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Imagine-se:
- um monte de livros e revistas, que vai aumentando de cada vez que o André compra um novo livro ou uma nova
revista;
- uma estante com muitos livros e revistas, de todas as cores, tamanhos e temas, onde a Teresa guarda, no
primeiro sítio que lhe aparece, cada novo exemplar que adquire;
- uma estante em que existe uma prateleira dedicada a banda desenhada, outra a literatura portuguesa, outra a
revistas sobre automobilismo, etc., onde o Romeu coloca, no local que lhe parece mais apropriado, cada novo
livro ou revista.
Quem terá mais facilidade em encontrar um livro guardado há muito tempo: o André, a Teresa ou o Romeu?
A resposta é óbvia.
A memorização é mais fácil e eficaz quando se utilizam estratégias que façam apelo aos dois hemisférios do cérebro.
De uma forma sucinta, referimos algumas das informações tratadas por cada um dos hemisférios:
Partindo dos princípios que expusemos, vamos sugerir atividades que se baseiam neles e que recorrem a alguns
"truques" que podem ajudar a que o vento do esquecimento não arraste para sempre aquilo que queremos
memorizar. Precisamos de raízes fortes, que podem variar de acordo com o nosso estilo de aprendizagem:
- música
- movimento
- experiência sensorial interna
- dramatização
- manipulação
- humor
- associação a emoções fortes
- repetição com intervalos regulares
Nota: Não nos iremos referir a regularidade com que devem ser feitas as revisões, por já o termos feito no capítulo
referente a organização do horário de estudo.
Atividades:
“Vou memorizar…” (1, 2 e 3)
Com a realização desta atividade, pretende-se que os alunos se apercebam da importância da organização da
informação e também da utilização de diferentes formas de a executar, bem como da possibilidade de conjugar
diferentes estratégias para esse fim.
As atividades "Vou memorizar…" (1, 2 e 3) contêm as mesmas palavras. Numa, elas estão escritas perfeitamente ao
acaso. Noutra, elas estão organizadas por áreas vocabulares. Na última, cada área vocabular está acompanhada de
uma imagem a ela relativa e que simboliza os conceitos expressos pelas palavras que contém.
A turma é dividida em três grupos. Cada grupo, realizará uma atividade da ficha. A tarefa a realizar, individualmente,
consiste em decorar o maior número possível de palavras, em apenas um minuto.
Previsivelmente, o grupo que irá obter piores resultados será o da atividade n.°1 e o que irá obter melhores
resultados será o da atividade n.º 3. Terminado o trabalho e verificados os resultados, a turma irá discutir as razões
pelas quais foram obtidos resultados tão diferentes. Outro trabalho interessante é a partilha das estratégias
utilizadas por cada aluno, particularmente pelos que tinham a atividade n.°1.
Como atividade subsequente, o professor pode pedir aos alunos que, individualmente ou em grupos, organizem as
mesmas ou outras palavras de outras formas. Os alunos/grupos partilham o produto do seu trabalho e os critérios
que utilizaram para o fazerem.
Música e ritmo
A associação de palavras e ideias, juntando-se-lhe música ou movimento, e um poderoso auxiliar de memória. Aqui
entram as mnemónicas, as rimas e as canções, por exemplo.
Mnemónicas
Igualdade de Euler (Matemática)
Favas mais Vagens dão Almoço para dois. Ou Feijão Verde da Almoço para dois.
Rimas
Exemplo sobre um caso difícil de ortografia em Exemplo relativo ao número de dias do mês
inglês Trinta dias tem novembro,
I before E Exemplos: piece Abril, junho e setembro.
ceiling Com 28 só há um
Except after
Os restantes 31.
C.
Canções
Em História podem ser procuradas canções sobre os factos históricos a tratar. Há várias sobre os Descobrimentos, só
a título de exemplo.
Em línguas estrangeiras podem ser utilizadas canções para memorização de vocabulário ou de estruturas
gramaticais. Estas canções podem ser feitas pelos próprios alunos, utilizando-se melodias populares ou tradicionais,
conhecidas de todos, como a do "Frère Jacques".