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Agnes Souza – 01529846


Allison Vinnicius – 01523222
Brysa Rodrigues – 01341848
Ícaro Maciel – 01510781
Lídia Beatriz – 01536922
Maria Eduarda Alves – 01523316
Maria Eduarda Coutinho – 01524972
Mayara Vitória – 01528144
Murilo Silva – 01513466
Priscila Sena – 01535515
Thawane Fonseca – 01533866
Vinicius Gomes – 01529551

ABORDAGEM PSICANALÍTICA (FREUD)


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Recife, 2022
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Responsáveis pelo trabalho escrito:


Agnes Souza – 01529846
Lídia Beatriz – 01536922
Maria Eduarda Alves – 01523316
Maria Eduarda Coutinho – 01524972
Thawane Fonseca – 01533866
Vinicius Gomes – 01529551

Responsáveis pela apresentação:


Allison Vinnicius – 01523222
Brysa Rodrigues – 01341848
Ícaro Maciel – 01510781
Mayara Vitória – 01528144
Murilo Silva – 01513466
Priscila Sena – 01535515

ABORDAGEM PSICANALÍTICA (FREUD)

Relatório apresentado ao Curso de


Psicologia, Uninassau, como requisito
para aprovação na disciplina Teorias e
Sistemas.

Orientação: Profª. Rita de Cássia Román da Porciúncula


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Recife, 2022
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RESUMO

Sigmund Freud nasceu em Pribor no dia 06 de maio de 1856. Foi médico,


pesquisador e criador da Psicanálise. Até o final do século XIX, os problemas mentais
eram tratados como doenças exclusivamente físicas. Existiam médicos, como o francês
Jean-Martin Charcot, que utilizavam a hipnose como forma de tratamento. Insatisfeito
com o método, Freud fundou a Psicanálise que utilizava o mecanismo da livre
associação. Ele acreditava que os desequilíbrios psíquicos eram consequências de
repressão de sentimentos. Dessa maneira, e de forma consciente, o paciente deveria
externalizar suas angústias e medos, através do diálogo entre o paciente e o psicanalista.
Ele analisou temas como a histeria, a neurose, a psicose, a sexualidade e os desejos
sexuais, os sonhos e o inconsciente. Freud faleceu no dia 23 de setembro de 1939, em
Londres, deixando grandes influências nos campos da Medicina, da Educação e das
Artes. Inclusive, as teorias dele que tratavam sobre o inconsciente deram origem a
estilos artísticos como o surrealismo e o simbolismo
De outubro de 1885 a fevereiro de 1886, Freud viajou à França, onde trabalhou na
Salpêtrière, em Paris, sob a direção do eminente neurologista Charcot. Após um tempo,
voltou para Viena, onde lutou contra as resistências do meio médico, que se opunha à
hipnose, ao mesmo tempo que começou a colaborar com Joseph Breuer em seus
estudos. Porém, logo percebeu que os métodos hipnóticos de Charcot e Breuer eram
diferentes. Enquanto Charcot procurava influenciar seus pacientes através da sugestão
direta, Breuer preferiu deixá-los descrever seus próprios sintomas e torná-los capazes de
encontrar alívio, reencenando, tanto quanto possível, a situação traumática original.
Então, Freud acrescentou um elemento à técnica criada por Breuer e passou a empregar
a sugestão diretamente como meio terapêutico. Dessa forma, a hipnose era empregada
para se chegar aos fatos traumáticos fazendo uso da sugestão para eliminá-los ou pelo
menos debilitá-los em sua força patogênica.
A hipnose era usada por Freud, principalmente para tratar casos de histeria,
doença essa, atribuída inicialmente às mulheres, uma vez que tem sua origem do grego
“hystéra”, remetendo a uma disfunção uterina. Porém, posteriormente, essa visão foi
superada, visto que homens também podiam desenvolver histeria. A histeria é um tipo
de neurose a qual, no geral, os acometidos pela doença sofrem de contraturas; paralisias;
convulsões epileptóides; tiques; vômitos contínuos; anorexia, distúrbios da visão;
alucinações e entre outros sintomas, os quais podiam desaparecer de imediato e sem
retorno quando se conseguia levantar as lembranças e afetos do acontecimento
motivador.
Contudo, logo se deu conta das limitações e dificuldades do método hipnótico,
pois percebeu que nem todos os pacientes eram hipnotizáveis e que os sintomas
eliminados com essa técnica frequentemente reapareciam, o que o fez mais tarde
abandonar o método com o surgimento e desenvolvimento da associação livre.
Após um longo dia de trabalho, nada como uma boa noite de sono para descansar
e para desligar-se do dia a dia. Para muitos de nós os sonhos podem não ter significado
algum. Mas o sonho para a psicanálise, pode revelar desejos e traumas ou outros
elementos presentes em nosso inconsciente. Para a psicanálise, o sonho é uma das
formas de acessar o inconsciente, parte da mente a qual não temos acesso de forma
fácil.
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Uma das teorias propostas pelo psicanalista foi a Teoria do Desenvolvimento


Psicossexual, na qual propunha que a personalidade do indivíduo era formada já desde
os primeiros anos de sua vida, pontuando 5 períodos de idade e em cada uma, era
desenvolvido uma zona erógena diferente, e caso houvesse fracasso na conclusão de
uma fase, levaria uma a fixação na zona erógena que influenciaria na vida adulta, dentre
as fases, temos:
Fase Oral (do nascimento até 18 meses): voltada para os prazeres orais como chupar;
Fase anal (18 meses a 3 anos): foco no controle da bexiga e intestino;
Fase fálica (3 a 6 anos): voltada aos órgãos genitais e ao complexo de Édipo, conceito
que propunha que o menino desenvolveria um desejo sexual pela mãe e ciúmes do pai;
Fase de latência (6 anos até a puberdade): os impulsos sexuais são reprimidos e a
energia sexual é dirigida a trocas como interação social e atividades intelectuais;
Fase genital (puberdade até idade adulta): acontece o despertar dos impulsos sexuais e
interesse no sexo oposto.
Sigmund Freud desenvolveu a Teoria da Personalidade sistematizando o aparelho
psíquico em três estruturas: Id, Ego e Super Ego.
O Id é irracional, busca uma solução imediata para as tensões. É totalmente inconsciente
e consiste nos desejos pelo prazer, vontades e pulsões primitivas.
O Ego é o aspecto racional da personalidade, toda consciência cabe ao ego. Ele é
responsável pelo controle, servindo como mediador entre o Id e as circunstâncias do
mundo externo.
O Superego é o componente moral da mente humana, juiz. Ele representa os
valores da sociedade e reprime qualquer impulso contrário às regras. É ele que força o
Ego a se comportar de maneira normal, conduzindo o indivíduo ao que é certo.
Freud também acreditava que nossos impulsos se dispunham de diferentes formas
na nossa mente e consciência. Ele representou esse psiquismo na forma de um iceberg,
em que a pequena parte que emerge da superfície da água está o nosso consciente
(pensamentos e percepções que podemos voluntariamente controlar no momento). Logo
abaixo está o pré-consciente (memórias armazenadas que podem ser recuperadas
facilmente), e na base do iceberg está o inconsciente (localidade dos instintos, traumas,
fontes da energia psíquica e pulsões de vida e morte).O ID se encontra no inconsciente,
o ego está tanto no consciente quanto no pré-consciente e o superego está nas três
partes.
A libido é fundamental pra que o ego se mova, ela é a energia que colocamos
naquilo que amamos, desejamos ou estamos interessados. É por ela que nos
relacionamos com o mundo externo e com nós mesmos.
Mecanismos de Defesa, para Freud, é uma forma de supressão da realidade. Ou seja, são
estratégias do ego de forma inconsciente, para proteger a personalidade contra o que ela
considera uma ameaça. Através de diversos processos psíquicos mobilizados em
situação de perigo, para evitar a vivência fatos dolorosos.
O uso desses mecanismos não é patológico, no entanto distorce a realidade, e só seu
desvendamento pode nos fazer superar essa falsa consciência, ou melhor, ver a realidade
como ela é.
São eles:
Recalque ou repressão: surge na forma de sintomas, porque o recalcado se sintomatiza,
transferindo para o corpo as dores do inconsciente. Esse mecanismo de defesa é
considerado o mais radical pois deforma o sentido do todo ao suprimir a PERCEPÇÃO
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do que está acontecendo. Exemplo: Quando entendemos uma proibição como permissão
porque não “ouvimos” o “não”.
Negação: nega as partes desagradáveis e indesejáveis, deixando apenas a fantasia dos
desejos ou do comportamento. É considerado um dos mecanismos de defesa menos
eficazes. Um exemplo dele é quando uma criança mente negando ações que realizaram
para evitar o desagrado de um castigo.
Regressão: passagem para modos de expressão mais primitivos. O indivíduo foge de
situações conflituosas atuais, através do recuo do ego, voltando para um estágio
anterior. Exemplo de regressão é quando um adulto volta a um modelo infantil onde se
sentia mais feliz.
Deslocamento: é quando o indivíduo desloca seu sentimento (geralmente raiva) do alvo
para uma pessoa com menos probabilidade de causar um mal. Um exemplo disso é
quando uma criança é proibida de brincar no pátio então passa o dia atormentando o
irmão menor.
Projeção: é um tipo de defesa primitiva. O indivíduo projeta algo de si no mundo
externo e não percebe que aquilo foi projetado como algo que considera indesejável.
Um exemplo comum disso é um jovem que crítica bastante os colegas por serem
extremamente competitivo e não se da conta de que também é, as vezes, ou até mais do
que os próprios amigos.
Isolamento: se caracteriza por separar um pensamento ou uma ação do seu contexto
geral. É o ato de separar as partes da situação provocadoras de ansiedade, do resto da
psique é de dividir a situação de modo a restar pouca ou nenhuma reação emocional
ligada ao acontecimento. Esta abordagem pode levar a pessoa a isolar-se cada vez mais
em idéias e ter contato cada vez menor com seus próprios sentimentos.
Sublimação: Esse mecanismo é considerado o mais evoluído, é o ato de transformar
uma pulsão em algo socialmente aceito. Por exemplo, quando trabalhamos, estamos
transformando nossa libido ou nossa pulsão sexual ou de vida em algo “produtivo”.
Seria como se convertêssemos uma energia (interessante à pessoa) em outra
(interessante à sociedade).
Formação reativa: ocorre em momentos que o sujeito sente desejo de dizer ou fazer
alguma coisa, mas faz o oposto. Normalmente surge em defesa de reações temidas e a
pessoa procura encobrir algo inaceitável, através da adoção de uma posição oposta. Um
exemplo disso é o caso da mãe que superprotege o filho, do qual tem muita raiva porque
atribui a ele muitas de suas dificuldades pessoais.
Racionalização: processo em que o indivíduo constrói uma argumentação
intelectualmente convincente e aceitável, justificando os estados "deformados" da
consciência. Ou seja, é uma defesa que busca justificar as outras. Nesse processo, o ego
coloca a razão a serviço do irracional e utiliza para isso a cultura ou o saber científico.
Exemplo: justificativas ideológicas para os impulsos destrutivos que eclodem na guerra,
no preconceito e na defesa da pena de morte.
Para Sigmund Freud, vanguardista por seus estudos sobre as mensagens do nosso
inconsciente, os sonhos são uma forma da psique de “realizar desejos”. São ensaios por
parte do inconsciente para solucionar um desacordo, seja ele recente ou algo do
passado.
Freud partia da interpretação de que todos os conteúdos dos sonhos tinham causa
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em experiências anteriores, desejos e traumas. Ao apreciar os sonhos, Freud sugere


considerar que: sonhos podem estar manifestando desejos; sonhos podem estar
recordando fatos que aconteceram na véspera.
Freud passou a usar a técnica da Associação Livre, a qual se tornaria uma das
principais características da psicanálise. Freud abandonou a terapia que então praticava,
realizada por meio da hipnose. Após a sua autoanálise, ele passou a usar os sonhos
como o seu principal material de trabalho.
A neurose é a reação do sistema nervoso ligada à uma experiência vivida, o
indivíduo não tem um comportamento limitado, mas há sofrimento, pois se restringe a ir
a certos ambientes como forma de não agravar ou aliviar a ansiedade, o que pode afetar
o seu cotidiano.
Há 4 tipos de neurose: angústia, obsessiva, histérica e fóbica.
A psicanálise e a neurose, deve ser avaliada de formas diferentes, porque depende
do estado do indivíduo.
A compulsão é uma ação repetitiva, além do necessário, no intuito de reduzir o
desconforto, pois é uma ação do indivíduo que tenta se livrar de alguma
preocupação/aflição. Há vários tipos de compulsões, como a: alimentar, fazer compras,
acumulação, entre outras. De acordo com Freud, tais comportamentos vem de uma força
na qual o ser gostaria de lutar, é um conflito psíquico, de pensamentos opostos, sem
direito de escolha.
Os transtornos têm apresentações diferentes, com a junção de pensamentos,
emoções, sentimentos anormais que afeta a convivência com as pessoas. Entre esses
transtornos, são depressão, esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar e outras psicoses,
como deficiência intelectual, transtorno de desenvolvimento, incluindo autismo.
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REFERÊNCIAS

https://blog.sbpi.org.br/neurose-e-psicanalise-o-que-explicam-os-psicanalistas-sobre-o-t
ema/#:~:text=Segundo%20o%20m%C3%A9dico%20neurologista%20e,regido%20pelo
%20princ%C3%ADpio%20do%20prazer

https://www.google.com/amp/s/zenklub.com.br/blog/palavra-de-especialista/consu
mo-excessivo-compulsao-por-compras-na-perspectiva-psicanalitica/

https://www.psicanaliseclinica.com/mecanismos-de-defesa/

Livro psicologias Ana Bock - capítulo 3

https://www.scielo.br/j/pusp/a/Ngg6f3Wzpmqm6LfSTqWTVcw/?lang=pt&format
=html

https://mundoeducacao.uol.com.br/psicologia/histeria.htm

Estudos sobre a histeria - Sigmund Freud

O desenvolvimento da regra fundamental na obra de


Freud: da hipnose à associação livre - Luciano Isolan, RBPsicoterapia (Revista
Brasileira de Psicoterapia)

https://www.sbpi.org.br/entenda-o-que-sao-os-sonhos-para-psicanalise/#:~:text=O
%20significado%20dos%20sonhos%20para%20a%20psican%C3%A1lise&text=
Para%20Sigmund%20Freud%2C%20vanguardista%20por,recente%20ou%20alg
o%20do%20passado

https://www.psicanaliseclinica.com/o-que-e-sonho-para-psicanalise/

O que é psicanálise? Para iniciantes ou não… - Fabio Herrmann

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