem ser totalmente superados exigem uma
avaliação cuidadosa dos resultados na recolocação do fenômeno em sua
totalidade original e na realidade da qual, em certa medida, foi afastado.
abstraído e simplificado. Trabalhando com eles, conseguir-se-ão instrumentos
cada vez mais fiéis, coisa que não acontecerá enquanto se fizer apenas uma
crítica filosófica e esperar-se latentemente um gênio salvador.

Os referenciais para o estudo do comportamento são muito numerosos e


trataremos aqui apenas dos mais importantes da psicologia contemporânea,
agrupados em dois tipos, de acordo com sua localização no tempo e de acordo
com o tipo de história utilizada. A diferença entre os frames baseados no repouso
ou no movimento dos fenômenos, assim como os frames descritivos e
motivacionais, também serão considerados. Outros enquadramentos
importantes, como elementalista, totalista, behaviorista, "mentalista", serão
incluídos no desenvolvimento de outros capítulos.

Esses diferentes quadros podem, por sua vez, estar relacionados a quadros
elementalistas ou totalistas, behavioristas ou "mentalistas". Em forma urna"3»
então*° 'nos relacionaremos uns com os outros, bem como com as áreas de
comportamento, os domínios (psicossocial, sociodinâmico e institucional), o
campos (da consciência, psicológico e geográfico) e com os níveis de integração
(psicológica, sociológica, axiológica, biológica, físico-química).

ENQUADRE HISTÓRICO

Actualmente, é difícil avaliar correctamente o progresso O que significou para as


ciências a introdução do quadro histórico? derrubando as concepções estáticas,
"fixistas", que supunham tudo o que existe como invariável e como algo que
existiu sempre e não poderia continuar a existir de outra forma, invariável. Isso
se referia ou englobava todos os fenômenos, tanto da natureza como
organização social, regime político, leis, etc.

Sem a intenção de realizar um estudo, nem mesmo moderadamente exaustivo,


do cenário histórico, devemos, no entanto, discriminar diferentes significados do
mesmo, no que diz respeito especificamente ao estudo do comportamento.

A) De maneira bastante geral e ampla, o cenário histórico é entendido como a


descrição, história, memória ou reconstrução, feita de forma Série cronológica
de eventos, comportamentos, circunstâncias. Dentro psicologia, usada neste
sentido, deve-se distinguir entre a história ou "as" histórias contadas, lembradas
ou reconstruídas pelo sujeito e a história que realmente aconteceu, e valor deve
ser dado a ambos, tanto em suas coincidências como em suas discrepâncias e
contradições. É, em suma, em todos os casos, a partir do estudo ou investigação
do curso de conduta e/ou eventos (sejam psicologicamente, conscienciosamente
ou geograficamente e em seus relacionamentos).

O relato, descrição ou memória deve, por sua vez - para um estudo intenso- ser
investigado com base na situação atual em que relaciona, descreve ou lembra,
e considera essas manifestações como comportamentos atuais. Expandiremos
essas considerações referindo mais para o quadro situacional, mas a partir de
agora é necessário esclarecer que o relatar, descrever ou relembrar a história é
reproduzi-la e revivê-la (em diferentes áreas) eventos passados, porque a
história não é reproduzida, mas como uma resposta ou emergente de uma
situação atual da qual o sujeito é um membro.

B) O cenário histórico é, porém, muito mais do que isso: investiga ou deriva uma
lógica ou uma relação entre diferentes comportamentos, fenômenos ou eventos
ocorridos ao longo do tempo. Aqui devemos ainda reconhecer três formas de
valor diferente:

a) Aquele que estabelece relações entre diferentes momentos de uma mesma


comportamento (considerado em uma única área, ou em suas diferentes
modalidades sucessivos); é o caso quando se estuda, por exemplo, locomoção,
desde o nascimento até o domínio da posição ereta, ou quando a apresentação
sucessiva ou alternada de ansiedade, angústia e medo, como modalidades de
um único tipo de reação. O caso em que aparece em diferentes áreas ocorre ao
estudar, por exemplo, um traço de caráter de um menino (psicossocial) em
relação à estrutura de sua família (sociodinâmico).

b) Aquele que estabelece relações ou vínculos entre diferentes manifestações


surgiram ao longo do tempo, seja na mesma ou em diferentes áreas da conduta;
Neste caso, um determinado comportamento deixa de ser estudado em termos
de suas mudanças, mas se estabelecem relações com outros comportamentos
que aconteceram ou precederam. O vínculo ou relação que se estabelece não é
causal, mas a de serem manifestações de um único processo ou do mesmo
conflito; é o caso do menino cuja tendência e necessidade de quebrar coisas em
casa está relacionado ao aparecimento de dificuldades escolares ou, mais
depois, roubando dos vizinhos, quando esse primeiro comportamento passa.

A sucessão não estabelece uma relação de causa e efeito, mas são


manifestações, por exemplo, de abandono emocional em casa. este significado
também é usado no caso que relaciona, por exemplo, o tremor de um sujeito
com a dor de cabeça que a substitui e depois com a loquacidade, todas as
diferentes manifestações da mesma situação de conflito que o sujeito não pode
resolver.

c) Aquele que estabelece relações e postula inferências entre comportamentos


que se repetem no decorrer do tempo, na história de um indivíduo, grupo ou
coletividade, seja da mesma forma ou da mesma forma em seus resultados. Isso
é o que Freud chamou de compulsão à repetição; o caso, por exemplo, do
indivíduo frustrado em repetidos namoros, rejeitado por professores diferentes,
e o menino isolado pelos irmãos e carente de proteção por seus pais. O link não
é dado apenas por um padrão de comportamento que se repete, mas também
porque ele próprio é um agente na estruturação de situações semelhantes, e na
promoção de comportamentos de rejeição em o vizinho ou as pessoas que ele
ama. A relação também não é, neste caso, da causa ao efeito, mas são todos
os comportamentos promovidos por um conflito comum estereotipado. Nem é o
passado que age como causa do presente, mas os padrões de comportamento
do sujeito também são atuais, embora estereotipados, configurando campos que
também estão presentes iterativo.

C) Uma terceira modalidade é o estabelecimento de um relacionamento, ou uma


ligação causal ou significativa entre diferentes comportamentos ou eventos de a
vida do sujeito. Este é um significado atualmente predominante quando falamos
do cenário histórico em forma genética, isto é, derivando o presente do passado,
de forma significativa ou causal. E, neste último caso, ele se sobrepõe ao quadro
motivacional dinâmico, que estudaremos mais adiante.

No exemplo anterior, e de acordo com esta terceira modalidade, seria dado


como causa da rejeição sofrida pelo sujeito em seus namoros, o historicamente
sofreu rejeição em casa quando criança, ao invés de considerar -como no caso
anterior- que ambas a rejeição, em diferentes idades, obedeça a outra causa.
Neste mesmo exemplo, o nexo de personagem significativo aparece quando
eventos históricos esclarecem um evento presente, na medida em que adquirem
sentido como estilo de vida, ou em quanto um sentido comum pode ser deduzido
de todos esses episódios de rejeição:

a de buscar o castigo, sem que esta seja a causa, mas sim expressão de uma
situação de conflito. O quadro histórico foi e é o tradicionalmente utilizado pelo
método clínico e constitui uma das bases fundamentais sobre as quais
psicanálise apoiada e construída; nele a história é uma explicação do presente
pelo passado e, principalmente, do presente adulto pelo passado de infância.
Freud não descartou, em sua teoria das séries complementares, outros fatores
causais, mas deu preferência em sua pesquisa à história das crianças, não como
uma simples sucessão cronológica de comportamentos e eventos, ou uma
coleção de fatos (crônica), mas com um nexo de significado e causalidade.

Assim, a psicanálise apenas contribui, enfatiza e promove a importância da


história e investigação de o que aconteceu -para pesquisa e terapia- mas fornece
uma forma específica de entender, de lidar com essa história, ou seja, um teoria
histórica do presente, bem como uma teoria da história individual, estabelecer
certas relações causais entre eventos de ordem diferente e momentos diferentes
da vida; Embora tenha prevalecido em A psicanálise é o estudo da história
individual (psicossocial), na qual um comportamento atual é explicado por
comportamentos passados da mesma indivíduo, tal abordagem se amplia
progressivamente com a história total do grupo familiar, bem como em outros
grupos sociais e instituições (sociodinâmica e institucional).

O behaviorismo também utilizou o quadro histórico, que Kantor chama de


"biografia reacional", ou seja, a história do comportamento do indivíduo. K. Lewin
considera que ter enfatizado o passado como causa de os fenômenos se deviam
ao medo de cair na "metafísica da teleologia"; para ele, essa ênfase no passado
é uma das razões para o desenvolvimento do associacionismo e sua derivação
na repetição, por exclusão do propósito e direção do comportamento,
considerados como teleologias. A rigor, e isso também ocorre na psicanálise, o
cenário histórico é também um quadro histórico-genético, mas é conveniente
examiná-los separadamente e distinguir um do outro; da mesma forma o quadro
evolutivo é também histórico, mas devido à sua importância é estudado
separadamente.

RESUMO DO QUADRO HISTÓRICO E SEUS SIGNIFICADOS

A) Descrição, relato, memória ou reconstrução de eventos e/ou


comportamentos. Pode referir-se a uma ou a todas as áreas de comportamento,
campos de estudo (psicossocial, socio dinâmicos e institucionais), ou níveis de
integração. A maior importância desta modalidade de enquadramento histórico
é dada pela discriminação entre campo geográfico, psicológico e de consciência;
tudo pode ser usado ou apenas um deles. Outro fato importante a ser
considerado são as características do momento presente a partir do qual se faz
a descrição, história, memória ou reconstrução.
Refere-se ao estudo dos fenômenos a partir de sua origem; isso implica suponho
que todo fenômeno ou objeto tem uma última ou primeira origem, que é possível
detectar ou localizar, e antes do qual não existia. A tradição religiosa de tal
abordagem é muito evidente, no sentido de que supõe que cada existente tem
origem própria e exclusiva, negando a relação e transformação de todos os
fenômenos. para concepção genética mais ortodoxa, cada espécie e cada
fenômeno natural tem uma origem própria e exclusiva no passado, remontando
à criação divino. Aplicado com tanto rigor, o arcabouço genético é atualmente
insustentável, porque sabemos que não existe tal origem primeira ou absoluta,
mas, na inter-relação de todos os fenômenos, certos momentos históricos
podem ser tomados como pontos de partida -genéticos-, mas de forma relativa
e não absoluta; ou seja, no decorrer vez que algum momento aparece como mais
significativo ou decisivo.

O estudo genético da locomoção - por exemplo - pode ser referida como


momento em que a criança adota a posição ereta, bem como no momento em
que rasteja ou aos movimentos da vida intrauterina. O arcabouço genético
rigorosamente mantido corresponde a uma atitude predominante no campo
científico durante o século XIX, na que o mais importante era investigar o ponto
de partida de cada objeto, espécie, instituição social (Estado, família,
propriedade, etc.) conexão com a abordagem metafísica que considera todos os
fenômenos como isolados e cada um com sua iniciação e percurso próprio e
individual, estabelecendo relações a posteriori entre eles. Separamo-lo do
cenário histórico, porque este último pode ser usado independentemente da
genética, embora com grande frequência nenhuma diferença é feita entre os dois
e uma fala - como no caso da psicanálise - de um método histórico-genético, em
que a envolve investigar não apenas a origem de um fenômeno, mas também a
continuidade do mesmo.

Alguns psicanalistas, como Hartmann e Kris, adotam também o critério da


conveniência de separar e fixar sua autonomia. Esses autores caracterizam o
arcabouço genético dizendo que ele "descreve como uma condição sob
observação se originou do passado individual e desenvolvido ao longo do
tempo", acrescentando que a genética descreve como em uma situação passada
uma solução específica foi adotada, por que foi mantido como um padrão de
conduta, e que relação existe entre esta solução e o desenvolvimento posterior.
D. Rapaport, em um estudo sobrepõe o cenário genético com o evolutiva e lhe
dá o sentido de epigênese, ou seja, que as qualidades psjlógicos não existem
pré-formados nem têm um ponto de origem absoluto em vez disso, eles são
gradualmente constituídos no curso do desenvolvimento.

Em um' artigo em colaboração com M.M. Gilí, esses autores definem o ponto de
visão genética como "a exigência de que toda explicação psicanalítica de todo
fenômeno psicológico inclui proposições sobre sua origem e desenvolvimento
psicológico. Freud não incluiu o cenário genético em sua metapsicologia, nem
10 expressamente definido, mas em um de seus artigos de 1913 ele diz que
psicanálise "consiste na redução de um produto psíquico a outro que o
precederam no tempo e a partir do qual ele se desenvolveu". método
psicanalítico não conseguiria suprimir um único sintoma patológico se não
investigou sua gênese e desenvolvimento, e assim a psicanálise teve que ser
orientada desde o início para a investigação de processos evolucionário.

Assim, ele primeiro descobriu a gênese dos sintomas neuróticos e, em seu


progresso, teve que expandir seu raio de ação para outros produtos psíquicos e
realizar com eles o trabalho de uma psicologia genética. Para Piaget, a genética
implica que todo fenômeno deve ser estudado. do ângulo de seu
desenvolvimento no tempo, ou seja, como um processo contínuo no qual nem o
começo nem o fim podem ser fixados. O quadro genético é, então, um quadro
histórico, mas aquele que tende ao estudo da origem relativa de um fenômeno e
seu desenvolvimento no ao longo do tempo, sobrepondo-se assim, em parte, ao
enquadramento evolutiva e também com a dinâmica, pois iremos estudá-la mais
vá em frente; essa sobreposição também ocorre no criador do termo "psicologia
genética", J. M. Baldwin. O mais característico do quadro A genética é a
referência para a pesquisa de origem. Sua suprema importância é destacada no
quadro da continuidade genética.

ENQUADRE EVOLUTIVO

É um cenário histórico, de tal forma que muitas vezes se fala dele histórico-
evolutivo, mas devido à sua importância é considerado separadamente; Abrange
de forma unitária todos os fenômenos e todos os campos científicos, e tira
grande incremento dos estudos, fundamentalmente, Darwin em biologia,
Spencer em psicologia e H. Jackson em neurologia postula que o
desenvolvimento de um fenômeno não é uniformemente contínuo, mas
apresenta descontinuidades ou saltos, que são resultado da acúmulo crítico de
mudanças graduais e permanentes, de tal todo o fenômeno pode ser estudado
em termos de níveis evolutivos e graus de variação dentro deles.

A estrutura evolutiva pode ser aplicada tanto para um comportamento


(linguagem, por exemplo), quanto para um individuo como totalidade, a uma
espécie, a todas as espécies, a todos os fenômenos vivos, a tudo o que existe,
relacionando fenômenos inorgânicos e orgânicos; constitui uma verdadeira
teoria geral, muito vasta e ampla, cuja características que apresentaremos
brevemente. A estrutura evolucionária sustenta que fenômenos complexos
foram desenvolvidos a partir de fenômenos extremamente simples, passando
progressivamente por níveis.

Cada nível subsequente é mais complexo, mais organizado, mais integrados,


mais lábeis ou instáveis, mais diferenciados, mais heterogêneos e especializada.
Níveis mais altos de integração excedem, mas conter todos os itens acima, de
forma que estes não são totalmente abolidos. Cada nível superior de integração
apresenta novas qualidades ou propriedades, que não estavam presentes nas
anteriores.

Os diferentes níveis de integração quando estudados no desenvolvimento de um


indivíduo, de uma espécie, são chamados de ontogênese, enquanto que o
estudo do desenvolvimento das diferentes espécies como em diferentes níveis
evolutivos de integração é chamado filogénese. A ontogênese reproduz a
filogénese: é o postulado ou princípio de Serres, popularizado por Haeckel como
lei biogenética, e ao qual Perrier chamou a lei do clientelismo.

Historicamente, a teoria da evolução era, no passado, quase tudo. o oposto do


que significa hoje: afirmou a velha teoria de pré-formação, com conteúdo oposto
ao da teoria da epigénese, desenvolvendo a suposição de que todo fenômeno já
existe, totalmente ou totalmente formado, no germe do qual procede; evolução,
aqui, ele não faz nada além de "desembrulhar" o que foi "embrulhado", mas não
há verdadeira criação de qualidades ou fenômenos novos e originais. Estudando
o conceito de evolução em seu sentido amplo, Bidney enumera três princípios
inter-relacionados, que foram formulados em o decorrer do tempo:

a) Princípio dos níveis: postula que todos os existentes podem ser classificados
em uma escala de acordo com seu grau de perfeição.

b) Princípio da continuidade: formulado por Kant, estabelece a existência 0,3 de


uma transição entre todas as espécies, por um aumento gradual na a
diversidade.

c) Princípio da plenitude: postula um máximo de diversidade na enorme da


natureza.

Quando a) e b são combinados, chegamos à noção de um "continuum


hierárquica", isto é, níveis em que os fenômenos constituem séries Eles diferem
em grau, mas não em qualidade. Os princípios b) e c) não são necessariamente
complicados; a) e c) são compatíveis com uma metafísica estático, em que o
tempo é secundário, tanto quanto com uma cosmologia dinâmico. Por outro lado,
o tempo da cadeia biológica é compatível com a ideia de espécie fixa.

É então que se combina o princípio do "continuum hierárquico" (a e b) com a


hipótese de um processo temporal natural, quando formula o princípio evolutivo
da transformação das espécies. Se a existência de níveis independentes e que
não têm nada em comum um com o outro, chegamos à teoria emergente da
evolução, formulado por G. H. Lewes e C. L. Morgan e apoiado por Alexander
McDougall; é caracterizada pelo fato de que cada um dos níveis sai (emerge) do
outro, sem que seja uma produção no sentido de uma relação da causa ao efeito.
O evolucionismo emergente recebe, por outro lado, a impulso da concepção
bergsoniana de "evolução criativa".

Por Piaget, a teoria da emergência tem uma relação imediata e direta não
apenas com a teoria da forma, mas também com a filosofia fenomenal, em que
a emergência se dá por uma reestruturação do campo total, como se apelar para
a Gestalt fosse realmente uma solução real. O comportamento também está
sujeito a esse processo de integração por níveis progressivos, nos quais se torna
mais diferenciado, discriminado e integrado, e esse processo pode ser
acompanhado tanto no plano psicológico, bem como em níveis neurológicos.
Como o comportamento todas as funções, bem como a personalidade total, têm
a mesma integração, desenvolvimento e organização por níveis.

Não só a progressão é feita com uma organização sistemática de níveis;


desorganização também não é feita de forma caótica, mas por uma regressão a
um nível anterior já superado. Isso permitiu estudar sistematicamente doenças
e distúrbios comportamentais (bem como distúrbios neurológicos) como uma
regressão ou reativação dos níveis que eram normais no curso do
desenvolvimento, ou seja, que as doenças ou distúrbios comportamentais não
são feitos aleatoriamente, mas seguindo uma certa sistemática.

O nível imediatamente anterior não deve ser usado como explicação causa da
organização do nível evolutivo que o continua, porque o a evolução não é por si
mesma uma força que origina o desenvolvimento; a explicação total dos
fenômenos de um determinado nível, pela organização do nível imediatamente
acima, constitui o que se chama de "reducionismo", que aliás não tem faltado no
caso da psicologia, anunciando assim sua anulação total, pelo fato de
fenômenos psicológicos em nível neurológico; mas ao fazê-lo, qualidades que

eles são específicos ao nível psicológico de integração.

Nem a evolução nem a regressão explicam a gênese ou a causa de um


comportamento ou um sintoma; eles apenas nos fornecem as diretrizes em que
quais fenômenos ocorrem e se - como no caso de doença ou do sintoma-
constituem reativação de níveis de integração superados e, portanto, podem ser
considerados como comportamentos arcaicos, é apenas a situação presente que
confere motivação e significado do aparecimento desses comportamentos
arcaicos. No campo da psicopatologia, Em vez da lei biogenética fundamental
de Haeckel, apresenta a chamada teoria da recapitulação, segundo a qual "a
doença mental é a repetição de uma vida orgânica especial e característica de
períodos mais baixo da evolução natural." (Carus.)

Na estrutura evolucionária da psicologia, é preciso encarar fundamentalmente


dois problemas básicos: um, o de determinar a estrutura as várias fases do
desenvolvimento, e outra, para estabelecer a ordem genética do mesmo. A
estrutura evolutiva facilita ou possibilita estudos comparativos entre a
organização psicológica da criança, do homem primitivo, de certos animais mais
evoluídos, bem como diferentes estados anormais.

O a regressão nem sempre é patológica, mas há uma oscilação funcional entre


diferentes graus de organização de um dado fenômeno: é o caso sono, sonho,
fantasia. Da mesma forma, é preciso considerar que nem todos os aspectos da
personalidade são sempre desenvolvidos no mesmo grau de organização, mas
pode haver desigualdades notável, por exemplo, entre um alto grau de
desenvolvimento da vida intelectual e alto grau de infantilismo ou imaturidade
afetiva.

ENQUADRE SITUACIONAL

Também chamado de a-histórico ou sistemático por K. Lewin, postula que um


fenômeno é resultante de um campo presente, isto é, da totalidade de fatores
coexistentes e mutuamente dependentes ao mesmo tempo dados. Se um
fenômeno ocorre em um determinado momento, as causas do mesmo estão
presentes naquele momento. Um campo, definido desta forma, é na verdade
uma seção transversal e hipotética de uma dada situação; ou seja, é um
momento de um processo, de tal forma que o estudo completo seja alcançado
quando o processo de momentos sucessivos.

Isolar o campo (o momento) do processo total leva a se opor artificial e


estaticamente com o presente, o quadro situacional com o histórico, genético e
evolucionário. Certamente, como reação aos abusos do historiéismo, o quadro
situacional é usado contra o histórico-genético, mas ambos estão tão em
oposição e tão relacionados quanto o presente com o passado a totalidade de
um fenômeno só pode ser englobada na conjunção de ambos os quadros, em
uma interação dialética em que o presente é permanentemente transformado
em passado, e este, por sua vez, vive e opera no presente; mas o quadro
situacional introduz uma ordem metodológica de extrema importância, pois
enfatiza o estudo do que está acontecendo agora, aqui, isto é, no presente tempo
e lugar.

O comportamento é um processo que deve, portanto, ser estudado em termos


de do tempo, ou seja, de acordo com a dialética passado-presente. O
enquadramento situacional não exclui a importância da história e prospectivo,
considera-os permanentemente ativos no campo atual, e somente nestas
condições existem fatores envolvidos na produção de a conduta. O passado se
atualiza com base no presente e se integra com a; o último implica um dado
momento ou organização da história, porque do ponto de vista psicológico o
passado não é um, mas que, de acordo com as condições atuais, um segmento
do mesmo seja atualizado ou está organizado de uma determinada maneira.

Não há situação sem história, mas as experiências passadas que compõem o


campo atual dependem a organização deste "aqui-agora". Da mesma forma que
acontece quando cada geração "reescreve" ou reinterpreta a história,
atualizando os fatores dos mesmos que são reativados em uma determinada
estrutura social. A investigação do comportamento exige uma descrição correta
e profunda da situação total da qual emerge; a omissão deste requisito dá origem
ao abstracionismo e a generalizações equívocas, porque quanto mais abstratos
os comportamentos, mais eternas as categorias e mais estáticas as essências.

O quadro situacional abriu, ou expandiu, a possibilidade de pesquisa em


psicologia em condições experimentais. Não é possível aplicar o método
experimental a eventos históricos; Isso apenas é possível quando podemos lidar
com variáveis presentes e atuais, possibilidade que foi aberto com o uso
sistemático do quadro situacional. Tornou-se o instrumento com o qual, por
exemplo, a sessão psicanalítica pode ser usado como uma situação
experimental de investigação.
A psicanálise formula suas teorias no marco histórico-genético, sua técnica de
trabalho e pesquisa (sistematicamente na transferência) uso consistente do
quadro situacional: todo o comportamento do nascente é um emergente da
situação total, do campo configurado "aqui e agora", e todos os elementos
históricos que aparecem não são tomadas em si mesmas, mas como elementos
de reativação ou atualização do campo atual.

O comportamento que é repetido (transferência!) sempre integrando uma


estrutura presente, original e original deste "aqui e agora"; essa repetição de um
comportamento tem a mesma validade que a lembre-se: são regressões ao
passado, mas são comportamentos presentes com causas atuais, que devem
ser estudadas como tal. O cenário situacional nem sempre implica o
estabelecimento da causalidade do comportamento que está sendo estudado,
porque o que é lembrado pode ser significativo (pode aludir) às condições atuais,
que não podem ser capturados e tornados explícito como tal.

QUADRO PROSPECTIVO

Ele não teve um aprofundamento específico na psicologia moderna, de acordo


com a tradição filosófica que desde muito antiga traz esta concepção, mas em
todo caso ela está envolvida, implicada ou até certo ponto em alguns
desenvolvimentos de pesquisa. A teleologia afirma, fundamentalmente, a
existência e a importância das causas finais em oposição à causalidade
mecanicista; e esta oposição foi, sem dúvida, favorecida pela estreiteza
conceitual do mecanismo.

A existência independente não é aceita atualmente e oposto de um determinismo


causal e um determinismo teleológico, já que esta se resolve na dialética da
primeira. Para o comportamento, a teleologia é especialmente importante,
porque afirmação da existência de um propósito e um significado nos fenômenos
orgânico e psicológico sempre foi considerado como uma posição metafísica e
anticientífica, porque é anticausal.

Felizmente este aperto foi superado e podemos admitir que o comportamento é


orientado para algo, um fim e um objeto, sem que tenhamos que recorrer a
poderes ou entidades estranhas aos próprios fenômenos. no campo da conduta
está contido tanto o presente como o passado e as tendências para uma futuro,
em direção a um objetivo ou propósito; mas esta tendência para o futuro é
incluído como um elemento presente, no campo atual (no qual condicionamento
intervém), e não como um elemento isolado, sobreposto, que age por si mesmo,
como causa final.

Ou seja, o futuro não é uma causa de por si só, mas interage no campo presente
e por sua vez emergente da mesmo. Seguindo um mandato de L.K. Frank, K.
Lewin chama de "perspectiva temporal" a essa inclusão do passado e do futuro
no campo psicológico Parece-nos preferível falar de um quadro prospectivo, que
no termo teleologia a vantagem de evitar um esclarecimento filosófico que deve
ser repetido com insistência; trata-se de descrever um fenômeno um quadro e
não ser afiliado à teleologia ou teleofobia.

Adler, em sua Psicologia Individual, deu lugar de destaque ao objetivo que cada
indivíduo tem na vida, ou seja, os objetivos que cada um se propõe a alcançar.
Este objetivo intervém de forma muito predominante na configuração do
comportamento presente, como uma espécie de dirigir ou dirigir ficção. Isso faz
com que o indivíduo use um tipo de "técnica" que lhe é peculiar, e com a qual
tende a atingir os objetivos que o compensem pelas inferioridades que o sujeito
traz desde a infância; essas "técnicas" são o que Adler chamou de "estilo de
vida".

Adler rejeita todos os critérios explicativos de natureza causal, para colocar-se


decididamente em uma teleologia ou determinismo finalista e, para para ele, todo
o comportamento do ser humano – normal e patológico – só pode ser entendido
em termos dos objetivos perseguidos com ele.

Embora não da forma exclusiva que Adler coloca, a liderança que ele estudou
foi incorporado por Dembo, especialmente na psicologia social, como fator
importante do comportamento do ser humano, com a denominação de "nível de
aspiração". Isso descreve a tendência do ser humano para alcançar
continuamente uma superação do que já foi alcançado, e esse propósito é um
importante determinante do comportamento, com o qual que tende a criar novos
campos de interesse, instabilidade e tensão.

O nível de aspiração inclui o conjunto de expectativas que o sujeito tem, e com


base nisso ele aumenta sua luta ou se sente mais frustrado em desde que não
te satisfaça. Ou, mesmo satisfazendo-o, renova-se um nível novo e superior.
Este fator prospectivo tem um alto condicionamento cultural, tanto em suas
qualidades quanto em sua intensidade de qualquer forma, como fator
prospectivo é um elemento atual que integra o campo atual em que o
comportamento se desenvolve. E na realidade, toda a teleologia é, em última
análise, resolvida na causalidade.

É o enquadramento que, actualmente, melhor se presta ao estudo detalhada e


para a pesquisa comportamental como um processo; não se trata realidade de
um quadro totalmente novo, mas de uma integração ou sistematização dialética
de todos os anteriores. No continuum genético estuda-se a estrutura dos campos
psicológicos sucessivos, de tal forma que para que, além do estudo de cada
campo como uma lembrança em si, estuda o desenvolvimento progressivo da
estrutura de cada campo desde o anterior. Desta forma, estabelecemos uma
ligação gradual entre o presente e o passado, bem como com o futuro
psicológico.

Continuidade genética abre grandes possibilidades de pesquisa em psicologia,


alguns dos quais já foram postos em prática, tanto em psicanálise como na
pesquisa topológica, especialmente.
Podemos dizer, de forma sucinta, que nos quadros relacionados ao tempo. As
contradições, incompatibilidades e exclusões são apresentadas eles são
considerados metafisicamente, isto é, isoladamente, e não dialeticamente.

As melhores condições de interação são cobertas, em si possibilidade de


corrente máxima, devido ao enquadramento da continuidade genética em que
resolve antinomias estáticas em um processo e que permite trabalhar e atuar em
psicologia com grande ajuste metodológico, pois é a estrutura que melhor integra
as demandas do método científico, sem retirar sua especificidade para os
fenômenos. S. Isaacs dá, em uma de suas publicações da qual agora
apresentamos um resumo, uma exposição do que consideramos o método de
estudo com o quadro de continuidade genética, estabelecendo uma entre os
métodos de observação e a técnica analítica, através três princípios
fundamentais:

a) consideração de detalhes;

b) observação do contexto;

c) estudo da continuidade genética.

No que diz respeito ao primeiro deles, os requisitos do técnica analítica com as


da observação psicológica, na necessidade de observação precisa de detalhes
e pistas, qualquer que seja o tipo de fenômeno que está sendo investigado. Este
princípio é ilustrado por pesquisas de Gesell, Shirley, Bayley, Winnicott,
Middlemore, entre outros. Estão muito importantes as modificações técnicas
usadas na psicologia para facilitar o exame cuidadoso, observação e registro de
detalhes de a conduta.

O princípio de observar e registrar o contexto remete à necessidade de


observaçõesdetalhadas precisas de "todo o ambiente em que o mesmo
(comportamento) se desenvolve, em seus aspectos sociais e emocionais.
Observe, quando aparece uma manifestação, quem está presente ou ausente
naquele momento, a relação do sujeito com outras pessoas, a natureza ou
caráter da situação, tendo sempre em mente que aquilo que age não nunca é
apenas um estímulo isolado, mas uma situação total na qual o estímulo é um de
seus membros.
Exemplos deste tipo de sistema S. Isaacs os encontra nas obras -entre outras-
de Freud, Goodenough, Valentim, M.M. Lewis, L. D. Murphy. Todos consideram
os detalhes de comportamento no contexto total. O terceiro princípio, o da
continuidade genética, referido por J. Riviere em 1936, é igualmente importante
em estudos psicológicos e psicanalítico; refere-se ao fato de que qualquer
fenômeno gradualmente se desenvolve a partir dos anteriores, incluindo neste
tanto o comportamento como o contexto. Como sublinha S. Isaacs, o princípio
da continuidade genética "é um instrumento concreto de conhecimento".

Nós impõe não aceitar qualquer fato particular da conduta ou processo mental
como sui generis, já feito, ou surgindo de repente, mas considerá-lo como parte
de uma série evolutiva. O conjunto desses três princípios detalhados por S.
Isaacs constitui Para nós> as características de uma metodologia rigorosa e
detalhada que ocorre no que designamos como o quadro de continuidade
genética.

A todos esses elementos técnicos soma-se, na técnica psicanalítica o estudo


especialmente realizado sobre a relação emocional do analisado com o analista,
pois este (a transferência) se transforma em instrumento fundamental para
observar in situ o comportamento, o contexto E sua continuidade genética, de tal
forma que não temos confiar em terceiros para coletar dados. mesmo na
transferência manifestações e comportamentos passados permanecem sob
observação direta, mas que se manifestam "aqui e agora", com a vantagem de
podermos não apenas observá-los em detalhes, mas também observar o
contexto e a continuidade genética. Soma-se a tudo isso a possibilidade de
apresentar um verificação, quase experimental, das hipóteses ou deduções que
inferimos na investigação, introduzindo modificações (variáveis) e examinando
as respostas.

Em outras palavras, temos no mesmo quadro a possibilidade de um estudo


detalhado do quadro situacional, o prospectivo, o genético, histórico e evolutivo,
com o qual ratificamos nossa tese de que todos esses quadros separados, e as
escolas que os sustentam na forma exclusivos e excludentes, derivam do
desmembramento ou "elementarização" de um processo dialético único, múltiplo
mas unitário; algo acontece semelhante ao caso em que um objeto duro e
brilhante forma duas "escolas" opostas: a de "dureza" e a de "brilho". Por outro
lado, ao refazendo o processo original em um único quadro, enriquecendo cada
um de seus fases no tempo, com observações feitas em outras fases, vantagem
que se anula na separação dos quadros em passado, presente e prospectivo,
visto que alguns fatores que não podem ser discriminados ou observar no
contexto (situacional), eles são distinguidos na sucessão genética, e vice-versa,
de forma recíproca e aprimorada.

O quadro de continuidade genética, bem como todos os quadros isolados


derivados dele por "elementarização" podem ser usados tanto para o estudo de
uma ou de todas as áreas do comportamento, todas as áreas (psicossocial,
sociodinâmica ou institucional), todas níveis de integração e todos os campos
(psicológica, consciência e geográfica).

ENQUADRAMENTO DINÂMICO

Assume grande importância na psicologia contemporânea, pois vai nutrir e


desenvolver torna possível a tal ponto que, para muitos modernos é sinônimo de
psicologia dinâmica. Tem origem como reação contra o quadro estático da
psicologia tradicional e, com o surgimento permite o desenvolvimento
consistente de todos os quadros no tempo também preparando o terreno para o
enquadramento dramático. são contados entre seus predecessores imediatos,
Bergson, Roustan, W. James, para quem o fenômeno psicológico é
caracterizado por ser uma corrente ou um fluxo em movimento contínuo.

É decididamente imposta com o advento da psicanálise, mas não se sobrepõe


totalmente a ela. O termo dinâmico, usado em psicologia, implica vários
significados, que é essencial distinguir e não sobrepor indiscriminadamente, para
evitar erros e confusões.

a) Um primeiro significado é aquele que usa a palavra dinâmica em oposição ao


estático e significa o estudo do comportamento como um processo, em
movimento, em suas mudanças e transformações. Este estudo de
comportamento como um processo, e não como uma coisa, significou um
importante na psicologia, pois permite investigar as modificações e mudanças
comportamentais, como fenômenos integrantes de um único processo unitário;
também nos permite considerar a continuidade entre o que normais e
patológicos.
b) Um segundo significado é aquele reservado para o termo dinâmico para a
redução de todo fenômeno às forças que o originam e o condicionam. O termo,
assim como este significado, derivam da física mecanicista, em que o movimento
é sempre considerado causado por forças externo e independente dos objetos
que são movidos. o antecessor mais importante neste quadro é Herbart e, mais
modernamente, podemos citar os estudos de P. Janet, Freud, K. Lewin.
Incluímos aqui também, os desenvolvimentos não apenas em função de forças,
mas também de energias e tendências (Ribot, Hoffding, McDougall, Monakow,
Jung, W. James).

Freud aderiu estritamente ao esquema mecanicista e em 1926 define, na


Enciclopédia Britânica, o ponto de vista dinâmico da psicanálise como um
derivado "todos os processos psíquicos - exceto a recepção de estímulos
externos - de uma interação de forças que estimulam ou se inibem mutuamente,
que se combinam, que estabelecem transações uns com os outros, etc Todas
essas forças têm originalmente o caráter dos instintos, ou seja, são de origem
orgânica".

Freud, o processo de comportamento é o resultado de uma interação de golpes


de Jack e essas forças são os instintos. Embora o próprio Freud estivesse ciente
do caráter relativa e hipotética deste esquema teórico, era sem dúvida muito útil
na pesquisa, e graças às descobertas de fatos com essa mesma teoria dinâmica
dos instintos, estamos hoje em condições para substituí-lo.

Fenichel, discípulo de Freud, embora não aceite o instinto de morte, incorpora


esse conceito de dinâmica, mas não o distingue claramente do significando que
vimos acima e diz que "a psicologia psicanalítica explica os fenômenos psíquicos
como resultado da ação recíproca e da ação oposta de forças, ou seja, de forma
dinâmica. Uma explicação dinâmica é ao mesmo tempo genética, pois não só
examina um fenômeno como tal, mas também as forças que o produzem.

Não estuda atos isolados; estuda os fenômenos em termos de processo,


desenvolvimento, progressão ou regressão.

Acreditamos que essa distinção é fundamental, pois na psicologia


contemporânea há uma tendência a conservar o primeiro significado e a
abandonar a segunda. Parece que, como seres humanos, temos uma dificuldade
que só muito gradualmente superamos, e que se apresenta sistematicamente na
pesquisa científica, em todos os campos: observamos fenômenos concretos e
teorizamos como se estivéssemos estudando enteléquias; só numa fase
posterior, e muito gradualmente, reduzimos a nossos esquemas teóricos à
realidade concreta.

Assim, agimos como crianças que vêem seus pais deixarem seus brinquedos à
noite e continuam acreditando que são os sábios que os deixaram, ou como uma
pessoa que por exemplo traduzindo para o inglês um texto escrito em espanhol,
portanto, acredito que o texto está escrito em inglês.

A concepção topológica de K. Lewin é também dinâmica e recorrente ao conceito


de força, mas de forma diferente de Freud. Para este último, as forças originam
os fenômenos, enquanto para Lewin as forças derivam das inter-relações que se
estabelecem, a cada momento, entre os elementos coexistentes em cada
campo, ou seja, que não têm existência independente ou autônomo; Dessa
forma, ele se aproxima do conceito mais atualizado e mais rigorosamente
científico do que o conceito de força tem nas ciências naturais. Para diferenciá-
los, chamaremos o usado por Janet e por Freud, quadro dinâmico causal, e o
usado por K. Lewin, dinâmica vetorial. Este último também inclui Tolrnan
representante do behaviorismo moderno, com seu conceito de "pulsão"'

c) Um terceiro significado de dinâmica refere-se a todo estudo psicológico que


foca seu estudo nas motivações do comportamento. são compreendidos
facilmente do que se for sustentado que as motivações para o comportamento
são dado por forças, as diferenças existentes entre o significado dinâmico-causal
e o que agora apresentamos; mas é melhor manter a distinção, pois essa
diferença é fundamental, pois nem sempre sobreposição, e o estudo das
motivações concretas e reais do seres humanos, claramente diferenciados das
forças consideradas motivações, é o que introduz uma clivagem fundamental
entre o enquadramento dinâmico e dramático.

QUADRO DRAMÁTICO

Significa conduzir o estudo do comportamento em termos de experiência, de


acontecimento ou de evento humano, ou seja, dentro do mesmo nível de
integração em que realmente ocorre; implica, portanto, manter a descrição e o
estudo do comportamento no nível psicológico. foi promovido por G. Politzer, e
suas peculiaridades coincidem plenamente com as de comportamento no nível
psicológico de integração.

Assim como o conceito de comportamento centraliza toda a psicologia e tem


sido, como um fenômeno -explícita ou implícita, consciente ou
inconscientemente ponto de partida de todas as escolas psicológicas, bem como
o caráter dramático do comportamento é o ponto de partida de todas as correntes
e todos os enquadramentos da psicologia; É o fato comum de da qual derivam
todas as teorias e todas as descrições.

Após muitos anos de desenvolvimento científico da psicologia, nos


encontraremos novamente no ponto de partida: reconhecer que os fatos eles são
o que são, e que devem ser estudados como tal. Mas agora o ponto é lúcido
desde o início, não inconscientemente contido. O quadro dramático implica a
exigência metodológica de usar e preservar a descrição psicologia, em todos os
campos da psicologia, sem recorrer a um "redução" neurológica, físico-química
ou mitológica. Agora os dados com o que temos que trabalhar em psicologia são
os fatos psicológicos.

A continuidade genética pode ser dinâmica e dramática, da mesma forma que


podem ser isolados ou individualmente, cada um de quadros no tempo. As
correlações entre drama e dinâmica são múltiplas, e algumas totalmente
exclusivo.

Exemplos:
Capítulo XII Conflitos e conduta

1. Conflitos
A coexistência de comportamentos contraditórios (motivações), incompatíveis
entre si, forma um conflito.

Embora originalmente estudado. No campo da psicopatologia, o conceito


expandiu-se para se tornar em um capítulo fundamental da psicologia geral,
devido, em grande parte, às investigações de S. Freud e a escola psicanalítica.

O conflito é consubstancial à própria vida e tanto significa um elemento


impulsionador no desenvolvimento de indivíduo, como pode se tornar uma
situação patológica; há também uma passagem gradual neste indivisível entre
normalidade e patologia, dada por um aumento quantitativo e uma mudança
qualitativa do conflitos O ideal não é a ausência de conflitos, porque eles
constituem a contradição na unidade de comportamento e, portanto, seu
fermento dialético de mudança e transformação; o que importa não é aderir para
idéias que são incompatíveis com a realidade dos fenômenos, mas para estudá-
los como eles são.

O que importa é o destino dos conflitos e a possibilidade de resolver ou lidar


com eles. Os primeiros estudos de Freud deram poder patogênico a situações
extraordinárias ou incomuns, denominadas situações traumáticas, mas
subseqüentemente subtraindo valor explicativo à intervenção de esses traumas,
na medida em que se reconhecia que o que poderia estar doente eram os
conflitos usuais do vida cotidiana, mesmo sem a intervenção de gatilhos brutais.

Freud sustentou a hipótese de um conflito fundamental entre o indivíduo e a


sociedade, no sentido de que todo ser humano tem que reprimir impulsos,
instintos ou aspirações que são proibidos pela cultura e cuja satisfação - portanto
- teria sérias consequências. Este conflito ocorre psicologicamente, entre forças
instintivas e a formação ou estrutura psicológica que a coerção representa
internalizada social, funcionando como parte do próprio sujeito. Nós sabemos
hoje que tal esquema do conflito entre tendências e normas biológicas cultural é
muito simplista, porque não existem impulsos biológicos, livres ou independentes
do organização cultural, e este último não é um elemento estrangeiro, que de um
modo isolado e puro se opõe ao organização biológica. Os conflitos psicológicos
são a reflexão ou assimilação, pelo sujeito, da conflitos que ocorrem na estrutura
cultural, mas os últimos não são independentes dos seres humana ou sua ação
coletiva e individual.
A organização social não é homogênea, no sentido que é único e fornece ao
indivíduo um único tipo de comportamento, mas sua própria estrutura é
contraditório e conflitante. Mas nenhum outro esquema simplista e ingênuo
deveria ser derivado disso:

Os conflitos psicológicos são simplesmente a reflexão "dupla" dos conflitos


sociais. Os conflitos estão envolvidos em todas as áreas do comportamento
(psicossocial, sócio-dinâmico e institucionais) e em inter-relações estreitas entre
si. Desta forma, o conflito pode ser estudado em cada indivíduo tomado
isoladamente, como conflito interno ou pessoal; pode ser estudado como um
conflito grupo e institucional, sem que esses estudos sejam incompatíveis entre
si, mas - inversamente - único todo apenas. Um estudo completo deve cobrir
todas essas áreas.

A psicanálise estudou o conflitos principalmente no campo psicossocial, mas


com grande participação do campo sócio-dinâmico, tomar a família como um
grupo ou matriz básica em que a personalidade da criança é formada ou
modelada. Esses estudos parciais, em vez de estarem no contexto certo, eles
têm sido freqüentemente inclinado para uma posição idealista: assumir conflitos
individuais como base ou causa de conflitos Social, econômico e político.

Mas, por outro lado, há o erro freqüente de considerar, por esse mero De fato, o
único estudo de conflitos psicológicos como uma posição e erro idealistas.

2. Frustração e conflito

Chamamos de frustração todas aquelas situações em que o objeto necessário


não é obtido para satisfazer necessidades, ou um objetivo para o qual um
aspirado não foi alcançado. Em frustração, o obstáculo para a realização do
objeto pode ser totalmente externo ou interno.

Em ambos os casos, é apropriado falar de uma predominância relativa, já que


em condições normais os obstáculos externo e interno são reciprocamente
condicionados em um círculo.

Conflitos e conduta

vicioso Mesmo em obstáculos externos reais, os obstáculos de um personagem


podem ser canalizados ou projetados. Muitas vezes as frustrações são o
resultado de situações conflitantes, mas o ciclo pode começar realmente com
uma frustração que, por sua vez, pode gerar conflitos. No primeiro caso, o
conflito é projetado para o mundo externo e é mais fácil, ou menos difícil, sofrer
frustrações e não conflitos. No segundo caso, nem toda frustração gera conflitos;
há frustrações crônicas às quais o sujeito se submete ou adaptar-se sem
conflitos, e em outras ocasiões frustrações reais não são tratadas como tal, mas
com uma exacerbação ou atualização de conflitos psicológicos.

O grau de tolerância à frustração é muito variável e constitui em si mesmo um K.


Lewin estudou três tipos de conflitos que ele chama, respectivamente: atração-
atração, atração-atração e rejeição-rejeição.

No conflito atração-atração, o sujeito se depara com dois objetos que estão


enraizados, ou que ele você quer, mas eles são incompatíveis entre si. É o caso
de quem tem que decidir entre duas raças que são ambas atraente ou
interessante para ele. Para este tipo de conflito corresponde a alternativa do
burro de Buridán, que ter Dois palheiros, morrendo de fome por não poderem
escolher.

No conflito rejeição-rejeição, o sujeito é forçado a escolher entre dois objetos


ou situações que são ambos desagradáveis, perigosos ou rejeitantes. É o dilema
de Caribdis e Scylla, nomes de um redemoinho e uma pedra de tropeço do
Estreito de Messina, terror dos navegadores que queriam evitar o outro, caiu no
outro.

No conflito atração-rejeição, o sujeito enfrenta tendências ou atitudes


contraditórias para o mesmo objeto. Difere dos dois anteriores, em que as
tendências são opostas e recaem, não sobre objetos diferentes, mas sobre o
mesmo objeto.

4. Ambivalência e divalência

O conflito que K. Lewin chama de atração-rejeição é o tipo de conflito que Bleuler


chamou de ambivalência e que consiste na coincidência do mesmo objeto, ao
mesmo tempo, de atitudes, impulsos ou afetos contraditório. No caso, por
exemplo, de amar e odiar a mesma pessoa ao mesmo tempo.

O conflito de ambivalência é um tipo de conflito que é acompanhado por grande


tensão e / ou ansiedade, de um situação de grande insegurança, porque o objeto
que se quer está em perigo, por causa do ódio ou rejeição que se tem ao mesmo
tempo. É acompanhado por depressão e culpa. É o tipo de conflito e relação
objetal que M.

Klein chamou a posição depressiva, e a ansiedade acompanhante, ansiedade


depressiva. Este último corresponde para o que geralmente reconhecemos
como tristeza. O objeto da ambivalência é também um objeto total.

Por outro lado, como sempre em todo o comportamento, uma estrutura total
intervém, também participa da ambivalência não apenas o objeto mas,
fundamentalmente, o eu do sujeito. O conflito ambivalente pode ser resolvido
no nível de uma integração que permite aceitar aspectos positivo e
negativo ao mesmo tempo, tanto no objeto quanto em si mesmo. Isso
significa um maior integração do self, que sempre coincide com um maior
ou melhor senso de realidade.

Mas o conflito ambivalente (a posição depressiva), quando não resolvido, é o


ponto de partida de todos situações conflitantes e comportamentos defensivos
que tendem a reduzir ou resolver a tensão ou a ansiedade que acompanha o
conflito. Este último ato, todos, dissociando o conflito ambivalente nos dois,
tendências ou atitudes opostas que o compõem; a passagem (a regressão) à
qual Pichón se cumpre

Riviere chamou divalence: divisão em dois comportamentos dissociados com


dois objetos diferentes. Um exemplo disso é a situação de conflito ambivalente
em que se ama e odeia tempo, por exemplo, para a mãe; o passo para a
divalência é cumprido quando, por exemplo, o amor de Mãe e ódio são
totalmente transferidos para uma irmã. Uma dissociação esquizóide é assim
cumprida em que a relação de objeto é agora com objetos parciais, porque cada
um dos objetos está ligado a uma parte do self do sujeito e apenas um dos
termos parciais do conflito ambivalente total. A divisão esquizóide é a
comportamento defensivo básico, e todos os outros comportamentos defensivos
são baseados na gestão ou distribuição de termos desta divisão esquizóide.

Os conflitos que exigem nossa ajuda, no campo da psicologia clínica, são muito
escassos proporção, de natureza ambivalente e, em vez disso, são, com muito
mais frequência, de caráter divalente, é isto é, a assistência é necessária quando
a dissociação bivalente não está mais operando ou quando, por si só cria novas
dificuldades ou incompatibilidades ou inibições. Quando operamos
terapeuticamente, somente então, e como um estágio necessário, reduzimos a
divalência ao conflito ambivalente original.

5. Conflitos de áreas e campos

Conflitos são sempre comportamentos contraditórios, incompatíveis entre si,


mas que podem ser experimentados. consciente e inconscientemente; no último
caso, o sujeito percebe tensão ou ansiedade, mas não conhece nem discrimina
os termos do conflito que a produz. Além disso, mesmo no caso de uma conflito
consciente, não se exclui que outra parte possa estar inconsciente. Outra
alternativa é que o situação de conflito é inconsciente, enquanto
conscientemente você só tem uma "falsa consciência" de a situação real, isto é,
que os verdadeiros termos do conflito são desconhecidos e conscientemente
tem uma racionalização ou feedback distorcido.

A dissociação do conflito ambivalente implica uma separação, uma formalização


ou uma elementalização do termos de conflito e esta divalência não é, na
realidade, uma solução para o conflito, mas apenas uma resolução da tensão
que acompanhou o conflito ambivalente.

Por esta divalência permanecer como tal e ansiedade ou tensão não


reaparecem, tem que estabelecer um controle que mantenha uma certa distância
entre os dois termos do conflito

Ansiedade e conflito

Freud postulou a origem da angústia em uma transformação da energia sexual


(libido) impedida em sua descarga (estagnada), uma situação que ocorre quando
os comportamentos defensivos falham. Posteriormente, mantendo

a mesma hipótese sobre a gênese da angústia, postulou que sua aparição em


pequena quantidade opera como um sinal de alarme que mobiliza
comportamentos defensivos.

M. Klein posteriormente emitiu a hipótese de que a angústia era a ação do


instinto de morte. Em ambas as teorias, a psicologia é sobreposta com a biologia
inclusiva - com hipóteses biológicas de um personagem especulativos que estão
longe de ter verificação científica.

Ansiedade ou angústia é um estado de desorganização do organismo, como


Goldstein estudou, e sua Intensidade pode variar de um mínimo que serve como
um sinal de alarme para um máximo em pânico. Essa desorganização aparece
em situações de frustração ou conflito. Angústia não é a causa de
comportamento ou sintomas, mas um os fenômenos que ocorrem em momentos
diferentes na dinâmica da relação objetal.

Com base nos estudos de M. Klein, o conhecimento de dois tipos de


ansiedade foi sistematizado. Um de ligaram-se ao conflito ambivalente (a
situação depressiva) e isso é chamado de ansiedade depressiva (tristeza);

o outro, a ansiedade que ocorre sempre que a dissociação divalente está


em risco de se perder ou quando o objeto ruim ameaça o eu e o bom objeto
que eu tenho ligado a ele, é a ansiedade da posição esquizoparanoide e
chamado ansiedade paranóide (medo). Ambos não são exclusivos, mas
coexistem, e o que é qualificado é o predomínio de um sobre o outro. Além
disso, existe uma relação dinâmica entre um e outro, tanto quanto existe
entre ambivalência e divalência

Unidade genética de conflitos

O conflito ambivalente (chamado atração-rejeição por K. Lewin) é o


principal conflito, no sentido que todos os outros derivam dela e significam
uma certa defesa em relação a ela. Outros conflitos aparecem como
consequência de uma divisão esquizóide do conflito ambivalente.

Todos os conflitos divalentes, incluindo aqueles que K. Lewin qualifica com


atração-atração e rejeição-rejeição, são defesas contra o conflito ambivalente,
de modo que este é importante não só do ponto de vista do conhecimento
genético, mas também do interesse colocar em resolução terapêutica. Muitos
conflitos acabam por encobrir uma forma mais básica e a propósito, mais
perturbador. Um exemplo disso pode ser o caso do aluno que permanece sem
estudar porque ele tem que resolver ou decidir entre duas carreiras universitárias
que o atraem da mesma maneira (conflito atração-atração); isto acaba por ser
um conflito de natureza defensiva, porque tem - por exemplo - atração e medo
de falhar em cada uma das duas raças, de modo que seu conflito é realmente
um ambivalência que ilude com a divalência que lhe permite racionalizar seu
medo do fracasso.

O dilema de um uma coisa ou outra se resume ao problema com cada uma das
duas coisas. O mesmo pode ser dito de todos os outros conflitos tipo diva-lens,
que devem ser reduzidos a conflitos ambivalentes para que eles possam
realmente ser resolvido.

Conflitos e conduta

Se a literatura mais copiosa sobre o assunto, com as mais variadas perspectivas,


é sintetizar algum consenso dos diferentes autores pôde ser concluído nas
seguintes afirmações:

a) Que o conflito é uma luta ou oposição entre sistemas de energia ou impulsos,


ou estruturas mental, ou comportamento, que ocorre no indivíduo.

b) Que constitui uma das fontes mais importantes de motivação.

c) Que o resultado de tais conflitos é uma modificação da conduta, que aparece


como uma tentativa de transação ou compromisso.

Neste, sublinhamos as seguintes observações, de acordo com a apresentação


feita:

a) Esse conflito é sempre um conflito de comportamento, campos e campos, e


que não há "dentro", mas apenas como uma experiência e nunca como um
espaço no qual forças e impulsos operam.

b) A conduta é, por sua vez, o resultado de conflitos, o que permite o estudo do


processo de comportamento em si, sem a intervenção de entidades mitológicas
fora de si, que não são esclarecidas, mas

Os problemas são complicados.

c) A conduta, tanto quanto toda a vida do ser humano, é sempre resposta e


sempre compromisso.
Capítulo XIII Comportamentos Defensivos

O termo defesa é usado pela primeira vez por Freud em 1894 em seu estudo
sobre a "Neuropsicose de defesa ", em que ele descreve os sintomas como
formações defensivas contra idéias insuportáveis e afetos e doloroso. Mais
tarde, ele substituiu o termo por repressão, mas em 1926 ele o retoma e define
a repressão Como forma de defesa.

Os perigos contra os quais as defesas tinham que operar poderiam vir - de


acordo com A. Freud - de três fontes: dos instintos, da consciência moral
(superego) ou da realidade externa.

Todos os comportamentos defensivos são comportamentos que operam na


dissociação (divalência) e tendem a estabilizar uma distância ideal entre objetos
bons e ruins. Eles foram estudados por Freud e pela escola psicanalítica com a
denominação de mecanismos de defesa, mas são na verdade comportamentos
e devem ser estudado como tal. Se você optar por manter a denominação
original dos mecanismos de defesa, de modo algum deve ser assumido que
esses supostos mecanismos originam o respectivo comportamento, mas que, o
inverso, o concreto são os comportamentos, e os mecanismos derivam de um
processo de generalização e abstração do primeiro, mas de modo algum devem
ser transformados em entelechias. Comportamentos defensivos são as
técnicas com as quais a personalidade total opera, para manter um
equilíbrio homeostático, eliminando uma fonte de insegurança, perigo,
tensão ou ansiedade.

São técnicas que alcançam um adaptação do organismo, mas que não resolve
o conflito, e, portanto, a adaptação recebe o nome dissociativo.

Em todos os momentos em que os comportamentos defensivos falham e -


consequentemente há dissociação do comportamento,

A ansiedade aparece como um índice de restituição, ou perigo de restituição, de


ambivalência (conflito). A perda das defesas usuais, no total, leva a um colapso
psicótico, mas condições mais comuns não atingem tal intensidade ou totalidade,
e a ansiedade que aparece promove treinamento estereotipados ou constituem
um verdadeiro processo de aprendizagem.
Comportamentos defensivos não existem apenas em processos patológicos,
mas normalmente no ajustamento e desenvolvimento da personalidade; o que
caracteriza o normal ou patológico não são comportamentos típica defensiva em
sua qualidade, mas uma variação em seu grau de aparência, que por sua
condições ou produz mudanças qualitativas; a rigidez ou plasticidade na
dinâmica ou alternância de Comportamento defensivo é outro personagem que
diferencia normal de patológico.

Todo comportamento defensivo leva a uma restrição do self ou a uma limitação


funcional da personalidade, porque sempre opera contra uma parte do mesmo
eu, ligada a um objeto perturbador; esta restrição pode ser muito amplo ou de tal
magnitude que a capacidade do eu é reduzida a um mínimo.

A defesa não é um excesso de agregação, mas é o próprio comportamento, em


suas muitas alternativas contra o conflitos; Estes também não são estranhos à
conduta em si. O próprio Freud, que iniciou suas investigações com um esquema
energético de conflitos, em 1938 ele admite a divisão do eu contra o conflitos,
com o aparecimento de dois comportamentos ou reações opostas, "ambos
válidos e eficazes"; "a rejeição É sempre complementado por uma aceitação;
duas posições antagônicas são sempre estabelecidas e mutuamente
independentes que resultam em uma divisão do self. O desfecho depende, mais
uma vez, de qual ambas as posições atingem a maior intensidade ".

Projeção

É um termo usado primitivamente por Condillac e Helm-holtz para descrever uma


teoria, de acordo com a que as sensações são primeiramente percebidas como
experiência psicológica e somente localização no espaço, fora do eu, adquirem
realidade independente do psicológico, isto é, que o a sensação é primeiramente
percebida como experiência interna e só depois é ligada a objetos externos.

Em psicologia, no momento, é chamado de projeção para o atributo de objetos


externos característicos, intenções ou motivações, que o sujeito não conhece
por si próprio. A projeção pode ser feita tanto em objetos inanimados como seres
animados.

O que é projetado e experimentado, portanto, é um dos termos da divalência


(dissociação de ambivalência) e, portanto, um o objeto parcial na área três, sobre
um objeto real do mundo exterior, e reter o outro objeto parcial em a área um ou
ambos. Você pode projetar tanto o objeto bom quanto o ruim. Em certos casos
isso pode acontecer uma projeção total do objeto.

Faz parte do comportamento normal e anormal e desempenha um papel muito


importante na Psicologia da personalidade Normalmente intervém no curso do
desenvolvimento, no qual, por exemplo, o frustrações, vividas com agressão
contra o objeto frustrante, são projetadas em outro objeto, e então o último objeto
é percebido como agressivo, o que permite manter o link sem conflitos com
pessoa necessária para a satisfação das necessidades.

Ele intervém em todo processo de percepção é repetida experiência com a


realidade que permite a retificação do projetado e, portanto, um percepção
correta Se esta projeção não é retificada pela realidade e está longe disso de
uma maneira apreciável, alucinação e ilusão ocorrem; o primeiro é mais massivo,
no sentido de que leva menos em conta as características reais do mundo
exterior e é mais difícil de corrigir do que o segundo.

Se o objeto ruim é predominantemente projetado, o sujeito se sente bem retendo


o objeto bom como próprio, enquanto o objeto ou objetos do mundo exterior são
percebidos como ruins ou perigosos. Este caso é o que chamamos de
comportamento da estrutura paranoica. Se o bem é projetado, o sujeito se sente
mal e passa a um relacionamento de dependência do objeto externo,

A projeção pode resultar em uma identificação que nesse caso é chamada de


identificação projetiva, na qual o sujeito vivencia como seu, comportamentos de
um objeto externo e vive essas experiências através do outro. Em casos
extremos e patológicos (esquizofrenia), o sujeito sente que o tocamos ele se
tocarmos em um objeto com o qual ele é identificado projetivamente. Também é
identificação projetiva o caso daqueles que sempre ajudam os outros, a viver
através dos outros e não a si próprios.

Pichón Riviere introduziu, nesse sentido, uma terminologia que nos permite
entender melhor os processos projeção nas diferentes situações normais e
patológicas; designa o objeto externo como depositário mem que a projeção é
feita, depositante do sujeito que realiza e depositado no que é projetado.
A discriminação entre depositados e depositários permite a retificação do
projetado e, portanto, o melhor conhecimento da realidade, enquanto a total
sobreposição e identificação entre os dois é a processo característico de psicose.
Outro processo que ocorre no relacionamento interpessoal é o fato de que que
o depositário pode assumir o papel do depositado e por sua vez intercepta
projeções com o depositante, e este processo, em um grau máximo ou intenso,
é característico das psicopatias.

O desenvolvimento normal e a integração da personalidade com a integração do


sentido da realidade dependem de uma clivagem progressiva entre o projectado
e o depositário. No curso do desenvolvimento é a maior defesa cedo ou mais
cedo, que aparece antes mesmo da repressão. Isto está relacionado com a
ordem de aparecimento as áreas de comportamento, das quais, como já vimos,
a do mundo externo é anterior à da mente.

A projeção está relacionada à primeira e à repressão à segunda. No entanto,


devemos levar em conta que a projeção não aparece apenas em relação ao
momento em que a área do mundo externo é formada, mas a mesma projeção,
alternada repetidamente com introjeção, é o que forma a área do mundo externo
diferenciado da área do corpo, que a princípio é indivisível ou em estado de
transitivismo

Todos os fenômenos animistas são baseados na projeção, assim como no amor,


alienação e Muitos outros fenômenos. A projeção também intervém no processo
de conhecimento e o da orientação com um maior senso de realidade. A
diferença entre animismo e conhecimento não seria apenas em um quantum de
projeção, mas, além disso, em uma distância ideal com o objeto, e na interação

entre projeção e introjeção.

3. Introjection

É a incorporação ou assimilação, por um sujeito, de características ou qualidades


que vêm de um objeto externo, do mundo exterior. Com este significado foi
introduzido e estudado por Freud, anteriormente, para Avenarius, ele designou
o processo pelo qual a existência de objetos externos é atribuída a um
objetificação dos estados internos, processo que este autor supunha ser a
dificuldade essencial que deveria ser superado na investigação filosófica.
Desempenha um papel fundamental no desenvolvimento normal, na formação
da personalidade, bem como outros processos normais e patológicos. A
introjeção pode ser parcial ou total, tão logo parte do objeto externo, ou sua
totalidade. Geralmente alterna, acontece-projeção, mas o processo total de
projeção-introjeção pode ser alterado, como na introversão e no autismo.

Foi especialmente estudado por Abraham e Freud nos estados de luto, nos
quais, pela perda de um objeto queria o sujeito incorpora propriedades do
mesmo e passa a ter algumas das suas características. A introjeção pode ser
um objeto parcial (bom ou ruim), bem como um objeto total (ambivalente).

Se o objeto iritrojetado invade demais a personalidade do sujeito, este passa a


ser conduzido, parcialmente ou totalmente, com as características do objeto
introjetado. Isso é chamado de identificação introjetiva. É o caso de um
exemplo muito simples, de Freud, de uma criança que perde seu amado gatinho
e então começa a andar como se tivesse quatro pernas, ajudado com as mãos
e miar como se fosse o próprio gato. Ou Em outro exemplo, quando a criança
fala e anda como seu pai, e assim por diante. Como você pode ver, a
identificação Introjectiva inclui também tudo o que foi estudado sob o nome de
imitação, que é tão importante.

Bibliografia

Cameron, N; Fenichel, O. (b); FiUoux, J. C.; Freud, A. Freud, S. (h, i); Golds-tein,
K. (a, b); Guthrie, E. R. (c); Horney, K. (a); Caça, J.

McV. Klein, M. (a, b, c); Lewin, K. (a, b, c); Luna, A. R .; Maier, N. R. F .; Matte
Blanco, eu. Michotte, A. Pichón Riviere, E. J; Stagner

R. Karwoski, T. F.

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