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A Reforma Educacional para Platão

Platão, discípulo de Sócrates, discorre em A República sobre a necessidade da


redefinição do conceito de Justiça para reforma moral e política pudesse
acontecer em Atenas. A partir disso, Platão redefine o conceito de homem
virtuoso que serviria para alcançar também uma cidade virtuosa.

Segundo Vasconcelos (2012) o mundo para teoria platônica é separado entre as


coisas materiais, ou seja, tudo que é percebido pelos sentidos e está sempre em
estado de mudança e um mundo Ideal, em que é possível acessar as ideias
imutáveis e eternas, como a ideia da Verdade e da Justiça. O homem é também
dividido em uma alma intangível que tem a mesma natureza do mundo das ideias
e de um corpo material que não pode acessar as verdades eternas. Cabe ao
homem virtuoso de Platão fazer com que a alma sempre domine as ações do
corpo e a partir do desenvolvimento das virtudes de cada cidadão, seria possível
alcançar um Estado justo.

No que cabe a educação, Platão propunha que uma reforma educacional e


cultural a partir da construção de uma Paideia através do conceito de Justiça.
Para Pagni e Carvalho (2010) é a partir de uma Paideia baseada no conceito de
Justiça que Platão recusara uma educação baseada nas épicas gregas e começa
a pensar em uma educação que forme o logos. Sendo assim, “contrapondo-lhe a
ideia moral de responsabilidade do homem, cuja premissa se fundamenta na
autodeterminação moral de si próprio sobre a base do conhecimento do Bem,
assim como almeja conceber uma Paideia destinada à formação do bom
governo.” (PAGNI; CARVALHO, 2010, p. 8)

Referências:

PAGNI, P. A.; CARVALHO, A. B. A filosofia da educação platônica: o desejo


de sabedoria e a paideia justa. 2010.

VASCONCELOS, J. A. Fundamentos filosóficos da educação. Curitiba:


Intersaberes, 2012,

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