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Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura

Núcleo Gestor de Educação em Tempo Integral

Cultura em movimento:
diferentes formas de narrar a
experiência humana
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e Linguagens e suas Tecnologias

MAPPA Material de Apoio ao Planejamento e Práticas do Aprofundamento

Primeira edição – turma 1


2023/2024
APRESENTAÇÃO DO MAPPA
Educador, o conteúdo que você tem em mãos é o Material de Apoio ao Planejamento e Práticas do
Aprofundamento (MAPPA), o seu guia para a implementação dos Itinerários Formativos de
Aprofundamento do Novo Ensino Médio em Tempo Integral do Estado de Sergipe.

Nas páginas a seguir, você encontrará informações e orientações para o desenvolvimento das Atividades
Integradoras que compõem este aprofundamento. Cada semestre é composto por componentes inéditos,
os quais foram idealizados pensando nos professores da área de conhecimento deste aprofundamento. Por
isso, para apoiar seu trabalho no componente que você escolheu, além das orientações gerais, você
contará também com sequências de atividades. Cada uma dessas atividades tem duração média prevista de
quatro semanas, tendo como objetivo principal oferecer aprendizagens contextualizadas que favorecem o
aprofundamento das competências e das habilidades da Formação Geral Básica e o desenvolvimento das
habilidades dos eixos estruturantes (investigação científica, processos criativos, mediação e intervenção
sociocultural e empreendedorismo). Além disso, por meio dessas práticas, que têm como finalidade o apoio
à formação integral dos estudantes, estes terão a oportunidade de desenvolver aprendizagens que
contribuam com os seus interesses e suas necessidades, articulando, ainda, seus estudos com os Temas
Contemporâneos Transversais, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, seus respectivos Projetos de
Vida, as possibilidades mediante o mundo do trabalho e as suas perspectivas para com o ingresso no Ensino
Superior.

Sendo assim, com o intuito de melhor apoiá-lo na organização do seu planejamento das aulas, bem como o
de assegurar o percurso e a integração prevista para os componentes de cada semestre, você encontrará
neste material propostas e sugestões de atividades, com suas respectivas orientações, para o
desenvolvimento de suas aulas. É importante lembrar que você, juntamente com toda sua equipe escolar,
tem liberdade para selecionar as atividades e materiais que melhor se adequam à sua realidade local,
levando em conta também adaptações inclusivas para melhor atender os estudantes que tenham algum
tipo de deficiência física e/ou intelectual. Ademais, você e sua equipe escolar podem planejar e organizar o
tempo de cada percurso e integrações possíveis entre os componentes, tendo em vista os objetivos, as
competências, as habilidades e os objetos de conhecimento propostos.

No início das orientações de cada um dos componentes, você encontrará uma breve introdução do que
será desenvolvido, os objetos de conhecimento, as competências e habilidades em foco e o(s) eixo(s)
estruturantes que estão no centro do percurso. Ainda para apoiá-lo nesse processo, você encontrará
atividade exemplo, com sugestões de sequências de práticas, materiais de apoio, dicas para momentos de
integração com os demais componentes e momentos de diferentes tipos de avaliação e autoavaliação.
Muitas dessas informações aparecerão em boxes chamados “Saiba Mais”, “De olho na integração” e
“Avaliação”, que serão sinalizados nos textos com o intuito de apresentar conteúdos complementares, que
podem ser úteis durante as suas aulas. Você pode seguir, adaptar, ampliar ou usar essas atividades como
inspiração para o seu planejamento. Lembre-se sempre: o seu protagonismo, seus conhecimentos e
experiências, assim como os de seus colegas, são fundamentais para o êxito de todos ao longo deste
percurso.
Cultura em movimento: diferentes formas de narrar a experiência humana
Área (s) do Conhecimento: Humanas e Linguagens
Duração: 2 anos
Séries: 2ª e 3ª

PROPOSTA DE PERCURSO INTEGRADOR


CULTURA EM MOVIMENTO: DIFERENTES FORMAS DE NARRAR A EXPERIÊNCIA HUMANA
Segunda série Terceira série
UNIDADE
CURRICULAR Primeiro semestre Segundo semestre Primeiro semestre Segundo semestre

Atividade TRADIÇÕES CULTURAIS CINEMA CARTOGRAFIA SOCIAL E ORALIDADE E


Integradora Aulas semanais: 2 (TRANSFORM)AÇÃO AFETIVA PRODUÇÃO ESCRITA: AS
8 ou 12 Semestre:40h Aulas semanais: 2 Aulas semanais: 3 REPRESENTAÇÕES DO EU
Semestre:40h Semestre:60h Aulas semanais: 2
Semestre:40h

RESSIGNIFICANDO A CULTURA DIGITAL E PRESERVAÇÃO E NÚCLEO DE ESTUDOS:


Atividade FORMAÇÃO DO POVO ATIVIDADE FÍSICA CONSERVAÇÃO DO MÍDIA HEGEMÔNICA
Integradora BRASILEIRO Aulas semanais: 2 PATRIMÔNIO MATERIAL Aulas semanais: 2
9 ou 13 Aulas semanais: 2 Semestre:40h E IMATERIAL Semestre:40h
Semestre:40h Aulas semanais: 2
Semestre:40h

DIÁLOGOS COM A “NÓS, ROBÔS”: AS ESPORTES RADICAIS: NARRATIVAS


LITERATURA: A CULTURA RELAÇÕES TRILHAS E TRIBOS TRANSMÍDIAS:
Atividade EM CONTEXTO SOCIOCULTURAIS E DE Aulas semanais: 2 CONSTRUINDO
Integradora Aulas semanais: 2 TRABALHO NO MUNDO Módulos/aula CULTURAS
10 ou 14 Semestre:40h DIGITAL Semestre:40h Aulas semanais: 3
Aulas semanais: 2 Semestre:60h
Semestre:40h

RELAÇÕES SOCIAIS E PROCESSO DE CIDADANIA E JUSTIÇA


Atividade TECNOLÓGICAS: A ASSIMILAÇÃO E Aulas semanais: 3
Integradora LITERATURA EM ACULTURAÇÃO Semestre:60h
11 ou 15 EVOLUÇÃO Aulas semanais: 3
Aulas semanais: 2 Semestre:60h
Semestre:40h

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Os estudantes do Novo Ensino Médio em Tempo Integral, a partir da segunda série do ensino médio, irão
cursar duas trilhas de aprofundamento concomitantes. Uma trilha composta pelas Atividades Integradoras
de 8 a 11 e outra trilha composta pelas Atividades Integradoras de 12 a 15, de acordo com a Matriz
Curricular enviada ao Conselho Estadual de Educação como mostra a tabela a seguir:

ITINERÁRIO
FORMATIVO DE SEGUNDA SÉRIE TERCEIRA SÉRIE
UNIDADE CURRICULAR
APRODUNDAMENTO
1º semestre 2º semestre 1º semestre 2º semestre
Atividade Integradora 8 2 2 3 2
TRILHA 1 Atividade Integradora 9 2 2 2 3
Atividade Integradora 10 2 2 2 3
Atividade Integradora 11 2 3 3
Atividade Integradora 12 2 2 3 2
Atividade Integradora 13 2 2 2 3
TRILHA 2
Atividade Integradora 14 2 2 2 3
Atividade Integradora 15 2 3 3

APRESENTAÇÃO DO SEMESTRE
A valorização e utilização de conhecimentos historicamente construídos em diferentes âmbitos da vida
social e da produção científica para compreensão, explicação e transformação da própria realidade é uma
das competências a serem desenvolvidas pelos jovens no Ensino Médio.

Considerando que não existe uma cultura brasileira única e hegemônica, mas uma pluralidade de tradições
e heranças, o percurso trilhado pelo estudante neste semestre inclui olhares para as diversida- des
regionais, sociais e especificidades locais que permitem, por meio da investigação científica e de processos
criativos a inclusão de todas as vozes que compõem a sala de aula

Neste semestre, em diálogo com a diversidade de experiências e heranças culturais que permeiam as
culturas juvenis, os estudantes serão convidados a investigar as tradições e heranças culturais que
influenciam a formação da identidade e da cultura brasileira, reconhecendo transformações ao longo do
tempo e do espaço, de modo a significar práticas culturais do presente, bem como pro- cessos de disputa
por legitimidade de produções culturais de diferentes matrizes que constituem o povo brasileiro.

Por meio do mapeamento das heranças culturais de seu entorno e do contato com práticas de Linguagens
e conhecimentos produzidos na área de Ciências Humanas e Sociais, os estudan- tes terão a
oportunidade de se reconhecerem como produtores de cultura e protagonistas de mudanças sociais pelo
reconhecimento e valorização das diferentes vozes que influenciam as práticas sociais contemporâneas.
QUADRO INTEGRADOR
Professor, nas Atividades desto semestre os estudantes...

TRADIÇÕES PRÁTICAS CORPORAIS RESSIGNIFICANDO DIÁLOGOS COM A CULTURA E SEUS


CULTURAIS DE LUTAS: HERANÇAS A FORMAÇÃO DO POVO A LITERATURA: A SENTIDOS
CULTURAIS BRASILEIRO CULTURA (Atividade
(Atividade EM CONTEXTO Complementar)
Complementar)
ATIVIDADE 1
Identificação Experimentação Elaboram roteiro Reflexão sobre o Compreendem a
e reflexão das e construção de de entrevistas com cânone literário e as cultura por meio
manifestações quadro comparativo fontes orais da narrativas indígenas e da problematização,
culturais brasileiras de lutas. comunidade. afro-brasileira. investigação e
e semelhanças análise dos usos
encontradas do termo.
com o contexto
dos estudantes,
vinculadas ao PV
ATIVIDADE 2
Oficina de célula Planejamento Saem em campo Investigação Ampliam a
coreográfica de oficina de luta e sistematizam as entrevistas. sobre literatura compreensão
contemporânea da cultura como
no Brasil; ensaio/ resenha identidade.
literária.
ATIVIDADE 3
Oficina de estudos Execução Contextualizam as Análise e produção Identificam e
do movimento e avaliação de oficina entrevistas sobre a de manifestos explicam situações
para construção do de lutas formação do povo de tensão entre
personagem, por brasileiro por meio diferentes pessoas
meio da narrativa. de oficinas. ou grupos
ATIVIDADE 4
Oficina de elaboração Execução e Leem e escrevem Influências literárias Refletem sobre
de adereços e avaliação de sobre a formação do no mundo dos jovens a maneira como
figurinos oficina de lutas povo brasileiro por meio de (saraus/slam/rap) lutas e tensões se
oficinas. desdobram na
sociedade.
ATIVIDADE 5
Oficina de cena Oficinas e/ou Criam fanzine ou Pesquisa sobre Refletem sobre o
coreográfica que apresentações e-zine sobre as fanzines e editoras estudo da cultura
materialize os de lutas histórias de vida do independentes; em várias vertentes
valores e significados povo brasileiro criação de uma que atribuem
das manifestações publicação artesanal significados
culturais análogos,
semelhantes
e distintos
ATIVIDADE INTEGRADORA 8 OU 12

TRADIÇÕES CULTURAIS
DURAÇÃO: 40 horas
AULAS SEMANAIS: 2
QUAIS PROFESSORES PODEM MINISTRAR ESTE COMPONENTE: Arte, Língua Portuguesa, Língua Inglesa ou História.

INFORMAÇÕES GERAIS:

O componente Tradições Culturais propõe uma reflexão sobre como a cultura está presente na formação
do indivíduo, por meio da análise e das vivências em manifestações culturais tradicionais brasileiras. O
estudante poderá identificar e reconhecer as influências de diferentes matrizes estéticas e culturais em sua
formação, a partir de discussões sobre o papel das tradições culturais e do patrimônio cultural na
configuração da identidade e tradições brasileiras.

Além disso, a partir da investigação sobre estas manifestações, o componente propicia a discussão de
estereótipos e preconceitos, para ampliar os diversos significados que o estudante dá ao pertencimento
cultural.

Objetos de conhecimento: Investigação sobre as tradições culturais presentes na realidade cotidiana; /


participação em processos de produção individuais e colaborativos na criação e de caracterização de
personagens, na elaboração de uma apresentação cênica; / investigação, análise e criação, por meio de
práticas de linguagem, de possibilidades de intervenção social, política, artística e cultural com o objetivo
de enfrentar desafios contemporâneos por meio da encenação;
/ reconhecimento, identificação, experimentação e fruição de manifestações artísticas e culturais presentes
na cultura brasileira.

Competências da Formação Geral Básica: 3 e 6. Habilidades a serem aprofundadas:

Participar de processos de produção individual e colaborativa em diferentes linguagens


EM13LGG301 (artísticas, corporais e verbais), levando em conta suas formas e seus funcionamentos, para
produzir sentidos em diferentes contextos.

Apropriar-se do patrimônio artístico de diferentes tempos e lugares, compreendendo a sua


EM13LGG601 diversidade, bem como os processos de legitimação das manifestações artísticas na
sociedade, desenvolvendo visão crítica e histórica.
COMPONENTE 1 [ TRADIÇÕES CULTURAIS
]

Eixos Estruturantes Investigação Cientifica, Processos criativos e Intervenção e mediação sociocultural.


Competências e Habilidades:

Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção, criticidade e ética,
EMIFCG01 inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.

Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais, por meio de


EMIFCG04 vivências presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade, criticidade e criatividade.

Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e incorporando valores
EMIFCG07 importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões conscientes,
consequentes, colaborativas e responsáveis.

Investigar e analisar a organização, o funcionamento e/ou os efeitos de sentido de enunciados e


discursos materializados nas diversas línguas e linguagens (imagens es- táticas e em movimento;
EMIFLGG01 música; linguagens corporais e do movimento, entre outras), situando-os no contexto de um ou
mais campos de atuação social e considerando da- dos e informações disponíveis em diferentes
mídias.

Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica sobre obras ou
eventos de diferentes práticas artísticas, culturais e/ou corporais, ampliando o
EMIFLGG04 repertório/domínio pessoal sobre o funcionamento e os recursos da(s) língua(s) ou da(s)
linguagem(ns).

EMIFLGG07 Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais passíveis de mediação e in- tervenção por meio de
práticas de linguagem.

Professor, os Eixos Estruturantes em maior evidência de cada atividade serão indicados pelos ícones a seguir. Apesar da indicação no
início das Atividades, pode haver propostas que desenvolvam mais de um Eixo.

Investigação Científica Empreendedorismo

Processos Criativos Mediação e Intervenção Sociocultural


COMPONENTE 1 [ TRADIÇÕES CULTURAIS
]

ATIVIDADE 1

INTRODUÇÃO
Semana 1: 2 aulas

Professor, neste primeiro momento, apresente para seus estudantes o semestre e as pro- postas que serão
desenvolvidas. Retome o Projeto de Vida e escolhas/expectativas dos estudantes para este
aprofundamento. É interessante fazer questionamentos que mobilizem os estudantes acerca de seus
projetos de vida e, também, do conteúdo deste componente, como por exemplo: o que mais influenciou
sua escolha para esse aprofundamento? Você se expressa artisticamente de alguma forma? Qual/quais?
O que são manifestações artísticas para você? O que você entende por tradições culturais? Na região em
que você mora, há alguma manifestação artística e/ou cul- tural em maior evidência? A partir do que
você já estudou em anos anteriores, o que é necessário para que uma manifestação artística e/ou
cultural, como por exemplo a dança, seja reconhecida como um patrimônio cultural da humanidade?

Após essa discussão inicial, selecione, para apreciação, vídeos de manifestações culturais que
sirvam de exemplo para iniciar o tema do aprofundamento: tradições culturais. Prepare os estudantes
para uma observação analítica daquilo que será apresentado, direcionando a atenção deles ao que deve ser
considerado. Para tanto, solicite que, durante a apreciação, produzam registros individuais quanto às suas
impressões e reflexões sobre as semelhanças entre seu contexto e os movimentos das danças, as
vestimentas, a sonoridade ou as expres- sões corporais; o papel dos personagens nessas manifestações;
as tradições das quais essas manifestações fazem parte e os motivos pelos quais essas manifestações
foram incorporadas ao patrimônio cultural brasileiro.

Vale lembrar que se na sua região tem alguma manifestação cultural predominante, cabe trazê-la para esse
momento: você pode verificar a possibilidade de apreciação in loco, promovendo uma sa- ída de campo
com a turma, de maneira que assistam/participem de uma apresentação ou ensaio. Se possível, também é
interessante que os estudantes conversem com os participantes da manifestação cultural. Neste caso,
reserve um tempo para que os estudantes, orientados por você, construam um roteiro de entrevista.

Para encerrar esta etapa da atividade, converse com os estudantes acerca dos registros reflexivos sobre as
apreciações. Dê contorno à discussão, de maneira que compreendam que as semelhan- ças encontradas
entre essas manifestações e o contexto dos estudantes se devem às tradições cul- turais: heranças
transmitidas por gerações, que vão se apropriando de outros hábitos, costumes, valores e
comportamentos, e que, por isso, vão se transformando ao longo do tempo. A partir daí, incite também
uma reflexão acerca da necessidade da preservação do patrimônio cultural, consi- derando que essas
transformações podem extinguir determinadas manifestações.

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COMPONENTE 1 [ TRADIÇÕES CULTURAIS
]

SAIBA MAIS
Sugestão de vídeo 1: Samba de roda do Recôncavo baiano - patrimônio cultural imaterial da
humanidade - Disponível no canal Secretaria Especial da Cultura em:
https://www.youtube.com/watch?v=uMblDMPSQdY. Acesso em: 14 jul. 2021.

Sugestão de vídeo 2: Cultural Complex of Bumba meu boi Maranhão - Disponível no canal da
Unesco em: https://www.youtube.com/watch?v=tjvHiGA0Sqo. Acesso em: 14 jul. 2021.

No site do instituto do patrimônio histórico e artístico nacional, você pode encontrar mais
informações, vídeos e imagens que podem ajudar a enriquecer esse momento. Endereço do
IPHAN: http://portal.iphan.gov.br/. Acesso em: 02 ago. 2021.

Sugestão de vídeo 3: Maracatu Nação - Disponível no canal oficial do IPHAN em:


https://www.youtube.com/watch?v=uX5wx0hycwg. Acesso em: 02 ago. 2021.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 1 e 2: 4 aulas

Professor, a partir deste momento, os estudantes vivenciarão o diálogo entre o que é próprio de seu
contexto e as tradições culturais. A proposta é que experimentem a recriação a partir dos elementos que a
tradição oferece. Para iniciar, sugerimos que apreciem o vídeo Clipe Instituto Brincante (Disponível no link
https://cutt.ly/7RJyqrv. Acesso em: 18 out. 2021), que aproximará os estudantes das possibilidades de
releitura sobre as manifestações tradicionais em estudo. Ao final da apreciação, conversem sobre como os
elementos das manifestações culturais brasileiras foram reconfigurados a partir da identidade dos artistas
do vídeo.

Organize os estudantes em grupos de trabalho e peça que retomem os registros pessoais produzidos no
momento anterior. Oriente que escolham uma dança tradicional brasileira e observem os movimentos,
traçando relações com um estilo de dança e/ou teatro que fazem parte de seu contexto. A partir deste
exercício de observação, os grupos produzirão uma pequena célula coreográfica, selecionando e organizando
os movimentos em sequência. Para este momento, procure com os estudantes espaços alternativos da
escola: pátio, quadra, salas de aulas vazias, ou outros espaços disponíveis. Peça para que registrem a
coreografia por meio de vídeo; os estudantes podem usar um celular ou câmera.

O momento seguinte é de compartilhar as produções dos estudantes. Organize as apresentações de


maneira que alguns grupos compartilhem os registros audiovisuais e outros apresentem ao vivo. Para a
apresentação dos registros, você pode agendar o uso de materiais audiovisuais dis- poníveis na escola,
como datashows para projeção em sala de aula ou computadores com leitor de vídeo. Outras
possibilidades, ainda, residem no compartilhamento em redes sociais: grupos de Whatsapp, Facebook,
Instagram, Youtube, entre outras.
COMPONENTE 1 [ TRADIÇÕES CULTURAIS
Para a próxima etapa, você pode utilizar a metodologia Sala de aula invertida. Nesta metodologia, os
]

estudantes realizam estudos e pesquisas com autonomia, que serão compartilhados com o coletivo, sob
mediação docente. Em seguida, o professor retoma ou reforça os pontos de fragilidade ao mesmo tempo
em que cria situações que permitem que os estudantes apliquem os conhecimentos adquiridos,
relacionando-os ao contexto real. Portanto, organize os estudantes em grupos e reserve um momento a
fim de que realizem uma pesquisa, como preparação para a próxima etapa desta atividade: parte dos
grupos deve estudar o conceito de arte efêmera e a importância do registro para esta forma de arte; a
outra parte deve pesquisar sobre patrimônio cultural e pa- trimônio cultural imaterial.

SAIBA MAIS
Sala de aula invertida - uma metodologia ativa na aprendizagem. Disponível em:
https://cutt.ly/qRJyr45. Acesso em: 10 set. 2021.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 4: 2 aulas
Professor, inicie este momento organizando a turma em círculo, para que os estudantes compartilhem os
resultados de suas pesquisas. Verifique, durante a discussão, os pontos que precisam ser aprofundados ou
retomados e realize essas ações por meio de diálogo, resgatando aquilo que os estudantes trouxeram.

Execute este movimento com os grupos que pesquisaram sobre arte efêmera e, em seguida, resgate o
momento em que apreciaram os vídeos das danças brasileiras e os registros audiovisuais realizados pelos
estudantes, orientando-se pelas seguintes questões: que diferenças você percebe entre assistir uma
apresentação de dança ao vivo ou o seu registro em vídeo? Para cada um destes formatos, quais
vantagens e desvantagens você poderia elencar? (o que se perde / o que se ganha na apreciação de cada
um deles?)

Agora é o momento dos grupos que pesquisaram sobre Patrimônio Cultural compartilharem as pesquisas
realizadas. Após a apresentação e desdobramentos, resgatando a conversa inicial desta atividade,
proponha que os estudantes pensem sobre a importância dos registros da arte efêmera para a
perpetuação do patrimônio cultural imaterial. Delineie esta discussão, instigando uma reflexão que articule
as pesquisas realizadas e compartilhadas por ambos os grupos.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
Converse com os professores dos outros componentes curriculares sobre a possibilidade de cons- truírem um
mural/painel coletivo, para que os estudantes compartilhem suas descobertas ao longo deste percurso. Este mural
pode ser físico ou virtual, e será elaborado e alimentado pelos próprios estudantes, em caráter processual, como forma
de conectar e integrar os conhecimentos construídos pela turma. Comecem pelo mapa mental elaborado durante esta
atividade. Ele pode ser um excelente início para o painel coletivo, pois dá abertura aos diversos formatos de registro (escrito,
gráfico, au- diovisual etc.)

AVALIAÇÃO
Para encerrar, proponha uma rodada de avaliação do percurso: solicite que os estudantes registrem (em desenhos
ou palavras) como se reconhecem enquanto parte das manifestações culturais estuda- das, indicando os elementos que
significam como próprios de si mesmos ou de seu contexto. Desta forma, medeie a construção de um mapa mental da turma
sobre como se apropriam das heranças culturais brasileiras estudadas.
COMPONENTE 1 [ TRADIÇÕES CULTURAIS
]

ATIVIDADE 2

INTRODUÇÃO
Semana 1: 2 aulas

Professor, retome com os estudantes seus conhecimentos e experiências com as linguagens da dança e do
teatro. Reproduza trechos dos vídeos analisados na etapa anterior, bem como os registros em vídeo
produzidos pelos estudantes; e promova a apreciação com foco nessas linguagens, orientando que a turma
observe e registre o que, nos vídeos apresentados, identificam como movimentos de dança, como
movimentos de teatro e como gestos. Em diálogo com os estudantes, aprofunde a análise das
manifestações, identificando os recursos usados da dança e do teatro e suas intencionalidades nessas
apresentações.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 2 e 3: 4 aulas

Retome a etapa inicial desta atividade, recuperando com os estudantes os elementos de dança e teatro
elencados por eles. Em diálogo com a turma, resgate também seus conhecimentos sobre os elementos
constitutivos da dança (espaço, tempo, peso e fluência - estudados por Rudolf Laban), e sobre a
teatralidade dos gestos, consolidados nos anos anteriores. Para enriquecer esta discussão, você pode
consultar os materiais de apoio ao professor de Arte, disponíveis no link https://cutt.ly/nRJygqZ.
Então, promova uma oficina de estudos do movimento, aplicando a metodologia Rotação por estações de
aprendizagem. Esta metodologia permite que o professor planeje atividades diferentes sobre um mesmo
tema - criando estações de aprendizagem - para serem realizadas em grupos, com tempo determinado. Os
grupos se revezam entre as estações, de maneira que, ao final da atividade os estudantes tenham o
delineamento do assunto como um todo.

Utilizando espaços alternativos da escola (salas de aulas vazias, pátio, quadra, biblioteca, teatro etc.), crie
cinco estações de experimentação do movimento: ESPAÇO / TEMPO / PESO / FLUÊNCIA / GESTUALIDADE

A proposta é que os estudantes retomem as células coreográficas elaboradas na Atividade 1 e, em cada


estação, experimentem as variações de cada elemento proposto, investigando novas configurações para as
sequências criadas anteriormente.

Por fim, estabeleça um tempo para que os estudantes reformulem as células coreográficas. Neste
momento, eles devem resgatar as manifestações culturais em que se basearam, observar quais fatores do
movimento, qualidades de movimento e tipos de gestualidade prevalecem nelas e imprimir esses
elementos na coreografia de maneira intencional.

SAIBA MAIS
Saiba como planejar uma aula em rotação por estações de aprendizagem. Disponível em:
https://cutt.ly/5RJyxwA. Acesso em: 10 set. 2021.
COMPONENTE 1 [ TRADIÇÕES CULTURAIS
]

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 4: 2 aulas

Estimule-os a realizar o registro (escrito, gráfico ou audiovisual) destas percepções e completar o mapa mental
que vocês iniciaram na atividade anterior. Assim, sob sua mediação, a turma vai significando o caminho que
está sendo tecido e, ao mesmo tempo, percorrido neste percurso formativo.

AVALIAÇÃO
Professor, organize este momento como de compartilhamento e significação das produções dos estudantes, em
processo de autoavaliação. Resgate com eles o processo desenvolvido até aqui, pedindo para que
registrem e compartilhem suas reflexões sobre as seguintes questões norteadoras: a partir da recriação da
tradição cultural vivenciada nesta atividade, como você se percebe em relação a esta tradição?
Retomando seus registros no mural coletivo acerca da atividade anterior, houve mudança na
autopercepção de pertencimento cultural? Que valores foram ressignificados? Que possibilidades expressivas
você desenvol- veu? Como avalia sua criação?
COMPONENTE 1 [ TRADIÇÕES CULTURAIS
]

ATIVIDADE 3

INTRODUÇÃO
Semana 1: 2 aulas

Professor, para iniciar esta atividade, estabeleça um diálogo com os estudantes sobre os personagens que
se apresentam nas manifestações culturais que escolheram. Neste momento, você pode trazer questões
como: que personagens você identifica na manifestação cultural que escolheu? Como eles aparecem?
Quais são suas principais características? Que histórias eles contam? Que tipo de movimento realizam?

Em seguida, amplie o recorte, resgatando os conhecimentos dos estudantes sobre a construção do


personagem. Discuta com eles que elementos podem compor um personagem e como imaginam que os
artistas os concebem.

Prepare a turma para a segunda etapa desta atividade, solicitando que, nos grupos de trabalho, os
estudantes realizem uma observação mais atenta aos personagens das manifestações que escolheram.
Oriente que direcionem o olhar para os pontos de atenção elencados na conversa inicial.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
Professor, vale conversar com os demais componentes, em especial, “Práticas corporais de lutas: heranças culturais”,
que aborda a capoeira na Atividade 3. Esse componente pode colaborar na discus- são, fazendo uma comparação
entre os personagens escolhidos pelos estudantes e como se dá a contextualização nesse outro componente, retomando ao
final dessa atividade.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 2 e 3: 4 aulas

Organize a turma em círculos para que compartilhem suas observações. Aprofunde esta análise, propondo
uma reflexão sobre como os elementos observados ajudam na construção do personagem.

Em seguida, peça para que, nos grupos de trabalho, cada estudante eleja um personagem da manifestação
cultural escolhida para estudar. Para este momento, você pode agendar o uso dos computadores da escola,
ou da biblioteca, ou permitir que os estudantes utilizem seus smartpho- nes para a consulta. Oriente,
então, que realizem uma pesquisa individualmente, por meio da metodologia ativa Storytelling, que
consiste em criar uma narrativa ou contar uma história sobre o personagem. Divida a pesquisa em duas
etapas, investigando:

• Etapa 1 Quem ele é? Como vive? O que quer? Onde está/vive? Em que tempo? Quais suas ca- racterísticas
físicas? Quais suas características comportamentais? Qual seu estado de espírito? O que representa? O que
comunica?

• Etapa 2 Que gestos predominam? Que qualidades do movimento utiliza para comunicar os elementos
estudados na Etapa 1?
COMPONENTE 1 [ TRADIÇÕES CULTURAIS
]

Crie, então, uma oficina de estudos do movimento, de maneira que o estudante vivencie as qua- lidades de
movimento observadas. Solicite que explorem esses gestos e movimentos, experimentando diferentes
combinações e configurações, como forma de construir, para si mesmo, o perso- nagem em questão. Para
isso, sugira que utilizem os espaços alternativos da escola (quadra, salas de aulas vazias, pátio, teatro etc.).

Por fim, peça que retornem aos grupos e elaborem uma apresentação dos personagens estudados, com
elementos verbais e corporais: os estudantes devem falar sobre os personagens presentes nas
manifestações culturais e demonstrar, corporalmente, sua gestualidade, inserindo a participação dos
demais estudantes nessa oficina de estudos do movimento.

SAIBA MAIS
Teatro e dança: Repertórios para a educação - Volume 2 - As linguagens do Teatro e da
Dança e a sala de aula - Capítulo Ler a dança com todos os sentidos - Lenira Rengel, página
43. Esse material também se encontra disponível em: https://cutt.ly/GRJyKEX. Acesso em: 05
ago. 2021.

ATPC - Tecnologia e Inovação: Narrativas digitais - Disponível no CMSP:


https://www.youtube.com/watch?v=5fzeRYHaAUk. Acesso em: 11 ago. 2021.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
O componente “A cultura e seus sentidos” traz uma atividade lúdica sobre estrangeiros, essa atividade pode auxiliar o
estudante na construção da narrativa das etapas 1 e 2.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 4: 2 aulas

Neste momento, organize o compartilhamento dos estudos realizados. Por grupos, os estudantes devem
apresentar o que foi elaborado como produto de seus estudos. Em seguida, proponha uma reflexão
coletiva sobre o papel da gestualidade na construção do personagem, e sobre como a gestualidade
materializa as características dele, fazendo um paralelo com o fato de que, em situações cotidianas, o corpo
materializa também nossas características, desejos, anseios e medos.

AVALIAÇÃO
Durante esta reflexão, observe como os estudantes discursam sobre a edificação do personagem por meio do
movimento e sobre as relações que traçam entre movimento e expressão. Como a narrativa do perso-
nagem e sua gestualidade conversam com a manifestação que ele pertence?
COMPONENTE 1 [ TRADIÇÕES CULTURAIS
]

ATIVIDADE 4

INTRODUÇÃO
Semana 1: 2 aulas

Para iniciar esta atividade, em diálogo com a turma, retome os registros acerca dos elementos que ajudam na
construção do personagem, estudados na Atividade 3. Encaminhe a discussão de modo que reflitam sobre
outros elementos, além do movimento, que ajudam a construir o personagem.

Apreciem o vídeo Território do Brincar | Série MiniDocs | Brincantes e brincadeiras com o bumba-
-meu-boi do Maranhão (Disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=ZA2UYvqtlbE. Acesso
em: 18 out. 2021.) e proponha uma conversa baseada nas seguintes questões: quais elementos visuais
ajudam a construir o personagem nesta manifestação? Como os personagens estão caracterizados? Que
pistas os acessórios e as vestimentas dão sobre cada personagem apresentado?

Encerre esta etapa da atividade refletindo com os estudantes sobre o que a caracterização do personagem
envolve: profissionais, materiais e concepções, de maneira que compreendam o pro- cesso de confecção
para esta caracterização.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
Dois componentes podem auxiliar o estudante nessa atividade de construção de personagens: O componente
“Ressignificando a formação do povo brasileiro”, que traz uma pergunta norteadora - Como perce- ber se as histórias de
vida narradas dialogam com a história do povo brasileiro? e “A cultura e seus sen- tidos”, que traz uma reflexão sobre
vestimentas, costumes e modos. Esses componentes também podem auxiliá-lo na próxima atividade.

SAIBA MAIS
Complexo Cultural do Bumba meu boi do Maranhão - Disponível em IPHAN:
http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/80. Acesso em: 05 ago. 2021

DESENVOLVIMENTO
Semanas 2 e 3: 4 aulas

Professor, solicite que os times retomem os personagens estudados, agora com um olhar sobre suas
vestimentas, acessórios e outros recursos formais/visuais que os caracterizam. Em diálogo com os
estudantes, reflitam sobre que papéis estes personagens assumem em seus contextos e como poderiam
ser recriados no contexto dos estudantes (espaço-tempo em que vivem), considerando como as
vestimentas e acessórios materializam os valores que os personagens carregam.

Em diálogo com a turma, resgate também seus conhecimentos sobre os elementos constitutivos da dança e
COMPONENTE 1 [ TRADIÇÕES CULTURAIS
do teatro, consolidados nos Anos Finais do Ensino Fundamental, em especial, no 8º ano, sobre o figurino.
]

Para enriquecer esta discussão, você pode consultar os materiais de apoio ao professor de arte, disponíveis
no link: https://cutt.ly/sRJuwJJ.

Vale recuperar ainda o vídeo apreciado na Atividade 1, Clipe Instituto Brincante (disponível no link:
https://cutt.ly/0RJuoWb, Acesso em: 11 nov. 2021), para observar como os elementos visuais/formais são
apropriados e transformados de acordo com as práticas de cada artista.

Peça que, a partir deste estudo, realizem um esboço (por meio de recursos gráficos, como colagens,
desenhos físico ou digital, por exemplo) de como poderiam caracterizar os personagens da manifestação
cultural que escolheram, considerando seus olhares sobre as relações entre esta manifestação e o contexto
dos estudantes, bem como seus limitantes: tempo, material e equipamento disponíveis. Neste esboço,
podem apontar as formas, cores e materiais que pretendem utilizar.

Os momentos seguintes serão dedicados à confecção dos figurinos e adereços que irão carac- terizar os
personagens. Disponibilize material gráfico e de artesanato (papéis diversos, canetas esferográficas e
hidrográficas, lápis de cor, giz de cera, tintas e pincéis, retalhos de tecidos, fitas de tecido, fitas adesivas,
isopor, cola, papelão, botões, glitter, lantejoulas, entre outros materiais disponíveis) para que
confeccionem, em grupos, alguns dos elementos esboçados. Circule entre os grupos, para apoiar o
momento de criação e concepção, bem como para compreender como os estudantes estão significando
este momento.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 4: 2 aulas

Para encerrar esta atividade, organize uma exposição das produções dos estudantes. Solicite que cada
grupo disponha seus adereços, figurinos e esboços de maneira que os outros estudantes tenham acesso. Os
estudantes podem questionar os processos e os produtos, dando aos colegas a oportunidade de comunicar
a ideia das produções. Por fim, reflita coletivamente sobre o papel dos elementos visuais nas manifestações
culturais estudadas, retomando também a reflexão desenvolvida na Atividade 3, sobre o papel da
gestualidade na construção do personagem.

SAIBA MAIS
Em sua escola, busque os materiais disponibilizados pelo Programa Cultura é Currículo.
Entre eles, há o livreto “Heranças Culturais”, que pode auxiliá-lo tanto na organização de
uma exposição dos trabalhos desenvolvidos nesse componente, como também na
organização de uma visita a instituições que conservem o patrimônio cultural, caso haja em
sua região. Esse material também está disponível em: https://cutt.ly/vUi1lTH. Acesso em: 05
ago. 2021.

AVALIAÇÃO
Observe, nas falas dos estudantes, se e como compreendem a construção do personagem por meio das relações
entre os elementos visuais e o movimento, bem como o papel desses elementos na materializa- ção dos valores que
essas tradições carregam. Os estudantes foram capazes de perceber e identificar como as tradições estão
presentes nos figurinos dessas manifestações? Como as narrativas são transmitidas por meio da gestualidade e
dos figurinos e adereços?
COMPONENTE 1 [ TRADIÇÕES CULTURAIS
]

ATIVIDADE 5

INTRODUÇÃO
Semana 1: 2 aulas

Professor, o objetivo desta última atividade é mobilizar os saberes construídos ao longo da trajetória de
maneira que o estudante se reconheça como parte, portador e agente das tradições culturais. Para isso,
comece retomando com os estudantes o que aprenderam em cada Atividade. Oriente que recuperem as
células coreográficas criadas na Atividade 1, bem como os estudos so- bre ela e sobre as manifestações
culturais escolhidas, realizados nas Atividades 2, 3 e 4.

A proposta é que os estudantes elaborem uma cena coreográfica que materialize os valores e significados
das manifestações culturais estudadas ao mesmo tempo que atualiza estas tradições, expressando as
relações que eles traçam entre tais manifestações e os contextos em que vivem. Então, neste momento,
solicite que os grupos de trabalho desenvolvam um projeto de apresenta- ção cênica, envolvendo os
estudos sobre os movimentos dançados e teatrais desenvolvidos nesto semestre.

Para auxiliar na elaboração deste projeto, sugira que se orientem (descrevam e registrem) pelos seguintes
tópicos:

Sobre a concepção do tra- Sobre a organização do Sobre a apresentação Sobre outros re-
balho: trabalho: cênica: cursos:
• Manifestação cultural • Papel de cada estudante • Registro coreográfico • Figurinos e
escolhida; na produção e na (gráfico ou escrito); adereços;
• Valores que expressa; apresentação; • Sonoridade; • Outros
• Personagens apresentados; • Ferramentas e • Tempos e movimentos; elementos
equipamentos visuais.
• Qualidades de movimento • Inserção do
necessários;
predominantes; personagem;
• Materiais necessários
• Gestualidade • Expressões verbais
predominante;
• Relações com o contexto
atual

DESENVOLVIMENTO
Semanas 2 e 3: 4 aulas

Dedique esta etapa à elaboração, produção e ensaio da apresentação cênica. Incentive os estudantes a
utilizarem espaços alternativos da escola para trabalhar, acompanhando suas produções, de maneira a
colaborar com seus processos criativos.

Lembre os estudantes de que a apresentação cenográfica deve envolver movimentos dançados e teatrais,
imprimindo na gestualidade as relações que traçam entre as tradições culturais e o contexto atual.
Estimule-os também à inserção dos personagens e elementos visuais que os caracterizam, confeccionados
na Atividade 4. Por fim, os estudantes devem, sob sua mediação, organizar uma mostra cênica para
compartilhar suas produções.
DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
Converse com os demais componentes, em especial, Diálogos com a literatura - a cultura em contexto, pois
refletiram sobre diversos textos que conversam com algumas manifestações culturais e podem enriquecer
ainda mais essa produção final.
COMPONENTE 1 [ TRADIÇÕES CULTURAIS

SISTEMATIZAÇÃO
]

Semana 4: 2 aulas

Após apreciação das produções dos grupos de trabalho, reflita com os estudantes sobre como as tradições
culturais estão presentes no contexto atual: costumes e hábitos, usos do corpo, valores e relações de
poder. Aprofunde o debate, refletindo acerca os preconceitos e estereótipos que essas tradições podem
evocar, quando analisadas sob uma ótica descontextualizada. Estimule ainda ponderações sobre como
esses preconceitos e estereótipos podem ser dissolvidos por meio da sensação de pertencimento às
tradições culturais.

AVALIAÇÃO
Para encerrar esto semestre, oriente que os estudantes considerem a trajetória que realizaram até aqui, por meio
de uma autoavaliação norteada pelas questões: como você se reconhece enquanto parte das tradições culturais?
Como se percebe portador dessas tradições? Como se reconhece enquanto agente delas? Há relações entre essas
tradições e seu Projeto de Vida?

Observe, nas respostas dos estudantes, como significam a trajetória percorrida neste componente en- quanto
pertencentes às tradições e agentes culturais de seu meio. Em função do acompanhamento que realizou ao
longo das atividades propostas neste percurso, de seus registros sobre falas e produções dos estudantes,
prepare uma devolutiva para o coletivo da turma ou, se for o caso, para grupos ou até estu- dantes individualmente.
Destaque os avanços, conquistas, aprendizagens em relação ao que se esperava deles neste percurso. Para isso,
retome as habilidades listadas no início do documento, esperadas para o desenvolvimento dos jovens
COMPONENTE 2 [ PRÁTICAS CORPORAIS DE LUTAS: HERANÇAS CULTURAIS ]

ATIVIDADE COMPLEMENTAR

PRÁTICAS CORPORAIS DE LUTAS:


HERANÇAS CULTURAIS
DURAÇÃO: 40 horas
AULAS SEMANAIS: 2
QUAIS PROFESSORES PODEM MINISTRAR ESTE COMPONENTE: Educação Física..

INFORMAÇÕES GERAIS:

No componente Práticas corporais de lutas: heranças culturais o estudante terá a oportunidade de


refletir sobre heranças culturais e aprofundar conhecimentos presentes em práticas corporais de lutas
brasileiras, analisando aspectos históricos, resgatando e ressignificando as tradições, a evolução e
representatividade na sociedade atual. Experimentar gestos e movimentos corporais e apreciar os lados
artístico e cultural presentes em práticas corporais de lutas, além de refletir e dialogar sobre os
preconceitos e estereótipos presentes no universo das mesmas. O estudo e pesquisa de práticas
corporais de lutas presentes nas culturas juvenis e nas matrizes indígenas e afro brasileira e nas de
origem oriental será sistematizado pelos estudantes na elaboração, execução e avaliação de uma oficina
de luta para os colegas, com apoio do professor, fortalecendo o desenvolvimento de habili- dades de
mediação e intervenção sociocultural. Por fim, as produções dos estudantes serão apresen- tadas em uma
mostra cultural que integra os componentes do aprofundamento.

Objetos de conhecimento: Práticas corporais de lutas brasileiras: pesquisa e experimentação de lutas de


matrizes indígenas e afrodescendentes; reflexão sobre atividades e hábitos tradicionais históricos de
diferentes lutas brasileiras (Capoeira, Huka Huka, Marajoara, entre outras); curado- ria de informações
sobre o patrimônio e herança cultural; promoção do combate a estereótipos e a preconceitos.

Competências e Habilidades da Formação Geral Básica a serem aprofundadas: Competências 5.

Selecionar e utilizar movimentos corporais de forma consciente e intencional para interagir


EM13LGG501 socialmente em práticas da cultura corporal, de modo a estabelecer relações construtivas,
éticas e de respeito às diferenças.

Analisar criticamente preconceitos, estereótipos e relações de poder presentes nas prá-


EM13LGG502 ticas corporais, adotando posicionamento contrário a qualquer manifestação de injustiça
e desrespeito a direitos humanos e valores democráticos.
COMPONENTE 2 [ PRÁTICAS CORPORAIS DE LUTAS: HERANÇAS CULTURAIS ]
Eixos Estruturantes e suas Competências e Habilidades: Investigação Cientifica, Processos criativos e Intervenção e mediação
sociocultural.

Investigar e analisar a organização, o funcionamento e/ou os efeitos de sentido de enunciados e


discursos materializados nas diversas línguas e linguagens (imagens es- táticas e em movimento;
EMIFLGG01
música; linguagens corporais e do movimento, entre outras), situando-os no contexto de um ou
mais campos de atuação social e considerando da- dos e informações disponíveis em diferentes
mídias.

Selecionar e mobilizar intencionalmente, em um ou mais campos de atuação social, re- cursos


EMIFLGG05 criativos de diferentes línguas e linguagens (imagens estáticas e em movimento; música;
linguagens corporais e do movimento, entre outras), para participar de projetos e/ou processos
criativos.

Propor e testar estratégias de mediação e intervenção sociocultural e ambiental, sele- cionando


EMIFLGG09 adequadamente elementos das diferentes linguagens

Os Eixos estruturantes de cada etapa das atividades são indicados pelos seguintes ícones:

Investigação Científica Empreendedorismo

Processos Criativos Mediação e Intervenção Sociocultural


COMPONENTE 2 [ PRÁTICAS CORPORAIS DE LUTAS: HERANÇAS CULTURAIS ]

ATIVIDADE 1

INTRODUÇÃO
Semana 1: 2 aulas

Nesta atividade, os estudantes serão mobilizados a refletir sobre a presenças das práticas corporais de lutas
nas culturas juvenis, observar significados, semelhanças e diferenças entre lutas de diferentes matrizes
culturais.

Professor, forneça para a turma uma visão geral sobre o percurso deste aprofundamento. Em seguida,
solicite que os estudantes compartilhem atividades e produções voltadas para o público juvenil que fazem
referência às práticas corporais de lutas como jogos de videogame, filmes, de- senhos animados,
quadrinhos, programas de televisão ou internet, grafites e grupos de práticas em espaços da comunidade.

Solicite que explicitem que tipos de lutas estão presentes nestas práticas e que sentidos são atribuídos a
elas. Como a defesa pessoal, a luta do bem contra o mal, preparação para a guerra, desenvolvimento
filosófico e ético etc. Você poderá registrar na lousa ou em uma ferramenta digital, as atividades,
referências e análises das lutas que os jovens trazem.

Para preparar essa atividade e refletir sobre a presença das lutas, nas culturas juvenis, você pode acessar
pesquisas sobre o tema bem como produções cultivadas pelos estudantes. Desta forma, sua mediação
pedagógica pode dialogar de maneira mais efetiva com o universo cultural dos jovens.

SAIBA MAIS
PINTO, Luiz Felipe Machado. De Karatê Kid à Cobra Kai: uma análise da construção de
sentidos nas artes marciais pela mídia. Revista Livre de Cinema, uma leitura digi- tal sem
medida (super 8, 16, 35, 70 mm, ...), v. 8, n. 2, p. 173-187, 2021. Disponível em:
https://cutt.ly/FRgwjZs. Acesso em: 01 ago. 2021.

Karatê Kid - A Hora da Verdade (The Karate Kid) - Trailer Legendado. Disponível em:
https://cutt.ly/YRgwJz6. Acesso em: 29 jul.2021.

Exemplos de Games:
Graphical Evolution of Karate Kid Games (1986-2020). Disponível em:
https://cutt.ly/7RgeuK5. Acesso em: 29 jul. 2021.

33
Street Fighter V: Arcade Edition – Cinematic Opening. Disponível em:
https://cutt.ly/GRge66o. Acesso em: 30 jul. 2021.
COMPONENTE 2 [ PRÁTICAS CORPORAIS DE LUTAS: HERANÇAS CULTURAIS ]
A partir do conhecimento inicial dos estudantes sobre as lutas, questione se os estudantes acreditam que
filmes de lutas, games, quadrinhos, programas de televisão, grupos comunitários influenciam a escolha dos
jovens em praticar lutas. Pergunte também se praticam ou conhecem pessoas na família ou comunidade
que cultivam alguma modalidade de luta. Quais modalidades e por quanto tempo? Organize com a turma
uma lista de lutas que conhecem, praticam ou acom- panham e comente com os estudantes que dados
populacionais têm indicado o crescimento das práticas de lutas na população brasileira. Solicite que os
estudantes levantem hipóteses sobre os motivos que têm levado mais pessoas a praticar lutas. Se julgar
relevante mostre para a turma a notícia do Ministério da Saúde indicada a seguir.

SAIBA MAIS
Notícia do Ministério da Saúde: Corrida e artes marciais crescem entre os brasileiros. Disponível
em: https://cutt.ly/RRgtkhu. Acesso em: 27 jul. 2021.

Convide os estudantes a experimentar algumas possibilidades de gestos e movimentos utilizados em


diferentes lutas, solicite que observem a mobilidade corporal dos golpes.

Peça aos estudantes que se desloquem pelo espaço livremente. Combine que, durante os deslo- camentos,
você irá propor alguns movimentos presentes nas lutas que eles deverão executar in- dividualmente.
Ressalte que, na execução, devem imaginar um oponente, porém devem observar distância dos colegas
para evitar choques. Exemplos de comandas: chute com o peito do pé, chute com a sola do pé, chute com
movimento giratório; socos frontais, socos laterais, soco de baixo para cima, defesa abaixo da linha da
cintura, defesa na altura do tronco e defesa na altura da cabeça.

Você poderá propor a continuidade desses movimentos de lutas em duplas, relacionando o movimento de
ataque com movimento de defesa, pode-se ainda explorar movimentos de desequilíbrio e imobilização.
Para segurança, lembre-se do respeito nas duplas em que num momento você fará o papel do atacante e
em outro de defensor, ninguém pratica sozinho. Você pode resgatar com a turma experiências prévias de
jogos de oposição, como os descritos em texto referenciado a seguir.

Finalize a proposta selecionando estudantes que tenham vivência maior com lutas. Peça que de-
monstrem 2 ou 3 movimentos das lutas que praticam, nomeando-os e explicando suas funções. Os demais
experimentam os gestos e movimentos demonstrados. Ao final da prática proponha roda de conversa
sobre as sensações e percepções corporais vivenciadas bem como as atitudes de respeito e cuidado com o
outro.

SAIBA MAIS
DE SOUZA JUNIOR, Tácito Pessoa; DOS SANTOS, Sérgio Luiz Carlos. Jogos de oposi- ção: nova
metodologia de ensino dos esportes de combate. 2010. Disponível em: https://cutt.ly/ORgtZ0v.
Acesso em: 28 jul. 2021.

34
FURTADO, Renan Santos; PINHEIRO, Elaine Cristina Monteiro; VAZ, Alexandre Fernandez. Lutas
no ensino médio: conhecimento e ensino. Cadernos de Formação RBCE, v. 10, n. 1, 2019.
Disponível em: https://cutt.ly/iRgywuz. Acesso em: 28 jul. 2021
COMPONENTE 2 [ PRÁTICAS CORPORAIS DE LUTAS: HERANÇAS CULTURAIS ]

DESENVOLVIMENTO
Semanas 2 e 3: 4 aulas
Selecione textos ou excertos de textos que abordem aspectos culturais e históricos de quatro lutas que
representem matrizes culturais diversas: indígenas, afro-brasileiras e orientais. Priorize as lutas citadas
pelos estudantes e solicite que se organizem em grupos, de modo que cada grupo possa se aprofundar no
estudo de uma das lutas. Garanta que os textos ou excertos tenham vo- lume de leitura equilibrado para
que os grupos possam trabalhar de forma simultânea. Sugestão de temas e textos por grupo:

• Grupo 1 - Luta indígena Huka-Huka: Revista Trip. Anderson Silva no Xingu. Disponível em:
https://cutt.ly/SRgydMx. Acesso em: 28 jul. 2021.

• Grupo 2 – Capoeira: Mundo das artes marciais. Capoeira. Regional. Disponível em:
https://cutt.ly/hRgyjBj. Acesso em: 28 jul. 2021.

• Grupo 3 – Caratê: Wikipedia. Caratê. Arte das mãos oquinauenses. Disponível em:
https://cutt.ly/dRgyQuN. Acesso em: 28 jul. 2021.
• Grupo 4 - Muay Thai: Wikipedia. Muay Thai. Disponível em: https://cutt.ly/aRgyOe1. Acesso em: 28
jul. 2021.

Solicite que os estudantes leiam os textos e discutam em grupo a partir de questões problematizadoras
como: em que contexto histórico e cultural a luta foi criada? Que sentidos tinha e que sentidos têm hoje?
Quais os significados dos gestos no início de cada luta (saudação inicial e/ou final)? O que caracteriza a luta
estudada e qual sua origem cultural? A luta estudada tem presença em práticas das culturas juvenis?
Quais? Onde a luta estudada é divulgada e onde se pode aprender mais sobre ela? Cada grupo irá registrar
e socializar suas descobertas para o restante da turma. Convide-os a pesquisarem em outras fontes na
internet mais informações sobre cada luta.

Ao final da discussão, proponha que os estudantes selecionem alguns golpes que se assemelham aos das
lutas indicadas nos textos e crie com eles um circuito de práticas de movimentos de lutas. Por exemplo:
Estação 1 - combate com agarre, luta de chão. Estação 2 - chutes e movimentos giratórios. Estação 3 -
socos e esquivas. Estação 4 - ginga. Avalie se é possível envolver os pró- prios estudantes na criação e
descrição dos movimentos como base em suas experiências prévias. Explique que nessa proposta, o intuito
é praticar gestos e movimentos de forma exploratória e não técnica. Ao final da prática, solicite aos
estudantes que registrem suas impressões destacando a saudação inicial das lutas praticadas e seu
significado, o movimento corporal desses golpes e as características culturais e significação com a herança
dos povos que a criaram.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
O componente 5 – “A cultura e seus sentidos”, traz uma reflexão sobre como nós percebemos a cultura. Essa abordagem
contribui para a reflexão sobre a cultura como identidade. Sugerimos que os estu- dantes utilizem as referências
indicadas na atividade do componente 5 para aprofundar o debate de como essa identidade se faz presente nas lutas.

SISTEMATIZAÇÃO 33
Semana 4: 2 aulas

Convide os estudantes a construir um quadro comparativo das lutas estudadas nesta primeira atividade. O
objetivo é evidenciar as heranças culturais, gestos e movimentos, os significados das lutas em suas origens
e nas práticas contemporâneas e sua presença nas culturas juvenis e nas mídias. Esse quadro será revisto e
alimentado com novos itens e ou informações durante todo o desenvolvimento do semestre. Segue
COMPONENTE 2 [ PRÁTICAS CORPORAIS DE LUTAS: HERANÇAS CULTURAIS ]
sugestão de itens para compor o quadro. Você pode decidir com a participação dos estudantes que
elementos podem guiar o estudo comparado das diferentes lutas. Segue sugestão:

Huka Huka Capoeira Caratê Muay Thai

saudação inicial

origem cultural

34
COMPONENTE 2 [ PRÁTICAS CORPORAIS DE LUTAS: HERANÇAS CULTURAIS ]

gestos e movimentos de de- fesa e


ataque
significados culturais para quem
criou
significados culturais para quem
pratica hoje

presença nas culturas juvenis

meios de divulgação

Professor, após os estudantes construírem o quadro, proponha uma leitura compartilhada em que os grupos
possam, se for o caso, completar a construção uns dos outros. O quadro permite reunir um panorama mais
amplo do universo das lutas que permita observar diferenças e semelhanças entre as práticas corporais de
lutas, suas heranças e representatividades culturais. Após o preenchimento do quadro, que pode
acontecer na lousa, em repositório digital ou em mural coletivo promova diá- logos com e entre os
estudantes para que observem características que aproximam e distanciam as diferentes práticas corporais
de lutas, suas representatividades sociais nas mídias e nas culturas juve- nis e levantem hipóteses sobre o
que leva determinadas lutas a serem mais populares do que outras.

A partir deste primeiro estudo, as próximas atividades do componente irão se estruturar como
aprofundamentos da cultura de cada uma das quatro lutas selecionadas com a turma com a seguinte
dinâmica: na atividade 2, cada grupo vai pesquisar, sob sua orientação, aspectos culturais, gestos e
movimentos de uma das lutas presentes na cultura brasileira, incluindo luta de matriz indígena e afro-
brasileira, em seguida os estudantes irão elaborar uma oficina para os colegas, cujo planejamento,
execução e avaliação será orientado por você. Como sugestão na Atividade 3 os objetos serão: luta
indígena Huka-Huka e Capoeira; na Atividade 4: Caratê e Muay Thai. O protagonismo dos estudantes
na pesquisa e elaboração de oficinas para os colegas de turma ao longo do semestre, permitirá que os
estudantes participem da Mostra Cultural, juntamente com os demais componentes do aprofundamento,
durante a atividade 5. Para garantir a organização das próximas atividades, organize com os estudantes os
grupos de trabalho e apresente a proposta de produção da oficina. Explique que antes da realização da
oficina com os colegas, o grupo deverá apresentar o planejamento da oficina para que você possa dar
devolutivas e orientações, bem como apoiá-los na organização de materiais.

AVALIAÇÃO
Professor, organize com os estudantes um momento de autoavaliação da construção do quadro a partir de
algumas questões como: Que informações conseguimos encontrar e quais ainda podemos aprofundar? O que nos
chamou atenção no estudo de cada luta para que possamos fazer escolhas de aprofundamento do estudo nas
próximas atividades?
COMPONENTE 2 [ PRÁTICAS CORPORAIS DE LUTAS: HERANÇAS CULTURAIS ]

ATIVIDADE 2

INTRODUÇÃO

Pesquisa e planejamento de oficinas de lutas Semana 1: 2 aulas

Proponha aos estudantes a experimentação de uma oficina de gestos e movimentos de uma das lutas
selecionadas para o desenvolvimento da atividade 1. Elabore o planejamento detalhado da oficina para
compartilhar com os estudantes, pois ele será modelar para os grupos elaborarem suas próprias oficinas
sob sua supervisão. Antes da prática, compartilhe com os estudantes este planejamento e explique que os
grupos irão produzir seus planejamentos a partir desta referência trazida por você. Comente que esse
trabalho se articula com o desenvolvimento do protagonismo comunitário e de habilidades de mediação e
intervenção sociocultural, conectando os jovens a experiência de atuação em atividades de trabalho que
envolvem compartilhar saberes com co- legas e públicos variados. Resgate experiências prévias dos jovens
na participação em oficinas e solicite que descrevam qualidades de um bom mediador de atividades
práticas como: clareza e objetividade na comunicação, adequada gestão do tempo, capacidade de criar
ambiente acolhe- dor e motivador de todos os participantes. Ressalte que o planejamento de uma oficina
envolve a identificação das necessidades e singularidades do grupo, a escolha do tema, a definição de
objetivos, materiais e espaços bem como a descrição das atividades com adaptações para inclusão de todos
e do passo a passo do que será desenvolvido, com previsão do tempo destinado a cada atividade. Garanta
que no seu planejamento compartilhado com os estudantes esses passos este- jam identificados. Comente
sobre os cuidados que devem ser respeitados na elaboração de uma oficina: reserva de espaços e
equipamentos necessários com antecedência; avaliação do perfil dos participantes; planejamento
cuidadoso das etapas com previsão do tempo destinado a cada uma delas; definição clara da função de
cada mediador da oficina durante a execução do trabalho, por isso é importante que os estudantes que
compõem o grupo se organizem antecipadamente.

A boa gestão da comunicação com os participantes para que os mediadores sejam escutados e vistos
durante as atividades, o desenvolvimento de estratégias de observação dos participantes para que possa
haver correção de percurso durante às atividades, prever etapa de acolhimento e apresentação da
proposta e das etapas da oficina, enfim, estratégias para criar atmosfera inclusiva e participativa. Explique
para a turma que na próxima etapa do trabalho, cada grupo vai preparar e entregar para você o
planejamento da oficina. Dessa forma, você pode construir uma devolutiva qualificada e apoiar os
estudantes como co-mediador da oficina criada por eles.

SAIBA MAIS
FACILITANDO OFICINAS: Da teoria à prática. Disponível em: https://cutt.ly/kRgy3aB. Acesso
em: 01 ago. 2021.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 2 e 3: 4 aulas

Se possível, reserve o laboratório de informática para a realização das próximas aulas. Oriente os
estudantes a realizarem pesquisas sobre as lutas que serão objeto das oficinas, conforme escolhido pela
turma anteriormente. Você pode oferecer algumas referências de pesquisa previamente selecionadas e
COMPONENTE 2 [ PRÁTICAS CORPORAIS DE LUTAS: HERANÇAS CULTURAIS ]
retomar com a turma estratégias de busca e avaliação de fontes de pesquisa. como: uso de palavras-chave,
checagem da fonte da informação, leitura de mais de uma fonte tanto para a pesquisa de materiais escritos
como de imagens e vídeos que possam apoiar o trabalho. Você pode sugerir também que os grupos
convidem um praticante da luta estudada para participar da oficina organizada pelos estudantes.
Explique que cada grupo terá o tempo de uma aula para apresentar a oficina com apoio do professor.

Combine com os estudantes um roteiro de planejamento da oficina, como sugestão: contextualização


cultural: 10 minutos para que o(s) mediador(es) da oficina apresentem a origem cultural e a influência das
heranças culturais da luta estudada. Pode ser por meio de uma apresentação oral, apreciação de imagens
ou vídeos, encenação, dinâmica de grupo etc. Experimentação de gestos e movimentos: 25 minutos com
atividades que permitam a participação de todos, com caráter lúdi- co, individual, em duplas e ou coletivas.
Avaliação da oficina: 10 minutos. Ressalte que cada etapa deve ser descrita detalhadamente, incluindo os
materiais, equipamentos e espaços que serão ne- cessários. Circule pelos grupos oferecendo apoio para o
trabalho de pesquisa e planejamento da oficina. Forneça devolutivas para cada grupo aperfeiçoar a
proposta.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 4: 2 aulas

Solicite que os estudantes imprimam ou tragam nos celulares o arquivo digital do planejamento das
oficinas e possibilite que, no espaço da quadra, testem algumas de suas propostas com o próprio grupo.
Você pode organizar cantos para cada grupo na quadra, a fim de que possam vivenciar suas propostas e
realizar alterações no planejamento caso sintam necessidade.

Por fim, promova, com toda a turma, um momento de avaliação da oficina apresentada por você e do
processo de pesquisa e elaboração da oficina de cada grupo. Para nortear este momento, você pode utilizar
questões como: como você se sentiu ao vivenciar a oficina ministrada pelo professor? Foi possível
perceber o papel do planejamento desenvolvido pelo professor na condução da oficina? Que dificuldades
foram enfrentadas na pesquisa para o planejamento da luta escolhida pelo grupo? Foi possível finalizar o
planejamento da oficina e aperfeiçoá-la a partir do feedback do professor? Que pontos de atenção
precisam ser cuidados no desenvolvimento das oficinas?

Convide a turma a ampliar as informações do quadro comparativo de lutas que foi iniciado na atividade
integradora 1 para que percebam seus avanços em termos de reconhecimento das he- ranças culturais das
lutas estudadas. Combine com os grupos responsáveis pelas duas primeiras apresentações as datas de
desenvolvimento das oficinas de modo que tenham ao menos mais uma semana para ajustar e preparar o
trabalho para os colegas.

AVALIAÇÃO
Professor, observe que durante toda a atividade o processo de avaliação formativa esteve presente, pois os
estudantes puderam, sob sua mediação e contando com suas devolutivas, aperfeiçoar a pesquisa e o planejamento da
oficina.
COMPONENTE 2 [ PRÁTICAS CORPORAIS DE LUTAS: HERANÇAS CULTURAIS ]

ATIVIDADE 3

INTRODUÇÃO
Heranças culturais da Capoeira e da luta indígena Huka Huka Semana 1: 2 aulas
Professor, inicie a proposta retomando a avaliação da atividade 2, chame a atenção da turma para
possíveis pontos de atenção na preparação das oficinas pelos próximos grupos de trabalho, incluindo o
grupo que ficou responsável por protagonizar a oficina de Capoeira. Comente com a turma que esse
trabalho está conectado a preparação para o mundo do trabalho, pois no campo cultural há muitas
oportunidades de atuação profissional no desenvolvimento de oficinas para colegas de trabalho ou outros
públicos com interesse em atividades culturais que os estudantes conheçam ou venham a conhecer.
Explique que a proposta também desenvolve competências didáticas que podem ser utilizadas na atuação
profissional em treinamentos e troca de conheci- mentos entre times colaborativos. Nessa atividade, por
meio da pesquisa e experimentação da Capoeira e da luta indígena Huka Huka, os estudantes irão realizar
curadoria de informações sobre o patrimônio e herança cultural afro-brasileira e indígena.

Para qualificar os trabalhos e problematizações em torno das lutas escolhidas pelos estudantes, sugere-se
que, enquanto os estudantes aperfeiçoam suas propostas de oficina, você proponha tematizações em
torno da Capoeira e da luta indígena Huka Huka. Apresente para a turma algumas imagens de fotógrafos
que retrataram a prática da Capoeira e da luta indígena Huka Huka em nosso país. Escolha, se possível, para
a Capoeira um dos fotógrafos franceses, como Pierre Verger, que retrataram a Capoeira baiana nas
décadas de 1940 e 1950. Para a luta indígena Huka Huka, você pode apresentar imagens produzidas pelo
fotógrafo Olivier Boëls. Antes da apreciação das imagens explique para os estudantes quem são os
fotógrafos e em que contexto as fotografias foram produzidas e problematize com os estudantes o
interesse de fotógrafos estrangeiros sobre a cultura de lutas brasileira como o caso de Pierre Verger e
Olivier Boëls, fotógrafos franceses. Pro- mova a apreciação das imagens por meio de questões como: quem
são os praticantes das lutas?

Peça que identifiquem homens e mulheres, idades, cor da pele e levantem hipóteses sobre a con- dição de
vida e a ocupação das pessoas retratadas. A partir das respostas dos estudantes levante seus
conhecimentos prévios sobre a origem e evolução histórica da Capoeira e da luta indígena Huka-Huka. Em
seguida, apresente alguns conhecimentos históricos sobre a origem destas lutas. E avalie com os
estudantes qual delas é mais conhecida por eles e por quê. Aproveite o momento para perguntar se os
estudantes praticam capoeira e se há locais na comunidade para praticar. Levante se já presenciaram
alguma situação de preconceito relacionada à prática da Capoeira e debata com os estudantes possíveis
origens desses preconceitos. Proponha uma primeira experi- mentação de movimentos da Capoeira.

Na internet, você encontra materiais de referência em texto e vídeo sobre os principais gestos e
movimentos utilizados na capoeira. Dê prioridade inicialmente à exploração de gestos livres, no ritmo da
música, em seguida demonstre ou convide um dos estudantes para demonstrar a ginga e dois ou três
golpes de ataque e defesa e solicite que os estudantes praticam individualmente e depois em duplas.
Comente sobre como os movimentos devem priorizar a capacidade expressiva e não a habilidade técnica.
Procure trabalhar a percepção rítmica, gestos mais dançados e explo- ração das possibilidades de golpear
com mãos e pés de forma espontânea. Se você agregar esse trabalho ao conhecimento das técnicas básicas
da capoeira todos vão ter prazer. Valorize também atividades dois a dois e a vivência da roda, do canto e
das palmas. Relembre o grupo responsável pela pesquisa e preparação da oficina da Capoeira sobre o prazo
de entrega do planejamento da oficina e se necessário resgate às orientações realizadas na atividade 2.

Para a prática, selecione preferencialmente canções da Capoeira mais lentas, típicas da Capoeira de Angola.
Solicite que a turma se organize em duplas, frente a frente e utilizando a ginga, movimentos espontâneos e
aprendidos, em aulas anteriores, interajam no jogo a partir de algumas sugestões: realizar movimentos em
câmera lenta; surpreender o colega de jogo com uma careta; ao seu sinal, parar o jogo e começar a dançar
COMPONENTE 2 [ PRÁTICAS CORPORAIS DE LUTAS: HERANÇAS CULTURAIS ]

na dupla no ritmo das músicas da Capoeira; juntar duas duplas e jogar todos com todos, alternando os
movimentos como em uma dança coletiva; jogar de forma lenta, sem tirar uma das mãos do chão, para
valorizar movimentos no plano baixo; alternar golpes e movimentos de defesa com gestos dançados
como giros, caminhadas em roda e paradas. Em seguida, discuta com os estudantes o que sabem sobre a
origem e história da Ca- poeira e apresente sua cronologia, no Brasil, buscando relacionar os dados
históricos da prática com os conhecimentos sobre história do Brasil trazidos pelos estudantes. Ressalte o
surgimento da Capoeira como prática de resistência de negros escravizados, sua criminalização e a
discriminação que a prática ainda sofre por utilizar instrumentos e ritmos também utilizados em religiões
de matriz africana. Você pode utilizar o material produzido pelo site Politize “Capoeira e resistência”

(Disponível em https://www.politize.com.br/capoeira-um-ato-de-resistencia/. Acesso em: 10 ago. 2021).


Finalize ressaltando para os estudantes que irão apresentar a oficina como você estru- turou as aulas
práticas, para que reconheçam a experiência como modelar a fim de atuarem como mediadores da
próxima vivência com Capoeira.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
Professor, vale conversar com os demais componentes, em especial, “Tradições culturais”, que está traba- lhando
com o resgate de tradições culturais das danças brasileiras.

Capoeira. Portal do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN) Disponível em: https://cutt.ly/nRguxEv. Acesso em: 07 jul.
2021.

GONZÁLEZ; F. J. DARIDO; S.C.; BÁSSOLI DE OLIVEIRA (org.) Lutas, Capoeira e Práticas Corporais de Aventura, 2014. Disponível em:
https://cutt.ly/4Rgudjx. Acesso em: 02 ago. 2021.

Fundação Pierre Verger. Portfolios. Capoeira. Disponível em: https://cutt.ly/JRguCN2. Acesso em: 08 ago. 2021

Entre Tempos: fotografias registram universo de comunidade indígena do Xingu. Disponível em: https://cutt.ly/1Yx4fa3. Acesso
em: 08 ago. 2021.

Documentário criado por alunos da Faculdade Social da Bahia da disciplina Cultu- ra Corporal Indígena e Africana. Disponível
em: https://cutt.ly/xRgidqd. Acesso em: 25 jun. 2021.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 2 e 3: 4 aulas

Assim, como realizado com a Capoeira, nas duas primeiras aulas você irá mediar com a participação ativa
dos estudantes, problematizações em torno da luta indígena Huka Huka. Inicie a proposta, retomando com
a turma as imagens apreciadas anteriormente e o que sabem sobre a cultura indígena. Peça que retomem
memórias sobre suas vivências e experiências acerca da cul- tura indígena ao longo da Educação Básica.
Apoie a turma a levantar hipóteses sobre os significa- dos culturais das lutas indígenas brasileiras: por que
os povos indígenas brasileiros praticam lutas?

Divida a turma em três grandes grupos e solicite que cada grupo crie uma cena com recursos de expressão
corporal, que represente um grupo de indígenas em uma atividade cultural de escolha dos estudantes.
Solicite que cada grupo apresente sua cena para os demais e realize uma roda de conversa, a fim de
identificar como os indígenas são representados pelo conjunto de apresenta- ções. Peça que os estudantes
registrem, em seus cadernos, movimentos e gestos que os grupos utilizaram nas cenas e identifiquem que
representações da cultura indígena trazem. Problematize os estereótipos associados aos povos indígenas
presentes em atividades comemorativas do dia do índio e no uso de fantasias de Carnaval. Promova a
leitura e discussão dos textos relacionados a seguir. Solicite que os grupos leiam o material e o discutam a
partir de questões problematiza- doras, por exemplo: o texto traz elementos para questionar ou refazer a
representação corporal realizada pelo grupo? Como o texto se relaciona com as experiências culturais do
grupo?
COMPONENTE 2 [ PRÁTICAS CORPORAIS DE LUTAS: HERANÇAS CULTURAIS ]

Grupo 1. Fantasias indígenas e com referências à África levantam debate no Carnaval. Disponível em:
https://cutt.ly/FRgiW14. Acesso em: 25 jun. 2021

Grupo 2. Dia do Índio: como desbancar estereótipos e preconceitos com as crianças. Disponível em:
https://cutt.ly/pRgiUZD. Acesso em: 25 jun. 2021

Grupo 3. Dia do Índio (19 de abril): uma data sem estereótipos. Disponível em:
https://cutt.ly/mRgiA9V. Acesso em: 25 jun. 2021

Solicite que cada grupo apresente seus pontos de leitura a partir das questões problematizadoras e de
outras que surgirem durante a leitura e discussões. À luz das discussões, solicite que os estudantes
retomem as cenas criadas por eles e avaliem se revelaram ou não estereótipos sobre os povos indígenas.
Chame atenção do grupo que ficou responsável pela pesquisa e desenvolvimen- to da oficina de luta
indígena, para que fique atento à problemática dos estereótipos durante as pesquisas e proposta da
oficina. Explique para os estudantes a relação entre o ritual do Quarup e as práticas de lutas e o papel da
Huka-Huka nesta prática cultural. Explique o significado do círcu- lo e do combate entre os anfitriões e
convidados. Peça que observem o objetivo da luta (derrubar o adversário de costas no solo) e as
semelhanças entre a Huka-Huka e outras práticas de lutas.

Receba os grupos responsáveis pela oficina para os colegas e apoie-os a seguir o planejamento, atuando na
supervisão do trabalho e na reorientação das atividades, caso seja necessário. Vale ressaltar que é
importante deixar claro que não se trata de os estudantes assumirem a função docente, mas atuarem
como protagonistas. Reserve uma aula para a oficina de Capoeira e outra aula para a oficina de luta
indígena Huka Huka.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 4: 2 aulas

Promova, com toda a turma, um momento de avaliação das oficinas realizadas pelo grupo de estudantes
responsáveis. Convide os estudantes que vivenciaram a oficina a realizar um feedback àqueles que a
promoveram. Para nortear este momento, você pode utilizar questões como: como você se sentiu ao
vivenciar esta oficina? O que aprendeu? Que pontos de destaque você gostaria de apontar? Que pontos
de melhoria gostaria de apontar? O que faria diferente?

Convide a turma a ampliar as informações do quadro comparativo de lutas que foi iniciado na atividade 1.
Solicite que os estudantes registrem as atividades e alimentem o mural coletivo. Se possível, promova mais
um momento de experimentação das lutas trabalhadas, desenvolvendo uma roda de Capoeira e Huka
Huka.

AVALIAÇÃO
Promova com os estudantes uma roda de conversa para que possam expressar se perceberam
transfor- mações em suas opiniões sobre o dia do índio e o uso de fantasias de carnaval
representando indígenas. Solicite que apresentem argumentos puderam acessar durante a atividade
para se posicionarem frente às representações dos grupos indígenas nas práticas culturais.
COMPONENTE 2 [ PRÁTICAS CORPORAIS DE LUTAS: HERANÇAS CULTURAIS ]

ATIVIDADE 4

INTRODUÇÃO
Heranças culturais do Caratê e Muay Thai Semana 1: 2 aulas

Inicie a atividade relembrando os próximos grupos sobre o as datas de desenvolvimento das oficinas das
lutas escolhidas pelos estudantes. Preferencialmente duas lutas de origem oriental como o Caratê e o
Muay Thai, pois estão bastante presentes na cultura brasileira e revelam heranças culturais trazidas por
japoneses, chineses e tailandeses ao país. Proponha que os estudantes relatem seus conhecimentos
prévios sobre lutas de origem oriental: qual(is) conhecem, praticam ou acompanham pela televisão ou
internet e como chegaram ao país? Solicite que os grupos que estão pesquisando às lutas tragam dados
sobre seu histórico e desenvolvimento no Brasil e complemen- te as informações que considerar
relevantes, para que os estudantes percebam as relações entre movimentos migratórios brasileiros e a
divulgação de lutas de origem oriental.

Conte para os estudantes que tanto o Caratê como o Muay Thai surgiram como lutas para defender
territórios ameaçados de invasão e que inicialmente apresentavam outras características, até se
transformarem em esportes praticados com objetivo de condicionamento físico, educação e filosofia de
vida. Tais transformações possibilitaram regras de segurança e conduta, especialmente no Muay Thai,
também conhecido como Boxe Tailandês, por ser considerada uma luta muito violenta. Em seguida,
proponha a leitura de uma matéria jornalística que ressalte o uso das lutas como atividade de defesa
pessoal. Como sugestão: SILVA, Guilherme. Muay Thai ajuda mulheres na defesa pessoal e no
empoderamento. Jornal Gazeta Esportiva. Publicado em 29/12/2020. https://cutt.ly/5RxsD3d. Acesso
em: 08 ago. 2021.

Antes da leitura, problematize com a turma se concorda no uso do treinamento em lutas como estratégia
de defesa pessoal. E que hipóteses podem levantar sobre a procura destas práticas por mulheres. Durante
e após a leitura, converse com os estudantes sobre outros objetivos da prática de lutas como o
condicionamento físico.

Proponha em seguida uma experimentação de golpes de caratê. Lembrando de ressaltar as etapas de seu
planejamento para apoiar os grupos no planejamento de suas oficinas.

SAIBA MAIS
Brandel José Pacheco Lopes Filho. Tegumi no karate-dō: a participação da luta nativa de
Okinawa no desenvolvimento do caminho das mãos vazias. https://cutt.ly/RRgiKQT. Acesso em:
08 ago. 2021.

MULLER JUNIOR, Ivo Lopes. Memórias e tradições do muay-thai: da Tailândia ao Bra- sil.
Dissertação de mestrado. Universidade Federal do Paraná, 2020. Disponível em:
https://cutt.ly/lRgiMmT. Acesso em: 08 ago. 2021.
DESENVOLVIMENTO
Semanas 2 e 3: 4 aulas

Inicie o trabalho propondo aos estudantes a experimentação de movimentos de lutas por meio da
apreciação de imagens de golpes do Caratê e do Muay Thai. Se possível imprima algumas imagens e as
distribua pelo espaço. Solicite que os estudantes se desloquem individualmente e realizem os movimentos
ilustrados nas imagens. Procure mesclar movimentos com os membros superiores e inferiores. Em seguida,
prepare objetos macios suspensos como almofadas ou colchonetes amarradas nas pilastras da quadra,
bexigas penduradas em cordas suspensas, faixas de tecido penduradas em cordas e peça que os estudantes
explorem golpes com as mãos e os pés individualmente, controlando a força para evitar choques que
possam criar riscos para segurança.

O intuito é promover a experimentação mais intuitiva da ação de desferir golpes, explorando diferentes
partes do corpo. Finalize com a proposta de experimentação simulada em duplas, sempre chamando a
atenção para os cuidados com segurança. Finalize a proposta, levantando com os estudantes os
sentimentos gerados durante a prática. Receba os grupos responsáveis pelas oficinas para os colegas e
apoie-os a seguir o planejamento, atuando na supervisão do trabalho e na reorientação das atividades,
caso seja necessário. Vale ressaltar que é importante deixar claro que não se trata de os estudantes
assumirem a função docente, mas atuarem como protagonistas. Reserve uma aula para a oficina de Caratê
e outra aula para a oficina Muay Thai.

SAIBA MAIS
Karatê: conheça história, regras e golpes da arte marcial de Cobra Kai. Disponível em:
https://cutt.ly/iRgi6rS. Acesso em: 08 ago. 2021.

Apostila de karatê Shotokan. Disponível em: https://cutt.ly/fRgoj6B. Acesso em: 08 ago. 2021.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 4: 2 aulas

Promova com toda a turma um momento de avaliação das oficinas realizadas pelo grupo de estudantes
responsáveis. Convide os estudantes que vivenciaram a oficina a realizar um feedback àqueles que a
promoveram. Para nortear este momento, você pode utilizar questões como: como você se sentiu ao
vivenciar esta oficina? O que aprendeu? Que pontos de destaque você gostaria de apontar? Que pontos
de melhoria gostaria de apontar? O que faria diferente? Convide a turma a ampliar as informações do
quadro comparativo de lutas que foi iniciado na atividade 1. Solicite que os estudantes registrem as
atividades e alimentem o mural coletivo.
COMPONENTE 2 [ PRÁTICAS CORPORAIS DE LUTAS: HERANÇAS CULTURAIS ]

ATIVIDADE 5

INTRODUÇÃO
Preparação da Mostra Cultural Semana 1: 2 aulas

Nesta etapa, será realizado o planejamento da participação dos grupos na mostra/feira cultural. Esse
trabalho exigirá o planejamento conjunto com os professores dos demais componentes e gestores da
escola para definição da data, dos espaços e do público do evento, pois a mostra/feira cultural pode ser
realizada apenas para os estudantes ou aberta à comunidade. A sugestão de realização de uma
mostra/feira cultural, que reúna as produções do semestre e se conecta à valorização dos processos
investigativos, criativos e de mediação sócio cultural vivenciados pelos estudantes durante o
aprofundamento.

Resgate com os estudantes a avaliação de cada oficina e organize momentos para que os grupos possam
reformular os planejamentos. Avalie com os estudantes se gostariam de oferecer oficinas para outros
estudantes, de outras turmas e ou para pessoas da comunidade que irão participar da mostra/feira
cultural. Caso a opção seja o público da comunidade, será importante avaliar o perfil das pessoas que
podem participar, pois essa informação já pode ser divulgada antes do evento. Outra possibilidade é criar
apresentações com elementos visuais e práticas das lutas para os visi- tantes da mostra/feira cultural.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 2 e 3: 4 aulas

Nessa etapa, espera-se que os estudantes possam vivenciar novamente as oficinas de cada grupo e/ou
preparar apresentações para a mostra/feira cultural. Separe uma aula para cada prática de luta, caso a
opção seja oferecer oficinas para outros estudantes e ou para a comunidade. Assim a turma toda pode
ajudar o grupo a aperfeiçoar a mediação e a adequação das atividades. Caso a opção seja por
apresentações dos grupos, organize as aulas de modo que cada grupo possa ter materiais disponíveis para
preparar e ensaiar suas apresentações.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
A mostra/feira cultural é uma proposta que reúne todas as produções feitas pelos estudantes nos cinco componentes
desto semestre. Procure conversar com os colegas professores para planejar essa produção.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 4: 2 aulas

Para finalizar o semestre, resgate o processo de trabalhos desde a atividade 1, até a apresentação dos
trabalhos da mostra/feira cultural. Reflita novamente com os estudantes acer- ca dos temas que
acompanharam os debates em torno das tradições culturais de lutas. O que revelam sobre as culturas
juvenis? Quais estão mais ou menos presentes nos espaços sociais dos estudantes? Quais motivos levam
determinadas práticas de lutas a influenciar outras ou a ser alvo de preconceitos e estereótipos? Quais
novos gestos, movimentos, sentidos e significados das lutas puderam ser aprofundados? Como os
estudantes se sentem em relação a essas heranças culturais?

A partir das participações dos estudantes, traga seu ponto de vista sobre as produções apresentadas,
ressaltando a evolução dos grupos na proposição das oficinas e das apresentações para a mostra/feira
cultural. Por fim, solicite que avaliem a participação no evento.

AVALIAÇÃO
Para encerrar a proposta do componente para esso semestre solicite que cada grupo de estu dantes
responsável pelas oficinas retome o planejamento inicial, relembre o momento de mediação e as devolutivas
dos colegas e do professor e refaça o planejamento da oficina.
COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]

ATIVIDADE INTEGRADORA 9 OU 13

RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO
POVO BRASILEIRO
DURAÇÃO: 40 horas
AULAS SEMANAIS: 2
QUAIS PROFESSORES PODEM MINISTRAR ESTE COMPONENTE: História, Sociologia ou Geografia.

INFORMAÇÕES GERAIS:

Este componente propõe um mapeamento e problematização das tradições e heranças culturais presentes
na vida dos jovens. A exploração e o reconhecimento do que se compreende por tradição, história e
memória no contexto social do grupo de sala de aula, pode trazer elementos para perceber como as
heranças e tradições culturais fazem parte do cotidiano dos estudantes, de suas perspectivas de vida, de
suas escolhas pessoais em termos de estudos e trabalho. A exploração da memória individual e coletiva por
meio da metodologia da história oral (realização de entrevistas e coleta de depoimentos) facilita a conexão
passado-presente, trazendo à tona os elementos que se integram com as práticas sugeridas pelos demais
componentes (narrativas, práticas de dança e luta, diferentes sentidos da cultura etc.).

Para tal, são sugeridas algumas referências teóricas e de contextualização que precisam acompanhar as
informações provenientes das entrevistas, para que o diálogo entre a realidade da comunidade e os
entrevistados, seja percebido pelos estudantes dentro de um contexto maior, relacionando-o com a
formação do povo brasileiro e suas diferentes matrizes étnicas, assim como com a construção de nossa
memória histórica. Para concluir, os estudantes terão a possibilidade de treinar transferência e socialização
de conhecimentos adquiridos dentro de uma proposta de fechamento integradora, sob o formato de
mostra cultural, aberta para a comunidade.

Objetos de conhecimento: Patrimônio, identidade e territorialidades na constituição da memória / Povos


tradicionais/Cultura material e imaterial/ Formação da sociedade brasileira e seus legados socioculturais/
Condições socioespaciais e o lugar dos saberes tradicionais na construção da memória.

Competências da Formação Geral Básica: 1 e 5. Habilidades a


serem aprofundadas:

Analisar objetos e vestígios da cultura material e imaterial de modo a identificar co- nhecimentos,
EM13CHS104 valores, crenças e práticas que caracterizam a identidade e a diversidade cultural de
diferentes sociedades inseridas no tempo e no espaço.

Analisar situações da vida cotidiana, estilos de vida, valores, condutas etc., desnatura-
lizando e problematizando formas de desigualdade, preconceito, intolerância e discri-
EM13CHS502
minação, e identificar ações que promovam os Direitos Humanos, a solidariedade e o respeito às
diferenças e às liberdades individuais.
Eixos Estruturantes: Investigação Cientifica, Processos criativos, Mediação e Intervenção sociocultural e
Empreendedorismo. Competências e Habilidades:

Investigar e analisar situações-problema envolvendo temas e processos de natureza histórica, social,


EMIFCHS01 econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regio- nal, nacional e/ou global, considerando
dados e informações disponíveis em diferen- tes mídias.

Levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza histórica, social, eco- nômica,
filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou glo- bal, contextualizando os
EMIFCHS02
conhecimentos em sua realidade local e utilizando procedi- mentos e linguagens adequados à
investigação científica.

Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, explo- ratória, de campo,
experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica, social,
econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, identificando os
EMIFCHS03 diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as
fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de
diferentes mídias.

Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica sobre temas e processos
EMIFCHS04 de natureza histórica, social, econômica, filosófica, po- lítica e/ou cultural, em âmbito local, regional,
nacional e/ou global.

Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos sociais, à
EMIFCHS07 diversidade de modos de vida, às diferentes identidades culturais e ao meio ambiente, em âmbito
local, regional, nacional e/ou global, com base em fenôme- nos relacionados às Ciências Humanas e
Sociais Aplicadas.

Os Eixos estruturantes de cada etapa das atividades são indicados pelos seguintes ícones:

Investigação Científica Empreendedorismo

Processos Criativos Mediação e Intervenção Sociocultural


COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]

ATIVIDADE 1

INTRODUÇÃO
Semana 1: 2 aulas

Esta atividade tem como foco a reflexão, percepção, apropriação (ou reapropriação), por parte dos
estudantes, dos aspectos culturais presentes no seu cotidiano e que dialogam com suas histórias de vida,
suas heranças e tradições. Para isso, a metodologia da história oral surge como uma possível ferramenta
capaz de promover a relação passado-presente. Aprender a entrevistar pessoas da comunidade, que são
consideradas fontes orais, faz parte do processo dos estudantes de mergulhar na investigação científica e de
se aprofundar criativamente na interpretação das narrativas orais. Saber quem são e onde estão as
referências culturais da comunidade colabora para o senso de pertenci- mento, de localização e de
apropriação dos valores que lhes são comuns. Questões orientadoras: qual o papel das entrevistas na
produção do conhecimento histórico? Como posso me valer desse gêne- ro para conhecer fontes pessoais que
considero significativas na cultura local?

Sensibilização: professor, apresente a proposta geral do componente, seu papel dentro do semestre e
realize o contrato didático com os estudantes, de maneira que desde o início eles sejam protago- nistas do
próprio percurso.

Disparador: professor, você poderá ler ou contar uma história curta (lenda, conto) ou mostrar uma música
(Sugestões: “Paratodos”; “História do griot Toumani Kouyaté”; “Minha vó foi pega a laço”)

Chico Buarque, Paratodos. Disponível em: https://cutt.ly/jEW07Gh. Acesso em: 22 set. 2021;
Griot Toumani Kouyaté conta uma história no Arte do Artista. Disponível em: https://cutt.ly/aEW2ogn.
Acesso em: 10 set. 2021; Daniel Munduruku: minha vó foi pega a laço, Disponível em:
https://cutt.ly/MEW2fU4. Acesso em: 10 set. 2021

O disparador tem como intenção provocar a turma e motivá-la a se expressar sobre o que entende por
cultura brasileira, história, memória, narrativa, heranças, tradições, representações culturais.

Para isso, você poderá formular perguntas ou propor uma chuva de ideias. Sugestões de per- guntas
orientadoras: memória é o mesmo que história? As histórias contadas são diferentes das histórias lidas?
A palavra “tradição” é positiva ou lembra algo antiquado? O que é “ter cultura”? Existe uma única
cultura brasileira? O que se faz com o que foi herdado culturalmente? Isso pode mudar?

Essa primeira aproximação à problemática favorece introduzir as propostas que orientarão as atividades do
componente, explicando sua relação dentro do semestre. Alguns exemplos de atividades que serão
sugeridas podem ser mencionados como “spoilers”: “vamos sair pra rua para falar com as pessoas”; “vamos
desenhar um mapa cultural da comunidade” “podemos fazer um vídeo ou um mini documentário” etc.

Professor, para dar sequência e fechar este primeiro momento de degustação do componente, você
poderá escolher um vídeo ou um pequeno texto sobre “memória oral”. A intenção é que os estudantes
possam sair da atividade tendo uma ideia aproximada da proposta que será desenvolvida com eles ao
longo do semestre1.

50
A sugestão dos vídeos “Herança cultural - Culturas indígenas (2018)” (Disponível em:
https://cutt.ly/rEEwMaC. Acesso em: 30 ago. 2021. 12 min aprox.) e UNIVESP - “Narrativa histórica e
memória oral”. (Disponível em: https://cutt.ly/AEEw9Jl. Acesso 30/08/2021, 14 min.) se fundamenta no
fato de que ambos trazem, e de modo diferente, um produto visual que representa muito eficazmente a
riqueza da memória oral, sua função social, potencialidades de uso e ressig- nificação da cultura.
COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]
Você também poderá optar por um pequeno texto de “Saiba mais” que contemple a mesma preocu- pação
metodológica apresentada pelos vídeos. Oriente os estudantes a realizar um registro escrito individual
sobre as principais questões levantadas durante a atividade.

SAIBA MAIS
Professor, assista ao vídeo de 5 min de José Carlos Sebe Meihy sobre história oral. Disponível
em: https://cutt.ly/NEEw5tu. Acesso em: 10 set. 2021.

Sobre as histórias griô e indígenas: Sisto Silva, Celso “Do griô ao vovô: o contador de
histórias tradicional africano e suas representações na literatura infantil”. Re- vista Nau
Literária, UFRJ, 2013. Disponível em: https://cutt.ly/XEEeeQJ. Acesso em: 29 jul. 2021.

Escrevendo o futuro. Literatura indígena: outros livros, outras histórias do Brasil. Dis- ponível
em: https://cutt.ly/UEEeiMG. Acesso em: 10 set. 2021.

Daniel Munduruku. Disponível em https://cutt.ly/DEErV4K. Acesso em: 10 set. 2021.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 2 e 3: 4 aulas

Retomada das questões registradas pelos estudantes sobre a história oral para promover o le- vantamento
das “fontes orais”: procurar/reconhecer pessoas comuns, personagens especiais ou lideranças da família,
da comunidade, do bairro, que supostamente poderão narrar suas histórias de vida. Momento em que os
estudantes recuperam de sua própria memória quem são essas pessoas, que podem “informar” sobre a
história e a cultura da comunidade, do bairro. As figuras populares dos comércios e serviços (padeiro,
costureira, dono do boteco, mercadinho etc.) geralmente se constituem “na primeira fonte de acesso”, pois
eles indicam as pessoas que poderão ser entrevistadas, fornecendo endereço, contato. Familiares mais
antigos ou que cumprem funções comunitárias e/ou culturais também podem ocupar o lugar de fonte
primária.

Os estudantes registram essas informações e começam a criar os primeiros contatos para montagem da
trilha de entrevistas. Neste momento, podem se organizar e aproveitar o horário extraescolar para fazer as
primeiras sondagens.

Através de oficinas de produção, os estudantes podem organizar seus processos de aprendizagem. As


oficinas são sugeridas metodologicamente, porque esse tipo de atividade demanda momentos de criação,
reflexão, trocas, vivências, de forma a experienciar os conflitos coletivos e buscar soluções. Eles fazem
escolhas, protagonizam seu próprio aprendizado e problematizam os conceitos.
COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]
Oficina de produção 1: leitura compartilhada de textos que apoiem a mobilização, aprofundamento ou
construção dos conceitos estruturantes: narrativa oral, memória e história oral. Neste momento, professor,
você poderá projetar o outro vídeo, que foi sugerido para a atividade anterior, com a intenção de ampliar
repertórios.

Oficina de produção 2: elaboração compartilhada de um roteiro de entrevista comum que será aplicado
pelos estudantes: criação das perguntas com foco na questão “tradições e heranças culturais”.

Os estudantes poderão registrar suas descobertas em um mural coletivo produzido na sala de aula, à mão,
ou em formato digital, utilizando algumas das ferramentas gratuitas disponíveis na Internet, que permitem
a criação de um mural ou quadro virtual dinâmico e interativo para registrar, guardar e partilhar conteúdo
multimídia. Eles funcionam como uma folha de papel, onde se pode inserir qualquer tipo de conteúdo
(texto, imagens, vídeo, hiperlinks) juntamente com outras pessoas.

Professor, nesta atividade as habilidades que estão sendo desenvolvidas estão profundamente vinculadas
com o Eixo Estruturante Iniciação Científica.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
Ao longo de todo semestre 1, os estudantes farão pesquisas, investigando temas relacionados a culturas, colhendo
dados e informações. Para sistematizá-las em um único suporte, indicamos que seja feito um mural coletivo,
alimentado por todos os estudantes ao longo das semanas. Esse mural pode ser confeccionado à mão, fixado na
parede da sala de aula ou pode ser digital, utilizando as ferramentas gra- tuitas disponíveis online, como foi sugerido
nesta atividade. O importante é que os estudantes tenham um espaço para registrar suas descobertas, além de fazer
conexões entre os componentes.

SAIBA MAIS
Professor, aqui você poderá consultar bibliografia sobre a metodologia da história oral e sobre as narrativas
históricas (artigos, ebooks e livros): ANPED. Ética e pesquisa em educação. Ebook. Disponível
em: https://cutt.ly/dEEr25n. Acesso: 28 jul. 2021.

AAVV Educação básica e formação inicial de professores. Ed. Bagai, Curitiba, 2021. Ebook:
Disponível em: https://cutt.ly/aEEr75m. Acesso em: 10 set. 2021.

KRENAK, Ailton. Culturas indígenas – 2016. Disponível em: https://cutt.ly/JEEteW0. Acesso em:
10 set. 2021.

52Biblioteca Digital Curt Nimuendajú: línguas e culturas indígenas sul-americanas. Dis-


ponível em: https://cutt.ly/LEEthXS. Acesso em: 10 set. 2021.
COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]
MILARÉ, Gabriel. “Heranças da cultura africana e a consciência nacional’’. Disponível em:
https://cutt.ly/JEEtmGo. Acesso em: 28 jul. 2021.
COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]

“Narradores de Javé”, filme, 2003, dirigido por Eliane Caffé, com José Dumont, Matheus Nachtergaele,
entre outros. Sobre a cultura sertaneja e a oralidade histórica. Duração 1h40min. Disponível
em: https://cutt.ly/GEEtRNl. Acesso em: 13 set. 2021.

Patrimônio imaterial (UNESCO). Disponível em: https://cutt.ly/AEEtIHD. Acesso em: 10 set.


2021.

Patrimônio mundial cultural do Brasil (UNESCO). Disponível em: https://cutt.ly/dEEtFuc. Acesso


em: 10 set. 2021.

PORTELLI, Alessandro. “O que faz a história oral diferente?” Disponível em:


https://cutt.ly/GRbeYEJ. Acesso em: 28 jul. 2021.

Universidade aberta do Brasil. Metodologia para diferentes fontes orais. Disponível em:
https://cutt.ly/uEEt5OE. Acesso em: 10 set. 2021.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 4: 2 aulas

Professor, as atividades propostas poderão ser avaliadas na perspectiva formativa, desde que você
considere organizá-las com essa intencionalidade. Elas foram pensadas de acordo com uma metodologia
ativa: grupos formados por interesse.

Os estudantes criam o primeiro esboço do mapa de “fontes orais” disponíveis para serem entrevistadas.
Justificam a escolha das pessoas que serão entrevistadas, seus possíveis saberes culturais.

Formação de grupos por interesse. Organização das equipes de entrevistadores: distribuição de tarefas e
papéis (quem fala inicialmente com a “fonte”, quem faz a entrevista, qual será o local, quem grava, onde
será registrado o material, autorização de uso de imagens etc.)

Organização da “saída a campo” no período escolar ou extraescolar (acontecerá na semana seguinte) para
realização das entrevistas. Registro das decisões no mural coletivo (físico ou virtual). Os estudantes se
responsabilizam pelo preenchimento e cuidado deste registro.

Professor, neste momento de “fechamento” da atividade, os estudantes estão desenvolvendo habilidades


socioemocionais que correspondem tanto com o Eixo Estruturante Mediação e Intervenção Sociocultural
COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]
(diálogo, negociação, escuta, argumentação, tomada coletiva de decisões) quanto à vivência de situações
que dialogam com os Projetos de vida, seja para continuidade dos estudos ou para o mundo do trabalho
(Eixo Estruturante Empreendedorismo). Portanto, suge- rimos cuidar deste momento com especial
atenção, para que os estudantes possam estabelecer essas conexões, proporcionando o tempo e espaço
necessários para que elas aconteçam.

AVALIAÇÃO
Professor, dentro da perspectiva de avaliação formativa, a sugestão de pensar na formação de grupos
antes de iniciar as atividades é importante para que você estabeleça critérios objetivos, os quais tam- bém
precisam ser comunicados com antecedência para os estudantes para que eles tenham ciência do seu
percurso.
COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]

ATIVIDADE 2

INTRODUÇÃO
Semana 1: 2 aulas

Esta atividade tem como foco a reflexão sobre os diferentes sentidos e significados das heranças e tradições
culturais que foram narradas através dos relatos da memória oral; a experiência do trabalho coletivo; a
execução do que os estudantes planejaram e o protagonismo da investigação científica.

Através da análise e sistematização das entrevistas, os estudantes criam um mapa cultural da comunidade.
Aprender a interagir e ressignificar as experiências de vida das pessoas entrevistadas no contexto da
história do povo brasileiro contribui para o desenvolvimento de habilidades críti- cas e conscientes para
consigo mesmo e para com a comunidade.

Questões orientadoras: qual é o valor das referências culturais dentro da minha comunidade? Por que
valorizar as heranças e tradições culturais através da memória é importante?

Saída a campo para realização das entrevistas. Se as turmas conseguiram fazer as entrevistas fora do
horário escolar, poderão ser recolhidas as primeiras impressões da experiência através de uma roda de
conversa.

Problematização sobre as questões que surgirem durante o processo de entrevistas. Professor, você
também poderá reapresentar as questões orientadoras da atividade para que os estudantes possam
debater e registrar no mural coletivo.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 2 e 3: 4 aulas

Organizados nos grupos de trabalho e de interesse, os estudantes darão início à primeira fase: análise e
sistematização dos dados levantados nas entrevistas, que podem ser organizados em tópicos, fichas e
gráficos.

Alguns fatos narrados pelas pessoas entrevistadas podem despertar curiosidade entre os estudantes ou
levantar dúvidas sobre sua “veracidade”. Neste momento, vale propor o “cruzamento de fontes”:
contraponto com textos da época que relatam os fatos confrontados desde outra perspec- tiva ( jornais da
época, livros sobre o tema, artigos etc.).

Além das sugestões indicadas neste material, os estudantes também podem consultar a biblioteca escolar
e/ou demais bibliotecas públicas para fazer esses cruzamentos de dados. Avaliação da potencialidade
presente nas entrevistas em história oral: desenho de um mapa cultural da comu- nidade entrevistada.

Neste material produzido pela ECAM (Equipe de Conservação da Amazônia), você poderá obter mais
informações sobre como orientar a produção dos estudantes “Metodologia do mapeamento cultural
colaborativo” (Disponível em: https://cutt.ly/wEEyyas. Acesso em: 10 set. 2021.)

Nesse mapa, preferencialmente de criação coletiva, devido ao grau de complexidade que representa, os
COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]
estudantes podem localizar pessoas, lugares, marcas da memória. Oriente-os a registrar as permanências,
as novidades, o que desapareceu, o que foi esquecido, o que pode ser recuperado e restaurado.

SAIBA MAIS
Professor, nestes sites você encontrará referências bibliográficas históricas para rea- lizar cruzamentos com
dados levantados nas entrevistas: Biblioteca Nacional Digital Brasil https://cutt.ly/pEEyfeh.
Acesso em: 10 set. 2021.

Arquivo Público do Estado de São Paulo https://cutt.ly/FEEyWXm. Acesso em: 10 set. 2021.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 4: 2 aulas

O fechamento da atividade pode ser realizado de diversas formas, aqui sugerimos uma avaliação formativa,
retomando os objetos de aprendizagem desde a perspectiva do estudante, tanto do ponto de vista dos
conteúdos quanto das habilidades.

Você poderá retomar as questões orientadoras para serem respondidas pelos estudantes de forma
individual, focando na capacidade deles para explicitar o processo de aprendizagem de forma autoral. Os
estudantes podem acessar o registro coletivo (físico/virtual) para recuperar informações, repertórios, etc.

Outra opção pode ser significar e problematizar a fala dos estudantes (através de uma roda de conversa,
por exemplo) de maneira que os jovens possam se perceber como corresponsáveis pelo processo de ensino
e aprendizagem: “o que ampliei de compreensão sobre as possibilidades de produzir conhecimento? O que
levo de aprendizagens sobre o uso de entrevistas para produzir conhecimentos?” Os registros podem ser
feitos de forma coletiva e/ou individual, dependendo do contrato didático que o professor pautou com os
estudantes.

Professor, neste momento de fechamento da atividade e passagem para a próxima, considere as potências
e fragilidades dos estudantes para poder planejar as próximas atividades de forma integrada com os
demais componentes.

AVALIAÇÃO
As questões orientadoras que integram cada uma das atividades desenvolvidas, podem ser muito bem
aproveitadas também para a avaliação. Retomar as questões e favorecer a reflexão e escrita dos estudantes em
resposta a elas, torna-se um ótimo exemplo de avaliação do processo de aprendizagem.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
Pensando na integração com o componente 4 “Diálogos com a literatura”, é possível provocar os estudantes a pensar
sobre de que forma podemos narrar a experiência humana e quem tem o direito de narrá-la. No momento de
fechamento da atividade, podem ser considerados os registros (provenientes dos estudantes e/ou do professor) que
façam sentido para dar continuidade às demais atividades do semestre que vem a seguir.
COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]

ATIVIDADE 3

INTRODUÇÃO
Semana 1: 2 aulas

O propósito desta atividade guarda relação tanto com o que foi desenvolvido nas atividades anteriores
quanto ao que está acontecendo nos demais componentes: a história tem vozes e ela é narrada por
diferentes sujeitos e atores sociais, recuperando suas memórias individuais e coletivas. Os estudantes
poderão perceber que, assim como acontece no presente, aconteceu também no passado.

Para contribuir com o desenvolvimento das habilidades de investigação científica através dos processos
criativos dos estudantes, a proposta escolhida foi a problematização das informações criadas nas
entrevistas e sistematizadas pelos estudantes em conexão com documentos históricos e reflexões
historiográficas. Esta opção metodológica se fundamenta em dois pilares: a busca pela veracidade
(habilidade que ajuda no desenvolvimento do espírito crítico); e a aprendizagem sig- nificativa, uma vez
que os estudantes estabelecerão conexões e chegarão a conclusões próprias, partindo de sua realidade e
entrelaçando com as obras históricas consagradas.

Pelo fato de termos escolhido a história oral como metodologia nesta proposta de planejamento integrado,
deparamo-nos com o fator surpresa. Não sabemos qual é o conteúdo das entrevistas, o que elas trazem,
com o que dialogam, quais são essas memórias, essas histórias que as pessoas contaram. Esse aspecto
extraordinário nos permitirá criar algumas opções de continuidade mais gerais, imaginárias, que poderão
dialogar (ou não) com as fontes orais em função do corpus real que os estudantes terão, de fato, em mãos.

Questão orientadora: como a história pode ser narrada nas vozes dos personagens históricos e dos que
compõem nosso cotidiano?

Momento “devolutiva e reajustes”: professor, você pode aproveitar esta oportunidade para conversar com
os estudantes sobre os registros que foram realizados na semana anterior, onde teve uma avaliação da fase
das entrevistas, e pensar junto com eles as possibilidades de continuação e reajustes das atividades que
virão a seguir.

Dependendo da estratégia que foi utilizada naquela atividade avaliativa, você poderá disponibilizar em
formato de gráfico, resumo, tópicos, questões, etc. os principais aspectos que os estudantes expressaram
e, a partir deles, analisar resultados e reajustar a programação, em roda de conversa.

Continuando a proposta de atividade coletiva, os estudantes poderão se responsabilizar por registrar os


próximos passos no mural (físico/virtual), tendo em vista um produto final que recolherá os principais
aprendizados desenvolvidos dentro do componente.

Professor, neste momento você poderá começar a pensar junto com os estudantes a escolha do produto
final, motivando-os a pensar em gêneros que façam sentido. Sugestões: uma produção escrita (fanzine)
e/ou um audiovisual (vídeo).
COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]

SAIBA MAIS
“Fanzine, ou zine para os íntimos, é um tipo de publicação bem parecida com um jornal ou com uma revista. No
entanto, existe algo de único nessa publicação: Zine é, digamos assim, um estilo de vida. Fazer um fanzine é como
andar de skate, “curtir um som”, ter uma banda ou fazer poesia. Quem publica um fanzine tem atitude: quer
mexer, provocar e incomodar. Um zineiro tem prazer em publicar seus desenhos, seus textos e suas ilustrações;
dessa forma ele dá vida a sua imaginação, a sua criatividade e, principalmente, ao seu universo particular: fanzine
é um espaço único de divulgação, de comunicação, de posicionamento e de compartilhamento. Por meio dessas
publica- ções, é possível conhecer pessoas; cria-se um veículo de comunicação entre um grupo que não tem espaço na
mídia oficial. Portanto, ele não deve ser confundido com um jornal ou uma revista: a arte de um fanzine é provocadora e
irreverente. Não existe certo ou errado, vale tudo: colagem, desenho, fotografia, ilustração digital etc.” Prática de Leitura e
Escrita. (Disponível em: https://cutt.ly/SEEyS1u. Acesso em: 27 set. 2021.)

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
Professor, este momento de devolutiva e reajustes pode ser aproveitado também para retomar o que já foi colocado na
primeira semana sobre elaboração do produto final: um fanzine? Um fanzine e um vídeo? Convidaremos a comunidade
entrevistada para assistir? Integraremos nosso produto numa mostra junto com os demais componentes?

Vale socializar com os demais professores do semestre sobre estas decisões coletivas dos estudantes.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 2 e 3: 4 aulas

“(...) questionar a documentação histórica sobre as lacunas, interrogar-se sobre os esquecimentos, os


hiatos, os espaços brancos da história. Devemos fazer o inventário dos arqui- vos do silêncio, e fazer a
história a partir dos documentos e das ausências de documentos”. (Le Goff, 1990)

A frase do historiador francês pode ser um ponto de partida para problematizar as falas recolhidas nas
entrevistas e possibilitar que os estudantes contextualizem historicamente e signifiquem as entrevistas
fazendo cruzamentos com os objetos de conhecimento propostos para este semestre1.

Professor, você poderá propor oficinas de leitura e escrita, considerando que essa opção facilitará o
desenvolvimento das habilidades prescritas pela iniciação científica e os processos criativos: análise,
identificação, contextualização, comparação, reflexão crítica e interpretação. Sugerimos utilizar a
metodologia das oficinas tanto para esta atividade quanto para a seguinte, isto é, a atividade 4.

Algumas sugestões de materiais elencados a seguir contemplam suportes escritos (livros, sites) e
audiovisuais (vídeos). Você poderá organizar esses recursos seguindo suas reais possibilidades e sempre
considerando o corpus levantado nas entrevistas, para que os textos/vídeos dialoguem com esse material.

Para integrar de forma mais harmônica com os demais componentes que estão abordando as diferentes
vozes provenientes das danças, lutas, e personagens brasileiros do teatro e literatura, os estudantes
poderão se aprofundar em leituras, orientadas com roteiros, focando nas territorialidades, os saberes
COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]
tradicionais e o papel da cultura imaterial na construção da memória, sempre em conexão com o corpus
levantado nas entrevistas.
BORGES, Pedro. Apagados pela história, negros foram importantes combatentes na guerra civil de
1932. A ‘Legião Negra’ teve participação importante na década de 30, e mesmo assim foi apagada pela
história oficial. O texto é pertinente para discussão da história do Estado de São Paulo. Disponível em:
https://cutt.ly/DEEy2e0. Acesso em: 10 ago. 2021.

ASSIS, Maria Elisabete Arruda de; Santos, Taís Valente dos (Org.) Memória feminina: mulheres na
história, história de mulheres. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2016. Disponível
em: https://cutt.ly/REEuyQ6. Acesso em: 10 ago. 2021.

Mulheres emparedadas e seus espaços de memória. Resenha do livro As mulheres ou os si- lêncios da
história de PERROT, Michelle. Trad. Viviane Ribeiro. São Paulo: Edusc, 2005. 519 p.
https://cutt.ly/5EEuhPO. Acesso em: 10 ago. 2021

Abril Indígena lança podcasts sobre Memórias, Saberes e Territórios Indígenas em Pernambu- co.
https://cutt.ly/BEEun2l. Acesso em: 10 ago. 2021.

LE GOFF, Jacques. História e Memória. Trad. Bernardo Leitão. Campinas: UNICAMP, 1990.
https://cutt.ly/IEEuR7T. Acesso em: 11 ago. 2021.

DE OLHO NA MAIS
SAIBA INTEGRAÇÃO
No Componente 5 “AA história
cultura edaseus sentidos”,
cultura há segundo
brasileira a orientação para nativas.
as línguas que os estudantes façamCurt
Biblioteca digital usoNi-
criativo das
discussões propostas muendajú.
e produzam uma HQ interligando com os aprendizados decorrentes
Disponível em: https://cutt.ly/ZEEuFd3. Acesso em: 11 ago. 2021. da ressignificação das
entrevistas no contexto da história brasileira. A proposta é propiciar aos estudantes a apropriação desses
conhecimentos para que façam conexões com os campos de saber sugeridos pelas discussões filosóficas.

GOMES Neves, Josélia. Cultura escrita em contextos indígenas. Araraquara: UNESP, 2009.
Disponível em: https://cutt.ly/fEEuKyk. Acesso em: 27 set. 2021.

KRENAK, Ailton. Culturas indígenas, 2016. Itaú Cultural. Disponível em:


https://cutt.ly/8EEu5hw. Acesso em: 10 ago. 2021

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 4: 2 aulas
Professor, como sugestão de fechamento desta atividade você poderá propor que os grupos socializem as
principais questões no mural coletivo. O mural continua operando como fio condutor que “conta a história
do percurso”, uma espécie de meta-texto que referencia e contextualiza as produções coletivas, uma
estratégia que colabora na coesão e coerência dos percursos de aprendizagem, assim como nas
possibilidades de avaliação formativa.
COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]

ATIVIDADE 4

INTRODUÇÃO
Semana 1: 2 aulas

Professor, assim como aconteceu com a atividade anterior, o propósito desta atividade guarda relação com
as atividades sugeridas nos demais componentes (criação de oficinas do Componente 2, lutas e resistências
do Componente 5 e os demais) e foi proposta como continuação da atividade precedente: a história tem
vozes e ela é narrada por diferentes sujeitos e atores sociais, recuperando suas memórias individuais e
coletivas.

Nesta atividade, além de fechar o leque de contextualização histórica através da problematização do


corpus documental das entrevistas, os estudantes poderão concluir várias etapas da investigação científica
se preparando para a fase final do semestre onde desenvolverão mais especificamente as habilidades que
promovem os processos criativos.

Assim como foi explicitado na atividade anterior, o fator surpresa decorrente do corpus oral, possibilita a
sugestão de materiais que poderão atender (ou não) às demandas de leitura dos estudantes. A intenção é
indicar caminhos possíveis, para que você, professor, possa exercitar as escolhas que julgar mais
pertinentes.

Questão orientadora: como perceber se as histórias de vidas narradas dialogam com a história do povo
brasileiro?

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
Nas atividades do Componente 2 “Práticas corporais de lutas: heranças culturais”, os estudantes criam e vivenciam
experiências de lutas tradicionais; no Componente 5 “A cultura e seus sentidos”, eles discutirão as lutas e resistências
dos indivíduos e a comunidade, enquanto no Componente 1 “Tradições culturais”, estão desenvolvendo processos
criativos de personagens para as encenações: são aprendizados que dialogam com os objetos de conhecimento
propostos para esta atividade.

De posse dos registros de fechamento da atividade anterior, depositados no mural coletivo, os estudantes
poderão continuar com as oficinas de leitura e produção escrita desenvolvidas durante a primeira fase
(atividade 3).

Nesta segunda fase de oficinas, professor, você poderá introduzir questões relacionadas com o patrimônio
histórico e cultural, relacionando cultura material e imaterial e vinculando com os saberes orais com os
quais os estudantes tiveram contato durante as entrevistas.

Poderá utilizar como disparador que mobilize a problematização, o seguinte fragmento do enredo da
Mangueira, carnaval de 2019:
“Desde 1500
Tem mais invasão do que descobrimento Tem sangue retinto pisado
Atrás do herói emoldurado Mulheres, tamoios, mulatos
Eu quero um país que não está no retrato”
(Histórias para ninar gente grande, samba-enredo da Mangueira, 2019)

Clipe oficial do enredo da Mangueira. Disponível em: https://cutt.ly/WEEirxd. Acesso em: 10 ago.
2021.
COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]
A recuperação de falas pertinentes, provenientes das entrevistas, ou de imagens que os estu- dantes
captaram durante os depoimentos, também podem funcionar como disparadores para focar a relação
com o novo repertório ao que terão acesso durante as oficinas de leitura e escrita. Adentrando no
terreno das suposições, vamos exemplificar: podem ter entrevistado capoeiristas, mães de santo,
rappers, marceneiros, bordadeiras, migrantes nordestinos, professores indígenas etc. Também
fotografias, desenhos, objetos, podem contribuir como disparadores para serem ressignificados à luz do
novo repertório bibliográfico.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 2 e 3: 4 aulas

Professor, durante as oficinas os estudantes poderão reorganizar os grupos, fazendo diferentes


combinações entre si para enriquecer as produções. Você poderá cuidar das aptidões particulares deles,
ajudando-os na organização de equipes que possam desempenhar o desafio de criação do fanzine (ou do e-
zine), que será produzido durante a última atividade.

Assim como nas oficinas anteriores, os estudantes terão acesso a material escrito e audiovisual, onde
poderão ler e se aprofundar nas conexões possíveis entre histórias de vida e história social e cultural do
povo brasileiro, contribuindo para suas interpretações e análises críticas com relação às entrevistas.

Neste sentido, a história oral veio para resgatar as vozes que foram silenciadas, esquecidas, apa- gadas. Os
materiais que foram escolhidos aqui trazem essa discussão, que poderá ser problematizada nas produções
dos estudantes, em diálogo com as outras formas de interpretar as narrativas humanas, que foram
sugeridas pelos demais componentes dentro deste semestre.

Sugerimos alguns recortes textuais e materiais audiovisuais que darão suporte às produções dos
estudantes:

• Em São Paulo, história dos negros é apagada pelos brancos. A matéria mostra um grupo de jovens
pesquisadores negros percorrendo o centro de São Paulo e marcando no mapa os pontos históricos que
foram demolidos e substituídos por prédios, lojas e calçadas (antigo pelourinho, locais de tortura, quartel,
forca, dentre outros marcos da história dos negros). Apenas sobrevive uma pequena capela, a de Nossa
Senhora dos Aflitos, no bairro da Liberdade.

Disponível em: https://cutt.ly/CEEoXkH. Acesso em: 10 ago. 2021. Professor, dependendo de sua
região, o material poderá/deverá ser substituído por outro que enfatize a problemática mais
próxima de sua realidade.

• Povos indígenas. Quem são? Disponível em: https://cutt.ly/wEEoMzr. Acesso em: 10 ago.
2021

• Carneiro da Cunha, Manuela. O futuro da questão indígena. Revista Estudos Avançados, 1994.
Disponível em: https://cutt.ly/EEEo87v. Acesso em: 10 ago. 2021.

• Patrimônio e herança cultural. Matéria do Canal Futura. Disponível em:


https://cutt.ly/QEEpezC. Acesso em: 10 ago. 21

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 4: 2 aulas

Como fechamento não somente desta atividade, mas integrando com o que foi desenvolvido na atividade
3, você, professor, poderá sugerir aos estudantes que realizem um mapa mental (físico ou virtual),
contemplando todo o repertório a que tiveram acesso nesta proposta, considerando especialmente os
COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]
registros do mural coletivo.

AVALIAÇÃO
Professor, se você for optar pela indicação de mapas mentais individuais, eles poderão também ser consi-
derados registros de avaliação formativa, dado que os estudantes inseriram neles respostas às
questões orientadoras, assim como evidenciaram o domínio sobre as habilidades dos eixos
estruturantes que fo- ram contempladas no início deste MAPPA.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
No Componente 5 “A cultura e seus sentidos”, os estudantes estão discutindo formas de revitalização das
práticas culturais, questão que se integra com as sugestões propostas para esta atividade, onde se
problematizam os apagamentos da história, as vozes silenciadas, os sentidos atribuídos às heranças culturais e ao
patrimônio histórico.

SAIBA MAIS
Procure na sua escola os materiais disponibilizados pelo Programa Cultura é Currículo. Entre
esses materiais têm uma produção denominada “Horizontes Culturais, Lugares de aprender”.
(Disponível em: https://cutt.ly/WEEpzw5. Acesso em: 05 ago. 2021.).
Considere também as sugestões do “Saiba mais” da atividade 1.
COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]

ATIVIDADE 5

INTRODUÇÃO
Semana 1: 2 aulas

O propósito desta atividade é fundamentalmente favorecer que os estudantes se coloquem na situação de


transferência e socialização de conhecimentos, etapas importantes tanto da investigação científica quanto
dos processos criativos.

Ao longo do semestre os estudantes protagonizaram várias situações de aprendizagem, experimentaram o


trabalho individual e coletivo, planejaram e executaram propostas, mobili- zaram conceitos e se
aprofundaram em discussões referentes às suas realidades e ao contexto histórico, social e cultural.

A proposta da mostra cultural e científica é uma ótima oportunidade para que a experiência de
aprendizagem ganhe novos contornos, dentre eles, a possibilidade de vivenciar o que é ser um agente
cultural, um criador da própria cultura. A alternativa metodológica da história oral mobilizou recursos
provenientes da comunidade, da qual eles fazem parte, e para a qual eles conseguem contribuir
devolvendo um conjunto de criações que foram ressignificadas através de suas intervenções.

Para que os estudantes produzam o fanzine (ou o e-zine), como resultado dos saberes que foram
construídos ao longo do percurso, você poderá começar retomando o mapa mental que elaboraram no
encerramento da atividade anterior.

Existe a possibilidade de elaboração de um grande mapa mental coletivo, partindo dos mapas individuais;
existe também a possibilidade de eles criarem recortes (assuntos; imagens/músicas; problemáticas etc.) a
partir das representações culturais contextualizadas nas atividades 2, 3 e 4.

Esse produto inicial servirá como estrutura para que os estudantes produzam o(s) fanzine(s) ou e-zine(s),
com a intenção de materializar os significados das representações culturais estudadas, atualizando estas
tradições através das relações que eles estabeleceram nos seus contextos de vida.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 2 e 3: 4 aulas

Este momento poderá ser destinado à criação dos fanzines ou e-zines, integrando com as propostas
desenvolvidas na atividade 4 do Componente 5, na qual eles exploram e aprendem sobre o gênero
literário.

Ficará sob responsabilidade dos estudantes a escolha de imagens, materiais gráficos e visuais,
estéticas e demais recursos necessários e disponíveis, na escola, para que as atividades possam ser
realizadas.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
Na atividade 5 do Componente 4 “Diálogos com a literatura: a cultura em contexto”, eles aprenderão sobre o gênero fanzine,
produzindo dentro de suas características específicas. Este momento será de interação total com esse componente, de modo que os
estudantes poderão dispor do tempo das aulas para se dedicar a esta produção integrada, aprendendo sobre o gênero (no
Componente 4) e aprendendo sobre a integração das entrevistas na história (no Componente 3).
COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]

De foco na mostra cultural: além da criação artesanal que poderá ser distribuída entre os convidados da
comunidade, os estudantes poderão projetar numa parede da escola fragmentos das entrevistas que foram
gravadas: outra forma de socializar saberes na mostra cultural.

Os estudantes também poderão recuperar/ressignificar o mural coletivo que criaram ao longo de toda este
semestre e que ficará à disposição da escola para futuras intervenções.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 4: 2 aulas

Professor, a avaliação do processo, ou avaliação formativa, foi sugerida ao longo deste percurso em cada
uma das atividades, através de produções (individuais e coletivas) que os estudantes tiveram condições de
desenvolver.

Este pode ser um bom momento para compartilhar com os estudantes os registros que você foi fa- zendo,
demonstrando o quanto eles desenvolveram as habilidades contempladas neste componente.

Você poderá analisar se cabe, neste momento, recuperar situações de aprendizagem que preci- sariam ser
adequadamente validadas pelos estudantes ou se o processo de cada um deles ficou suficientemente
registrado e consolidado tanto para você como educador, quanto para eles, como aprendizes.

Caso seja necessário um momento a mais para reconsiderar aspectos que a falta de tempo não permitiu,
você poderá propor um exercício de troca de papéis, para ressignificar a experiência das entrevistas: os
estudantes passam a ser testemunhas de sua própria história e recuperam sua memória através do relato
oral. Você poderá fazer o papel do entrevistador, possibilitando que a oralidade seja registrada e
considerada uma parte integradora do processo de avaliação.

AVALIAÇÃO
Nesta atividade foi proposta uma “troca de papéis” para que os estudantes tivessem a oportunidade de
refletir sobre suas próprias histórias de vida, como testemunhas de suas experiências, através da memória
oral, num exercício de espelhamento com as experiências vivenciadas sobre entrevistas e história oral.
COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]

ATIVIDADE INTEGRADORA 10 OU 14

DIÁLOGOS COM A LITERATURA: A


CULTURA EM CONTEXTO
DURAÇÃO: 40 horas
AULAS SEMANAIS: 2
QUAIS PROFESSORES PODEM MINISTRAR ESTE COMPONENTE: Língua Portuguesa, Língua Inglesa ou Arte.

INFORMAÇÕES GERAIS:

O componente Diálogos com a literatura: a cultura em contexto tem como objetivo fazer o estudante
refletir sobre a literatura como expressão cultural. Para isso, partiremos da problematização da questão do
cânone literário, considerando o viés indígena e afro-brasileiro e as narrativas não hegemônicas. A partir de
investigações de obras literárias relevantes para a contextualização his- tórica, o jovem fará relações entre
as obras pesquisadas e contextos culturais. Os conhecimentos adquiridos servirão como mobilizadores,
para um debate acerca dos possíveis diálogos que pode- mos fazer entre literatura e cultura.

Ele também poderá se aprofundar na pesquisa de obras e escritores da literatura contemporânea


brasileira, fazendo uma curadoria de obras e manifestações literárias nas quais vê reconhecidas as culturas
às quais faz parte, além de investigar as condições de produção e circulação das obras literárias
contemporâneas. Ao final, o estudante terá condições de escolher uma obra de literatura contemporânea
para produzir uma resenha crítica ou ensaio e publicar em uma plataforma digital.

Objetos de conhecimento: Relação do texto com o contexto de produção e experimentação dos papéis
sociais; repertórios de leitura; reconstrução das condições de produção, circulação e recepção de textos
artístico-literários; apreciação (avaliação de aspectos éticos, estéticos e políticos em textos e produções
artísticas e culturais etc.); réplica (posicionamento responsável em relação a temas, visões de mundo e
ideologias veiculados por textos e atos de linguagem); reconstrução da textualidade e compreensão dos
efeitos de sentido provocados pelo uso de recursos linguísticos e multissemióticos; produção de textos em
gêneros próprios para a apreciação, especialmente para circulação na cultura digital.

Competências da Formação Geral Básica: 1 Habilidades a serem


aprofundadas:

Compreender e analisar processos de produção e circulação de discursos, nas diferentes


EM13LGG101 linguagens, para fazer escolhas fundamentadas em função de interesses pessoais e
coletivos.

Analisar o funcionamento das linguagens, para interpretar e produzir criticamente dis- cursos
EM13LGG103
em textos de diversas semioses (visuais, verbais, sonoras, gestuais).

Analisar obras significativas das literaturas brasileiras e de outros países e povos, em especial a
portuguesa, a indígena, a africana e a latino-americana, com base em fer- ramentas da crítica
EM13LP52
literária (estrutura da composição, estilo, aspectos discursivos) ou outros critérios
relacionados a diferentes matrizes culturais, considerando o contexto de produção (visões de
mundo, diálogos com outros textos, inserções em movimentos estéticos e culturais etc.) e o
COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]

modo como dialogam com o presente.

Criar obras autorais, em diferentes gêneros e mídias – mediante seleção e apropriação de recursos textuais e
expressivos do repertório artístico –, e/ou produções derivadas (paródias, estilizações, fanfics,
EM13LP54 fanclipes etc.), como forma de dialogar crítica e/ou sub- jetivamente com o texto literário.

Eixos Estruturantes: Investigação Cientifica e Processos criativos.


Competências e Habilidades:

Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando dados, fatos e evidências para
respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações claras, ordenadas, coerentes e
EMIFCG02 compreensíveis, sempre respeitando valo- res universais, como liberdade, democracia, justiça social,
pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.

Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais, por meio de


EMIFCG04 vivências presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade, criticidade e criatividade.

Investigar e analisar a organização, o funcionamento e/ou os efeitos de sentido de enunciados e


discursos materializados nas diversas línguas e linguagens (imagens es- táticas e em movimento;
EMIFLGG01 música; linguagens corporais e do movimento, entre outras), situando-os no contexto de um ou
mais campos de atuação social e considerando da- dos e informações disponíveis em diferentes
mídias.

Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica sobre obras ou
EMIFLGG04 eventos de diferentes práticas artísticas, culturais e/ou corporais, ampliando o
repertório/domínio pessoal sobre o funcionamento e os recursos da(s) língua(s) ou da(s)
linguagem(ns).

Os Eixos estruturantes de cada etapa das atividades são indicados pelos seguintes ícones:

Investigação Científica Empreendedorismo

Processos Criativos Mediação e Intervenção Sociocultural

ATIVIDADE 1

INTRODUÇÃO
Semana 1: 2 aulas
COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]
Professor, o objetivo deste primeiro momento é instigar o estudante a refletir sobre a literatura como
expressão cultural de um determinado contexto. Para isso, sugerimos ter como ponto de partida a
problematização da ideia de “cânone literário”.

Começar com uma leitura disparadora sobre a temática pode ser um caminho interessante. Procure
apresentar aos estudantes textos que apresentem uma perspectiva não hegemônica sobre literatura e
cultura, como a indígena ou afro-brasileira.

Sugestão de leitura disparadora para o debate:


Capítulo “As flores do sonho”, do livro A Queda do céu, escrito pelo xamã yanomami Davi
Kopenawa.
Fonte: KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. Editora
Companhia das Letras, 2019, p. 455-466.

O texto apresenta o olhar indígena sobre a cultura letrada dos brancos. De forma irônica e provo- cativa,
Kopenawa nos convoca a refletir sobre a escrita como uma forma de narrar a nossa história e não senti-la
verdadeiramente em nosso corpo e mente, como vemos no trecho a seguir.

“Os brancos não param de querer desenhar suas palavras. Deve ser porque suas mentes são
mesmo muito esquecidas! Seus ancestrais devem ter criado esses desenhos para po- der seguir
seus pensamentos. Talvez tenham pensado, outrora: “Vamos desenhar o que dizemos, e assim
talvez nossas palavras não fujam mais para longe de nós”. É verdade. Suas palavras não parecem
se firmar por muito tempo em suas mentes.” (KOPENAWA, ALBERT, 2019, p. 457).

Veja algumas perguntas que podem ser norteadoras para o debate sobre as relações que pode- mos fazer
entre literatura e cultura: Como uma obra literária pode retratar elementos de uma determinada cultura?
Podemos dissociar o que é cultural do que é ficcional no texto literário? O que é o cânone literário? Como
ele é definido?

Para embasar as discussões, é possível apresentar aos estudantes trechos de textos teóricos sobre o tema.

Veja uma sugestão: PAGANINI, Martanézia R. Literatura e representação da identidade


cultural: Reflexão sobre o ensino de leitura na sociedade da repre- sentação. In: Anais
do 16º congresso de leitura do Brasil. 2016. Disponível em: https://cutt.ly/URgcVi5.
Acesso em: 30 jul. 2021.

É importante destacar que não há resposta correta para os questionamentos levantados, mas que as
perguntas são importantes para instigar os estudantes a refletirem sobre leituras que podemos fazer a
partir de uma obra literária. Se julgar necessário, escolha uma obra conhecida pelo grupo e proponha que
eles analisem de que forma a literatura retrata valores culturais.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 2 e 3: 4 aulas

Seguindo no sentido da investigação, divida a turma em grupos, para o trabalho colaborativo de pesquisa
de obras literárias relevantes para a contextualização histórica. Sabemos que há alguns estereótipos na
literatura canônica, sobretudo no que diz respeito às figuras dos indígenas e africanos. Alerte os estudantes
sobre essa questão, orientando-os a ficarem atentos a esse aspecto. Também é importante considerar o
lugar que os autores ocupam socialmente, considerando suas características quanto à raça, classe e gênero.

SAIBA MAIS
A filósofa contemporânea brasileira Djamila Ribeiro tem diversos textos publicados sobre a questão do lugar de fala - conceito que mostra
COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]

que o lugar que ocupamos socialmente influencia na forma como temos nossas experiências e perspectivas.

Sugestão de leitura: RIBEIRO, Djamila. Lugar de fala. Pólen Produção Editorial LTDA, 2019.

Para direcionar a pesquisa, oriente que os estudantes escolham obras para fazer um trabalho de análise de
literatura comparada a partir de elementos narrativos, como espaço, personagens, foco narrativo etc. O
importante é que os estudantes utilizem os materiais para refletir sobre de que forma as categorias
textuais, mesmo no âmbito da ficção, revelam aspectos sociais e culturais.

Professor, para enriquecer o debate e apresentar os diversos discursos que as obras literárias podem
apresentar, sugerimos que sejam apresentados textos de distintos momentos e movimentos literários.
Você pode selecionar algum trecho de alguma obra do período indianista do Romantismo brasileiro, como
Iracema ou O Guarani, e alguma leitura mais contemporânea como Daniel Munduruku e Eliane Potiguara,
sugeridos, dentre outros, no link abaixo:

Literatura indígena: outros livros, outras histórias do Brasil. Disponível em:


https://cutt.ly/XRgvp8h. Acesso em: 2 ago. 2021.

Você pode ainda, suscitar uma reflexão sobre a literatura afro-brasileira, destacando célebres autores ne- gros e traçar um
paralelo com autores atuais e toda sua luta por respeito e representatividade. Trazemos os seguintes
links como sugestões de trabalho e pesquisa:

Conheça os principais autores da literatura afro-brasileira. Disponível em:


https://cutt.ly/9RgvcD9. Acesso em: 2 ago. 2021.

Os estudantes poderão registrar suas descobertas em um mural coletivo produzido na sala de aula, à
mão, ou em formato digital, utilizando uma ferramenta gratuita.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
Ao longo de todo semestre 1, os estudantes estarão fazendo pesquisas, investigando temas relacionados a culturas,
colhendo dados e informações. Para sistematizá-las em um único suporte, indi- camos que seja feito um mural coletivo,
alimentado por todos os estudantes ao longo das semanas. Esse mural pode ser confeccionado à mão, fixado na parede da sala
de aula ou pode ser digital, utilizando ferramentas gratuitas online. O importante é que os estudantes tenham um espaço
para registrar suas descobertas, além de fazer conexões entre os componentes.

AVALIAÇÃO
Exerça a presença pedagógica visitando os grupos, fazendo apontamentos, instigando-os, problematizando
situações e contextos, levando-os a reflexões. Avalie os estudantes durante todo esse processo de pesquisas e
interações, sinalizando desde o começo quais critérios você utilizará para avaliá-los.
SISTEMATIZAÇÃO
Semana 4: 2 aulas

Para encerrar os estudos realizados nesta primeira Atividade, é hora de mobilizar os conhecimentos
adquiridos pelos estudantes, bem como suas análises sobre possíveis diálogos entre literatura e cultura e
curadoria de obras literárias para realizar um debate a partir do seguinte tema: Que relações podemos
COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]
fazer entre literatura e cultura?

A ideia é que os estudantes se organizem previamente, trazendo seus pontos de vista, utilizando o
material pesquisado como fonte de argumentação. É importante deixar claro que a questão não pretende
colocar um aspecto contra o outro, mas justamente evidenciar a potência que há na literatura. Há um rico
debate acadêmico sobre a literatura como manifestação artística ou retrato da cultura de sua época. O
importante é garantir que os estudantes se aprofundem nos argumentos e nas trocas de aprendizados.

SAIBA MAIS
O crítico literário Roberto Schwarz escreveu o célebre ensaio “Ao vencedor as batatas”, no qual analisa obras de José
de Alencar e Machado de Assis apontando as contradições da sociedade escravocrata brasileira. Este ensaio é
considerado um dos primeiros a seguir as ideias de Antonio Candido, crítico literário e sociólogo brasileiro, pioneiro
nas análises críticas sobre a sociedade brasileira a partir da literatura.
SCHWARZ, Roberto. Ao vencedor as batatas: forma literária e processo social nos inícios do romance bra-
sileiro. Editora 34, 2000.

AVALIAÇÃO
A avaliação deverá ser processual e privilegiar as pesquisas, os registros, os debates e as interações nos
grupos e entre os grupos. É importante observar o protagonismo dos estudantes: ao estabelecer relações
entre as informações coletadas, no olhar crítico e ético sobre os temas escolhidos e analisados e na sis-
tematização de todo o processo, respeitando suas individualidades. Dê feedbacks aos estudantes sobre a
evolução dos mesmos durante o processo, peça para que se autoavaliem em relação aos papéis que
desempenharam até aqui, que reflitam sobre suas participações nos grupos, sobre autonomia, colabora- ção,
gestão do tempo etc.
COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]

ATIVIDADE 2

INTRODUÇÃO
Semana 1: 2 aulas

A Atividade 2, que se inicia, tem como objetivo deslocar as discussões anteriores sobre a literatura como
elemento cultural para a vida do estudante. Para isso, proponha uma pesquisa sobre obras literárias e
escritores da literatura contemporânea brasileira. Para guiar a pesquisa, é possível propor
questionamentos como: Você se reconhece nas obras literárias que pesquisou? As culturas às quais você
faz parte estão representadas nessas obras? Quais manifestações literárias têm a ver com você hoje?

Para organizar as pesquisas, peça que os estudantes registrem no mural coletivo as manifestações literárias
que estão presentes em sua vida e em seu entorno, seja como leitores ou escritores. (Exemplos de
manifestações literárias bastante frequentes na cultura juvenil: HQ/Mangá/Poesia/ Slam/Letras de música
etc.) A partir desses dados, eles podem traçar um perfil dos leitores da turma, procurando interesses
comuns.

SAIBA MAIS
Slams são batalhas de poesia falada, nas quais os artistas apresentam suas rimas em uma performance. Em
competições, há uma comissão de jurados que avalia o desempenho de cada poeta, juntamente com a opinião do
público. Documentário sobre o tema: Slam: Voz de Levante.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 2 e 3: 4 aulas

Como se forma um leitor? - Pensando em aumentar o repertório dos estudantes acerca desta questão,
sugerimos a leitura de trechos do texto “O direito à literatura”, de Antonio Candido.
Fonte: CANDIDO, Antonio et al. O direito à literatura. Vários escritos, v. 3, p. 235-263, 1995. Pensando nas
condições de circulação das obras literárias resultado da curadoria feita pelos es- tudantes, eles poderão
se aprofundar nas obras, analisando alguns pontos: Quem são os leitores dessas obras? Onde essas obras
circulam? O que pode ser dito sobre a visão do autor acerca da realidade que o circunda?

SAIBA MAIS
No artigo “O narrador na literatura brasileira contemporânea”, o professor de literatu- ra
brasileira Jaime Ginzburg faz uma análise da produção literária da década de 1960, mostrando
a diversidade narrativa.

Fonte: GINZBURG, Jaime. O narrador na literatura brasileira contemporânea. Tintas. Quaderni di


letterature iberiche e iberoamericane, n. 2, p. 199-221, 2012. Disponível em: https://cutt.ly/rRgv6xm.
Acesso em: 18 out. 2021.

Pensando no diálogo com as Ciências Humanas e Sociais, é possível provocar os estudantes a pensar sobre de que forma podemos
narrar a experiência humana e quem tem o direito de narrá-la.

Para se aprofundar no tema, sugerimos a leitura teórica: “O direito à literatura afro-brasileira”, Rafael Balseiro Zin.
Disponível em: https://cutt.ly/VRgbfEE. Aces- so em: 18 out. 2021.
COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]

Após a pesquisa sobre as condições de produção e circulação das obras literárias, o estudante terá
condições de escolher uma obra de literatura contemporânea, para escrever uma resenha crítica ou
ensaio, analisando os elementos culturais retratados na obra. A escolha pode ser feita a partir de um
romance que eles já tenham lido ou também de um conto, crônica, poema e até letra de música. O
importante é que eles tenham embasamento para analisar a obra, direcio- nando o olhar a partir da
pergunta: Em que medida a obra escolhida apresenta elementos de uma determinada cultura?

Neste momento, o estudante terá o trabalho de planejar o texto, fazendo pesquisas, se ainda for
necessário, elencando pontos que pretende analisar. Para organizar a escrita, sugerimos que cada um faça
um esquema no formato de mapa conceitual.

Para exemplificar, veja algumas sugestões de obras literárias brasileiras que podem ser analisadas quanto
ao aspecto cultural:

• A música “Eduardo e Mônica”, de Legião Urbana


A partir de personagens ficcionais, conhecemos a cultura de um jovem de classe média e de uma mulher
mais velha, passando pelos clichês de uma relação em que a mulher é mais madura do que o homem. Ao
longo da canção, o narrador conta detalhes sobre os valores e estilo de vida dos personagens.
• O álbum de música “Sobrevivendo no Inferno”, de Racionais Mc’s
Considerado um dos mais importantes álbuns de rap do Brasil, as músicas contam histórias de vida de
pessoas da periferia e denuncia as desigualdades sociais brasileiras. Desde 2019, a obra é adotada na lista
de livros do vestibular da UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas).

• Torto Arado, de Itamar Vieira Junior


Vencedor do Prêmio Jabuti de melhor romance literário e do Prêmio Oceanos de literatura, am- bos em
2020. No sertão da Bahia, as irmãs e protagonistas Bibiana e Belonísia alternam a voz de narradoras da
história ao longo dos capítulos. A partir da leitura de trechos, é possível comparar a diferença entre o olhar
de cada uma das personagens sobre os mesmos acontecimentos.

• Quarto de Despejo, de Carolina Maria de Jesus


Diário da autora, que narra seu cotidiano como mulher negra, mãe solo, moradora da periferia de São
Paulo e catadora de lixo. A partir de seu olhar poético e delicado, ela descreve a fome e miséria causadas
pela desigualdade brasileira. Há diversos trechos interessantes para problematizar a ques- tão das vozes
silenciadas na literatura brasileira, além de reconhecer a literatura como relato social.

Durante o trabalho nos grupos, circule pela sala incentivando-os na pesquisa, questione-os e chame
atenção para pontos que considere relevantes serem observados e registrados. Avalie pro- cessualmente a
participação e interação de todos nos grupos, observando se os estudantes conse- guem fazer suas
pesquisas de forma coerente e assertiva, dividindo papéis e tarefas; se trabalham colaborativamente nas
equipes formadas; se suscitam discussões e se posicionam criticamente.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 4: 2 aulas

Chegou o momento de escrita da resenha crítica ou ensaio sobre a obra literária escolhida.

AVALIAÇÃO
Para auxiliá-lo nesse momento, sugerimos construir uma rubrica com os estudantes para elencar alguns pontos
essenciais que devem estar presentes no texto. A rubrica é uma ferramenta de avaliação em forma de tabela, que
pode ser utilizada tanto pelo professor quanto pelos estudantes para se autoavaliarem. Ela pode ser
construída previamente em conjunto com o grupo, elencando pontos importantes para a realização da
COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]

proposta, servindo também como um guia para o desenvolvimento da atividade.


COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]

Veja uma sugestão de rubrica como exemplo:


Insuficiente Parcialmente Suficiente
1. Apresenta informações principais sobre a
obra?
2. Traz análises embasadas sobre a obra?
3. Faz relações entre os aspectos literários e
culturais da obra?

4. Discorre sobre as condições de produção e


circulação da obra?

Se for possível, faça uma rodada de socialização sobre os textos produzidos, para que os próprios colegas
possam fazer comentários ou dar sugestões de pontos que podem ser aprimorados em uma segunda
versão.

Depois de revisar os textos, os estudantes podem escolher uma forma de publicá-los. Existem sites
específicos para publicação de resenhas de livros, como os blogs literários. Após esse momento de
pesquisa, debate e produção, oriente que os estudantes façam uma autoavaliação, considerando o que eles
conheciam sobre esse tema até então e se tinham consciência dos pontos abordados e das reflexões
suscitadas.
DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
Observando que cada componente produzirá diversas pesquisas, produções artísticas e literárias, práticas
corporais etc., seria interessante que ao final das atividades houvesse um evento no qual os estudantes
possam expor ou apresentar o que foi criado. O formato de mostra ou feira cultural pode ser uma boa
solução para envolver a comunidade escolar e convidá-los a conhecer os trabalhos realizados.
COMPONENTE 4 [ DIÁLOGOS COM A LITERATURA: A CULTURA EM CONTEXTO
]

ATIVIDADE 3

Nas Atividades 1 e 2, o estudante teve a oportunidade de explorar o eixo estruturante de investigação


científica pensando nas relações que podemos fazer entre literatura e cultura. Daqui para frente, sugerimos
uma transição para que o estudante possa se aprofundar nos eixos de processos criativos e intervenção e
mediação sociocultural. Para isso, a Atividade 3 tem como foco o gênero textual manifesto. Ao longo das
semanas, além de se aprofundar nesse gênero, o estudante pro- duzirá um manifesto, embasado pelas
reflexões a partir da relação entre o gênero e as manifesta- ções culturais, como no caso do Manifesto
Antropófago e da Semana de Arte Moderna de 1922 e dos manifestos das Vanguardas Europeias.

INTRODUÇÃO
Semana 1: 2 aulas

Para abrir as discussões, sugerimos partir de uma leitura disparadora que aborde a cultura brasi- leira na
perspectiva modernista.

Sugestão:
Erro de português
Quando o português chegou Debaixo d’uma bruta chuva Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol O índio tinha despido
O português
Fonte: ANDRADE, Oswald de. Primeiro caderno do aluno de poesia Oswald de Andrade. Edição facsimilar.
São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

Para embasar a discussão inicial, é importante sondar o quanto os estudantes conhecem o movimento
modernista brasileiro e a Semana de Arte Moderna de 1922. Se for preciso contextualizar, veja uma
sugestão de leitura teórica sobre o movimento:

“Na época da Primeira Guerra Mundial, alguns jovens escritores, músicos, pintores e escultores
abandonam a arte tradicionalmente praticada porque descobrem que... o Brasil entrava no século
XX e estava à procura de sua identidade como nação. Vão pensar e produzir dentro desses dois
polos. São integrantes de uma geração nascida nos últimos anos do século XIX, que desenvolve
seus primeiros livros, músicas, quadros e esculturas do período da guerra. Nos anos 1920, formam
um grupo inovador que deixa obras importantes, uma produção artística que enriquece o
patrimônio cultural brasileiro. São poucos os que primeiro se atrevem nos novos caminhos, são a
vanguarda que constitui o movimento modernista. O termo modernismo – que eles mesmos
usavam para se classificar – não quis e não quer dizer uma escola com regras e leis rígidas, mas
serve para designar aqueles que, negando os padrões ultrapassados da arte brasileira no início do
século, procuram desenvolver uma linguagem nova para expressar seu tempo e seu meio. Engloba
escritores como Mário de Andrade e Oswald de Andrade, músicos como Villa-Lobos, e artistas
plásticos (...).”

Fonte: ROSSETTI, Marta. Modernismo. Revista USP, n. 94, p. 123-140, 2012.


Disponível em: https://cutt.ly/ERgbYcb. Acesso em: 11 ago. 2021.

Assim como foram problematizadas anteriormente as questões do cânone literário e das vozes
privilegiadas em detrimento de outras silenciadas, como os povos indígenas e os afro-brasileiros, é
interessante mostrar aos estudantes que o movimento modernista pretendia resgatar a identidade
COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]
nacional brasileira, mas que os membros pertencentes faziam parte, em geral, da elite intelectual.

SAIBA MAIS
Há diversos materiais sobre o movimento modernista brasileiro como manifestação cultural e
literária. Se quiser saber mais, sugerimos assistir ao vídeo “A literatura na Semana do 22”,
que apresenta a entrevista com o crítico literário Ivan Marques, produ- zido pela TV Cultura e pelo
canal Café Filosófico. Disponível em: https://cutt.ly/9RgbJub. Acesso em: 18 out. 2021.

Após o debate, sugerimos voltar a colocar o estudante no centro da discussão, fazendo perguntas como:
Como o estudante compreende/interioriza as questões culturais levantadas? Como os valores éticos e
culturais da sociedade apresentados reverberam nos dias atuais?

DESENVOLVIMENTO
Semanas 2 e 3: 4 aulas

Para fazer um estudo sobre o gênero textual manifesto, o formato sala de aula invertida pode ser
interessante. Os estudantes, divididos em pequenos grupos, podem pesquisar um manifesto e
apresentar para os outros colegas. Veja algumas sugestões:

• Manifesto Antropófago (1928) - escrito por Oswald de Andrade, o manifesto faz parte do movimento
modernista brasileiro, apresentando uma crítica à dependência cultural europeia. De forma irônica e
com humor ácido, o texto chama a atenção por seu caráter poético e ao mesmo tempo político, como
podemos ver nos seguintes trechos:

“Antes dos portugueses descobrirem o Brasil, o Brasil tinha descoberto a felicidade.”


“Contra todos os importadores de consciência enlatada. A existência palpável
da vida.”
“Nunca fomos catequizados. Vivemos através de um direito sonâmbulo.
Fizemos Cristo nascer na Bahia. Ou em Belém do Pará. Mas
nunca admitimos o nascimento da lógica entre nós.”

• Manifesto Dadaísta (1918) - escrito pelo poeta romeno, judeu e francês Tristan Tzara. Com o objetivo
de chocar a burguesia europeia, um grupo de artistas criou um movimento artístico e literário chamado
Dadaísmo durante a Primeira Guerra Mundial. O manifesto critica a guerra e enaltece a negação,
questionando os valores da época e o sentido da existência.

• Manifesto Surrealista (1924) - escrito pelo francês André Breton, o manifesto representa o grupo de
artistas do movimento surrealista, que defendia a expressão artística através do pensamento
inconsciente, livre da razão. Baseados nas teorias da psicanálise de Sigmund Freud, os artistas surrealistas
buscavam retratar o imaginário, afastando-se da arte realista.

Ao longo das apresentações, é importante que os estudantes tenham ferramentas para analisar não
apenas o conteúdo dos manifestos, mas também a forma, refletindo sobre sua estrutura básica. O
manifesto é um gênero textual com poucas “regras”, podendo ter inserções literárias, poéticas e
imagéticas. Enquanto fazem uma leitura crítica dos textos, os estudantes podem formular uma definição
para esse tipo de texto. Veja uma definição possível:

“De modo geral, entende-se atualmente o manifesto como um gênero textual, de cará- ter
persuasivo, que se propõe a declarar publicamente princípios específicos, chamando a atenção
COMPONENTE 4 [ DIÁLOGOS COM A LITERATURA: A CULTURA EM CONTEXTO
do público, incitando à ação e alertando para]
a necessidade de realização de algum tipo de
mudança. Quanto mais ele circular entre as pessoas, mais ampla será sua repercussão. Sua
estrutura é relativamente livre, mas alguns elementos são típicos de seu formato: o texto, que
não deve ser nem demasiado curto nem muito extenso, possui estru- tura de dissertação e tom
de convocação, com presença de vocativos. A linguagem pode variar, dependendo a quem o texto
é dirigido (...).”

Fonte: BORTULUCCE, Vanessa Beatriz. O manifesto como poética da modernidade.


Literatura e Sociedade, v. 20, n. 21, p. 5-17, 2015. Disponível:
https://cutt.ly/bRgbM25. Acesso em: 14 ago. 2021.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 4: 2 aulas

Após as pesquisas e análises sobre os manifestos, os estudantes terão embasamento para produzir seus
próprios textos. Para orientar essa escrita, é importante que haja momentos para planejamento, escrita e
revisão do texto.

No planejamento, sugerimos que cada estudante crie um esquema ou mapa conceitual reunindo temas
sobre os quais ele tem interesse em escrever seu manifesto. Eles também podem realizar pesquisas e se
aprofundar na temática.

Se houver tempo, o processo de escrita pode ter mais de uma versão, para que os estudantes possam
revisar o texto, fazendo aprimoramentos. Pensando em fugir da dinâmica das aulas da formação geral
básica, sugerimos o formato de oficina de escrita, na qual os estudantes estão divididos em pequenos
grupos, em roda ou mesas coletivas, nas quais eles lêem os textos dos colegas, fazendo comentários e
dando sugestões, fugindo do julgamento de “certo” ou “errado.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
A produção final pode ser exposta na mostra/feira cultural ao final das Atividades, que reúne todas as produções feitas pelos
estudantes nos cinco componentes desto semestre.

Na Atividade 4, o estudante seguirá a trajetória de pensar a relação das manifestações literárias com a
cultura, dessa vez voltando o olhar para manifestações do mundo contemporâneo, como saraus poéticos,
slam e o rap. O objetivo é que o jovem possa se aprofundar nessas manifestações, pensando no uso crítico
delas como forma de denúncia social, que impacta a sociedade, produ- zindo transformações culturais e
sociais.
COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]

ATIVIDADE 4

INTRODUÇÃO
Semana 1: 2 aulas

Para fazer uma conexão entre os estudos da Atividade 3, sugerimos iniciar apresentando o documentário
AmarElo - É Tudo Pra Ontem, produzido pelo rapper Emicida, que apresenta um show realizado no Teatro
Municipal, fazendo uma viagem no tempo para a Semana de Arte Moderna de 1922, que também
aconteceu nesse teatro. Ao longo do documentário, há menções às heran- ças culturais brasileiras, com
foco nas pessoas negras que tiveram importante papel na formação da identidade brasileira. Esse percurso,
desde o modernismo até os dias atuais, mostra em que medida essas manifestações artísticas e literárias
influenciaram o rap nacional, chegando na peri- feria e na população marginalizada.

Se não for possível assistir ao documentário, sugerimos que você, professor, escolha uma entrevista com o
Emicida ou uma resenha crítica mais detalhada sobre o documentário para que os estudantes consigam
compreender a discussão.

Para fomentar o debate, sugerimos que sejam feitas perguntas como: Em que medida o movimen- to
modernista brasileiro influenciou a produção cultural hoje? Que relações podemos fazer entre a cena
cultural atual e o movimento modernista?

DESENVOLVIMENTO
Semanas 2 e 3: 4 aulas

Para fazer o aprofundamento sobre os impactos sociais que as manifestações artísticas literárias têm na
sociedade brasileira, sugerimos que os estudantes pesquisem projetos que tem como objetivo levar a
literatura à população periférica e marginalizada, com pouco acesso a dispositivos culturais. É importante
valorizar iniciativas que o jovem já conheça e que faça parte de sua comu- nidade. No entanto, também é
possível investigar outros projetos, fazendo um mapeamento de iniciativas. Veja algumas sugestões de
projetos:

• Sarau do Binho - O projeto, criado por Robinson Padial, mais conhecido como Binho,
promove atividades culturais desde a década de 1990. Inicialmente, as pes- soas
reuniam-se para ouvir música e declamar poesia em seu bar. O sarau ganhou uma nova
sede em 2012, o Espaço Clariô de Teatro, em Taboão da Serra (SP), e tem ampliado
cada dia mais sua programação, buscando dar vazão à produ- ção cultural da periferia
da região metropolitana de São Paulo. Disponível em: https://cutt.ly/7RgnfOO. Acesso
em: 18 out. 2021.

• Biblioteca Comunitária Caminhos da Leitura - Inaugurada em 2008 e idealiza- da


pela educadora Bel Santos Mayer, o projeto leva bibliotecas para diferentes es- paços,
como uma unidade de saúde e até um cemitério em Parelheiros, na Zona Sul de São
Paulo. Disponível em: https://cutt.ly/TRgnmAd. Acesso em: 18 out. 2021.

• Slams - No Brasil, o Slam chegou em 2008, por intermédio da artista Roberta Estrela
D’Alva, através do ZAP! Slam (Zona Autônoma da Palavra) na cidade de São Paulo. Não
COMPONENTE 4 [ DIÁLOGOS COM A LITERATURA: A CULTURA EM CONTEXTO
demorou para que viesse então o Slam da Guilhermina,] que ocor- re na periferia de São
Paulo, lado leste do mapa, e tantos outros que foram surgin- do, como: Slam Capão,
Slam da Norte, Slam Paz em Guerra, Slam Resistência, Slam Caruaru, dentre muitos
outros. Disponível em: https://cutt.ly/sRgnSqY. Acesso em: 18 out. 2021.

Para compartilhar o que os estudantes pesquisaram, é possível fazer a construção de um mapa coletivo que
marque os projetos de literatura e os lugares da cidade de São Paulo nos quais eles acontecem. Dessa
forma, os estudantes poderão ter uma visão geral sobre esses dispositivos cul- turais das diferentes regiões.

SAIBA MAIS
Algumas ferramentas digitais gratuitas de edição de texto e imagem possuem layouts prontos de mapa mundi,
permitindo fazer o recorte em cidades, regiões, bairros etc. Essa pode ser uma forma interessante de criar um mapa
interativo digital, no qual cada estudante adiciona um pin e registra o projeto que pesquisou.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 4: 2 aulas

Pensando na literatura com poder de denúncia social e de transformação da realidade da comunidade a


qual o jovem faz parte, para encerrar esse estudo, sugerimos que sejam produzidos poemas ou letras de
música.

Essas produções podem ser apresentadas no formato de saraus, slams ou performances musicais.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
Que tal sugerir aos estudantes que reproduzam o sarau, slam ou apresentação musical na mostra/feira cultural ao
final das Atividades, que reúne todas as produções feitas pelos estudantes nos cinco componentes desto semestre?
COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]

ATIVIDADE 5

Para finalizar a trajetória do estudante ao longo das Atividades, propomos que seja realizada uma oficina de
fanzines. Além de se aprofundar-se nesse gênero textual artístico literário, realizando uma leitura crítica que
conduza a reflexões sobre em que medida as publicações independentes são parte da cultura e podem ser
utilizadas como ferramenta de denúncia social e de transformação da realidade, ele poderá fazer
desenvolver as habilidades de processos criativos e mediação sociocultural. Ao final, eles poderão expor
suas produções em um evento como uma feira/mostra cultural.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
A partir do estudo realizado nesta Atividade, o estudante terá condições de confeccionar um fanzine com o material
coletado nas entrevistas que realizou no Componente 3 – “Ressignificando a formação do povo brasileiro”. Por isso, é
importante deixar claro desde o início que o estudante terá essa possibilidade de integração, fazendo um diálogo
entre Linguagens e Ciências Humanas e Sociais.

INTRODUÇÃO
Semana 1: 2 aulas

Para começar os estudos, é importante fazer uma sondagem para verificar o quanto os estudantes
conhecem esse gênero textual. Se os estudantes tiverem poucas informações sobre os fanzines ou se nunca
tiverem ouvido falar, é possível propor uma pesquisa sobre o tema.

Há uma cena cultural muito forte na produção de fanzines no Brasil e em países da América Latina. É
possível ter acesso a essas publicações em feiras de publicação independente ou em acervos virtuais.
Através de pesquisas na internet, o estudante poderá descobrir algumas dessas iniciati- vas. Veja só algumas
sugestões:

• Fanzinoteca virtual - Plataforma digital que apresenta um acervo de zines produzidos por
artistas de diversos países da América Latina e também da Espanha. Disponível em:
https://cutt.ly/LRgnVLf. Acesso em: 13 out. 2021.

Feira Miolos - Uma das principais feiras de editoras alternativas, que acontece na cidade
de São Paulo e teve suas últimas edições na Biblioteca Mário de Andrade. Em média, são
mais de 150 expositores e suas produções variam entre livros, publi- cações artesanais,
fanzines, cartazes etc. Disponível em: https://cutt.ly/ERgmq5I. Acesso em: 13 out. 2021.

• Printa Feira - Feira de arte impressa autoral e de publicações alternativas e independentes


que acontece no SESC 24 de maio, no centro de São Paulo. Além de expor e vender
exemplares, a feira promove debates sobre o tema. Disponível em:
COMPONENTE 4 [ DIÁLOGOS COM A LITERATURA: A CULTURA EM CONTEXTO
https://cutt.ly/8RgmdZN. Acesso em: 13] out. 2021.
DESENVOLVIMENTO
Semanas 2 e 3: 4 aulas

Para que o estudante possa fazer experimentações e confeccionar páginas do seu próprio zine, é importante
seguir as seguintes etapas:

1. Pesquisa/garimpo de materiais: (textos, imagens, colagens de revistas, jornais, letras com fontes
diferentes etc.) sobre um determinado assunto de interesse do estudante.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
Nesse momento, é possível lembrar os estudantes de que eles podem utilizar os materiais produzidos a
partir das entrevistas realizadas no Componente 3 – “Ressignificando a formação do povo brasileiro”,
explorando de forma criativa as temáticas sobre as quais ele se aprofundou nos estudos de Ciências Humanas
e Sociais.

2. Construção de um boneco/Planejamento dos textos: o boneco funciona como um guia para a


confecção de um fanzine, uma vez que ajuda a visualizar a sua materialização. Ele auxilia o estudante na
definição do número de páginas e na distribuição dos textos, imagens e ilustrações em cada página.

3. Confecção/Montagem das páginas: considerando a base do zine com papéis sulfite A4, para montar
as páginas será preciso dividir o número de folhas por 4, uma vez que a folha A4 dobrada ao meio gera 4
páginas, frente e verso. Dessa forma, o número de páginas deve ser sempre múl- tiplo de 4. Por exemplo:
se o estudante quiser criar um zine com 20 páginas, precisará de 5 folhas sulfite A4. É importante numerar
as páginas para facilitar na encadernação.

folha sulfite A4

2
1
folha sulfite A4
dobrada ao meio páginas do zine
para encardenar
Fonte: imagem feita para este material

4. Revisão final/Xerox/Encadernação: quando o boneco estiver finalizado, se for possível ter acesso a
uma máquina de xerox, é possível imprimir diversas cópias e formar mais de um exemplar do zine. A
encadernação pode ser feita de diversas formas, com grampo, clips, linha e agulha, dobras, cola etc.

SAIBA MAIS

Se quiser se aprofundar no tema, sugerimos a seguinte leitura teórica: PINTO, Renato Donisete. O Fanzine na
Educação: algumas experiências em sala de aula. João Pessoa: Marca de Fantasia, 2013.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 4: 2 aulas

Para encerrar, sugerimos que haja um momento de socialização das páginas produzidas pelos estudantes.
Ainda que eles não tenham finalizado seus bonecos, eles podem apresentar algumas páginas para
comentários e sugestões dos colegas. Veja alguns pontos que podem nortear o momento de socialização:
Houve uma boa pesquisa de materiais para compor o zine? Foram usados diferen- tes tipos de materiais e
COMPONENTE 3 [ RESSIGNIFICANDO A FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO ]
linguagens para compor o zine? O zine mistura trechos de textos e imagens de outros autores com textos
do estudante? A diagramação foi criativa, com capa, rompendo com um formato tradicional? Possível
encontrar opinião ou posicionamento político? O zine é atrativo e tem grandes chances de interessar a
outros leitores?
ATIVIDADE COMPLEMENTAR

A CULTURA E SEUS SENTIDOS


DURAÇÃO: 40 horas
AULAS SEMANAIS: 2
QUAIS PROFESSORES PODEM MINISTRAR ESTE COMPONENTE: Filosofia, Sociologia ou História.

INFORMAÇÕES GERAIS:

O componente curricular “A cultura e seus sentidos” propõe aprofundamento sobre a cultura e suas
diferentes dimensões. A seleção de informações e a sistematização de dados servem como aporte para o
levantamento de hipóteses acerca da cultura e seus diversos desdobramentos e in- fluências, que se
constituem em amplo espectro. Portanto, a orientação para análises de situações, assim como as hipóteses
levantadas pelos estudantes, deve levar a uma reflexão crítica acerca deste marcador do traço humano no
mundo e de como sua existência molda as vivências da hu- manidade, desde a comunidade local até a
global. Destacamos que as atividades sugeridas devem produzir registros e, consequentemente, a avaliação
deve fazer parte do processo. Dessa forma, toda produção dos estudantes precisa ser considerada no
processo de aprendizagem e, portanto, fazer parte do processo avaliativo, parâmetro tanto da recuperação
da aprendizagem como da orientação para a diversificação de situações de aprendizagem. Nesse contexto,
professor, no desenvolvimento e finalização das atividades que orientam o percurso dos estudantes, você
po- derá considerar outros pontos ou mesmo partir de outros âmbitos, levando em consideração sua
experiência, sua prática, condições materiais e imateriais da turma, da escola, da localidade etc.

Objetos de conhecimento: O contexto histórico-filosófico das ciências; as transformações tecnológicas e


seus impactos nos indivíduos e na conformação do mundo contemporâneo; o efêmero e o multifacetado
como expressão da cultura virtual.

Competências da Formação Geral Básica: 2. Habilidades a


serem aprofundadas:

Analisar e caracterizar as dinâmicas das populações, das mercadorias e do capital nos diversos
continentes, com destaque para a mobilidade e a fixação de pessoas, grupos humanos e povos, em função de
EM13CHS201 eventos naturais, políticos, econômicos, sociais, reli- giosos e culturais, de modo a
compreender e posicionar-se criticamente em relação a esses processos e às possíveis
relações entre eles.

Comparar e avaliar os processos de ocupação do espaço e a formação de territórios,


territorialidades e fronteiras, identificando o papel de diferentes agentes (como grupos sociais e culturais,
EM13CHS204 impérios, Estados Nacionais e organismos internacionais) e conside- rando os conflitos
populacionais (internos e externos), a diversidade étnico-cultural e as características socioeconômicas,
políticas e tecnológicas.
COMPONENTE 5 [ A CULTURA E SEUS SENTIDOS
]

Eixos Estruturantes: Investigação Cientifica e Intervenção e mediação sociocultural. Competências


e Habilidades:

Investigar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de natureza histórica, social,
econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, considerando
EMIFCHS01
dados e informações disponíveis em diferentes mídias.

Levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza histórica, social, eco- nômica, filosófica,
política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou glo- bal, contextualizando os conhecimentos em
EMIFCHS02
sua realidade local e utilizando procedi- mentos e linguagens adequados à investigação científica.

Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, explo- ratória, de campo,
experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica, social,
econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, identificando os
EMIFCHS03 diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as fontes dos
recur- sos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.

Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos sociais, à
EMIFCHS07 diversidade de modos de vida, às diferentes identidades culturais e ao meio ambiente, em âmbito local,
regional, nacional e/ou global, com base em fenôme- nos relacionados às Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas.

Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Hu- manas e Sociais
Aplicadas para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre problemas de
EMIFCHS08
natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, baseadas
no respeito às diferenças, na escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.

Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver problemas de na- tureza sociocultural
EMIFCHS09
e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, relacionados às Ciências Humanas
e Sociais Aplicadas.

Os Eixos estruturantes de cada etapa das atividades são indicados pelos seguintes ícones:

Investigação Científica Empreendedorismo

Processos Criativos Mediação e Intervenção Sociocultural


COMPONENTE 5 [ A CULTURA E SEUS SENTIDOS
]

ATIVIDADE 1

INTRODUÇÃO
Semana 1: 2 aulas

Professor, na primeira aula deste componente, apresente aos estudantes suas características, relações com
os demais componentes e com o próprio aprofundamento que escolheram cursar. Aproveite a
oportunidade para estabelecer os combinados pedagógicos, convidando os estudantes a tomarem parte
ativa no próprio processo de aprendizagem.

É importante nesse primeiro momento lançar desafios e questões para reflexão que permitam ao
estudante retomar seu repertório sobre cultura, por isso, sugerimos uma roda de conversa. É fun-
damental que os estudantes registrem e organizem as suas reflexões e, nesse sentido, sugerimos a
elaboração de um painel que conste as reflexões, conhecimentos e experiências e, caso parti- cipem de
grupos ou oficinas culturais, relatem as suas experiências. Essa primeira atividade de sensibilização
pretende retomar alguns conhecimentos e sentimentos de pertencimento e como se enxergam na
produção e reprodução da cultura.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 2 e 3: 4 aulas

A partir da sensibilização, propomos que os estudantes, observem alguns exemplos de falas e, a partir delas
expliquem os sentidos em que a palavra “cultura” é utilizada, assim como o contexto que ela está sendo
empregada, por exemplo: “a cultura alimentar é importante para preservar a identidade dos
refugiados”; “os meios de cultura são utilizados com a finalidade de cultivar e manter microrganismos
viáveis no laboratório”; “é preciso analisar o papel da televisão na cultura de massa”. A estas ocorrências
da palavra cultura podem ser acrescidas de outras in- dicadas pelos próprios estudantes. Esse tipo de
atividade convida o estudante a reconhecer a complexidade que o conceito de cultura apresenta na nossa
sociedade e é uma oportunidade para a elaboração ou reelaboração do conhecimento. É importante que
os estudantes possam identificar os diferentes sentidos, tais como: cultura como identidade, cultura como
algo comer- cial, cultura como civilidade, entre outros.

Dica: Para avaliar os comentários e as considerações, sugerimos observar se os estudantes iden- tificaram
diferentes orientações para a palavra cultura e verificar se os argumentos revelam o esforço do estudante
para tecer hipóteses sobre as múltiplas ocorrências da palavra cultura e se essas ocorrências podem
significar diferentes sentidos da palavra cultura.

Para aprofundar o debate sobre a cultura, sugerimos que os estudantes em duplas façam leituras de alguns
trechos. A partir da leitura, os estudantes podem ser orientados para contextualizar os trechos lidos e a
mensagem que cada um traz sobre a cultura.
Dica: os estudantes podem construir, a partir das leituras, um glossário comum com termos desconhecidos.

Texto 1:
Segundo Hannah Arendt a palavra e conceito de Cultura tem origem em Roma. A palavra “cultura” origina-
se de colere – cultivar, habitar, tomar conta, criar e preservar – e relaciona-se essencialmente com o trato
do homem com a natureza, no sentido de amanho e da preservação da natureza até que ela se torne
adequada à habitação humana.
Fonte: ARENDT, H. Entre o passado e o futuro [trad. Mauro W. Barbosa]. São Paulo: Perspectiva, 2016, p.
265.

Texto 2:
“Quando um refugiado sai do seu país, deixa tudo: família, amigos, profissão. Mas tem uma coisa que ele
COMPONENTE 5 [ A CULTURA E SEUS SENTIDOS
nunca vai deixar é a sua cultura. E precisa se integrar com a cultura do país onde chegou. Para não perder a
]

identidade, precisa ter esses encontros para compartilhar sua cultura com o povo do país onde está.”
Relato de Pitchou Luambo. Agência Brasil. Refugiados dividem a cultura de seus países em en- contro na
capital paulista. Disponível em: https://cutt.ly/MW16FrM. Acesso em: 27 jul. 2021.

Texto 3:
Para responder à pergunta proposta pela Academia de Dijon “Qual é a origem da desigualdade entre os
homens e se ela é autorizada pela lei natural” Jean Jacques Rousseau apresentou uma resposta que pode
nos auxiliar na reflexão sobre como nós percebemos a cultura. Numa parte da sua resposta Rousseau
considera que os homens são diferentes e que algumas dessas diferenças têm causas naturais, mas outras
são adquiridas pela forma como os homens se organizam em socieda- de “Ora, se se comparar a
diversidade prodigiosa do estado civil com a simplicidade e a uniformidade da vida animal e selvagem, em
que todos se nutrem dos mesmos alimentos, vivem da mesma maneira e fazem exatamente as mesmas
coisas, compreender-se-á quanto a diferença de homem para homem deve ser menor no estado de natureza
do que no de sociedade.”
Fonte: ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os
homens. CultVox. Disponível em: https://cutt.ly/uYk6h1h. Acesso em: 27 jul. 2021.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
Lutas praticadas no Brasil – Elas são fatores de integração cultural?
No Componente 2 – “Práticas corporais de lutas: heranças culturais” é abordada a origem cultural e a prática
contemporânea de diferentes lutas. Essa abordagem contribui para a reflexão sobre a cultura como identidade.
Sugerimos que os estudantes utilizem as referências indicadas na atividade do Componente 2 para responder à questão
proposta: A memória é um fator de integração cultural?
No Componente 3 – “Ressignificando a formação do povo brasileiro” é abordada as fontes orais a partir de “pessoas
comuns, personagens especiais ou lideranças da família, da comunidade, do bairro que supostamente poderão narrar
suas histórias de vida” que podem compor a história da comunidade, do bairro ou mesmo de eventos e fatos de
natureza nacional e/ou internacional. Os estudantes podem utilizar as informações e reflexões realizadas no
componente “Ressignificando a formação do povo brasileiro” para responder à questão proposta.

FINALIZAÇÃO
Semana 4: 2 aulas

Professor, a partir da leitura e análise dos trechos, os estudantes podem 1) indicar como os fragmentos
contribuem para a compreensão da cultura; 2) responder, a partir dos trechos, quais são as possíveis
relações entre natureza e cultura, utilizando exemplos capazes de fortalecer seus argumentos; 3) analisar o
relato do texto 2, refletir e comentar sobre as possíveis dificuldades que a cultura impõe para a mobilidade
e fixação de pessoas que se encontram na condição de refugiado;
4) produzir um infográfico a partir das reflexões propiciadas pelos trechos de leitura.

Para a produção do infográfico, os estudantes podem agregar informações de outras fontes, como por
exemplo, das atividades produzidas em outros componentes, sempre justificando as suas escolhas.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
O Componente 5 “A cultura e seus sentidos” deverá oportunizar a utilização do mural integrado do semestre. Para
isso, sugerimos uma roda de conversa para apresentar os objetivos de um mural dinâmico. É a participação dos
estudantes na construção desse mural e estabelecimento de regras para a sua utilização. Lembre-se que o mural deve
priorizar questões relativas à aprendizagem. No mural cabe poesias, definições, questões e outras manifestações
associadas às atividades propostas nesse e nos demais componentes desso semestre. Caso julgue importante, a
exposição das produções pode ser considerada no processo de avaliação.
COMPONENTE 5 [ A CULTURA E SEUS SENTIDOS
]

SAIBA MAIS
O que é uma questão polêmica? Cadernos virtuais. Oficina 4, 1a etapa. Escrevendo o futuro.
Disponível em: https://cutt.ly/SW0gGEI. Acesso em: 13 set. 2021.

O debate. Cadernos virtuais. Oficina 4, 2a etapa. Escrevendo o futuro. Disponível em:


https://cutt.ly/bW0g33r. Acesso em: 13 set. 2021.

Se liga na Educação”. O programa do dia 05 de junho de 2020 apresenta uma aula sobre a
relação entre a natureza e a cultura. Disponível em: https://cutt.ly/XW0qwwZ. Acesso em: 27 de
jul. de 2021.

A ideia de cultura no contexto dos modernos discursos culturais: As contribuições de Terry


Eagleton. Nesse artigo sobre o conceito de cultura, Fábio Coimbra traz os dife- rentes significados
e as tensões que esse termo carrega, a partir das contribuições de Terry Eagleton na obra “O conceito de
cultura”. Disponível em: https://cutt.ly/dW0qiru. Acesso em: 27 jul. 2021.

#Escritos de Marilena Chauí. O que é cultura? Nessa websérie, episódio 3, Marilena Chauí
explica de maneira clara e didática a cultura e como a cultura é compreendida entre cultura
popular e cultura erudita. Disponível em: https://cutt.ly/qW0qz1R. Acesso em: 09 set. 2021.

Feedback: uma poderosa ferramenta para aprendizagem. Disponível em:


https://cutt.ly/7RkWeyK. Acesso em: 19 out. 2021.

AVALIAÇÃO
Professor, nessa primeira atividade o estudante foi convidado para se envolver com a cultura por meio de
leituras e análises. Nesse contexto, a avaliação deverá priorizar como os estudantes trabalharam com as
informações disponíveis, se compararam e sistematizaram impressões e discussões realizadas ao longo
da atividade e, por fim, demonstraram ter abertura para novas informações e conhecimentos. É importan- te, a
partir do que foi observado, reservar um momento para dar um feedback para a turma.
COMPONENTE 5 [ A CULTURA E SEUS SENTIDOS
]

ATIVIDADE 2

INTRODUÇÃO
Semana 1: 2 aulas

Neste primeiro momento, sugerimos que os estudantes observem as suas preferências e reflitam como elas
são construídas e compartilhadas cotidianamente. Essa proposta inicial tem como referência a
interiorização dos valores e exigirá dos estudantes um olhar voltado para si, para a sua história. Nesse
sentido, sugerimos que os estudantes se organizem para elaborar um questionário com perguntas
relacionadas à nacionalidade, a língua com a qual eles costumam se comunicar, os alimentos que
costumam apreciar; os hábitos cotidianos que eles desenvolveram; os tipos de roupas que costumam usar,
entre outros marcadores que eles julgarem importante para descrevê-los enquanto indivíduos e grupos.
Todos os estudantes devem participar da elaboração do questionário e todos devem responder as
perguntas.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
No componente 4 – “Diálogos com a Literatura: a cultura em contexto”, os estudantes foram convidados para
registrar no mural coletivo as manifestações literárias que estão presentes nas suas vidas e em seu entorno, seja como
leitores, seja como escritores de HQ/Mangá/Fanfic/Poesia/Slam/Letras de música etc. A partir desses dados, eles podem
traçar um perfil dos leitores da turma, procurando interesses comuns. Essa atividade se integra com a proposta de
sensibilização, na medida em que ambas buscam trazer o estudante para a sua história e suas preferências. Orientando
o estudante para refletir sobre si mesmo.

Ao final, reunidos em grupos, os estudantes devem ler todas as respostas, organizar os dados e analisá-los.
Os critérios de análise poderão ser combinados entre você, professor, e os estudantes. Nesse processo é
importante que você faça a mediação trazendo esclarecimentos sobre a construção social dos valores. No
desenvolvimento da identidade, pela qual todos nós passamos, é realizada por meio de um contexto, o
contexto cultural.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 2 e 3: 4 aulas

O desenvolvimento da reflexão sobre internalização de valores comuns e a construção da identidade


cultural, propomos que os estudantes sejam provocados, por meio de perguntas e desafios, a refletir sobre
como os valores são construídos no contexto cultural, qual o espaço da liberdade e o que a produção
artística pode dizer sobre as culturas. Em um segundo momento, sugerimos que a imagem-poema
“brasilidade em construção” de Oswald de Andrade seja tra- balhada. A imagem-poema foi publicada em
situação de prova no ENEM de 2013. MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA. Oswald de Andrade: o culpado de
tudo. 27 set. 2011 a 29 jan. 2012. SãoPaulo: Prol Gráfica, 2012. Questão 129. ENEM 2013 Caderno
Amarelo – 2º dia. (Disponível em:
https://cutt.ly/EW0qE9y. Acesso em: 28 jul. 2021.)

Professor, essa imagem é uma sugestão, outras imagens podem ser consideradas para esse momento. A
sugestão da imagem-poema “brasilidade em construção” traz uma perspectiva sobre questões histórico-
culturais do Brasil que merecem ser consideradas para análise crítica. É importante destacar o contexto
social e cultural da arte de Oswald de Andrade, assim como a valorização da liberdade de expressão em
relação a arte acadêmica de matriz europeia, a valorização da identidade e cultura brasileiras, da linguagem
coloquial e experimentações estéticas, assim como a fusão de influências externas aos elementos nacionais
COMPONENTE 5 [ A CULTURA E SEUS SENTIDOS
e sua valorização. ]

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
Professor, a partir de todos os elementos estudados nessa atividade, os estudantes devem organizar uma playlist
com músicas que representam o Brasil. A lista deverá agregar pelo menos três diferentes gêneros musicais. A playlist deverá ficar
disponível no mural. Procure reservar um tempo da aula para a audição.

Para a criação da playlist recomendamos integrar essa atividade com a atividade proposta pelo Compo- nente 1 –
“Tradições culturais” utilizando o mesmo vídeo. Essa integração possibilitará aos estudantes ampliar seu
repertório musical e, assim, seus critérios para as músicas escolhidas, assim como uma breve análise
crítica.

Clipe Instituto Brincante (Disponível no link https://cutt.ly/sW0tunw. Acesso em: 19 out. 2021).

A partir da reflexão sobre a “ideia de brasilidade”, sugerimos que os estudantes empreendam uma
pesquisa sobre a antropofagia cultural como um movimento teórico sobre as manifestações culturais
brasileiras. No meio da pesquisa os estudantes devem se organizar para a realização de debate, norteados
pela seguinte questão: a partir da compreensão da antropofagia como capacidade de deglutição das
formas importadas para produzir algo genuinamente nacional, como o advento da internet, podemos
afirmar que seguimos o movimento antropofágico ou voltamos para a antiga relação modelo/cópia ou,
ainda, com a internet, as relações culturais assumiram outro formato que não são nem antropofágicos nem
uma relação modelo/cópia?

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 4: 2 aulas

Para finalizar a proposta da atividade 2, os estudantes devem se preparar para fazer as seguintes leituras:

Texto 1: Na obra “Movimentos culturais de juventude”, os autores apresentam uma característica da


cultura na atualidade. Essa característica tem a ver com o avanço das tecnologias que tem tornado a
divulgação cultural mais dinâmica e “cada vez mais intensa, o que acelerou o ritmo das mudanças culturais,
sobretudo para as últimas gerações do século XX. Em períodos históricos anteriores, as mudanças levavam
séculos para ocorrer”. Fonte: BRANDÃO A. C e DUARTE, M. F. Movimentos culturais de juventude. São
Paulo: Moderna, 2004, p. 11.

Texto 2: “Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados,
torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.
§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura
que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o
estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura
negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas
contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. LEI Nº 11.645 de 10 de
março de 2008. Disponível em: https://cutt.ly/zW0uZjB. Acesso em: 30 jul. 2021.

Texto 3. As comunidades remanescentes de quilombo (...) mantendo suas tradições culturais, aprenderam
a tirar seu sustento dos recursos naturais disponíveis ao mesmo tempo em que se tornaram diretamente
responsáveis por sua preservação (...). Seus membros(...)desenvolvem atividades de turismo de base
COMPONENTE 5 [ A CULTURA E SEUS SENTIDOS
comunitária em seus territórios, pelos quais continuam a lutar. Fundação Cultural Palmares. Informações
]

Quilombolas. Disponível em https://cutt.ly/VW0u1YG. Acesso em: 13 set. 2021.

Espera-se que os estudantes reflitam os conteúdos dos textos propostos e considerem que eles
apresentam diferentes estratégias para a garantia de espaços para a divulgação e preservação da cultura.
No texto 1, a cultura da juventude em espaços virtuais caracteriza-se pela velocidade da in- formação; o
texto 2 traz a compreensão do ambiente escolar como possibilidade de reconhecimento e preservação da
cultura indígena e afro-brasileira. Trata-se de uma reivindicação de grupos preocu- pados com a valorização
da cultura brasileira de matriz africana e indígena. Essa ação tem o poten- cial de enfrentar preconceitos e
discriminação. O texto 3 aborda a preservação e desenvolvimento da cultura quilombola associada a
preservação dos territórios que estão associados às suas histórias.

Ao final, os estudantes devem ser orientados para observar as músicas indicadas na playlist e verificar se os
temas apresentados nos textos aparecem em alguma produção musical. Os estudantes nesta análise
deverão compor argumentos sobre o que eles observaram e constataram.

SAIBA MAIS
Programa Roda Viva – Pierre Lévy. O filósofo francês fala sobre cibercultura e inteligên- cia coletiva.
Disponível em: https://cutt.ly/oW0ikoE. Acesso em: 30 jul. 2021.

Semana de Arte Moderna (TV Cultura) O programa traz a narrativa dos fatos e efeitos do
Movimento modernista em comemoração aos 80 anos da Semana de Arte Moder- na.
Disponível em: https://cutt.ly/MW0oqGH. Acesso em: 28 jul. 2021.

ABIB, M. Lucia V. S. Orientação para autoavaliação. Disponível em:


https://cutt.ly/fRkTx3s. Acesso em: 19 out. 2021.

AVALIAÇÃO
Professor, nessa segunda atividade, procuramos propor situações para o estudante refletir a ideia de bra-
silidade. Nesse contexto, além de realizar análises, foram desafiados a organizar questionários, debates,
apreciar e compor argumentos. Todas as atividades propostas devem ser consideradas no processo de
avaliação. É importante, que os estudantes, diante das atividades propostas, sejam capazes de avaliar
seus próprios processos e envolvimento com as aprendizagens. Dessa forma, sugerimos que inclua no
processo avaliativo, questões para autoavaliação. Para saber mais sobre a importância da autoavaliação
veja o artigo que selecionamos no “saiba mais”
COMPONENTE 5 [ A CULTURA E SEUS SENTIDOS
]

ATIVIDADE 3

INTRODUÇÃO
Semana 1: 2 aulas

Professor, nesta atividade propomos que os estudantes sejam provocados para elaborar seus co-
nhecimentos sobre a “cultura em movimento”, a partir dos deslocamentos de grupos humanos. Dessa
forma, sugerimos que desafios e questões que convidem os estudantes a pensar situações de mudança,
adaptações e estranhamentos da realidade. 1) Há quanto tempo mora na mesma cidade ou bairro? 2) Você
conhece alguém que se mudou recentemente? 3) Na sua opinião, o que é mais difícil quando temos que
nos adaptar a uma nova realidade? 4) Em que momentos reco- nhecemos um estrangeiro ou nos
reconhecemos como estrangeiros? 5) Se você fosse obrigado a sair da sua casa e morar em um lugar
completamente diferente, como gostaria de ser recebido?
6) Numa hipotética situação de ter que se adaptar a uma nova realidade, completamente diferente daquela
em que você vive, qual seria a sua maior dificuldade? Explique. Questões desse tipo, podem gerar
oportunidades para o estudante pensar realidades e dificuldades de indivíduos e grupos para viver em
contextos diferentes dos quais estavam habituados e como a mudança pode gerar tensão. Sugerimos que
eles reflitam e respondam individualmente às questões propostas e, se julgar pertinente, pode ser
organizado um debate, a partir das questões 3, 4 e 6. Em um segun- do momento, os estudantes podem
entrar em contato com depoimentos e situações que ilustrem a tensão ou estranhamento na presença do
outro.

Texto 1: Quando Brasília começou a ser construída, em outubro de 1956, as pessoas começaram a povoar
o quadrilátero destinado ao futuro Distrito Federal. Primeiro, foram os engenheiros da Companhia
Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), depois, vieram os milhares de trabalhadores, comerciantes e
empresários atraídos por novas oportunidades. Naquela época, todos pensavam que os candangos iriam
embora depois da inauguração da capital, mas [...] se recu- saram a ir embora com a inauguração da
capital. Fonte: Gizella Rodrigues. Agência Brasília. Nascidas em Brasília as ocupações pioneiras.
Disponível em: https://cutt.ly/PW0ocxj. Acesso em: 01 agosto 2021.

Texto 2: As pesquisas sobre imigrantes indesejáveis, desenvolvidas pelo projeto “Histórias Migrantes”,
deixa claro que os judeus não foram as únicas vítimas da política migratória seletiva do governo brasileiro
na primeira metade do século 20 e no pós-guerra. Os japoneses, por exemplo, eram estigmatizados como
“indesejáveis” e identificados como o “perigo amarelo”.
Fonte: Claudia IZIQUE. Agência FAPESP. Disponível em: https://cutt.ly/dW0pk4M. Acesso em: 01
agosto 2021.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
No componente 2 “Práticas corporais de lutas: heranças culturais”, os estudantes serão orientados para apreciar imagens
de fotógrafos franceses que retrataram a prática da Capoeira no Brasil nas décadas de 1940-1950, a partir dessa
apreciação e do desenvolvimento da atividade proposta, os estudantes devem produzir um pequeno comentário sobre
como a Capoeira passou de prática proibida a prática esportiva brasileira. Organizados em grupo, os estudantes devem
redigir um “Texto 3”, por grupo, para que outro grupo faça a análise.

A partir da leitura, os estudantes devem ser orientados a comparar as situações descritas e tecer
considerações sobre o que elas revelam sobre as dificuldades em respeitar e acolher a diversidade étnica e
cultural. Destacamos a importância do registro dessas impressões e considerações.
COMPONENTE 5 [ A CULTURA E SEUS SENTIDOS

DESENVOLVIMENTO
]

Semanas 2 e 3: 4 aulas

Propomos, nesse momento, que os estudantes possam refletir sobre como “o outro” (aquele que não é
familiar, que não pertence ao meu grupo, a minha nacionalidade, geração ou cultura) pode desencadear
reações nem sempre agradáveis ou respeitosas.

Essa condição foi construída ao longo da tradição no pensamento ocidental com a valorização do eu, a
subjetividade do indivíduo. Tal tradição, que elevou os rostos familiares e o “meu” modo de perceber o
mundo como a única válida, acabou ampliando as distâncias entre “eu e o outro”. Para conversar com os
estudantes sobre essa condição, sugerimos alguns vídeos curtos para a reflexão. Destacamos que essa
reflexão poderá ser disparada por outros vídeos ou meios que julgar mais pertinentes para as turmas.

Levinas: Ego e Distanciamento – Franklin L. e Silva – Casa do Saber. Disponível em:


https://cutt.ly/yERFM3r. Acesso em: 28 set. 2021.

O perigo do outro e a humanidade que temos em comum – Alain de Botton: Fronteiras do Pensamento.
Disponível em: https://cutt.ly/6W0p0oK. Acesso em: 04 ago. 2021.

Professor, é importante que os estudantes tenham em mãos um roteiro de análise para apoiá-los na
reflexão do conteúdo dos vídeos. Sugerimos como roteiro, as seguintes questões: 1) Explique quais as
consequências de uma postura fundamentada no “privilégio do eu?; 2) Em relação ao vídeo de Alain de
Botton, o que pode significar para a humanidade, em relação a alteridade, “tudo igual ou tudo
horrivelmente diferente”. 3) Preservar o meio ambiente pode ser uma forma de respeitar o outro? A partir
das questões propostas, espera-se que os estudantes reconheçam que a questão da alteridade revela a
necessidade da reflexão ética. Na primeira questão, espera-se que os estudantes relacionem o “privilégio
do eu” como um caminho para a discriminação e precon- ceito. A questão 2 orienta para o estudante
questionar a relação entre culturas, espera-se que eles levantem hipóteses e façam questionamentos sobre
a convivência equilibrada entre as diferentes culturas. A terceira busca trazer o estudante para uma
reflexão mais ampla sobre o outro, como ser humano que ainda está por vir. Espera-se que eles
apresentem argumentos sobre a relevância das diferenças e como elas são fundamentais para
compreender o ser humano.

Em seguida, os estudantes podem se organizar para pesquisar sobre em que momentos as pes- soas têm a
sua liberdade de ser, viver e conviver, cerceadas por causa de questões ético culturais. Sugerimos uma
pesquisa sobre as dificuldades dos refugiados para manter seus costumes e ao mesmo tempo acessar
condições de sobrevivência. Essa pesquisa pode trazer depoimentos ou narrativas sobre essas dificuldades.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 4: 2 aulas

Para sistematizar os conhecimentos e habilidades desenvolvidas, sugerimos que os estudantes reflitam


sobre como o outro contribui para formar sua própria subjetividade. Como o outro, com seus diferentes
rostos, corpos e costumes, pode gerar reflexões e mudanças no nosso modo de pensar e agir. Trata-se de
uma reflexão individual em um primeiro momento, mas que poderá ser realizada em uma roda de
conversa. Em seguida, em grupos, os estudantes devem se organizar para contar suas experiências e
reflexões sobre como o “outro” é capaz de nos revelar. Essa narrativa poderá ser realizada por meio da
produção de um diálogo, uma HQ , uma poesia, um vídeo de 1 minuto ou outro meio. O produto final
deverá ser socializado no mural.
Essa atividade tem o sentido de oportunizar situação para os estudantes mobilizar processos cognitivos
como: analisar situações problema, selecionar e mobilizar conhecimentos para argumentar e se posicionar
mediante situação problema em âmbito existencial e social.
COMPONENTE 5 [ A CULTURA E SEUS SENTIDOS
]

AVALIAÇÃO
Professor, enfatizamos que, ao final de cada atividade proposta, você verifique se os estudantes atenderam ao que foi solicitado, se
buscaram novas informações ou dados para enriquecer suas reflexões e, assim, compor de forma autônoma conhecimento sobre o
tema. Destacamos nesse momento a importân- cia de refletir a recuperação da aprendizagem, não apenas em relação a atividade
3, mas durante todo o percurso da aprendizagem. Enfatizamos que a avaliação pode nos levar a rever planejamentos,
estratégias e até conteúdos propostos para o desenvolvimento de habilidades.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
No componente 3, “Ressignificando a formação do povo brasileiro”, há a orientação para que os estudantes
façam uso criativo e recontextualização de fonte oral. A partir dessa orientação espera-se que eles
reconheçam a importância de contar histórias e do poder que essas histórias têm para a constituição da nossa
identidade e ao mesmo tempo nos orienta para olhar o outro que é diferente em relação à língua, à
nacionalidade e costumes, com respeito.
COMPONENTE 5 [ A CULTURA E SEUS SENTIDOS
]

ATIVIDADE 4

INTRODUÇÃO
Semana 1: 2 aulas

Professor, na atividade 4, propomos um olhar sobre as lutas e formas de resistência na relação entre
indivíduos, povos e comunidades. Nesse primeiro momento, consideramos uma visão geral, a partir do
repertório do estudante. Dessa forma, propomos retomar e ampliar questões que já foram tratadas no
questionário da atividade 2, a partir das seguintes perguntas: 1) Quem o ensi- nou a se comportar à mesa?
Você aprimorou as técnicas, incorporou outras mais? Se sim, consi- dera que a consolidação do
comportamento ocorreu por meio do hábito? 2) Você acha que seu paladar hoje é resultante das comidas
que lhe ofereciam quando era pequeno? Ou você acredita que os sabores que aprecia são suas próprias
escolhas? 3) Quando entrou na escola, os hábitos que trouxe consigo eram semelhantes ao comportamento
esperado nesse novo ambiente ou você teve de aprender novos? 4) O estilo de roupa que você gosta hoje
tem a ver com as roupas que os adultos escolhiam para você quando era criança?

Considerando as questões propostas, sugerimos que organize uma roda de conversa para realizar a tarefa.
O ideal é que todos se vejam e sejam vistos. Medeie a conversa de forma a conservar uma dinâmica fluida e
priorize, na fala dos estudantes, os termos que se relacionam com o hábito, na perspectiva aristotélica. Caso
os estudantes o convidem para a “máquina do tempo” e você se sinta à vontade, contribua brevemente
com suas experiências. A partir desse breve momento de sensibilização, os estudantes devem ser
orientados para a leitura do excerto e a apreciação do ví- deo sobre o tema. Sugerimos a projeção do texto
e do vídeo a seguir em equipamento multimídia. Estes materiais são apenas sugestões, outras fontes podem
ser disponibilizadas para os estudantes ou eles mesmos podem contribuir com material que trate do
assunto.

Texto: Como já vimos, há duas espécies de excelência: a intelectual e a moral (...) quanto à excelência
moral, ela é o produto do hábito, razão pela qual seu nome é derivado, com uma ligeira variação, da palavra
“hábito”. É evidente, portanto, que nenhuma das várias formas de excelência moral se constitui em nós por
natureza, pois nada que existe por natureza pode ser alterado pelo hábito. Por exemplo, a pedra, que por
natureza se move para baixo, não pode ser habituada a mo- ver-se para cima, ainda que alguém tente
habituá-la jogando-a dez mil vezes para cima (...). Por- tanto, nem por natureza nem contrariamente à
natureza a excelência moral é engendrada em nós, mas a natureza nos dá a capacidade de recebê-la, e esta
capacidade se aperfeiçoa com o hábito. Fonte: “Aristóteles, a virtude nasce do hábito”. Filosofia na Escola.
Disponível em: https://cutt.ly/IW0p40w. Acesso em: 10 ago. 2021.

Video: Aristóteles | Hábito, Virtude e Vício. Fonte: Paradoxa. Disponível em:


https://cutt.ly/7W0aip1. Acesso em: 10 ago. 2021.

Professor, a proposta de trazer para o estudante um autor clássico tem o sentido de promover uma leitura
de mundo mais ampla e complexa. Nessa situação, os estudantes devem ser desafiados a perceber como o
hábito, na perspectiva aristotélica, interfere nos gostos e no comportamento. No vídeo há uma abordagem
bem interessante, pois evidencia que a proposição de Aristóteles não é tão fácil de atingir. A quintessência
se dará na possibilidade de os estudantes relacionarem o hábito proposto por Aristóteles com o título da
atividade, “lutas e resistência nas relações entre indivíduos e comunidades e povos”.

Para avaliar a participação dos estudantes, sugerimos observar se os estudantes conseguiram com-
preender o objetivo da reminiscência, partiram das próprias experiências, apreenderam as múltiplas
possibilidades de experiências ao testemunhar o relato dos demais, trouxeram contribuições para as
relações entre hábito e virtude, conforme proposto por Aristóteles, identificaram como autores clássicos,
como Aristóteles, contribuem para compreender as vivências do dia a dia, conseguiram sistematizar as
considerações e os argumentos, os próprios e os dos colegas.
COMPONENTE 5 [ A CULTURA E SEUS SENTIDOS
]

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
O excerto e o vídeo devem ser comparados entre si e relacionados. Por conseguinte, os estudantes podem
aplicar os resultados deste exercício em interação com a tarefa do Componente 3, que propõe a “criação e
ideação de um vídeo ou fanzine, que conte a história da comunidade, focando nas heranças e práticas
culturais manifestas”. Obviamente, é no hábito que os estudantes devem orientar o foco da tarefa, em
moldes similares com o que fizeram com suas próprias experiências na roda de conversa, bem como o
próprio título da atividade.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 2 e 3: 4 aulas

Professor, no desenvolvimento da atividade 4, o estudante deverá ampliar as reflexões sobre a questão do


hábito e as condições de autonomia. Sugerimos a abordagem do biopoder em Michel Foucault como
contraponto à posição apresentada por Aristóteles. Para Foucault, mais do que o desenvolvimento do
hábito há a “docilização dos corpos”. Recomendamos a organização dos es- tudantes em grupos, para
realizarem uma tarefa, a partir da metodologia do “quebra-cabeça”, que consistem em um texto dividido
em várias partes que deve ser montado pelo grupo. De acordo com o número de grupos formados, serão
necessárias várias cópias do texto sugerido a seguir. Recorte o texto em alguns trechos. Cada grupo deverá
ter o mesmo número de trechos, mas não necessariamente os trechos que compõem o texto na íntegra, de
forma que eles tenham de veri- ficar nos outros grupos as partes faltantes e negociar a troca. Esta é uma
tarefa bastante dinâmica e que contribui para a leitura e compreensão do texto coletivamente, bem como
a ampliação de sua interpretação e sua correlação com a realidade. Antes de começar a atividade faça uma
expla- nação breve de quem era Foucault e o tema do texto: biopoder.

FOUCAULT E O BIOPODER
Segundo Foucault, o biopoder se equilibra em dois elementos principais: disciplina e biopolítica. A
disciplina se encarrega da disciplina dos corpos das pessoas e a biopolítica se ocupa do governo da
população. Se antes imperava um poder sobre a vida dos indivíduos, fosse o poder do rei sobre seus
súditos ou do pai de família sobre seus tutelados, com o enfraquecimento e queda do regime absolutista e
a revisão da autoridade patriarcal com raízes no direito romano, há o advento do biopoder por volta do
século XVII. Com isso, o poder em relação à morte metamorfoseou-se em um poder sobre a vida, isto é,
aquele que o detinha (no contexto, o Estado) adquiriu o direito de intervir nas múltiplas instâncias da vida
do indivíduo, para sua manutenção, inclusive na condição de natalidade desta, situação na qual o poder
político se vale da combinação da disciplina e da biopolítica para “controlar os corpos”, usando uma
expressão foucaultiana. O papel da disciplina é docilizar os corpos, adestrando-os por meio do incremento
de suas aptidões, de suas forças, tornando-os controláveis e manipuláveis nos mais diversos âmbitos
sociais. Sua atuação tem foco no indivíduo e acontece em locais como o exército, instituições de formação
acadêmica, os ma- nicômios, os hospitais, os presídios e congêneres, locais onde se ensina, vigia e/ou pune
os indi- víduos que não se enquadram na “docilização”. A parte que cabe à biopolítica se envolve com a
coletividade. Questões acerca da natalidade, da mortalidade, expectativa e longevidade da vida, relação de
distribuição de recursos e demografia, entre outras, são temas da biopolítica. Logo, não está mais em jogo
o direito sobre a morte, mas sobre a vida. Enfim, inclusive o tipo de vida de cada um, levando a uma
compreensão de que o biopoder estende seu domínio até mesmo à economia. Afinal, por meio da
disciplina se constrói operários, consumidores, poupadores etc. Por meio da biopolítica, define-se os tipos
de mercado, de indústria, de comércio, produção fabril, agrícola, divisão e hierarquização social etc.
(Elaborado especialmente para este material)

Após a montagem do texto, retome a roda de conversa, sugerimos que faça a leitura coletiva e em voz alta
com a turma. A estratégia fica a seu critério, professor. Porém, a leitura interrompida com comentários dos
COMPONENTE 5 [ A CULTURA E SEUS SENTIDOS
estudantes é muito estimulante para eles, pois ao montar o texto eles já apreen- deram sua intenção.
]

Portanto, têm propriedade sobre seu teor.

Em um segundo momento, os estudantes devem investigar na comunidade os códigos que levam as


pessoas que a compõem a agirem como agem, identificando elementos do biopoder como determinantes
de tais ações. Ainda devem verificar os critérios, a partir do biopoder, adotados pela comunidade para
estabelecer quem é ou não marginal, no sentido sociológico da palavra, isto é, aquele que não ocupa papel
central nas decisões, não pertence a grupos de destaque, entre outras condições. A investigação pode ser
feita por meio de observação do cotidiano, entrevista, análise da retórica da comunidade etc.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
O componente 4 propõe, “a produção de textos em gêneros próprios para a apreciação, especialmente para circulação na cultura digital
(paródias, estilizações, fanfics, fanclipes etc.).” Estes textos podem trazer elementos dos códigos de ação da comunidade.

Para avaliar a tarefa a partir da montagem dos textos e investigação da comunidade, observar se os
estudantes conseguiram organizar o texto no seu formato original. Ainda que não tenham organizado o
texto no formato original. Verificar se compreenderam a dinâmica/ finalidade do biopoder, de acordo com
Michel Foucault, investigaram a comunidade tendo o biopoder como base, organizaram a investigação
dentro de uma ordem lógica. Professor, essa atividade tem o sentido de oportunizar aos estudantes
refletirem uma realidade a partir da conexão com ideias advindas de sistemas filosóficos.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 4: 2 aulas

De posse dos dados obtidos na investigação, os estudantes devem sistematizar, tabular e tratá-los para
identificar lutas e resistência nas relações e como elas se manifestam.

O resultado da investigação deve ser divulgado por meio de um ensaio. Ainda que o ensaio não tenha
compromisso de apresentar dados oriundos de uma investigação, é um gênero adequado para a tarefa
porque versa sobre a reflexão do autor dentro de determinado tema sem neces- sariamente esgotá-lo. O
objetivo é que os estudantes exponham sua reflexão sobre o tema da atividade sob o prisma da abordagem
aristotélica e foucaultiana nas relações de sua comunidade.

Caso seja possível, proponha aos estudantes a criação de um blog, em que eles devem postar sua produção
e ler a dos colegas.

Para avaliar a atividade proposta, observar se os estudantes relacionaram os filósofos em seus argumentos,
identificaram lutas e resistências nas relações de sua comunidade. Utilizaram nos argumentos
conhecimentos e habilidades desenvolvidas nos momentos anteriores. Professor, essa atividade tem o
sentido de aprimorar a capacidade de os estudantes divulgarem suas reflexões de forma clara e objetiva
sobre determinada situação-problema.

AVALIAÇÃO
Professor, a partir do que foi proposto, a avaliação deverá privilegiar os percursos dos estudantes nas
pesquisas, registros e debates, o desenvolvimento do protagonismo, da postura crítica e ética.
Destacamos a importância de considerar a qualidade da participação tendo como referência a autonomia, a
colaboração e a gestão dos processos.
COMPONENTE 5 [ A CULTURA E SEUS SENTIDOS
]

ATIVIDADE 5

INTRODUÇÃO
Semana 1: 2 aulas

Professor, esta é a última atividade desto semestre, em que se finaliza o mural com as produções de
todos os componentes curriculares neste MAPPA, cujo diálogo sempre esteve em prioridade.

Na sensibilização, os estudantes devem ser desafiados a olhar as práticas familiares; aquelas desenvolvidas
nos espaços do seu bairro, cidade, estado; assim como as práticas e valores que podem ser determinantes
no mundo do trabalho. O objetivo é identificar seus significados históricos e sociais e como ajudam a
construir ou desconstruir culturas. Provoque por meio de perguntas, tais como: 1) Na sua casa, há divisão
de tarefas com equidade? Qual justificativa você tem para explicar o porquê de ser assim? 2) A vizinhança
onde você mora é muito sociável (a rua está sempre cheia de pessoas conversando, crianças brincando,
comporta festas comunitárias etc.) ou muito discreta (as pessoas saem pouco de suas casas, mal ou nem
mesmo se conhecem, não utilizam os equipamentos públicos etc.)? Por que você a define assim? 3) Qual a
vocação da sua cidade? É influenciada pelo turismo, pela agricultura, pela indústria, pelo comércio? Como
as coisas do folclore são abordadas no município? 4) “São Paulo é um país dentro do Brasil!”. Algum palpite
de como essa exclamativa surgiu e por que a ideia perdura no tempo? Os quatro itens têm mais de uma
pergunta cada. Sendo que a última delas é a mais importante por desafiar os estu- dantes a apontar
elementos que caracterizam a cultura envolvida na questão e conectam mais intimamente com o tema da
atividade.

Inicialmente, os estudantes organizados em grupos podem se ater às primeiras perguntas de cada item.
Não é preciso que todos respondam. É importante que os estudantes compreendam que as experiências
pessoais são importantes para responder as perguntas, porém, trata-se de levantamento de hipóteses que
precisam ser verificadas. Em seguida, sugerimos que os estudantes indiquem as possibilidades para
confirmar ou não o que foi respondido inicialmente. Eles partirão para estudos do meio? Buscarão
respostas em sites? Utilizarão fontes variadas? Organizarão en- trevistas? Todas essas possibilidades
podem ser consideradas e deverão ficar a critério dos estu- dantes. Para compor a análise final, eles devem
se atentar às perspectivas de três antropólogos: Ruth Benedict, para quem a cultura é uma lente pela qual
os homens veem o mundo. Logo, lentes diferentes, interpretações diferentes de mundo. Clifford Geertz,
para quem tudo o que o homem produz tem significado e compõe a cultura. Portanto, para entender a
cultura, é preciso interpretar os significados da produção humana. Claude Lévi-Strauss, para quem a
cultura é um sistema de signos, que possibilita a busca de semelhanças e diferenças entre as culturas. Estes
autores são uma sugestão, professor. Você pode substituí-los por outros ou acrescentar mais nomes, de
forma a diversificar ainda mais as interpretações. O exercício tem o objetivo de facilitar aos estudantes a
compreensão de que a cultura se manifesta por meio de múltiplos formatos e está em todos os lugares.
Sendo influenciada e influenciando as pessoas o tempo todo e em todos os tempos. Da mesma forma que a
cultura é plural, plural são as correntes e os autores que a estudam.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
A pesquisa pode contribuir com uma das tarefas do Componente 1, que propõe a elaboração de um roteiro para
apresentação de um espetáculo, e do Componente 2, que visa mapear as regiões onde as diferentes modalidades de
lutas são praticadas e como elas influenciam ou são influenciadas pela cultura, histórias e sociedades locais.
COMPONENTE 5 [ A CULTURA E SEUS SENTIDOS

DESENVOLVIMENTO
]

Semanas 2 e 3: 4 aulas

Os resultados das pesquisas e sua interpretação a partir das teorias dos antropólogos e o olhar mais atento
para as práticas culturais que descobriram em diferentes meios, lugares e situações, devem ser o
trampolim para que os estudantes pensem formas de revitalizar atividades e práticas que valorizem a
diversidade cultural e a inclusão de diferentes corpos e experiências.

Se, por exemplo, eles verificaram que a prática de um esporte no bairro, como a malha, está envelhecendo
e morrendo com seus praticantes eles podem criar campanhas de estímulo à sua prática, campeonatos
“interquarteirões”, reforma da quadra, resgate da história das equipes do bairro, entre outras situações
estimuladoras e engajadoras. A ideia é que por meio da mediação e intervenção sociocultural, os
estudantes resgatem, fortaleçam e divulguem culturas.

Os critérios para elaboração da mediação e intervenção devem ser combinados entre você e a tur- ma.
Elementos como: definição de atribuições e responsabilidades; diálogo com o poder público e comunidade;
meio de atuação; obtenção de recursos etc., precisam ser definidos, de forma a ga- rantir o sucesso do
empreendimento. Visitas às páginas de internet de organizações da sociedade civil pode ser um bom
caminho.

Ao final da tarefa, os estudantes devem ter um plano completo de atuação para o resgate e/ou
revitalização de práticas culturais que valorizam a diversidade cultural.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
O componente 3 vai trabalhar a divulgação de atividades culturais. Os estudantes podem aproveitar as aprendizagens
construídas neste processo para divulgar a proposta construída para revitalização de práticas culturais.

Para avaliar a proposição de mediação e intervenção sociocultural, observe se os estudantes: definiram


uma prática cultural em processo de esquecimento, interpretaram-na a partir dos teóricos sugeridos,
compreenderam sua importância para a localidade em que se insere, aproveitaram as aprendizagens nos
outros componentes para qualificar e aprimorar o trabalho, atuaram de forma protagonista, empática e
solidária na comunidade.

Professor, essa atividade tem o sentido de oportunizar aos estudantes atuarem como agente
intermediador entre quem não tem condições ou não sabe como resgatar elementos importantes para
coesão social do espaço em que vive.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 4: 2 aulas

Os projetos de intervenção e mediação sociocultural devem ser apresentados em um painel, por todos os
estudantes. Quem estiver apresentando deve ter suas ideias contrapostas pelos participantes do painel, de
forma que no debate ela possa ser aprimorada com a contribuição de todos. Ainda, propostas com
características similares e/ou análogas podem ser aglutinadas em uma única durante o painel, assegurando
os projetos originais. As regras da apresentação devem ser combinadas entre você e os estudantes e você
deve ser o mediador, professor. Encerrada a tarefa, os projetos devem ser adaptados à linguagem
escolhida para compor a produção final do semestre.
COMPONENTE 5 [ A CULTURA E SEUS SENTIDOS
]

SAIBA MAIS
Os verbetes Ruth Benedict, Clifford Geertz e Claude Lévi-Strauss, na Wikipédia trazem informações con- sistentes
acerca dos citados e podem ajudá-lo a retomar de forma rápida as contribuições dos autores para
interpretação compreensão da cultura, professor:

Ruth Benedict. Disponível em: https://cutt.ly/2W0sc3n. Acesso em: 12 ago. 2021.

Clifford Geertz. Disponível em: https://cutt.ly/mW0sRfI. Acesso em: 12 ago. 2021.

Claude Lévi-Strauss. Disponível em: https://cutt.ly/7W0sPi7. Acesso em: 12 ago. 2021.

Como moderar bem um debate, segundo uma especialista. Disponível em:


https://cutt.ly/qW0sHWs. Acesso em: 12 ago. 2021.

Painel. Disponível em: https://cutt.ly/bRxEa84. Acesso em: 12 ago. 2021.

AVALIAÇÃO
Professor, a partir do que foi proposto, a avaliação deverá privilegiar os percursos dos estudantes nas
pesquisas, registros e debates, o desenvolvimento do protagonismo, da postura crítica e ética. Desta-
camos a importância de considerar a qualidade da participação tendo como referência a autonomia, a
colaboração e a gestão dos processos.
SEGUNDO SEMESTRE DA SEGUNDA SÉRIE
APRESENTAÇÃO DO SEMESTRE
Integrando o Aprofundamento Cultura em movimento: diferentes formas de narrar a experiên- cia
humana, este semestre propõe aos estudantes que ampliem as possibilidades de protagonizar suas
aprendizagens se aprofundando nas narrativas que encontramos quando nos valemos da tecnologia
para a criação e reprodução de cultura. Além disso, os jovens serão convidados a refletir de forma
crítica sobre os impactos tecnológicos na cultura.

Partindo da ligação que têm com a tecnologia na contemporaneidade, os estudantes protagoni- zarão
processos de produção criativa integrando práticas, metodologias e conhecimentos prove- nientes do
cinema e das linguagens audiovisuais e literárias, contextualizando e referendando no tempo-espaço.
O percurso que será trilhado neste semestre sugere como ponto de destino a criação de um festival
audiovisual aberto à comunidade, no qual eles terão a oportunidade de socializar as aprendizagens
(incluindo as habilidades e competências) que foram desenvolvidas e de terem ex- periência como
mediadores culturais. A proposta também pretende colaborar com o aprofunda- mento nas questões
relacionadas ao impacto das tecnologias nos corpos e nas relações humanas, através de experiências,
vivências e reflexões que mobilizem o potencial de transformação dos jovens em prol de mudanças
significativas para si mesmos e para seu entorno social.

Os estudantes continuarão desenvolvendo seus processos de investigação: fazendo curadorias de


vlogs, podcasts, ebooks; analisando e interpretando documentários, músicas, vídeos, aplicativos e
filmes; mapeando recursos públicos existentes no entorno escolar e na comunidade. Por meio da
criação de podcasts, roteiros, storyboards, vídeos, produção e organização do festival audiovisual, os
estudantes poderão colocar em prática seus aprendizados, compreendendo qual é o seu papel na
discussão e ressignificando seu lugar como produtores de conhecimento e cultura.
QUADRO INTEGRADOR
Professor, nas Atividades Integradas desto semestre os estudantes...

CINEMA CULTURA DIGITAL E “NÓS, ROBÔS”: RELAÇÕES SOCIAIS E TECNOLOGIA,


(TRANSFORM)AÇÃO ATIVIDADE FÍSICA AS RELAÇÕES TECNOLÓGICAS: COMUNICAÇÃO
SOCIOCULTURAIS A LITERATURA EM E CULTURA
E DE TRABALHO NO EVOLUÇÃO (Atividade
MUNDO DIGITAL Complementar)
ATIVIDADE 1
Entendem como se Analisam as mudanças Contextualizam e Realizam curadoria de Abordam a realidade;
constrói uma narrativa no nível de atividades problematizam a vlogs, canais e podcasts a ciência e a arte
para audiovisual. físicas e suas relações metáfora “Nós, robôs” com temas literários. e as suas
com o desenvolvimento e iniciam o portfólio. possibilidades
tecnológico. de integração.
ATIVIDADE 2
Analisam a imagem Apreciam charges Criam mapas Apreciam e analisam Analisam as vanguardas
cinematográfica e imagens mentais, interpretam adaptações de obras artísticas. Leem sobre
a partir da Vivenciam alongamento e problematizam literárias distópicas as relações entre arte,
intencionalidade dos e ajuste postural. discursos distópicos para o cinema. ciência
enquadramentos e e afrofuturismo. e tecnologia.
perfil do diretor.
ATIVIDADE 3
Vivenciam funções Retomam práticas de Criam storyboard a Realizam oficina de Refletem sobre
dos profissionais do atividades físicas de partir da roteirização para exaltação da máquina e
audiovisual. ginástica e organizam problematização produção audiovisual. do capitalismo,
a criação da revolução industrial as vanguardas e a
de critérios para uma e os impactos transformação da
produção audiovisual tecnológicos. realidade.
de ginástica. Introdução ao
manifesto realista
de Gabo e Pevsner.
ATIVIDADE 4
Elaboram e Planejam o conteúdo e Analisam e interpretam Criam podcast ou Refletem sobre a
produzem vídeos. as estratégias para documentários vlog analisando música, o cinema e a
a produção sobre greves. questões sociais em fotografia, no mundo
audiovisual de Recriam storyboards. obras de ficção contemporâneo
práticas de ginástica. científica/distopia. a partir das
contribuições da
teoria crítica de
Walter Benjamin.
ATIVIDADE 5
Planejam e Desenvolvem conteúdo Retomam portfólio e Mediam mesas no Participam do festival
apresentam o Festival digital, gravação participam do festival festival de audiovisual. com produtos sobre
audiovisual. e edição da etapa do audiovisual Tecnologia
anterior. Organizam um e comunicação e a
Festival das produções “fabricação” do
de ginástica. imaginário cultural
na atualidade.
ATIVIDADE INTEGRADORA 8 OU 12

CINEMA (TRANSFORM)AÇÃO
DURAÇÃO: 40 horas
AULAS SEMANAIS: 2
QUAIS PROFESSORES PODEM MINISTRAR ESTE COMPONENTE: Arte ou Língua Portuguesa ou Língua Inglesa ou História.

INFORMAÇÕES GERAIS:

Para esse componente curricular, propõe-se que o estudante participe de processos de produção
cinematográfica individual, colaborativa e/ou coletiva em diferentes linguagens artísticas, selecio- nando,
pesquisando e mobilizando intencionalmente, em um ou mais campos de atuação social, recursos,
suportes, materiais e ferramentas, utilizando códigos e elementos da linguagem audio- visual no
desenvolvimento de projetos artísticos. Investigando e criando, por meio de práticas de linguagem,
possibilidades de atuação artística e cultural para identificar, selecionar, processar e analisar dados e fatos,
analisando a história do cinema, de forma a reconhecer nestas as diferentes manifestações criativas,
artísticas, culturais e tecnológicas.

O jovem entrará em contato com todas as etapas que fazem parte de uma produção audiovisual, desde a
preparação de um roteiro até a divulgação do vídeo, passando pelos profissionais e suas respectivas
funções dentro desse universo da sétima arte. Com atividades voltadas a cada uma das etapas para a
elaboração, criação e divulgação de um vídeo, o estudante poderá entender a dinâ- mica e como cada
profissional está inteiramente envolvido dentro desse processo criativo, além de refletir sobre o trabalho
em equipe, cooperação, comprometimento e responsabilidade de cada um.

Objetos de conhecimento: A história e estrutura do cinema: a trajetória da linguagem cine- matográfica,


atividades dos profissionais envolvidos, suas ferramentas e recursos tecnológicos; elaboração de um
produto na linguagem cinematográfica a partir de estudos e pesquisas, trans- formando e adaptando ideias
e referências; criação de um roteiro e produção de uma obra cine- matográfica a partir dos elementos do
cinema, utilizando recursos que favoreçam sua relação com as narrativas escolhidas.

Competências e Habilidades da Formação Geral Básica a serem aprofundadas: Competência 7.

EM13LGG701 Explorar tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC), compreendendo seus


princípios e funcionalidades, e utilizá-las de modo ético, criativo.

Apropriar-se criticamente de processos de pesquisa e busca de informação, por meio de


EM13LGG704 ferramentas e dos novos formatos de produção e distribuição do conhecimento na cultura de
rede.
Eixos Estruturantes e suas Competências e Habilidades: Investigação Científica e Processos Criativos.

EMIFCG01 Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade,
atenção, criticidade e ética, inclusive, utilizando o apoio de tecnologias digitais.

Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções criativas, originais ou
EMIFCG05 inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incer- tezas e colocá-las em prática.

Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, explora- tória, de campo,
experimental etc) em fontes confiáveis, informações sobre português brasileiro, língua(s) e/ou linguagem(ns)
específicas, visando fundamentar reflexões e hipóteses sobre a organização, o funcionamento e/ou efeitos de
sentido de enunciados e discursos materializados nas diversas línguas e linguagens (imagens
EMIFLGG03 estáticas e em movimento; música; linguagens corporais e o movimento, entre outras), identificando os
diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de citar as
fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclu- sões com o uso de
diferentes mídias.

Selecionar e mobilizar intencionalmente, em um ou mais campos de atuação social, re- cursos


criativos de diferentes línguas e linguagens (imagens estáticas e em movimento; música;
EMIFLGG05 linguagens corporais e do movimento, entre outras), para participar de projetos e/ou processos
criativos.

Os Eixos estruturantes de cada etapa das atividades são indicados pelos seguintes ícones:

Investigação Científica Empreendedorismo

Processos Criativos Mediação e Intervenção Sociocultural


ATIVIDADE 1

INTRODUÇÃO
Semana 1: 2 aulas

Professor, para esse primeiro momento, é interessante promover uma conversa com os estudantes sobre o
semestre, os objetivos e as propostas que serão desenvolvidas. Como esse componente irá tratar da
linguagem audiovisual, cabe uma atenção ao público da educação especial, para adaptar as atividades de
forma que possam contribuir com ideias para inclusão, como por exemplo, descrever verbalmente a
imagem para os estudantes com deficiência visual ou inserir legendas nos vídeos para o público não
ouvinte, entre outras.

Inicie a atividade com uma conversa e os registros que surgirem, fazendo questionamentos que mobilizem
os estudantes acerca de seus projetos de vida e, também, do conteúdo deste compo- nente, como por
exemplo: Qual o papel e importância da tecnologia na vida do estudante? Como ele reflete sobre as
imagens no mundo digital? Como ele percebe a narrativa de uma história transformada em filme? Como
ele percebe a acessibilidade no meio audiovisual? O que ele sabe sobre as profissões nesse setor? O que
ele entende por gêneros no campo audiovisual - ficção, ani- mação, reportagens etc.? O que ele entende
por “todo ponto de vista é a vista de um ponto”, frase de Leonardo Boff, teólogo, escritor e professor
brasileiro?

Solicite que tragam também suas experiências no campo audiovisual: Se já participaram da produção de
algum vídeo ou festival de vídeos? Se produzem vídeos para as redes sociais? Quais aplicativos,
equipamentos utilizam e plataformas de edição que conhecem? Se algum projeto de vida está alinhado
ao campo audiovisual? De que forma esse aprofundamento pode auxiliá-lo em seu projeto de vida? Se já
compreendeu melhor algum fato histórico ou livro após assistir ao filme? Esse levantamento será essencial
para as futuras produções.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
A proposta final desse aprofundamento é um Festival de audiovisual, logo, é imprescindível que vocês, docentes, tenham uma
conversa para alinhar os possíveis temas que serão abordados e poderão ser filmados, para que os encaminhamentos em cada atividade
os levem a um produto final coletivo.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 2 e 3: 4 aulas

Para essa atividade, uma sugestão é que divida a turma em grupos para discutirem sobre alguns filmes e
criarem um painel (digital ou analógico) listando-os de acordo com o gênero cinematográfico solicitado.
Nesse momento, os estudantes podem utilizar seus celulares ou então, programe o uso da sala de
informática.

Grupo 1 - Ficção - filme feito a partir de uma história imaginária, ou seja, não é baseada em fatos;

Grupo 2 - Documentário - filme feito a partir de fatos, como imagens, entrevistas com pessoas envolvidas,
porém, com a visão do diretor que o dirigiu.

Grupo 3 - Docudrama - é uma forma de documentário que mescla dramatização e uso de perso- nagens
fictícios.

Grupo 4 - Animação e/ou stop motion e/ou 3D - é um gênero de filme feito a partir de imagens estáticas
que ganham movimento.

Cada estudante (dentro de seu grupo) escolhe um filme e registra, no painel, suas observações a partir de
algumas questões norteadoras: Como a narrativa desse filme foi configurada, ou seja, sobre o que o filme
trata? Sobre as características dos personagens - principais ou secundários
-, alguns deles trazem heranças ou identidades culturais mais visíveis? Se sim, de que forma é possível ver isso?
Em se tratando da parte técnica do filme, quais elementos estão em evidência (filmagem contínua, filmagem
quadro a quadro, cores, época, característica dos personagens ou outras observações)? O filme escolhido
tratou especificamente de alguma passagem histórica ou obra literária? Se sim, qual?

Após esses registros nos painéis, solicite a cada grupo que organize os filmes cronologicamente e discuta
sobre as mudanças estéticas que ocorreram no cinema, dando ênfase aos elementos da linguagem
audiovisual, como por exemplo, sobre a mudança do preto e branco para o colorido, do cinema mudo para
o falado, das tecnologias utilizadas, incluindo nas animações, entre outros.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
Professor, é interessante conversar com os demais professores para alinhar os temas que estão sendo trabalhados
em cada atividade. O componente C3 - “Nós, robôs: as relações socioculturais e de trabalho no mundo digital”, em
sua atividade 1, aborda a ficção científica em suas discussões, logo pode auxiliar os estudantes nessa vivência, trazendo
sugestões de filmes que podem ser analisados. Já na atividade 4 desse mesmo componente, os estudantes irão
analisar um documentário sobre a greve de 1917 e, caso queiram utilizá-lo para essa atividade, também é válido.

SAIBA MAIS
A HISTÓRIA DO CINEMA. (ate´10’20). Disponível em Nerdologia:
https://www.youtube.com/watch?v=KV9JqZPo26Y. Acesso em: 13 out. 2021.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 4: 2 aulas

Professor, após todos os grupos terem discutido e anotado as observações dos filmes, exponha os painéis e
faça uma roda de conversa sobre os registros, abordando, inclusive, a trajetória cronológica do cinema, a
partir dos filmes citados nos painéis e discutindo sobre as diferentes técnicas de filmagens que apareceram
nessa atividade: ficção, documentário, docudrama e animação.

AVALIAÇÃO
Para o momento de avaliação e autoavaliação desse componente, sugerimos o uso de rubricas, pois faci- litam uma
melhor dimensão da aprendizagem do estudante, permitindo analisá-lo em diferentes níveis. Para essa primeira
avaliação, propomos que a rubrica contenha itens de forma a atender às habilidades EMIFCG01 e EMIFCG05, além
da competência 7, que trata das práticas de linguagem no universo digital, com foco na produção de sentidos. É
importante que o estudante participe da construção da rubrica de sua autoavaliação, trazendo para ele a
responsabilidade pela evolução do seu aprendizado.
SAIBA MAIS
Caso você ainda não tenha tido contato com rubricas, indicamos alguns materiais para melhor compreensão:

Avaliação por rubrica: como esse instrumento pode ajudar na avaliação durante o período
de educação remota? Disponível em: https://cutt.ly/5RD7uOd. Acesso em: 22 set. 2021.

Criar ou reutilizar uma rubrica para uma atividade. Disponível em:


https://cutt.ly/iRD5awX. Acesso em: 22 set. 2021.

Você sabe como fazer avaliação por rubricas? Disponível no canal Priscila Boy Consul- toria:
https://youtu.be/NVQEtiuu6Zc. Acesso em: 22 set. 2021.
ATIVIDADE 2

INTRODUÇÃO
Semana 5: 2 aulas

Tendo como ponto de partida uma reflexão sobre as diferentes formas de analisar a imagem cine-
matográfica, vamos entrar em um campo mais restrito que é a fotografia no cinema - seus
enquadramentos, planos utilizados e a intencionalidade dada a cada cena, além do perfil de cada diretor.

Antes de partir para a experimentação, converse com os estudantes sobre quais são os enquadramentos
utilizados no cinema e se possível, apresente os vídeos que constam no box “Saiba mais”, de forma a
elucidar essa conversa.

SAIBA MAIS
Planos e enquadramentos - 1 vídeo (3’19) Disponível no canal OZ Audiovisual:
https://www.youtube.com/watch?v=YWTj3qofkJ0. Acesso em: 15 set. 2021.

Como fazer os principais movimentos de câmera - 1 vídeo (3’21). Disponível no ca- nal
Audiovizuando: https://www.youtube.com/watch?v=ut5rhSrIUGg. Acesso em: 16 set. 2021.

3 tipos de ângulos na fotografia (normal, plongée e contra plongée). 1 vídeo (5’40) Dispo-
nível no canal Felps viaja e fotografa: https://www.youtube.com/watch?v=2HKlvVy3rmA. Acesso
em: 16 set. 2021.

Aqui ainda vale um momento para falarem sobre o perfil de cada diretor de cinema e como ele dirige os
filmes a partir da sua poética pessoal. Dessa forma, leia com os estudantes as matérias:

5 diretores marcantes do cinema brasileiro. Disponível em: https://cutt.ly/mR2JEIl . Acesso em: 03


nov. 2021.

12 diretores de cinema com estilo inconfundível. Disponível em: https://cutt.ly/FRFqYIk. Acesso em:
21 de out. 2021.

Essas leituras irão subsidiar a próxima atividade que trabalhará o olhar do diretor ao gravar uma cena,
assim como a intencionalidade que ele quis expressar.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 6 e 7: 4 aulas
Após essa conversa, a proposta é utilizar a metodologia da sala de aula invertida, na qual o estudante irá
escolher um filme de tema histórico ou obra literária para assistir e analisar em casa. Depois escolherá uma
cena (de 1 a 5 minutos) na qual irá anotar os enquadramentos utilizados, a partir do que ele sabe do

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
A escolha do filme deve estar alinhada ao que está sendo trabalhado também nos outros componentes, ou seja,
converse com os demais professores de forma que eles possam sugerir filmes - de diferentes gêneros - para os
estudantes assistirem e realizarem essa tarefa, em especial os componentes C4 - “Relações sociais e tecnológicas: a
literatura em evolução”, com indicações de obras literárias e o C5 - “Tecno- logia, comunicação e cultura”, com filmes
que abordam arte, ciência e tecnologia.

tema/história e de como ele entende a intencionalidade da cena. É interessante que, para esse momento, o
estudante pesquise sobre a biografia do diretor para iden- tificar se o seu perfil está presente na cena
escolhida.

Pensando em auxiliar os estudantes nesse momento, eles podem criar uma tabela para realizar as
anotações:

NOME DO FILME E DIRETOR


Cena (breve descrição) (adicionar um breve descritivo do que se trata a cena e marcar o tempo, por exemplo
“de x’xx a x’xx).

Enquadramento de câme- ra anotar o tipo de enquadramento

Intencionalidade segundo o estudante, qual a intencionalidade nessa cena a partir do enqua-


dramento utilizado.

Perfil do diretor anotar se o perfil do diretor teve influência na cena e de qual forma.

Análise do filme (aqui o estudante deverá relatar suas opiniões sobre o filme, tanto a par- te técnica - cenário,
figurinos, planos e enquadramentos utilizados no todo, como as suas conclusões sobre a
própria história retratada)

Observações (aqui o estudante poderá descrever algum ponto sobre o filme, seja na ques- tão técnica -
personagens, cores, figurinos etc. e/ou comentário sobre a his- tória)

Depois organize um momento de partilha para cada estudante apresentar a curadoria realizada da cena do
filme, sem esquecer de registrar os apontamentos, pois podem sair ideias e posicionamentos bem
interessantes.

SAIBA MAIS
O que faz um diretor de fotografia (7’45). Publicado no canal Plano geral. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=20UkAKzcWdc. Acesso em: 01 set. 2021.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 8: 2 aulas
Proponha uma roda de conversa retomando o que foi aprendido nesta atividade, assim como se foi possível
analisar questões sociais e culturais, de forma a discutir os valores impostos nas cenas escolhidas e como
eles impactam em seu ponto de vista. Retome a frase “cada ponto de vista é a vista de um ponto” de
Leonardo Boff para refletir como o perfil de cada diretor se faz presente no filme e a visão do estudante ao
analisá-lo.

Aproveite para finalizar essa discussão, realizando uma autoavaliação com a turma, pontuando itens da
habilidade EMIFLGG03: Quais critérios o estudante usou para escolher uma cena e iden- tificar a
intencionalidade dos enquadramentos utilizados? O entendimento sobre a intenciona- lidade nos planos
e enquadramentos, se fez claro? De qual forma foi possível identificar o perfil do diretor na cena
escolhida? De que forma, esta atividade fez com que o estudante tivesse outro olhar ao assistir ao filme?

AVALIAÇÃO
Elabore uma rubrica com itens que atendam às habilidades EMIFLGG03, EM13LGG701 e EM13LGG704,
tendo em vista se os estudantes compreenderam os princípios e funcionalidades da tecnologia utilizada,
assim como o seu uso ético e criativo adotado, além da apropriação dos seus processos de busca de
informação e compartilhamento.
ATIVIDADE 3

INTRODUÇÃO
Semana 9: 2 aulas

Para dar vida à narrativa e compor as imagens, temos de analisar também outros elementos que compõem
uma produção audiovisual - cenários, figurinos, trilha sonora etc. Nesse momento, retome o projeto de
vida dos estudantes e levante quais expectativas estão presentes neste aprofundamento e que dialoguem
com ele, tendo em vista que aqui serão abordadas algumas profissões atuantes no cinema.

Antes de iniciar uma experimentação nessas funções, faça um levantamento com a turma sobre os
profissionais envolvidos em uma produção cinematográfica, tanto os que estão na “linha de frente”, como
também os profissionais do staff, ou seja, os encarregados para que a magia do cinema se faça
presente. No Caderno de Cinema do Professor - Luz, Câmera...Educação!, volume 2, você pode
encontrar conceitos sobre “As profissões no cinema: o papel de cada um”. Esse material, além do físico que
foi enviado às escolas em 2008, também está disponível no site do Programa Cultura é currículo, no link O
cinema vai à escola: https://cutt.ly/cRKZzqr. Acesso em: 21 out. 2021.

SAIBA MAIS
Mundo Vestibular. As profissões do cinema. Disponível em:
https://cutt.ly/4RFhXbj. Acesso em: 27 out. 2021.

Guia da carreira. Cinema, Curso, Mercado e onde estudar. Disponível em:


https://cutt.ly/BRFjSML. Acesso em: 27 out. 2021.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 10 e 11: 4 aulas

Para essa vivência, os estudantes irão participar da metodologia ativa rotação por estações, sendo que em
cada estação, eles poderão vivenciar um pouco da função de cada profissional do ramo do audiovisual. A
ideia é que passem por quatro estações para que possam experimentá-las, de forma a escolher a que mais
se adapte ao seu perfil para a produção final desto semestre. Dessa forma, organize o tempo das aulas para
que os estudantes possam vivenciar cada atividade com tranquilidade, mesmo que, para isso, você divida-a
em duas ou três aulas.

Nesse momento, teremos a oportunidade de integração com o C4 - Relações sociais e tecnológicas: a


literatura em evolução, que abordará a produção de roteiros. Nesse componente, frisamos as demais
funções - cenógrafo, figurinista, maquiagem/cabelo e sonoplasta. Se possível, combine que, em cada
estação, tenha um estudante para registrar as atividades, seja em fotos ou por escrito.

Aqui seguem algumas sugestões de profissionais e funções, mas vocês podem definir quais mais se
adequam à realidade escolar.
FUNÇÃO NO CINEMA PROPOSTA DA ESTAÇÃO

1 Cenário / cenógrafo Apreciação do vídeo: CENOGRAFIA - TV Guia do ator. 1 Vídeo (9’37). Dispo- nível
em: https://www.youtube.com/watch?v=gfX5BlUpJw8. Acesso em: 06 out. 2021.

Oficina de esboço de cenário. Cada estudante irá recriar um cenário para uma cena de um filme
trabalhado na atividade 2. Essa recriação pode ser em for- mato de desenho em papel sulfite, em painel
(neste caso, pode ser em grupo) ou outro suporte que eles acharem mais viável.

Figurino / figurinista Apreciação do vídeo: O QUE FAZ UM FIGURINISTA? Disponível no canal Plano
2 Geral em: https://www.youtube.com/watch?v=BCRaJ1iKXRg. Acesso em: 06
out. 2021.

Oficina de figurinos para dois personagens distintos, pensando na época e


costumes que se passa a história.

3 Maquiagem / ma- Apreciação do vídeo: MAQUIAGEM Teatral. Disponível em:


quiador, cabeleireiro https://www.youtube.com/watch?v=e2r5mToUKQA. Acesso em: 06 out. 2021.

Oficina de esboços de maquiagem e cabelo (pode ser no próprio estudante ou se preferir, eles
desenham o rosto em uma folha e criam uma maquiagem e penteado).

4 Trilha sonora / sono- Apreciação do vídeo: A IMPORTÂNCIA DA TRILHA SONORA. Disponível em:
plasta, músico https://www.youtube.com/watch?v=jRk-oO_GDgw. Acesso em: 06 out. 2021.

Oficina de pesquisa de efeitos e trilhas sonoras em aplicativos, sites e pla- taformas


gratuitas. Caso algum estudante toque instrumentos e queira criar uma trilha,
também será válido.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 12: 2 aulas
Organize um momento para a exposição dos trabalhos, esboços e registros desenvolvidos nessa atividade e
promova uma roda de conversa, para que a turma analise como o olhar de cada estudante se fez presente
na elaboração das estações. Aproveite o momento a fim de resgatar os projetos de vida dos estudantes e
discutirem se algum deles conversa com as atividades propostas e de quais formas.

AVALIAÇÃO
Utilizando a rubrica e tendo como referência a habilidade EMIFCG05, anote as falas mais significativas dos estudantes
sobre a análise e experimentação, já pensando na atividade de fechamento deste semestre, que será a
produção de um vídeo protagonizado pelos estudantes.
ATIVIDADE 4

INTRODUÇÃO
Semana 13: 2 aulas

Nesse momento, os estudantes irão definir qual(is) roteiro(s) será(ão) filmado(s) a partir do que foi
produzido na atividade 3 do C4 - Relações sociais e tecnológicas: a literatura em evolução. Organize um
momento em que os estudantes farão a leitura dos textos e definição de qual será produzido.

Em conjunto com a turma, escolham qual a melhor metodologia para essa leitura: individual, coletiva ou
em grupos. Aproveite para que façam a correção gramatical do texto escolhido e pos- síveis alterações, se
julgarem necessário. Depois, coletivamente eles irão criar uma sinopse para esse texto, ou seja, uma breve
descrição do que será mostrado no vídeo, para futura divulgação na equipe escolar. Com esse ponto
definido, cada grupo parte para as ações que remetem à sua função especificamente.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 14 e 15: 4 aulas

Para a produção do(s) vídeo(s), os estudantes irão colocar em prática as funções trabalhadas na Atividade 3,
por isso reorganize os grupos por preferência de funções - cada estudante deve se sentir à vontade na
função que ele irá desenvolver, porém, para este momento, teremos outros profissionais (ator e/ou atriz,
diretor, cameraman, editor de vídeo, etc.), além daquelas já vivencia- das na atividade anterior. Conversem
sobre a função de cada profissional para que o produto seja concretizado de acordo com a intencionalidade
desejada.

Para facilitar a organização dessa atividade, sugerimos que utilize uma tabela:

FUNÇÃO (EXEMPLOS) ESTUDANTES (NOMES DESCRIÇÃO DA FUNÇÃO


FICTÍCIOS)

Diretor João Responsável pela filmagem e organização do


grupo

Atores / Atrizes Pedro e Ana Responsáveis pela interpretação do texto - (co)


parceria com equipe de maquiagem e figurino

Figurino / Maquiagem Beatriz e Claudio Responsáveis pela busca e criação das vesti-
mentas e caracterização dos personagens, as-
sim como cuidado e manutenção das peças e
materiais utilizados.

Editor de vídeo / Camera- man Antonio e Bianca Responsáveis pelas filmagens e edição do ví- deo -
(co)parceria com toda equipe.

Organizada a divisão e realizada a discussão sobre o papel de cada um nesse processo, os estudantes
deverão partir para o planejamento de um vídeo curto do texto escolhido, de preferência agregando
conhecimentos de outros componentes deste aprofundamento e iniciar as gravações das cenas. Caso
surjam várias ideias diferentes para a produção do vídeo e a turma assim decidir, pode dividi-los em
subgrupos, sendo que cada um deles realiza uma produção audiovisual. Isso pode ser definido da melhor
forma, visando a dinâmica e maturidade da turma. Esse momento é destinado para que cada grupo planeje
os recursos necessários para a produção do vídeo, incluin- do ensaios, captação de materiais e gravação de
cenas.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
Na Atividade 3 do C3 - “Nós, robôs: as relações socioculturais e de trabalho no mundo digital”, foi trabalha- do o storyboard.
Caso os estudantes sintam necessidade, podem resgatá-lo no componente e trazer para essa atividade nas funções de
diretor e editor de vídeo, a fim de ajudá-los na gravação e, posteriormente, na edição das cenas.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 16: 2 aulas

Nesse momento realize uma autoavaliação com os estudantes que podem levantar quais foram as
dificuldades que enfrentaram e como as superaram para que conseguissem realizar o projeto.

AVALIAÇÃO
Realize uma autoavaliação com o grupo, por meio de rubricas, resgatando as habilidades do eixo de pro-
cessos criativos EMIFCG05 e EMIFLGG05, pontuando os critérios adotados para modificar e adaptar ideias, criando
novas propostas para a criação do vídeo, assim como, o processo de seleção de recursos com a linguagem
audiovisual para o trabalho coletivo e colaborativo.
ATIVIDADE 5

INTRODUÇÃO
Semana 17: 2 aulas

Professor, estamos finalizando essa sequência de atividades, chegando o momento de editar o vídeo e
realizar o Festival de audiovisual. Converse com a equipe gestora, caso essa apresentação tenha
proporções maiores que a sala de aula. Uma sugestão é decidir primeiro: Qual data ocorre- rá o evento?
Qual o tempo para que ele aconteça? Em qual(is) espaço(s)? De que forma?

Reserve um momento para que eles deem sugestões de como irão criar um cronograma para planejar essa
apresentação final, pensando na:

• pré-produção: quem ficará em cada grupo, sua respectiva função e como será a divulgação para a
comunidade escolar.

• produção: ensaio, organização de materiais e apresentação.

• pós-produção: desmontagem dos espaços utilizados e organização/limpeza.

Para essa organização, sugerimos que acessem os materiais do box “Saiba mais”, que traz um modelo de
ficha para auxiliar na distribuição de função e cronograma de cada ação a ser desen- volvida neste período.

Os estudantes deverão se organizar para alinhar cada uma das partes da apresentação do festival, porém,
como é um trabalho coletivo da turma, todos terão que estar alinhados, pensando em divulgar para a
comunidade o(s) vídeo(s) elaborado(s). Acompanhe o desenvolvimento de cada grupo e faça anotações e
apontamentos necessários para que a produção fique mais enri- quecedora, além de levantar pontos que
auxiliem na avaliação final do processo, como também a autoavaliação dos estudantes.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
Agora chegou o momento da apresentação dos trabalhos produzidos. Dessa forma, é imprescindível que você junto com
demais docentes e estudantes organizem um momento para finalizarem os combinados de como se dará esse festival.

SAIBA MAIS
São Paulo faz escola - Caderno do professor 3a. série - 3º bimestre (2ºsemestre) - produção musical - profissão e profissionais /
Manifestação artística / Ficha 4: Título do projeto (para organizar o evento). Disponível em: https://cutt.ly/SRFlCTT. Acesso em: 26
ago. 2021.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 18 e 19: 4 aulas

Organize esse momento para o Festival de audiovisual, de forma que contemple etapas de
apresentação, análise e reflexão de todo o processo desenvolvido pelos componentes nesse
aprofundamento.

Assim como planejado anteriormente, é imprescindível que os estudantes, após a exibição dos vídeos,
organizem novamente o espaço para que as atividades escolares sejam retomadas.
DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
O componente C4 - “Relações sociais e tecnológicas: a literatura em evolução” irá realizar um debate sobre as produções
realizadas neste aprofundamento, logo, seria interessante que os estudantes, ao organizar a apresentação, se
atentassem a reservar um momento para essa troca.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 20: 2 aulas

Após o festival, proponha uma roda de conversa para discutir como foi o trabalho colaborativo e realize
uma autoavaliação com os estudantes sobre seu processo de aprendizagem, retomando o projeto de vida e
discutindo se as expectativas para esse aprofundamento foram alcançadas.

AVALIAÇÃO
Retome as rubricas e promova uma análise sobre o processo de aprendizagem dos estudantes, realizando uma
autoavaliação com a turma, revisitando como as habilidades propostas para esse aprofundamento foram
abordadas e assimiladas pelo grupo.
ATIVIDADE INTEGRADORA 9 OU 13

CULTURA DIGITAL E
ATIVIDADE FÍSICA
DURAÇÃO: 40 horas
AULAS SEMANAIS: 2
QUAIS PROFESSORES PODEM MINISTRAR ESTE COMPONENTE: Educação Física.

INFORMAÇÕES GERAIS:

O componente aborda o corpo no trabalho e no lazer, convidando os estudantes a analisarem mudanças


relativas às práticas corporais e às pressões cotidianas sobre o corpo advindas do de- senvolvimento
tecnológico e industrial. Eles irão observar as exigências corporais de diferentes profissões por meio de
questionário online com trabalhadores de diferentes áreas. Irão analisar influências das tecnologias digitais
na postura e no engajamento das pessoas em práticas corpo- rais mediadas por tecnologias,
compreendendo conceitos da ergonomia e refletindo criticamente sobre o corpo e o uso de smartphones e
computadores. Em continuidade à formação para o uso crítico das tecnologias nos cuidados com o corpo,
os estudantes realizarão curadoria de canais de vídeos, sites e aplicativos que orientam a prática de
atividade física por meios digitais gratuitamen- te, o uso de materiais alternativos e de baixo custo para
práticas de ginásticas de condicionamento físico e de conscientização corporal e produzirão conteúdo
audiovisual para orientar a prática de atividades corporais no trabalho e no lazer. A produção será parte do
Festival de audiovisual que integra os componentes do semestre2.

Objetos de conhecimento: Curadoria de informações a respeito dos benefícios e malefícios da utilização de


recursos tecnológicos apresentados nos meios científicos e midiáticos nas práticas corporais; investigação
sobre o uso de espaços públicos para as práticas de atividades físicas; reflexão com relação às práticas
corporais que são divulgadas nas mídias digitais e como influen- ciam nos desempenhos individuais e
coletivos.

Competências e Habilidades da Formação Geral Básica a serem aprofundadas: Competências 5 e 7.

Selecionar e utilizar movimentos corporais de forma consciente e intencional para in- teragir
EM13LGG501 socialmente em práticas corporais, de modo a estabelecer relações construtivas, empáticas,
éticas e de respeito às diferenças.

Explorar tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC), compreendendo seus


EM13LGG701
princípios e funcionalidades, e utilizá-las de modo ético, criativo.

Apropriar-se criticamente de processos de pesquisa e busca de informação, por meio de


EM13LGG704
ferramentas e dos novos formatos de produção e distribuição do conhecimento na cultura de
rede.
Eixos Estruturantes e suas Competências e Habilidades: Investigação Científica e Proces- sos
Criativos.

EMIFCG01 Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade,
atenção, criticidade e ética, inclusive, utilizando o apoio de tecnologias digitais.

Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções criativas, originais ou
EMIFCG05 inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incer- tezas e colocá-las em
prática.

Os Eixos estruturantes de cada etapa das atividades são indicados pelos seguintes ícones:

Investigação Científica Empreendedorismo

Processos Criativos Mediação e Intervenção Sociocultural


ATIVIDADE 1

INTRODUÇÃO
Semana 1: 2 aulas

Como estratégia para mobilizar os estudantes e apresentar a proposta do componente, sugerimos iniciar
com uma atividade de apreciação de recursos expressivos do cinema mudo. O objetivo será problematizar
as relações do corpo com o trabalho.

Pergunte para os estudantes se conhecem e se recordam de atividades de apreciação do filme Tempos


Modernos, de Charles Chaplin, vivenciadas no Ensino Fundamental. Procure trazer as representações e
conhecimentos prévios dos estudantes sobre a obra e explique que irão retomar a apreciação dos 10 a 12
minutos iniciais do filme. Peça a eles que observem os recursos expressivos que o ator utiliza para retratar
a mecanização dos gestos e movimentos no trabalho.

Durante a escuta das colaborações da turma, ressalte que o filme apresenta uma visão crítica e caricatural
sobre as relações de trabalho produzidas a partir da Revolução Industrial. Complemente a interação
resgatando com os estudantes como a Revolução Industrial modificou as relações de produção e trabalho e
afetou profundamente as demandas corporais exigidas dos trabalhado- res, que passaram a executar
atividades repetitivas por longas horas diárias. Conclua a mobiliza- ção inicial questionando os estudantes
sobre como avaliam o impacto de novas tecnologias no mundo do trabalho e especialmente nas
demandas corporais exigidas aos trabalhadores?

Em seguida, apresente os objetivos e a sequência de atividades que serão desenvolvidas no componente e


combine com os estudantes previamente a produção final que representará a sistematização e
comunicação das aprendizagens. Convide-os para uma atividade de experimentação. Selecione algumas
revistas usadas e leve para a quadra ou espaço amplo onde podem ser rea- lizadas atividades corporais.
Forme grupos com 4 a 6 estudantes,solicitando que escolham duas a três imagens variadas de pessoas
em situações de trabalho. Cada grupo deve criar uma repre- sentação crítica da situação de trabalho
retratada nas imagens, utilizando recursos do cinema mudo apreciados na obra Tempos Modernos. Após a
apreciação, retome a questão sobre como avaliam o impacto de novas tecnologias no mundo do trabalho e
as demandas corporais exigidas aos trabalhadores e problematize que tipo de exercícios físicos seriam
indicados para cada um dos trabalhadores. Anuncie que, na próxima etapa, os estudantes irão levantar
dados, por meio de um questionário online, com pessoas que atuam em profissões com diferentes
demandas corporais.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
A proposta final desse aprofundamento é um Festival de audiovisual, logo, é importante procurar os demais professores
para alinhar e encadear as atividades. No componente “Nós, robôs”: as relações socio- culturais e de trabalho no
mundo digital, o filme Tempos Modernos também será objeto de apreciação. Combine com o professor deste
componente como o trabalho pode ser articulado.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 2 e 3: 4 aulas

Sugere-se que você inicie a proposta comentando com os estudantes que o desenvolvimento das
sociedades modernas ocasionou questionamentos sobre os impactos da produção industrial na saúde dos
trabalhadores, motivando o surgimento de ginásticas como a ginástica laboral ou ginástica de pausa que se
desenvolveu inicialmente na Europa, mas ganhou grande número de adeptos no Japão, tendo sido
introduzida no Brasil em 1969 pelos migrantes japoneses. Conte que até hoje a prática é comum em
empresas e escolas japonesas e anuncie que você convidará a tur- ma para experimentar a Radio Taiso,
uma prática de ginástica coreografada, ao som de uma músi- ca transmitida por rádio todas as manhãs no
Japão. Comente com a turma que o desenvolvimento de programas de ginástica nas empresas e de ações
para melhorar a qualidade dos ambientes de trabalho também impulsionou a produção de instrumentos de
pesquisa para avaliar as demandas físicas, a ergonomia e a qualidade de vida no trabalho.

A principal estratégia utilizada para levantar as necessidades dos trabalhadores e avaliar os programas
foram os questionários, primeiro presenciais e impressos, e depois digitais e online. Pergunte aos
estudantes se já responderam a algum questionário online, ou participaram de pesquisa presencial na
qual o investigador utiliza-se de perguntas abertas e fechadas. Levan- te com os estudantes
conhecimentos prévios sobre a estrutura de questionários de pesquisa como: apresentação dos objetivos
da pesquisa, coleta de dados sobre o perfil dos participantes, tipos de questões e ferramentas para
formular, publicar e analisar os dados. Em seguida, apre- sente o link a respeito de perguntas abertas vs.
fechadas para que os estudantes possam criar um modelo eficiente de questionário::

Perguntas abertas vs. Perguntas fechadas. Disponível em: https://cutt.ly/OSo2rP2. Acesso em:
31 jan. 2022.

FERNANDES, Rita de Cássia Pereira et al. Mensurando a demanda física no trabalho: estrutura
fatorial e confiabilidade de itens sobre posturas, manuseio de carga e re- petitividade. Cadernos de
Saúde Pública, v. 35, p. e00123218, 2019. Disponível em: https://cutt.ly/1Ta1W5g. Acesso em:
04 nov. 2021.

Defina com a turma os objetivos do levantamento de dados, por exemplo: identificar as demandas físicas e
posturais de profissionais de diferentes atividades laborais, avaliar incômodos corporais vivenciados pelos
trabalhadores. Solicite aos estudantes que se dividam em grupos e peça a cada grupo que elabore questões
para atender os objetivos da pesquisa. Não se esqueça de circular pelos grupos, apresentando sugestões.
Proponha aos grupos que se reúnam e troquem suas pro- postas, procurando chegar a uma versão única da
dupla de grupos. Repita a troca, para que os grupos possam comparar as produções e obter uma versão
comum do questionário. Dirija-se com os estudantes ao laboratório de informática e conduza a edição
online do questionário. Ressalte a importância da apresentação dos cuidados éticos com os participantes da
pesquisa, informando o sigilo da identidade e a privacidade dos dados compartilhados.

Chame a atenção para a necessidade de incluir questões que permitam filtrar e cruzar dados relativos ao
trabalho e às demandas corporais exigidas, já que o questionário será aplicado para diferentes
profissionais. Se achar relevante, faça algumas sugestões de temas para as questões: Identificação dos
sujeitos: nome, idade, profissão, onde trabalha; Posições corporais predomi- nantes no trabalho; Presença
de dores ou incômodos corporais decorrentes da atividade de tra- balho; Hábitos de lazer; Oferta de
práticas de ginástica laboral no local de trabalho; Adequação ergonômica dos materiais e espaços de
trabalho; Avaliação da qualidade de vida no trabalho; Avaliação do nível de atividade física executada no
trabalho. Combine um prazo para que os estudantes divulguem o questionário entre familiares, amigos, em
suas redes sociais, em grupos específicos de trabalhadores. Convide os estudantes a experimentar a
ginástica laboral japonesa por meio de vídeos. Peça que observem a sincronia entre os movimentos e a
música, bem como a mobilização de diferentes grupos musculares e articulações. Chame atenção para os
recursos de figurino, câmera, trilha sonora e locução. Segue sugestão:

Radio Taiso WorkOut I. Disponível em: https://youtu.be/XrEH5JLljDI. Acesso em: 04 nov.


2021.

Ao final da experimentação, promova a análise das intencionalidades que marcaram o surgimento da


ginástica laboral : neutralizar ou compensar as demandas corporais do trabalho, bem como fortalecer o
corpo do trabalhador e disciplinar o corpo, tornando-o mais produtivo.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
Resgate com os estudantes as discussões sobre as relações sociais e o mundo do trabalho realizadas no componente
“Nós, robôs”: as relações socioculturais e de trabalho no mundo digital, pois elas podem trazer argumentos e
embasamentos para a percepção da ginástica laboral enquanto prática corporal socioculturalmente construída.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 4: 2 aulas

Organize com a turma momentos para tratamento dos dados recolhidos nos questionários. Utili- zando o
recurso automático de respostas organizadas em gráficos e planilhas, apoie os estudantes a extrair
significados dos dados recolhidos, primeiramente nas questões fechadas. Mostre como descrever os dados
em porcentagens, escalas e por meio de médias, trazendo conhecimentos prévios deles sobre os recursos
tecnológicos de análise de questionários. Em seguida, oriente para extrair unidades de significado das
questões abertas. Por fim, organize momentos de apre- sentação dos dados, discutindo pontos comuns e
diferenças em termos de demandas corporais, qualidade de vida no trabalho e hábitos de lazer dos
diferentes profissionais que responderam ao questionário. Ressalte que deverão considerar esses achados
na produção final do componente, pois o conteúdo digital audiovisual, que será produzido, deverá
responder e orientar para as ne- cessidades de práticas corporais dos sujeitos que participaram da
investigação.

AVALIAÇÃO
Para o momento de avaliação e autoavaliação dessa atividade sugerimos a criação de rubricas a partir
das habilidades: EMIFCG01 e EMIFCG05. Envolva os estudantes na construção das rubricas para que a
avaliação seja formativa e participativa. Caso você ainda não tenha tido contato com rubricas, recomen-
damos alguns materiais para melhor compreensão:
BIAGIOTTI. Luiz Cláudio. Avaliação por rubricas: introdução a partir do texto. Conhecen- do e
aplicando rubricar em avaliações. Disponível em: https://cutt.ly/ATa2uq3. Acesso em: 07 nov.
2021.
ATIVIDADE 2

INTRODUÇÃO
Semana 5: 2 aulas

Inicie a proposta convidando os estudantes a relatar dores e problemas posturais que já observaram em si
mesmos ou em familiares. Estimule-os a conversar sobre o que sabem sobre boa postura no cotidiano e no
uso de equipamentos digitais como celulares e computadores. Com isso, você mobiliza os conhecimentos
prévios dos estudantes sobre o tema. Em seguida, comente que o aumento de problemas de postura e
dores nas costas em crianças e jovens motivou pesquisadores a desenvolver instrumentos para avaliar os
hábitos posturais e ações para promover conscientiza- ção. No âmbito dessas produções, foram criados
questionários de levantamento de dados como o Body Posture Evaluation Instrument (BackPEI), para
meninos e meninas.

Questionário Body Posture Evaluation Instrument (BackPEI) para meninas. Disponível em https://cutt.ly/UTa2R20. Acesso em: 02
nov. 2021.
Questionário Body Posture Evaluation Instrument (BackPEI) para meninos. Disponível em https://cutt.ly/7Ta2G9w. Acesso em:
02 nov. 2021.

Oriente os estudantes para acessar e responder aos questionários e, em seguida, problematize as


posturas adotadas na escola e no cotidiano por meio de fotografias de atividades nos diferentes ambientes
da escola. Peça que produzam as fotografias ao longo de uma semana de aulas, propondo que analisem as
imagens e proponham melhorias em seus hábitos posturais. Finalize convidando os estudantes a
experimentar exercícios de alongamento voltados para alívio de problemas posturais e dores nas costas.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 6 e 7: 4 aulas

Indique aos estudantes a leitura de um texto de divulgação científica sobre os riscos posturais do uso de
tecnologias e aparelhos digitais como as sugestões a seguir.

Revista Super Interessante que discute os riscos da postura inadequada para sua
saúde. Cuidado com a postura: sua saúde depende dela. Disponível em
https://cutt.ly/MTa9YrD. Acesso em: 08 novembro de 2021.

Folha de São Paulo - Usar celular demais pode causar dores e problemas or-
topédicos. Disponível em https://cutt.ly/BTa9Z8a. Acesso em: 08 novembro de 2021.

Comente com os estudantes que, embora existam parâmetros biomecânicos para a boa postura corporal,
não há um padrão para todas as pessoas. A boa postura depende de cada corpo e como a consciência
corporal equilibra o tensionamento e relaxamento muscular e o alinhamento dos ossos e articulações para
controlar a ação da gravidade sobre o corpo. A boa postura é aquela na qual nos sentimos confortáveis e
gastamos menos energia para permanecer. Discuta com eles que a ergonomia é a ciência que estuda a
adequação dos ambientes, materiais e equi- pamentos às características anatômicas e fisiológicas do ser
humano. Por meio de estudos da ergonomia são projetados carros, móveis, objetos, carros, bicicletas e os
mais variados objetos do cotidiano, bem como os espaços que utilizamos no trabalho e no lazer O
principal objetivo da ergonomia é promover economia nos gestos e movimentos utilizados, oferecendo
conforto e segurança a pessoas. Em seguida, incentive a análise da ergonomia de estações de trabalho
de funcionários e estudantes da escola. Organize a turma em grupos. Grupo 1 - Análise da er- gonomia de
mesas de computador da secretaria da escola. Grupo 2 - Análise da ergonomia da cozinha da escola Grupo
3 - Análise da ergonomia dos materiais utilizados pelos profissionais de limpeza da escola, Grupo 4 -
Análise da ergonomia do uso de celulares e carteiras escolares pelos estudantes. Para apoiar o trabalho dos
estudantes, você pode indicar as fontes a seguir. Caso avalie que faz sentido, você pode adotar a
metodologia de rotação por estações para que todos os estudantes conheçam os materiais e reflitam sobre
a ergonomia e depois escolham a temática na qual irão se aprofundar.

Postura adequada para trabalho com computador. Disponível em:


https://cutt.ly/pSoMJ51. Acesso em: 07 nov. 2021.

Ergonomia da Cozinha. Disponível em: https://cutt.ly/0FggRT4. Acesso em: 07 nov.


2021.

CAMPOS, L. S.; JUNIOR, JV de O.; OLIVEIRA, LL de. Análise ergonômica do trabalho tercei- rizado
de limpeza: entre a autonomia da programação e a pressão temporal. Perspec- tivas
Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, v. 13, 2015. Disponível em:
https://cutt.ly/RTa3UWn. Acesso em: 07 nov. 2021.

Cuidados no uso de smartphones. Disponível em: https://cutt.ly/dTa38k1. Acesso em: 11 nov.


2021.

MORO, Antônio Renato Pereira. Ergonomia da sala de aula: constrangimentos pos- turais
impostos pelo mobiliário escolar. Rev Digital Buenos Aires, v. 10, n. 85, p. 1, 2005.
Disponível em: https://www.efdeportes.com/efd85/ergon.htm . Acesso em: 07 nov. 2021.

Organize os textos em estações de trabalho, estabelecendo um tempo para leitura e discussões. Em


seguida, realize rodadas até que todos os grupos tenham passado por todos os materiais de leitura. Após a
escolha dos temas para aprofundamento, solicite aos grupos que:

• Observem a ergonomia e adequação do mobiliário, espaço e equipamentos que estudantes e


trabalhadores da escola usam. Sala de aula, secretaria da escola, cozinha onde as refeições são preparadas,
estações de trabalho com computadores na sala dos professores ou na sala de informática se a escola
contar com esses espaços, altura de degraus de escadas etc.

• Realizem uma entrevista com um estudante e outra com um funcionário da escola sobre como essas
pessoas sentem as demandas corporais do trabalho e como lidam com isso.

• Elaborem ajustes simples na ergonomia, segundo suas observações e entrevistas.


SISTEMATIZAÇÃO
Semana 8: 2 aulas

Proponha aos grupos que produzam orientações por meio de folhetos, cartazes afixados em mural ou outro
suporte que considerem relevante para orientar, presencialmente, os funcionários e alunos da escola sobre
os ajustes ergonômicos. Considere a possibilidade de solicitar aos estudantes que tirem fotos dos espaços e
equipamentos e demonstrem, por meio de intervenções nas imagens, o modo mais adequado de ajuste
postural. Essas imagens podem ser legendadas para compor o folheto ou cartaz em mural. Outra opção é
solicitar aos estudantes que produzam material audiovisual como videotutorial ou animações para
comunicar suas aprendizagens ao público-alvo da escola.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
Resgate com os estudantes as aprendizagens sobre gêneros cinematográficos trabalhada no componente Cinema (transform)ação, a
fim de qualificar as produções.

AVALIAÇÃO
Reflita sobre a possibilidade de construir com os estudantes um questionário de avaliação que possa ser oferecido aos trabalhadores
e estudantes para avaliarem o material produzido pela turma. Promova a autoavaliação e avaliação entre pares
utilizando o mesmo instrumento.
ATIVIDADE 3

INTRODUÇÃO
Semana 9: 2 aulas

Inicie a proposta conversando com os estudantes sobre seus hábitos de consulta à internet para acessar
conhecimentos e práticas da cultura corporal. Solicite que relatem se observam essa prá- tica em outras
pessoas como: praticar yoga, dança ou exercícios de condicionamento físico em canais de vídeo; utilizar
aplicativos para monitorar trajetos de corrida, caminhada ou bicicleta, ou utilizar consoles para praticar
exergames ou aplicativos voltados para a prática de exercícios físicos e controle da alimentação. Por fim,
peça aos estudantes que se posicionem em relação à questão: As tecnologias digitais são nocivas ou
positivas para o engajamento das pessoas em práticas de exercícios físicos? Após a discussão,
recomende aos estudantes que leiam a introdução de trabalhos acadêmicos sobre as relações entre
tecnologias e a prática de exercícios físicos.

MATTOS, Andréia Duarte et al. Atividade física na sociedade tecnológica. Revista Digi- tal
EFDeportes. com, n. 94, 2006. Disponível em: https://cutt.ly/MYwEHxz. Acesso em: 01 dez.
2021.

PEREIRA, Rafael Camurça. Aplicativos para controle alimentar e prática de exercícios físicos
utilizando as tecnologias de informação e comunicação e interação humano-
-computador. Monografia Universidade Virtual da Universidade Federal do Ceará, 2019.
Disponível em: https://cutt.ly/2Ta87rs. Acesso em: 08 nov. 2021.

Apoie os estudantes durante a leitura e oriente-os para egistrar as principais ideias e questões que os
trabalhos levantam. Em seguida, divida a turma em dois grupos e realize um debate regrado. Um grupo
deverá defender que o avanço do uso de tecnologias digitais foi nocivo para o envolvimento das pessoas na
prática regular de exercícios. O outro grupo deverá defender que as tecnologias digitais tornam as práticas
corporais mais acessíveis a todos.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 10 e 11: 4 aulas

Nessa etapa, o objetivo da turma será selecionar aplicativos e canais de vídeo que oferecem de forma
gratuita orientações para a prática de exercícios físicos. Esse trabalho será importante para ampliar o
repertório de referências audiovisuais e de tecnologias digitais que veiculam conhecimentos e instruções
para o engajamento das pessoas em práticas corporais. Peça que escolham uma das modalidades de
ginásticas de condicionamento físico (musculação, ginástica localizada, treinamento funcional, corrida e
caminhada, crossfit etc), ou uma das modalidades de ginásticas de conscientização corporal (yoga, acro
yoga, tai chi chuan, pilates etc.) e realizem a curadoria de referências disponíveis na internet e nas lojas
gratuitas de aplicativos. Solicite aos grupos que escolham modalidades diferentes para que as trocas entre
os grupos de estudantes possam con- tribuir para a ampliação de conhecimentos de toda a turma.

Proponha, inicialmente, uma busca na internet de listas que indicam os melhores sites, canais de vídeo e ou
aplicativos e solicite que os estudantes acessem esses conteúdos e os experimentem. Cada grupo pode
ficar autônomo para experimentar as práticas das modalidades, ou você pode preparar com os estudantes
aulas nas quais todos vivenciam a experimentação das escolhas de todos os grupos, por exemplo. Organize
na quadra ou no espaço amplo para as aulas práticas os materiais necessários. Instale, se possível nesse
espaço, um computador com acesso à internet e projeto no espaço e apoie os estudantes a realizar as
práticas conforme orientado pelo site, apli- cativos ou canais de vídeo. Veja algumas sugestões:
Cinco canais para praticar yoga em casa. Disponível em: https://cutt.ly/ATa4fOG. Aces- so em:
07 nov. 2021.

3 Canais no Youtube de Pilates Para Iniciantes. Disponível em: https://cutt.ly/8Ta4MbG. Aces- so


em: 07 nov. 2021.

Durante a apreciação e práticas das aulas online em vídeo, solicite aos estudantes que apreciem os
enquadramentos, cenários, movimentos de câmera dos materiais pesquisados em vídeo, pois poderão
utilizar exemplos dos canais experimentados para planejar suas próprias produções para o festival de
audiovisual.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 12: 2 aulas

Convide os estudantes a relembrar as práticas vivenciadas e organize com a turma uma lista de critérios
para uma boa produção audiovisual para orientar práticas corporais de ginásticas, a partir de algumas
questões: Quanto tempo a produção deve ter? Que recursos instrucionais foram mais significativos? As
opções que o praticante pode ajustar a seu nível de habilidade são mais motivadoras? Que estratégias de
enquadramento, movimentos de câmera, recursos de áudio, cenário, figurino, tom e velocidade de locução
importam na qualidade das produções?

Por fim, apresente a eles conteúdos disponíveis na internet sobre como organizar produções audiovisuais
de qualidade para ensinar ou orientar praticantes. Veja as sugestões a seguir.

SAIBA MAIS
Como planejar, gravar e editar uma vídeoaula usando aplicativos no seu celular. Disponível em:
https://cutt.ly/GTa7Snr. Acesso em: 04 nov. 2021.

AVALIAÇÃO
Promova a troca dos critérios definidos por cada grupo, para que os estudantes possam se beneficiar das produções uns dos
outros e avaliar possíveis ajustes que vão orientar o planejamento da produção final na próxima atividade. Esse processo
avaliativo representa uma ação facilitadora da participação dos estudantes na definição de critérios para a avaliação final do
componente.
ATIVIDADE 4

INTRODUÇÃO
Semana 13: 2 aulas

A partir das práticas realizadas na Sistematização da Atividade 3, com relação aos critérios considerados
para a melhoria da qualidade de vida, nesse momento, os estudantes devem iniciar o planejamento no
qual devem constar as estratégias e os conteúdos que serão necessários para as produções audiovisuais.

Relembre ou defina com a turma os objetivos de cada produção, garantindo que os grupos tenham clareza
do que gostariam de enfatizar. Em seguida, solicite que esbocem a primeira versão do roteiro para
escolha dos conteúdos, cenário, figurino, enquadramentos, movimen- tos de câmera e trilha sonora.
Você pode sugerir que o registro seja realizado em uma tabela na qual definem-se às funções de cada
componente do grupo, os recursos que serão utiliza- dos e as pesquisas de conteúdo que serão
necessárias para qualificar a produção. Para tanto, resgate com os estudantes os exercícios e discussões
realizadas no C1 - Cinema (transform) ação. Veja sugestão de estrutura do planejamento:

GRUPO 1: YOGA E MEDITAÇÃO PARA IDOSOS

Objetivos da produção Orientar pessoas idosas a praticar yoga com segurança

Funções – Tarefas Itens


Pesquisa Pesquisa de gestos e movimentos do Fontes de pesquisa. Referências bi-
Yoga adequados para idosos; busca de bliográficas
informações sobre estrutura de uma
aula, benefícios da prática, cui- dados
do praticante.

Diretor Definição de planos e enquadramen- tos e luz, Cena 1


coordenação da equipe e do apresentador Cena 2
Cena 3...
Apresentador Escrita do conteúdo verbal que será
apresentado, gravação da apresenta- ção
do conteúdo.
Atores Demonstração dos gestos e movimen- tos
sob orientação do apresentador.
Figurinista Seleção de figurino: cores, vestimen- tas, Coleta em acervos pessoais ou pro-
penteado, maquiagem dução de figurino
Câmera Operação da câmera Com planos, enquadramentos e
movimentos definidos pelo diretor e equipe

Captação e edição de áudio Gravação de áudio do apresentador, Equipamentos.


seleção de trilha sonora e edição de Trilha sonora para cada cena
áudio
Edição de vídeo Montagem e edição de vídeo Definição do programa a ser uti- lizado,
organização dos arquivos, educação
conjunta
Produtor Planejamento e distribuição de recur- sos Onde e para quem a produção será
necessários; Realização de plano de divulgada, que materiais de apoio
divulgação farão parte da divulgação

Garanta que os estudantes participem ativamente da definição da estrutura do planejamento e roteiro da


produção.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
Nessa etapa da produção, os estudantes irão mobilizar e integrar muitas das habilidades e conteúdos trabalhados no C1
- Cinema (transform)ação. Procure o professor responsável pelo componente, para que possa integrar os planejamentos.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 14 e 15: 4 aulas

Essas aulas serão dedicadas inicialmente à pesquisa de conteúdo e experimentações dos gestos e
movimentos das práticas de ginásticas de condicionamento físico e conscientização corporal que serão
abordadas nas produções. Defina com os estudantes o cronograma de trabalhos incluindo momentos de
pesquisa na internet, leitura e produção de registros escritos do conteúdo e momentos de atividades
práticas para experimentação das modalidades de ginásticas selecionadas pelos grupos. Você pode
optar por apoiar os grupos a desenvolver o conteúdo da produção audiovisual em oficinas presenciais
para os colegas, que poderão avaliar e dar devolutivas para o grupo sobre a adequação do conteúdo
e da demonstração dos gestos de movimentos. Para tanto, oriente-os para a busca de referenciais
bibliográficos e trilhas de áudio e forneça feedback sobre os modos de executar, demonstrar e explicar os
gestos e movimentos que serão abordados. Chame atenção para a importância de agregar informações
sobre os cuidados do praticante, benefícios da prática ou outros pontos impor- tantes para o engajamento
dos praticantes.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 16: 2 aulas

Proponha aos grupos que troquem seus planejamentos e avaliem conjuntamente se algo foi deixado para
trás, os pontos fortes e de aperfeiçoamento de cada roteiro. Combine como os espaços e equipamentos
serão compartilhados pelos grupos durante a produção final na atividade 5. Finalize a atividade, solicitando
a cada grupo que compartilhe a versão final do roteiro.

AVALIAÇÃO
Nessa atividade, a etapa de sistematização será um importante momento de avaliação do processo de construção
dos roteiros de cada grupo. Além de promover a leitura dos roteiros entre os grupos, realize uma roda de
compartilhamento de impressões sobre o conjunto de produções da turma.
ATIVIDADE 5

INTRODUÇÃO
Semana 17: 2 aulas

Na atividade anterior, os estudantes devem ter avançado na etapa de pré-produção do audiovisual. Nessa
etapa, irão realizar a produção e pós-produção. Reserve às primeiras aulas para as gravações e às aulas
seguintes para a etapa de pós-produção. Será fundamental fazer a gestão do tempo e dos recursos nesse
momento final, pois os grupos precisarão se revezar no uso de espaço e dos equipamentos.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
A atividade 5 será totalmente dedicada à produção final e os estudantes estão vivenciando esse trabalho no C1. Avalie com o
professor do componente e os estudantes como irão se organizar para gravar e editar os vídeos para orientar a prática
de ginásticas.

DESENVOLVIMENTO
Semana 18 e 19: 4 aulas

Apoie os estudantes a realizar backups das cenas e áudios produzidos durante as aulas, e orientando-os
para organizar todo o material e, antes de iniciarem a edição, montagem e finalização do trabalho, eles
podem já incorporar os arquivos ao programa de edição que será utilizado. Circule pelos grupos, apoiando
as escolhas até a publicação final da produção.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 20: 2 aulas

A realização do Festival de audiovisual representará o momento de sistematização do trabalho


desenvolvido no semestre. Apoie os estudantes nas apresentações, oferecendo devoluti- vas sobre os
trabalhos. Lembre os estudantes a ficarem atentos às reações do público do Festival.

Combine com os demais professores do semestre um momento pós-festival, para que os estudantes
possam realizar a avaliação colaborativa de encerramento.

AVALIAÇÃO
Avalie com os professores de cada componente curricular, se gostariam, juntamente com os
estudantes, de propor um instrumento comum de avaliação das produções e do evento do
festival. Retome às rubricas relativas às habilidades em jogo e compartilhe sua avaliação com a
turma. Por fim, oriente os grupos para a realização de autoavaliação.
ATIVIDADE INTEGRADORA 10 OU 14

“NÓS, ROBÔS”: AS RELAÇÕES


SOCIOCULTURAIS E DE TRABALHO NO
MUNDO DIGITAL
DURAÇÃO: 40 horas
AULAS SEMANAIS: 2
QUAIS PROFESSORES PODEM MINISTRAR ESTE COMPONENTE: História ou Sociologia ou Geografia.

INFORMAÇÕES GERAIS:

Por meio das atividades propostas por este componente, os estudantes terão a oportunidade de se
perceber como sujeitos que fazem parte de um universo tecnologizado que existe há bastante tempo, mas
que tem acelerado vertiginosamente nas últimas décadas. O componente contribuirá na integração do
semestre2, dialogando com o impacto das tecnologias que a humanidade tem de- senvolvido desde o
século XIX, particularmente nas relações socioculturais e de trabalho entre as pessoas. Mediante sugestão
de leituras, filmes e documentários, os estudantes terão acesso a um repertório que possibilitará
contextualizar, significar e representar as produções criativas sugeri- das por esse semestre 2, integradas
por todos os componentes e materializadas fundamentalmente na proposta do Componente 1 Cinema:
transform(ação), na criação de um Festival do Audiovisual. Contribuir com a localização no tempo-espaço
dos jovens a partir de suas próprias referências, dos seus projetos de vida e de sua relação com o mundo
do trabalho, tecnologizado ou não, é um dos pilares desse componente. A relação entre tecnologia, ficção
científica e imaginários coletivos permeia o componente porque propõe aos estudantes que reflitam,
contextualizem e signifiquem o devir da história e da cultura com relação às questões trazidas pelos
processos revolucionários (da indústria e da tecnologia) e as mudanças nas relações de trabalho e nas
condições de vida dos trabalhadores. Os eixos integradores que fazem parte deste componente são:
Iniciação Científica, Processos Criativos e Mediação e Intervenção Sociocultural.

Objetos de conhecimento: As relações sociais, culturais e de trabalho diante das transformações


tecnológicas e informacionais; as violações dos direitos trabalhistas no Brasil e no mundo; revoluções
industriais e as mudanças nos modos de produção; revolução digital; a indústria cultural e de massa;
gênese da estratificação, desigualdade e exclusão social (trabalho e renda).

Competências e Habilidades da Formação Geral Básica a serem aprofundadas: Competên- cias 1 e 4.

Identificar, analisar e discutir as circunstâncias históricas, geográficas, políticas, eco- nômicas, sociais,
ambientais e culturais de matrizes conceituais (etnocentrismo, ra- cismo, evolução, modernidade,
EM13CHS102
cooperativismo/ desenvolvimento etc.) avaliando cri- ticamente seu significado histórico e comparando-as a
narrativas que contemplem outros agentes e discursos.

Caracterizar e analisar os impactos das transformações tecnológicas nas relações so- ciais e de trabalho
EM13CHS403 próprias da contemporaneidade, promovendo ações voltadas à su- peração das desigualdades sociais, da
opressão e da violação dos Direitos Humanos.

Identificar e discutir os múltiplos aspectos do trabalho em diferentes circunstâncias e contextos históricos e/ou
EM13CHS404 geográficos e seus efeitos sobre as gerações, em especial, os jovens, levando em consideração, na atualidade,
as transformações técnicas, tecnoló- gicas e informacionais.
Eixos Estruturantes e suas Competências e Habilidades: Investigação Científica, Processos Criativos,
Intervenção e Mediação Sociocultural.

Investigar e analisar situações-problema envolvendo temas e processos de natureza histórica, social,


econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, considerando
EMIFCHS01
dados e informações disponíveis em diferentes mídias.

Levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica,
política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, contextualizando os conhecimentos em
EMIFCHS02
sua realidade local e utilizando procedi- mentos e linguagens adequados à investigação científica.

Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica sobre temas e
EMIFCHS04 processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, po- lítica e/ou cultural, em âmbito local, regional,
nacional e/ou global.

Identificar e explicar situações em que ocorram conflitos, desequilíbrios e ameaças a grupos sociais, à
diversidade de modos de vida, às diferentes identidades culturais e ao meio ambiente, em âmbito local,
EMIFCHS07 regional, nacional e/ou global, com base em fenôme- nos relacionados às Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas.

Os Eixos estruturantes de cada etapa das atividades são indicados pelos seguintes ícones:

Investigação Científica Empreendedorismo

Processos Criativos Mediação e Intervenção Sociocultural


ATIVIDADE 1

INTRODUÇÃO
Semana 1: 2 aulas

Professor, sugerimos que, no primeiro momento, apresente o componente para os estudantes,


considerando a relação que o mesmo tem com o semestre 2. Para isso, você poderá consultar o info-
gráfico do Quadro Integrador, assim como o Percurso integrador, no qual está explicitado de que forma as
propostas pedagógicas poderão acontecer dentro do planejamento integrado que o MAPPA indica. Poderá
conversar com os estudantes, ouvir suas primeiras impressões sobre o que está sendo ofertado, acolher as
ideias, valorizá-las para que o grupo se aproprie da proposta e possa perceber que o protagonismo da
aprendizagem está em suas mãos.

O nome do componente “Nós, robôs” é uma metáfora que pode ser apresentada como disparador para
essa primeira sensibilização. O que eles entendem por isso? Será que estamos robotizados ou estamos
sendo conduzidos para uma robotização das nossas vidas? A partir dessa conversa inicial, poderá ler esse
pequeno fragmento que será contextualizado e aprofundado no desenvol- vimento da atividade. Se for
optar por essa leitura, indicamos que não fale com antecedência a data em que o texto foi escrito.

Isaac Asimov, escritor e bioquímico russo, nacionalizado estadounidense, autor do livro “Nós, robôs” disse:

“Quando escrevi minhas histórias de robô, não pensei que os robôs passassem a existir ainda em minha
vida. De fato, estava certo que isso não aconteceria e teria apostado grandes somas em dinheiro. (...)
Contudo, aqui estou eu, quarenta e três anos após escrever minha primeira história de robô e nós temos
robôs. (...) E além do mais, são o que previ que seriam: robôs industriais, criados por engenheiros para realizar
tarefas específicas e construídos dentro de normas de segurança. Podem ser encontra- dos em numerosas
fábricas, particularmente no Japão, onde há fábricas de automóveis inteiramente robotizadas. A linha de
montagem destes lugares é “manejada” por robôs em todos os seus estágios.
(...) Quem sabe como serão daqui a mais quarenta anos? De uma coisa podemos ter certeza. Os robôs
estão transformando o mundo, levando-o em direções que não podemos antever com clareza”.

ASIMOV, Isaac. Nós, robôs. Le livros, versão em pdf. Coletânea de 31 contos escritos entre 1939 e
1977, publicados em português em 1984. Disponível em https://cutt.ly/URxuwo6. Acesso em:
20/10/2021.

Para trocar ideias sobre o texto, agora sim, pergunte qual seria a data provável da escrita. Também
poderão conversar sobre essa relação temporal, da imaginação e dos robôs. Peça que registrem
individualmente suas hipóteses. Sugira aos estudantes criarem um portfólio onde incluirão todas as
produções mais relevantes deste componente. Anuncie que esse portfólio será o principal or- ganizador
dos materiais que formarão parte das avaliações do componente.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 2 e 3: 4 aulas

Professor, retomando o que foi proposto na Introdução, você terá quatro aulas para se aprofundar junto
com os estudantes nessa problemática da tecnologia, a ficção, a história, os robôs e esse período tão
significativo na história da humanidade: o século XX.

Para contextualizar a atividade, indicamos a leitura em pequenos grupos de alguns fragmentos sobre Isaac
Asimov, autor de “Nós, robôs”, dentre outras obras de ficção científica. Poderá também escolher um dos
contos do livro para leitura livre por parte dos estudantes. Depois da leitura, eles poderão produzir textos
coletivos, trazendo elementos do conto lido e do autor analisado. (O livro de contos foi referenciado na
Introdução)

Quem foi Isaac Asimov. Disponível em: https://cutt.ly/aR4e0VV Acesso em: 22/10/2021.
As três leis da robótica de Isaac Asimov. “100 anos de Isaac Asimov e seu legado para a geração da era
tecnológica”. Disponível em: https://cutt.ly/pR4e5LR . Acesso em: 22/10/2021.

Para relacionar de forma ampla e geral as questões da ficção científica no século XX com o que estava
acontecendo no mundo da tecnologia da época, sugerimos alguns materiais que colaboram com a
problematização. Os estudantes poderão continuar nos pequenos grupos (caso você opte pela
leitura/interpretação), poderão assistir a um episódio da história da ciência ficção do History Channel, ou
ainda você poderá ler para eles o seguinte fragmento:

“A moderna Ficção Científica não se automatiza antes de 1926 (...). Vivia-se uma época de assombroso avanço
da técnica (impulsionado pela disputa entre as nações industriais e as Grandes Guerras) e do avanço
científico e tecnológico, que suplantavam em muito a maioria de fantasias imagináveis nos séculos
anteriores. Tais avanços serviram de base inspiradora para uma geração de escritores, muitos com bases
científicas. Isso acarretou modificações no público leitor, pois para alguns escritores, a Fic- ção Científica era
a simples novelização de um fato ainda irrealizável, mas que a marcha ascensional da técnica deixava
profetizar, com grande dose de certeza, para um futuro mais ou menos próximo.
Alguns eram vítimas de cartas ferozes de leitores, que lapidavam o autor que cometesse o menor deslize
técnico ou se baseasse nas fantasias mais duvidosas. Foi uma batalha dura no início, pois tamanha “camisa
de força” atrofiava a imaginação dos autores”.

Literatura de ficção científica: origem, primeiros livros e grandes clássicos. Disponível em:
https://cutt.ly/YR4cAe2. Acesso em: 22/10/2021.

História resumida da ficção científica. Disponível em: https://cutt.ly/eR4cDpy. Acesso em: 22/10/2021.

História da ficção científica. The History Channel. Disponível em: https://cutt.ly/2R4cGkt. Acesso em:
22/10/2021.

Outra possibilidade complementar é registrar elementos da ficção científica presentes em desenhos


animados do século passado, como foi o caso dos populares Jetsons nos anos 60. Alguns materiais analisam
a existência dessas projeções futuristas elaboradas por Hanna & Barbera nos dias de hoje.

15 Tecnologias dos Jetsons que já existem hoje em dia. Disponível em: https://cutt.ly/uR4cL5b. Acesso
em: 22/10/2021.

Biografia Toon: Rosie (Os Jetsons). Disponível em: https://cutt.ly/BR4cC15. Acesso em: 22/10/2021.

Professor, independente da opção escolhida, os estudantes poderão debater nos pequenos grupos sobre
algumas questões básicas da relação ciência-ficção/tecnologia: Como a ficção científica representou a
realidade? Baseados em quais elementos do seu tempo os autores de ficção científica projetaram as
mudanças tecnológicas para o futuro? O que você pensa sobre essa forma de recriar o presente pensando
no futuro? Como os robôs estavam presentes no cotidiano? Sugerimos que todos os registros sejam
incluídos no portfólio individual dos estudantes.

SAIBA MAIS

Biografia de Isaac Asimov Disponível em: https://cutt.ly/HR4vu2G. Acesso em:


22/10/2021.

TOURINHO, Maria Antonieta de Campos. História e ficção. Fronteiras e ensino de histó- ria.
Disponível em: https://cutt.ly/iR4vjfl. Acesso em: 22/10/2021.
SISTEMATIZAÇÃO
Semana 4: 2 aulas

Recomendamos finalizar a atividade, propondo aos estudantes que retomem as hipóteses geradas na
Introdução e reflitam novamente sobre algumas destas questões: No futuro a tecnologia irá nos proteger
ou nos destruir? Quais são os robôs que estão presentes na nossa vida diária? Solicite que registrem suas
ideias em pequenos grupos, ou individualmente e, em seguida, reco- lha essas anotações e faça suas
próprias observações. Esses primeiros registros formam parte da avaliação formativa (registro do processo,
primeiras hipóteses). Relembre a função do portfólio para esse processo.

SAIBA MAIS
LIMA DE ASSIS, Gabriella. Hyden White entre a história e a literatura. Disponível em:
https://cutt.ly/hR4vXBV. Acesso em: 22/10/2021.
ATIVIDADE 2

INTRODUÇÃO
Semana 5: 2 aulas

Professor, nessa atividade, os estudantes terão a oportunidade de continuar mergulhando no universo da


tecnologia e seus impactos nas relações sociais. Assim como na atividade anterior, eles poderão acessar
outros repertórios dentro do universo do cinema, contextualizando os filmes e textos que dialogam com as
questões que os demais componentes trazem para esta integração curricular. A problemática vai ganhar
um grau maior de complexidade, pois será aberta a temática da ficção científica distópica. Também terão a
possibilidade de fruir algumas obras, representar suas interpre- tações, relacionar com situações da vida
cotidiana e, também, com seus projetos de vida.

Para sensibilizar a turma, sugerimos que leia o texto do filósofo alemão Walter Benjamin, que descreve um
quadro do artista, também alemão, Paul Klee. Poderá projetar ou imprimir a imagem do quadro, para que
eles acompanhem a leitura observando a imagem.

“Há um quadro de Paul Klee que se chama Angelus Novus. Representa um anjo que parece querer afastar-
se de algo que ele encara fixamente. Seus olhos estão escancarados, sua boca dilatada, suas asas abertas.
O anjo da história deve ter esse aspecto. Seu rosto está dirigido para o passado. Onde nós vemos uma
cadeia de acontecimentos, ele vê uma catástrofe única, que acumula in- cansavelmente ruína sobre ruína e
as dispersa a nossos pés. Ele gostaria de deter-se para acordar os mortos e juntar os fragmentos. Mas uma
tempestade sopra do paraíso e prende-se em suas asas com tanta força que ele não pode mais fechá-las.
Essa tempestade o impele irresistivelmente para o futuro, ao qual ele vira as costas, enquanto o amontoado
de ruínas cresce até o céu. Essa tempestade é o que chamamos progresso”.

Texto e imagem de Anjo da História, de Walter Benjamin. Disponível em:


https://cutt.ly/hR6Mh2f (imagem de domínio público). Acesso em: 22/10/2021.

Após a leitura, além de permitir que os estudantes se expressem livremente sobre o que acabaram de
ver/ouvir, você poderá apresentar algumas frases paradoxais para refletir sobre o que Benjamin traz, como
por exemplo: “Sinto saudades do futuro” (o que isso pode significar?) ou “A ficção científica é a história do
futuro” (isso é possível?). Assim como perguntas que os orientem a inter- pretação: Por que o passado é
uma “catástrofe única?” Por que o progresso é uma “tempestade”? Poderá, também, realizar uma chuva
de ideias com as hipóteses dos estudantes, anotando no quadro e solicitando a eles que registrem
individualmente também.

Caso tenha tempo, poderá antecipar a imagem de “outro anjo”, de um filme que eles terão a pos- sibilidade
de analisar durante o desenvolvimento da atividade: a imagem do ator Jonathan Pryce em “Brazil, o filme”.
Poderá solicitar que comparem ambas imagens e, mais uma vez, registrem suas impressões. Disponível em:
https://cutt.ly/3R6McBj. Acesso em: 22/10/2021.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
No Componente 1 Cinema (transform)ação, na atividade 1 é sugerido que os estudantes reflitam sobre a
intencionalidade das imagens nos meios audiovisuais. Você poderá indicar que aproveitem as interpretações que
estão fazendo nesta Introdução para que possam estabelecer relações.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 6 e 7: 4 aulas

Professor, para dar continuidade a proposta da ficção científica distópica propomos introduzir também a
perspectiva trazida pelo afrofuturismo1. Para isso, sugerimos duas opções que oferecem um contraponto,
porém e, dependendo do ritmo da turma, dos tempos de aula e dos demais fatores que fazem parte do dia-
a-dia escolar, você poderá optar por apenas uma das sugestões, deixando a outra como material de
consulta para os estudantes, caso eles se interessem pela pers- pectiva apresentada. Tomamos o cuidado
de trazer materiais escritos e materiais visuais que se complementam, mas que também possibilitam seu
uso de forma independente.

Professor, com relação ao afrofuturismo, a intenção é que a questão seja introduzida dado que o assunto
em si, merece um aprofundamento que não tem condições de ser sugerido nesse momen- to, mas que
poderá ter continuidade em outros estudos, em outros momentos durante o percurso escolar dos
estudantes.

A sugestão de atividade serve tanto para a opção 1 quanto para a opção 2. A partir da leitura do
fragmento proposto, os estudantes poderão abrir uma roda de conversa sobre o conceito de distopia no
tempo presente, trazendo suas experiências. Você poderá facilitar um ambiente que propicie a exposição
de diferentes pontos de vista, argumentações e reflexões. Na sequência, eles poderão trabalhar em
pequenos grupos, tendo acesso a trailers e artigos que comentam os filmes que sugerimos para esta
atividade. Após leitura, conversa e reflexões, poderá propor a produção de um mapa mental coletivo sobre
os conceitos: distopia, ficção científica, afrofuturismo, e a relação: futuro/passado/presente. Caso você
opte por levar adiante as duas opções, os mapas mentais sugeridos como fechamento da atividade, tem a
condição de serem complementares. Também poderá sugerir que realizem uma resenha crítica sobre um
filme conhecido dos últimos anos, como por exemplo, Pantera Negra.

OPÇÃO 1: Distopias e Afrofuturismo no filme O último anjo da história

“Qual a importância da utopia? Ela serve para criticarmos a realidade atual que é essa distopia. Pensa: a cada
23 minutos um jovem preto é assassinado. Isso não é normal. Mas a vida continua porque a gente nem se
comove mais, fomos ensinados a naturalizar a morte de pessoas negras. Essa é a distopia do presente. Nós
somos os condenados da terra, como afirma [Frantz] Fanon. Nós vivemos em situa- ção de guerra. Nossos
territórios são vigiados, tem policiamento ostensivo. O nosso direito à cidadania é negado. Repito: vivemos
uma distopia. O afrofuturismo me apresenta o oposto, a utopia. Existe um mundo para além disso. Se não
for aqui na Terra, que seja em Saturno como pregava Sun Ra. Nós merecemos mais do que essa realidade
distópica”.

OLIVEIRA DE SOUZA, Esdras. In: Futuro negro. Como o afrofuturismo pode ajudar a estruturar
modelos de sociedade mais justos para a população negra. Disponível em: https://cutt.ly/rRKVigF
Acesso em: 29/10/2021.

Para apoiar e aprofundar a compreensão desses conceitos dentro do contexto proposto, poderá sugerir
que assistam ao trailer do filme O último anjo da história, assim como a leitura de artigos que o analisam,
e/ou artigos que trazem a discussão da perspectiva afrofuturista, colocando a distopia no tempo presente
e o apocalipse, no passado.

Trailer do filme O último anjo da história, de John Akomfrah, 1995. Disponível em:
https://cutt.ly/hA88pux. Acesso em: 14 de mar. 2022.

Texto 1: FREITAS, Kênia e MESSIAS, José. O futuro será negro ou não será: Afrofuturismo versus
Afropessimismo: as distopias do presente. Disponível em: https://cutt.ly/rA88AlN. Acesso em: 14 de mar.
2022.

Texto 2: AAVV, Futuro negro. Como o afrofuturismo pode ajudar a estruturar modelos de socie- dade
mais justos para a população negra. Disponível em: https://cutt.ly/rRKVigF. Acesso em: 29 de out.
2021.

OPÇÃO 2: Ficção científica e distopias em Brazil, o filme.

“A metáfora saudades do futuro (...). As preocupações relativas ao futuro, que acompanham a huma- nidade
desde os seus primórdios, ganharam visibilidade apenas no século XX por meio da linguagem
cinematográfica, nos filmes de ficção científica, como resultado dos entrecruzamentos entre desenvol- vimento
científico e tecnológico, espírito inventivo, ilusionismo e arte”.

MARTINS, Alice Fátima. Saudades do futuro: o cinema de ficção científica como expressão do
imaginário social sobre o devir. Tese. Indicamos apenas: pág. 4 e págs. 254-255. Disponível em:
https://cutt.ly/NRLgKYR. Acesso em: 22 de out. 2021.

Para apoiar e aprofundar a compreensão dos conceitos dentro do contexto proposto, poderá sugerir que
assistam ao trailer do filme Brazil, o filme, assim como a leitura de artigos que o analisam, e/ou artigos que
trazem a discussão da ficção científica, colocando a distopia no tempo futuro, baseando-se nos conflitos do
tempo presente.

Trailer de Brazil, o filme, original em inglês, sem legendas, disponível em:


https://cutt.ly/iRLgbFm Duração: 3 min. Acesso em: 22 de out. 2021.
Brazil o filme, de Terry Gilliam, filme completo e legendado disponível em:
https://cutt.ly/gRLgo8D. Acesso em 29 de out. 2021.

Texto 1: MARTINS, Alice Fátima. Saudades do futuro: o cinema de ficção científica como expressão
do imaginário social sobre o devir. Tese. Pág. 4 e pp. 254-255. Disponível em:
https://cutt.ly/iRLjzYy. Acesso em: 22 de out. 2021.

Texto 2: VIEIRA FERREIRA, Wilson Roberto. Quando o Brazil se encontra com o Brasil em “Bra- zil,
O Filme”. Disponível em: https://cutt.ly/rRLf6SX. Acesso em: 22 de out. 2021.

SAIBA MAIS
Dica de filme: Brazil – O Filme: aquarela burocrática (Brazil). Disponível em:
https://cutt.ly/4RLb6pl. Acesso em: 22 de out. 2021.

LEAL MACHADO, Heitor. Nostalgia, distopia e ficção seriada: relações entre passado e
futuro no imaginário contemporâneo. Disponível em: https://cutt.ly/jR4bdZL. Acesso em: 29
de out. 2021.

SANTOS, PH. Vamos falar sobre Brazil, o filme? Disponível em: https://cutt.ly/VRLgIR1
Duração 8 min. Acesso em: 22 de out. 2021.

FREITAS, Kênia. “Afrofuturismo, com Kênia Freitas. Curso - Tecnologias e Artes em Rede:
Tec”. Duração 4 min. Disponível em: https://cutt.ly/lRLf9qS. Acesso em: 29 de out. 2021.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
Professor, os estudantes poderão aproveitar as sugestões de filmes e textos analíticos dessa atividade para contribuir com a
proposta do Componente 1 Cinema (transform)ação, em que na atividade 1 é reco- mendado que eles analisem
diferentes gêneros cinematográficos.
1 O afrofuturismo é um “Movimento cultural, estético e político que se manifesta no campo da literatura, do cinema, da fotografia, da
moda, da arte, da música, a partir da perspectiva negra, e utiliza elementos da ficção científica e da fantasia para criar narrativas de protagonismo
negro, por meio da celebração de sua identidade, ancestralidade e história; em geral, obras pertencentes a este movimento
procuram retratar um futuro grandioso, caracterizado tanto pela tecnologia avançada quanto pela superação das condições
determinadas pela opressão racial, dentro do contexto da vivência africa- na e diaspórica”. ABL. Disponível em: https://cutt.ly/JT6iwHM.
Acesso em: 30/11/2021.
SISTEMATIZAÇÃO
Semana 8: 2 aulas

Professor, poderá sugerir aos estudantes que retomem os mapas mentais e realizem um exercício de
escrita individual refletindo sobre as principais questões que orientaram essa atividade. Eles poderão se
expressar de forma livre (tipo ensaio), trazendo suas opiniões, experiências. Algumas questões poderão ser
apresentadas para colaborar com esse momento, relembrando a imagem do “anjo da história”, para que os
estudantes possam refletir sobre seu lugar no mundo: O que há no passado que nos incomoda e nos força a
dar as costas para o futuro? O que prevemos que po- derá acontecer no futuro em função do que nos
incomoda no presente? Vemos distopias no momento presente? Reforce que seja realizada a inclusão dos
mapas mentais no portfólio individual.

AVALIAÇÃO
Vale lembrar que os mapas mentais, que foram elaborados coletivamente, poderão também ser considerados
registros de avaliação formativa, dado que os estudantes estarão demonstrando neles as habilidades dos quatro
eixos estruturantes que foram contempladas no início desse MAPPA.
ATIVIDADE 3

INTRODUÇÃO
Semana 9: 2 aulas

Nessa atividade, os estudantes terão a possibilidade de se aprofundar na contextualização histórica dos


impactos da revolução industrial no tempo presente e na sua própria realidade, através de um repertório
baseado em músicas, textos e filmes. A intenção é que eles tenham a possibilidade de relacionar os
processos que, iniciados em inícios do século XX, impactaram e impactam alta- mente tanto no mundo do
trabalho quanto na vida cotidiana das pessoas (no tempo passado e no tempo presente). Como produto
final da atividade, eles poderão criar um storyboard, material que permitirá dialogar com as propostas dos
demais componentes do semestre2, fundamentalmente o componente 1 Cinema transform(ação) e o
componente 4 Relações sociais e tecnológicas: a Literatura em evolução. Questão problematizadora: Nós
somos engrenagens? De quê?

Como sensibilização para entrar no universo da revolução industrial, sugerimos que, em pequenos grupos,
os estudantes escutem a música, e acompanhem cenas do filme que re- tratam a engrenagem.

Engrenagem, música de Arnaldo Antunes. Disponível em: https://cutt.ly/yR4pHGD. Acesso em: 04 de


nov. 2021.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 10 e 11: 4 aulas

Nessas duas semanas, os estudantes terão a oportunidade de aprofundar a temática “Impactos da


Revolução Industrial e seus desdobramentos sociais”. A intenção é fazer uma ponte entre ficção científica e
discursos distópicos a partir do cinema, por ser uma opção que dialoga com a proposta integradora para
esso semestre - a produção de um festival de audiovisual. O filme Tem- pos Modernos, um clássico do
cinema e também já citado nos materiais da Formação Geral Básica (FGB), servirá como base para a
temática e outras perspectivas do campo de atuação das Ciên- cias Humanas e suas metodologias, como:
revisitar fontes, fazer novas interpretações, releituras e re-apropriações, dependendo do contexto. A
engrenagem como metáfora do corpo no trabalho é uma das possibilidades de integração, problemática
que será desenvolvida pelo Componente 2 Cultura digital e atividade física.

Para dimensionar o que estava acontecendo no mundo ocidental no início do século XX e traçar um
paralelo com o universo cinematográfico, temos pelo menos duas opções para os estudantes:

OPÇÃO 1: os estudantes, que assistiram a Tempos Modernos, poderão seguir o roteiro de interpretação do
filme como documento histórico, detalhado a seguir (no intuito de con- textualizar o filme e fornecer
ferramentas próprias do método científico da área de humanas, promovendo as habilidades do Eixo
Estruturante Investigação Científica .

OPÇÃO 2: os estudantes, que não tiveram a possibilidade de assistir a Tempos Modernos, poderão ler
textos e responder às questões de interpretação sugeridas (outra habilidade do Eixo Estruturante
Investigação Científica).

Professor, a abordagem com a turma ficará a seu critério. Consideramos que você poderá levar
adiante a atividade com todo o grupo seguindo apenas uma das opções; ou alternar as opções
dividindo o grupo em dois (quem fez a opção 1 na primeira aula faz a opção 2 na seguinte e vice-versa).

OPÇÃO 1: Filme Tempos Modernos. Roteiro de interpretação do fi lme como documento


histórico:

• Elabore uma ficha técnica do filme (Título, local de produção; data; duração; diretor; protagonistas
principais);

• Qual é a temática básica do filme?;

• Onde e em que época acontece? (delimitação do tempo e do espaço);

• Contexto da época retratada (cultura, política, pensamento, desenvolvimento científico e tecnológico. Se a


informação não aparece diretamente no filme, precisará pesquisar nos materiais sugeridos nesta
atividade);

• Como o filme representa, por meio dos seus personagens, os papéis sociais que identificam as hierarquias
e lugares na sociedade representada?;

• Quais são os tipos de conflitos descritos no roteiro do filme, na história que é contada?;

• Quais são as maneiras como aparecem a organização social, as hierarquias e instituições sociais, como se
dá a seleção de fatos, eventos, tipos e lugares sociais encenados?;

• Qual é a maneira de conceber o tempo: histórico-social ou biográfico?;

• O que se espera ou se pede para o espectador: identificação, simpatia, emoção, rejeição, reflexão, coação?
Justifique sua escolha.

OPÇÃO 2: Leitura e interpretação de textos. Professor, selecione fragmentos dos textos indicados a
seguir. Os estudantes poderão ler em pequenos grupos ou individualmente, regis- trando de forma
virtual ou no formato papel. Outra possibilidade é que cada grupo leia um texto e compartilhe
suas respostas coletivamente com a sala. Questões orientadoras:

Século XX. Quais foram os principais efeitos sociais que afetaram os trabalhadores com a introdução
das novas tecnologias? Qual foi o impacto da automação nos processos de traba- lho? O que foi o
fordismo e como afetou as relações de trabalho? Quais foram os principais resultados do Toyotismo e
do chamado modelo japonês de produção flexível nas condições de vida e na organização dos
trabalhadores?

TEXTO 1: HERÉDIA, Vania. Novas tecnologias nos processos de trabalho: efeitos da rees-
truturação produtiva. Disponível em: https://cutt.ly/XRGi7Iv. Acesso em: 22 de out. 2021.

TEXTO 2: GORENDER, Jacob. Globalização, tecnologia e relações de trabalho. 1997. Dispo- nível
em: https://cutt.ly/LRGi58f. Acesso em: 22 de out. 2021.

TEXTOS 3 E 4: CARVALHO, Leandro. Transformações no mundo do trabalho. Disponível em:


https://cutt.ly/ORGoqKZ. Acesso em: 22 de out. 2021; CARVALHO, Leandro. Industrializa- ção e
trabalho. Disponível em: https://cutt.ly/NRGoeWL. Acesso em: 22 de out. 2021.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
O Componente 2 Cultura digital e atividade física sugere desenvolver a questão dos impactos das tecnologias no
corpo, problemática que dialoga com a metáfora da engrenagem desenvolvida nesta atividade.
SAIBA MAIS
Impactos da revolução tecnológica digital no mercado de trabalho. Temas de redação
para o Enem. Disponível em: https://cutt.ly/aRGopUd. Acesso em: 22 de out. 2021.

SOUSA SEVERINO, Maria do Perpétuo Socorro. Transformações no mundo do trabalho:


impactos para os trabalhadores com deficiência. Disponível em: https://cutt.ly/2RGosCT.
Acesso em: 22 de out. 2021.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 12: 2 aulas

Recomendamos como fechamento que os estudantes criem um storyboard a partir de um roteiro fictício,
mas baseado nas leituras realizadas durante a etapa anterior (Desenvolvimento) com relação ao impacto
das tecnologias no mundo do trabalho, nas relações e nos corpos. Para aprender o passo-a-passo de
criação de um storyboard. optamos pelo material:

Como fazer um storyboard. Disponível em: https://cutt.ly/gR4b89M. Acesso em: 19 de out. 2021.

Os estudantes poderão registrar o passo-a-passo e organizar a criação no formato de roteiro. Se o tempo


não for suficiente para exercitar a técnica do storyboard por completo, o recurso poderá ser reaproveitado
na sistematização da próxima atividade. Tanto os textos produzidos durante a etapa anterior
(Desenvolvimento) quanto os storyboard criados, poderão ser incluídos no portfólio individual dos
estudantes.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
A sugestão de criação de storyboard tem relação com o festival do audiovisual promovido pelos Componente 1 Cinema
transform(ação) e Componente 4 Relações sociais e tecnológicas: a literatura em evolução.

AVALIAÇÃO
O ato de avaliar adota formas diferentes e toda produção dos estudantes pode fazer parte dele. Nessa atividade,
sugerimos a criação de storyboards como forma de sistematizar as aprendizagens. Professor, considere
positivamente as habilidades artísticas, criativas e emocionais que podem se manifestar neste tipo de registro
desenhado.
ATIVIDADE 4

INTRODUÇÃO
Semana 13: 2 aulas

Na atividade anterior, os estudantes tiveram a possibilidade de interpretar e criar materiais sobre os


impactos das principais mudanças tecnológicas do século XX. Sugerimos que nessa atividade eles tenham
a oportunidade de se aprofundar e ver o outro lado desses impactos, por meio das formas de
organização social e mobilização em prol dos direitos trabalhistas. O gênero documentário será proposto
como ferramenta de pesquisa e eles também poderão continuar com a proposta de criação de
storyboard, iniciada na atividade anterior.

Professor, como disparador propomos que imprima algumas imagens (ou que os estudantes acessem com
seus celulares) nos sites indicados, onde aparecem crianças trabalhando no início do século XX, no
Brasil.

Senado notícias. Crianças iam para cadeia no Brasil até a década de 1920. Disponível em:
https://cutt.ly/ZR5LRjn. Acesso em: 05 de nov. 2021.

3 de novembro de 1932: é sancionado o Decreto nº 22.042, que limitava a atuação de traba- lhadores
menores de idade na indústria Disponível em: https://cutt.ly/MA87uiO. Acesso em: 14 de mar.
2022.

Também pode complementar com a leitura do seguinte fragmento:

“No princípio da industrialização no Brasil, com a criação das primeiras grandes fábricas têxteis no Rio de
Janeiro, que empregavam mais de mil operários, uma das principais fontes de mão de obra eram as
crianças pobres que viviam nas imediações da Companhia Progresso Industrial do Brasil. Com um discurso
misto de paternalismo e de piedade para com esses meninos e meninas, o patronato incentivava a
inserção cada vez mais cedo de menores aprendizes em suas Com- panhias. Pagando salários baixos, mas
ensinando um ofício a eles, o trabalho infantil era com- preendido, na Primeira República, como uma forma
de educar e disciplinar várias crianças. No entanto, por trás deste discurso, estava uma cruel realidade de
jornadas estafantes de 10 horas, máquinas a vapor que podiam causar acidentes a qualquer momento e
uma infância distante da alfabetização e do lazer ”.

Severino, Carlos R. M. Menores dentro da indústria têxtil: uma análise da Fábrica Bangu
durante a Primeira República. Disponível em: https://cutt.ly/GR5LIdK. Acesso em: 05 de nov.
2021.

Proponha confrontar com imagens de trabalho infantil da atualidade:

• Agência Brasil. Brasil tem bons indicadores, mas ainda é foco de exploração infantil. Disponível em:
https://cutt.ly/lR5LPX8. Acesso em: 05 de nov. 2021.

• Toda matéria. Trabalho infantil no Brasil. Disponível em: https://cutt.ly/oR5LFtv. Acesso em: 05de
nov.2021.

• 2021 Declarado Ano Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil. Disponível em:
https://cutt.ly/aR5ZUn6. Acesso em: 05 de nov. 2021.

• Educa mais Brasil. Trabalho infantil. Prática é ilegal, mas não é considerada crime no Brasil.
Disponível em: https://cutt.ly/yR5ZFae. Acesso em: 05 de nov. 2021.

• Brasil escola. Trabalho infantil. Disponível em: https://cutt.ly/MR5ZX2Q. Acesso em: 05 de


nov. 2021.

Após a visualização de imagens e/ou leitura, abra uma roda de conversa, recolhendo os conhecimentos
prévios sobre o tema (o trabalho de crianças e jovens e as leis de proteção em inícios do século XX). A
intenção é que eles possam se expressar sobre trabalho infantil e direitos de crianças e jovens,
relacionando os dois séculos. (Os materiais propostos também subsidiam a problemática, além do Estatuto
da Criança e do Adolescente, marco na questão do trabalho infantil). A se- guir, poderá projetar um trecho
deste documentário sobre trabalho infantil. No desenvolvimento dessa atividade, eles terão a
oportunidade de aprender a interpretar documentários como fonte de pesquisa. Sugerimos que os
estudantes registrem suas opiniões de forma coletiva no quadro e, posteriormente, transfiram para os
registros individuais.

Jornalismo TV Cultura. Documentário “Brasil x trabalho infantil” (2014). Trecho: 2´ até 7´. Duração total:
35 min. Disponível em: https://cutt.ly/HR5Zlpf. Acesso em: 05 de nov. 2021.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
O storyboard proposto como produção final deste componente contribui de forma integrada com a elaboração do
audiovisual sugerido pelo componente 1 Cinema transform(ação).

DESENVOLVIMENTO
Semanas 14 e 15: 4 aulas

Escolhemos como sugestão dois documentários brasileiros que abordam a mesma temática: a
primeira greve geral acontecida no país, em 1917. Ambos são relativamente curtos (não passam de
20 minutos) e poderão ser projetados durante as aulas.Indicamos também um texto de apoio sobre a
Greve de 1917 ou ainda que os estudantes possam pesquisar em outras fontes confiáveis, inclusive
outros documentários.

A Greve Geral de 1917. Documentário. Duração total: 16 min. Disponível em: https://cutt.ly/6R4nFrw
(Parte I) https://cutt.ly/oR4nH2T (Parte II). Acesso em: 29 de out. 2021.

ALVES SIQUEIRA, E. Greve geral, 100 anos depois. Disponível em: https://cutt.ly/yR4nXS6. Acesso em 29
de out. 2021.

ROTEIRO PARA INTERPRETAÇÃO DAS FONTES SELECIONADAS.

1) Nome do documentário; 2) Local de produção;

3) Data; 4) Duração;

5) Diretor; 6) Assunto/ resumo;

7) Delimitação do tempo e do espaço (quando e onde acontecem os fatos);

8) Contexto da época retratada na fonte pesquisada (cultura, política, pensamento, desenvolvimento


científico e tecnológico);

9) Interprete o ponto de vista segundo o uso dos recursos. (Eles falam sobre a intenção do produto e do realizador);

10) Recursos visuais/sonoros: Quais sons compõem o documentário? Em quais momentos os sons são ouvidos? Qual é a
posição da câmera em relação ao objeto a ser filmado?;

11) Recursos narrativos: Quem conta a história? Qual é o papel do narrador? Ele é onisciente, ele é narra- dor-personagem ou
ele é narrador-observador?;
12) Sentido ideológico: qual é a posição, ideologia, mensagem da fonte pesquisada, mensagem do reali-
zador em relação ao(s) tema(s) do documentário?;

13) Qual é o tipo de documentário? Poético, expositivo, observativo, participativo, reflexivo ou performáti- co? Justifique sua
escolha.

Professor, você poderá elaborar fichas seguindo todas ou algumas das questões do roteiro que foi
sugerido e os estudantes poderão se reunir em pequenos grupos para elaborar as respostas. Essa
atividade pode ser inserida nos portfólios deles.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 16: 2 aulas

Professor, você poderá retomar a proposta do storyboard que foi sistematizada na Atividade 3 e sugerir
que exercitem a criação de outros quadros, agora inspirados nos documentários que analisaram. No caso
do documentário, e a diferença do filme que foi utilizado na Atividade 3, quando as pessoas estão narrando
uma história ou uma vivência, muitas vezes não aparecem imagens. Portanto, esses momentos podem ser
recriados pelos estudantes no formato do storyboard. Lembramos que as produções dos storyboards
fazem parte dos registros avaliativos e seu aprimoramento, seu treino, integram também o processo
criativo do audiovisual.

SAIBA MAIS

Paralisação ou greve: existe diferença? Disponível em: https://cutt.ly/mR4nM9w.


Acesso em: 29 de out. 2021.

1917: a heroica greve geral que custou a vida de dezenas de operários. Disponível em:
https://cutt.ly/nR6G63t. Acesso em: 05 de nov. 2021.

AVALIAÇÃO
Na atividade 3 e nessa atividade foi proposto que os estudantes desenvolvam storyboards como produ- ção
individual de sistematização. A intenção é que tanto eles quanto você possam fazer comparações entre as
produções, percebendo mudanças nas perspectivas de interpretação, na evolução dos desenhos, no
aprimoramento dos registros, nos processos de aprendizagem.
ATIVIDADE 5

INTRODUÇÃO
Semana 17: 2 aulas

Nessa última atividade do componente, solicitamos que os estudantes possam ter acesso a um último
aspecto da revolução tecnológica, a que nos afeta mais diretamente no tempo presente, a inteligência
artificial (IA). Fechando o ciclo proposto pelo componente “Nós, robôs”, os estudantes poderão relacionar
suas experiências com o avanço tecnológico que tem acelerado tão vertigino- samente nas últimas
décadas. Também será possível adequar os tempos para que o grupo possa dar conta da produção do
festival de audiovisual que integra a proposta do semestre.

Sugerimos uma sensibilização a partir do trailer do filme Algoritmo, lançado em 2020. Algumas
questões problematizadoras : Há identificação com a situação proposta pelo filme? Estamos controlados
pelos algoritmos? Os robôs monitoram as vidas dos usuários? As deci- sões que tomamos são
influenciadas pelos algoritmos? Isso faz parte do “normal”? Qual é o nosso sentimento?

Algoritmo, filme. Trailer. 2 min. Disponível em: https://cutt.ly/5R5simn. Acesso em: 22 de out.
2021.

Também estamos propondo alguns textos sobre IA, que você poderá escolher livremente para
complementar a problematização do trailer. A indicação da atividade é: projeção do trailer e um texto para
debater. Os estudantes decidem como organizar a atividade: quem projeta, quem lê para todos, quem
registra, quem modera a discussão.

Algoritmos de Inteligência Artificial (IA) e Vieses: uma reflexão sobre ética e justiça. Dis- ponível em:
https://cutt.ly/3R5sjEd. Acesso em: 22 de out. 2021.

Inteligência artificial. O que já existe e o que esperar. Disponível em: https://cutt.ly/KR5smCp. Acesso
em: 22 de out. 2021.

Identidades: livres ou reféns? A ditadura dos algoritmos. Disponível em: https://cutt.ly/ZR5sOWo. Acesso
em: 22 de out. 2021.

SAIBA MAIS
Inteligência artificial. Surgirá uma inteligência maior do que a humana? Disponível em:
https://cutt.ly/LR4med9 . Acesso em: 22 de out. 2021.

Devemos instruir os algoritmos. Disponível em: https://cutt.ly/uR4mikp. Acesso em: 22 de


out. 2021.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 18 e 19: 4 aulas

Recomendamos que os estudantes possam desenvolver a questão da IA, sensibilizada na Introdução da


atividade, retomando a problemática desenvolvida na atividade 2: discursos distópicos e afrofuturismo,
tanto por se tratar de assuntos próximos da realidade dos jovens, quanto por eles terem a oportunidade
de estabelecer relações com seus projetos de vida e com as possibilidades profissionais para o futuro.
Professor, escolha um ou dois textos sugeridos na continuação e proponha aos estudantes as questões que
estão a seguir e que poderão contri- buir com a problematização:

Afrofuturismo apresenta tecnologias para integrar África e Brasil. Disponível em:


https://cutt.ly/UR4msJS. Acesso em: 03 nov. 2021.

Como os algoritmos espalham racismo e desigualdade de gênero. Disponível em:


https://cutt.ly/bA4rpSg. Acesso em: 14 de mar. 2022.

Especial Afrofuturo: Por que é preciso pensar em futuros protagonizados por pessoas ne- gras?
Disponível em: https://cutt.ly/GR4mkCQ. Acesso em: 03 nov. 2021.

1. Resumo das principais características do discurso distópico e do afrofuturismo.

2. Identificação da IA dentro dos discursos distópicos e afrofuturistas.

3. Texto autoral relacionando as seguintes questões:


• Ética
• Relações profissionais/trabalhistas
• IA (Inteligência Artificial)
• Conflitos

Após os estudantes concluírem a atividade, você poderá promover uma roda de conversa sobre a
problemática que foi levantada e trazida para discussão na sala. Professor, dependendo da situação social
da turma, a conversa poderá suscitar questionamentos muito ricos para serem transpostos na criação do
audiovisual.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 20: 2 aulas

Sugerimos a possibilidade de organizar esse tempo final com os estudantes para materializar duas
situações: fechamento do componente; contribuição com o que for necessário para a produção do
audiovisual.

Propomos que, de posse do portfólio individual, os estudantes possam chegar a resultados autorais,
fazendo uma releitura de suas produções e respondendo às questões que foram orientando o percurso
trilhado do componente. Poderá solicitar que retomem as hipóteses que geraram na Atividade 1 e
produzam um texto, relacionando essas primeiras ideias com os novos aprendizados que o componente
trouxe. Peça que registrem suas ideias individualmen- te e, em seguida, recolha essas anotações,
fazendo suas próprias observações.

Outra opção é a construção de uma linha do tempo coletiva na qual fatos, impactos e processos, que foram
abordados ao longo do componente, possam ser situados no tempo e no espaço.
ATIVIDADE INTEGRADORA 11 OU 15

RELAÇÕES SOCIAIS E TECNOLÓGICAS:


A LITERATURA EM EVOLUÇÃO
DURAÇÃO: 40 horas
AULAS SEMANAIS: 2
QUAIS PROFESSORES PODEM MINISTRAR ESTE COMPONENTE: Língua Portuguesa ou Língua Inglesa ou História.

INFORMAÇÕES GERAIS:

Ao longo desse componente, os estudantes farão um percurso baseado nos eixos estruturantes Processos
Criativos e Mediação e Intervenção Sociocultural. Partindo da ligação que os jovens têm com a tecnologia
na contemporaneidade, eles refletirão sobre as relações sociais e seus diálogos com a literatura ao longo
dos avanços tecnológicos, sobretudo no que diz respeito às contradições de uma sociedade pautada na
conectividade, mas que, ao mesmo tempo, ainda padece de desigualdades sociais e que parte da
população vive em situação de extrema pobreza. Os jovens serão instigados a pensar de que forma as obras
literárias que apresentam cenários dis- tópicos podem denunciar essas contradições. Para tanto, realizarão
a curadoria de vlogs, podcasts, ebooks e outros canais com temas literários para depois criar suas próprias
produções. Também participarão de uma oficina de roteirização de produções audiovisuais, que darão
embasamento para as produções nos demais componentes. Ao final desse percurso, os estudantes
produzirão, em conjunto com os outros componentes, um festival audiovisual aberto à comunidade
escolar.

Objetos de conhecimento: Análise do contexto de produção, circulação e recepção de textos e de atos


de linguagem diversos e, em especial, da cultura audiovisual; reconstrução da textualidade e compreensão
dos efeitos de sentidos provocados pelos usos de recursos linguísticos e multissemióticos; produção de
textos em gêneros próprios para a apreciação, especialmente para circulação na cultura digital (resenhas,
vlogs e podcasts literários e artísticos, playlists comentadas, fanzines, e-zines etc.)

Competências e Habilidades da Formação Geral Básica a serem aprofundadas: Competências 1 e 2.

Analisar e experimentar diversos processos de remidiação de produções multissemióticas, multimídia e


EM13LGG103
transmídia, desenvolvendo diferentes modos de participação e in- tervenção social.

Analisar interesses, relações de poder e perspectivas de mundo nos discursos das diversas práticas de
EM13LGG202
linguagem (artísticas, corporais e verbais), compreendendo critica- mente o modo como circulam,
constituem-se e (re)produzem significação e ideologias.

Dialogar e produzir entendimento mútuo, nas diversas linguagens (artísticas, corporais e verbais), com
EM13LGG204
vistas ao interesse comum pautado em princípios e valores de equidade assentados na democracia e nos
Direitos Humanos.
Eixos Estruturantes e suas Competências e Habilidades: Processos Criativos e Intervenção e mediação
sociocultural.

Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica sobre obras ou eventos
de diferentes práticas artísticas, culturais e/ou corporais, ampliando o repertório/domínio pessoal sobre o
EMIFLGG04
funcionamento e os recursos da(s) língua(s) ou da(s) linguagem(ns).

Selecionar e mobilizar intencionalmente, em um ou mais campos de atuação social, recursos criativos de


diferentes línguas e linguagens (imagens estáticas e em movimento; música; linguagens corporais e do
EMIFLGG05
movimento, entre outras), para participar de projetos e/ou processos criativos.

EMIFLGG07 Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais passíveis de mediação e in- tervenção por meio de
práticas de linguagem.

Os Eixos estruturantes de cada etapa das atividades são indicados pelos seguintes ícones:

Investigação Científica Empreendedorismo

Processos Criativos Mediação e Intervenção Sociocultural


ATIVIDADE 1

INTRODUÇÃO
Semana 1: 2 aulas

Professor, sugerimos começar apresentando o percurso que o estudante fará ao longo deste componente e
quais são os objetivos de aprendizagem previstos.

ATIVIDADE 1 Curadoria de vlogs, podcasts ou canais literários


ATIVIDADE 2 Apreciação e análise de aspectos sociais em obras literárias cuja temática se relaciona com
a tecnologia (ex: ficção científica/distopias)
ATIVIDADE 3 Oficina de roteirização para produções audiovisuais
ATIVIDADE 4 Criação de vlogs, podcasts ou canais literários
ATIVIDADE 5 Organização de um debate dentro do festival do audiovisual para a comunidade escolar e entorno

Para pensar nas relações sociais e tecnológicas e seus diálogos com a literatura, começaremos pensando
sobre de que forma a literatura pode se valer das tecnologias digitais de comunicação e informação. Para
isso, recomendamos que os estudantes façam a curadoria de conteúdos lite- rários diversos em vlogs,
podcasts, ebooks, canais etc. Veja algumas questões que podem apoiá-lo nesse primeiro momento: A
literatura acompanha os avanços tecnológicos? Qual pode ser o papel das tecnologias digitais na
produção literária? Em quais meios digitais encontramos temas rela- cionados à literatura? De que forma
a tecnologia pode contribuir para a difusão da literatura?

Veja algumas sugestões:

451 MHz - Podcast produzido pela revista de literatura Quatro Cinco Um, com
entrevistas sobre grandes livros e grandes autores. Disponível em:
https://cutt.ly/VRVf9Bq. Acesso em: 19 out. 2021.

Livros do Drii - Criado por Adriel Oliveira, um jovem de Salvador de apenas 12 anos,
o canal tem mais de 500 mil seguidores nas redes sociais. Nos vídeos, o conteúdo é
focado em resenhas de livros, filmes e séries. Disponível em: https://cutt.ly/nRkcjGa. Acesso
em: 19 out. 2021.
Vá ler um livro - Canal dedicado à defesa da educação como ferramenta de transformação social. Com
linguagem acessível, apresenta aulas, conversas e trocas que têm como função a desmistificação da
literatura e do mundo dos livros. Disponível em: https://cutt.ly/9RVd7ic. Acesso em: 19 out. 2021.

LiteraTamy - Canal de vídeos com conteúdo literário independente, apresenta resenhas, entrevistas,
passeios pelo universo dos livros e a crença ferrenha na literatura como instrumento de revolução
social. Destaque para série de entrevistas com editoras e visitas a livrarias independentes, mapeando a
bibliodiversidade brasileira. Dispo- nível em: https://cutt.ly/2RVfyaB. Acesso em: 19 out. 2021.

Mulheres que escrevem - Uma iniciativa dedicada a construir um espaço de segurança e mobilização
para descobrir e debater novas possibilidades de produção cultural e literária, focadas na escrita de
mulheres. Possui blog, newsletter, redes sociais, oficinas e um podcast, no qual escritoras debatem
literatura e a produção literária. Disponível em: https://cutt.ly/HRVfESc. Acesso em: 19 out. 2021.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 2 e 3: 4 aulas

Professor, o registro dos conteúdos selecionados pelos estudantes na curadoria pode ser feito em diversos
formatos, como um mural coletivo, no qual cada estudante adiciona as informações pesquisadas, em uma
produção colaborativa.

Existem diversas ferramentas digitais para criação de murais. Essas plataformas possibilitam a criação
coletiva e interativa, podendo ser compartilhada entre os estudantes. Se achar melhor, divida a turma em
grupos de trabalho para criarem os murais. Eles podem adicionar os links dos vídeos ou podcasts que mais
gostaram, além de imagens e símbolos. Oriente-os a utilizar essas ferramentas para organizar os registros,
agrupando conteúdos semelhantes e estipulando crité- rios de agrupamento, como por exemplo: canais
com conteúdo independente; públicos de nichos específicos; resenhas literárias; entrevistas com escritores;
literatura contemporânea etc. Se não for possível ter acesso a equipamentos digitais, é possível
confeccionar o mural à mão, utilizando uma parede da sala ou mesmo a lousa.

Reserve um momento para que os grupos apresentem seus murais, explicando os critérios utilizados na
curadoria, falando sobre o que mais chamou a atenção nos canais. Ao longo da exposição, busque retomar
os questionamentos sobre as relações entre a tecnologia e o mundo da literatura.

AVALIAÇÃO
Professor, enquanto os estudantes realizam a apresentação, você pode fazer registros acerca do desempenho deles
ao longo da atividade. O objetivo da aprendizagem para esse primeiro momento é que eles compreendam as
diversas formas nas quais conteúdos literários podem ser abordados, utilizando ferra- mentas digitais.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 4: 2 aulas
Para encaminhar a próxima atividade, em que os estudantes terão contato com obras literárias com
temáticas que abordam as complexidades do impacto das tecnologias nas relações sociais, sugerimos que
eles assistam a vídeos ou ouçam podcasts que abordem o tema da distopia na literatura. Veja algumas
indicações:

5 DISTOPIAS PRA LER HOJE! (Pausa Para Um Café). Disponível em:


https://cutt.ly/DRVg5DQ. Acesso em: 19 out. 2021.

Professor, a indicação a seguir pode ser assistida até os 18m, ou você pode selecionar trechos que considerar
mais interessantes para compartilhar com os estudantes.

TODOS OS LIVROS DE DISTOPIA DA MINHA ESTANTE! (Estante Quadrada). Disponível


em:
https://cutt.ly/aRVhcp3. Acesso em: 29 out. 2021.
ATIVIDADE 2

INTRODUÇÃO
Semana 5: 2 aulas

Professor, para dar continuidade aos estudos sobre as relações entre tecnologia e literatura, dessa vez
pensando na perspectiva social dos impactos e contradições de uma sociedade conectada, mas que a
consequência disso é termos nossos dados pessoais expostos e controlados pelas gran- des empresas de
tecnologia, ao mesmo tempo que ainda padecemos de desigualdades sociais sérias, propomos um trabalho
com obras literárias cujas temáticas retratem cenários distópicos, de ficção científica, com elementos
futuristas como robôs e novas tecnologias. Pensando na in- tegração com o Componente 1: Cinema-
(transform)ação e o Componente 3: “Nós, robôs”: as relações socioculturais e de trabalho no mundo
digital, sugerimos que as atividades de apre- ciação e análise das obras sejam a partir do recorte de livros
que foram adaptados para o cinema.

O objetivo de aprendizagem dessa atividade é que os estudantes tenham um olhar crítico sobre as obras,
fazendo análises das relações sociais nas sociedades retratadas nos livros e suas contradições,
comparando-as à sociedade contemporânea.

Veja algumas perguntas que podem iniciar a discussão, retomando os vídeos a que eles assisti- ram no final
da atividade anterior: Quais obras de ficção científica ou com cenário distópico vocês conhecem? Que
elementos futuristas costumam aparecer nessas obras? Como se organizam as sociedades retratadas
nelas?

SAIBA MAIS
Professor, caso ache necessário, retome com os estudantes o conceito de distopia. Nesse vídeo, é apresentado
de forma bem simples a ideia de utopia, de Thomas More, que pode ajudar na compre- ensão de seu oposto.

O que é distopia? (Mundos Possíveis). Disponível em: https://cutt.ly/qRVhaYw. Acesso em 05 de


out. 2021.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 6 e 7: 4 aulas

Para o trabalho de apreciação e análise de fragmentos das obras, recomendamos dividir os estudantes em
duplas ou trios colaborativos. É importante abrir espaço para que eles escolham obras que eventualmente
já conheçam, mas também incentivar a ampliação do repertório.

Sabemos que há diversos livros do gênero ficção científica/distopia, desde clássicos, como con-
temporâneos e best-sellers. Provavelmente, muitos deles já são conhecidos pelos estudantes. Veja algumas
sugestões:

1984, George Orwell - Publicado em 1949, o livro conta a história de Winston, que vive em uma sociedade
controlada pelo Estado, vigiada pelas câmeras do Grande Irmão, figura que simboliza o poder totalitário. O
enredo gira em torno da sobrevivência do protagonista, que, juntamente com outros personagens, começa
a questionar o funcionamento dessa sociedade.

Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley (1932) - Nesse romance distópico, a sociedade é organizada em
castas a partir de critérios de experimentos científicos. A função dos indivíduos varia de acordo com sua
classe e eles devem cumprir o que é determinado, sem questionar seu lugar. Nessa sociedade, são banidas
qualquer demonstração de amor, afeto ou manifestações artísticas, como literatura, música ou cinema.

A Máquina do Tempo, H. G. Wells (1895) - Trata-se de um clássico da literatura por ter sido um dos
primeiros livros a representar viagens no tempo. No enredo, o protagonista é um cientista que inventa
uma máquina capaz de fazer viagens no tempo, que o leva para o futuro, onde ele descobre uma sociedade
mais justa.

Eu, Robô, Isaac Asimov (1950) - Livro de contos baseado nas Três Leis da Robótica, apresentadas pelo
escritor e bioquímico Isaac Asimov, que regem o comportamento dos robôs, sendo um dos marcos sobre a
temática da inteligência artificial.

Os despossuídos, de Ursula K. Le Guin (1974) - O premiado livro apresenta uma narrativa que tem como
cenário dois planetas nos quais as sociedades se organizam de formas opostas, fazendo uma alusão à
Guerra Fria. A obra levanta questionamentos sobre o poder que os sistemas políticos têm de influenciar as
vidas dos indivíduos que pertencem a eles.

A parábola do semeador, de Octavia Butler (1993) - O cenário distópico desse livro é uma crise ambiental e
social que leva ao caos total da sociedade. A protagonista Lauren Olamina se aventura por terras
americanas desconhecidas para fugir em busca da sobrevivência, quando descobre uma forma de
recomeçar.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
Nas atividades anteriores do Componente 3 - “Nós, robôs”: as relações socioculturais e de trabalho no mundo
digital, os estudantes já tiveram contato com contos que Isaac Asimov escreveu entre 1939 e 1977, intitulados “Nós,
robôs”. Aproveite o momento para retomar esse assunto.

Para orientar as escolhas e análises que os estudantes farão sobre as obras, sugerimos que seja construída
uma tabela elencando temas a serem observados na obra, como: personagens; so- ciedade; relações sociais;
influência da tecnologia; controle e poder; dominação; entre outros. Oriente que os estudantes façam
anotações em uma ferramenta de registro, como um diário de leitura digital ou à mão.

Pensando em priorizar a experiência de leitura dos estudantes, é importante apoiá-los na organização de


um calendário de leitura, para que eles consigam se aprofundar nas obras ou na escolha de fragmentos
delas. Leve em conta que eles começarão as leituras nesse momento, mas que podem continuar lendo
até a Atividade 4, na qual produzirão um podcast ou vídeo analisando as obras escolhidas.

AVALIAÇÃO
Professor, tanto o preenchimento da tabela quanto o diário de leitura podem ser instrumentos de avaliação, nos
quais você poderá acompanhar os avanços de cada dupla ou trio ao fazer as análises.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 8: 2 aulas

Para encerrar essa atividade, é importante que haja um momento de socialização das análises feitas
pelas duplas ou trios. Proponha trocas entre diferentes estudantes para que eles mostrem o que
anotaram no diário de leitura, fazendo comparações e traçando pontos em comum.

Ao final, pensando em introduzir o tema da literatura para o cinema, proponha uma conversa sobre as
seguintes questões: Os livros escolhidos têm adaptações para o cinema? Em que medida as obras de
ficção científica/distopia podem se beneficiar da linguagem da produção audiovisual do cinema?
ATIVIDADE 3

INTRODUÇÃO
Semana 9: 2 aulas

Professor, pensando nos diálogos entre a obra literária escrita e as adaptações para o cinema, na Atividade
3 propomos que seja feita uma oficina de roteirização para produções audiovisuais. Aproveitando o
repertório que os estudantes construíram no Componente 1 - Cinema (trans- form)ação, analisando
produções cinematográficas e, também a curadoria realizada na Atividade 1 deste componente, a oficina
pretende possibilitar que os estudantes tenham uma experiência com roteiros de vídeos, podcasts, vlogs,
curtas etc.

Um objetivo de aprendizagem importante nessa atividade é que os estudantes tenham essa vivência
também pensando no mundo do trabalho, considerando as diversas profissões que necessitam de
roteirização para produções audiovisuais criativas.

Comece a conversa com os estudantes explicando que a escrita de um roteiro é como contar uma boa
história, amarrando os fatos e as informações de forma com que o texto escrito dê materialidade para o
que será interpretado pelo narrador e/ou personagens. Comece a conversa com os estudantes
perguntando se eles já pensaram se as produções audiovisuais que eles consomem nas redes sociais tem
um roteiro prévio e se conhecem alguém cuja profissão é ser roteirista. Pergunte aos estudantes se eles
sabem qual é a importância de um roteiro e como ele funciona no processo de criação de uma produção
audiovisual.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 10 e 11: 4 aulas

Para conduzir a oficina, sugerimos dividir em etapas de criação, instigando os estudantes a realizarem
exercícios práticos de experimentação a partir de propostas de escrita criativa.

SAIBA MAIS
Na obra A arte de ensinar a escrever (1989), Lucy Calkins conta sua experiência como educadora na busca de compreender de
onde vem o bloqueio dos estudantes para a escrita. Partindo da premissa de que é intrínseco a todo ser humano a vontade
de narrar suas experiências por meio da linguagem como uma forma de termos consciência de que estamos vivos, Calkins
propõe o formato de oficinas de escrita/writing workshops.
CALKINS, Lucy MacCormick; BATISTA, Dayse. A arte de ensinar e escrever: o desenvolvimento do discurso escrito. 1989.

ETAPA 1 - DESENVOLVIMENTO DA IDEIA

Exige pesquisa e planejamento para chegar à ideia central da produção audiovisual que será roteirizada. Se
quiser, é possível escolher um dos livros sugeridos anteriormente. Nesse primeiro momento, também é
importante definir para que será feito o roteiro (podcast, vlog, curta metragem, cena etc.). Sugestão de
prática: mapa conceitual.

ETAPA 2 - PÚBLICO ALVO

Em seguida, é preciso delimitar para quem a produção audiovisual será destinada. Qual é o perfil desse
público, sobre o que eles se interessam, qual linguagem costuma fazer mais sentido para ele etc. Sugestão
de prática: criação de uma persona com o perfil do público desejado.
ETAPA 3 - ARGUMENTO/STORY LINE

O argumento é a base da criação, podendo ter várias páginas. Como o tempo da oficina é curto, sugerimos
que seja feito como a sinopse da produção final. Ele deve ser resumido, sem diálogos, mas apresentando o
enredo principal. Sugestão de prática: escrever em poucos caracteres a sua ideia, como se estivesse
fazendo uma postagem em redes sociais.

ETAPA 4 - ESCRITA DO ROTEIRO

Para produzir o roteiro, é importante que haja uma estrutura definida, marcando as falas do narrador ou
das personagens, bem como as entonações, silêncios, entradas e quebras. Se for uma produção que inclua
imagens, o roteiro também pode determinar ângulos e enquadramentos. Se for um podcast, pode conter
marcação de vinhetas ou trilha sonora.

ETAPA 5 - ENSAIO E REVISÃO

Para fazer a revisão do roteiro, é importante que eles façam o ensaio do que foi escrito, simulando uma
interpretação. Esse exercício pode ser feito em duplas. Enquanto fazem a leitura, oriente-os a fazer
alterações e aprimorar o que acharem necessário.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 12: 2 aulas

Para finalizar a oficina, proponha uma forma para que eles possam compartilhar o que produziram.
Sugerimos que seja feita uma roda de conversa na qual cada um faz a leitura do seu roteiro, apresentando
sua ideia ao grupo, que pode dar sugestões e fazer comentários. Para esse momento, é importante que se
crie um ambiente colaborativo de troca, sem competição ou julgamento.

SAIBA MAIS
Caso os estudantes sintam a necessidade de se aprofundar mais na escrita criativa em roteirização, veja alguns
livros que podem ajudar:
10 Melhores Livros sobre Storytelling e Escrita Criativa que você precisa conhecer. Dis-
ponível em: https://cutt.ly/IRNbKVn. Acesso em 05 de out. de 2021.
ATIVIDADE 4

INTRODUÇÃO
Semana 13: 2 aulas

Professor, aproveitando os estudos feitos na oficina de roteirização realizada na atividade anterior, para a
atividade 4 propomos que os estudantes façam a gravação de um podcast ou vídeo abordando uma das
obras literárias de ficção científica/distopia, apresentando uma leitura crí- tica da obra, expondo suas
análises acerca das temáticas sociais e da relação da tecnologia. Se não houver equipamentos de gravação
e edição disponíveis, é possível utilizar smartphones em grupos de trabalho.

Para realizar essa atividade, os estudantes deverão recorrer às anotações realizadas por eles no diário de
leitura da Atividade 2. É importante que eles estejam familiarizados com a obra esco- lhida para que as
análises sejam aprofundadas. No entanto, sabemos que nem sempre é possível realizar a leitura de um
romance em poucas semanas, por isso é possível também indicar que os estudantes tenham como objeto
de análise filmes ou séries. Se não houver tempo ou equipamen- tos para assistir na escola, indique que os
estudantes assistam em casa. Veja algumas sugestões de filmes que apresentam cenários distópicos:

• Filme de animação brasileiro: Uma História de Amor e Fúria (2013) - A animação de Luiz Bolognesi retrata
um protagonista que viaja no tempo e vive diversos momentos históricos brasileiros, desde a colonização
até os dias atuais.

• Filme de animação: Wall-E (2008) - Produzido pela Disney-Pixar, na animação o Planeta Terra foi devastado
pela poluição produzida pelos seres humanos, que fugiram para outro planeta. O protagonista é um robô
com sentimentos humanos, que tem como função reciclar o lixo produzido.

• Filme: ELA (2013) - Dirigido por Spike Jonze, o filme se passa em um futuro próximo no qual humanos se
relacionam com robôs, que são como assistentes virtuais. O protagonista, passan- do por um momento
difícil de sua vida, começa a se envolver com uma das vozes do robô.

Indicamos dividir os estudantes em grupos para a gravação do podcast ou vídeo, uma vez que eles terão
diferentes funções necessárias para realizar o projeto: roteirista, cinegrafista, apresentador, edição de
vídeo/imagem/som etc.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 14 e 15: 4 aulas

A realização da gravação exige seguir algumas etapas. Para apoiar os estudantes ao longo desse processo, é
importante explicar previamente cada uma delas.

1. Planejamento e Pesquisa - Momento inicial, no qual o grupo define a obra que será analisada e realiza
pesquisas sobre ela.

2. Roteiro- Escrita do roteiro que vai guiar a gravação. Oriente que o grupo retome as dicas da atividade
anterior para auxiliá-los nessa parte.

3. Gravação - Dependendo do projeto que o grupo escolher realizar, a gravação precisará de preparações
específicas. Se for podcast, é necessário um ambiente silencioso, se possível com um microfone ou fone de
ouvido. No caso de um vídeo, é preciso montar um cenário e planejar o posicionamento da câmera. Uma
dica importante é não gravar tudo de uma vez, mas filmar pequenos vídeos que serão posteriormente
editados, dessa forma, quando eles errarem, não perdem o que já foi feito.

4. Pós-produção - Momento de edição do vídeo ou do áudio gravado, em que é possível cortar partes. Há
diversos aplicativos que fazem edição, tanto para celular quanto para computador. Indicamos o aplicativo
gratuito In Shot, que permite edição simples no celular.

SAIBA MAIS
8 apps para fazer vídeos no celular. Disponível em: https://cutt.ly/uR1nyfs. Acesso em: 05 de
out. de 2021.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 16: 2 aulas

Professor, os estudantes podem exibir os vídeos para o grupo. Oriente que utilizem esses vídeos para o
festival de audiovisual, organizado no Componente 1 - Cinema (transform)ação.

AVALIAÇÃO
Professor, esse momento de finalização dos vídeos ou podcasts pode ser aproveitado para que os estu- dantes façam
uma autoavaliação sobre o processo. Se achar necessário, apresente alguns critérios para que eles se baseiem. A
autoavaliação pode ser feita em forma de texto ou tabela. Avalie o que faz mais sentido para o grupo, levando em
consideração suas demandas.
ATIVIDADE 5

INTRODUÇÃO
Semana 17: 2 aulas

Professor, pensando que o Componente 1 - Cinema (transform)ação organizará um festival de audiovisual


para exibir as produções dos estudantes em todos os componentes, propomos que este componente
promova rodas de conversas sobre mediação cultural a partir da experiência dos estudantes na produção
desse evento.

O objetivo da atividade é colocar os estudantes no lugar de protagonistas, organizando rodas de conversas


abertas para a comunidade escolar e entorno. Considerando que eles já produziram conteúdos diversos em
todos os componentes, sugerimos começar retomando o que foi feito. Veja algumas perguntas que podem
conduzir esse momento: O que foi feito até agora nos outros componentes? De que forma podemos
aproveitar os conhecimentos que tivemos até aqui para organizar mesas abrindo à comunidade essa
experiência? Sobre quais temas achamos mais inte- ressante falar à comunidade?

Após as respostas dos estudantes, organize-os em grupos de trabalho a partir de seus interesses. Veja
alguns exemplos de temas que poderiam gerar boas discussões nas mesas:

• Tecnologia e literatura;

• Roteiro para produções audiovisuais;


• Música, cinema e fotografia;

• Produção de evento/festival.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 18 e 19: 4 aulas

Professor, pensando que as mesas acontecerão dentro do festival, é importante manter contato com o
professor que conduzirá o Componente 1 - Cinema (transform)ação. Oriente que os estudantes levem em
conta o público do festival para a escolha da programação das mesas, pensando no que mais faz sentido ser
discutido com a comunidade escolar e o entorno. O objetivo das me- sas é promover conversas sobre os
temas, além de que os estudantes possam compartilhar suas vivências e aprendizados ao longo de todas as
atividades.

Para organizar a programação das mesas do evento, é importante que haja um grupo responsável pelo
cronograma, que definirá o tempo de cada mesa e quais estudantes participarão. O restante dos
grupos pode ficar responsável pela organização de cada mesa, dividindo-se entre os temas. Também é
importante deixar um grupo responsável por registrar as mesas, fotografando ou filmando.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 20: 2 aulas

Para encerrar o festival, sugerimos fazer uma roda de conversa com os estudantes para conversar sobre
como foi o evento, se houve interação ou devolutiva do público e como foi a experiência de mediação
cultural.

Esse pode ser um bom momento para conversar também sobre o mundo do trabalho e o projeto de
vida deles, para que façam relações entre os aprendizados que tiveram nos componentes e suas vidas.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR

TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E
CULTURA
DURAÇÃO: 40 horas
AULAS SEMANAIS: 2
QUAIS PROFESSORES PODEM MINISTRAR ESTE COMPONENTE: Filosofia ou Sociologia ou História.

INFORMAÇÕES GERAIS:

Professor, o componente Tecnologia, comunicação e cultura propõe diferentes situações para que os
estudantes ampliem seus repertórios, a partir de investigação, análise, seleção e mobilização de diferentes
recursos. Para promover reflexões sobre processos e eventos históricos e ideias filosóficas envolvendo
aspectos da comunicação, cultura e tecnologia, realizamos recortes no sentido de levar os estudantes a
revisitar conteúdos e conceitos relativos às vanguardas artísticas, abordar considerações e análises sobre a
fotografia e o cinema no mundo contemporâneo capazes de “fabricar” o imaginário cultural na atualidade.
Nesse sentido, esperamos que eles reconheçam o seu potencial para entender as dinâmicas culturais e
tecnológicas em que se encontram inseridos e possam propor soluções para uma vida em sociedade mais
ética e diversa. Espera-se que o material oportunize situações de reflexão e apoio para o seu planejamento.

Objetos de Conhecimento: O contexto histórico-filosófico das ciências; as transformações tecnológicas e


seus impactos nos indivíduos e na conformação do mundo contemporâneo; o efêmero e o multifacetado
como expressão da cultura virtual.

Competências e Habilidades da Formação Geral Básica a serem aprofundadas: Competência 1.

Identificar, analisar e comparar diferentes fontes e narrativas expressas em diversas linguagens, com vistas
EM13CHS101 à compreensão de ideias filosóficas e de processos e eventos históricos, geográficos, políticos, econômicos,
sociais, ambientais e culturais.

Eixos Estruturantes e suas Competências e Habilidades: Investigação Científica e Processos Criativos.

Investigar e analisar situações problema envolvendo temas e processos de natu- reza histórica, social,
econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, considerando
EMIFCHS01
dados e informações disponíveis em diferentes mídias.

Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica sobre temas e
EMIFCHS04 processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, po- lítica e/ou cultural, em âmbito local, regional,
nacional e/ou global.

Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos para resolver problemas re- ais relacionados a
EMIFCHS05 temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local,
regional, nacional e/ou global.

Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais relacionados a temas e
EMIFCHS06 processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional,
nacional e/ou global.

Os Eixos estruturantes de cada etapa das atividades são indicados pelos seguintes ícones:

Investigação Científica Empreendedorismo

Processos Criativos Mediação e Intervenção Sociocultural


ATIVIDADE 1

INTRODUÇÃO
Semana 1: 2 aulas

Professor, na primeira atividade do Componente 5 Tecnologia, comunicação e cultura sugerimos que, a


partir dos objetos de conhecimento propostos, pondere junto aos estudantes questões relativas à relação
entre ciência e arte, tendo como referência as habilidades do Eixo Investigação Científica.

Para iniciar, propomos um momento de sensibilização sobre o tema a partir da apreciação da música
“Quanta” Gilberto Gil (Disponível em: https://cutt.ly/mTuElPa. Acesso em: 22 out. 2021). A partir da
audição, os estudantes, organizados em grupos, podem responder às seguintes questões: 1) Na música o
termo “quântico” se refere a qual conhecimento? 2) Ao associar “quântico” e “cântico”, quais relações a
música estabelece?

Em seguida, considere com os estudantes em que momentos no nosso cotidiano a arte e a ciência se
aproximam como expressão do conhecimento humano. Recomendamos que os estudantes busquem
elementos do cotidiano e os repertórios acumulados nas aulas de arte e registrem as suas percepções
sobre as relações cotidianas entre arte e ciência. A partir desse registro pode ser composta uma “nuvem de
ideias e palavras” de modo que todos possam observar no conjunto de palavras e ideias as possíveis
integrações entre ciência e arte e o que elas podem significar.

No momento seguinte, propomos a leitura do artigo da “Arte e Ciência: uma reconexão entre as
áreas”, por João Ricardo Aguiar da Silveira. Revista Ciência e Cultura, 2018 (Disponível em:
https://cutt.ly/PTuEvYR. Acesso em: 22 out. 2021). A partir da leitura, os estudantes podem responder às
seguintes questões: 1) Segundo o texto, qual o motivo de instituições de pesquisa e agências de fomento
investir na colaboração entre ciência e arte? 2) Qual o objetivo do STEAM na prática educacional? 3)
Ciência, Arte, Tecnologia e Filosofia representam, segundo o texto, quais aspectos do conhecimento? 4) A
colaboração criativa entre arte e ciência e a interdisciplinaridade desempenham algum papel no seu
projeto de vida?

SAIBA MAIS
O que é Ciência? Vídeo da disciplina de Fundamentos Teóricos, Metodológicos e Prática Escolar
em Ciências I. Disponível em: https://cutt.ly/5TuEEE3. Acesso em: 25 out. 2021.

PÉRES, Daniel Gil; MONTORO, Isabel F.; ALÍS, Antônio C.; PRAIA, João. Para uma imagem não
deformada do trabalho científico. Revista Ciência e Educação, v7, n. 2, p. 125-153,
2001. Disponível em: https://cutt.ly/kTuET1l. Acesso em: 25 out. 2021.

COLI, Jorge. O que é Arte. Coleção Primeiros Passos n. 46. São Paulo: Editora Brasiliense, 1995.

GRANGER, Gilles-Gaston. Por um conhecimento filosófico. Trad. Constança M. Cesar e Lucy M. Cesar. Cam- pinas, SP:
Paripus, 1989.
Nova Escola. Como levar STEAM para a sala de aula, por Débora Garofalo. Disponível em:
https://cutt.ly/BYwlcxD. Acesso em: 01 dez.2021.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 2 e 3: 4 aulas

Professor, na introdução procuramos apresentar como a interdisciplinaridade e a integração de


conhecimentos tem o potencial de gerar respostas criativas e inovadoras em um mundo complexo como o
que vivemos. Contudo, é importante que os estudantes considerem que a interdisciplinaridade só é
possível porque há saberes com práticas e experiências interpretativas e criadoras distintas. Dessa forma,
sugerimos que eles investiguem alguns elementos que podem caracterizar certas especificidades da
Ciência, Arte e Filosofia.

Para apoiar os estudantes nessa investigação e análise sobre a Ciência, Arte e Filosofia como formas de
abordar o mundo, sugerimos que, organizados em grupos, pesquisem e destaquem elementos e práticas
capazes de caracterizar a filosofia, a ciência e a arte. Recomendamos, nesse contexto, a estratégia “sala de
aula invertida”. Para iniciar, indicamos algumas afirmações que des- tacam características dessas formas
conhecimento:

AFIRMAÇÃO 1: “As ciências visam construir modelos abstratos dos fenômenos”. GRANGER, Gilles-
-Gaston. Por um conhecimento filosófico. Trad. Constança M. César e Lucy M. Cesar. Campinas, SP:
Paripus, 1989, p. 13.

AFIRMAÇÃO 2: Então, o que é ciência? (...) é, antes de tudo, uma classificação, um modo de aproximar
fatos que as aparências separavam, embora estivessem ligados por algum parentesco natural e oculto. A
ciência, em outros termos, é um sistema de relações. POINCARÉ, Henri. O valor da ciência. trad.
M.H.F.Martins; revisão técnica Ildeu de C. Moreira. Rio de Janeiro: Contraponto, 1995, p. 167.

AFIRMAÇÃO 3: Escolhemos como exemplo um utensílio habitual: um par de sapatos de camponês.


(...)Escolhemos para isso uma conhecida pintura de Van Gogh, que pintou várias vezes tal utensílio calçado.
Mas o que tanto há para ver aí? (...) Um utensílio desses serve para a vestimenta dos pés.
Correspondentemente à serventia, se para o trabalho no campo ou para a dança, matéria e forma são
diferentes. Tais indicações corretas lançam luz apenas no que já sabemos. O ser-utensílio do utensílio
consiste em sua serventia. (...) A camponesa na lavoura veste os sapatos. Somente aqui eles são o que são.
Eles o são tanto mais autenticamente, quanto menos a camponesa pensa neles no trabalho (...). Pela
pintura de Van Gogh não podemos nem verificar onde ficam os sapatos. Em torno a esse par de sapatos de
camponês não há nada ao qual eles poderiam pertencer, de onde pode- riam provir, apenas um espaço
indeterminado. Nem lhe estão colados torrões de terra da lavoura ou do caminho do campo, o que ao
menos poderia dar sinal de sua utilização. Um par de sapatos de camponês e nada mais. [...] Da escura
abertura do gasto interior do calçado olha-nos fixamente a fadiga do andar do trabalho. Na dura gravidade
do calçado retém-se a tenacidade do lento ca- minhar pelos sulcos que sempre iguais se estendem longe
pelo campo, sobre o qual sopra um vento agreste. No couro fica a umidade e a fartura do solo. Sob as solas
demove-se a solidão do caminho do campo pelo final de tarde. No calçado vibra o quieto chamado da terra,
sua silenciosa oferta do trigo maduro, sua inexplicável recusa na desolação do campo no inverno. Por esse
utensílio passa o calado desassossego pela segurança do pão, a alegria sem palavras por ter mais uma vez
suportado a falta, a vibração pela chegada do nascimento e o tremor ante o retorno da morte (...) Mas
ainda não sabemos nada daquilo pelo que inicialmente procurávamos: o caráter de coisa da coisa. E abso-
lutamente não sabemos aquilo que única e propriamente procuramos: o caráter de obra da obra no sentido
da obra de arte. Ou deveríamos agora de repente, como que de passagem, ter já experimen- tado algo
acerca do ser-obra da obra? O ser-utensílio do utensílio foi encontrado. Mas como? Não por uma descrição
e esclarecimento de algum calçado efetivo presente; não por um relatório sobre o processo de fabricação
de sapatos, tampouco pela observação de uma utilização de calçados su- cedendo aqui e ali, mas sim
apenas porquanto nos trouxemos perante a pintura de Van Gogh. Ela falou. Na proximidade da obra nós
estivemos repentinamente em outro lugar do que aquele em que habitualmente cuidamos de estar. A obra
de arte deu a conhecer o que o calçado na verdade é. Seria a mais grave auto-ilusão se achássemos que
nossa descrição, como um fazer subjetivo, figurou tudo isso assim para então projetá-lo. Se algo aqui é
digno de pergunta é apenas isto de, na proximidade da obra, termos experimentado tão pouco é dito a
experiência de forma tão rude e imediata. Mas, antes de tudo, a obra não serviu, como poderia parecer à
primeira vista, pura e simplesmente para um melhor advento da intuição do que seja um utensílio. Muito
mais, é somente através da obra e somente na obra que o ser-utensílio do utensílio vem expressamente a
aparecer. MOOSBURGER, Laura de Borba. “A origem da obra de arte de Martin Heidegger: Tradução,
Comentário e Notas2. Disponível em: https://cutt.ly/wAItHnh. Acesso em: 09 mar. 2022.
AFIRMAÇÃO 4: A filosofia, neste sentido, torna-se então uma atividade exclusivamente terapêutica, como
ele diz, dirigida ao pensamento, e o seu principal resultado será a cura do dogmatismo que está na origem
das confusões conceituais. Ao apenas dissolver confusões, a terapia filosófica deve permitir, segundo
Wittgenstein, que se mude a maneira de interpretar os nossos conceitos, e se amplie assim a nossa
disposição para pensar outras formas de sentido e, principalmente, para considerar estas outras formas
como sendo legítimas possibilidades de organizar a experiência – ainda que estas novas formas de
organização da experiência nos sejam desconhecidas, ou mesmo consideradas estranhas, sem sentido ou
absurdas. Essa cura do dogmatismo, contudo, isenta-se de oferecer qualquer sugestão sobre as
verdadeiras ou legítimas soluções a serem adotadas. Ou melhor, ela não prescreve, nem sequer sugere,
quais conceitos viriam a solucionar as confusões iniciais que foram dissolvidas. MORENO, Arley Ramos.
Uma concepção de atividade filosófi- ca. Cad. Hist. Fil. Ci. Campinas, Série 3, v. 14, n. 2, p. 275-302, jul.-
dez. 2004. Disponível em: https://cutt.ly/HTuUoV4. Acesso em: 25 out. 2021.

A partir dessas afirmações , sugerimos que os estudantes, por meio de pesquisa, tragam outras fontes e
referências para discussão em sala de aula sobre essas formas de conhecer. Caso eles necessitem de apoio
para obter referências para o desenvolvimento do tema, você poderá apoiá-los nesse sentido. Em geral,
livros didáticos do componente Filosofia trazem considerações e reflexões sobre a ciência, a arte e a
filosofia em linguagem acessível para os estudantes.

2 MOOSBURGER, Laura de Borba. “A origem da obra de arte de Martin Heidegger: Tradução, Comentário e Notas. Disserta- ção
de mestrado. Universidade Federal do Paraná. Curitiba 2007.

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
O Componente Nós, robôs: as relações socioculturais e de trabalho no mundo digital apresenta uma inte- ressante reflexão sobre a
nossa condição na sociedade atual e futura diante da presença dos robôs. Para acompanhar essa reflexão, propõe a análise do contexto
em que o autor Isaac Asimov, escritor e bioquí- mico russo, nacionalizado estadunidense escreve as suas obras de ficção científica. As
obras de ficção científica representam uma perspectiva e expectativas de futuro diante do avanço técnico e científico, assim como
evidenciam as relações entre Ciência e Arte. Diante dessa problemática, indicamos a leitura do seguinte artigo:
Ficção científica e ciência de mãos dadas, por Lucas Miranda e Gabriel Lopes Garcia - Universidade Federal de Juiz de Fora. Ciência Hoje.
Disponível em: https://cutt.ly/NTdlQFX. Acesso em: 29 out. 2021.
Ao final da leitura, os estudantes podem, em duplas, escrever um parágrafo sobre fic- ção científica para ser incluído no artigo Arte e
Ciência: uma reconexão entre as áreas, proposto na introdução dessa atividade.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 4: 2 aulas

A partir do que foi visto e com o objetivo de ampliar os olhares dos estudantes e assim possibilitar que
construam repertórios acerca das formas de abordar a realidade, sugerimos que eles elaborem um mapa
mental trazendo os diferentes objetos e objetivos da Ciência, Arte e Filosofia e como elas podem aparecer
de forma integrada ou interdisciplinar.

AVALIAÇÃO
Professor, nessa atividade foram privilegiadas as estratégias “sala de aula invertida” e a construção de “mapas mentais”. Essas
duas atividades devem exigir por parte dos professores feedback e instrumen- tos que possibilitem aos estudantes autoavaliação
acerca da abordagem dos conteúdos indicados e a apresentação dos resultados. Lembramos que os resultados são
fundamentais para a tomada de decisão sobre o planejamento e replanejamento das aulas. De forma geral, espera-se que os
estudantes demons- trem capacidade de investigar tendo em vista identificar, analisar e comparar diferentes abordagens da realidade
tomando como base a ciência, a arte e a filosofia, reconhecer os produtos dessas diferentes abordagens e o valor da integração das
diferentes áreas do conhecimento.

ATIVIDADE 2

INTRODUÇÃO
Semana 5: 2 aulas

Professor, na segunda atividade sugerimos, a partir dos objetos de conhecimento propostos, questões
relativas às vanguardas tendo como referência as habilidades do Eixo Investigação Científica. Essa
abordagem objetiva contribuir para reflexões sobre como os movimentos artísticos traduziram,
incorporaram processos científicos e desenvolvimento tecnológico nos processos de criação. Para iniciar,
sugerimos a organização da projeção do filme “Balé Mecânico” para apreciação dos estudantes. Disponível
em: https://cutt.ly/VGWdWi9. Acesso em 28 abr. 2022. Antes da projeção, apresente a sinopse e um
roteiro de análise, conforme exemplo:

O filme “Balé mecânico” (título original Ballet Mécanique), curta metragem de 1924, propõe comparar
engrenagens, formas geométricas e gestos humanos, a partir de recortes, repetições e ritmo acelerado.
Esse “Balé”, conforme o próprio título do filme, faz referência a dança entre objetos e humanos
robotizados. Essa obra agrega elementos da estética cubista e dadaísta. Direção de Du- dley Murphy e
Fernand Léger, com duração de 19 minutos.

Em seguida, considere realizar com os estudantes algumas questões problematizadoras: 1) Você


gostou do filme? Explique a sua posição; 2) No balé mecânico, entre formas geométricas, piscar de olhos,
sorriso, balanço, o que mais chamou a sua atenção? Explique; 3) Quais estratégias são utilizadas para dar
movimento às formas? 4) A cena do sorriso e do balanço, recorrente no filme, traz um movimento repetido
mecanicamente. Qual seria, na sua opinião, a intencionalidade des- sas cenas? 5) As formas geométricas, os
recortes, a repetição podem ser observados em produções audiovisuais atuais. Indique um videoclipe que você
considera que explora elementos e/ou estra- tégias semelhantes à utilizada no Balé Mecânico.
Professor, espera-se que os estudantes, ao responder as questões do roteiro, consigam explicar as
motivações de gostar ou não do filme, assim como os elementos que chamaram a sua atenção. Deseja-se,
ainda, que eles reconheçam estratégias como o recorte, a sobreposição e a repetição as formas
geométricas presentes no filme; identifiquem, no movimento repetitivo em figuras hu- manas (sorriso e
cena do balanço), estratégias para equiparar os gestos humanos com a repetição mecânica e, por fim, que
consigam identificar elementos do filme Balé Mecânico em produções como o vídeoclipe, citando pelo
menos um exemplo.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 6 e 7: 4 aulas

Professor, em seguida, você pode retomar com os estudantes algumas questões sobre as vanguardas
artísticas e o gênero Manifesto. Converse sobre as vanguardas, identificando o que eles sabem sobre o
tema. Lembre que eles devem ter trabalhado as vanguardas artísticas na formação geral básica na área de
Linguagens. A partir desse movimento de retomada, recomen- damos que aprofundem a pesquisa para a
produção de um texto crítico. Para esse movimento de revisitar as vanguardas artísticas, propomos a
metodologia “instrução por pares”, que será realizada em dois momentos. No primeiro momento, eles , por
meio de vídeo, poderão refletir sobre o Cubismo. Em um segundo momento sugerimos algumas questões
sobre o vídeo e, no terceiro momento, a leitura de dois fragmentos de texto, levando os estudantes a
pensar sobre o contexto social e os processos de representação do Cubismo. Por fim, a partir das reflexões
realizadas nesses três momentos , os estudantes poderão redigir um comentário reflexivo sobre o
contexto histórico e social do Cubismo.

1º MOMENTO:
O vídeo “As rimas plásticas do cubismo” Fundação Padre Anchieta. Disponível em
https://cutt.ly/sTuIXiF. Acesso em: 27 out. 2021. Nesse vídeo, Felipe Chaimovich, Jorge Schwartz,
Eugenio Carmona, e Cauê Alves, abordam o Cubismo, como movimento artísti- co fez história nas
artes visuais. Nesse contexto, destacam-se os principais representantes, os motivos e técnicas que
foram desenvolvidas até os anos 40 do século XX, além de indicar como os elementos do cubismo
podem ser considerados no concretismo brasileiro.

2º MOMENTO:
O cubismo, segundo o vídeo, a partir de uma nova teoria sobre a luz, do movimento, dada pela Ciência
física, também exigirá outros modos de conceber o espaço e as novas geometrias. Reflita sobre as
possibilidades nas relações entre a compreensão do mundo por meio da ciência e as percepções e fazeres
artísticos.

No vídeo, a guitarra aparece como um dos temas prediletos dos pintores cubistas espanhóis. Esse
instrumento aparece, às vezes como elemento central, outras vezes, apenas insinuado ou recortado ou,
ainda, tem seus elementos permutados entre outros elementos presentes na obra. A partir dessa
constatação, o que podemos pensar sobre a constante presença desse instrumento?
3º MOMENTO:
Fragmento 1: O que significaram o Impressionismo e o Cubismo? Desaparece a representação como
imagem que está no lugar de alguma coisa. Morre a representação tal como tinha sido elaborada pelo
Renascimento, a representação de uma natureza-morta que está no lugar de um arranjo de objetos,
porque, no fundo, o objeto real é o próprio quadro. De um lado, assistimos assim ao Impressionismo
destruindo o objeto representado, e de outro, ao Cubismo provocando a sua “potencialização” [sua
visibilidade máxima é apenas sugerida]; ambos terminam por destruí-lo enquanto objeto igual a si
mesmo. Objeto que vai poder se dar como objeto e apresentar-se na sua desigual- dade, objeto que,
para parecer rosto, precisa ser ao mesmo tempo perfil e frente. GIANNOTTI, J.A. “A nova teoria da
representação”. In: Arte e Filosofia. Rio de Janeiro: Funarte, 1983.

Fragmento 2: Einstein formulou a Teoria da Relatividade Especial em 1905 e Picasso produziu Les
Demoiselles D’Avignon em 1907. Ambos os trabalhos tratavam do mesmo problema: a natureza do
espaço e tempo e, particularmente, a natureza da simultaneidade. Isto seria obra do acaso?
Pesquisando sobre o assunto descobri que não; ambos respondiam à avant garde, as ondas intelectuais
que inundavam a Europa. O principal interesse da avant garde era a natureza do espaço e do tempo, era
o questionamento das maneiras intuitivas clássicas de se entender isso. Esse ques- tionamento foi se
difundindo por diversas áreas como arquitetura, arte, música e, é claro, física. Picasso e Einstein
estavam respondendo, cada um à sua maneira, a esse movimento. (Einstein e Picasso: mera
coincidência? Entrevista com Arthur I. Miller. História, Ciência e Saúde. Mangui- nhos, RJ.Outubro
2006. Disponível em: https://cutt.ly/KTuOScF. Acesso em: 29 out. 2021).

DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
O Componente “Nós, robos”: as relações socioculturais e de trabalho no mundo digital traz uma orientação para
a leitura do filósofo alemão Walter Benjamin, que descreve um quadro do artista, também alemão, Paul Klee.
Tendo como referência essa atividade proposta, considere questionar os estudantes sobre as possíveis influências
artísticas do pintor e como elas aparecem na obra “Angelus Novus”.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 8: 2 aulas

Para sistematizar essa atividade, propomos aos estudantes, organizados em roda de conversa, que
socializem o conteúdo dos comentários de caráter reflexivo. Espera-se que eles tragam indicações das
referências propostas, demonstrando interesse pela ampliação do próprio repertório. A socialização dos
comentários têm o objetivo de promover a troca de impressões sobre o estudo realizado. Para a
realização da roda de conversa, recomendamos a eleição de um mediador para estabelecer uma ordem
de apresentação e os tempos de fala e redator para registrar as questões e os pontos de debate.
AVALIAÇÃO
Professor, a Roda de Conversa é uma metodologia que permite aos estudantes desenvolver a autonomia e o senso de
coletividade, pois além de dar a sua opinião também pode ouvir a dos demais colegas. Trata-se de um espaço de interação e
diálogo no contexto da sala de aula. Dessa forma, a roda de conversa exige disciplina de todos no sentido de se evitar conversas
paralelas e outras distrações, tendo em vista que a aprendizagem nesse contexto exige atenção ao que o outro está falando. A
determinação de um moderador é fundamental para que se estabeleça e se respeite o tempo de fala de cada um. Outro per-
sonagem fundamental é o redator para registrar os consensos e as questões que podem ficar em aberto. Os estudantes podem se
organizar e eleger um redator e moderador, entre eles. Essa função pode ser dividida entre mais de um estudante ao longo do
processo ou pode ser acumulada pelo docente.

Para avaliar a roda de conversa, sugerimos observar se os estudantes mantiveram o foco ao que foi pro- posto, se
expressaram as suas considerações de forma respeitosa, se respeitaram a fala do outro, se no tempo de fala expressaram
seus conhecimentos de forma clara e coerente.
ATIVIDADE 3

INTRODUÇÃO
Semana 9: 2 aulas

Professor, na atividade 3 sugerimos a leitura do Manifesto Realista de 1920. Disponível em:


https://cutt.ly/oTuDnha. Acesso em: 02 nov. 2021.

Nesse manifesto, os autores, construtivistas russos Naum Gabo e Antoine Pevsner, propõem uma nova arte
capaz de renunciar o caráter estático para promover a sensação de movimento tanto na escultura como
na pintura, em consonância com o que acontecia nas ciências e com o ritmo impresso na sociedade pelo
desenvolvimento tecnológico.

A leitura poderá ser realizada pelos estudantes a partir de busca na internet ou por meio da projeção do
texto, caso a escola tenha disponível esse recurso ou, ainda, você pode realizar a leitura. A partir desse
primeiro momento, os estudantes podem responder às seguintes questões:
1) No contexto da Ciência Física, qual é o objeto de estudo da cinética? 2) No Manifesto realista o
termo cinético está relacionado a defesa de uma nova proposta de arte. Qual é a proposta
defendida? 3) No quarto parágrafo do Manifesto Realista, os termos “fio de prumo”, “régua” e
“bússola” são utilizados como referências para a arte. Qual seria, na sua opinião, a inspiração
dessa proposta de arte?

Professor, espera-se que os estudantes nas respostas identifiquem a cinética, no campo da Física3
, que a proposta de arte, defendida no manifesto, deveria agregar o ritmo cinético, ou seja movimento.
Deseja-se, ainda, que ao expressar as suas opiniões, os estudantes considerem os termos “fio de prumo”,
“régua” e “bússola”, buscando correspondências que possam ser consideradas como fonte de inspiração,
como por exemplo: formas geométricas, utilização de princípios da física e da matemática, simplicidade,
precisão e movimento, entre outros.

Em seguida, solicitamos que os estudantes assistam ao vídeo Pioneiro da arte cinética, Abraham Palatnik,
morre aos 92 anos. Metropolis. TV Cultura. Disponível em: https://cutt.ly/pTuDUzA. Acesso em: 02 nov.
2021. A partir do vídeo, converse com os estudantes sobre os elementos tradicionais da pintura e da
escultura e o que eles pensam da inclusão de fios, motor, lâmpadas e eletricidade na composição de uma
obra de arte? Nessa conversa, questione-os sobre a dificul- dade em categorizar a obra de Abraham
Palatnik na primeira Bienal de São Paulo, sobre como habilidades relacionadas a outras atividades como o
conhecimento de mecânica pode interferir na criação dos artistas, por exemplo. Essas e outras questões
têm como objetivo promover uma reflexão sobre como a produção artística no contexto do mundo
contemporâneo. Por fim, convi- de os estudantes a buscar em livros ou na internet uma pintura, escultura
ou instalação, indican- do quais elementos e/ou práticas de atividades consideradas “não artísticas”
poderiam intervir na obra e as possíveis consequências.

SAIBA MAIS
Repositório USP. Marcel Duchamp. Disponível em: https://cutt.ly/hTuJt3e. Acesso em: 02
nov. 2021.

Enciclopédia Itaú Cultural: Texto (definição) - Intervenção. Disponível em:


https://cutt.ly/OTuHZVn. Acesso em: 09 nov. 2021.
E-Disciplinas USP. A Dinâmica do World Café. Disponível em: https://cutt.ly/mTpnRmw.
Acesso em: 10 nov. 2021.

3 Professor, caso os estudantes apresentem dúvidas sobre o termo cinético, sugerimos que retome o conceito fazendo uma breve
explanação ou considere junto aos estudantes uma pesquisa ao dicionário.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 10 e 11: 4 aulas

Professor, para complementar o estudo sobre as vanguardas artísticas do século XX, recomendamos que os
estudantes considerem a Escola Bauhaus como exemplo do compromisso da produ- ção artística com a vida
moderna. Nesse contexto, sugerimos o vídeo: O que a Bauhaus? Revista Bravo. Disponível em:
https://cutt.ly/6DS9LdJ. Acesso em: 03 nov. 2021) e a audição do podcast Colunista festeja cem anos da
Bauhaus. Espaço em Obra com Guilherme Wisnik. Jornal da USP. Disponível em: https://cutt.ly/pTuK6Wv.
Acesso em: 03 nov. 2021.

Em seguida, propomos que, organizados em grupos, os estudantes realizem a leitura compartilhada do


texto: Bauhaus: a união de arte e produção industrial, UFJF Notícias. Disponível em:
https://cutt.ly/UTuLymE. Acesso em: 03 nov. 2021. Professor, considere junto aos estudantes alguns
pontos como: as principais referências do movimento como o cubismo, a orientação de associar a arte com
a indústria trazendo como valor do produto não apenas o uso, mas também o seu caráter estético e a
consideração de que a arte como prática tem fins sociais. Solicitamos que, a partir dessa conversa inicial e
da realização da leitura, os estudantes conversem e sociali- zem as suas impressões por meio da
metodologia World Café. Nesse contexto, as mesas podem ser organizadas e identificadas a partir de
questões, como : Mesa 1: Posso reconhecer em certos produtos industriais a relação entre arte e
funcionalidade?; Mesa 2: Posso identificar algumas contradições entre a proposta da Escola Bauhaus e o
acesso às suas obras?; Mesa 3: A partir da proposta da Escola Bauhaus, arte tem potencial de beneficiar
o desenvolvimento urbano e rela- ções mais igualitárias?; Mesa 4: Quais foram as principais referências
do movimento Bauhaus?; Mesa 5: A partir da proposta de trabalho na Escola Bauhaus, qual a
importância do trabalho colaborativo para o desenvolvimento da arte e tecnologia?

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 12: 2 aulas

A partir das reflexões empreendidas, sugerimos que os estudantes criem um convite para uma exposição
fictícia de arte contemporânea. O convite poderá ser criado utilizando papel, vídeo ou outro meio, a partir
da criatividade do estudante. No convite deve constar o nome da exposição, as obras, o que as obras
retratam e os objetivos da mostra.

Espera-se que os estudantes no convite apresentem aprendizagens relacionadas ao rompimento da arte


contemporânea de vanguarda com a arte clássica, a utilização de referências como a geometria, o
desenvolvimento científico e tecnológico, entre outras, assim como a utilização de diferentes suportes.
AVALIAÇÃO
Professor, nessa atividade os estudantes foram convidados para responder questões, realizar análises, participar de world
café e produzir convites para uma exposição fictícia. A avaliação e recuperação da aprendizagem, a partir dessa série de atividades
distintas, apresentam desafios e para superá-los é impor- tante refletir sobre como apreciar os progressos e o que ainda precisa ser
desenvolvido. A complexidade das habilidades indicadas, assim como as atividades indicadas para o seu desenvolvimento
exigirá consi- deração do produto e do processo. Para refletir sobre essa condição, indicamos o texto a seguir:

Nova Escola Gestão. Avaliação processual. Por que ir além das provas? por Camila Cecí- lio, Naiara
Albuquerque. Disponível em: https://cutt.ly/f TpEdRI. Acesso em: 10 nov. 2021.
ATIVIDADE 4

INTRODUÇÃO
Semana 13: 2 aulas

Professor, no contexto da atividade 4 propomos explorar as linguagens fotográficas e cinematográficas


como elementos de expressão da cultura. Para iniciar essa atividade, recomendamos que os estudantes
leiam os seguintes textos:

TEXTO 1: Os gregos foram obrigados, pelo estágio de sua técnica e o seu lugar privilegiado na história da
arte e sua capacidade de marcar, com seu próprio ponto de vista, toda a evolução ar- tística posterior. Não
há dúvida de que esse ponto de vista se encontra no polo oposto do nosso. Nunca as obras de arte foram
reprodutíveis tecnicamente, em tal escala e amplitude, como em nossos dias. BENJAMIN, W. A obra de arte
na era de sua reprodutibilidade técnica. In: Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e
história da cultura, 1994, p. 1754.

TEXTO 2: O Grito, obra de Edvard Munch, foi pintada pela primeira vez em 1893 e ganhou outras
versões, feitas pelo próprio pintor. A obra O Grito pode ser vista na Galeria Nacional de Oslo, em livros,
estampada em camisetas, canecas e até compondo memes. (Escrito especial- mente para esse material).

Professor, sugerimos que você projete a obra ou indique junto aos estudantes o link de acesso da obra O
Grito. Disponível em: https://cutt.ly/f TpEGGK. Acesso em: 08 nov. 2021. Em seguida, eles podem
responder a algumas questões sobre os textos: 1) Na sua opinião qual é a função do texto 2 em
relação ao texto 1? Explique. 2) Por que, segundo Benjamin, o ponto de vista dos gregos, no contexto da
produção artística, se encontra no polo oposto ao nosso? 3) O fato dessa obra ser amplamente
reproduzida, diminui o seu valor cultural? 4) A partir da sua experiência cotidiana, em que contexto você
reproduziria O Grito? Justifique a sua resposta.

Espera-se, no contexto das respostas às questões propostas, que os estudantes reconheçam que o texto
dois traz informações complementares ao que é afirmado no texto 1 sobre o rompimento entre o estatuto
da obra de arte entre os antigos (gregos) e a arte contemporânea, que do ponto de vista dos gregos, a arte
tem um caráter único enquanto no contexto contemporâneo, a obra de arte pode ser reproduzida e
reinterpretada no contexto cultural. Deseja-se, ainda, que eles demonstrem compreensão de que o valor
da obra, no contexto contemporâneo, não depende do quanto ela pode ser reproduzida e, por fim, que
reconheçam as possibilidades de fruição da obra e como as nossas experiências podem promover novas
proposições para a obra de arte e, ao mesmo tempo, justificar a sua proposta.

A partir dessa proposta de sensibilização, os estudantes podem ser orientados para refletir sobre a
presença da obra de arte e suas possibilidades de reprodução. A partir dessa reflexão inicial, eles podem
ser orientados para, em grupos, registrar as suas reflexões sobre a condição da obra de arte entre os
antigos e a condição da obra de arte no mundo contemporâneo em infográficos.

4 BENJAMIN, W. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: Magia e técnica, arte e política: ensaios so- bre
literatura e história da cultura. Trad. Sérgio Paulo Rouanet; Prefácio Jeanne Marie Gagnebin. - 7ª edição. São Paulo: Brasiliense, 1994.
DESENVOLVIMENTO
Semanas 14 e 15: 4 aulas

Professor, para o desenvolvimento dessa atividade propomos, em um primeiro momento, que os


estudantes trabalhem com duas fotos (Torre Eiffel e O beijo do pós-guerra):

• FOTO 1: https://cutt.ly/pTs9ARv. Acesso em 08 de nov. 2021. 1) O que você pode afirmar sobre essa
Torre? 2) Você já viu essa torre pessoalmente? 3) Você já viu essa imagem em outro lugar, sob outra
perspectiva? 4) Na sua opinião, o que o fotógrafo priorizou ao tirar essa foto- grafia? 5) Você acredita que
essa foto precisa de legenda para ser compreendida? Justifique a sua resposta. 6) Na sua opinião, a fotografia
tem o potencial de tornar próximo o que está dis- tante? 7) Reveja as últimas fotos que você tirou, elas têm o
potencial de produzir uma memória de um lugar, ainda que o lugar não esteja em primeiro plano?

FOTO 2: Disponível em: https://cutt.ly/eTs9Fz5. Acesso em 08 de nov. 2021. 8) O que mais chama a
sua atenção no gesto? 9) O que essa imagem pode nos dizer daquele momento? 10) Quais profissões
estão em destaque nessa foto e qual a importância dessas profissões no con- texto da Guerra? 11) Na
sua opinião, um marinheiro beijando uma enfermeira para comemo- rar o final da guerra pode ter
algum simbolismo para quem tirou a foto? 12) Uma pessoa que desconhecesse o contexto da foto,
precisaria de uma legenda para entendê-la? Escreva uma legenda para essa foto.

Em seguida, os estudantes poderão, organizados em grupos realizar a seguinte leitura:

TEXTO 1: Segundo Benjamin5, o tema principal das primeiras fotografias era o retrato. Com o retrato era
possível rememorar um amor ausente, um falecido. Nesse contexto, o retrato assume o valor de culto.
Entretanto, não tardou e esse valor de culto ficou em segundo plano em relação ao valor de exposição. Os
rostos cedem lugar para as ruas, fachadas e assim, as fotografias passam a ter um sentido predeterminado
e a contemplação passa a requerer uma orientação, uma explica- ção e as legendas passam a ser
obrigatórias para se ter um entendimento comum das fotografias expostas nas revistas e nos jornais.

TEXTO 2: A tendência a reprodutibilidade técnica em certas manifestações artísticas atende à demanda da


sociedade contemporânea de velocidade, dinamismo e difusão em massa. Para Ben- jamin, essa condição
pode ser observada se compararmos um ator de teatro e um ator de cinema: o ator no teatro incorpora o
papel e o desempenha no espaço delimitado do palco. Já o ator, no cinema, pode iniciar uma cena no
estúdio e semanas depois finalizá-la em outro local. Os cortes, as colagens, as montagens retiram do ator o
domínio de sua atuação no contexto da história que será projetada, mas, ainda assim, o cinema absorve
mais atores que o teatro, segundo Benjamim, pois “a ideia de uma difusão em massa da própria figura, de
sua própria voz, faz empalidecer a glória do grande artista teatral 6”.

TEXTO 3: A cultura virtual é identificada como efêmera e multifacetada. A velocidade, o dina- mismo e a
difusão em massa de imagens, sons e cenários revelaram condições inéditas para a produção artística, a
partir da internet. A virtualização e a navegação por acervos espalhados pelo mundo, assim como as novas
perspectivas de interação têm gerado novas expectativas sobre a apreciação da obra, inclusive, sobre se a
fruição virtual altera a presencial. (Escrito especialmente para esse material)

A partir desses três textos, propomos aos estudantes que construam um mapa mental sobre a fotografia e
o cinema e cultura virtual, seus produtos e processos criativos e como eles atendem às demandas da
sociedade contemporânea. Nesse mapa, eles podem trazer imagens e indicação de cenas e possibilidades
de interação capazes de enriquecer o mapa.

5 BENJAMIN, W. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre
literatura e história da cultura. Trad. Sérgio Paulo Rouanet; Prefácio J. M. Gagnebin. 7a edição. São Paulo: Bra- siliense, 1994, p. 174.
6 Idem, p. 181-183.
DE OLHO NA INTEGRAÇÃO
Professor, o Componente 4, Relações sociais e tecnológicas: a literatura em evolução, orienta para o apro-
veitamento dos estudos feitos na oficina de roteirização e propõe a gravação de podcast ou vídeo abor- dando uma
das obras literárias de ficção científica/distopia. Na realização dessa atividade, sugerimos que os estudantes
registrem as técnicas utilizadas para o resultado final. Nesse registro, eles podem indicar o que sentiram e o que
perceberam sobre as demandas estéticas que foram necessárias para a realização do trabalho e o quanto elas
dialogam com os valores sociais e estéticos da sociedade contemporânea.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 16: 2 aulas

Para sistematizar as aprendizagens, recomendamos que os estudantes apresentem os mapas mentais


construídos, assim como as intencionalidades e estratégias utilizadas. Em um segundo momento nesse
processo, propomos uma autoavaliação das aprendizagens realizadas.

AVALIAÇÃO
Professor, enfatizamos que a avaliação e recuperação da aprendizagem deverão considerar todas as atividades
propostas, pois todas apresentam desafios para os estudantes. Dessa forma, o processo ava- liativo exigirá consideração do produto e
do processo. Destacamos nessa última atividade a orientação para confecção e apresentação do mapa mental.
Para avaliar a apresentação do mapa mental, você poderá considerar os seguintes pontos: 1) se, ao apresentar
os mapas, os estudantes demonstraram conhecimento e coerência em suas escolhas; 2) se a apresentação foi
clara e organizada; 3) se a apre- sentação despertou interesse e questões; 4) se, em caso de perguntas, os
apresentadores responderam de forma clara e coerente.
ATIVIDADE 5

INTRODUÇÃO
Semana 17: 2 aulas

Professor, nesse momento, sugerimos que os estudantes se organizem para a organização do festival de
audiovisual organizado pelo Componente 1 - Cinema (transforma)ação.

Para apoiar o festival propomos que os estudantes, em grupos, reflitam sobre o objetivo do festival e como
os percursos dos diferentes componentes desto semestre contribuíram simul- taneamente para o festival e
como eles devem contribuir para a sua realização.
Em seguida, solicite aos estudantes que retomem as reflexões efetivadas nesse componente e descrevam
como as reflexões efetivadas contribuíram para refletir criticamente a produção au- diovisual. Algumas
questões podem contribuir para essa reflexão: 1) Como estamos planejando e construindo as nossas obras
nesse momento? 2) Estamos conseguindo transmitir as nossas im- pressões e ideias? Quais são as
tecnologias que dispomos? O que aprendemos? O que adaptamos? O que criamos? As nossas produções
foram feitas para permanecer por quanto tempo na nossa vida? Essas e outras questões poderão ser
respondidas ao longo do processo e servirão para com- por um manifesto a ser apresentado no final do
festival.

DESENVOLVIMENTO
Semanas 18 e 19: 4 aulas

Professor, no contexto do festival, procure orientar os estudantes para participar das mesas, inclu- sive, para
a realização de análise crítica dos conteúdos e dos processos. Para apoiar a organização, oriente-os sobre a
programação e a divisão de tarefas além da necessária proatividade no apoio, mediante dificuldades que
possam vir a ocorrer. No decorrer da organização, é fundamental que os estudantes façam registros sobre o
que foi observado em termos da utilização dos recursos tecnológicos, para atender questões práticas e
estéticas, a abordagens das obras literárias, entre outros pontos, além de procurar responder às questões
propostas na introdução dessa atividade.

SISTEMATIZAÇÃO
Semana 20: 2 aulas

Ao final do festival, sugerimos a produção de um novo “Manifesto Realista” tendo como refe- rência o
festival de audiovisual. Os estudantes podem considerar nesse manifesto se os processos e produtos do
festival apresentam elementos multifacetados e efêmeros da cultura virtual, assim como se as aprendizagens
podem compor, ainda que de forma indireta, os projetos de vida de uma geração em um mundo em
constante mudança.

AVALIAÇÃO
Professor, para a avaliação dos estudantes no festival enfatizamos a necessidade de considerar o pro- duto e o
processo. É importante verificar o quanto as reflexões promovidas neste componente apoiaram os estudantes nas atividades
realizadas, assim como nas análises críticas. Outro ponto fundamental é a produção do relatório.
TERCEIRA SÉRIE
SUGESTÕES DE PRÁTICAS
O presente documento traz um conjunto de sugestões de práticas pedagógicas para itinerários formativos,
especificamente aprofundamentos de Ciências Humanas e Linguagens. Ele faz parte do percurso de produção
dos Materiais de Apoio ao Planejamento e Práticas dos Aprofundamentos (MAPPAs), originalmente
produzidos em parceria com a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo com adaptação do Núcleo
Gestor de Educação em Tempo Integral do Estado de Sergipe.

As sugestões de prática foram estruturadas para apoiar o processo de escrita dos MAPPAs pelos redatores da
Secretaria e foram concebidas, em regime de colaboração, com base em discussões com diferentes
especialistas das áreas do conhecimento. Em seguida, foram levantadas ideias e estabelecidos acordos, para
dar continuidade à etapa de pesquisa para levantamento de referências, de materiais de suporte e possíveis
pontos de atenção e, finalmente, a escrita detalhada do MAPPA.

De natureza interdisciplinar e com organização temática pautada por questões relacionadas a temas
contemporâneos transversais, entendemos que estes documentos podem auxiliar na elaboração de
atividades para itinerários, que sejam pertinentes à realidade das muitas juventudes espalhadas pelo Brasil.
Além disso, a elaboração desses materiais seguiu orientações que consideram o protagonismo juvenil e
promovem metodologias ativas inovadoras, condizentes com uma educação integral. Dessa forma, tanto os
MAPPAs como as sugestões de prática têm como objetivo apresentar para técnicos das secretarias estaduais,
profissionais da educação e produtores de materiais docentes sugestões de percursos formativos estruturados
em atividades coerentes e alinhadas às habilidades de áreas de conhecimento e dos eixos estruturantes.
ATIVIDADE INTEGRADORA 8 OU 12

Nome Cartografia social e afetiva


Duração 60 horas

Aulas semanais 3

Quais professores podem ministrar o Geografia ou História


Componente

Objetos de conhecimento Pesquisa sobre as técnicas utilizadas pela


cartografia para mapear fenômenos ocorridos no
espaço geográfico; elaboração de mapas por
meio da cartografia social e afetiva, impactos
socioambientais relacionados à utilização dos
recursos naturais; promoção de políticas
ambientais de proteção, restauração e
conservação.

Informações gerais
O Componente contribui com o semestre ao possibilitar aos estudantes, por meio da cartografia afetiva
e social, mobilizar recursos individuais e coletivos para desenvolver habilidades dos eixos estruturantes
Processos Criativos e Mediação e Intervenção Sociocultural mediante atividades como: a criação de
mapas (da escola, do entorno ou do bairro) e o planejamento de uma proposta de intervenção direta
para restaurar/recuperar o patrimônio que, segundo avaliação, precise dessa ação.

Sugestões de habilidades
• EM13CHS205: Analisar a produção de diferentes territorialidades em suas dimensões culturais,
econômicas, ambientais, políticas e sociais, no Brasil e no mundo contemporâneo, com destaque para
as culturas juvenis.

• EM13CHS606: Analisar as características socioeconômicas da sociedade brasileira – com base na


análise de documentos (dados, tabelas, mapas etc.) de diferentes fontes – e propor medidas para
enfrentar os problemas identificados e construir uma sociedade mais próspera, justa e inclusiva, que
valorize o protagonismo de seus cidadãos e promova o autoconhecimento, a autoestima, a
autoconfiança e a empatia.

• EM13CHS106: Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica, diferentes gêneros textuais e


tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas
diversas práticas sociais, incluindo as escolares, para se comunicar, acessar e difundir informações,
produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e
coletiva.

• EMIFCHS05: Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos para resolver problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou
cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

• EMIFCHS08: Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências Humanas e


Sociais Aplicadas para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre
problemas de natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou
global, baseadas no respeito às diferenças, na escuta, na empatia e na responsabilidade socioambiental.

Sugestões de práticas
• O que é cartografia social? Desenho dos limites da cidade, bairro, município no chão ou em folhas de
papel. Estudantes desenham, escrevem ou narram sentimentos, vivências e histórias. Objetivo: situar
seu próprio território afetivo e social para validar e comparar suas percepções individuais no espaço
coletivo.

• Estudantes escolhem as experiências mais significativas que estão no desenho para o grupo da sala.
Objetivo: aprofundar o papel das culturas juvenis e ressignificar suas experiências particulares no
contexto coletivo.

• Assistem fragmentos do documentário “Povos, territórios, identidade e tradição” sobre o papel dos
jovens das comunidades tradicionais e sua relação com o território. Objetivo: introduzir o conceito de
cartografia social e apropriação de territórios em relação com as culturas juvenis.

• “As Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (2006, p. 50) atentam também para a
relevância da linguagem cartográfica na sala de aula, uma vez que os conceitos cartográficos (escala,
legenda, alfabeto cartográfico) e os geográficos (localização, natureza, sociedade, paisagem, região,
território e lugar) podem ser perfeitamente construídos a partir das práticas cotidianas. Na realidade,
trata-se de realizar a leitura da vivência do lugar em relação com um conjunto de conceitos que
estruturam o conhecimento geográfico, incluindo as categorias espaço e tempo (BRASIL, 2006, p. 50)”.
(Costa e Fernandes Lima. Ver referência completa nas sugestões de materiais).

• O fragmento anterior foi sugerido para sustentar a possibilidade de trabalhar em sala de aula com
conceitos que partem da realidade dos estudantes e não obrigatoriamente fazer o caminho
contrário (partir da conceituação abstrata e “ilustrar” com situações reais). A reflexão teórica que surge
da observação da realidade contribui para o desenvolvimento da habilidade proposta para esta
atividade.

• Fazer um brainstorming sobre conhecimento prévio de conceitos, tais como: localização, paisagem,
região, território e lugar.

• Os estudantes relacionam os conceitos e o mapa desenhado no início das sugestões; a


sistematização/descrição do percurso poderá potencializar o processo.

• Promover a problematização dos conceitos por meio da leitura de textos de Milton Santos (estudantes
leem em pequenos grupos, fazem resumo, destacam ideias principais, confrontam/comparam com os
conceitos e as ideias prévias).
Depois, produzem textos argumentativos que relacionem conceitos e mapas. (Usar nesta atividade os
primeiros dez minutos do documentário indicado nas sugestões de materiais sobre Milton Santos).

• O que é patrimônio escolar e patrimônio público? Os estudantes problematizam o que eles


compreendem por esses conceitos depois de assistir ao vídeo sugerido nos materiais. Refletem, anotam
e conversam sobre a própria escola, seu entorno, as calçadas, a rua, o bairro (dependerá da escolha
que o professor fizer para a abordagem). Se for dentro da escola, organizam-se para fazer entrevistas
e/ou fazem listas sobre os elementos do patrimônio escolar, material e imaterial. Se for fora da escola,
precisarão também discutir espaços, fazer entrevistas em casa, com conhecidos, familiares, levantar
mais informações para nutrir o mapa de informações. Sugere-se que este processo seja planejado por
etapas.

• Dependendo das escolhas, estudantes produzem mapas do patrimônio material e imaterial do bairro, da
escola e do município. Recuperam conceitos estudados nas atividades anteriores e os acrescentam
nesta atividade. Iniciam o processo de idealização de uma intervenção direta. O mapa orientará as
próximas atividades.

• Levantar possibilidades de uma intervenção, definindo o espaço: na escola, no entorno da escola, na


rua, na calçada ou no bairro. Momento mão na massa para os conceitos de cartografia social, cartografia
afetiva, patrimônio material e imaterial.

• Assistir ao material de Cartograffiti como inspiração/debate para idealização da intervenção de


preservação do patrimônio. Podem assistir também a outro vídeo que traz ideias sobre patrimônio
escolar, disponível também nas sugestões de materiais.

• Uma vez predefinida a proposta, os estudantes planejam o passo a passo da intervenção na realidade
escolhida: autorizações, locais, prazos, materiais, recursos, datas. Validam a proposta com todas as
autoridades pertinentes.
SUGESTÕES DE MATERIAIS

As referências de sites, artigos, vídeos e demais textos seguem a sequência da proposta de


atividades. Cada um dos materiais é significativo para ser aproveitado no desenvolvimento das
atividades que pretenda executar (sempre em prol do desenvolvimento das habilidades sugeridas
dos eixos estruturantes).
• Entrevista “Cartografias afetivas: mapas em movimento”, com Ana Paula do Val. Disponível em:
https://programaitausocialunicef.cenpec.org.br/noticia/ cartografias-afetivas-mapas-em-
movimento/ .1
• Artigo “Observatório de territórios sustentáveis e saudáveis da Bocaina”, de
. Disponível em: https://www.otss.org.br/cartografia-social.
• Documentário “Povos, territórios, identidade e tradição”. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=wp4rMHJzlqc.
• Artigo: “Cartografia social. Por quê? Para quem?”, de Juliana Carla Muterlle. Disponível em:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/
pdebusca/producoes_pde/2013/2013_ufpr_geo_artigo_juliana_carla_ muterlle.pdf.
• Artigo “A linguagem cartográfica e o ensino-aprendizagem da Geografia: algumas reflexões”, de
Francisco de Assis Fernandes Lima e Franklin Roberto da Costa. Disponível em:
https://periodicos.ufsm.br/geografia/article/ view/7338.
• Documentário “Globalização Milton Santos - O mundo global visto do lado de cá”, de Silvio Tendler.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=- UUB5DW_mnM.
• Artigo “Políticas Culturais e Território na América Latina: Diálogos conceituais entre Néstor García
Canclini, Rodolfo Kusch e Milton Santos”, de Juan Ignacio Brizuela e José Márcio Barros. Disponível
em: https://periodicos.uff. br/pragmatizes/article/view/10399/723.
• Perfil do Instagram de Cartografia negra. Pesquisadores pretxs em busca da memória negra
apagada do centro de São Paulo. Disponível em: https:// www.instagram.com/cartografianegra/?
hl=pt-br.
• Vídeo “Em São Paulo história dos negros é apagada pelos brancos”. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Ufg8Vqft6-E.
• Vídeo-aula desenhada “Patrimônio escolar”. Disponível em: https://www. youtube.com/watch?
v=OzsfOLBmbkU.
• O Que é Patrimônio Material e Patrimônio Imaterial? https://www.youtube. com/watch?v=-
Uz61DKiMAk.
• Artigo do Inbec “O que é patrimônio material e imaterial?” Disponível em:
https://inbec.com.br/blog/o-que-patrimonio-material-imaterial.
• Portal IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Disponível em:
http://portal.iphan.gov.br/.
• Projeto Cartograffiti no Cine da Quebrada, no Espaço Comunidade. Disponível em:
http://projetocartograffiti.blogspot.com/. “Cartograffiti é um projeto coordenado pelo Agente
Marginal Mauro Sergio Neri da Silva. E tem o copatrocínio da Secretaria Municipal de Cultura, por
meio do edital Arte na Cidade, consiste em uma série de intervenções em 21 locais estratégicos em
um recorte específico no mapa da cidade de São Paulo. A proposta uniu outros renomados artistas
representantes da cena Street Art local para investigar e explicitar cartograficamente aspectos,
estéticos e conceituais da megalópole paulistana, cidade referência em arte urbana no mundo.”
• Artigo “Alunos escolhem o grafite para valorizar o patrimônio escolar”. Disponível em:
https://www.educacao.sp.gov.br/alunos-escolhem-o-grafite- para-valorizar-o-patrimonio-escolar/.
• Artigo “Arte urbana na escola: hibridismo, estênceis e grafite como potências do protagonismo
juvenil”, de Felipe Machado, Franciele Lemos Martinello, Rodrigo Martins Medeiros e Marcos
Antonio dos Santos. Disponível em: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/8402.

1 Todos os links indicados neste material foram acessados em março de 2022.
ATIVIDADE INTEGRADORA 9 OU 13

Nome Preservação e conservação do


patrimônio material e imaterial
Duração 40 horas

Aulas semanais 2

Quais professores podem ministrar o Arte, Língua Portuguesa ou Língua Inglesa ou


Componente História

Objetos de conhecimento Investigação, análise, fruição e criação de


práticas que levem a conscientização da
preservação e conservação do patrimônio
cultural (material e imaterial); reconhecimento e
análise de questões sociais, culturais e
ambientais diversas presentes na realidade e
relacionadas com a questão patrimonial;
identificação e incorporação de valores
importantes para si e para o coletivo na
elaboração de práticas orientadas à preservação
e conservação do patrimônio cultural.

Informações gerais
Para este Componente Curricular, o estudante entrará em contato com os patrimônios materiais e
imateriais de sua região, visando não somente ao conhecimento desses, como também à elaboração de
projetos voltados à sua preservação e conservação. Para isso, o ideal é que o aluno entre em
contato com diferentes linguagens artísticas relacionadas aos patrimônios e como esses estão presentes
em sua cultura, seu modo de vida, seu estilo, ou seja, por meio do resgate de suas heranças culturais,
pretende-se que o jovem se sinta pertencente a tais patrimônios.

Sugestões de habilidades
Formação Geral Básica

• EM13LGG204: Negociar sentidos e produzir entendimento mútuo, nas diversas linguagens (artísticas,
corporais e verbais), com vistas ao interesse comum pautado em princípios e valores de equidade
assentados na democracia e nos Direitos Humanos.

• EM13LGG603: Expressar-se e atuar em processos criativos que integrem diferentes linguagens artísticas
e referências estéticas e culturais, recorrendo a conhecimentos de naturezas diversas (artísticos,
históricos, sociais e políticos) e experiências individuais e coletivas.
Dos eixos estruturantes

Investigação Científica

◦ EEMIFCG03: Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações científicas para


criar ou propor soluções para problemas diversos.

Processos Criativos

◦ EMIFLGG04: Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão
crítica sobre obras ou eventos de diferentes práticas artísticas, culturais e/ou corporais, ampliando o
repertório/domínio pessoal sobre o funcionamento e os recursos da(s) língua(s) ou da(s) linguagem(ns).

Mediação e Intervenção Sociocultural

◦ EMIFLGG07: Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais passíveis de mediação e


intervenção por meio de práticas de linguagem.

Sugestões de práticas
• Para mobilizar o desenvolvimento da habilidade EM13LGG204, indicar ao professor a realização do
levantamento e problematização dos conhecimentos prévios dos estudantes sobre os patrimônios
histórico, cultural e ambiental da cidade e do entorno da escola por meio de questões que levem os
estudantes a refletir sobre o conceitos de patrimônio histórico, cultural e ambiental; a importância da
conservação deste patrimônio; estratégias pelas quais práticas culturais, espaços, prédios ou artefatos
são reconhecidos como patrimônios históricos, culturais e ambientais.

• Orientar a discussão e elucidação sobre os processos de reconhecimento de patrimônios históricos e


culturais a partir de questões problematizadoras. Quem define o que é patrimônio? Algo pode ser um
patrimônio reconhecido pelos atores sociais e pela comunidade e ainda não ser reconhecido como tal?
Por que o reconhecimento é importante?

• Propor aos estudantes trabalho em grupos para a realização de uma (EM13LGG603) pesquisa sobre os
patrimônios históricos, culturais e ambientais brasileiros e internacionais por meio de consulta a sites de
organização responsáveis pela conservação e catalogação como o Iphan e a Unesco. A partir dessa
pesquisa, orientar para que sejam elaborados o (EM13LGG603) mapeamento e a catalogação de
patrimônios históricos, culturais e ambientais do entorno e ou da cidade para construção de guia ou
catálogo.

• Possibilitar aos estudantes que conheçam profissionais que trabalhem nas atividades de preservação
histórica e cultural, atendendo à conexão do componente com o projeto de vida dos estudantes e o
mundo do trabalho.

SUGESTÕES DE MATERIAIS

Para pesquisa dos estudantes sobre patrimônio histórico, cultural e ambiental: o que é, como são catalogados, quais
são catalogados:
https://pt.unesco.org/fieldoffice/brasilia/expertise/world-heritage-brazil.

Site do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, disponível em: http://portal.iphan.gov.br/.


• Artigo “Desafios e possibilidades na preservação do patrimônio cultural brasileiro”, de Urbano
Lemos Junior e Vicente Gosciola. Disponível em:
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rap/article/view/8652406.

Materiais para estudo do professor (artigos acadêmicos, dissertações e teses sobre o tema):

• Artigo “A efetividade dos mecanismos de proteção do patrimônio cultural na preservação da


memória coletiva”, de Rosilene Paiva Marinho de Sousa, Carlos Xavier Azevedo Netto e Bernardina
Maria Juvenal Freire Oliveira. Disponível em:
https://www.revistas.usp.br/incid/article/view/138351.

• Tese de doutorado Zonas de conflito? Zoneamento e preservação do patrimônio cultural em São


Paulo (1975-2016), de Mariana Cavalcanti Pessôa Tonasso. Disponível em:
https://tinyurl.com/yvhm755e.

• Artigo “O patrimônio ambiental urbano e sua relação com os instrumentos urbanísticos de


preservação na cidade de São Paulo”, de Mariana Cavalcanti Pessôa Tonasso. Disponível em:
https://www.revistas.usp.br/ cpc/article/view/127707 .

• Artigo “Conhecer para preservar: uma ideia fora do tempo”, de Simone Scifoni. Disponível em:
https://www.revistas.usp.br/cpc/article/view/157388.

• Artigo “Breve contribuição a um debate sobre a construção do patrimônio imaterial paulista, 2010-
2014”, de Mario Augusto Medeiros da Silva. Disponível em:
https://www.revistas.usp.br/cpc/article/view/150124.

Documentários sobre o tema:

• Notícia “Documentários sobre patrimônio cultural imaterial serão exibidos no Fórum Social
Mundial”. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/noticias/ detalhes/2277/documentarios-sobre-
patrimonio-cultural-imaterial-serao- exibidos-no-forum-social-mundial.
Artigo “IPHAN disponibiliza documentários sobre patrimônio cultural”, de Rangel. Disponível em:
https://clickmuseus.com.br/iphan-disponibiliza- documentarios-sobre-patrimonio-cultural/. Descrição de
profissionais que atuam na área de preservação histórica e cultural:

• Artigo “Conservação e restauro”, do Guia do Estudante. Disponível em https://


guiadoestudante.abril.com.br/profissoes/conservação-e-restauro/.

• Artigo “Museologia”, do Guia da Carreira. Disponível em: https://www.


guiadacarreira.com.br/profissao/museologia/.
ATIVIDADE INTEGRADORA 10 OU 14

Nome
Esportes radicais: trilhas e
tribos
Duração 40 horas

Aulas semanais 2

Quais professores podem Educação Física


ministrar
o Componente

Objetos de conhecimento Práticas corporais de aventura urbana e na natureza conhecidas


como esportes radicais; pesquisa sobre diferentes grupos de
praticantes e suas relações no mundo virtual e real; promoção da
saúde física e mental; valorização e conservação do patrimônio
histórico, cultural e ambiental.

Informações gerais

O Componente aborda relações entre práticas corporais de aventura urbanas e na natureza, patrimônio
histórico, cultural e ambiental, mobilidade urbana e lazer na natureza. Tematiza o uso de bicicletas nas
cidades e em ambientes naturais como trilhas e percursos de aventura.

Sugestões de habilidades

Da Formação Geral Básica

• EM13LGG303: Debater questões polêmicas de relevância social, analisando diferentes argumentos e


opiniões, para formular, negociar e sustentar posições, frente à análise de perspectivas distintas.

• EM13LGG305: Mapear e criar, por meio de práticas de linguagem, possibilidades de atuação social, política,
artística e cultural para enfrentar desafios contemporâneos, discutindo princípios e objetivos dessa atuação
de maneira crítica, criativa, solidária e ética.

• EM13LGG503: Vivenciar práticas corporais e significá-las em seu projeto de vida, como forma de
autoconhecimento, autocuidado com o corpo e com a saúde, socialização e entretenimento.

Dos eixos estruturantes


Mediação e Intervenção Sociocultural

◦ EMIFLGG07: Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais passíveis de mediação e intervenção


por meio de práticas de linguagem.

◦ EMIFLGG09: Propor e testar estratégias de mediação e intervenção sociocultural e ambiental, selecionando


adequadamente elementos das diferentes linguagens.

Sugestões de práticas

• Para promover o desenvolvimento das habilidades EM13LGG303 e EMIFLGG07, sugere-se iniciar o trabalho
do Componente trazendo para os estudantes dados estatísticos sobre a poluição decorrente do uso de
veículos automotores para deslocamento, seguida da problematização sobre alternativas de energia limpa.

• Em seguida, realizar o levantamento e a problematização: dos meios que os estudantes utilizam para
mover-se na cidade sem a utilização de veículos automotores; suas experiências prévias com o uso de
bicicletas como recurso para a mobilidade urbana, para o trabalho e para o lazer, seja como praticantes,
seja como observadores; das opiniões dos estudantes sobre alternativas de energia limpa para a
mobilidade urbana como o uso de bicicletas, patinetes, skates. O levantamento pode ser realizado por meio
de roda de conversa, apreciação de imagens e vídeos.

• Em seguida, aplicar metodologias ativas para que os estudantes reconheçam a mobilidade urbana como
questão social polêmica e relevante, mediante a qual é preciso desenvolver argumentos. Uma opção é
propor a leitura de textos jornalísticos e apreciação de vídeos que tratem de opiniões a favor e contra a
instalação de ciclovias e ciclofaixas nas cidades, de modo que os estudantes realizem um debate regrado
sobre o tema. O estudo de aspectos legais do uso de bicicletas descritos no Código de Trânsito Brasileiro
pode ser uma opção de tematização da questão da mobilidade urbana e do uso de bicicletas, tendo em
vista que o desrespeito às normas de circulação entre carros e bicicleta pode ser um dos entraves o
convívio harmônico entre diferentes formas de mobilidade urbana que respeitem o patrimônio ambiental e
cultural da cidade.

• Agregado a essas reflexões e análises, para promover o desenvolvimento das habilidades EM13LGG305
e EM13LGG503, indicar experimentações que podem ser realizadas na escola e na comunidade como:
aprender a regular a ergonomia das bicicletas, justificando a necessidade desses ajustes; utilizar a bicicleta
em percursos na escola por meio do empréstimo do material com os próprios estudantes e/ou pessoas da
comunidade; experimentação de patinetes e skates em circuitos de deslocamento na escola e na
comunidade; realização de caminhada pelo entorno para observar e mapear a estrutura urbana para o uso
seguro de bicicletas.

• Em seguida, propor a tematização das relações entre a preservação do patrimônio histórico, cultural e
ambiental das cidades e o uso de bicicletas, apresentando aos estudantes a proposta de realizarem um
passeio ciclístico que percorra marcos desse patrimônio no entorno da escola, de modo a promover o
desenvolvimento da habilidade EMIFLGG09.

• Sugere-se que esse trabalho inclua análise dos usos da bicicleta em momentos de lazer em parques, trilhas
e espaços naturais da comunidade e do entorno, evidenciando possibilidades de cicloturismo e propostas de
incentivo ao ciclismo no lazer e para a prática de atividade física.

• Em continuidade, indica-se que o material ofereça ao professor de Educação Física sugestões para que os
estudantes realizem o mapeamento dos pontos de interesse e das providências necessárias para realização
do passeio ciclístico, planejando cuidadosamente a intervenção e depois realizando a produção final.

SUGESTÕES DE MATERIAIS

Para problematização das relações entre poluição e uso da cidade, sugere-se o uso de reportagens
sobre como a poluição afeta a vida e o turismo em cidades brasileiras e do mundo como:

• Matéria “Poluição afasta turistas de Pequim”. Disponível em https://


envolverde.cartacapital.com.br/poluicao-afasta-turistas-de-pequim/.

Leitura de relatórios e estatutos sobre mobilidade urbana, meios de transporte e vida nas cidades
como:

• Gráficos do Relatório do Instituto de Energia e Mobilidade Urbana (IEMA). Disponível


em:http://emissoes.energiaeambiente.org.br/graficos.

• Publicação do D.O.U “Estatuto das cidades (BRASIL, 2001)”. Disponível em


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10257.htm.

• Vídeo “Agenda 2030 – uma década de ação pelas pessoas e pelo planeta”. Disponível em:
https://tinyurl.com/2p8mvvhs.

• Vídeo ´”Cidades Educadoras”. Disponível em: https://youtu.be/qySZwtTosp8.


• Texto da Lei da Política Nacional de Mobilidade Urbana, 2012. Disponível em:
https://antigo.mdr.gov.br/images/stories/ArquivosSEMOB/cartilha_ lei_12587.pdf.

• Artigo “Programa Cidades Sustentáveis” Disponível em: https://www.


cidadessustentaveis.org.br/institucional/pagina/pcs.

• Artigo “Objetivos de Desenvolvimento Sustentavel”. Disponível em: https://


nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/. Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas, cuja
meta 11 define a necessidade de tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos,
seguros, resilientes e sustentáveis

• Site da Associação Internacional das Cidades Educadoras. Disponível em:


https://www.edcities.org/pt/.
Relatório de Impacto Social do uso da bicicleta em São Paulo, realizado em 2018 pelo Centro
Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP). Disponível em
https://cebrap.org.br/wp-content/uploads/2018/05/Impacto- Social-Uso-Bicicleta-SP.pdf.

•Caderno de referência para elaboração de Plano de Mobilidade Urbana


— Ministério das Cidades, 2015. Disponível em https://www.mdr.gov.br/
images/stories/ArquivosSE/planmob.pdf.

Para enfocar o cicloturismo, pode-se trabalhar com histórias de pessoas que empreendem neste
campo e/ou de pessoas que viajam de bicicleta como:

•O fotógrafo e ciclista Handré Santiago que viaja de bicicleta pelo Brasil.


https://futurapress.com.br/Search/?termo=bicicleta%20brasil#page-7.

Para mapear possibilidades de mobilidade urbana

•Site do Transporte ativo que reúne informações sobre meios de transporte movidos pela ação
humana: bicicletas, pedestres, triciclos, patins, skates, patinetes, cadeiras de rodas. Disponível em:
http://transporteativo.org.br/ta/.

•Site do Rodas da Paz que promove ações de inclusão ao uso de bicicletas. Disponível em:
http://www.rodasdapaz.org.br/.

Para discutir ergonomia na bicicleta:

•Matéria “Ajustes ergonômicos para bicicleta”. Disponível em: http://www.


ebanataw.com.br/trafegando/partes.htm.

Para promover debate regrado com argumentos contrários e favoráveis às ciclovias:

•Vídeo “Como destruir os argumentos contra ciclovias. Vá de Bike”. Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=ISOJgzabGMk.

•Reportagem “Rebatendo argumentos anti ciclovia”. Disponível em: https://


www.commu.site/blog/2015/02/22/defesa_ciclovias/.
Artigo “O uso de bicicletas no Brasil: Qual o melhor modelo de incentivo?, de Rosemberg.
Disponível em: https://www.google.com/url?q=http://www.
abraciclo.com.br/linkssitenovo/downloads/Apresenta%25C3%25A7%-
25C3%25A3o_Estudo_Abraciclo_Rosenberg.pdf&sa=D&source=docs&us-
t=1646999056290474&usg=AOvVaw3lMx5GTsUXr-BuuKpK8B9y https://
observatoriodabicicleta.org.br/wp-content/uploads/2020/01/Estudo-Incenti-vo-Bicicletas-Brasil-
Relat.-Rosemberg.pdf.
Para tematizar o Cicloturismo de natureza

• Reportagem “Busca por natureza na pandemia poe rotas de cicloturismo em alta”. Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/turismo/2021/02/busca- por-natureza-na-pandemia-poe-rotas-de-
cicloturismo-em-alta.shtml.

• Vídeo “Rotas de Cicloturismo nos Jogos de Aventuras e Natureza”. Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=zv1ENTThulo.

• Artigo “Mountain Bike: Saiba tudo sobre este esporte radical”. Disponível em:
https://sidspecialstore.com.br/mountain-bike-saiba-tudo-sobre-este- esporte-radical/.
ATIVIDADE INTEGRADORA 11 OU 15

Nome
Processo de assimilação e
aculturação
Duração 60 horas

Aulas semanais 3

Quais professores podem ministrar o Sociologia, Filosofia ou História


Componente

Objetos de conhecimento Assimilação e aculturação em expressão de


atitudes, valores, opiniões etc. por meio do
corpo: dança, moda, deslocamento e a ação e
reação ante a grupos distintos; / o que se
descarta, o que se incorpora, o que se
transforma.

Informações gerais
A proposta é discutir as noções de aculturação e de patrimônio material e imaterial. A partir disso, há uma
série de possibilidades que podem ser exploradas no Componente, que procuramos explicitar a seguir. A
sugestão é que os estudantes consigam articular os conceitos de cultura, aculturação, apropriação cultural,
patrimônio material e imaterial para, no final, produzirem um portfólio. Como os processos de aculturação
e os conceitos de patrimônio material e imaterial foram trabalhados na Formação Geral Básica, as
atividades deste Componente procuram desenvolver questões práticas do cotidiano envolvendo esses
aspectos.

Sugestões de habilidades
• EM13CHS104: Analisar objetos e vestígios da cultura material e imaterial de modo a identificar
conhecimentos, valores, crenças e práticas que caracterizam a identidade e a diversidade cultural de
diferentes sociedades inseridas no tempo e no espaço.

Sugestões de práticas
• Inicialmente, propor um debate sobre o que é cultura. Apesar de ser um conceito complexo, a palavra
cultura aparece em diversas ocasiões em nosso cotidiano. É, então, interessante partir do conhecimento
prévio dos estudantes, que já devem ter uma base acadêmica para trabalhar com esses conceitos, uma vez
que foram abordados em Unidades Curriculares anteriores. Uma vez feita essa discussão, problematizar o
debate perguntando o que é aculturação. Depois de os estudantes falarem, passar a videoaula do Brasil
Escola (cujo link está nos materiais sugeridos, abaixo).

• Pedir, no formato de sala de aula invertida, aos estudantes para entrarem no site do Iphan (disponível em:
http://portal.iphan.gov.br/) e pedir para buscarem as definições de patrimônio material e patrimônio
imaterial, bem como as leis que estabelecem sua preservação.

• Solicitar aos estudantes exemplos de processos de aculturação. É possível organizar uma discussão sobre a
maneira como se deu o processo de colonização portuguesa na América, mostrando a aculturação imposta aos
indígenas, que foram obrigados a seguir uma nova cultura, como a dos portugueses.
• Para trazer o assunto mais próximo do cotidiano dos estudantes, discutir a questão da apropriação cultural
(há uma reportagem nos materiais sugeridos, da qual podem ser selecionados trechos para a discussão
com os estudantes). Em que medida o uso de um turbante pode ser considerado um patrimônio cultural? O
que é considerado apropriação cultural? É possível viver num mundo sem que haja apropriação cultural?

• Em grupos, os estudantes podem elaborar um portfólio com imagens produzidas por eles mesmos de
patrimônios materiais e imateriais encontrados no entorno em que vivem. Esse portfólio pode vir
acompanhado de um texto explicando o que é patrimônio, a importância de se preservar essas culturas e
em que medida o que escolheram representar chamou a atenção deles.

• Uma discussão interessante é se os grafites podem ser considerados patrimônio cultural. Artistas como
Banksy ou OSGEMEOS são exemplos de como esse tipo de expressão artística é bastante polêmica.

SUGESTÕES DE MATERIAIS

• Livro Os índios e a civilização: a integração das populações indígenas no Brasil moderno , de Darcy
Ribeiro.

• Vídeo “O que é aculturação?”. Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=JJGQTvqL-tY.

• Artigo “Sociologia e literatura comparada” de Roger Bastide. Disponível em:


http://www.revistas.usp.br/ls/article/view/23589.

• Site do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Disponível em:


http://portal.iphan.gov.br/.

• Livro A identidade cultural na pós-modernidade, de Stuart Hall.

• Livro Comunidades imaginadas: Reflexões sobre a origem e a difusão do nacionalismo, de Benedict


Anderson.

• Artigo “Identidade e apropriação cultural’’, de Nathalia Parra e Paulo Henrique Pompermaier.


Disponível em: https://revistacult.uol.com.br/home/ identidade-e-apropriacao-cultural/.

• Vídeo “Caminhos da Reportagem | Apropriação cultural”. Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=IeU8M1EcEkw.

• Site de OSGEMEOS. Disponível em: http://www.osgemeos.com.br/pt.


SEGUNDO SEMESTRE DA TERCEIRA SÉRIE

As atividades integradoras deste semestre têm como proposta principal o debate sobre questões
relacionadas aos direitos humanos, pensando na perspectiva da circulação dessas discussões em diferentes
mídias.

Para integrar os componentes, os estudantes deverão organizar um fórum de debates ou mesas-redondas,


nos quais apresentarão as temáticas pesquisadas, desenvolvendo argumentos para justificar seus pontos
de vista. A ideia é que cada Componente prepare uma mesa para o fórum de debates. As questões
norteadoras serão: qual é meu papel como jovem nos debates sobre os direitos humanos? Qual é meu
lugar de fala nas mídias, nas redes sociais? Os jovens que têm influência nas questões humanitárias me
representam?

A metodologia do semestre consiste em apoiar o estudante a vivenciar, de forma prática, todas as


etapas para produção de um debate fundamentado e consistente, valendo-se de estratégias da oralidade
para argumentar a favor de um ponto de vista. Dessa forma, o estudante precisa ter papel ativo na
investigação dos temas de seu interesse, na preparação da argumentação e no desempenho no fórum de
debates. O investimento nas competências e habilidades da oralidade é essencial para a formação do
jovem enquanto empreendedor, para que ele aprenda a comunicar suas ideias e pesquisas de forma clara e
objetiva, com argumentos plausíveis para enriquecer a discussão e sair do papel de mero reprodutor de
discursos preestabelecidos pelas mídias hegemônicas.

Os eixos estruturantes predominantes são Investigação Científica, Mediação e Intervenção Sociocultural e


Empreendedorismo.
ATIVIDADE INTEGRADORA 8 OU 12

Nome Oralidade e produção escrita: as


representações do eu
Duração 40 horas

Aulas semanais 2

Quais professores podem Língua Portuguesa, Língua Inglesa ou Filosofia


ministrar este Componente

Objetos de conhecimento Apreciação (avaliação de aspectos éticos, estéticos e políticos


em textos e produções artísticas e culturais etc.); réplica
(posicionamento responsável em relação a temas, visões de
mundo e ideologias veiculados por textos e atos de
linguagem); reconstrução da textualidade e compreensão
dos efeitos de sentidos provocados pelos usos de recursos
linguísticos e multissemióticos.

Informações gerais
O Componente vai focar no trabalho com oralidade a partir do recorte argumentativo. Haverá debates para
desenvolver a oratória no formato de fórum de mesas-redondas para que os estudantes experimentem o
lugar de argumentar diferentes pontos de vista, voltados para direitos humanos. O fio condutor deste
Componente será a organização de um evento que reunirá temáticas trazidas pelos outros componentes,
tendo como objetivo desenvolver o eixo estruturante Mediação e Intervenção Sociocultural, na medida em
que o estudante terá a oportunidade de planejar, organizar e promover o evento aberto à comunidade
escolar.

Sugestões de habilidades

Da Formação Geral Básica:

• EM13LGG102: Analisar visões de mundo , conflitos de interesse, preconceitos e ideologias presentes nos
discursos veiculados nas diferentes mídias, ampliando suas possibilidades de explicação, interpretação e
intervenção crítica de/na realidade.

• EM13LGG204: Dialogar e produzir entendimento mútuo, nas diversas linguagens (artísticas, corporais e
verbais), com vistas ao interesse comum pautado em princípios e valores de equidade assentados na
democracia e nos Direitos Humanos.

• EM13LGG304: Formular propostas, intervir e tomar decisões que levem em conta o bem comum e os
Direitos Humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e
global.

Dos Eixos Estruturantes:

Mediação e Intervenção Social

◦ EMIFLGG08: Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das práticas de linguagem


para propor ações individuais e/ou coletivas de mediação e intervenção sobre formas de interação e de
atuação social, artístico-cultural ou ambiental, visando colaborar para o convívio democrático e republicano
com a diversidade humana e para o cuidado com o meio ambiente.

Sugestões de práticas
• Iniciar o componente apresentando a proposta e explicitando os objetivos de aprendizagem. Começar com
uma roda de conversa para que os estudantes possam falar sobre suas experiências com a argumentação
oral, abordando também o projeto de vida por meio de perguntas como: você tem dificuldade para se
posicionar em público mediante um tema? Em uma discussão casual, você costuma colocar seus
argumentos ou assume uma postura mais observadora? Você imagina que saber argumentar oralmente é
importante para sua vida, considerando o mundo do trabalho ou acadêmico?

• Para que os estudantes possam ampliar seus repertórios, desenvolvendo a habilidade EM13LGG204,
propor uma pesquisa sobre discursos de lideranças juvenis com influência em questões de direitos
humanos (ex.: Greta Thunberg e Malala Yousafzai), com o recorte analítico para as questões da oralidade,
verificando de que forma as lideranças comunicam seus discursos, quais estratégias argumentativas são
escolhidas, qual é o público-alvo etc.

• Pensando em aprofundar a habilidade EM13LGG102, buscar variar as propostas de debates, para avançar
além do que o estudante já conhece da Formação Geral Básica. Sugestão: metodologia do role play debate,
inspirada no formato de jogo RPG, bastante familiar aos jovens, tem como objetivo possibilitar que os
estudantes vivenciem diferentes posições em um debate fundamentado em argumentos e dados
científicos.

• Enfatizar ao professor a importância de trazer temas dos direitos humanos atuais, que façam parte da
realidade do estudante, para debater, como nas indicações: preconceito linguístico; expressões racistas,
machistas, homofóbicas; apropriação cultural; lugar de fala etc.

• Garantir que o estudante tenha espaço para construir seu próprio ponto de vista sobre as questões dos
direitos humanos (EM13LGG304), com base no levantamento de informações que servirão como
embasamento teórico para a fundamentação de sua argumentação.

• Para o planejamento, a organização e a realização do fórum de debates e mesas-redondas sobre temáticas


dos direitos humanos, colocar o jovem como protagonista dessa ação. A ideia é fazer com que os debates
cheguem na comunidade escolar, possibilitando que o jovem ocupe o papel de mediador sociocultural
(EMIFLGG08). Para esse momento de culminância, é necessária a integração com os outros componentes,
garantindo que cada um proponha um tema para o fórum de debates/mesas-redondas. O formato do
evento, no entanto, pode variar de acordo com a demanda e o interesse dos estudantes e da comunidade
escolar. Os estudantes são responsáveis por criar as mesas, definir os temas, escolher as salas, divulgar o
evento etc.
SUGESTÕES DE MATERIAIS

• Artigo “A aventura do aprendizado: o RPG como instrumento pedagógico”. Disponível em:


https://www.ufrgs.br/jornal/a-aventura-do-aprendizado-o-rpg- como-instrumento-pedagogico/.

• Artigo “A utilização da técnica de role play no ensino médio’’ de Ana Valéria Bisetto Bork.
Disponível em: http://www.gel.hospedagemdesites.
ws/estudoslinguisti cos/edicoesanteriores/4publica-estudos-2006/
sistema06/1107.pdf.

• Café filosófico. Canal da TV Cultura no Youtube. Disponível em https://www.


youtube.com/c/cafefilosofico. A TV Cultura em parceria com o Instituto CPFL deseja compartilhar as
ideias de grandes pensadores(as) contemporâneos. Neste canal do Café Filosófico, você encontrará
transmissão simultânea do programa, bem como o acervo das edições passadas.

Se sentir necessidade, indicar materiais que dão dicas de como falar em público:

• Video “3 exercícios para aprender a falar em casa”. Disponível em: https://


www.youtube.com/watch?v=pikNXtMOm5A.

• Vídeo “Mario Sergio Cortella. Como aprendi a falar bem em público”. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=ZnO37EyF6yg.
ATIVIDADE INTEGRADORA 9 OU 13

Nome
Núcleo de estudos: mídia hegemônica
Duração 40 horas

Aulas semanais 2

Quais professores podem Língua Inglesa, Língua Portuguesa ou Filosofia


ministrar o Componente

Objetos de conhecimento Curadoria de informação (investigação e análise da mídia


hegemônica, dos grandes veículos internacionais de
notícias e meios independentes, alternativos, blogs,
vlogs etc.); réplica (posicionamento responsável em
relação a temas, visões de mundo e ideologias veiculados por
textos e atos de linguagem
que circulam no campo jornalístico-midiático e em veículos
independentes e alternativos de informação); planejamento,
produção e edição de textos orais, escritos e
multissemióticos (jornais, revistas, reportagens, entrevistas,
postagens em redes sociais, blogs, vlogs etc.).

Informações gerais
com foco no mundo acadêmico e do trabalho, este Componente fará uma discussão sobre como montar
um grupo de estudos e de pesquisa, a partir do recorte de profissões do campo jornalístico-midiático.
Pensando que os estudantes são futuros universitários e pesquisadores, eles farão uma inserção nesses
mundos, procurando parcerias com profissionais da comunidade escolar. Além disso, o Componente
também fará um trabalho de análise do discurso de argumentação por meio da investigação de mídias
hegemônicas, que poderá ser apresentado como um tema no fórum de debates e mesas* redondas
organizado pelo Componente 1.

Sugestões de habilidades

Da Formação Geral Básica:

• EM13LGG101: Compreender e analisar processos de produção e circulação de discursos, nas diferentes


linguagens, para fazer escolhas fundamentadas em função de interesses pessoais e coletivos.

• EM13LGG202: Analisar interesses, relações de poder e perspectivas de mundo nos discursos das diversas
práticas de linguagem (artísticas, corporais e verbais), compreendendo criticamente o modo como
circulam, constituem-se e (re)produzem significação e ideologias.

• EM13LGG403: Fazer uso do inglês como língua de comunicação global, levando em conta a multiplicidade e
variedade de usos, usuários e funções dessa língua no mundo contemporâneo.

• EM13LGG704: Apropriar-se criticamente de processos de pesquisa e busca de informação, por meio de


ferramentas e dos novos formatos de produção e distribuição do conhecimento na cultura de rede.

Dos eixos estruturantes:

Investigação Científica:

◦ EMIFCG01: Identificar, selecionar, processar e analisar dados, fatos e evidências com curiosidade, atenção,
criticidade e ética, inclusive utilizando o apoio de tecnologias digitais.

Empreendedorismo

◦ EMIFLGG12: Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando as práticas de linguagens socialmente


relevantes, em diferentes campos de atuação, para formular propostas concretas, articuladas com o projeto
de vida.

Sugestões de práticas
• Iniciar o Componente apresentando o percurso que o estudante fará e quais são as expectativas de
aprendizagem. Deixar claro desde o princípio que a integração com os outros Componentes se dará no
fórum de debates/mesas- redondas com temas dos direitos humanos, organizado pelo Componente 1.

• Promover a investigação dos estudantes sobre como diferentes opiniões circulam em um mesmo jornal e
como esses debates são promovidos em diferentes mídias (EM13LGG101), além da análise de estratégias de
argumentação utilizadas pelas mídias hegemônicas para defender um posicionamento (EM13LGG202).

• Incentivar o protagonismo dos estudantes para buscar profissionais da área do jornalismo para realizar
uma entrevista sobre o tema da parcialidade/ imparcialidade nas mídias (se não houver profissionais do
jornalismo na comunidade escolar, os estudantes podem fazer pesquisas nos manuais de redação de
grandes jornais). Esse pode ser o tema que este Componente levará ao fórum de debates/mesas-redondas.

SUGESTÕES DE MATERIAIS

Vídeo “The 3 keys to winning a 2020 debate”. Disponível em: https://www.


youtube.com/watch?v=89Qwlir9dYY&ab_channel=CNN. Vídeo produzido pela CNN norte-americana, com dicas de
como se sair bem em um debate político.

Vídeo “Meat Eater Decides to Challenge Vegan Activist”. Disponível em: https://tinyurl.com/mvn53d6c. Vídeo no qual
uma pessoa que come carne tenta desafiar uma pessoa vegana, apresentando seus argumentos sobre o tema.

Série de programas da GNT e de Quebrando o Tabu “Quebrando o tabu, “Mude minha ideia”. Disponível em:
https://tinyurl.com/2c6nyr74. A característica principal é que uma pessoa apresenta uma opinião e outras tentam
fazê-la mudar de ideia.
PONTOS DE ATENÇÃO

Um dos focos deste Componente é ampliar a rede dos estudantes para conhecer profissionais,
pesquisadores, acadêmicos etc. Dessa forma, é importante garantir que eles aprendam a
encontrar esses profissionais, por exemplo, utilizando as ferramentas Lattes ou Linkedin,
pensando no mundo acadêmico e do trabalho.
ATIVIDADE INTEGRADORA 10 OU 14

Nome
Narrativas transmídias: construindo
culturas
Duração 60 horas

Aulas semanais 3

Quais professores podem História ou Filosofia ou Sociologia


ministrar
o Componente

Objetos de conhecimento Os diferentes recursos e suportes para produção e


compreensão do conhecimento histórico; valores políticos e
culturais da cultura juvenil
em diferentes temporalidades: romantismo, vanguardas,
beats, hippies, punks, hip-hop e arte de rua; o capitalismo
industrial e o consumo de massa; arte e ciência, a trajetória
dos meios de comunicação e sua função política, econômica
e cultural; memória, grupo e movimentos sociais, direitos,
resistência e conflitos em diferentes temporalidades
históricas.

Informações gerais
Centrado nas manifestações culturais de diferentes juventudes ao longo do tempo histórico, este
Componente propõe que os estudantes identifiquem práticas e valores que façam sentido para suas
próprias experiências de vida, resgatando, comparando e contextualizando as diversas manifestações a que
tiverem acesso, reapropriando e ressignificando as experiências históricas em função do seu tempo
presente. Textos escritos, visuais, orais poderão compor a produção dos estudantes para o formato de
fórum de debates e mesas-redondas que integram o semestre.

Sugestões de habilidades
Das competências 4 e 5 da Formação Geral Básica:

◦ EM13CHS401: Identificar e analisar as relações entre sujeitos, grupos, classes sociais e sociedades com
culturas distintas diante das transformações técnicas, tecnológicas e informacionais e das novas formas de
trabalho ao longo do tempo, em diferentes espaços (urbanos e rurais) e contextos.
◦ EM13CHS501: Analisar os fundamentos da ética em diferentes culturas, tempos e espaços, identificando
processos que contribuem para a formação de sujeitos éticos que valorizem a liberdade, cooperação, a
autonomia, o empreendedorismo, a convivência democrática e a solidariedade.

Dos eixos estruturantes:

Investigação Científica

◦ EMIFCHS03: Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória, de
campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o cuidado de
citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de
diferentes mídias.

Processos Criativos

◦ EMIFCHS04: Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crítica
sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em
âmbito local, regional, nacional e/ou global.

Sugestões de práticas
• Deixar claro desde o princípio que a integração com os outros Componentes se dará no fórum de debates e
mesas-redondas com temas dos direitos humanos, organizado pelo Componente 1.

• Oferecer acesso a diversas manifestações juvenis ao longo do tempo, para que possam ser identificadas,
analisadas, comparadas entre si e com outras manifestações contemporâneas aos jovens. As manifestações
das juventudes podem ser estudadas em, pelo menos, três dimensões: tempo histórico; diferentes recursos
midiáticos (revistas, jornais, sites, vídeos); memória que foi construída ao longo do tempo (documentários).

• Mediante busca e curadoria de documentários, vídeos, textos e imagens, os estudantes entrarão em


contato com métodos historiográficos de pesquisa baseados em fontes escritas, relatos orais, documentos
imagéticos, matérias jornalísticas como formas de abordagem histórica de manifestações culturais das
juventudes através do tempo.

• Comparar e relacionar movimentos juvenis (pelos direitos humanos nos Estados Unidos; contra a guerra do
Vietnã; pela democracia na China e no Médio Oriente), procurar lideranças, modos de agir, estratégias e
resultados desses movimentos juvenis.

• Comparar e relacionar as revoltas estudantis de 1968, como modelo de juventude rebelde, com outros
eventos de manifestações nas ruas protagonizadas por jovens no final dos anos 1980 e em 2013. Registrar
o tratamento da mídia para essas manifestações, para vincular com valores, conceitos e preconceitos
sociais das diferentes temporalidades.

• Assistir a fragmentos de documentários sobre manifestações culturais, tais como o tropicalismo e o


movimento de contracultura; problematizar o documentário como gênero que resgata a memória dos
protagonistas, como perspectiva de registro do tempo passado por meio do relato oral.

• Trazer à tona a ressonância (proximidade) ou a estranheza (distância) entre os movimentos analisados


e as práticas culturais conhecidas e/ou protagonizadas pelos jovens no tempo presente, tais como os
“rolezinhos” na cidade de São Paulo.
• Sistematizar as informações em relatórios, ensaios, resumos e linhas do tempo, articulando diversas formas
narrativas e mídias a fim de que os estudantes possam chegar a conclusões próprias e produtos finais,
reconhecendo-se como produtores de cultura, tendo em vista as mudanças que aconteceram no mundo.

• Os registros dos estudantes podem ser utilizados para a composição do fórum de debates e mesas-
redondas que integra o semestre.

• O panorama histórico-crítico de diferentes manifestações juvenis e suas modalidades de expressão,


contribui para o reconhecimento da diversidade cultural e traz elementos para desenvolver o
pensamento crítico, criativo assim como o reconhecimento de diversas trajetórias culturais, das relações
de pertença e das possibilidades de produção cultural coletiva e individual dos estudantes ao longo do
tempo. A percepção do lugar que ocupam no mundo colabora para o desenvolvimento e a criação de ações
culturais inovadoras e transformadoras. Importante articular o fórum de debates e mesas-redondas às
possibilidades criativas no campo da intervenção cultural no âmbito local dos estudantes, contemplando
assim o desenvolvimento das habilidades sugeridas pelos eixos Investigação Científica e Processos Criativos.

SUGESTÕES DE MATERIAIS

• Artigo da National Geographic “A Revolta dos Jovens: Cinco poderosos movimentos conduzidos por jovens
ativista”. Disponível em: https://www. natgeo.pt/historia/2018/04/revolta-dos-jovens-cinco-poderosos-
movimentos- conduzidos-por-jovens-ativistas. O material informa sobre 5 movimentos mundiais com objetivos
diferentes protagonizados por jovens, o que pode ser útil para reconhecer e comparar diversas matrizes
culturais e suas particulares formas de expressão.

• Artigo “Rolezinhos e discriminação social”. Disponível em: https://brasilescola. uol.com.br/historiab/rolezinhos-


discriminacao-social.htm. O texto polemiza sobre a prática dos “rolezinhos” em shopings centers de São Paulo,
organizados pelas redes sociais e protagonizados por jovens da periferia. Assim como o material indicado
anteriormente, este texto pode ser lido em pequenos grupos com questionário básico, pode ser utilizado para
abrir rodas de conversa, para disparar assuntos a serem aprofundados na pesquisa, para motivar a escrita de
textos autorais ou autorreferenciados.

• Vídeo-aula “Brasil escola. Contracultura”. Disponível em: https://www. youtube.com/watch?v=sXF590p6cwc.


Duração: 13 min. Com esta videoaula, os estudantes podem montar uma linha do tempo que contemple os
principais conceitos e fatos históricos relacionados com os movimentos culturais juvenis no mundo ocidental
posteriores à Segunda Guerra Mundial. A palestra do professor traz um resumo consistente, didático e bem
organizado que contribui para situar no tempo-espaço e contextualizar as diversas manifestações que
aconteceram no devir histórico.
Artigo “Ainda somos os mesmos?: representações midiáticas da juventude em movimentos sociais, ontem
e hoje”, de Cláudia Pereira da Silva. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/
revistafamecos/article/view/22285/14612. O artigo traz representações de três movimentos juvenis na
mídia brasileira (em revistas e jornais): 1968, 1988-1992 e 2013. “Rebeldia e alteridade” (pp. 5-9):
resultados de entrevistas feitas por Bordieu e Passeron a jovens que participaram dos movimentos de
1968 na França; “Demarcando fronteiras: rebeldia” (pp.10-12) compara três capas da revista Veja com
relação aos três fatos históricos; “Coração e cérebro: alteridade” (pp. 12-17) compara os três fatos na
revista e nos jornais. O material pode ser distribuído entre os estudantes, para que estabeleçam relações
entre conceitos e fatos (juventude, protagonismo, transgressão, repressão).

• Documentário Infinita Tropicália (1986, Adilson Ruiz). Duração 35 min. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=dh68UevOYkw. Além de trazer o movimento tropicalista, a antropofagia
cultural, imagens televisivas, fotográficas sobre a industrialização dos anos 1960 e 1970; o documentário
recupera memórias, pontos de vista dos anos 1980, assim como permanências de problemáticas nos dias de
hoje. Podem ser selecionados trechos para os estudantes apreciarem, problematizando também o caráter
desse documentário como fonte histórica.
PONTOS DE ATENÇÃO

As sugestões de práticas e de materiais deste componente dialogam bastante com a


proposta do Componente 2 no que refere à circulação da informação nas diferentes mídias
(as temporalidades são diferentes: o C2 situa no tempo presente; o C3 no passado).
ATIVIDADE INTEGRADORA 11 OU 15

Nome
Cidadania e justiça
Duração 60 horas

Aulas semanais 3

Quais professores podem Filosofia, Sociologia ou História


ministrar o Componente

Objetos de conhecimento Reflexões sobre a justiça na busca da equidade e igualdade;


o papel do estado e da consciência moral na aplicação da
justiça.

Informações gerais
Este Componente integra-se às atividades do semestre ao proporcionar a reflexão sobre o que é justiça,
de modo mais abstrato, e, mais especificamente, o que é justiça num Estado democrático. Partindo de
textos clássicos, como Maquiavel e Montesquieu, espera-se oferecer aos estudantes a possibilidade de
discutirem, em primeiro lugar, o que é considerado um bom governante (questão problematizada por
Maquiavel) e, em seguida, o que é um Estado democrático justo (questão que pode ser discutida a partir do
livro XI do Espírito das leis, de Montesquieu). Tendo essa base teórica fortalecida, os estudantes podem
discutir com mais profundidade questões envolvendo as políticas públicas e a elaboração de leis que
possam garantir o respeito aos direitos humanos.
Sugestões de habilidades
• EM13CHS504: Analisar e avaliar os impasses ético-políticos decorrentes das transformações culturais,
sociais, históricas, científicas e tecnológicas no mundo contemporâneo e seus desdobramentos nas atitudes
e nos valores de indivíduos, grupos sociais, sociedades e culturas.

• EMIFCG09: Participar ativamente da proposição, implementação e avaliação de solução para problemas


socioculturais e/ou ambientais em nível local, regional, nacional e/ou global, corresponsabilizando-se pela
realização de ações e projetos voltados ao bem comum.

Sugestões de práticas
• Deixar claro desde o princípio que a integração com os outros componentes se dará no fórum de debates e
mesas-redondas com temas dos direitos humanos, organizado pelo Componente 1.

• Para se pensar na formação do Estado moderno, tendo em vista a obra de Maquiavel, sugerimos uma aula
dialogada de sensibilização do tema, de modo a estimular os alunos a exporem o conhecimento prévio
que têm sobre determinados assuntos. Propor algumas questões: imagine que, em um reino, há um
governante. Para este governante, é melhor ser amado ou temido pelos súditos? Orientar os estudantes a
levantar a mão para uma ou outra opção. Em seguida, convidar alguém que defenda a opção “ser amado” e
outro que defenda “ser temido” para explicar seu raciocínio. O objetivo é fazer com que os estudantes
partam de um pensamento mais simples e imediatista para uma reflexão mais profunda e cheguem,
porventura, a mudar de opinião conforme o debate se desenrola. Num segundo momento, passar para os
estudantes, num esquema de sala de aula invertida, o capítulo XVII de O Príncipe, de Maquiavel, no qual
ele discute sobre se é melhor ser amado ou temido. Após ter tido a discussão em sala, os estudantes devem
ler em casa o texto do filósofo Florentino e responder se para ele é melhor ser amado ou temido e quais
argumentos ele usa para embasar sua posição. A atividade tem por objetivo refletir sobre o papel do
governante, seja numa monarquia, seja atualmente num sistema democrático. Trazer outros assuntos
tratados por Maquiavel, como a prudência, essencial para se tornar um bom governante. A discussão,
nesse caso, pode ser justamente pelo o que é considerado bom governante. Segundo Maquiavel, é aquele
que faz o que for necessário para manter o Estado. Em que medida esse princípio ainda está em vigor, ou
em que medida ele não se enquadra mais nos governos atuais.

• Simulação de elaboração de projeto de lei. Tendo em vista a separação entre os poderes pensada por
Montesquieu no livro XI do Espírito das leis, os estudantes podem se dividir em três grandes grupos. Um
representa o poder Judiciário (STF brasileiro), outro o poder Legislativo (Deputados e Senadores) e o
terceiro representa o poder Executivo (Palácio do Planalto). A partir de um tema que se relacione com a
questão dos direitos humanos (pode ser racismo, acesso à cultura, mobilidade, educação ou saúde) eles
devem elaborar um projeto de lei (PL). O PL pode ser proposto pelo Executivo e pelo Legislativo. O
Judiciário verificará se o PL está de acordo com a Constituição. O grupo do Judiciário, então, deve
estudar a parte da Constituição na qual o tema escolhido se enquadra. Os outros grupos devem procurar
PLs já existentes sobre o tema escolhido e elaborar um PL próprio. O PL pode ser debatido e aprovado,
como acontece no Congresso.

• Os estudantes podem desenvolver uma consulta pública sobre projetos de lei (com projetos feitos pelos
próprios alunos ou os do Congresso, que podem ser acessados em:
https://www.gov.br/participamaisbrasil/consultas-publicas) e, em seguida, fazer um levantamento dos
dados coletados na consulta pública.

• Tendo discutido Maquiavel e Montesquieu, os estudantes podem ser desafiados a elaborar um quadro de
requisitos necessários para se construir e manter uma democracia. Pode ser feito um paralelo com o
trabalho de Levitsky e Ziblatt, Como as democracias morrem, que apresenta um quadro do comportamento
autoritário (pp. 70-71). Os estudantes podem construir um quadro do comportamento democrático nesse
mesmo modelo.

• Elaborar a mesa-redonda, proposta pelo semestre, com base no que foi trabalhado com os estudantes
neste Componente. Algumas sugestões de temas: como aumentar a participação política dos cidadãos?
Qual é o lugar das políticas públicas na luta pelo respeito aos direitos humanos? Como o Estado (pensando
nos três poderes) pode garantir os direitos humanos?
SUGESTÕES DE MATERIAIS

• Livro O Príncipe, de Nicolau Maquiavel.

• Livro O espírito das leis, de Charles de Secondat Montesquieu.


Videoaula “Montesquieu e o espírito das leis”. Disponível em: https://youtu. be/S0s2DE-ao2Q.
• Palestra “Maquiavel e a Arte de Enganar-se”, com José Alves de Freitas. Disponível em:
https://youtu.be/ca3KMPG-Zwg.

• Livro Como as democracias morrem de Steven Levitsky e Daniel Ziblatt. O livro se tornou best-seller
no mundo logo após a ascensão de Trump à presidência dos EUA. Tornou-se referência no estudo sobre
democracia e autoritarismo na contemporaneidade. Traz um quadro sobre o comportamento autoritário,
interessante de ser discutido com os estudantes.

• Site de consulta pública do governo federal. Possui busca por temas, que podem ser explorados
pelo professor com os estudantes. Disponível em: https://www.gov.br/participamaisbrasil/consultas-
publicas.

• Artigo “Separação dos poderes e sistema de freios e contrapesos: desenvolvimento no Estado


brasileiro” de Maurílio Maldonado. Disponível em:
https://www.al.sp.gov.br/StaticFile/ilp/separacao_de_poderes.pdf. O artigo discute a questão da
separação dos poderes remontando-se até Aristóteles, passando por Locke até chegar em
Montesquieu.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACAÇÃO, DO ESPORTE E DA CULTURA
NÚCLEO GESTOR DE EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL

Parcerias:
Instituto Sonho grande
Instituto Reúna

EQUIPE NGETI GRUPO DE TRABALHO


EM PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO - GTPP
Emanoela Gonçalves Ramos
Maria José dos Santos Adiclayson Gomes Santos
Carlos Eduardo Mendes de Souza Mello André Luiz Santos Valença
Ana Victória Santos Cristiano Gomes da Silva
Monica Rodrigues Silva Dinarty de Melo Santos
Luciana Oliveira Santos Elisangela Lima da Silva Oliveira
Elizabete de Lacerda Rios Gildete Cecília Neri Santos Teles
Lucas Bispo Almeida Gleyson Souza dos Santos
Lícia Martha Daniel Oliveira Jackson Vieira Barbosa Leão
Raphaella Estefanne da Silva Araujo Judson Augusto Oliveira Malta
Emanuele Eduardo do Couto Marcos Medeiros dos Santos Neto
Jaciana Firmino Santana Rocha Robison Gomes de Sá
Rodrigo de Souza Araújo Roseane Santana Santos
Franciney Azevedo Oliveira Silvaneide Mota Lima
Russel Petresson Bezerra Oliveira Tadeu Antônio Silva Sales

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