Você está na página 1de 120

Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas

Princípios básicos e férias, faltas e licenças


Sofia Galinho

Lisboa, fevereiro de 2022

1
A Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas
(Lei n.º 35/2014, de 20 de Junho)

2
Tempos de não trabalho

3
Tempos de não trabalho

Parte II
Vinculo de emprego público

Título IV
Conteúdo do vínculo de emprego público

Capítulo IV
Tempo de trabalho

Capítulo V
Tempo de não trabalho

✓ Secção I – Disposições gerais


✓ Secção II – Férias
✓ Secção III – Faltas

4
Tempos de não trabalho (artigos 4.º e 122.º, n.º 1 LTFP)

Aplicabilidade do Código do Trabalho com as necessárias adaptações e sem prejuízo


das especificidades da LTFP

5
Regime dos feriados (artigo 122.º, n.º 2 a 4 LTFP e artigos 234.º a 236.º CT)

❑ É aplicável o regime de feriados estabelecido no Código do Trabalho

❑ Os feriados são obrigatórios ou facultativos

❑ São feriados obrigatórios:

Sexta-feira Santa (pode ser observado noutro dia com


1 de janeiro
significado local, no período da Páscoa
Domingo de Páscoa 25 de abril 1 de maio Corpo de Deus
10 de junho 15 de agosto 5 de outubro 1 de novembro
1 de dezembro 8 de dezembro 25 de dezembro

6
Regime dos feriados (artigo 122.º, n.º 2 a 4 LTFP e artigos 234.º a 236.º CT)

São feriados facultativos, no âmbito da Administração Pública:

❑ O feriado municipal das localidades

Observado o feriado municipal das localidades – feriado facultativo

❑ A terça-feira de Carnaval – feriado facultativo – depende de decisão do Conselho


de Ministros ou dos órgãos de governo próprio das regiões autónomas, sendo
nulas as disposições de contrato ou de IRCT que disponham em contrário

7
O regime das férias

8
O direito a férias (artigo 237.º, n.º 4 CT)

O direito a férias deve ser exercido de modo a proporcionar ao trabalhador:

❑ Recuperação física e psíquica

❑ Condições de disponibilidade pessoal

❑ Integração na vida familiar

❑ Participação social e cultural

9
O regime do direito a férias

O princípio geral do n.º 1 do artigo 122.º da LTFP (aplicação do regime do CT em


matéria de tempos de não trabalho)

❖ A aplicabilidade dos seguintes artigos do CT, com as necessárias adaptações (por


força do artigo 4.º da LTFP):

✓ artigo 237.º, n.º 1: data do vencimento das férias


✓ artigo 240.º: ano do gozo das férias
✓ artigo 241.º: marcação das férias
✓ artigo 243.º: alteração das férias por motivo relativo ao empregador público
✓ artigo 244.º: alteração das férias por motivo relativo ao trabalhador

10
O regime do direito a férias

O artigo 122.º, n.º 1 da LTFP

A aplicabilidade do CT

O direito a férias, seu desiderato e a sua duração


Artigo 126.º da LTFP e artigos 237.º e 238.º do CT

Aquisição do direito a férias


Artigo 237.º, n.º 1 do CT

11
O regime do direito a férias

A possibilidade de renúncia do direito a férias


Artigo 238.º, n.º 5 do CT

Ano do gozo das férias e acumulação


Artigo 240.º do CT

Marcação do período de férias


Artigo 241.º do CT

Alteração do período de férias por motivo relativo ao empregador


Artigo 243.º do CT

12
O regime do direito a férias

Alteração do período de férias por motivo relativo ao trabalhador


Artigo 244.º do CT

Violação do direito a férias


Artigo 130.º da LTFP

Exercício de outra atividade durante as férias


Artigo 131.º da LTFP

Contacto em período de férias


Artigo 132.º da LTFP

13
O direito a férias (artigo 126.º LTFP e artigo 237.º CT)

O trabalhador tem direito:

❑ A um período anual de férias remuneradas, nos termos previstos no Código


do Trabalho que, em regra, se reporta ao trabalho prestado no ano civil
anterior e que não está condicionado à assiduidade ou efetividade de
serviço
❑ Que se vence no dia 1 de janeiro
❑ Com duração de 22 dias úteis

14
O direito a férias (artigo 126.º LTFP e artigo 237.º CT)

O trabalhador tem direito:

❑ Acresce um dia útil de férias por cada 10 anos de serviço efetivamente prestado
❑ A duração das férias pode ser aumentada no quadro de sistemas de recompensa
do desempenho, nos termos previstos na lei ou em IRCT
❑ A duração das férias pode, eventualmente, ser aumentada no quadro do Banco
de Horas, nos termos do artigo 208.º e seguintes do CT

15
O direito a férias (artigo 126.º LTFP e artigos 237.º e 238.º CT)

O direito a férias:

❑ É irrenunciável - o seu gozo não pode ser substituído por qualquer compensação,
económica ou outra
Exceção:

❑ O trabalhador pode renunciar ao gozo de dias de férias que excedam 20 dias


úteis, ou a correspondente proporção no caso de férias no ano de admissão, sem
redução da remuneração e do subsídio relativos ao período de férias vencido,
que cumulam com a remuneração do trabalho prestado nesses dias (artigo 238.º,
n.º 5 do CT)

16
Casos especiais de duração do período de férias (artigo 127.º LTFP e artigo 239.º CT)

Ano de admissão (artigo 239.º do CT)

❑ O trabalhador tem direito a dois dias úteis de férias por cada mês de duração
do vínculo, até 20 dias, cujo gozo pode ter lugar após seis meses completos
de execução do contrato

No caso de o ano civil terminar antes de decorridos os seis meses, as férias


são gozadas até 30 de Junho do ano subsequente

17
Casos especiais de duração do período de férias (artigo 127.º LTFP e artigo 239.º CT)

Vínculos com duração inferior a 6 meses (Artigo 127.º da LTFP)

❑ O trabalhador tem direito a gozar dois dias úteis de férias por cada mês de
duração do vínculo, contando-se, para o efeito, todos os dias seguidos ou
interpolados de prestação de trabalho

As férias são gozadas imediatamente antes da cessação do contrato, salvo


acordo das parte

18
Casos especiais de duração do período de férias (artigo 127.º LTFP e artigo 239.º CT)

No ano de cessação de impedimento prolongado (artigos 129.º, n.º 2 e 127.º da LTFP)

❑ O trabalhador tem direito a gozar dois dias úteis de férias por cada mês de
duração do vínculo, contando-se, para o efeito, todos os dias seguidos ou
interpolados de prestação de trabalho.

19
Ano do gozo das férias (artigo 240.º CT)

❑ As férias são gozadas no ano civil em que se vencem

❑ Podem ser gozadas até 30 de Abril do ano civil seguinte, em cumulação ou não
com férias vencidas no início deste, por acordo entre empregador e trabalhador
ou sempre que este as pretenda gozar com familiar residente no estrangeiro

❑ Pode ainda ser cumulado o gozo de metade do período de férias vencido no ano
anterior com o vencido no ano em causa, mediante acordo entre empregador e
trabalhador

20
Quem tem competência para autorizar a acumulação de férias?

• Titulares de cargos dirigentes intermédios de 1.º e 2.º grau

Artigo 8.º, n.º 1, alínea e) e n.º 2, alínea h) da Lei n.º 2/2004, de 15 de Janeiro, na
redação dada pelo artigo 2.º da Lei n.º 51/2005, de 30 de Agosto, alterada e
republicada pela Lei n.º 64/2011, de 22 de Dezembro

Qual o prazo para requerer a acumulação de férias?

• A lei não estabelece prazo para requerer a acumulação de férias, mas um princípio elementar de
organização do trabalho impõe que a manifestação de vontade em que o requerimento se traduz
se verifique até ao termo do ano civil em que as férias se venceram e no qual deveriam ter sido
gozadas, face à regra geral do n.º 1 do artigo 240.º do Código do Trabalho

21
Ano do gozo das férias (artigo 240.º CT)

a) Férias vencidas em anos anteriores à entrada em vigor do RCTFP (1 de Janeiro


de 2009) – a regra da irrenunciabilidade e da imprescritibilidade

b) Férias vencidas após a vigência do RCTFP (1 de Janeiro de 2009) – a regra da


irrenunciabilidade e da prescritibilidade

22
Marcação do período de férias (artigo 241.º CT)

O período de férias é marcado por acordo entre empregador e trabalhador

Na falta de acordo:

❑ O empregador marca as férias (só pode marcar o período de férias entre 1 de


maio e 31 de outubro (exceção – existência de IRCT ou de parecer dos representantes dos
trabalhadores que admita época diferente)

❑ Não podem ter início em dia de descanso semanal do trabalhador

❑ Após audição da comissão de trabalhadores ou, na sua falta, a comissão


intersindical ou a comissão sindical representativa do trabalhador interessado

❑ Em caso de cessação do vínculo sujeita a aviso prévio, o empregador pode


determinar que o gozo das férias tenha lugar em momento anterior ao da
cessação do vínculo

23
Marcação do período de férias (artigo 241.º CT)

❑ Na marcação das férias, os períodos mais pretendidos devem ser rateados, sempre que
possível, beneficiando alternadamente os trabalhadores em função dos períodos
gozados nos dois anos anteriores

❑ Os cônjuges, bem como as pessoas que vivam em união de facto ou economia comum
nos termos previstos em legislação específica, que trabalham no mesmo órgão ou
serviço têm direito a gozar férias em idêntico período, salvo se houver prejuízo grave
para o serviço

❑ Por acordo com o empregador público, o trabalhador pode gozar o período de férias
seguido ou interpolado, desde que goze obrigatoriamente um mínimo de 10 dias
seguidos

24
Marcação do período de férias - mapa de férias (artigo 241.º, n.º 9 CT)

O empregador elabora o mapa de férias, com indicação do início e do termo dos


períodos de férias de cada trabalhador, até 15 de Abril de cada ano e mantém-no
afixado nos locais de trabalho entre esta data e 31 de Outubro

25
Marcação do período de férias (artigo 241.º CT)

Os dias de férias podem ser gozados em meios dias?

❑ Redação inicial do artigo 176.º do RCTFP – Não

❑ Artigo 6.º da Lei n.º 66/2012, de 31 de Dezembro, alterou a redação do


artigo 176.º do RCTFP – aditou n.º 8 (os dias de férias podem ser gozados em
meios dias, no máximo de quatro meios dias, seguidos ou interpolados, por
iniciativa do trabalhador)

❑ LTFP e CT – O gozo de meios dias de férias não está previsto

26
Alteração do período de férias por motivo relativo ao empregador público (artigo
243.º CT)

Exigências imperiosas do funcionamento do órgão ou serviço podem determinar a


alteração ou interrupção do período de férias do trabalhador

❑ Trabalhador tem direito a indemnização pelos prejuízos sofridos por deixar de


gozar as férias no período marcado

❑ A interrupção das férias deve permitir o gozo seguido de metade do período a


que o trabalhador tem direito

27
Alteração do período de férias por motivo relativo ao trabalhador (artigo 244.º CT)

O gozo das férias não se inicia ou suspende-se quando o trabalhador:

▪ Esteja temporariamente impedido por doença ou


▪ Por outro facto que não lhe seja imputável

Desde que haja comunicação desse impedimento ao empregador

28
Alteração do período de férias por motivo relativo ao trabalhador (artigo 244.º CT)

Cessado o impedimento do trabalhador:

▪ O gozo das férias tem lugar após o termo do impedimento na medida do


remanescente do período marcado

▪ O período correspondente aos dias não gozados deve ser marcado por
acordo ou, na falta deste, pelo empregador

29
Alteração do período de férias por motivo relativo ao trabalhador – Doença nas
férias (artigo 128.º LTFP)

❑ Caso o trabalhador adoeça durante o período de férias, estas são suspensas desde
que o empregador seja do facto informado

❑ O gozo das férias prossegue logo após a alta, caso o trabalhador ainda esteja no
período de férias que tinha previamente marcado

❑ Os dias de férias remanescentes são gozados em data a acordar entre


empregador e trabalhador

30
Alteração do período de férias por motivo relativo ao trabalhador – Doença nas
férias (artigo 128.º LTFP)

❑ Não havendo acordo o empregador pode proceder à marcação, em qualquer


período

❑ Se o trabalhador não informar o empregador público da situação de doença ou se


opuser, sem motivo atendível, à fiscalização, os dias de doença são considerados
dias de férias

❑ A prova da doença é feita por estabelecimento hospitalar, declaração do centro


de saúde ou por atestado médico (RGSS)

31
Alteração do período de férias por motivo relativo ao trabalhador – Doença nas
férias (artigo 128.º LTFP)

❑ A doença está sujeita a verificação, podendo o empregador público requerer a


designação de médico dos serviços da Segurança Social da área da residência
habitual do trabalhador, dando-lhe conhecimento na mesma data, podendo
também designar um médico que não tenha qualquer vínculo contratual anterior
ao empregador público (RGSS)

❑ Caso haja desacordo entre os pareceres médicos pode ser requerida a


intervenção da junta médica

32
A doença nas férias (artigo 128.º LTFP)

Aspetos principais da doença no período de férias:

❑ A suspensão das férias, caso o empregador seja do facto informado

❑ Prosseguindo o seu gozo logo após a alta o gozo dos dias de férias ainda
compreendido naquele período

❑ O acordo como meio privilegiado na marcação dos dias de férias não gozados

33
Efeitos da suspensão do vínculo por impedimento prolongado (artigos 278.º e 279.º
LTFP)

Suspensão do vínculo de emprego público por facto respeitante ao trabalhador:

❑ Quando o trabalhador esteja temporariamente impedido de prestar o seu


trabalho, por facto que não lhe seja imputável, nomeadamente por motivo de
doença, que se prolongue por um período superior a um mês, há lugar à
suspensão do vínculo de emprego público
❑ O vínculo considera-se suspenso mesmo antes de decorrido um mês, a partir do
momento em que seja previsível que o impedimento terá duração superior
àquele prazo

34
Efeitos da suspensão do vínculo por impedimento prolongado (artigos 278.º e 279.º
LTFP)

Suspensão do vínculo de emprego público por facto respeitante ao trabalhador:

❑ O vínculo de emprego público extingue-se no momento em que se torne certo


que o impedimento é definitivo
❑ O impedimento temporário por facto imputável ao trabalhador determina a
suspensão do vínculo, nos casos previstos na lei
❑ No dia imediato ao da cessação do impedimento o trabalhador deve
apresentar-se ao empregador público, sob pena de incorrer em faltas
injustificadas

35
Efeitos da suspensão do vínculo por impedimento prolongado (artigo 129.º LTFP)

❑ No ano da suspensão do contrato por impedimento prolongado, respeitante ao


trabalhador, verificando-se a impossibilidade total ou parcial do gozo do direito
a férias já vencido, o trabalhador tem direito à remuneração correspondente ao
período de férias não gozado e respetivo subsídio

❑ No ano da cessação do impedimento prolongado o trabalhador tem direito a


férias nos termos previstos no artigo 127.º da LTFP (regime das férias para o
vínculo de duração inferior a 6 meses – 2 dias úteis de férias por cada mês
completo de duração do contrato, contando-se, para o efeito, todos os dias
seguidos ou interpolados em que foi prestado trabalho)

❑ Cessando o contrato após impedimento prolongado respeitante ao trabalhador,


este tem direito à remuneração e ao subsídio de férias correspondentes ao
tempo de serviço prestado no ano de início da suspensão

36
Efeitos da suspensão do vínculo por impedimento prolongado (artigo 129.º LTFP)

A suspensão do contrato por impedimento prolongado suscita duas questões:

1.ª questão: Quais são as consequências em sede de direito a férias se um


trabalhador se encontrar com o seu contrato de trabalho suspenso e cessar a
suspensão no próprio ano em que a mesma se constituiu?

2.ª questão: Quais as consequências se o trabalhador só tiver regressado ao serviço


(por via da cessação da situação que originou a suspensão do seu contrato) no ano
civil posterior àquele em que se iniciou a suspensão?

37
Efeitos da suspensão do vínculo por impedimento prolongado (artigo 129.º LTFP)

1.ª questão: ocorrida a suspensão do contrato, no próprio ano em que se


desencadeou e veio a cessar a situação que originou a suspensão do contrato, tem
naturalmente direito ao período normal de férias, vencidas em 1 de Janeiro desse ano

1 de maio Suspensão do VEP 18 de agosto

Não impede o gozo de férias nesse ano

38
Efeitos da suspensão do vínculo por impedimento prolongado (artigo 129.º LTFP)

• O n.º 1 do artigo 129.º da LTFP é aplicável apenas relativamente ao próprio ano


em que se verificou a suspensão do contrato, caso o trabalhador ainda não tenha
gozado as férias já vencidas nesse ano, no momento em que se iniciou a
suspensão, nem tenha possibilidade de as gozar

• Se o trabalhador, finda a suspensão, ainda tem possibilidade de gozar as suas


férias, no todo ou em parte, as mesmas serão gozadas com direito à remuneração
correspondente e ao subsídio, como se não tivesse ocorrido a suspensão

39
Efeitos da suspensão do vínculo por impedimento prolongado (artigo 129.º LTFP)

2.ª questão: se a cessação da suspensão do contrato ocorrer no ano seguinte ao da


sua constituição, nesse caso o trabalhador tem apenas direito a férias nos termos das
disposições conjugadas do n.º 2 do artigo 129.º e do artigo 127.º da LTFP

40
Efeitos da suspensão do vínculo por impedimento prolongado (artigo 129.º LTFP)

No ano seguinte àquele em que cessou a suspensão do contrato renasce na esfera


jurídica do trabalhador o direito ao período normal de férias, vencidas em 1 de
Janeiro desse ano, conforme o previsto no artigo 126.º da LTFP

18 de agosto de
Suspensão do VEP 1 de maio de 2022
2021

O trabalhador não pode gozar férias de 2011


nem venceu férias em 1 de janeiro de 20202

41
Efeitos da cessação do contrato no direito a férias (artigo 245.º CT)

❑ Cessando o contrato de trabalho, o trabalhador tem direito a receber a


remuneração de férias e respetivo subsídio:

❑ Correspondentes a férias vencidas e não gozadas;


❑ Proporcionais ao tempo de serviço prestado no ano da cessação

❑ Em caso de cessação do contrato no ano civil subsequente ao da admissão ou cuja


duração não seja superior a 12 meses, o cômputo total das férias ou da
correspondente remuneração a que o trabalhador tenha direito não pode exceder
o proporcional ao período anual de férias tendo em conta a duração do contrato

42
Violação do direito a férias (artigo 130.º LTFP)

Caso o empregador público, com culpa, obste ao gozo das férias nos termos previstos
na LTFP, o trabalhador recebe, a título de compensação, o triplo da remuneração
correspondente ao período em falta, o qual deve obrigatoriamente ser gozado até 30
de abril do ano civil subsequente

43
Exercício de outra atividade durante as férias (artigo 131.º LTFP)

O trabalhador não pode exercer qualquer outra atividade remunerada durante as


férias, salvo se já a viesse exercendo cumulativamente, com autorização, ou o
empregador público a isso o autorizar (garantias de imparcialidade – matéria
atualmente prevista nos artigos 19.º a 24.º da LTFP)

44
Exercício de outra atividade durante as férias (artigo 131.º LTFP)

❑ As garantias de imparcialidade no exercício de funções públicas

❑ As incompatibilidades e os impedimentos (artigos 19.º a 24.º da LTFP)

❑ A autorização para a acumulação de funções

45
Contacto em período de férias (artigo 132.º LTFP)

Antes do início das férias, o trabalhador deve indicar, se possível, ao respetivo


empregador público, a forma como pode ser eventualmente contactado.

46
Remuneração no período de férias (artigo 152.º LTFP)

❑ Remuneração correspondente àquela que o trabalhador receberia se estivesse


em serviço efetivo, com exceção do subsídio de refeição

❑ Subsídio de férias de valor igual a um mês de remuneração base mensal, pago no


mês de Junho de cada ano ou,

❑ …em conjunto com a remuneração mensal do mês anterior ao do gozo de férias,


quando a aquisição do respetivo direito ocorrer em momento posterior

❑ A suspensão do contrato por doença não prejudica o direito ao subsídio de férias

❑ O aumento ou a redução do período de férias (n.ºs 4 e 5 do art.º 126.º), não


implicam o aumento ou a redução correspondentes na remuneração ou no
subsídio de férias

47
O regime da tolerância de ponto

48
Regime da tolerância de ponto

A tolerância de ponto traduz-se na dispensa de comparência ao serviço concedida aos


trabalhadores que em determinado dia útil estão vinculados ao dever de assiduidade:

❑ Não é considerado como feriado


❑ Não suspende as férias
❑ Os trabalhadores que se encontrem em gozo de férias não têm direito a
mais um dia de férias por compensação
❑ Não há lugar ao pagamento de subsídio de refeição

49
O regime das faltas

50
Regime das faltas

❑ A aplicabilidade do CT no quadro do princípio geral inscrito nos artigos 4.º e 122.º,


n.º 1 da LTFP

❑ A noção de falta dada pelo artigo 133.º da LTFP

❑ O elenco taxativo das faltas justificadas: o artigo 134.º, n.º 2 da LTFP. Confronto
com o catálogo impresso no artigo 249.º, n.º 2 do CT

❑ A inaplicabilidade da alínea i) do n.º 2 do artigo 249.º do CT (falta autorizada ou


aprovada pelo empregador)

❑ Imperatividade do regime das faltas, nos termos do n.º 5 do artigo 134.º da LTFP

❑ Comunicação da falta: o artigo 253.º do CT

❑ Admissibilidade de qualquer meio de prova (regra): o regime do artigo 254.º do CT

51
Noção de falta (artigo 133.º LTFP)

Ausência de trabalhador do local em que devia desempenhar a atividade durante o


período normal de trabalho diário

Em caso de ausência do trabalhador por períodos inferiores ao período normal de


trabalho diário, os respetivos tempos são adicionados para determinação da falta

52
Elenco das faltas justificadas (artigo 134.º, n.º 2 LTFP)

São faltas justificadas:

❑ As dadas, durante 15 dias seguidos, por altura do casamento

❑ As motivadas por falecimento do cônjuge, parentes ou afins

❑ As motivadas pela prestação de provas em estabelecimento de ensino

53
Elenco das faltas justificadas (artigo 134.º, n.º 2 LTFP)

❑ As motivadas por impossibilidade de prestar trabalho devido a facto que não seja
imputável ao trabalhador, nomeadamente:

❑ Prescrição médica no seguimento de recurso a técnica de procriação


medicamente assistida;
❑ Doença;
❑ Acidente;
❑ Cumprimento de obrigação legal.

54
Elenco das faltas justificadas (artigo 134.º, n.º 2 LTFP)

❑ As motivadas pela prestação de assistência inadiável e imprescindível a filho, a neto


ou a membro do agregado familiar do trabalhador (Faltas enquadradas no âmbito
da parentalidade – artigos 33.º e ss do CT)

❑ As motivadas por deslocação a estabelecimento de ensino de responsável pela


educação de menor por motivo da situação educativa deste, pelo tempo
estritamente necessário, até quatro horas por trimestre, por cada menor

❑ As de trabalhador eleito para estrutura de representação coletiva dos trabalhadores


(artigo 316.º da LTFP)

55
Elenco das faltas justificadas (artigo 134.º, n.º 2 LTFP)

❑ As dadas por candidatos a eleições para cargos públicos, durante o período legal da
respetiva campanha eleitoral, nos termos da correspondente lei eleitoral

❑ As motivadas pela necessidade de tratamento ambulatório, realização de consultas


médicas e exames complementares de diagnóstico, que não possam efetuar-se fora
do período normal de trabalho e só pelo tempo estritamente necessário

Aplica-se igualmente quando esteja em causa a assistência a cônjuge ou


equiparado, ascendentes, descendentes, adoptandos, adoptados e enteados,
menores ou deficientes, quando comprovadamente o trabalhador seja a pessoa
mais adequada para o fazer (n.º 3 do artigo 134.º)

❑ As motivadas por isolamento profilático

56
Elenco das faltas justificadas (artigo 134.º, n.º 2 LTFP)

❑ As dadas para doação de sangue e socorrismo

❑ As motivadas pela necessidade de submissão a métodos de seleção em


procedimento concursal

❑ As dadas por conta do período de férias

❑ As que por lei sejam como tal consideradas

57
Elenco das faltas justificadas
Decreto-Lei n.º 85/2019, de 1 de julho

Falta justificada para acompanhamento de menor no primeiro dia de escola

❑ O trabalhador da Administração Pública responsável pela educação de menor de 12 anos


tem direito a faltar justificadamente com vista ao seu acompanhamento no primeiro dia
do ano letivo, até três horas por cada menor
❑ Efeitos – não determina a perda de qualquer direito do trabalhador e é considerada, para
todos os efeitos, prestação efetiva de trabalho
❑ O empregador público, para evitar prejuízo grave para o funcionamento do órgão ou
serviço, deve tomar as medidas de gestão com a antecedência necessária para promover
a utilização deste mecanismo de conciliação

58
Faltas por motivo de falecimento de familiar (artigo 134.º, n.º 2, alínea b) LTFP artigo 251.º
CT)
Faltas por motivo de falecimento do cônjuge, parente ou afim

O trabalhador pode faltar:

❑ Até 20 dias consecutivos, por falecimento de descendente ou afim no 1.º grau na


linha reta (Filhos);
❑ Até cinco dias consecutivos, por falecimento de cônjuge não separado de pessoas e
bens, pessoa com quem viva em união de facto ou em economia comum ou de
parente ou afim ascendente no 1.º grau da linha reta. (Pais/Sogros)
❑ Até dois dias consecutivos, por falecimento de outro parente ou afim na linha reta
ou no 2.º grau da linha colateral. (Avós/Netos/Irmãos/Cunhados)

59
Noções de parentesco e de afinidade no Código Civil

Artigo 1578.º
(Noção de parentesco)

Parentesco é o vínculo que une duas pessoas, em consequência de uma delas descender
da outra ou de ambas procederem de um progenitor comum.

Artigo 1579.º
(Elementos do parentesco)

O parentesco determina-se pelas gerações que vinculam os parentes um ao outro: cada


geração forma um grau, e a série dos graus constitui a linha de parentesco.

60
Noções de parentesco e de afinidade no Código Civil

Artigo 1580.º
(Linhas de parentesco)

1. A linha diz-se reta, quando um dos parentes descende do outro; diz-se colateral,
quando nenhum dos parentes descende do outro, mas ambos procedem de um
progenitor comum.
2. A linha reta é descendente ou ascendente: descendente, quando se considera como
partindo do ascendente para o que dele procede; ascendente, quando se considera
como partindo deste para o progenitor.

61
Noções de parentesco e de afinidade no Código Civil

Artigo 1581.º
(Cômputo dos graus)

1. Na linha reta há tantos graus quantas as pessoas que formam a linha de parentesco,
excluindo o progenitor.
2. Na linha colateral os graus contam-se pela mesma forma, subindo por um dos ramos e
descendo pelo outro, mas sem contar o progenitor comum

ARTIGO 1585.º
(Elementos e cessação da afinidade)

A afinidade determina-se pelos mesmos graus e linhas que definem o parentesco e não
cessa pela dissolução do casamento por morte.

62
Parentesco

Linha reta
C
2.º grau

Descendente

Ascendente
B
1.º grau

63 63
Parentesco

2.º grau 3.º grau

Linha colateral descendente


Linha reta ascendente

B C

1.º grau

D E

64 64
Faltas para assistência a membro do agregado familiar (artigo 134.º, n.º 2, alínea e) LTFP
artigo 252.º CT)

❑ Até 15 dias por ano para prestar assistência inadiável e imprescindível, em caso de
doença ou acidente, a cônjuge ou pessoa que viva em união de facto ou economia
comum com o trabalhador, parente ou afim na linha reta ascendente ou no 2.º grau
da linha colateral

❑ Acrescem 15 dias por ano, no caso de prestação de assistência inadiável e


imprescindível a pessoa com deficiência ou doença crónica, que seja cônjuge ou
viva em união de facto com o trabalhador

❑ No caso de assistência a parente ou afim na linha reta ascendente, não é exigível a


pertença ao mesmo agregado familiar

65
Faltas para assistência a membro do agregado familiar (artigo 134.º, n.º 2, alínea e) LTFP
artigo 252.º CT)

O que pode ser exigido para justificação da falta?

❑ Prova do caráter inadiável e imprescindível da assistência

❑ Declaração de que outros membro do agregado familiar, que exerçam atividade


profissional, não faltaram pelo mesmo motivo ou estão impossibilitados da
assistência

66
Faltas para assistência a filho ou a neto (artigo 134.º, n.º 2, alínea e) LTFP artigos 49.º e 50.º
CT)

Estas faltas inscrevem-se no âmbito da parentalidade e seguem o regime previsto nos


artigos 49.º, 50 e 65.º do CT

67
Faltas para assistência a filho (artigo 134.º, n.º 2, alínea e) LTFP artigo 49.º CT)

❑ O trabalhador pode faltar para prestar assistência inadiável e imprescindível, em


caso de doença ou acidente, a filho menor de 12 anos, durante 30 dias por ano ou
durante todo o período de eventual hospitalização

❑ Pode faltar nos mesmo termos, independentemente da idade do filho em caso de


deficiência ou doença crónica

68
Faltas para assistência a filho (artigo 134.º, n.º 2, alínea e) LTFP artigo 49.º CT)

❑ O trabalhador pode faltar para prestar assistência inadiável e imprescindível, em


caso de doença ou acidente, a filho com 12 ou mais anos de idade que, no caso de
ser maior, faça parte do seu agregado familiar, durante 15 dias por ano

❑ Acresce mais um dia por cada filho além do primeiro

❑ A possibilidade de faltar não pode ser exercida simultaneamente pelo pai e pela
mãe

69
Faltas para assistência a filho (artigo 134.º, n.º 2, alínea e) LTFP artigo 49.º CT)

O empregador público pode exigir:

- Prova do caráter inadiável e imprescindível da assistência

- Declaração de que o outro progenitor com atividade profissional não está a faltar
pelo mesmo motivo

- Havendo lugar a hospitalização declaração comprovativa do estabelecimento


hospitalar

70
Faltas para assistência a neto (artigo 134.º, n.º 2, alínea e) LTFP artigo 50.º CT)

O trabalhador pode faltar até 30 dias consecutivos a seguir ao nascimento de neto que:

❑ Viva consigo em comunhão de mesa e habitação, e


❑ Que seja filho de adolescente com idade inferior a 16 anos

Se houver dois titulares do direito, há apenas lugar a um período de faltas a gozar por um deles , ou
por ambos em tempo parcial ou em períodos sucessivos por decisão conjunta

71
Faltas para assistência a neto (artigo 134.º, n.º 2, alínea e) LTFP artigo 50.º CT)

O que tem de fazer o trabalhador?

❑ Informar o empregador com 5 dias de antecedência


❑ Declarar que o neto vive consigo em comunhão de mesa e habitação
❑ Declarar que o neto é filho de adolescente com idade inferior a 16 anos
❑ Declarar que o cônjuge exerce atividade profissional ou se encontra física ou
psiquicamente impossibilitado de cuidar do neto ou que não vive em comunhão de
mesa e habitação

72
Faltas para assistência a neto (artigo 134.º, n.º 2, alínea e) LTFP artigo 50.º CT)

❑ O trabalhador pode também faltar, em substituição dos progenitores, para prestar assistência
inadiável e imprescindível, em caso de doença ou acidente, a neto menor ou,
independentemente da idade, com deficiência ou doença crónica.

O que tem de fazer o trabalhador, neste caso?

- Informar o empregador com 5 dias de antecedência ou, sendo a situação imprevisível, logo que
possível

- Que os progenitores são trabalhadores e não faltam pelo mesmo motivo ou estão
impossibilitados de prestar assistência, bem como que nenhum outro familiar do mesmo grau
falta pelo mesmo motivo.

73
Faltas por conta do período de férias (artigo 135.º LTFP)

❑ O trabalhador pode faltar dois dias por mês por conta do período de férias, até ao
máximo de 13 dias por ano, os quais podem ser utilizados em períodos de meios dias

❑ Relevam, segundo opção do interessado, no período de férias do próprio ano ou do ano


seguinte

❑ Nos casos em que as faltas determinem perda de remuneração, as ausências podem ser
substituídas, se o trabalhador assim o preferir, por dias de férias, na proporção de um
dia de férias por cada dia de falta, desde que seja salvaguardado o gozo efetivo de 20
dias de férias ou da correspondente proporção, se se tratar do ano de admissão,
mediante comunicação expressa do trabalhador ao empregador público

74
Faltas por conta do período de férias (artigo 135.º LTFP)

O que tem o trabalhador de fazer?

❑ Comunicar com a antecedência mínima de 24 horas ou, não sendo possível, no


próprio dia

Estão sujeitas a autorização que pode ser recusada se forem suscetíveis de prejudicar
o normal funcionamento do órgão ou serviço

75
Faltas por conta do período de férias (artigo 135.º LTFP)

❑ Nos casos em que as faltas determinem perda de remuneração, as ausências podem ser
substituídas, se o trabalhador assim o preferir, por dias de férias, na proporção de um
dia de férias por cada dia de falta, desde que seja salvaguardado o gozo efetivo de 20
dias de férias ou da correspondente proporção, se se tratar do ano de admissão,
mediante comunicação expressa do trabalhador ao empregador público

As faltas mantêm a sua natureza, sendo afastada uma das consequências “perda da
remuneração”, mediante opção do trabalhador.

76
Imperatividade do regime de faltas (artigo 134.º, n.º 5 LTFP)

As disposições relativas aos tipos de faltas e à sua duração não podem ser objeto de
instrumento de regulamentação coletiva de trabalho, salvo tratando-se das situações
previstas na alínea g) do n.º 2 do artigo 134.º (faltas dadas por trabalhador eleito para
estrutura de representação coletiva dos trabalhadores)

77
A justificação das faltas – comunicação da ausência (artigo 253.º CT)

❑ A ausência, quando previsível, é comunicada ao empregador, acompanhada da


indicação do motivo justificativo, com a antecedência mínima de cinco dias

❑ Caso esta antecedência não possa ser respeitada, nomeadamente por a ausência
ser imprevisível, a comunicação ao empregador é feita logo que possível

❑ A comunicação é reiterada em caso de ausência imediatamente subsequente à


prevista em comunicação anterior, mesmo quando a ausência determine a
suspensão do contrato de trabalho por impedimento prolongado

❑ A falta de candidato a cargo público durante o período da campanha eleitoral é


comunicada ao empregador com a antecedência mínima de 48 horas

❑ O incumprimento do disposto neste artigo determina que a ausência seja


injustificada

78
A justificação das faltas – comunicação da ausência (artigo 253.º CT)

Com a entrada em vigor da LTFP, e fora da situação específica das faltas por doença,
houve alguma alteração no modo de comunicação e justificação das faltas?

Não, a comunicação da ausência deve seguir o regime do artigo 253.º do Código do


Trabalho e a prova do motivo justificativo da falta ser entregue, quando solicitada, nos
termos do n.º 1 do artigo 254.º do mesmo Código.

79
Prova do motivo justificativo da falta (artigo 254.º CT)

❑ O empregador pode, nos 15 dias seguintes à comunicação da ausência, exigir ao


trabalhador prova de facto invocado para a justificação, a prestar em prazo razoável

❑ A prova da situação de doença do trabalhador é feita por declaração de


estabelecimento hospitalar, ou centro de saúde ou ainda por atestado médico

❑ A situação de doença pode ser verificada por médico

❑ A apresentação ao empregador de declaração médica com intuito fraudulento


constitui falsa declaração para efeitos de justa causa de despedimento

80
Os efeitos das faltas justificadas (artigo 134.º, n.º 4 LTFP e artigo 255.º CT)

Falta Efeito
Por casamento Não afetam qualquer direito do trabalhador.
Falecimento Não determinam perda de remuneração.
Prestação de provas em estabelecimento de ensino

Motivos não imputáveis Ver slide seguinte

Não afetam qualquer direito do trabalhador.


Assistência a filho, neto ou membro do agregado familiar Determinam perda de remuneração, há lugar
ao pagamento de um subsídio

Deslocação a estabelecimento de ensino Não afetam qualquer direito do trabalhador.


Trabalhador eleito para estrutura de representação coletiva
Não determinam perda de remuneração.

Candidatos a eleições para cargos públicos


As que por lei sejam consideradas justificadas Têm os efeitos que, em cada caso, a lei lhes
atribuir
81
Os efeitos das faltas justificadas (artigo 134.º, n.º 4 LTFP e artigo 255.º CT)

Falta Efeito
Não afetam qualquer direito do trabalhador.

Determinam perda de remuneração:

- Faltas por doença se o trabalhador


beneficiar de regime de SS

- Acidente de trabalho se trabalhador tiver


Motivos não imputáveis direito a subsídio ou seguro

- Assistência a membros do agregado


familiar (embora sejam consideradas
como prestação efetiva de trabalho)

- As que por lei sejam consideradas


justificadas, quando excedam 30 dias por
ano

82
Os efeitos das faltas justificadas (artigo 134.º, n.º 4 LTFP e artigo 255.º CT)

Falta Efeito
Tratamento ambulatório, consultas médicas e exames Não afetam qualquer direito do trabalhador.
complementares de diagnóstico (próprio e familiares)
Não determinam perda de remuneração.
Isolamento profilático
Doação de sangue e socorrismo

❑ As faltas dadas por conta do período de férias (alínea m)) - seguem o regime do artigo 135.º
da LTFP

❑ As faltas para assistência a filho e para assistência a neto não determinam a perda de
quaisquer direitos, salvo quanto à remuneração, e são consideradas como prestação efetiva
de trabalho

83
Os efeitos das faltas justificadas (artigo 255.º CT)

Perdem remuneração:

❑ Faltas por doença desde que o trabalhador beneficie de um regime de segurança


social de proteção na doença

❑ Por motivo de acidente de trabalho, desde que o trabalhador tenha direito a qualquer
subsídio ou seguro (DL 503/99)

❑ Faltas para assistência a membro do agregado familiar (embora consideradas como


prestação efetiva de trabalho) – Só trabalhadores inscritos no RGSS

❑ As que por lei sejam consideradas faltas justificadas, quando excedam 30 dias por ano

84
Os efeitos das faltas – faltas para assistência a familiares (artigo 255.º CT)

Regime de Proteção Social Convergente (RPSC)

❑ Nomeados

❑ Lei 4/2009, de 29 de janeiro e Decreto-Lei n.º 89/2009, de 9 de abril

❑ Contratados em regime de contrato de trabalho em funções públicas

❑ Artigo 40.º da Lei n.º 35/2014, de 20 de Junho, e Decreto-Lei n.º 89/2009, de 9 de


Abril
Laboral Proteção social Quem paga
Faltas justificadas Recebem subsídio Empregador público
Perdem remuneração previsto no artigo 36.º
do DL n.º 89/2009

85
Os efeitos das faltas – faltas para assistência a familiares (artigo 255.º CT)

Regime Geral de Segurança Social (RGSS)

❑ Nomeados

❑ Contratados em regime de contrato de trabalho em funções públicas

Laboral Proteção social Quem paga


Faltas justificadas Não há lugar à N.A.
Perdem remuneração atribuição de qualquer
subsídio

86
Os efeitos das faltas – nas férias do trabalhador

Há lugar a descontos nas férias em virtude de faltas dadas pelos trabalhadores?

Não, em regra, e independentemente de se tratar de faltas justificadas ou injustificadas, por


força do disposto no n.º 2 do artigo 237.º do Código do Trabalho, estas não têm quaisquer
efeitos nas férias.

87
Os efeitos das faltas – nas férias do trabalhador

Há lugar a descontos nas férias em virtude de faltas dadas pelos trabalhadores?

Só assim não será se as faltas determinarem a perda da remuneração, caso em que estão
sujeitas à disciplina do n.º 4 do artigo 135.º da LTFP.

Neste caso, as ausências podem ser substituídas, se o trabalhador assim o preferir, por dias de
férias, na proporção de um dia de férias por cada dia de falta, desde que seja salvaguardado o
gozo efetivo de 20 dias de férias ou da correspondente proporção, se se tratar do ano de
admissão, mediante comunicação expressa do trabalhador ao empregador público.

88
Os efeitos das faltas – faltas injustificadas (artigo 256.º CT)

❑ Constitui violação do dever de assiduidade


❑ Determina perda da remuneração correspondente ao período de ausência
❑ Não é contado o tempo na antiguidade do trabalhador
❑ A falta injustificada a um ou meio período normal de trabalho diário, imediatamente
anterior ou posterior a dia ou meio dia de descanso ou a feriado, constitui infração grave
❑ Neste caso, o período de ausência a considerar para efeitos da perda de remuneração
correspondente ao período de ausência abrange os dias ou meios-dias de descanso ou
feriados imediatamente anteriores ou posteriores ao dia de falta

89
As faltas por doença e a justificação da doença

❑ O regime dos trabalhadores integrados no Regime Geral de Segurança Social: os artigos


135.º a 142.º da LTFP

❑ O regime dos trabalhadores integrados no regime de proteção social convergente: os artigos


15.º a 40.º da Lei n.º 35/2014, de 20 de Junho, que aprovou a Lei Geral do Trabalho em
Funções Públicas

90
As faltas por doença e a justificação da doença (artigos 136.º a 143.º LTFP)

Trabalhadores integrados no Regime Geral de Segurança Social

Plano do direito laboral:

❑ Aplica-se a LTFP
❑ Perda da remuneração (artigo 134.º, n.º 4, alínea a) da LTFP e artigo 255.º, n.º 2,
alínea a) do Código do Trabalho)
❑ Suspensão do contrato se o impedimento temporário se prolongar efetiva ou
previsivelmente para além de 30 dias (artigo 278.º, n.º 1 da LTFP) – efeitos nas férias
(artigo 127.º LTFP)
❑ Os efeitos das faltas por doença não se aplicam a trabalhadores deficientes sempre
que decorram da própria incapacidade
❑ As faltas por doença implicam sempre a perda do subsídio de refeição

91
As faltas por doença e a justificação da doença (artigos 136.º a 143.º LTFP)

Trabalhadores integrados no Regime Geral de Segurança Social

Plano do direito da Segurança Social:

❑ Aplica-se o Decreto-Lei n.º 28/2004, de 4 de Fevereiro

❑ Período de espera nos três primeiros dias de incapacidade temporária para o


trabalho, sem direito a qualquer subsídio

❑ Direito ao subsídio de doença a partir do 4.º dia de incapacidade temporária para o


trabalho

92
As faltas por doença e a justificação da doença (artigos 136.º a 143.º LTFP)

Trabalhadores integrados no Regime Geral de Segurança Social

É importante a entrega do CIT pelo trabalhador junto da Segurança Social, para que, mesmo
não havendo lugar ao pagamento de subsídio nos três primeiros dias de incapacidade, haja
equiparação à entrega de contribuições para efeitos da carreira contributiva

93
Verificação da situação de doença por médico designado pela segurança social
(artigos 136.º a 143.º da LTFP)

Para efeitos de verificação da situação de doença do trabalhador, o empregador público deve


requerer a designação de médico aos serviços de segurança social da área da residência
habitual do trabalhador, informando o trabalhador do requerimento nessa mesma data

94
As faltas por doença e a justificação da doença (artigos 15.º a 39.º Lei n.º 35/2014)

Trabalhadores integrados no Regime de Proteção Social Convergente


(nomeados e contratados)

❖ As faltas por doença


❖ A consideração da carreira contributiva
❖ A justificação da doença e os meios de prova

O limite de faltas

30 dias 30 dias 60 dias a 18 meses 18 meses a 36 meses

95
Trabalhadores integrados no Regime de Proteção Social Convergente

O fim do prazo das faltas por doença

Requerimento de Requerimento de
apresentação à passagem à
junta médica situação
de licença sem
remuneração

Caso o trabalhador Passa igualmente à situação de


não tenha requerido, LSR o trabalhador que tendo sido Com as exceções
passa imediatamente considerado apto volte a adoecer previstas no n.º 6
Justificação
à situação de licença
por
sem que tenha prestado do artigo 34.º
períodos
sem remuneração sucessivos
mais de 30 dias de trabalho
de 30 dias

96 96
As faltas por doença e a justificação da doença (artigos 15.º a 39.º Lei n.º 35/2014)

Trabalhadores integrados no Regime de Proteção Social Convergente

Plano do direito laboral e do direito da proteção social:

❑ Aplica-se a Lei n.º 35/2014, de 20 de Junho

❑ Perda da totalidade da remuneração diária nos primeiro, segundo e terceiro dias de


incapacidade temporária, nas faltas seguidas ou interpoladas

❑ Perda de 10% da remuneração diária, a partir do 4.º dia e até ao 30.º dia de
incapacidade temporária

❑ Remuneração do trabalhador durante a incapacidade temporária é suportada pelo


empregador público a título de “prestação social”

97
As faltas por doença e a justificação da doença (artigos 15.º a 39.º Lei n.º 35/2014)

Trabalhadores integrados no Regime de Proteção Social Convergente

Plano do direito laboral e do direito da proteção social:

❑ Suspensão do contrato se o impedimento temporário se prolongar efetiva ou


previsivelmente para além de 30 dias (artigo 278.º, n.º 1 da LTFP) – efeitos nas férias
(artigo 127.º LTFP)
❑ Os efeitos das faltas por doença não se aplicam a trabalhadores deficientes sempre
que decorram da própria incapacidade
❑ As faltas por doença implicam sempre a perda do subsídio de refeição
❑ As faltas por doença podem ser substituídas por faltas por conta do período de férias
e por férias na medida em que as não reduzam a menos de 20 dias ou da
correspondente proporção caso se trate do ano de admissão

98
As faltas por doença e a justificação da doença (artigos 15.º a 39.º Lei n.º 35/2014)

Trabalhadores integrados no Regime de Proteção Social Convergente

Carreira contributiva:

❑ Mantém-se a totalidade das contribuições para a CGA por parte do empregador


público (23,75% da remuneração sujeita a desconto de quota nos termos do Estatuto
da Aposentação)
❑ Por parte do trabalhador não há pagamento da respetiva quota nos três primeiros
dias de faltas por incapacidade temporária (11% da remuneração base de incidência)
❑ Existindo perda parcial da remuneração (10% do 4.º ao 30.º dia), a equivalência à
entrada de contribuições respeita apenas à diferença entre a remuneração relevante
auferida e aquela que o trabalhador auferiria se estivesse em exercício efetivo de
funções

99
As licenças consideradas como vicissitudes modificativas

100
Vicissitudes modificativas do vínculo de emprego público

❑ Cedência de interesse público – artigos 241.º a 244.º da LTFP

❑ Reafectação de trabalhadores em caso de reorganização de serviços e racionalização de


efetivos – artigos 245.º a 275.º da LTFP (revogados pela Lei n.º 25/2017, de 30 de maio)

❑ Redução da atividade ou suspensão do vínculo de emprego público – artigos 276.º a 279.º


da LTFP

❑ Licenças – artigos 280.º a 283.º da LTFP

❑ Pré-reforma – artigos 284.º a 287.º

101
Licenças sem remuneração (artigos 280.º a 283.º LTFP)

❑ Salvo algumas exceções, a LTFP opta por um catálogo aberto de licenças

❑ Empregador público pode conceder licenças sem remuneração a pedido do trabalhador


(artigo 280.º, n.º 1)

❑ O direito à concessão de determinadas licenças sem remuneração – para frequência de


cursos de formação (artigo 280.º, n.º 2)

❑ Licença sem remuneração para acompanhamento de cônjuge colocado no estrangeiro


(artigo 282.º)

❑ Licença sem remuneração para o exercício de funções em organismos internacionais (artigo


283.º)

❑ Licenças fundadas em circunstâncias de interesse público


102
Licenças sem remuneração – Efeitos (artigo 281.º LTFP)

A concessão da licença determina a suspensão do vínculo:

❑ Mantêm-se os direitos, deveres e garantias das partes, na medida em que não


pressuponham a efetiva prestação de trabalho

❑ A licença não interrompe o decurso do prazo para efeitos de caducidade do contrato

❑ O período de tempo de licença não conta para efeitos de antiguidade (salvo as exceções a
seguir…)

103
Licenças sem remuneração – Efeitos (artigo 281.º LTFP)

Nas licenças previstas para:

❑ Acompanhamento do cônjuge colocado no estrangeiro

❑ O exercício de funções em organismos internacionais

❑ E noutras licenças fundadas em circunstâncias de interesse público

O trabalhador:

❑ Tem direito à contagem do tempo para efeitos de antiguidade


❑ Pode continuar a efetuar descontos para a ADSE ou outro subsistema de saúde de que
beneficie, com base na remuneração auferida à data do início da licença

104
Licenças sem remuneração – Efeitos (artigo 281.º LTFP)

O trabalhador tem direito à ocupação de um posto de trabalho no órgão ou serviço quando


terminar a licença, quando esteja em causa licença:

❑ De duração inferior a um ano


❑ Acompanhamento do cônjuge colocado no estrangeiro, desde que inferior a dois anos.

Se tiver sido concedida por período igual ou superior, caso o posto de trabalho se encontre
ocupado, deve aguardar a previsão no respetivo mapa, podendo candidatar-se a procedimento
concursal para outro órgão ou serviço, para o qual reúna os requisitos exigidos

❑ O exercício de funções em organismos internacionais


❑ E noutras licenças fundadas em circunstâncias de interesse público

105
Licenças sem remuneração – Efeitos (artigo 281.º LTFP)

Nas restantes licenças:

❑ O trabalhador que pretenda regressar ao serviço e cujo posto de trabalho se encontre


ocupado, deve aguardar a previsão, no mapa de pessoal, de um posto de trabalho não
ocupado, podendo candidatar-se a procedimento concursal para outro órgão ou serviço
para o qual reúna os requisitos exigidos

❑ Este regime é também aplicável ao regresso antecipado do trabalhador em gozo de licença


sem remuneração

106
Licenças sem remuneração para frequência de cursos de formação ou de
formação profissional (artigo 280.º LTFP)

O trabalhador tem direito a licenças sem remuneração de longa duração, para frequência de
cursos de formação ministrados sob responsabilidade de uma instituição de ensino ou de
formação profissional no âmbito de programa específico aprovado por autoridade competente
e executado sob o seu controlo pedagógico ou frequência de cursos ministrados em
estabelecimento de ensino

Considera-se de longa duração a licença superior a 60 dias

107
O empregador público só pode recusar a licença se:

❑ Ao trabalhador tiver sido proporcionada formação profissional ou licença para o


mesmo fim nos 24 meses anteriores à data do pedido

❑ Quando o trabalhador tenha menos de 3 anos de antiguidade no órgão ou serviço

❑ Quando o trabalhador não tenha requerido a licença com uma antecedência mínima
de 90 dias em relação à data de início

❑ Tratando-se de trabalhadores titulares de cargos dirigentes, que chefiem equipas


multidisciplinares ou que integrem carreira ou categoria de grau 3 de complexidade
funcional, quando não seja possível a substituição dos mesmos durante o período de
ausência sem prejuízo sério para o funcionamento do órgão ou serviço

108
Licenças sem remuneração para acompanhamento de cônjuge colocado no
estrangeiro (artigo 282.º LTFP)

O trabalhador tem direito a licença sem remuneração para acompanhamento do respetivo


cônjuge, quando:

❑ O cônjuge, tenha ou não a qualidade de trabalhador em funções públicas

❑ For colocado no estrangeiro

❑ Por período de tempo superior a 90 dias ou indeterminado

❑ Em missões de:

❑ defesa
❑ representação de interesses do País
❑ organizações internacionais de que Portugal seja membro

109
Competência e efeitos:

❑ A licença é concedida pelo dirigente competente, a requerimento do interessado, devidamente


fundamentado

❑ Se a licença for concedida por período inferior a 2 anos, o trabalhador:

❑ Tem direito à contagem do tempo para efeitos de antiguidade e pode continuar a efetuar
descontos para a ADSE ou outro subsistema de saúde de que beneficie, com base na
remuneração auferida à data do início da licença

❑ Tem direito à ocupação de um posto de trabalho no órgão ou serviço quando terminar a licença

Se for concedida por período igual ou superior a dois anos, caso o posto de trabalho se encontre
ocupado, deve aguardar a previsão no respetivo mapa, podendo candidatar-se a procedimento
concursal para outro órgão ou serviço, para o qual reúna os requisitos exigidos

110
Duração:

❑ A licença tem a mesma duração que a da colocação do cônjuge no estrangeiro, podendo


iniciar-se em data posterior à do início das funções do cônjuge no estrangeiro, desde que o
interessado alegue conveniência nesse sentido ou antecipar-se o regresso a pedido do
trabalhador

❑ Finda a colocação do cônjuge no estrangeiro, o trabalhador pode requerer ao dirigente


máximo do respetivo serviço o regresso à atividade, no prazo de 90 dias, a contar da data
do termo da situação de colocação daquele no estrangeiro

111
Regresso:

❑ Caso o trabalhador não requeira o regresso à atividade nos 90 dias seguintes ao termo da
colocação do cônjuge no estrangeiro, presume-se a sua vontade de extinguir o vínculo de
emprego público por denúncia ou exoneração a pedido do trabalhador

112
Licenças sem remuneração para o exercício de funções em organismos
internacionais (artigo 283.º LTFP)

Duas subespécies

❑ Licença para o exercício de funções com carácter precário ou experimental, com vista a
uma integração futura no respetivo organismo

❑ Licença para o exercício de funções em quadro de organismo internacional

113
Competência e forma

❑ A licença sem remuneração para exercício de funções em organismos internacionais é


concedida por despacho dos membros do Governo responsáveis pela área dos negócios
estrangeiros e pelo serviço a que pertence o trabalhador

114
Duração

Licença para o exercício de funções com caráter precário ou experimental, com vista a uma
integração futura no respetivo organismo

❑ tem a duração do exercício de funções com caráter precário ou experimental


para que foi concedida

Licença para o exercício de funções em quadro de organismo internacional

❑ concedida pelo período de exercício de funções

115
O que é necessário?

❑ Requerer a licença

❑ Prova da sua situação face à organização internacional, mediante documento a emitir


pela mesma

Válido para o pedido de concessão e pedido de regresso

116
Licença Requisitos Quem concede?
Não tipificada Acordo entre empregador público e Empregador público
trabalhador
Frequência de curso de formação • Não ter havido formação ou licença nos Empregador Público
24 meses anteriores
• 3 anos de antiguidade Nota: Cumpridos os
• pré-aviso de 90 dias requisitos não pode
recusar
Acompanhamento de cônjuge Requerimento devidamente fundamento Empregador Público
colocado no estrangeiro
Exercício de funções Caráter Requerimento do trabalhador. Membro do Governo da
em organismo precário Prova da sua situação face à organização tutela e MNE
internacional internacional, mediante comprovativo a
emitir por aquela
Quadro do Requerimento do trabalhador. Membro do Governo da
organismo Prova da sua situação face à organização tutela e MNE
internacional, mediante comprovativo a
emitir por aquela

117
Licença Duração Efeitos
Não tipificada Acordo das partes Suspensão do vínculo
Contagem de tempo para antiguidade e
manutenção de descontos para o subsistema de
saúde, se for por interesse público
Ocupação de posto de trabalho se for por
interesse público ou tiver duração inferior a 1
ano, caso contrário deve aguardar a previsão no
mapa, podendo candidatar-se a concurso
Frequência de curso de Superior a 60 dias Suspensão do vínculo.
formação Não conta para antiguidade
Ocupação de posto de trabalho se tiver duração
inferior a 1 ano, caso contrário deve aguardar a
previsão no mapa, podendo candidatar-se a
concurso

118
Licença Duração Efeitos
Acompanhamento de cônjuge Igual ao da colocação do
colocado no estrangeiro cônjuge no estrangeiro, Pode
iniciar-se depois ou terminar
Suspensão do vínculo
antes.
Contagem de tempo para antiguidade
Finda a colocação do cônjuge
Manutenção de descontos para o subsistema
deve requerer o regresso no
de saúde
prazo de 90 dias.
Direito à ocupação de posto de trabalho se a
Se não requerer o regresso
licença tiver duração inferior a 2 anos ou
presume-se a vontade de
deve aguardar a previsão no mapa, podendo
extinguir o vínculo
candidatar-se a concurso, se tiver duração
Exercício de Caráter Duração do exercício de igual ou superior
funções em precário funções a título precário ou
organismo experimental
internacional
Quadro do Duração do exercício de
organismo funções

119
Obrigada!

120

Você também pode gostar