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Curso de Regulação

Médica

Paulo de Tarso Monteiro Abrahão


Agosto de 2009
ETAPAS DA REGULAÇÃO
MÉDICA
Técnicas da Regulação Médica
AS ETAPAS DA REGULAÇÃO UNIDADES DE TRABALHO DA
CENTRAL:
Recepção do A. Atendimento Pré-hospitalar
Primeira Etapa Móvel (Primário)
Chamado/Caso B. Inter-hospitalar (Secundário)
C. Internação hospitalar
Abordagem D. Agendamento de consultas,
Segunda Etapa
do Caso exames de baixa e média
complexidade
Decisão e E. Alta Complexidade
Terceira Etapa F. Tratamento Fora de Domicílio -
Acompanhamento
TFD

SAMU = Primário e Secundário


PRIMEIRA ETAPA
RECEPÇÃO
DO
CHAMADO
PRIMEIRA ETAPA
RECEPÇÃO DO CHAMADO
TARM
• Atender ao primeiro toque
• Identificar-se
• Perguntar e registrar o nome do solicitante
• Chamá-lo pelo nome
• Registrar informações
• Usar expressões simples
• Evitar termos técnicos
• Evitar informações desnecessárias
TARM
PRIMEIRA ETAPA
RECEPÇÃO DO CHAMADO
TARM
• Falar compassadamente e
calmamente
• Procurar manter o controle desde o início
• Acalme o solicitante
• Orientar o solicitante de forma clara e precisa
• Lembrar que as primeiras informações
são preciosas
PRIMEIRA ETAPA
RECEPÇÃO DO CHAMADO
TARM

• Localização do chamado
¾Endereço detalhado
¾Pontos de Referência
¾Sinalização
¾Detectar trotes
¾Anotar dados
PRIMEIRA ETAPA
RECEPÇÃO DO CHAMADO
TARM

• Identificação da Natureza
da Ocorrência
¾Informação
¾Encaminhar à regulação
médica
¾Solicitar apoio, se o médico
regulador assim orientar
PRIMEIRA ETAPA
RECEPÇÃO DO CHAMADO
TARM

• Alerta – Risco de vida


9Paciente inconsciente
9Dificuldade ou parada
respiratória
9Acidente com múltiplas
vítimas
SEGUNDA ETAPA

ABORDAGEM DO CASO
SEGUNDA ETAPA
ABORDAGEM DO CASO
MÉDICO REGULADOR

• REGULAÇÃO MÉDICA
9 Diálogo médico
9 Diagnóstico sindrômico
9 Gravidade presumida
9 Definição de melhor resposta
9 ABCD
SEGUNDA ETAPA
DIÁLOGO MÉDICO
Fluxograma de um Sinal

PASSANDO MAL
Sintoma

Conversa (?), Fala (?)

Sim Não

Fala Confusa (?) Respira (?)


Sinal

Sim Não Sim Não

AVC (?) Dças Respiratórias(?) Respira c/ Tem algum


Corpo estranho (?) Asma(?) dificuldade (?) Movimento (?)

Sim Não Não Sim

Insuf. Resp. Dças. Cardio- PCR Insuf. Resp.


Vasculares (?)
AVC (?)
SEGUNDA ETAPA
DIÁLOGO MÉDICO

• Urgências Clínicas
9Respiração (fala, consciência)
9Pulsação (coloração, pulsação)
9Sangramentos (local e volume)
9Dores (local, intensidade, duração)
9Medicação em uso
9Patologias prévias
SEGUNDA ETAPA
DIÁLOGO MÉDICO

• Urgências Obstétricas:
9Sangramento, Perda de líquido
9Dor na barriga, contrações
9Tontura, Cefaléia, Convulsão, Dor de
Estômago, Náusea
9Pré Natal: Idade, paridade, IG, DUM,
intercorrências
9Score de Malinas;
SEGUNDA ETAPA
DIÁLOGO MÉDICO

• Score de Malinas:
0 1 2 Total
Paridade 1 3 3e+
Duração do TP <3h 3 a 5h >6h
Duração das contrações <1min 1 min >1 min
Intervalo entre as contrações > 5 min 3 a 5 min < 3min
Perda de líquidos Não Recente >1h
SEGUNDA ETAPA
DIÁLOGO MÉDICO

• Urgências Psiquiátricas:
9 Agitação/Ansiedade/Agressividade;
9 Oferece risco (a si mesma/aos
outros): deprimido/violento;
9 Lucidez/orientação;
9 Uso de drogas;
9 Antecedentes.
SEGUNDA ETAPA
DIÁLOGO MÉDICO

• Urgências Traumáticas
9 Acidente de Trânsito
• Tipo de acidente
• Vítima presa?
• Vítima ejetada?
• Alguém em óbito?
SEGUNDA ETAPA
DIÁLOGO MÉDICO

• Urgências Traumáticas
9 Quedas
• Tipo de queda
• Altura?
• Superfície que caiu
SEGUNDA ETAPA
DIÁLOGO MÉDICO

• Urgências Traumáticas
9 FAF/FAB
• Tipo de arma
• Números de ferimentos
• Orifício de entrada e
saída
• Agressor no local?
SEGUNDA ETAPA
DIÁLOGO MÉDICO

• Urgências Traumáticas
9 Agressão
• Tipo de agressão?
• Qual instrumento?
• Agressor no local?
SEGUNDA ETAPA
DIÁLOGO MÉDICO

• Urgências Traumáticas
9 Queimaduras
• Agente causador
• Região do corpo
• Atingiu face?
• Aspirou fumaça?
SEGUNDA ETAPA
DIÁLOGO MÉDICO

• Urgências Traumáticas
9 Desabamento / Soterramento
• Tipo de material
• Quantidade aproximada
• Número de pessoas
• Descrição da situação
SEGUNDA ETAPA
DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO

– Síndromes de Valência Forte = valor social


elevado
– Síndromes de Etiologia Potencialmente
Grave = causa indica uma gravidade elevada
– Síndromes de Semiologia Potencialmente
Grave = informações/sinais e sintomas
indicam a gravidade
SEGUNDA ETAPA
ABORDAGEM DO CASO
MÉDICO REGULADOR

Solicitações de Unidades de menor


Complexidade

Regulação secundária
SEGUNDA ETAPA
ABORDAGEM DO CASO
MÉDICO REGULADOR

Solicitações de Unidades de menor Complexidade

ATENÇÃO:
Apesar da solicitação ser oriunda de um
serviço de saúde, o paciente pode ainda não
ter tido o quadro de urgência
estabilizado/atendido. Neste caso, a
solicitação deve ser adequadamente
priorizada.
SEGUNDA ETAPA
ABORDAGEM DO CASO
MÉDICO REGULADOR
Solicitações de Unidades de menor Complexidade

Nos casos em que a urgência inicial tenha sido


adequadamente abordada/estabilizada,
analisar criteriosamente o quadro clínico,
drogas utilizadas, exames realizados e:
– Orientar conduta no local, se necessário;
– Caso se trate de pedido de vaga para internação,
consulta especializada ou retaguarda diagnóstica,
encaminhar para a respectiva central – e se não
houver?
TERCEIRA ETAPA

DECISÃO E
ACOMPANHAMENTO
TERCEIRA ETAPA
DECISÃO E ACOMPANHAMENTO
Decisão Técnica/Resposta
1. Orientação
2. Remoções simples
3. Atendimento de Suporte Básico
4. Atendimento de Suporte Avançado de Vida
a. Terrestre
b. Aéreo
c. Aquático
5. Múltiplos Recursos
DEFINIÇÃO DA MELHOR RESPOSTA
Nível 1 (vermelha) - prioridade absoluta – Suporte
Avançado de Vida
• Nível 2 (amarela) - prioridade moderada – Suporte
Avançado ou Suporte Básico de Vida
• Nível 3 (verde) - prioridade baixa – Suporte Básico de
Vida
• Nível 4 (azul) - prioridade mínima – Suporte Básico de
Vida, Simples Transporte ou Orientação.

Prioridade Prioridade prioridade Prioridade


mínima moderada
baixa absoluta
TERCEIRA ETAPA
DECISÃO E ACOMPANHAMENTO
RADIO-OPERADOR

• Liberação das
viaturas
• Melhor itinerário
• Controle da frota
TERCEIRA ETAPA
DECISÃO E ACOMPANHAMENTO
CRITÉRIOS PARA SAÍDA
DO MÉDICO
• Vítima inconsciente
• Insuficiência
Respiratória
• IAM, AVC, PCR
• Intensa agitação
• Estado de mal
• FAF/FAB – pescoço,
cabeça, face, tórax,
abdome, sangramento
TERCEIRA ETAPA
DECISÃO E ACOMPANHAMENTO
CRITÉRIOS PARA SAÍDA DO MÉDICO

• Grande queimado
• Múltiplas vítimas (+5)
• Vítimas ejetadas, presas
nas ferragens
• Algum óbito
• Colisão em rodovia
• Queda de mais de 5m
• Trabalho de parto
(SM >7)
TERCEIRA ETAPA
DECISÃO E ACOMPANHAMENTO

DEMANDAS RELACIONADAS A
CAUSAS EXTERNAS
PERGUNTAR:

Circunstâncias, Tempo decorrido


Mecanismo de Trauma
Lesões Aparentes
Funções Vitais (ABC)

USA USB

Acidente com Preso nas Ferragens, Acidente com pequenos impactos,


Atropelamentos, Capotamentos, Acidentes com feridos leves,
Acidentes com múltiplas Vítimas, FAF e FAB em extremidades
FAF e FAB em Cabeça, Tórax e Abdome Demais casos

Lesões Aparentes Funções Vitais Lesões Aparentes Funções Vitais


Lesões Internas (ABC) Lesões Internas (ABC)

Grandes Ferimentos Inconscientes Ferimentos Leves Conscientes


Amputações Insuficiência Respiratória Sem sinais de Choque FR < 30
Sinais deTCE e TRM Grandes Hemorragias Perfusão > 2s
Hemorragias internas
DECISÃO E ACOMPANHAMENTO
Decisão Gestora
• PROCEDIMENTOS
– Comunicação com solicitante
– Definir o encaminhamento de acordo com
a necessidade, complexidade
disponibilidade de serviço
– Comunicação com equipe no local
– Comunicação serviço receptor
– Acionamento múltiplos recursos
DECISÃO E ACOMPANHAMENTO
Decisão Gestora
• ADAPTAÇÃO DOS MEIOS
– Realização de “permutas” ou acionamento
de múltiplos meios
– Pactuar com hospitais recebimento para
exames complementares
– Prever suporte logístico
– Confirmar chegada do paciente,
liberação da viatura e encerramento do
caso
AS ETAPAS DA REGULAÇÃO
Informações:
Informações: Solicitante Relatório
Relatório médico
médico
Sinais
Sinais ee sintomas
sintomas

Médico
regulador

Decodificação
U/N = (G) x (A) x
(V)
Classificação (T) x (RU)

Grades
Protocolos
Decisão
Diretrizes do SAMU
Diretrizes do SAMU
Atividades desenvolvidas pelo SAMU:

• Regulação médica do sistema de urgência


– Monitoramento de toda a demanda
– Orientação médica
• Atendimentos de urgência
• Atendimentos sob agendamento prévio
• Cobertura de eventos de risco
• Cobertura de acidentes de grandes proporções
• Capacitação de recursos humanos
• Ações educativas para a comunidade
Diretrizes do SAMU
Diretrizes operacionais:
• Responsabilidades da equipe da regulação
– Recepção TARM
– Abordagem Médico
– Decisão Médico
– Acompanhamento TARM + Médico + Operador de radio
– Orientação da equipe Médico
– Comunicação com a unidade de destino disponível TARM + Médico
– Comunicação com a equipe intervencionista TARM + Médico +
– Orientação médica Médico Operador de radio

• Rotina no plantão da equipe da regulação e intervencionista


– Recursos internos (viaturas, equipes, equipamentos)
– Recursos externos (rede de serviços)
– Recursos da central
– Preencher e atualizar todos os instrumentos
– Passar os casos em andamento e pendentes
Diretrizes do SAMU
Fluxograma

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