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Painel do utilizador / As minhas disciplinas / 2020/2021 / Licenciatura / Solicitadoria / 2º semestre / Teoria Geral do Direito Civil II
/ Teoria Geral do Direito Civil II - Turma TSLD 21 (A e B) e 22 (A e B) - Docente: Cecília Morais Martins
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Teoria Geral do Direito Civil - II - 2.º Teste: Revisão da tentativa https://moodle2.ipl.pt/iscal2020/mod/quiz/review.php?attempt=74591&...
Pergunta 1
Respondida
Nota: 6,00
César negociou com Pedro a venda de um terreno. O preço acordado era de 40.000€. Todavia, na escritura pública aparece um preço
de apenas 20.000€, uma vez que ambos querem, com isso, “fugir” aos impostos.
Para “efeitos de prova”, César e Pedro redigem um documento particular, de que consta não só o preço efetivamente acordado, como
ainda uma cláusula especifica em que se comprometem, solenemente, a não invocar, em caso algum, qualquer inobservância da forma
legal que possa ter ocorrido.
Quando César falta ao pagamento integral do preço, Pedro pede o cumprimento do que foi acordado a este respeito. Pedro defende-
se, dizendo que não deve nada, uma vez que tudo o que foi combinado está nulo, inclusive por conta de aspectos formais.
Quid Juris?
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Pergunta 2
Respondida
Nota: 5,00
Anacleto vivia desesperado por ter uma enormíssima quantidade de dividas, contraídas nos últimos tempos. Receando perder a sua
linda moradia sita em Linda-a-velha, propõe ao seu amigo Beto que, para enganar os credores, este aceite comprar a referida vivenda.
Seria uma mera “manobra de diversão” para não ver a sua “bela casa de família vendida em hasta pública”. Quando todos os problemas
estivessem resolvidos, Beto devolveria a casa.
Obtida a concordância de Beto, no dia 1 de abril de há três anos celebraram o negócio. No dia 3 de junho do mesmo ano, Beto regista
a propriedade do imóvel.
A 10 de maio do ano subsequente, Beto resolve vender o mesmo imóvel a Constantino que ignorava o conluio entre aquele e Anacleto.
A 9 de outubro do mesmo ano, Constantino regista a aquisição da propriedade do imóvel.
Anacleto, indignado, interpões, no dia 2 de abril do ano passado, ação em Tribunal para reaver o seu imóvel.
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Artº 286, Anacleto poderia solicitar a nulidade do negócio, pois este era um negócio simulado ao abrigo do Artº 240, havia sido
realizado a fim de o seu património não responder sobre as suas dividas.
Logo pelo Artº 240, nº 2 CC, o negócio simulado é nulo. A nulidade poderia ser arguida por Anacleto, Artº 242, nº 1 e Artº 286 CC.
Aqui Constantino encontra se como terceiro de boa fé.
No caso de o negócio já se ter concretizado entre Beto e Constantino, Constantino estaria perante a figura de enriquecimento sem
causa, Art º 473, logo Beto teria de restituir a Constantino aquilo com que injustificadamente se locupletou.
E se, a 5 de maio do presente ano, Igor, credor de Anacleto, interpusesse e registasse acção de nulidade para Anacleto reaver o seu
imóvel? Seria procedente? Sim.
Conforme Artº 286, a nulidade pode ser invocada a todo o tempo e por qualquer interessado. Igor era um interessado, sendo este um
credor de Anacleto.
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Pergunta 3
Respondida
Nota: 6,00
Ora Bernardo e Dário assumiram um contrato, que por força do Artº 219 do CC, não depende de forma especial, logo o contrato era
válido.
No que respeita aos juros, estes seriam acima do estipulado por lei, conforme Artº 282 CC, logo seriam este calculados conforme o
disposto na Artº 1146 CC, e daria-se cumprimento ao pagamento do empréstimo, não podendo o Bernardo recusar o pagamento.
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Pergunta 4
Respondida
Nota: 3,00
Edgar, crendo que Pablo Carreras atuaria nessa noite no Altice Arena, comprou um bilhete de ingresso na exposição que se encontrava
a decorrer, convencido que com esse bilhete teria acesso ao concerto.
Descobrindo, depois, que o cantor atuaria no Restelo, Edgar exige a devolução do preço do bilhete, o que os serviços do Altice Arena
recusam. De seguida, Edgar espancou Fábio, funcionário da Altice Arena, conseguindo, assim, que este lhe doasse um bilhete para o
Restelo.
Quid juris?
Edgar, efectuou um contrato de compra e venda, aqui uma relação jurídica simples, pela qual se realiza a transferência do direito de
permanecer no concerto de Pablo Carreras nessa noite no Altice Arena. Edgar que actuou segundo as suas convicções, não foi
enganado e agiu sob coação, o que se verifica aqui é o pressuposto do Artº 252 CC, Erro sobre os motivos.
Contudo Edgar agiu de forma imprópria para com Fábio, recorrendo à violência para obter o pretendido, logo verificam-se os
pressuposto do Artº 255 CC, Fábio sob coação dá um bilhete a Edgar.
Logo ao abrigo do Artº 256, toda a declaração extorquida por coação é anulável.
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