CURSO: DIREITO

DIREITO CIVIL I

PROFESSOR: NILTON GODOY TRIGO

 CONCEITO DE DIREITO

- NOÇÃO DE DIREITO

- DIREITO OBJETIVO E DIREITO SUBJETIVO

- DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO

- FONTES DO DIREITO CIVIL BRASILEIRO

- O NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO

(LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2.002)

NOÇÃO DE DIREITO

O DIRETO É UMA CIÊNCIA SOCIAL, (CIÊNCIAS

HUMANAS) SENDO ELE COMPOSTO DE UM CONJUNTO DE
NORMAS E DE REGRAS ESTABELECIDAS EM UMA
ORGANIZAÇÃO ESTATAL SOBERANA E DEMOCRÁTICA E QUE
NORTEIAM AS AÇÕES DO HOMEM EM SOCIEDADE.

REFERIDAS NORMAS E REGRAS SÃO IMPOSTAS

DE MANEIRA COERCITIVAS A TODOS OS CIDADÃOS PELA
AUTORIDADE.

POR SER DISCIPLICADOR, O DIREITO TRAS EM

SI AS NORMAS E REGRAS QUE DEVEM SER SEGUIDAS PELO
HOMEM EM SOCIEDADE, E TAMBÉM, AS PUNIÇÕES QUE PODEM
SER APLICADAS SE REFERIDOS DITAMES LEGAIS NÃO FOREM
CUMPRIDOS.

AS NORMAS E REGRAS, BEM COMO SUAS

SANÇÕES ESTÃO NA ATUALIDADE DIVIDIDAS EM GRUPOS
DISTINTOS; PORÉM, INTERLIGADOS DENTRO DO DIREITO
BRASILEIRO.

EXISTE NO ORDENAMENTO JURÍDICO PÁTRIO,

VÁRIOS RAMOS DENTRO DO DIREITO ALÉM DO DIREITO CIVIL.

RAMOS DO DIREITO

PODEMOS CITAR:

- DIREITO PROCESSUAL CIVIL,

- DIREITO PENAL,

- DIREITO PROCESSUAL PENAL,

- DIREITO COMERCIAL,

- DIREITO DO TRABALHO,

- DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO,

- DIREITO PREVIDENCIÁRIO,

- DIREITO INTERNACIONAL,

- DIREITO TRIBUTÁRIO, ENTRE OUTROS.

COMO JÁ DISSEMOS ACIMA, REFERIDOS

RAMOS DO DIREITO TEM INTERLIGAÇÕES QUE SERÃO
ESTUDADAS NO FUTURO.
 BREVE HISTÓRIA DA EVOLUÇÃO DO DIREITO

PARA SE CHEGAR AO VERDADEIRO

EMARANHADO DE RAMOS EXISTENTES NO DIREITO, A
SOCIEDADE EVOLUIU PRATICAMENTE DO NADA.

O SER HUMANO PRIMITIVO QUANDO PASSOU A

VIVER EM GRUPOS, PERCEBEU QUE TINHA NECESSIDADE DE
DISCIPLINAR AS NORMAS DE CONVIVÊNCIA.

COMO AQUELE HOMEM ERA RUDIMENTAR E

NÃO TINHA OBVIAMENTE CONHECIMENTO JURÍDICO, PASSOU
ELE A REGULAR SUA VIDA E A DO GRUPO DE FORMA QUE SE
PORVENTURA ACONTECESSE NO GRUPO UM FATO (HOJE TIDO
COMO ANTI-SOCIAL), O AUTOR DA AÇÃO DELITUOSA DEVERIA
SER PENALIZADO NA FORMA “DENTE POR DENTE, OLHO POR
OLHO”.

COMO EXEMPLO, CITAMOS A POSSIBILIDADE

QUE TINHA O HOMEM PRIMITIVO DAS TERRAS DA AUSTRÁLIA,
QUE PODERIA FERIR COM SEU BOOMERANG AQUELE QUE LHE
TIVESSE IMPOSTO UM FERIMENTO QUALQUER.

TAMBÉM PODEMOS CITAR O EXEMPLO DA

PENA CAPITAL QUE ERA IMPOSTA PELA SOCIEDADE GRUPAL
AO HOMICIDA, E PELA FAMÍLIA DA VÍTIMA CUMPRIDA
CONTRA O HOMICIDA.

ASSIM AGIAM AS SOCIEDADES GRUPAIS PARA

APENAREM AQUELE QUE TIVESSE INFRINGIDO AS NORMAS
“JURÍDICAS” DAQUELES TEMPOS.

PELOS COSTUMES DAQUELAS EPÓCAS, APÓS A

“REPARAÇÃO DOS DANOS” SOFRIDOS, AS VÍTIMAS E SEUS
FAMILIARES NÃO PODIAM MAIS GUARDAR RANCOR
RELATIVAMENTE AO OPRESSOR, POIS, JÁ TERIAM SIDO
“VINGADAS”.
A EVOLUÇÃO INTELECTUAL DA SOCIEDADE E O USO DAS
NORMAS E REGRAS DO DIREITO

NOS PRIMÓRDIOS DA SOCIEDADE

CIVILIZADA A REPARAÇÃO ATRAVÉS DA VINGANÇA, NA
VERDADE JÁ TINHA A IDÉIA DE PUNIÇÃO DO AGENTE
CRIMINOSO.

PORÉM, COM A EVOLUÇÃO DA CULTURA

DOS POVOS E DA VERDADEIRA SOCIABILIZAÇÃO DESTES,
VERIFICA-SE QUE A PUNIÇÃO ATRAVÉS DA VINGANÇA DEIXA
DE SER PRATICADA PELA FAMÍLIA, PASSANDO A SER
DESENVOLVIDA PELO ESTADO POLITICAMENTE CONSTITUÍDO.

LOGO, A CADA AÇÃO DELITUOSA

PRATICADA PELO INDIVÍDUO ESPERA-SE UMA REAÇÃO DO
PODER PÚBLICO, ATRAVÉS DE UMA ATUAÇÃO TUTELAR
JURISDICIONAL.

OBVIAMENTE, O ESTADO VAI

MODIFICANDO SEU MODO DE PUNIR, AO PASSO QUE A
SOCIEDADE VAI EVOLUINDO (USOS E COSTUMES).

ASSIM, TEMOS AS SANÇÕES SINGELAS,

TAIS COMO A SIMPLES REPROVAÇÃO QUE SE FAZ
RELATIVAMENTE A UM ATO ANTI SOCIAL PRATICADO PELO
INDIVÍDUO.

EXEMPLO: PRECEITOS RELATIVOS À

MORAL.

OS ELEMENTOS QUE NO SEIO DA

SOCIEDADE ULTRAPASSAM OS LIMITES MORAIS (USOS E
COSTUMES) DITADOS PELA SOCIEDADE “GRUPAL” ONDE
VIVEM, PODEM ATÉ NÃO SER APENADOS JUDICIALMENTE;
PORÉM, COM CERTEZA SERÃO SEMPRE DESPREZADOS PELOS
OUTROS INDIVÍDUOS DA MESMA SOCIEDADE.

POR OUTRO LADO, TEMOS AS SANÇÕES

VERDADEIRAMENTE PUNITIVAS, ATRAVÉS DAS QUAIS O
ESTADO VISA PUNIR (CASTIGAR) O AUTOR QUE COMETE
FALTAS MAIS GRAVES, TAIS COMO A PENA DE PRISÃO PARA O
AUTOR DE UM ROUBO OU AO DEVEDOR DE UMA PENSÃO
ALIMENTÍCIA.

A SOCIEDADE AO APLICAR AS
“PUNIÇÕES” AO INDIVÍDUO AMORAL, SIMPLESMENTE AGE
SEGUINDO SEU LIVRE ARBÍTRIO E ÍNTIMA CONVICÇÃO SOBRE
O QUE SEJA CERTO E O QUE SEJA ERRADO MORALMENTE
FALANDO, AQUILATANDO O GRAU DE SERIEDADE DA FALTA
COMETIDA E SUJEITANDO O INFRATOR AO ALIJAMENTO
SOCIAL.

SÃO NORMAS DE ORDEM MORAL.

SÃO VERDADEIRAS REGRAS DE

CONVIVÊNCIA, AO PASSO QUE O ESTADO, AO PUNIR, SUJEITA
O INFRATOR ÀS REGRAS DE DIREITO.

TAIS REGRAS ADOTADAS PELO PODER

PÚBLICO, E DESTINADAS AOS ELEMENTOS DO GRUPO SOCIAL
SÃO AS CHAMADAS NORMAS DE DIREITO POSITIVO

DIREITO OBJETIVO E DIREITO SUBJETIVO

NORMA AGENDI = É O DIREITO SENDO VISTO

COMO REGRAS E NORMAS VINCULANTES E DIRECIONADAS A
TODOS OS CIDADÃOS, SEM DISTINÇÃO.
 LOGO, O DIREITO OBJETIVO VEM DO ESTADO
PARA O POVO, E SERVE PARA DITAR AS AÇÕES DO HOMEM EM
SOCIEDADE.

FACULTAS AGENDI = É O DIREITO SENDO

OBSERVADO SEGUNDO A INTERPRETAÇÃO SUBJETIVA DE
CADA INDIVÍDUO.

REFERIDO INDIVÍDUO TEM A FACULDADE DE

BUSCAR PARA SI O DIREITO OBJETIVO, SE ASSIM ENTENDER.

LOGO, SE O INDIVIDUO NÃO SE SENTIR

PREJUDICADO PELO ATO PRATICADO CONTRA ELE, POR
OUTRA PESSOA, PODERÁ FICAR INERTE, SEM INVOCAR A
TUTELA JURISDICIONAL (DO ESTADO JUIZ).

É A FACULDADE QUE O HOMEM TEM DE

BUSCAR NO DIREITO OBJTIVO (NORMAS E REGRAS), O
REMÉDIO JURÍDICO PARA SEUS PROBLEMAS. (SEGUE
REFERIDO HOMEM O QUE O SEU ÍNTIMO, O SEU INTERIOR
FALAR-LHE).

EXEMPLO: UM CIDADÃO RECEBE UM CHEQUE,

SENDO CERTO QUE REFERIDA CÁRTULA, COLOCADA EM
COBRANÇA, FOI DEVOLVIDA PELA ALÍNEA 11, OU SEJA, SEM
FUNDOS.

O DIREITO OBJETIVO DETERMINA ATRAVÉS DA

LEI Nº 7.357, DE 02 DE SETEMBRO DE 1.985, NO CAPUT DO
ARTIGO 47, QUE:

Art. 47. Pode o portador promover a execução do

cheque:
 A LEI (DIREITO OBJETIVO) É CLARA QUANDO
DIZ QUE O PORTADOR PODE, E NÃO DEVE PROMOVER A
EXECUÇÃO DO CHEQUE SEM FUNDOS. (DIREITO SUBJETIVO).

DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO

DIREITO PÚBLICO

O DIREITO PÚBLICO VISA A ORGANIZAÇÃO DO

ESTADO, ESTRUTURANDO E DISCIPLINANDO SUAS
ATIVIDADES POLÍTICAS E FINANCEIRAS.

REFERIDO RAMO DO DIREITO CIVIL TRAÇA

HIERARQUICAMENTE AS RELAÇÕES ENTRE SEUS ÓRGÃOS E
SEUS FUNCIONÁRIOS.

VISA ELE, A MANUTENÇÃO DA ORDEM

PÚBLICA, ATRAVÉS DA CONCESSÃO DA TUTELA
JURISDICIONAL, INDO ATÉ A REPRESSÃO, SE O FATO ASSIM
EXIGIR.

DESSA FORMA PODEMOS DIZER QUE ESTÃO

INTERLIGADOS DENTRO DO DIREITO PÚBLICO, OS SEGUINTES
RAMOS DO DIREITO: DIREITO CONSTITUCIONAL, DIREITO
ADMINISTRATIVO, DIREITO JUDICIÁRIO E DIREITO PENAL.

ENTENDEMOS ENTÃO, QUE PARA EXISTIR UM

ESTADO DEMOCRÁTICO E SOBERANO, ONDE EXISTA A JUSTIÇA
SOCIAL EMANADA DO PODER PÚBLICO, REFERIDOS RAMOS DO
DIREITO DEVEM ESTAR INTERLIGADOS.
 DIREITO PRIVADO

ENQUANTO O DIREITO PÚBLICO REGULA A

RELAÇÃO E DISCIPLINA OS INTERESSES GERAIS DA
COLETIVIDADE COMO UM TODO, O DIREITO PRIVADO REGULA
A RELAÇÃO ENTRE OS HOMENS, VISANDO TUTELAR OS
INTERESSES PARTICULARES DOS INDIVÍDUOS.

O DIREITO PRIVADO REGULAMENTA AS

NORMAS DE ORDEM FAMILIAR, COMERCIAL. OS DIREITOS
REAIS SOBRE COISAS PRÓPRIAS, TAIS COMO A POSSE E O
DOMÍNIO, OS DIREITOS REAIS SOBRE COISAS ALHEIAS, TAIS
COMO A ENFITEUSE (AFORAMENTO), USUFRUTO, A SERVIDÃO,
AS TRANSMISSÕES DE BENS E DIREITO VIA CAUSA MORTIS, AS
OBRIGAÇÕES ADVINDAS DE PROBLEMAS PENAIS
(INDENIZAÇÕES), ETC.

ASSIM, DIZEMOS QUE O DIREITO PRIVADO É

VERDADEIRAMENTE O DIREITO CIVIL.

COMO JÁ FOI VISTO, DO DIREITO CIVIL

BRASILEIRO, DESTACOU-SE OUTROS RAMOS DO DIREITO, TAIS
COMO O DIREITO DO TRABALHO E O DIREITO COMERCIAL.

FONTES DO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO

FONTE = NASCEDOURO

ENTENDE-SE POR FONTES DO CÓDIGO CIVIL

BRASILEIRO, O LUGAR, O NASCEDOURO, DE ONDE SURGIU O
CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO.
 A FONTE PRIMITIVA DO DIREITO CIVIL, QUE
POR SUA VEZ É A RAZÃO DA EXISTÊNCIA DO CÓDIGO CIVIL É O
DIREITO ROMANO.

EM QUE PESE TERMOS NA ATUALIDADE UM

NOVO ORDENAMENTO JURÍDICO (CÓDIGO CIVIL – LEI 10.406,
DE 10 DE JANEIRO DE 2.002), AS FONTES DAS QUAIS SE
VALERAM OS LEGISLADORES PÁTRIOS SÃO AS MESMAS DO
CÓDIGO CIVIL ANTERIOR (LEI 3.071, DE 01 DE JANEIRO DE
1.916).

NA VERDADE, O NOVO CÓDIGO CIVIL

BRASILEIRO TRÁZ A MESMA LINHA, A MESMA FORMA DO
CÓDIGO ANTERIOR.

OBVIAMENTE NO CÓDIGO NOVO O

LEGISLADOR PROCUROU MODERNIZÁ-LO, INSERINDO NO
MESMO, TEMAS MAIS ATUALIZADOS.

MUITO DO QUE EXISTE NO CÓDIGO TEM COMO

FONTE INSPIRADORA NORMAS DAS ORDENAÇÕES DO REINO,
ALÉM DE NORMAS DO CÓDIGO NAPOLEÔNICO DE 1.804 E DO
CÓDIGO ALEMÃO DE 1.896.

MESMO APÓS A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL, O

IMPERADOR BAIXOU LEI QUE DETERMINAVA QUE FOSSE
SEGUIDA A LEGISLAÇÃO DO REINO DE PORTUGAL.

ANTES, PORÉM, SEGUIA-SE AS

DETERMINAÇÕES DAS ORDENAÇÕES AFONSINAS, DEPOIS
MANOELINAS E A SEGUIR AS FILIPINAS.

IMPORTANTES FONTES TAMBÉM FORAM: A

CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS CIVIS, ESCRITAS POR TEIXEIRA DE
FREITAS, SEGUIDAS MAIS TARDE DA NOVA CONSOLIDAÇÃO
DAS LEIS CIVIS, DE AUTORIA DE CARLOS DE CARVALHO.
 COMO O BRASIL JÁ HAVIA SE LIBERTADO DE
PORTUGAL, ERA NECESSÁRIO QUE O PAÍS TIVESSE LEIS CIVIS
PRÓPRIAS, SENDO QUE EM 1859 O PRÓPRIO TEIXEIRA DE
FREITAS APRESENTOU O PRIMEIRO PROJETO DO CÓDIGO CIVIL
BRASILEIRO.

POR INCRÍVEL QUE PAREÇA, O PROJETO NÃO

VINGOU NO BRASIL, SENDO UTILIZADO NA ARGENTINA,
SENDO UTILIZADO ATÉ OS DIAS ATUAIS.

EM 1890, CAMPOS SALES, MINISTRO DA

JUSTIÇA DETERMINOU QUE O JURISTA COELHO RODRIGUES
APRESENTASSE UM NOVO PROJETO, O QUE FOI FEITO, NÃO
VINGANDO MAIS UMA VEZ.

NO ANO DE 1899, O MESMO CAMPOS SALES,

AGORA NA QUALIDADE DE PRESIDENTE DA REPÚBLICA
DETERMINA QUE CLÓVIS BEVILÁQUA, APROVEITANDO O QUE
JÁ HAVIA NOS PROJETOS ANTERIORES APRESENTASSE UM
NOVO PROJETO DO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO.

O JURISTA CLÓVIS BEVILÁQUA APRESENTA O

PROJETO NO MESMO ANO, PORÉM O MESMO SOMENTE É
APROVADO APÓS QUINZE ANOS, SENDO PROMULGADO O
CÓDIGO CIVIL EM 01/01/1916, ENTRANDO EM VIGOR EM
01/01/1917.

DE LÁ PARA CÁ, O BRASIL VIVEU SOB A ÉGIDE

DE TAL ORDENAMENTO JURÍDICO, QUE AO LONGO DOS
TEMPOS FOI ADEQUADO ÀS NECESSIDADES ANTERIORMENTE
INEXISTENTES, ATRAVÉS DE DIVERSAS LEIS.
 SISTEMÁTICA DO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO

O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO, PROMULGADO PELA

LEI 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2.002, É UM INSTRUMENTO
ATUALIZADO E ONDE CONSTAM REGRAS RELATIVAS ÀS
RECENTES INOVAÇÕES PROVOCADAS PELAS MUDANÇAS
SOCIAIS.

O NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO ESTÁ DIVIDIDO

EM DUAS PARTES.

A PRIMEIRA É A PARTE GERAL, E A SEGUNDA A

PARTE ESPECIAL.

REFERIDAS PARTES (GERAL E ESPECIAL) SÃO

SUBDIVIDIDAS POR LIVROS E TÍTULOS.

CADA SUBDIVISÃO SE ENCARREGA DE ABORDAR

UM TEMA ESPECÍFICO.

ENTÃO NA PARTE GERAL DO CÓDIGO CIVIL

TEMOS:

- LIVRO I

O LIVRO I DA PARTE GERAL TRATA DO ASSUNTO

RELATIVO ÀS PESSOAS.

REFERIDO LIVRO I ESTÁ SUBDIVIDIDO EM TÍTULOS

(I, II E III).

O TÍTULO I ABORDA O TEMA RELATIVO ÀS PESSOAS

NATURAIS (FÍSICAS).
 O TÍTULO II TRATA DAS PESSOAS JURÍDICAS
(EMPRESAS EM GERAL).

O TÍTULO III ABORDA O ASSUNTO RELATIVO AO

DOMICÍLIO DAS PESSOAS FÍSICAS E JURÍDICAS (PRIVADAS E
ESTATAIS).

- LIVRO II

O LIVRO II TEM TÍTULO ÚNICO E ABORDA O

ASSUNTO RELATIVO AOS BENS E SUAS CLASSES DE
DISTINÇÃO.

- LIVRO III

O CÓDIGO CIVIL EM SEU LIVRO III TRAZ O TEMA

RELATIVO AOS FATOS JURÍDICOS.

REFERIDO LIVRO TAMBÉM É DESMEMBRADO EM

TÍTULOS, SENDO QUE O TÍTULO I FALA SOBRE OS NEGÓCIOS
JURÍDICOS, O TÍTULO II SOBRE OS ATOS JURÍDICOS LÍCITOS, O
TÍTULO III SOBRE OS ATOS ILÍCITOS, O TÍTULO IV SOBRE A
PRESCRIÇÃO E A DECADÊNCIA E O TÍTULO V SOBRE A PROVA.

NA PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO CIVIL

TEMOS:

- LIVRO I

O LIVRO I DIZ RESPEITO AO DIREITO DAS

OBRIGAÇÕES.
 REFERIDO LIVRO TRAZ NO TÍTULO I, AS
DIVERSAS MODALIDADES DAS OBRIGAÇÕES.

O TÍTULO II FALA SOBRE A TRASMISSÃO DAS

OBRIGAÇÕES.

O TÍTULO III RELATA SOBRE O ADIMPLEMENTO

E A EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES.

NO TÍTULO IV ENCONTRAMOS SOBRE O

INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES.

O TÍTULO V ABORDA TUDO SOBRE OS

CONTRATOS EM GERAL.

O TÍTULO VI MOSTRA AS VÁRIAS ESPÉCIES DE

CONTRATO.

O CÓDIGO TRAZ NO TÍTULO VII O TEMA

RELATIVO AOS ATOS UNILATERAIS.

NO TÍTULO VIII OS TÍTULOS DE CRÉDITO

O TÍTULO IX AS RESPONSABILIDADES CIVIS.

O TÍTULO X FALA SOBRE AS PREFERÊNCIAS E

OS PRIVILÉGIOS CREDITÓRIOS.

- LIVRO II

NO LIVRO II DA PARTE ESPECIAL

ENCONTRAMOS O TEMA DO DIREITO DA EMPRESA:
 EM SEU TÍTULO I, O LIVRO II ABORDA O TEMA
EMPRESÁRIO.

O TÍTULO II FALA SOBRE A SOCIEDADE, SENDO

CERTO QUE O TÍTULO II ESTÁ SUBDIVIDIDO EM SUBTÍTULOS.

O SUBTÍTULO I FALA SOBRE AS SOCIEDADES

NÃO PERSONIFICADAS.

JÁ O SUBTÍTULO II TRATA SOBRE A SOCIEDADE

PERSONIFICADA.

NO TÍTULO III O LEGISLADOR TRATOU DO

ESTABELECIMENTO COMERCIAL.

O TÍTULO IV TRAZ ORIENTAÇÕES RELATIVAS A

ASSUNTOS COMPLEMENTARES.

- LIVRO III

O LIVRO III SE REPORTA AO DIREITO DAS

COISAS (BENS).

EM SEU TÍTULO I ENCONTRA-SE GRAVADO O

TEMA RELATIVO À POSSE DOS BENS.

NO TÍTULO II FALA SOBRE OS DIREITOS REAIS.

O TÍTULO III SOBRE A PROPRIEDADE.

JÁ O TÍTULO IV DETERMINA A MATÉRIA

RELATIVA À SUPERFÍCIE.
 NO TÍTULO V VERIFICAM-SE AS SERVIDÕES EM
GERAL.

O USUFRUTO ESTÁ CAPITULADO NO TÍTULO VI.

O DIREITO DE USO NO TÍTULO VII.

A HABITAÇÃO NO TÍTULO VIII.

O TÍTULO IX DO LIVRO III TRAZ A MATÉRIA

INERENTE AO DIREITO DO PROMITENTE COMPRADOR.

NO TÍTULO X ENCONTRA-SE O PENHOR, A

HIPOTECA E A ANTICRESE.

- LIVRO IV

O LIVRO IV FALA SOBRE O DIREITO DE

FAMÍLIA.

O TÍTULO I FALA SOBRE O DIREITO PESSOAL, E

EM SEU SUBTÍTULO I ENCONTRA-SE GRAVADO O ASSUNTO
CASAMENTO.

O SUBTÍTULO II TRATA DA RELAÇÃO DE

PARENTESCO.

O TÍTULO II FALA SOBRE O DIREITO

PATRIMONIAL E TAMBÉM ESTÁ SUBDIVIDIDO.

O SUBTÍTULO I DO TÍTULO II FALA SOBRE O

REGIME DE BENS ENTRE OS CÔNJUGES.
 O SUBTÍTULO II FALA SOBRE O USUFRUTO E A
ADMINISTRAÇÃO DOS BENS DE FILHOS MENORES.

O SUBTÍTULO III FALA SOBRE OS ALIMENTOS.

O SUBTÍTULO IV SOBRE O BEM DE FAMÍLIA.

JÁ O TÍTULO III É ÚNICO E ABORDA A UNIÃO

ESTÁVEL.

O TÍTULO IV, TAMBÉM ÚNICO, FALA SOBRE A

TUTELA E A CURATELA RELATIVAS AOS INCAPAZES.

- LIVRO V

O LIVRO V TRAZ A MATÉRIA RELATIVA AO

DIREITO DAS SUCESSÕES.

O TÍTULO I FALA SOBRE AS SUCESSÕES EM

GERAL.

O TÍTULO II SOBRE A SUCESSÃO LEGÍTIMA.

O TÍTULO III TRATA DA SUCESSÃO

TESTAMENTÁRIA.

O TÍTULO IV SOBRE O INVENTÁRIO E A

PARTILHA DE BENS.

POR FIM, O NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO

ABORDA UM LIVRO DENOMINADO COMPLEMENTAR,
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS.
 DAS PESSOAS

DAS PESSOAS NATURAIS

O CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO, TRAZ EM SEU

TÍTULO DENOMINADO DAS PESSOAS NATURAIS, AS
EXPLICAÇÕES RELATIVAS À CAPACIDADE DO INDIVÍDUO EM
FAZER USO DA NORMA AGENDI EM SEU FAVOR.

ASSIM, JÁ NO ART. 1º O CÓDIGO CIVIL (LEI

10.406, DE 10/01/2002) AFIRMA QUE TODA PESSOA É CAPAZ DE
DIREITOS E DEVERES NA ORDEM CIVIL.

ENTENDA-SE QUE O QUE O ART. 1º ESTÁ

FALANDO DIZ RESPEITO À CAPACIDADE QUE TEM OS
INDIVÍDUOS EM GERAL, (ATÉ MESMO OS CONSIDERADOS
INCAPAZES).

A LEI RESGUARDA OS DIREITOS DE TODOS OS

SERES (QUE ESTÃO SOB A GUARDA DA LEI BRASILEIRA),
DIZENDO NO ART, 2º QUE A PERSONALIDADE CIVIL COMEÇA
COM O ADVENTO DO NASCIMENTO COM VIDA,
RESGUARDANDO-SE OS DIREITOS DO NASCITURO, (AQUELE
QUE MESMO JÁ CONCEBIDO, AINDA QUE ESTÁ NO VENTRE
MATERNO) DESDE A SUA CONCEPÇÃO.

TODA A PESSOA, EM REGRA TEM CAPACIDADE

PARA SER TITULAR DE DIREITOS E OBRIGAÇÕES NA VIDA
CIVIL.

PORÉM, NEM TODOS PODEM EXERCER TAIS

DIREITOS PESSOALMENTE, SENDO ENTÃO DENOMINADOS
ABSOLUTAMENTE INCAPAZES, EXISTINDO TAMBÉM OS QUE
SÃO CONSIDERADOS RELATIVAMENTE CAPAZES.

A NORMA LEGAL DETERMINA NO ARTIGO 3º

QUEM SÃO OS CONSIDERADOS ABSOLUTAMENTE INCAPAZES
DE EXERCER PESSOALMENTE OS ATOS DA VIDA CIVIL.
ATUALMENTE, O ARTIGO 3º TEM A SEGUNTE
REDAÇÃO:
 Art. 3º SÃO ABSOLUTAMENTE INCAPAZES DE
EXERCER PESSOALMENTE OS ATOS DA VIDA CIVIL OS
MENORES DE 16 (DEZESSEIS ANOS);
A LEI Nº 13.146 DE 2015, ALTEROU O ARTIGO 3º E
REVOGOU OS INCISOS I, II E III.

I – OS MENORES DE 16 (DEZESSEIS) ANOS; (REVOGADO).

II – OS QUE, POR ENFERMIDADE OU DEFICIÊNCIA MENTAL, NÃO TIVEREM

O NECESSÁRIO DISCERNIMENTO PARA A PRÁTICA DOS ATOS CIVIS . (REVOGADO).

III – OS QUE, MESMO POR CAUSA TRANSITÓRIA NÃO PUDEREM EXPRIMIR

SUA VONTADE; (PARALISIAS, USO EVENTUAL DE MEDICAÇÃO ENTORPECENTE). (REVOGADO).

OS ATOS JURÍDICOS QUE FOREM PRATICADOS

POR PESSOAS ABSOLUTAMENTE INCAPAZES SÃO NULOS
( QUOD NULLUM EST, NULLUM PRODUCIT EFFECTUM).

QUANTO À LEGISLAÇÃO PERTINENTES AOS

QUE SÃO INCAPAZES, RELATIVAMENTE A CERTOS ATOS, OU À
MANEIRA DE OS EXERCER, PODEMOS ENCONTRAR OS
DITÂMES NO ARTIGO 4º DO C.C.

NOTE-SE QUE A LEGISLAÇÃO REFERE-SE A

CERTOS ATOS, OU À MANEIRA DE OS EXERCER.

POR ISSO É QUE A CAPACIDADE DO INDIVÍDUO

É CHAMADA RELATIVA.

PARA TANTO, DEVE O INDIVÍDUO ESTAR

ASSISTIDO QUANDO PRATICAR REFERIDOS ATOS JURÍDICOS.
O DISPOSITIVODO ARTIGO 4º TAMBÉM SOFREU
ALTERAÇÕES ATRAVÉS DA LEI Nº 13.146/2015.

ATUALMENTE, REFERIDA INCAPACIDADE

RELATIVA DIZ RESPEITO À:
OBSERVAÇÃO: O QUE ESTÁ EM ITÁLICO É O
QUE FOI REVOGADO COM A LEI 13.146/2015.

I – OS MAIORES DE 16 (DEZESSEIS) E MENORES

DE 18 (DEZOITO) ANOS;
 II – OS ÉBRIOS HABITUAIS, OS VICIADOS EM
TÓXICOS, E OS QUE, POR DEFICIÊNCIA MENTAL TENHAM O DISCERNIMENTO REDUZIDO;
(REVOGADO).
III – OS EXCEPCIONAIS, SEM DESENVOLVIMENTO MENTAL COMPLETO;
(REVOGADO)., PASSANDO A TER A SEGUINTE REDAÇÃO:

III – AQUELES QUE, POR CAUSA TRANSITÓRIA

OU PERMANENTE, NÃO PUDEREM EXPRIMIR SUA VONTADE.

IV – OS PRÓDIGOS;

OBSERVAÇÃO: NO CÓDIGO CIVIL ANTERIOR,

OS SILVÍCOLAS ESTAVAM ENQUADRADOS COMO
RELATIVAMENTE INCAPAZES (ART. 6º - III) DAQUELE CÓDIGO.

OS ÍNDIOS, TEM UMA LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA.

(LEI Nº 6.001 DE 19 DE DEZEMBRO DE 1.973) DENOMINADA
ESTATUTO DO ÍNDIO.

DEVE-SE OBSERVAR A SITUAÇÃO DO ÍNDIO,

POIS, O MESMO PODE SER CONSIDERADO INTEGRADO OU NÃO
INTEGRADO.

OS AUSENTES FICARAM FORA DA RELAÇÃO DE

INCAPAZES, RECEBENDO NO NOVO CÓDIGO, UM CAPÍTULO
EXCLUSIVO (CAPÍTULO III), AO CONTRÁRIO DO QUE EXISTIA
NO CÓDIGO CIVIL ANTERIOR.

QUANTO AOS EFEITOS JURÍDICOS DO ATO

PRATICADO PELO RELATIVAMENTE INCAPAZ, (EX. DO
HÉBRIO), É NULO O ATO JURÍDICO QUE O MESMO TENHA
PRATICADO ENQUANTO SOB EFEITO DO ÁLCOOL.
TÉRMINO DA MENORIDADE

SEGUNDO O CÓDIGO CIVIL TEMOS:

 ART. 5º - A MENORIDADE CESSA AOS DEZOITO
ANOS COMPLETOS; QUANDO A PESSOA FICA HABILITADA À
PRÁTICA DE TODOS OS ATOS DA VIDA CIVIL.

EM PARÁGRAFO ÚNICO O ARTIGO 5º DIZ:

PARÁGRAFO ÚNICO – CESSARÁ PARA OS

MENORES, A INCAPACIDADE:

I – PELA CONCESSÃO DOS PAIS, OU DE UMA

DELES NA FALTA DO OUTRO, MEDIANTE INSTRUMENTO
PÚBLICO, INDEPENDENTEMENTE DE HOMOLOGAÇÃO
JUDICIAL, OU POR SENTENÇA DO JUIZ, OUVIDO O TUTOR, SE O
MENOR TIVER DEZESSEIS ANOS COMPLETOS;

II – PELO CASAMENTO;

III – PELO EXERCÍCIO DE EMPREGO PÚBLICO;

IV – PELA COLAÇÃO DE GRAU EM CURSO DE

ENSINO SUPERIOR;

V – PELO ESTABELECIMENTO CIVIL OU

COMERCIAL, OU PELA EXISTÊNCIA DE RELAÇÃO DE EMPREGO,
DESDE QUE, EM FUNÇÃO DELES, O MENOR COM DEZESSEIS
ANOS COMPLETOS TENHA ECONOMIA PRÓPRIA;

TÉRMINO DA PESSOA NATURAL

SEGUNDO O ARTIGO 6º DO CÓDIGO CIVIL, A

EXISTÊNCIA DA PESSOA NATURAL TERMINA COM A MORTE.

NA SEGUNDA PARTE DO MESMO ARTIGO,

ENCONTRA-SE DESCRITO QUE A MORTE PODE SER PRESUMIDA
QUANTO AOS AUSENTES.

LOGO, PODE SER ABERTA A SUCESSÃO

DEFINITIVA DOS BENS RELATIVOS AOS AUSENTES, SEGUINDO-
SE OS DITAMES DO CAPÍTULO II , SEÇÃO I QUE TRATA DA
AUSÊNCIA.

DA MORTE PRESUMIDA

PODE A MORTE PRESUMIDA SER DECLARADA,

SE AS CIRCUNSTÂNCIAS ÀS QUAIS ESTAVA SUBMETIDO O
INDIVÍDUO LEVAVA-O A CORRER RISCO DE MORTE, (ART. 7º,
INCISO I DO CC).

EM CASO DE GUERRA, SE A PESSOA NÃO FOR

ENCONTRADA EM ATÉ 2 (DOIS) ANOS AO TÉRMINO DO
CONFLITO.

OBVIAMENTE A DECRETAÇÃO POR PARTE DO

JUIZ, DA MORTE PRESUMIDA, SOMENTE PODERÁ SER FEITA
APÓS ESGOTADAS AS BUSCAS NECESSÁRIAS E QUE SE
MOSTREM SUFICIENTES PARA TENTAR A LOCALIZAÇÃO DO
DESAPARECIDO.

O JUIZ DE DIREITO, AO PROFERIR A SENTENÇA

QUE DETERMINA A MORTE PRESUMIDA, DEVERÁ AFIXAR A
DATA PROVÁVEL DA MORTE.

OUTRO PONTO POLÊMICO RELATIVO À MORTE,

DIZ RESPEITO AOS COMORIENTES (QUE MORRERAM NA
MESMA OCASIÃO).

LOGO, SE DUAS OU MAIS PESSOAS NATURAIS

FALECEM NA MESMA OCASIÃO, E NÃO SE PODENDO
AVERIGUAR QUAL DELAS MORREU PRIMEIRO, PRESUMIR-SE-
ÃO MORTOS SIMULTANEAMENTE (ART. 8º DO CC).
 REGISTROS PÚBLICOS

OS ATOS TAIS COMO:

- NASCIMENTOS, CASAMENTOS, ÓBITOS,

EMANCIPAÇÃO, INTERDIÇÃO, AUSÊNCIAS
DECRETADAS E MORTE PRESUMIDA.

TAIS ATOS DEVEM SER REGISTRADOS NO

CARTÓRIO DE REGISTRO DAS PESSOAS NATURAIS.

SOBRE AS AVERBAÇÕES, (PONTO ESPECIAL)

DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE

DIZ O ARTIGO 11 DO CÓDIGO CIVIL:

ART. 11 – COM EXCEÇÃO DOS CASOS

PREVISTOS EM LEI, OS DIREITOS DA PERSONALDADE SÃO
INTRANSMISSÍVEIS E IRRENUNCIÁVEIS, NÃO PODENDO O SEU
EXERCÍCIO SOFRER LIMITAÇÃO VOLUNTÁRIA.

ALGUNS DOS DIREITOS SUBJETIVOS

PERTINENTES AO HOMEM SÃO DISTINGUIDOS DA PESSOA DE
SEU TITULAR, AO PASSO QUE OUTROS DIREITOS
ACOMPANHAM O INDIVÍDUO ATÉ A SUA MORTE, NÃO SE
AFASTANDO DO MESMO.

COMO EXEMPLO RELATIVO AO PRIMEIRO

GRUPO DE DIREITOS PODEM SER CITADOS: O DIREITO À
PROPRIEDADE, O DIREITO CREDITÍCIO, O DIREITO
INDENIZATÓRIO MATERIAL.

JÁ NO SEGUNDO GRUPO, TEMOS COMO

EXEMPLO: O DIREITO BÁSICO QUE É O DIREITO À VIDA, AO
NOME, À HONRA, À IMAGEM, ETC.
 ESTES ÚLTIMOS SÃO DOUTRINARIAMENTE
CHAMADOS DE INTRANSFERÍVEIS, INALIENÁVEIS,
IRRENUNCIÁVEIS E IMPRESCRITÍVEIS.

FOI CITADO NO INÍCIO DO ARTIGO 11, QUE

EXISTEM EXCEÇÕES PREVISTAS EM LEI.

PODEMOS CITAR UMA DESSAS EXCEÇÕES E

QUE DIZ RESPEITO AO DIREITO ELEMENTAR DA LIBERDADE A
QUE TEM DIREITO O HOMEM.

ASSIM, SE ALGUÉM COMETE UM CRIME,

MESMO SENDO DETENTOR NATO DO DIREITO À LIBERDADE,
ESTA LHE SERÁ TIRADA PELO ESTADO, QUE APÓS CONDENAR
O CRIMINOSO, APLICAR-LHE-Á, A PENA PUNITIVA RESTRITIVA
DE LIBERDADE.

O ARTIGO 12 DO CÓDIGO CIVIL DIZ RESPEITO

ÀS MEDIDAS JUDICIAIS CABÍVEIS E QUE PERMITEM A
PROPOSITURA DE AÇÃO DE PERDAS E DANOS, EM CASO DE
AGRESSÃO ÀS PRERROGATIVAS BÁSICAS DO DIREITO DA
PERSONALIDADE.

REFERIDAS MEDIDAS JUDICIAIS PODEM SER

REQUERIDAS, SE O OFENDIDO SE TRATAR DE PESSOA JÁ
MORTA (PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 12º), PELO CÔNJUGE
SOBREVIVENTE, POR PARENTES EM LINHA RETA, OU
COLATERAL ATÉ O QUARTO GRAU.

TENDO EM VISTA SER O CORPO DO HOMEM,

INDISPONÍVEL ATÉ PARA ELE PRÓPRIO ENQUANTO VIVO,
SEGUNDO O ART. 13º NÃO SE PODE DISPOR DO MESMO, EM
TODO EM PARTE QUANDO TAL ATO VIER A DIMINUIR A
INTEGRIDADE FÍSICA DA PESSOA.
 PARA ISSO EXISTE EXCEÇÃO (PARÁGRAFO
ÚNICO DO ARTIGO 13º), QUE PERMITE A DISPOSIÇÃO DE
ÓRGÃOS PARA FINS DE TRANSPLANTE.

PORÉM, PODE SER DE VONTADE DO

INDIVÍDUO, QUE SEU CORPO, APÓS SUA MORTE SEJA
DISPONIBILIZADO GRATUITAMENTE NO TODO OU PARTE DELE
(FINS AUTRUÍSTAS), SENDO QUE REFERIDO ATO PODE SER
REVOGADO A QUALQUER MOMENTO (§ ÚNICO DO ARTIGO 14).

NINGUEM PODE SER CONSTRANGIDO À SER

SUBMETIDO A QUALQUER TRATAMENTO DE SAÚDE QUE
TENHA RISCO DE MORTE OU DEBILIDADE. (ART. 15°).

TENDO NASCIDO VIVO, O INDIVÍDUO TEM

DIREITO A UM NOME, QUE O ACOMPANHARÁ POR TODA A SUA
VIDA. (ART. 16º).

REFERIDO NASCIMENTO SERÁ OBJETO DE

REGISTRO PÚBLICO.

O NOME DADO AO INDIVÍDUO É “SAGRADO”,

SENDO CERTO QUE COMPETE AO SEU “PROPRIETÁRIO”, ZELAR
PELA INTEGRIDADE MORAL DO MESMO.

O ARTIGO 17º DETERMINA QUE O NOME DE

UMA PESSOA NÃO PODE SER UTILIZADO POR OUTRA PESSOA
DE MANEIRA MALDOSA E DIFAMATÓRIA.

O NOME DA PESSOA NÃO PODE SER UTILIZADO

POR OUTREM SEM O CONSENTIMENTO DAQUELA (ART. 18º).

UMA QUESTÃO LEVANTADA NA POLÍTICA

NACIONAL DIZ RESPEITO AO USO DE PSEUDÔNIMOS
(APELIDOS), QUE, DEPOIS DE REGISTRADOS PASSAM A
INTEGRAR O NOME DE CERTAS PESSOAS.
 EXEMPLO: O NOME DO PRESIDENTE LUÍS
INÁCIO DA SILVA, AO QUAL FOI INCORPORADO O
PSEUDÔNIMO (APELIDO LULA).

POR FIM, A LEI DIZ EM SEU ART. 21º, QUE A

VIDA PRIVADA DA PESSOA NATURAL É INVIOLÁVEL, SENDO
CERTO QUE O JUIZ PODERÁ, DESDE QUE REQUERIDO PELO
INTERESSADO, MEDIDAS QUE VISEM A PROTEÇÃO DO
CIDADÃO.

EXEMPLO: ALGUEM SE SENTE CONSTRANGIDO,

UMA VEZ QUE ESTÃO DIFAMANDO A SUA IMAGEM
PUBLICAMENTE.

SE O DIFAMADO REQUERER JUDICIALMENTE, O

JUIZ DETERMINARÁ AO AUTOR DA DIFAMAÇÃO QUE CESSE
IMEDIATAMENTE A DIFUSÃO DA DIFAMAÇÃO.

SENDO CERTO AINDA QUE A LEI PERMITE À

VÍTIMA, A PROPOSITURA DA COMPETENTE AÇÃO
INDENIZATÓRIA.