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REGISTRO MENSAL DE ATIVIDADES – CLIPSI SUPERVISORA: Ladjane Caporal

ESTAGIÁRIA: Lídia Vitoria Monteiro da Silva PROJETO: Pró-gestar PERÍODO TOTAL DO ESTÁGIO: 1 ano
Mês: DEZEMBRO- 2022 1ª semana 2ª semana 3ª semana 4ª semana 5ª semana Total por
atividades
Horas Dias Horas Dias Horas Dias Horas Dias Horas Dias
Práticas
Projetos Supervisão 3 28/02 3H
específi Atendimento
cos individual
Atendimento em
grupo
Outros supervisão
Na clínica Atendimento
individual (outro
projeto)
Faltas Sem aviso
pacientes prévio
Prática Total
Apoio técnico-cientifico
Reuniões iniciais e orientações
Acompanhamento de estudos
Estudo INDIVIDUAL 3 04/02 3 11/02 3 17/02 3 25/02 3 28/02 15 H
Grupo de estudos- segunda ou
quartas das 20h às 22h
Palestras
Seminários clínicos
Rodas de conversa
Quarta clipsi
Total apoio técnico-científico
Atividades complementares 08 13/02 Workshop: 08 H
horas terapia cognitivo
comportamental
Entregar na data estimada

Total de atividades complementares


Carga horária mensal 26 H
Carga horária acumulada anterior 161 H
Carga horária acumulada total 187 H
Descrição e apreciação das atividades
Estudo individual- 04/02/23 resumo do tópico trabalhado no workshop: o que não é terapia cognitivo comportamental.
O conteúdo já inicia com o questionamento do porquê esse tema para uma primeira aula, ou seja, qual a importância de
primeiro saber o que não é TCC. De forma clara, o palestrante afirma que a ideia inicial é desconstruir todos os pré-conceitos
estabelecidos para essa abordagem, então ele utiliza pelo menos 5 conceitos para desmistificar.
O primeiro ponto a ser abordado é que a TCC não é fácil, e esse tema está pautado na interpretação mecanizada que
alguns apresentam a respeito dos pensamentos automáticos, impedindo que entendam de forma clara as percepções que o
paciente tem das suas próprias questões, isto é, por pensar que a TCC é fácil, acabam tornando mecânico um processo
extremamente importante, como a interpretação dos pensamentos automáticos. A TCC também pode ser comumente confundida
com uma abordagem fácil porque um de seus objetivos é simplificar fenômenos complexos para viabilizar o entendimento e a
aplicação das estratégias, até porque, facilitando o entendimento, a intervenção é tida de forma mais clara.
Declarações como “A TCC não ignora o passado” e “A TCC não é técnica pela técnica” também são abordados, visto que
apesar da TCC ser uma abordagem focada no presente e nas questões que surgem aqui e agora, não quer dizer que o passado
não seja levado em consideração, até porque as atitudes do “hoje” estão embasadas em eventos do passado. Para além destas
verdades, a TCC não é apenas um conjunto de técnicas padronizadas que é só replicar, ela é um sistema de psicoterapia que
consiste em uma teoria da personalidade e da psicopatologia pautada em dados empíricos, além de também ser um modelo de
psicoterapia com um conjunto de princípios que estão ligados à teoria da psicopatologia, e também possui estudos clínicos
científicos para comprovação da eficácia da abordagem.
Outro ponto a ser discutido é que a TCC não trabalha apenas o sintoma, mas também foca nas causas, visto que o sintoma
vem de alguma causa e se esta não for tratada, o sintoma pode voltar na mesma instância ou de formas diferentes. A título de
exemplo cotidiano, é citado um incêndio numa floresta, em que o primeiro apaga o incêndio e depois vai atrás de quem ou o que
causou esse evento.
Estudo individual- 11/02/23 resumo do tópico trabalhado no workshop: o que é terapia cognitivo comportamental.
A TCC é uma abordagem psicoterapêutica que tem o intuito de ajudar as pessoas a lidarem com seus problemas e/ou
aumentar as relações com seu propósito, significado e bem estar, e essa abordagem parte da ideia principal de que o modo como
você pensa influencia o que você sente e consequentemente o que faz. Essa teoria fica clara a partir do entendimento do modelo
cognitivo, definindo que as interpretações de uma pessoa sobre determinado aspecto causa impacto nas suas respostas
emocionais, físicas e comportamentais, ou seja, não é a situação que determina o que você sente, mas sim a leitura que você faz
da situação.
Toda essa interpretação surge da chamada “estrutura cognitiva” que é formada por: esquemas, crenças nucleares, crenças
intermediárias e pensamentos automáticos, podendo produzir ainda as distorções cognitivas. Resumidamente, a interação de uma
pessoa com o ambiente gera Esquemas, e essa relação geram Crenças Nucleares, até que tudo isso é capaz de gerar
Pensamentos Automáticos que produzem as crenças intermediárias como defesa das nucleares, e caso todo esse processo não
seja funcional, irá gerar as Distorções cognitivas.
Os esquemas são estruturas mentais que basicamente comportam algo dentro, elas são duradouras e armazenam
conteúdos de crença, memória, regras, suposições, conceitos, emoções, sentimentos e outros, e esses conteúdos são tidos como
verdade absoluta, rejeitando as regras da lógica, é como uma forma de enxergar. Já as crenças nucleares armazenam os
conteúdos mais enraizados que a pessoa possui de si mesmo, outras pessoas e do mundo no geral, estas são rígidas,
absurdamente verdadeiras e incondicionais, enquanto as crenças intermediárias são condicionais, dotadas de pressupostos que
determinam regras a serem seguidas, por exemplo: alguém que possui a crença nuclear de não ser amado e defende isso com a
crença intermediária de não tentar relacionamentos por não querer ser rejeitado.
Os pensamentos automáticos é a parte mais visível da estrutura cognitiva e são conteúdos que surgem automaticamente na
mente, portanto, não são planejados e podem inconsciente em sua maioria, principalmente se tratando dos pensamentos
automáticos disfuncionais, que são os que geram emoções e comportamentos que atrapalham o funcionamento, e é justamente
sob esse pensamento automático que a TCC age. As distorções cognitivas são expressas pelos pensamentos automáticos e são
respostas generalizadas que o indivíduo produz para cada evento de sua vida, sendo formas de pensar distorcidas da realidade,
por isso a importância da reestruturação cognitiva, que é um dos principais objetivos da TCC, isto é, possibilitar uma
ressignificação ao paciente, capaz de fazê-lo enxergar a vida de uma forma mais adaptativa.

Estudo individual- 17/02/23 resumo sobre o tópico “o pacto da escuta hospitaleira” do livro: O palhaço e o psicanalista.
Este capítulo inicia trazendo a reflexão de enquanto “palhaços”devemos nos colocarmos no lugar do outro como alguém
estrangeiro em terras novas, que precisa ir em busca de conhecer esse novo local, entender regras e funcionamentos e não o
contrário, ainda enquanto palhaços, devemos focar em interpretar o sofrimento do outro trazendo para nós mesmos e buscando
alguma “graça” nisso, de modo que o conteúdo do outro não afeta apenas o cognitivo de quem escuta, mas mexe inclusive com as
questões mais íntimas e enraizadas de seu ser.
Enquanto palhaços, ocorre a realização de uma espécie de brincadeira séria, em que existe um movimento fluido capaz de
trazer de retomar verdades não ditas mas que se mostram sem que quem falou perceba, então além de ser uma escuta que
acolhe também é uma escuta que critica, questiona, e aqui fica claro a importância da escuta psicanalítica, aquela que preza que o
indivíduo escute a si mesmo e cuide de si.
Desse modo, entende-se que a escuta é como um contrato que tem como primeira cláusula o acolhimento e que se divide
em quatro tempos, sendo o primeiro dotado de empatia que nada mais é do que a arte colocar-se no lugar do outro, sentindo o que
ele sente e para isso, é necessário sair de si e orientar-se pela posição do paciente. Essa é uma tarefa árdua para os iniciantes
que estão constantemente preocupados em cumprir o papel, dominar o exercício e nesse ciclo, esquecem o que há de mais
importante é o outro.
Mas colocar-se no lugar do outro não é suficiente, é necessário entender que o outro não sabe tudo sobre si, que suas
queixas não estão bem colocadas em sua cabeça e por isso a importância de estar atento ao que se é dito, visto que a melhor
escuta permite a associação livre do paciente e as palavras, e nesse contexto, seria um erro focar a escuta para algo específico,
por isso a necessidade de reagir com prontidão aos detalhes que se destacam durante o discurso de quem o diz. Sendo assim,
fica claro a preciosidade de deixar-se afetar pelo outro, levando em consideração o conceito de escutar que é ecoar, verberar,
participar da fala do outro.
Estudo individual- 25/02/23 resumo o tópico “o hospital da escuta viajante”
Nesse tópico é feito uma comparação entre a escuta e as qualidades de um bom viajante, e para isso é feito um
levantamento de perfis de viajantes, onde há aqueles que viajam com roteiro fixo e pré-determinado, outros perdem tanto tempo
fotografando locais que passou e acabam não aproveitando a experiência, e nesse contexto fica claro o conceito de viajar, que
nada mais é que redescobrir-se outro, num local diferente e que nos tornará diferente quando voltarmos ao nosso local de origem,
e aí está o cerne da questão: entrar em contato com o não conhecido sem sentir-se ameaçado é o que se espera de alguém capaz
de nos ouvir, fazendo uma viagem nas palavras.
O escutador possui a importante missão de extrair a experiência trazida em cada viagem, ou seja, a leitura de quem fala.
como a viagem foi interpretada, e é nisso em que viagem torna-se completa: quando conseguimos repassá-la para o outro. E ao
escutar uma história, nos tornamos parte dela, aprendendo que escutar é estar vulnerável à experiência.
Estudo individual- 28/02/23 resumo do tópico “Porque eu deixo tudo para a última hora?”
O tópico se refere à mente de um procrastinador e como se dá seu funcionamento. Quando uma tarefa é imposta à ele, logo
sente dificuldade em iniciar e caso comece, cria empecilhos para abandonar a tarefa, a título de exemplo o livro discorre: “você
senta para escrever uma redação, mas então resolve olhar suas redes sociais só por cinco minutos antes de começar; a certa
altura, percebe que passaram três horas e não faz sentido começar agora” (TOMLEY, 2020).
A autora afirma que Freud define esses diálogos internos como “defesas”, que são estratégias utilizadas para desviar o
pensamento de algo que poderia causar repulsa, e quando isso ocorre, alguma de nossas defesas entra em ação a fim de proteger
aquilo que irá nos causar bem estar e negar aquilo que se mostra como desagrávavel, inclusive a negação é uma das principais
estratégias utilizadas para bloquear a percepção dos eventos externos, como no exemplo já citado anteriormente, em que se você
diz a si mesmo que faltam muitos dias para o prazo de entrega, consegue adiar a atividade desagradável.
A procrastinação pode então ser definida como um estado de paralisia mental ocasionada por um desejo consciente
(realizar a atividade imposta) e um desejo inconsciente (não realizar). Para isso, o livro cita uma história que ilustra de forma
prática esse processo, onde existe uma parte do cérebro que está sempre tentando nos distrair, e ela é como um macaco que vive
apenas no presente, desconhecendo lembranças do passado e sem importar-se com o futuro. Ele está sempre projetando ideias
de atividades prazerosas e nos levando para o chamado “parque obscuro” local onde podemos fazer nossas atividades prazerosas
que roubam todo nosso tempo e consciência da tarefa que tem que ser feita.
Porém, mesmo cumprindo as atividades prazerosas, sentimos culpa, ansiedade e raiva de não estar fazendo o que tem que
ser feito, até que surja o “monstro do pânico”, alertando que o tempo está esgotando e que temos que cumprir a tarefa no tempo
que nos resta. O segredo então é estar ciente que existe esse macaco e entender as formas com que ele age, sendo assim, a
tarefa principal é começar a qualquer custo.
Ainda que essa seja apenas uma história ilustrativa, pode nos apresentar um conceito diferente quando se fala em
procrastinação, a “metacognição” ou o ato de pensar sobre o pensamento, sendo uma essa uma estratégia para obter mais
controle sobre os comportamentos inconscientes, além de ser uma prática da atenção plena. O macaco pode ser comparado ao ID
de Freud, pelo qual possui muitos desejos e não aceita o “não”, no entanto, a autora afirma que Freud estaria mais interessado em
entender o motivo do macaco tentar distrair você, “o que você teme descobrir no Bosque Sombrio?”.

REFERÊNCIAS

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