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Centro Universitário Uninovafapi - Enfermagem

Disciplina: Semiologia e Semiotécnica


Docentes: Carolinne Kilcia e Juliana Macedo
Gabriela Gouveia de Alencar
3° período

Semanas 4 e 5 3. Quando ocorre alteração na


condição física geral do
Sinais vitais paciente;

 Objetivos: Apresentar ao 4. Quando o paciente relata


acadêmico quais sinais vitais são sintomas específicos de
verificados para estabelecer os angústia física;
padrões basais de um indivíduo,
como forma de identificar 5. Antes e depois do
problemas fisiológicos e monitorar a procedimento cirúrgico, de
resposta de um paciente ao procedimentos diagnósticos
tratamento. invasivos, de administração
de medicamentos que
atuam com funções
Avaliação dos sinais vitais cardiovasculares,
São aqueles que evidenciam o funcionamento e as respiratória ou que afetam
alterações das funções corporais de uma pessoa. o controle da temperatura
corporal;
 Os sinais vitais são indicadores do
estado de saúde e da garantia das 6. Monitoramento de SSVV.
funções circulatórias, respiratória,
neural e endócrina do corpo.
Podem servir como mecanismos de Pressão Arterial
comunicação universal sobre o
estado do paciente e da gravidade
da doença.  É medida pela força exercida pelo
fluxo de sangue nas paredes das
 São cinco sinais vitais: a Pressão artérias.
Arterial (PA), a frequência cardíaca
(pulso), a frequência respiratória, a 𝐷𝐶 × 𝑅𝑉𝑃
temperatura corporal e a dor.  Quando o coração se contrai para
bombear sangue para o corpo, a
 Quando verificar os sinais vitais? força que ele utiliza é chamada
Pressão arterial Sistólica ou
1. Admissão na instituição de Máxima (PAS), enquanto a pressão
cuidados de saúde; do sangue nos vasos quando o
coração se encontra na fase de
2. Conforme o protocolo da relaxamento é chamada Pressão
instituição ou prescrição Diastólica ou Mínima.
médica;
 Os valores da pressão arterial são
classificados em ótima, normal,

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elevada (limítrofe/ pré-hipertensão) medidas adicionais apenas


e hipertensão em estágio 1, 2 e 3. se as duas primeiras
leituras diferirem em > 10
mmHg. Registre em
prontuário a média das
Classificação: PAS PAD duas últimas leituras de PA,
(mmHg) (mmHg) sem “arredondamentos” e o
PA ótima < 120 <80 braço em que a PA foi
PA normal 120-129 80-84 medida.
PA limítrofe 130-139 85-89
Hipertensão 4. Use o manguito adequado
HA estágio 1 140-159 90-99 para a circunferência do
HA estágio 2 160-179 100-109 braço.
HA estágio 3 ≥ 180 ≥ 110
5. O manguito deve ser
posicionado ao nível do
coração. A palma da mão
 Recomendações segundo a Diretriz deve estar voltada para
Brasileira de Hipertensão arterial: cima e as roupas não
devem garrotear o braço.
1. O paciente deve sentar-se As costas e o antebraço
confortavelmente em um devem estar apoiados; as
ambiente silencioso por 5 pernas descruzadas e os
minutos, antes de iniciar as pés apoiados no chão.
medições de PA. Deve-se
explicar o procedimento ao
indivíduo e oriente a não  Etapas para a realização da medida
conversar durante a da PA em consultório:
medição. Possíveis dúvidas
devem ser esclarecidas 1. Determinar a circunferência
antes ou depois do do braço no ponto médio
procedimento. entre o acrômio1 e
olecrano2;
2. Certifique-se de que o
paciente NÃO: está com a 2. Selecionar o manguito de
bexiga cheia; praticou tamanho adequado;
exercícios físicos há, pelo
menos, 60 minutos; ingeriu 3. Colocar o manguito, sem
bebidas alcóolicas, café ou folgas, 2 a 3 cm acima da
alimentos; fumou nos 30 fossa cubital;
minutos anteriores.
4. Centralizar o meio da parte
3. Três medidas de PA devem compressiva do manguito
ser realizadas, com sobre a artéria braquial3;
intervalos de 1 a 2 minutos;

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5. Estimar o nível da PAS pela


palpação do pulso radial;
Fase Som
Fase I (K1) Som súbito, forte,
6. Palpar a artéria braquial na
bem definido, que
fossa cubital e colocar a aumenta em
campânula ou o diafragma intensidade
do estetoscópio sem Fase II (K2) Sucessão de sons
compressão excessiva; soprosos, mais
suaves e
7. Inflar rapidamente até prolongados
ultrapassar 20 a 30 mmHg Fase III (K3) Desaparecimento
o nível estimado da PAS dos sons soprosos
obtido pela palpação; e surgimentos de
sons mais nítidos e
8. Proceder a deflação intensos, que
lentamente (velocidade de aumentam em
intensidade
2 mmHg/ segundo);
Fase IV (K4) Os sons tornam-se
abruptamente mais
9. Determinar a PAS pela suaves e abafados,
ausculta do primeiro som são menos claros
(fase I de Korotkoff) e Fase V (K5) Desaparecimento
depois aumentar completo dos sons
ligeiramente a velocidade
de deflação;

10. Determinar a PAD no


desaparecimento dos sons
(fase V de Korotkoff);  Fatores que influenciam nos valores
da PA:
11. Auscultar cerca de 20 a 30
mmHg abaixo do último 1. Idade: a PA aumenta
som para confirmar seu gradualmente em
desaparecimento e, depois decorrência do processo de
proceder a deflação rápida envelhecimento;
e completa;
2. Sexo: estudos referem que
12. Se os batimentos cardíacos após a puberdade, os
persistirem até o nível zero, homens mostram uma
determinar a PAD no medida de PA mais alta do
abafamento dos sons (fase que as mulheres, mas isso
IV de Korotkoff) e anotar os é revertido na menopausa.
valores da PAS/PAD/zero.
3. Raça: comparados aos
brancos, os afro-
 Sons de Korotkoff: americanos possuem 1,5

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vezes mais possibilidade de minutos após a cessação


terem PA alta; do tabagismo.

4. Sobrepeso: algumas
vidências apontam que a Pulso ou Frequência Cardíaca
PAS pode de levar 2 a 3
mmHg e a PAD se elevar
de 1 a 3 mmHg para cada  São ondas de fluxo sanguíneo nas
10 kg de peso extra; artérias palpáveis do corpo, que
refletem a quantidade de ejetado a
5. Ciclo circadiano (diurno): cada batimento cardíaco.
ocorre um ciclo diário da
PA, com aumento no final  Pode ser palpado em vários
da tarde e redução no início lugares, os quais chamamos de
da manhã; pulsos periféricos (pulso radial,
braquial, ulnar, femoral, poplíteo,
6. Posição: a PA pode sofrer tibial e dorsal do pé) e pulsos
alterações conforme o centrais (carotídeo e apical).
paciente se move da
posição deitada ou sentada
ou de pé;

7. Exercício: a atividade
aumentada eleva a PA,
com retorno ao parâmetro
basal em 5 minutos da
cessação da atividade;

8. Emoções ou estresse: o
medo, a raiva e dor
aumentam
momentaneamente a PA
por estimulação do sistema
nervoso simpático;

9. Medicamentos: alguns
medicamentos podem
reduzir a PA. Exemplo: anti-
hipertensivos e diuréticos;

10. Tabagismo: o fumo causa


maior vasoconstrição. A PA
retorna ao parâmetro basal
em aproximadamente 15

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 Para avaliar o pulso, o enfermeiro


deverá palpar um dos pontos 3. Pulso normal: facilmente
citados e observar: a frequência palpável, desaparece por
dos batimentos cardíacos, o ritmo pressão digital forte,
e a amplitude (volume/ intensidade medido como +2;
de sangue que passa pela artéria)
4. Pulso célere: prontamente
 A frequência cardíaca é sentida palpável, forte, não some
pela quantidade de batimentos que facilmente por pressão
o coração exerce por minuto. Em digital, medindo +3.
adultos, o valor normal varia de 60
a 100 bpm (batimentos por
minuto), em crianças, de 80 a 120
bpm e em lactantes situa-se em  Nomenclaturas utilizadas quando se
torno de 130-180 bpm. verifica os pulsos centrais em
adultos:
 Na avaliação do ritmo cardíaco é
observado os intervalos dos 1. Bradicárdico: frequência
batimentos cardíacos, verificando cardíaca abaixo dos valore
se acontecem de maneira regular de referência (60 bpm);
(ritmo contínuo e em sincronia) ou
irregular (intervalo de tempos 2. Taquicárdico: Frequência
descompassados ou fora do ritmo, cardíaca acima de 100 bpm
podendo estar ora devagar, ora (valor máximo de
rápido). referência);

 Na avaliação do ritmo cardíaco é 3. Normocárdico: FC entre 60


observado os intervalos dos e 100 bpm (normal);
batimentos cardíacos, verificando
se acontecem de maneira regular  Nomenclaturas utilizadas quando se
(ritmo contínuo e em sincronia) ou verifica os pulsos periféricos em
irregular (intervalo de tempos adultos:
descompassados ou fora do ritmo,
podendo estar ora devagar, ora 1. Bradisfigmia: FC abaixo de
rápido). 60 bpm

1. Pulso ausente: pulso não 2. Taquisfigmia: FC acima de


palpável, podendo ser 100 bpm;
medido numa escala
numérica como 0 (zero); 3. Normosfigmia: FC entre 60
e 100 bpm.
2. Pulso fraco ou filiforme:
pulso que é difícil de sentir,
desaparece facilmente,
medido como +1; Frequência Respiratória

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1. Bradpnéia: incursões
respiratórias inferiores a 12
 Para avaliação da frequência rpm;
respiratória, deve se observar a
frequência da respiração, a
2. Taquipnéia: incursões
profundidade (padrão respiratório) e respiratórias superiores a
o ritmo. 20 rpm;

 A frequência respiratória (FR) é 3. Apnéia: Ausência de


determinada pela contagem da movimentos respiratórios;
quantidade de ciclos respiratórios
(inspiração e expiração) em um 4. Eupneia: Incursões
minuto. A FR normal do adulto varia respiratórias entre 12 e 20
de 12 a 20 respirações por minuto rpm;
(rpm).
5. A Profundidade é avaliada
 O ritmo respiratório é o intervalo através da observação do
entre os ciclos de inspiração e volume de ar circulado
expiração e pode ser regular durante o ciclo e o esforço
(rítmico) ou irregular (arrítmico). Os respiratório durante a
principais ciclos arrítmicos são: respiração. O paciente
poderá apresentar-se com
1. Respiração de Kussmaul: a respiração superficial
inspirações rápidas (pouco volume), moderada
intercaladas por períodos ou profunda (muito
de apneia e expirações volume).
profundas e ruidosas.
Causas: insuficiência renal;

2. Respiração de Cheyne-
 Padrão respiratório:
Stokes: dispneia periódica.
Respiração mais lenta e
1. Apical: predominantemente
superficial que
o tórax;
gradualmente se torna mais
rápida e profunda. Causas:
2. Diafragmática ou
AVC, traumatismos, ICC e
abdominal:
outras;
predominantemente o
abdome;
3. Respiração de biot:
irregular. Causas:
3. Mista: difícil diferenciar o
depressão respiratória.
que é tórax e o que é
abdome;
 Nomenclaturas utilizadas após
avaliação da FR: 4. Paradoxal: inversão de
padrão respiratório

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(diafragma desce, quando 2. Hipertermia: descrito


deveria subir e vice-versa) quando a temperatura
corporal se encontra acima
 Nomenclaturas utilizadas após a de 40°C;
avaliação do padrão respiratório:
3. Febrícula: quando a
1. Dispneia: dificuldade de temperatura corporal atinge
respirar; valores entre 36,9°C e
37,4°C;
2. Ortopnéia: dificuldade de
respirar deitado; 4. Febre: quando a
temperatura corporal se
3. Hiperventilação: respiração encontra entre 37,5°C e
rápida e profunda; 38°C.

4. Hipoventilação: respiração
superficial e lenta. Dor

Temperatura corporal  Dor pode ser entendida como uma


experiência sensorial e emocional
que traz sensação desagradável e
 A temperatura corporal indica a
muitas vezes associada a dano;
atividade metabólica. O hipotálamo
funciona como um termostato do
 Para avaliar a intensidade da dor
corpo, mantendo a temperatura
existem vários tipos de escalas
estável;
numéricas e visuais analógica que
 O valor médio da temperatura varia
norteiam o examinador. As mais
em torno de 36°
utilizadas pelos profissionais são a
Variação da escala visual analógica (EVA) e a
Via temperatura escala visual numérica (EVN),
normal ambas o paciente pode apontar o
Oral 36,5 a 37,5°C quanto está a intensidade da sua
Axilar 35,9 a 36,9°C dor através das notas de 0 a 10.
Retal 37,1 a 38,,1°C
Timpânica 36,8 a 37,8°C
Temporal 37,1 a 38,1°C

 Nomenclaturas utilizadas após


avaliação da temperatura:

1. Hipotermia: a temperatura
corporal se encontra abaixo
de 35°C;

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Referências:
https://afya.instructure.com/courses/51707/p
ages/semanas-4-e-5-avaliacao-dos-sinais-
vitais?module_item_id=2217427

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