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Teoria Geral do Direito Civil - II - 2.º Teste: Revisão da tentativa https://moodle2.ipl.pt/iscal2020/mod/quiz/review.php?attempt=74591&...

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/ Teoria Geral do Direito Civil II - Turma TSLD 21 (A e B) e 22 (A e B) - Docente: Cecília Morais Martins

/ Teoria Geral do Direito Civil - II - 2.º Teste

Iniciada quarta, 2 de junho de 2021 às 16:10


Estado Terminada
Terminada em quarta, 2 de junho de 2021 às 17:30
Tempo gasto 1 hora 19 minutos

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Pergunta 1

Respondida

Nota: 6,00

César negociou com Pedro a venda de um terreno. O preço acordado era de 40.000€. Todavia, na escritura pública aparece um preço
de apenas 20.000€, uma vez que ambos querem, com isso, “fugir” aos impostos.
Para “efeitos de prova”, César e Pedro redigem um documento particular, de que consta não só o preço efetivamente acordado, como
ainda uma cláusula especifica em que se comprometem, solenemente, a não invocar, em caso algum, qualquer inobservância da forma
legal que possa ter ocorrido.
Quando César falta ao pagamento integral do preço, Pedro pede o cumprimento do que foi acordado a este respeito. Pedro defende-
se, dizendo que não deve nada, uma vez que tudo o que foi combinado está nulo, inclusive por conta de  aspectos formais.
Quid Juris?

Estamos perante um negócio jurídico unilateral, conforme Artº 405 CC.


Aqui verifica-se o contrato de compra e venda, onde o objecto mediato é um terreno, Artº 874 CC, cumpre-se a forma exigida no Artº
875, a titularidade do terreno (bem imóvel) foi efectuada por escritura publica.
Contudo existe uma simulação, Artº 240, César e Pedro, efectuam a escritura pública por valor inferior ao real a fim de "fugir" aos
impostos.
Perante a falta de pagamento de César, Pedro poderá solicitar a nulidade do negócio, conforme Artº 242, nº 1 CC e Artº 286, onde se
verifica que qualquer dos interessados poderá arguir a nulidade do negócio simulado, até porque existi o documento assinado por
ambos, com a concordância do valor real do negócio.
Neste sentido César terá de liquidar o valor de 40.000€ pelo terreno.

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Pergunta 2

Respondida

Nota: 5,00

Anacleto vivia desesperado por ter uma enormíssima quantidade de dividas, contraídas nos últimos tempos. Receando perder a sua
linda moradia sita em Linda-a-velha, propõe ao seu amigo Beto que, para enganar os credores, este aceite comprar a referida vivenda.
Seria uma mera “manobra de diversão” para não ver a sua “bela casa de família vendida em hasta pública”. Quando todos os problemas
estivessem resolvidos, Beto devolveria a casa.
Obtida a concordância de Beto, no dia 1 de abril de há três anos celebraram o negócio. No dia 3 de junho do mesmo ano, Beto regista
a propriedade do imóvel.
A 10 de maio do ano subsequente, Beto resolve vender o mesmo imóvel a Constantino que ignorava o conluio entre aquele e Anacleto.
A 9 de outubro do mesmo ano, Constantino regista a aquisição da propriedade do imóvel.
Anacleto, indignado, interpões, no dia 2 de abril do ano passado, ação em Tribunal para reaver o seu imóvel.

Responda às seguintes questões:

- Seria procedente o pedido de Anacleto?


- E se, a 5 de maio do presente ano, Igor, credor de Anacleto, interpusesse e registasse ação de nulidade para Anacleto reaver o seu
imóvel? Seria procedente?

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Artº 286, Anacleto poderia solicitar a nulidade do negócio, pois este era um negócio simulado ao abrigo do Artº 240, havia sido
realizado a fim de o seu património não responder sobre as suas dividas.
Logo pelo Artº 240, nº 2 CC, o negócio simulado é nulo. A nulidade poderia ser arguida por Anacleto, Artº 242, nº 1 e Artº 286 CC.
Aqui Constantino encontra se como terceiro de boa fé.
No caso de o negócio já se ter concretizado entre Beto e Constantino, Constantino estaria perante a figura de enriquecimento sem
causa, Art º 473, logo Beto teria de restituir a Constantino aquilo com que injustificadamente se locupletou.

E se, a 5 de maio do presente ano, Igor, credor de Anacleto, interpusesse e registasse acção de nulidade para Anacleto reaver o seu
imóvel? Seria procedente? Sim.
Conforme Artº 286, a nulidade pode ser invocada a todo o tempo e por qualquer interessado. Igor era um interessado, sendo este um
credor de Anacleto.

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Pergunta 3

Respondida

Nota: 6,00

Amílcar vendeu a Bernardo um certo terreno por determinado preço.


Para suportar o pagamento do preço convencionado, Bernardo pediu emprestada uma determinada quantia, ao seu colega Dário,
tendo as partes estipulado o pagamento de juros, à taxa legal, acrescida de 12%.
Chegado o vencimento da dívida, Dário não conseguiu obter o pagamento, pois Bernardo recusou-se a cumprir, invocando que o
contrato “não produz efeito”.
Quid juris?

Ora Bernardo e Dário assumiram um contrato, que por força do Artº 219 do CC, não depende de forma especial, logo o contrato era
válido.
No que respeita aos juros, estes seriam acima do estipulado por lei, conforme Artº 282 CC, logo seriam este calculados conforme o
disposto na Artº 1146 CC, e daria-se cumprimento ao pagamento do empréstimo, não podendo o Bernardo recusar o pagamento.

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Pergunta 4

Respondida

Nota: 3,00

Edgar, crendo que Pablo Carreras atuaria nessa noite no Altice Arena, comprou um bilhete de ingresso na exposição que se encontrava
a decorrer, convencido que com esse bilhete teria acesso ao concerto.
Descobrindo, depois, que o cantor atuaria no Restelo, Edgar exige a devolução do preço do bilhete, o que os serviços do Altice Arena
recusam. De seguida, Edgar espancou Fábio, funcionário da Altice Arena, conseguindo, assim, que este lhe doasse um bilhete para o
Restelo.

Quid juris?

Edgar, efectuou um contrato de compra e venda, aqui uma relação jurídica simples, pela qual se realiza a transferência do direito de
permanecer no concerto de Pablo Carreras nessa noite no Altice Arena. Edgar que actuou segundo as suas convicções, não foi
enganado e agiu sob coação, o que se verifica aqui é o pressuposto do Artº 252 CC, Erro sobre os motivos.
Contudo Edgar agiu de forma imprópria para com Fábio, recorrendo à violência para obter o pretendido, logo verificam-se os
pressuposto do Artº 255 CC, Fábio sob coação dá um bilhete a Edgar.
Logo ao abrigo do Artº 256, toda a declaração extorquida por coação é anulável.

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