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Um empregado é qualquer pessoa física que presta serviços contínuos a um empregador de forma subordinada e

recebe remuneração. Em outras palavras, uma relação de trabalho é estabelecida quando há um acordo implícito ou
expresso entre um empregado e um empregador, em que o primeiro se compromete a exercer atividades sob a
direção e supervisão do segundo em troca de remuneração.

Deve-se ressaltar que a subordinação é um elemento essencial das características do empregado, ou seja, os
trabalhadores devem obedecer às ordens de seus empregadores no desempenho de tarefas, horário de trabalho, etc.
Além disso, a prestação de serviços deve ser contínua, devendo o empregador arcar com o risco da atividade
econômica, ou seja, assumindo os resultados das atividades exercidas pelo empregado.

Característica de um Empregado:

 Presta serviços de forma subordinada, estando sujeito às ordens do empregador;


 Tem horário de trabalho determinado pelo empregador;
 Recebe remuneração fixa, de acordo com o salário contratado ou estabelecido por lei;
 Tem direito a férias remuneradas, 13º salário, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), aviso prévio e
outros benefícios trabalhistas previstos em lei;
 O empregador é responsável por arcar com as obrigações trabalhistas e previdenciárias do empregado;
 O empregado tem direito a contribuir para a Previdência Social como segurado obrigatório, para ter acesso aos
benefícios previdenciários.

Já um autônomo é caracterizado como toda pessoa física que exerce atividade profissional de forma
independente, não subordinada a empregador e que não recebe remuneração fixa. Podem trabalhar para diferentes
clientes ou empresas sem exclusividade e são responsáveis por organizar seu próprio horário, determinar o valor de
seus serviços e assumir quaisquer riscos da atividade.

Características de um Autônomo:

 Presta serviços de forma independente, sem subordinação a um empregador;


 Tem liberdade para definir a sua própria agenda e estabelecer o valor dos seus serviços;
 Recebe remuneração variável, de acordo com o contrato firmado com o cliente ou empresa;
 Não tem direito a férias remuneradas, 13º salário, FGTS e outros benefícios trabalhistas previstos em lei;
 O autônomo é responsável por arcar com as suas próprias obrigações trabalhistas e previdenciárias;
 O autônomo pode contribuir para a Previdência Social como segurado facultativo, para ter acesso aos benefícios
previdenciários.

Também é importante ressaltar que a distinção entre empregado e autônomo é relevante para fins trabalhistas e
previdenciários, pois os autônomos não fazem jus a determinados benefícios trabalhistas como folga remunerada,
Décimo Terceiro Salário e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Além disso, o trabalhador autônomo, para
ter direito a benefícios como aposentadoria e auxílio-doença, deve contribuir para a Previdência Social como
segurado facultativo.

No caso específico dos corretores de imóveis, a Lei 6.530/78 que regulamenta a profissão de corretor de imóveis,
estabelece que os corretores de imóveis podem atuar como empregados ou autônomos.

No entanto, as questões de vínculo empregatício ou de autonomia podem ser discutidas na Justiça do Trabalho,
levando em consideração as reais circunstâncias do trabalho executado e as características da relação entre as partes
envolvidas. A determinação se o corretor de imóveis é um empregado ou um profissional autônomo é avaliada pelos
tribunais trabalhistas com base na legislação e jurisprudência aplicáveis.

A jurisprudência é formada por uma série de decisões repetidas e consolidadas que se tornam a referência para a
resolução de casos semelhantes e sua importância reside no fato de representar a interpretação da lei em uma
situação específica, possibilitando aos juristas e operadores do direito uma orientação mais precisa sobre como
aplicar a lei em casos semelhantes. Podem ser utilizadas uma série de critérios para definir se um corretor de imóveis
é empregado ou autônomo, incluindo: a subordinação, a onerosidade, a habitualidade, a pessoalidade e a não
eventualidade da prestação de serviços.

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