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Processo nº 160.003.921/1999.
I – DOS FATOS
5. Ocorre que, até a presente data esta Companhia Imobiliária sequer debruçou-se
sobre o pedido apresentado pela concessionária, e muito menos realizou a devolução dos
valores pagos indevidamente.
2 - DO DIREITO
(PJE: 0703407-10.2019.8.07.0010)
10. Como base no precedente emitido pelo TJDFT é possível verificar que a situação vivenciada
pela concessionária se adequa ao entendimento prestado pela Corte Distrital, demostrando assim
que, seus direitos foram lesados.
11. É premente saber que esta TERRACAP assume a obrigação de restituir o valor pago pela
concessionária de forma equivocada imediatamente.
12. Pertinente dizer que, mesmo que a fraude (clonagem de boleto bancário) tenha sido causada
por terceiro estelionatário, a instituição tem responsabilidade objetiva (independe da existência de
culpa) uma vez que a obrigatoriedade legal de buscar mecanismos para evitar golpes dessa natureza
e manter a segurança dos dados bancários da peticionante, bem como proteção do site de onde os
boletos foram emitidos, é desta TERRACAP.
13. Ainda, dentro do precedente indicado, o magistrado que julgou a causa destacou que não se
mostra razoável exigir que o consumidor se atente às divergências entre um boleto original e um
falso, porquanto apenas o responsável pela emissão do documento conseguiria indicar os detalhes
que evidenciam sua adulteração (...)”, seguiu ainda dizendo o magistrado: “Impende salientar ainda
que o boleto continha os dados corretos do consumidor (nome e CPF) e a discriminação das
parcelas em aberto, tudo a subsidiar o reconhecimento da boa-fé do autor/recorrido ao efetuar o
pagamento do documento fraudado”.
14. Não sendo suficiente pagar boletos fraudados, emitidos diretamente por esta TERRACAP, o
empresário foi submetido a pagar novamente tais taxas, posto que, se não o fizesse, não conseguiria
firma o contrato de concessão de direito real de uso com opção compra junto à empresa pública.
15. Portanto, torna-se evidente que a concessionária deverá ser restituída pelos valores pagos
atualizados monetariamente de forma imediata. E ainda, vale salientar que conforme estipula o
Código do Consumidor, por meio do art. 42, os valores pagos indevidamente, deverão ser
restituídos em dobro.
3 – DO PEDIDO
16. Diante de todo o exposto, bem como da fundamentação delineada requer que:
a) A devolução do valor pago em dobro na forma do que estipula o art. 42, do Código do
Consumidor;
b) Caso esta TERRACAP entenda não ser devida a devolução em dobro do valor pago
indevidamente pela concessionária, que se restitua o valor corrigido, declarando esta
concessionária que buscará as medidas judiciais pertinentes.