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ESTAGIÁRIA: Lídia Vitoria Monteiro da Silva PROJETO: Pró-gestar PERÍODO TOTAL DO ESTÁGIO: 1 ano
Mês: DEZEMBRO- 2022 1ª semana 2ª semana 3ª semana 4ª semana 5ª semana Total por
atividades
Horas Dias Horas Dias Horas Dias Horas Dias Horas Dias
Práticas
Projetos Supervisão 3 28/02 3H
específi Atendimento
cos individual
Atendimento em
grupo
Outros supervisão
Na clínica Atendimento
individual (outro
projeto)
Faltas Sem aviso
pacientes prévio
Prática Total
Apoio técnico-cientifico
Reuniões iniciais e orientações
Acompanhamento de estudos
Estudo INDIVIDUAL 3 04/02 3 11/02 3 17/02 3 25/02 3 28/02 15 H
Grupo de estudos- segunda ou
quartas das 20h às 22h
Palestras
Seminários clínicos
Rodas de conversa
Quarta clipsi
Total apoio técnico-científico
Atividades complementares 08 13/02 Workshop: 08 H
horas terapia cognitivo
comportamental
Entregar na data estimada
Estudo individual- 17/02/23 resumo sobre o tópico “o pacto da escuta hospitaleira” do livro: O palhaço e o psicanalista.
Este capítulo inicia trazendo a reflexão de enquanto “palhaços”devemos nos colocarmos no lugar do outro como alguém
estrangeiro em terras novas, que precisa ir em busca de conhecer esse novo local, entender regras e funcionamentos e não o
contrário, ainda enquanto palhaços, devemos focar em interpretar o sofrimento do outro trazendo para nós mesmos e buscando
alguma “graça” nisso, de modo que o conteúdo do outro não afeta apenas o cognitivo de quem escuta, mas mexe inclusive com as
questões mais íntimas e enraizadas de seu ser.
Enquanto palhaços, ocorre a realização de uma espécie de brincadeira séria, em que existe um movimento fluido capaz de
trazer de retomar verdades não ditas mas que se mostram sem que quem falou perceba, então além de ser uma escuta que
acolhe também é uma escuta que critica, questiona, e aqui fica claro a importância da escuta psicanalítica, aquela que preza que o
indivíduo escute a si mesmo e cuide de si.
Desse modo, entende-se que a escuta é como um contrato que tem como primeira cláusula o acolhimento e que se divide
em quatro tempos, sendo o primeiro dotado de empatia que nada mais é do que a arte colocar-se no lugar do outro, sentindo o que
ele sente e para isso, é necessário sair de si e orientar-se pela posição do paciente. Essa é uma tarefa árdua para os iniciantes
que estão constantemente preocupados em cumprir o papel, dominar o exercício e nesse ciclo, esquecem o que há de mais
importante é o outro.
Mas colocar-se no lugar do outro não é suficiente, é necessário entender que o outro não sabe tudo sobre si, que suas
queixas não estão bem colocadas em sua cabeça e por isso a importância de estar atento ao que se é dito, visto que a melhor
escuta permite a associação livre do paciente e as palavras, e nesse contexto, seria um erro focar a escuta para algo específico,
por isso a necessidade de reagir com prontidão aos detalhes que se destacam durante o discurso de quem o diz. Sendo assim,
fica claro a preciosidade de deixar-se afetar pelo outro, levando em consideração o conceito de escutar que é ecoar, verberar,
participar da fala do outro.
Estudo individual- 25/02/23 resumo o tópico “o hospital da escuta viajante”
Nesse tópico é feito uma comparação entre a escuta e as qualidades de um bom viajante, e para isso é feito um
levantamento de perfis de viajantes, onde há aqueles que viajam com roteiro fixo e pré-determinado, outros perdem tanto tempo
fotografando locais que passou e acabam não aproveitando a experiência, e nesse contexto fica claro o conceito de viajar, que
nada mais é que redescobrir-se outro, num local diferente e que nos tornará diferente quando voltarmos ao nosso local de origem,
e aí está o cerne da questão: entrar em contato com o não conhecido sem sentir-se ameaçado é o que se espera de alguém capaz
de nos ouvir, fazendo uma viagem nas palavras.
O escutador possui a importante missão de extrair a experiência trazida em cada viagem, ou seja, a leitura de quem fala.
como a viagem foi interpretada, e é nisso em que viagem torna-se completa: quando conseguimos repassá-la para o outro. E ao
escutar uma história, nos tornamos parte dela, aprendendo que escutar é estar vulnerável à experiência.
Estudo individual- 28/02/23 resumo do tópico “Porque eu deixo tudo para a última hora?”
O tópico se refere à mente de um procrastinador e como se dá seu funcionamento. Quando uma tarefa é imposta à ele, logo
sente dificuldade em iniciar e caso comece, cria empecilhos para abandonar a tarefa, a título de exemplo o livro discorre: “você
senta para escrever uma redação, mas então resolve olhar suas redes sociais só por cinco minutos antes de começar; a certa
altura, percebe que passaram três horas e não faz sentido começar agora” (TOMLEY, 2020).
A autora afirma que Freud define esses diálogos internos como “defesas”, que são estratégias utilizadas para desviar o
pensamento de algo que poderia causar repulsa, e quando isso ocorre, alguma de nossas defesas entra em ação a fim de proteger
aquilo que irá nos causar bem estar e negar aquilo que se mostra como desagrávavel, inclusive a negação é uma das principais
estratégias utilizadas para bloquear a percepção dos eventos externos, como no exemplo já citado anteriormente, em que se você
diz a si mesmo que faltam muitos dias para o prazo de entrega, consegue adiar a atividade desagradável.
A procrastinação pode então ser definida como um estado de paralisia mental ocasionada por um desejo consciente
(realizar a atividade imposta) e um desejo inconsciente (não realizar). Para isso, o livro cita uma história que ilustra de forma
prática esse processo, onde existe uma parte do cérebro que está sempre tentando nos distrair, e ela é como um macaco que vive
apenas no presente, desconhecendo lembranças do passado e sem importar-se com o futuro. Ele está sempre projetando ideias
de atividades prazerosas e nos levando para o chamado “parque obscuro” local onde podemos fazer nossas atividades prazerosas
que roubam todo nosso tempo e consciência da tarefa que tem que ser feita.
Porém, mesmo cumprindo as atividades prazerosas, sentimos culpa, ansiedade e raiva de não estar fazendo o que tem que
ser feito, até que surja o “monstro do pânico”, alertando que o tempo está esgotando e que temos que cumprir a tarefa no tempo
que nos resta. O segredo então é estar ciente que existe esse macaco e entender as formas com que ele age, sendo assim, a
tarefa principal é começar a qualquer custo.
Ainda que essa seja apenas uma história ilustrativa, pode nos apresentar um conceito diferente quando se fala em
procrastinação, a “metacognição” ou o ato de pensar sobre o pensamento, sendo uma essa uma estratégia para obter mais
controle sobre os comportamentos inconscientes, além de ser uma prática da atenção plena. O macaco pode ser comparado ao ID
de Freud, pelo qual possui muitos desejos e não aceita o “não”, no entanto, a autora afirma que Freud estaria mais interessado em
entender o motivo do macaco tentar distrair você, “o que você teme descobrir no Bosque Sombrio?”.
REFERÊNCIAS