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O caso
Visão: Nossa visão é ser o melhor banco comercial e de varejo que merece a
lealdade duradoura de seu pessoal, clientes, acionistas e comunidades.
Os Erros
Ao cancelar uma exposição artística cujo tema principal não estava de acordo com
a sua gestão estratégica (erro 1), o Santander emitiu uma nota se desculpando
publicamente com o seguinte trecho “ Ouvimos as manifestações e entendemos
que algumas obras da exposição Queermuseu desrespeitavam símbolos, crenças
e pessoas, o que não está em linha com a nossa visão de mundo. Quando a arte
não é capaz de gerar inclusão e reflexão positiva, perde seu propósito maior, que é
elevar a condição humana” (erro 2). Na sequência, o Presidente redige um
documento interno aos colaboradores, com teor que difere totalmente da nota que
veio à público e que vazou também à imprensa (erro 3). Aos seus, Rial afirma que
“ as críticas já não se centram, como se viu nas redes sociais, só na ação de
alguns grupos intolerantes e deturpadores da informação que desqualificavam a
exposição. Os ataques têm enfoque na censura – como não se via desde a
ditadura”. Nesta mesma carta, ele motiva os funcionários “ “Aqui é o Santander
que não se furta a mostrar a sua cara, aqui não há medo”. Os dois documentos
estão à disposição na íntegra na internet.
- Poderia ter mantido a exposição. Não apenas seria atitude de respeito com os
artistas e o curador, como poderia iniciar um momento de repensar os valores da
empresa, para que reflitam mais a diversidade e a pluralidade ou
Como fica claro, corrigir o erro inicial, sai muito mais caro à imagem da
organização. As empresas investem tempo e recursos para influenciar
consumidores, funcionários e stakeholders e suas decisões tem impacto direto na
opinião pública. A imagem do Santander não está em risco, mas que a sua tela foi
manchada por péssimas decisões, isso foi.