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Lingua Portuguesa I
Lingua Portuguesa I
MOÇAMBIQUE
Centro de Ensino à Distância
Língua Portuguesa I
Código: (P0180)
Módulo único
24 Unidades
Direitos de autor (copyright)
Este manual é propriedade da Universidade Católica de Moçambique, Centro de Ensino à
Distância (CED) e contêm reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou
reprodução deste manual, no seu todo ou em partes, sob quaisquer formas ou por quaisquer
meios (electrónicos, mecânico, gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de
entidade editora (Universidade Católica de Moçambique-Centro de Ensino à Distância). O
não cumprimento desta advertência é passível a processos judiciais.
Índice
Visão Geral 5
Bem-vindo à Língua Portuguesa I.................................................................................. 5
Objectivos da cadeira .................................................................................................... 5
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................ 5
Como está estruturado este módulo? .............................................................................. 6
Ícones de actividade ...................................................................................................... 7
Habilidades de estudo .................................................................................................... 7
Precisa de apoio? ........................................................................................................... 7
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) .............................................................................. 8
Avaliação ...................................................................................................................... 8
Unidade 2: O Resumo 13
Introdução 13
Sumário ....................................................................................................................... 16
Exercícios.................................................................................................................... 16
Unidade 6: A Exposição 37
Introdução 37
Centro de Ensino à Distância ii
Sumário ....................................................................................................................... 39
Exercícios.................................................................................................................... 40
Sumário ....................................................................................................................... 80
Exercícios.................................................................................................................... 80
Visão Geral
Bem-vindo à Língua Portuguesa I
Pretendemos que este módulo de LP I seja um contributo para que
os aprendentes adquiram um domínio eficaz e eficiente de algumas
técnicas de uso da Língua Portuguesa. Naturalmente que a entrega
e a dedicação é que ditarão a amplitude do nosso objecto de estudo.
Objectivos da cadeira
Páginas introdutórias
Um índice completo.
Uma visão geral detalhada da cadeira, resumindo os aspectos-
chave que você precisa conhecer para completar o estudo.
Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes
de começar o seu estudo.
Conteúdo da cadeira
A cadeira está estruturada em unidades de aprendizagem. Cada
unidade incluirá, o tema, uma introdução, objectivos da unidade,
conteúdo da unidade incluindo actividades de aprendizagem , um
sumário da unidade e uma ou mais actividades para auto-
avaliação.
Outros recursos
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma
lista de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos
podem incluir livros, artigos ou sites na internet.
Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação
Tarefas de avaliação para esta cadeira, encontram-se no final de
cada unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais
para desenvolver as tarefas, assim como instruções para as
completar. Estes elementos encontram-se no final do manual.
Comentários e sugestões
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer
comentários sobre a estrutura e o conteúdo da cadeira. Os seus
comentários serão úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este
manual.
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Ícones de actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas
margens das folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes
partes do processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela
específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança
de actividade, etc.
Habilidades de estudo
Caro estudante, procure reservar no mínimo 2 (duas) horas de
estudo por dia e use ao máximo o tempo disponível nos finais de
semana. Lembre-se que é necessário elaborar um plano de estudo
individual, que inclui, a data, o dia, a hora, o que estudar, como
estudar e com quem estudar (sozinho, com colegas, outros).
Lembre-se que o teu sucesso depende da sua entrega, você é o
responsável pela sua própria aprendizagem e cabe a se planificar,
organizar, gerir, controlar e avaliar o seu próprio progresso.
Evite plágios!
Precisa de apoio?
Caro estudante:
Os tutores têm por obrigação monitorar a sua aprendizagem, dai o
estudante tem a oportunidade de interagir objectivamente com o
tutor.
Todos os tutores têm por obrigação facilitar a interacção. Em caso
de problemas específicos, ele deve ser o primeiro a ser contactado,
numa fase posterior contacte o coordenador do curso e se o
problema for da natureza geral, contacte a direcção do CED, pelo
número 825018440.
Avaliação
A avaliação da cadeira será controlada da seguinte maneira:
Três (3) Trabalhos realizados pelos estudantes, sendo divididos
em três sessões presenciais de acordo com a programação do
Centro.
Dois (2) Testes escritos em presença e um (1) exame no fim do
ano.
Centro de Ensino à Distância 9
Introdução
Nesta que é a primeira unidade deste manual, fazemos apresentação
de uma tipologia textual que se enquadra nos textos orais e escritos de
organização de dados. Estamos a falar especificamente da tomada
de nota. Vamos aqui procurar compreender as principais
características e importância desta tipologia textual.
Tomada de Notas
Notas são apontamentos escritos que se tomam sobre
determinados assuntos ou acontecimentos, para usar quando
houver necessidade. Sempre que encontramo-nos num debate ou
numa sessão, urge a necessidade de tomar notas: O que tomar?
Quando tomar e de que modo tomar? Estas são questões que
conduzem a uma tomada de nota.
O Que Anotar?
Apontar o maior número de coisas indispensáveis no
mínimo de tempo utilizando a técnica de escrita acelerada;
Eliminar os elementos supérfluos: fora de assunto,
repetições afirmações «gratuitas» ou opiniões pessoais do
conferencista;
Suprimir os pormenores;
Assinalar as palavras-chave;
Assentar sistematicamente as conclusões parciais e gerais
e as propostas de acção.
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Sumário
A maioria das pessoas sentem dificuldades em tomar notas, não o
faz ou toma muito poucas, ou então deixa de conseguir
acompanhar. A tomada de notas apresenta sempre dificuldades
objectivas. No caso oral: fala-se três ou quatro vezes mais depressa
do que se escreve.
Centro de Ensino à Distância 12
Exercícios
1. Tome notas a partir de uma reunião, conferência, debate, evento
oral ou informação retirada de um livro.
2. Tome notas do texto “SIDA é problema nosso” usando as
seguintes técnicas: abreviaturas, quadros esquemas.
3. O que se deve ter em conta ao tomar nota?
Centro de Ensino à Distância 13
Unidade 2: O Resumo
Introdução
Pretendemos com esta unidade apresentar a definição, os
objectivos, a qualidade, extensão, fases de elaboração de um
resumo tal como os defeitos a evitar no resumo.
Objectivos do Resumo
É um dos meios mais eficazes de desenvolvimento intelectual
porque leva a distinguir o essencial do acessório, num texto ou
mensagem cujo discurso é necessário reduzir para utilização
posterior.
Texto 1 – Exemplicativo
Crítica ou teoria literária? Texto constituido por 122 palavras. Resumir
em 40/50 palavras
Escreveu August W. Schlegel que Camões, só por si, vale uma literatura
inteira. Esta observação fundamenta-se, por certo, no facto de a obra
multifacetada de Camões abranger diversas correntes artísticas e
ideológicas do séc. XVI em Portugal; ser elaborada sobre uma
experiência pessoal múltipla que nenhum outro escritor contemporâneo
realizou sozinho; e de, enfim, este poeta ter sido capaz de dar forma
lapidar e definitiva a um conjunto de ideias, valores e tópicos
característicos da sua época. Quase tudo o que se manifestou na literatura
portuguesa de Quinhentos, através de autores tão diferentes como
Bernardim Ribeiro, António Ferreira, Fernão Mendes Pinto, João de
Barros, e até Garcia de Orta ou Duarte Pacheco Pereira, encomtra eco na
lírica ou na épica de Camões.
Sumário
Resumir um texto é condensar as ideias principais, respeitando o
sentido, a estrutura, o tipo de enunciado. É um exercício mental que
encara o texto como um todo. É, pois, a criação de um novo texto,
reduzindo-lhe a extensão sendo objectivo. As fases do resumo e a
sua elaboração incidem sobre o texto escrito. São três as fases
principais do resumo. No acto do resumo há erros a evitar, pois o
resumo não deve destorcer o fulcro textual.
Exercícios
1. Qual é a natureza de um resumo?
2. Resume o texto «SIDA é problema nosso» cf. Módulo.
3. Explique todos os passos seguidos para obter o resumo final.
4. Que defeitos há a evitar no resumo?
5. Faça resumo do texto “SIDA é problema nosso!” em 250
palavras.
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Texto
SIDA é problema nosso!
O SIDA (ou Sindroma de Imunodeficiência Adquirida) é uma
doença que, espalhando-se pelo mundo, causa medo a todos nós.
Os números falam por si e são assustadores!
Não se trata pois de um fantasma da nossa imaginação.
A doença foi pela primeira vez detectada nos EUA em 1981. Só
em 1983-84 viria a ser identificado o vírus causador da doença, e nessa
altura havia já 1641 casos diagnosticados, que tinham causado 644
mortos.
Pouco se conseguiu fazer para prevenir esta doença que mesmo
hoje, ainda não tem cura, apesar dos intensos esforços de investigação,
nem obedece aos mecanismos de controlo epidemiológico entretanto
adoptados.
O SIDA é uma doença mortal transmitida pelo sangue, ou pelo
esperma nas relações sexuais.
O vírus HIV (Human Inmunodeficiency Vírus), responsável pela
doença, uma vez introduzido no sangue, procura os linfócitos T
encarregados da defesa imunitária, onde se instala.
Os indivíduos assim atingidos são chamados seropositivos.
Passado algum tempo (tempo de incubação, que pode chegar a 5 anos),
ou em certas condições de terreno individual favorável, o vírus em cerca
de 50% dos seropositivos paralisa e o sistema imunitário continua intacto
e não apresenta sintomas de doença, nem se sente doente.
Embora não necessariamente doentes, os seropositivos são
sempre contagiantes pelo que devem abster-se de ter relações sexuais sem
protecção, e de engravidar, se forem mulheres.
O doente é uma pessoa infectada pelo vírus HIV, que tem já
destruído o seu sistema imunitário, o que o torna desprotegido face aos
germens banais e o expõe às infecções para as quais deixou de ter defesa.
E é preciso não esquecer que o SIDA ataca principalmente os
jovens e todas as pessoas sexualmente activas e os toxicodependentes.
Perante os sintomas da doença, só um exame médico rigoroso
pode confirmar se trata ou não de SIDA, uma vez que todos os sintomas
são comuns a outras doenças infecciosas atípicas, isto é, sem uma
sintomatologia definida, pelo que só um exame médico completo permite
a confirmação do diagnóstico.
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Introdução
Nesta unidade, falaremos do tratamento e organização sintética da
informação colhida em várias fontes documentais. Portanto, vamos
procurar compreender o funcionamento da ficha bibliografia,
temática e da ficha de leitura.
Ficha Bibliográfica
A ficha bibliográfica é uma das formas que temos para
salvaguardar não só as informações, mas também mostramos
fidelidade e integridade intelectual. A omissão é considerada crime,
sob pena de incorrer a um processo-crime por violação dos direitos
do autor.
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Referências Bibliográficas
São um conjunto de elementos que permitem a identificação da
publicação, no seu todo ou em parte. As referências bibliográficas
são citadas em lista própria, deve ter uma ordem alfabética única
pelo apelido do autor e título.
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Ficha de Leitura
As fichas de leitura são fichas de registo em que: são anotadas com
precisão todas as referências bibliográficas relativas a um livro ou a
um artigo, é elaborado o seu resumo, são transcritas algumas
citações-chave e são feitas apreciações e observações.
Tema: _________________________
Bibliografia
É uma lista de documentos que, embora não citados ao longo do
texto, foram consultados e dão uma informação suplementar sobre
o tema. Esta lista constitui, normalmente, um anexo do trabalho.
1
O símbolo pp. é uma indicação abreviada de no intervalo das páginas.
2
A expressao et al é uma forma abreviada que provem do Latim e significa e
outros.
3
A abreviatura AAVV significa varios autores.
4
O símbolo p. é uma indicação abreviada de página.
5
O símbolo (s/l) indica sem local.
6
O símbolo (s/d) indica sem data.
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Artigo da Jornal
Autor; título do artigo; título do Jornal; dia; mês; ano; nº ou títulos
do caderno; secção, ou suplemento, páginas inicial- final.
Citação
Habitualmente, num trabalho citam-se muitos textos de vários
autores. Citamos para corroborar ou confirmar uma afirmação
nossa, se partilhamos a ideia do autor. Citar é testemunhar num
processo e mostrar as testemunhas reconhecidas tornando dignas e
de crédito as informações.
Sumário
As fichas são um instrumento de trabalho indispensável, permitindo:
identificar as obras, colher o seu conteúdo, fazer citações, conservar
críticas nossas ou de outrem, analisar o material a utilizar num
trabalho.Ademais, actualmente, a ficha de leitura é muito usada por
estudantes para fazerem o resumo de fichas de apoio e de livros.
Exercícios
1. Destingue ficha bibliográfica, temática e de Leitura. Diz se
existe algo de comum.
2. Procure uma obra literária e apresente a sua respectiva ficha de
leitura.
Centro de Ensino à Distância 27
Introdução
A composição escrita compreende, implicitamente o domínio das
regras de uma determinada Língua, portanto, composição escrita
pauta pelo conhecimento das unidades da escrita. Obviamente, as
regras de composição, a correcção da escrita e correcção só serão
aplicadas se houver o domínio da gramática da Língua em causa.
Composição Escrita
A composição escrita de uma língua relaciona-se com o domínio
gramatical dessa mesma língua. As regras de uma língua são
definidas pelos falantes da mesma. No caso da Língua Portuguesa
a regra de escrita, pela composição obedece o sujeito, o predicado
e o(s) complemento(s).
2ª – Escolha do discurso
Após a reflexão sobre o tema, é importante definir o tipo de
discurso com que organizarás o conteúdo da tua composição
(narrativo, descritivo, expositivo-informativo, argumentativo…).
Esta opção deverá ser cuidadosamente ponderada, pois há que
escolher o discurso que melhor se adeqúe à expressão das tuas
ideias.
3ª – Elaboração do plano
Antes de começares a redigir, é necessário conheceres claramente
os tópicos a desenvolver, as ideias a privilegiar, o lugar a conceder
a este ou àquele aspecto e o próprio encadeamento do texto. É
necessário, portanto, que procedas à elaboração de um plano que
ordene os elementos que reuniste quando reflectiste sobre o tema.
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4ª – Concretização do plano
Deves, agora, desenvolver os teus tópicos por escrito, ou seja,
organizar em textos os conteúdos previstos pelo plano. Vais
produzir um discurso que, com correcção linguística, exprima com
rigor e clareza, as ideias que queres transmitir.
5ª – Revisão
A última etapa do trabalho consiste numa revisão atenta do texto,
que permita detectar eventuais erros relativos aos diversos
aspectos considerados no ponto anterior.
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Sumário
A composição escrita compreende três aspectos intrinsicamente
relacionados entre si: Regras de comunicação, correcção da
composição escrita e correcção dos erros.
Exercícios
1. Diz que factores estão em causa para uma composição escrita.
2. Indica a condição para a correcção dos erros em Língua
Portuguesa.
3. Considerando as etapas da elaboração de uma composição,
elabora um teto expositivo – argumentativo com uma temárica
ligada ao abordo,
Centro de Ensino à Distância 31
Introdução
Nesta unidade falaremos da origem e evolução da língua
portuguesa. A Língua Portuguesa sofreu várias transformações ao
longo de todos os tempos por influência de factores de vária
ordem.
Objectivo
Descrever os processos de evolução do léxico português;
Diferenciar as ortografias do português europeu e do
brasileiro.
Génese da Língua Portuguesa
Em consequência da romanização, a língua portuguesa tem a sua
origem no latim: o chamado latim coloquial tardio. Ela é o
resultado de uma longa evolução. Quando os romanos passaram
a dominar a Península Ibérica (por um período de mais de cinco
séculos), divulgaram a sua língua, o latim. Foi esta a grande
matriz da língua portuguesa.
Sumário
O latim é a grande matriz da língua portuguesa. O seu
enriquecimento deve-se em grande mediada às transformações
fonética, semântica, empréstimos, neologismos, estrangeirismos
que tornam viva e dinâmica a língua. O Português é falado, hoje,
no Brasil, África, Portugal, Ásia e Oceânia ocupando o 5º lugar no
mundo, das línguas mais faladas.
Exercícios
1. Que relação se pode estabelecer entre o latim e o português?
2. Que factores ditaram o surgimento da língua portuguesa, dos
nossos dias?
3. Apresente duas palavras para cada tipo de caso dos processos de
evolução do português.
4. Que factores ocorrem para a divergência do PE e do PB?
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Unidade 6: A Exposição
Introdução
Nesta unidade falaremos da característica de uma exposição; da
importância que ele tem para a comuicação administrativa,
cientifica e didáctica.
A Exposição
Exposição é a apresentação de tudo o que se refere a uma questão
ou problema de modo a que as pessoas a quem ela se destina
adquiram um conhecimento global. A exposição pode ser oral ou
escrita.
Estratégias Discursivas
As estratégias discursivas da exposição variam de acordo com a
sua intenção comunicativa, recorrendo-se de caracteres
tipográficos diferenciados. A exposiçao tem a intenção de
informar e utilizar as estratégias necessárias para ampliar os
conhecimentos do destinatário.
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Características Discursivas
A exposiçao é composta por três enunciados:
a) Enunciados de exposição – contendo uma sucessão de
informações que visam fazer saber;
b) Enunciados de explicação – que têm como finalidades
fazer compreender o saber transmitido;
c) Enunciados que marcam as articulações do discurso –
anunciar o que vai ser dito; resumir o que se disse;
antecipar o que vai ser dito, através de títulos, subtítulos,
numerações, etc, focalizar o que é dito através de
sublinhados e de mudanças tipográficas.
Sumário
O termo exposição nasce do verbo expor. A exposição é um texto
vulgar do nosso dia-a-dia. Este tipo de texto pode apresentar-se de
forma muito variada dependendo do objectivo preconizado: escrito
ou oral. As principais qualidades são a ordem, clareza e rigor. A
exposição é também designada de requerimento articulado.
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Exercícios
1. Descreve as características de uma exposição.
2. Apresente uma frase para cada uma das características
discursivas da exposiçao.
3. O que visa o texto expositivo-explicativo?
Centro de Ensino à Distância 41
Introdução
Os textos de comunicação social abordam factos sociais. E estes ou
esses factos sociais dependem de uma interacção que muitas vezes,
só se torna possível mediante uma entrevista e/ou debate. Nesta
unidade didáctica vamos falar destas duas tipologias textuais que se
enquadram nos textos orais e escritos de comunicação familiar ou
social.
A Entrevista
Entrevista corresponde ao encontro de pessoas, marcado para
local determinado, com fins sociais ou profissionais.
Nota-se:
(i). A entrevista constitui actualmente prática usual na
admissão de trabalhadores, sobretudo se qualificados.
Centro de Ensino à Distância 42
Estrutura da Entrevista
A entrevista apresenta uma estrutura um tanto o quanto estática:
a fase de saudação, chamamento, identidade, nível de
língua.Intercalam-se por:
i. Estabelecer o contacto;
ii. Manter o contacto e
iii. Romper o contacto.
O Debate
Entretanto, o debate é uma situação argumentativa por
excelência. Convém frisar que o debate não deve ser confundido
com a polémica, com discussão ou com a controvérsia.
1. Estabelecer o contacto
Saudação, chamamento, identificação e nível de língua
(de acordo com o nível do entrevistado poderá ser
corrente e elevado).
Centro de Ensino à Distância 44
2. Manter o contacto
Interrogação, chamada de atenção, dúvidas, argumento e
nível de língua. O contacto é estabelecido cingindo-se no
nível do interlocutor.
3. Romper o contacto
Agradecimentos, despedida, proposta e nível de língua,
tanto exige um domínio linguístico por parte do
entrevistador. O entrevistador pouco fala, explorando
mais o seu interlocutor (entrevistado).
Sumário
A entrevista e o debate correspondem a textos orais e escritos de
comunicação familiar ou social. Sendo a entrevista e o debate,
textos de estrutura conversacional apresentam uma mobilidade na
sua estrurura e características linguísticas e discursivas.
Exercícios
1. Com suas palavras, diferencie uma entrevista de um debate.
2. Selecione dois textos, sendo uma entrevista e um debate.
Identifique neles as características que acabaste de aprender
nesta unidade.
Centro de Ensino à Distância 45
Introduão
Nesta que é a oitava unidade, vamos falar do funcionamento de
dois tipos de textos que fazem parte dos textos jornalísticos. Vamos
tentar compreender as estruturas, suas características e distinção
entre eles.
Noticia
A notícia é um breve e objectivo texto narrativo, especialmente
marcado pela actualidade e interesse geral. A notícia insere-se nos
textos do domínio da Comunicação Social. Ela é um facto ou
acontecimento verdadeiro, inédito e actual, de interesse geral, que
se comunica a um público de massas.
A Reportagem -Conceito
A reportagem é um texto jornalístico oral ou escrito. Baseia-se no
testamento directo dos factos e em histórias vividas pelas pessoas,
nima perspectiva actual.
Estrutura da Reportagem
A reportagem é um texto jornalístico que vai além da simples
notícia. Portanto, são textos que aproximam o autor (normalmente,
um jornalista) do público-alvo (leitor ou ouvinte) relativamente ao
tema em questão.
Centro de Ensino à Distância 47
Por outro lado, para que seja “os olhos e ouvidos” dos leitores, o
repórter descreve aprofundadamente o que vê, ouve e sente. Faz,
por isso, um retrato da situação, isto é, uma descrição. Contudo,
este retrato não deve ser estático, mas inserido num contexto
pessoal e social, ligado ao passado, e mostrando também aspectos
psicológicos.
Sumário
A notícia é um texto narrativo de actualidade e interesse social e
apresenta o lead, corpo e um título que a resume. É um texto que se
insere no domínio da Comunicação.
Exercícios
1. O que entendes por uma notícia?
2. Fale da importância do lead.
3. Qual é o nível de linguagem usade numa notícia? Justique a
resposta.
4. Elabore uma pequena notícia.
5. Com base nos conhecimentos que deténs, eleaboree uma
reportagem sobre um assunto noticioso e candente na sua
comunidade.
Centro de Ensino à Distância 49
Introdução
No dia-a-dia do Homem, verificam-se tantas preocupações de
ordem diversa, contudo existem instituições ou organismos
responsáveis ou incumbidos a resolver ou encaminhar as
preocupações dos cidadãos.
Carta - Conceito
A carta é uma mensagem escrita, transmitida a um destinatário
individualizado e que se encontra geogfaficamente noutro local.
Requerimentos
Requerimentos são instrumentos utilizados para os mais diferentes
tipos de solicitações às autoridades ou órgãos públicos. A seguir,
apresentamos um modelo, que pode ser adaptado para os
diferentes casos. Nele, podemos observar as seguintes partes:
Modelo de Requerimento
Senhor Secretário,
_(nome completo)_, nacionalidade, _(estado civil)_,
_(profissão)_, portador de B.I. nº ___________, emissão
___________, residente na Av./Rua _____________, nº ______,
Bairro de _________, cidade e Município de _______________,
vem à presença de V.Exa. para expor e requerer o que segue:
(Exemplo)
Na localidade em que o requerente reside tem aumentado muito
o número de assaltos, agressões e até mortes, dada a
insegurança que passou a existir no local nos últimos tempos. Já
não é possível transitar com o mínimo de tranqüilidade nem
mesmo durante o dia.
Pede Deferimento
___________________
Local/data
___________________
Nome/assinatura
Centro de Ensino à Distância 52
Sumário
O Requerimento é a forma de o cidadão se dirigir à autoridade,
solicitando um benefício. São vários os elementos de um
requerimento dependendo do assunto e da situação.
Exercícios
1. Elabore um requerimento dirigido ao Reitor da UCM
solicitando uma bolsa de estudo.
Centro de Ensino à Distância 53
Introdução
Ainda nesta unidade vamos falar de uamsi um texto administrativo.
Desta feira, o curriculum vitae.
Identificar um currículo;
Elaborar um currículo.
Objectivos
O Curriculum Vitae
A expressão curriculum vitae, provem do latine, significa
“percurso de vida” é uma documento que na permite comunicar
com os outros numa situacao concerto do mundo do trabalho.
Apresenta várias facetas do indivíduo, eo seu objectivo máximo é
despertar o interessse pela pessoa criar o desejo de falar com ela,
querer saber mais a seu respeito.
Sumário
O Currículo Vitae é um documento pessoal que descreve o
percurso de vida do indivíduo entre as suas capacidades,
habilidades e deve estar sempre actualizado.
Exercícios
1. Com base nas informações acima, elabora o seu currículo vitae.
Centro de Ensino à Distância 55
Introdução
Nesta unidade, falaremos de algumas regras elementares sobre o
funcionamento da língua portuguesa. Um dos pontos a sefuir é a
acentuação das palavras. É importante referenciar desde já que
existem três tipos de acento: grave, agudo, e circunflexo e, portanto,
as palavras da língua portuguesa podem ser agudas, graves e
esdrúxulas.
Nota:
Não são acentuados, o – i ou o – u tónico, quando seguido de
uma consoante que não seja –s: raiz; cair; Raul.
3. Palavras esdrúxulas
Todas as palavras esdrúxulas são acentuadas graficamente e a
sílaba tónica é a antepenúltima.
Com acento agudo: último; rápido; relatório…
Com acento circunflexo: pêssego; lâmpada; estômago,
providência, elegância.
Actividade 1
1. Coloque os acentos respectivos nas palavras que devem ser
acentuadas graficamente:
Japones, homem, anel, raiz, juri, apoio, clímax,
falavamos, levassemos, lessemos.
2. Em cada par de palavras, uma só é acentuada graficamente.
Identifique-a e coloque o respectivo acento.
Cuidado, tia, não caia! E caia mesmo, se não me
tivesses segurado.
A Rita hoje não pode sair. Ontem não pode, porque teve
de estudar.
O Paulo ainda não tem bilhete de futebol, mas os
amigos já tem.
Vou aquela loja comprar aquela camisola.
Por mais que me esforce, não consigo por o trabalho
em dia.
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A Importância da Pontuação
No texto abaixo apresentemos uma pequena situação
exemplificadora sobre a importância que a pontuação tem na
língua portuguesa.
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Texto
Ortografia
A ortografia é a parte da língua responsável pela grafia correta das
palavras. Essa grafia baseia-se no padrão culto da língua.
7
Sítio Por trás das letras.
Centro de Ensino à Distância 62
O fonema s:
Escreve-se com S e não com C/Ç:
As palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais
em nd, rg, rt, pel, corr e sent. Exemplos: pretender - pretensão /
expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inversão
/ aspergir aspersão / submergir - submersão / divertir -
diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório /
repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso /
sentir - sensível / consentir – consensual
Os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu.
Exemplos: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça,
caniço, esperança, carapuça, dentuço
Nomes derivados do verbo ter. Exemplos: abster - abstenção /
deter - detenção / ater - atenção / reter - retenção.
Após ditongos. Exemplos: foice, coice, traição
Palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r).
Exemplos: marte - marciano / infrator - infração / absorto -
absorção
O fonema z:
Escreve-se com S e não com Z:
Os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo,
ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos. Exemplos: freguês,
freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc.
Os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose. Exemplos: catequese,
metamorfose.
As formas verbais pôr e querer. Exemplos: pôs, pus, quisera,
quis, quiseste.
Nomes derivados de verbos com radicais terminados em d.
Exemplos: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender -
empresa / difundir - difusão
Os diminutivos cujos radicais terminam com s. Exemplos:
Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho
Após ditongos. Exemplos: coisa, pausa, pouso
Em verbos derivados de nomes cujo radical termina com s.
Exemplos: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar
O fonema j:
Escreve-se com G e não com J:
As palavras de origem grega ou árabe. Exemplos: tigela,
girafa, gesso.
Estrangeirismo, cuja letra G é originária. Exemplos: sargento,
gim.
As terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas
exceções). Exemplos: imagem, vertigem, penugem, bege,
foge.
Observação
Exceção: pajem
As terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio. Exemplos:
sufrágio, sortilégio, litígio, relógio, refúgio.
Os verbos terminados em ger e gir. Exemplos: eleger, mugir.
Depois da letra "r" com poucas exceções. Exemplos: emergir,
surgir.
Depois da letra a, desde que não seja radical terminado com j.
Exemplos: ágil, agente.
O fonema ch:
Escreve-se com X e não com CH:
As palavras de origem tupi, africana ou exótica. Exemplo:
Centro de Ensino à Distância 65
Observação:
Exceção: quando a palavra de origem não derive de outra iniciada
com ch - Cheio - (enchente).
As letras e e i:
Os ditongos nasais são escritos com e: mãe, põem. Com i, só o
ditongo interno cãibra.
Os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são escritos
com e: caçoe, tumultue. Escrevemos com i, os verbos com
infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui.
Atenção para as palavras que mudam de sentido quando
substituímos a grafia e pela grafia i: área (superfície), ária
(melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir
à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estância, que anda a
pé), pião (brinquedo).
Sumário
Quanto à acentuação as palavras podem ser agudas, graves ou
esdrúxulas. Assim, conclui-se que existem três tipos de acento:
agudo, grave e circunflexo.
Pontos de Vista
Exercícios
1. Nas frases que se seguem coloque o acento gráfico correcto nas
palavras que o exigem.
Eu, já a vários anos, nao ponho açúcar, nem no cha, nem no
cafe, so no leite.
Fui ao médico porque ha dias que ando cheio de dores de
estomago.
Porque e que ninguem aqui nem la na zona tem orgaos com
algum defeito?
O juiz chamou o advogado do reu a parte e ninguem sabe o
que lhe tera dito.
Voces leem as legendas a esta distancia.
2. Pontue a frase apenas com / . « » ( ) e , /
A arte do azulejo palavra derivada do árabe al-zu-leycha que
significa pequena pedra é herança da cultura islâmica que após
a Reconquista Cristã.
3. Pontue os seguintes textos:
Texto - A
Ao outro dia por uma radiante manhã de Julho Carlos saltava do coupé
com um molho de chaves diante do portão da quinta do Craft Maria
Eduarda devia chegar às dez horas só na sua carruagem da Companhia o
hortelão dispensado por dois dias fora a Vila Franca e pesava ali
envolvendo a estrada e a vivenda um desses altos e graves silêncios de
aldeia em que se sente dormente no ar o zumbir dos moscardos logo
depois do portão penetrava-se numa rua fresca de acácias onde cheirava
bem a um lado por entre a ramagem aparecia o quiosque com tecto de
madeira pintado de vermelho que fora o capricho de Craft e que ele
mobilara à japonesa e ao fundo era a casa caiada de novo com janelas de
peitoril persianas verdes e a portinha ao centro sobre três degraus
flanqueados por vasos de louça azul cheios de cravos só o meter a chave
devagar e com uma inútil cautela na fechadura daquela morada discreta
foi para Carlos um prazer correu logo à sala de jantar a verificar se na
mesa posta para o lunch se conservavam ainda viçosas as flores que lá
deixara na véspera depois voltou ao coupé a tirar o caixote de gelo que
Centro de Ensino à Distância 68
Texto - B
Veio para o gabinete forrado de cretones que abria sobre o corredor e
ficou ali espreitando da porta mas escondido por causa do cocheiro da
Companhia daí a um instante viu-a enfim chegar pela rua de acácias alta e
bela vestida de preto e com um meio véu espesso como uma máscara os
seus pezinhos subiram os três degraus de pedra ele sentiu a sua voz
inquieta perguntar de leve
Êtes-vous là apareceu ficaram um instante à porta do gabinete apertando
sofregamente as mãos sem falar comovidos deslumbrados
Que linda manhã disse ela por fim rindo e toda vermelha
Linda manhã, linda repetia Carlos contemplando-a enlevado
Maria Eduarda resvalara sobre uma cadeira junto da porta num cansaço
delicioso deixando calmar o alvoroço do seu coração
É muito confortável é encantador tudo isto dizia ela olhando lentamente
em redor...
Introdução
Pretendemos nesta unidade falar das relações lexicais,
particularmente a sinonímia, antónima, hiperonímia, hiponímia,
homonímia, paronímia, holonímia e meronímia, sendo estas sub-
classes das relações de significado e de sentido.
Objectivos
A sinonímia é a relação de sentido entre duas ou mais unidades
lexicais cujo significado é idêntico, ou que podem ser utilizadas
individualmente num mesmo contexto sem que com isso se
verifique uma alteração no significado do enunciado.
Será o caso das palavras viaturas e carro em:
Eles acabaram por comprar um carro. (viatura).
Sumário
As relações lexicais são sempre tipos de relações de sentido e as
palavras que as ilustram supõem que o contexto linguístico e a
situação empregue são adequados.
Exercícios
1. Estabeleça a relacao existente as lexicas.
2. Apresente palavras (duas para cada caso) para as diferentes
sub-classes das relacoes lexicais.
Centro de Ensino à Distância 72
Introdução
Nesta unidade didáctica vamos falar de alguns processos de
formação de palavras decorrentes na língua portuguesa. Vamos
falar dos processod de derivação e composição.
chamados sufixos.
Os prefixos raramente modificam a classe gramatical do
vocábulo a que se associam.
Ex: fazer/desfazer (verbo);
Amor/desamor (substantivo);
Feliz/infeliz (adjectivo).
Sumário
Os processos de formação de palavras: composição e derivação
relacionam-se com a constituição de novas palavras, gerando novas
classes gramaticais. É de realçar que a derivação é o processo que
permite formar novas palavras a partir de uma palavra já existente
na língua, mediante o crescimento de um afixo ao radical da
palavra primitiva, enquanto a composição consiste na constituição
de uma nova palavra por meio de elementos aptos a serem
utilizados de forma livre.
Exercícios
1. Diz o que entendes por composição e derivação.
2. Indica o processo de formação de palavras das seguintes
palavras: aguardente, passaporte, rapazola, fidalgo, automático,
biosfera.
3. Qual é a natureza dos compostos eruditos?
Centro de Ensino à Distância 77
Introdução
No contexto de comunicação a frase tem sido a unidade mínima de
acordo com a língua. Torna-se imprescindível que os falantes da
Língua Portuguesa sejam capazes de produzir frases simples, pois a
partir destas poderão elaborar as frases complexas.
Frase – Conceito
A frase, segundo critérios ortográficos, semânticos e prosódicos,
pode definir-se como a maior unidade de descrição gramatical.
Ela é uma unidade sequencial autónoma – ordenação de palavras
e morfemas delimitada no início por uma maiúscula e no fim por
um sinal de pontuação forte ou uma entoação descendente ou
ascendente – e uma unidade de sentido.
Tipos de Frase
Classificam-se as frases em diversos tipos de acordo com a
necessidade de distinguir os diversos tipos de actos que elas
permitem realizar: asserção, interrogação, exclamação, ordem.
Asserção
Acto de que consiste em transmitir um conteúdo na forma
declarativa. Uma asserção pode revestir um carácter afirmativo ou
negativo.
Ex: Hugo chegou de férias.
Hugo não chegou de férias.
Interrogação
Acto de fala que exprime um pedido de confirmação ou de
informação, o que permite defini-lo como a primeira parte de par
pergunta – resposta. Ex: - Ele virá? - Talvez.
Exclamação
Acto de fala que marca a reacção afectiva do locutor a respeito do
referente visado. Na língua oral, a exclamação distingue-se pela
sua prosódia e na grafia pelo/!/.
Ordem
Acto de fala que marca a expressão de uma intimação. Trata-se de
uma categoria semântica cujas formas são variadas. A ordem
exprime essencialmente pela forma imperativa dos verbos ou pelo
conjuntivo (nas formas que o imperativo não tem):
Ex: Ide embora!
Queira retirar-se, por favor!
Formas de Frase
As formas de frase estão intrinsecamente relacionadas com a
intenção do locutor mediante o seu interlocutor. Daí, cada uma das
modalidades assertiva, interrogativa, exclamativa e de ordem é
susceptível de ser apresentada sob várias formas:
Centro de Ensino à Distância 80
Forma enfática
Não foi só o Tiago quem comeu os rebuçados.
Sumário
A natureza das frases simples comporta em si, os tipos e formas de
frase. Assim, temos frase (modalidades) assertiva, interrogativa,
exclamativa e de ordem. Por outro, correlativamente as
modalidades temos as formas afirmativas ou negativa, activa ou
activa e enfática ou neutra.
Exercícios
1. Elabora duas frases para cada tipo de frase, usando as diferentes
formas de frase por si aprendidas.
Centro de Ensino à Distância 81
Introdução
Nesta unidade falaremos da coordenação e da subordinação –
processos de produção de frases complexas por meio de
conjunções e locuções coordenativas e subordinativas.
Relações de Coordenação
Coordenação – é a ligação de duas orações independentes que
se apresentam no mesmo nível e sem que uma esteja dependente
da outra. A ligação de orações é feita por meio de conjunções
coordenativas. Estas, segundo a conjunção/locução conjuntiva
que as une, podem ser: copulativas (sindéticas e assindéticas),
disjuntivas, adversativas, conclusivas e explicativas.
Relação de Subordinação
Subordinação – é a relação de uma oração não autónoma com
uma oração principal. A oração não autónoma depende da
oração principal. As orações subordinadas são aquelas que se
ligam por meio de conjunções subordinadas. Elas podem ser:
Sumário
As orações subordinadas são aquelas que se ligam por meio de
conjunções subordinadas. Elas podem ser: relativas – introduzidas
por um pronome que tem uma função sintáctica na oração
introduzida por esse pronome. Estas podem ser adjectivas
(explicativas ou restritivas) ou substantivas.
Exercícios
1. Divide e classifique as orações das frases seguintes:
a) O rapaz que vimos hoje é simpático
b) Se me ajudares, sairei contigo
c) Fechou o frasco para que não se evaporasse
d) O aluno que estuda passa de classe
e) Quem vai ao mar perde lugar
f) Susana, que não se sentia bem, estava de cama
g) Não, o meu coração não é maior que o mundo.
h) O avestruz tem asas mas não voa,
i) Quis fugir, mas não pôde.
j) O rapaz saiu a correr, galgou as escadas duas a duas ainda
apanhou o autocarro,
k) Será uma vida nova, começará hoje, não haverá nada para
trás,
Centro de Ensino à Distância 85
Introdução
São três os tipos de discurso relatado que enunciaremos nesta
unidade: discurso directo, discurso indirecto e discurso indirecto
livre.
Objectivos
Distinguir diferentes tipos de discurso relatado.
Discursos Relatados
O discurso directo é marcado por um sistema de regras. Na
língua oral por uma determinada entoação (prosódia, acento), por
um determinado movimento (as mímicas, posturas e gestos que
acompanham a enunciação) e na língua escrita, por determinados
signos de pontuação: aspas, travessões, itálicos. Este discurso pode
conter diferentes espécies de enunciados:
Actos de fala indirectos – Queres apanhar? (ameaça)
Ordens – Fecha a porta!
Perguntas – Queres vir ao cinema?
Exclamações – Céus, o meu cão!
Interjeições – Ai, ai!
Ex: O Ministro da Defesa exigiu um aumento do seu salário para
salvaguardar “a honra das forças armadas”.
Sumário
O discurso relatado compreende três principais tipos: discurso
directo, discurso indirecto e indirecto livre. A particularidade dos
discursos indirecto e indirecto livre assenta-se no facto do
enunciador do discurso indirecto livre é representado na forma de
terceira pessoa (ele, ela) e não de primeira pessoa (eu). Também
não é precedido de um verbo introdutor nem de conjunções de
subordinação (como o discurso indirecto).
Exercícios
1. Identifica o discuso utilizado e passe para um outro tipo:
A Paula voltou-se para o Luís e disse:
- Fui chamada para uma entrevista numa multinacional.
Luís: - Óptimas notícias! Parabéns! Espero que corra tudo
bem e sejas admitida.
Centro de Ensino à Distância 87
Introdução
Os níveis de língua correspondem as variantes da língua (aos níveis
fónico, vocabular, morfológico e sintáctico) devidas quer à época a
que respeitam, quer ao nível cultural e social do emissor, quer à
situação em que encontram e aos receptores a quem se dirige.
Sumário
Os níveis de língua compreendem quatro níveis de comunicação, o
familiar, corrente, cuidado, a norma e o desvio, em relação ao
Português Europeu. Estes níveis ocorrem de acordo com o grau de
envolvimento ou relacionamento entre os intervenientes (quer a
nível interpessoal, quer de instituição), bem como no âmbito
literário.
Exercícios
1. Indica a importância dos níveis de Língua.
2. Estabeleça uma relação entre norma e desvio.
3. Elabore dois enunciados para cada nível de Língua.
4. Faça uma reflexão crítica sobre os conceitos de variação e
norma linguística.
5. Olhando para o português falado em Moçambique onde
podemos enquadrar: variação? Desvio? Ou norma?
Centro de Ensino à Distância 93
Introdução
Nesta unidade falaremos das formas de tratamento que estão
directamente ligadas às formas de tratamento e formas de cortesia.
Nota-se:
1. Interessam, pela sua variação, as formas usadas como sujeitos.São
essencialmente de três tipos:
a) Tratamentos pronominais (Tu/Você/Vocês/Vossa Excelência);
b) Tratamentos nominais (O Senhor/ A senhora/ O senhor
Doutor/ O senhor Ministro/ O pai/ A avó/ o Eurico/ A
Cristina/ O meu amigo/ O camarada/etc.);
c) Tratamentos verbais, isto é, simples utilização da desinência do
verbo como referência ao interlocutor (Queres? / Vêm?).
2. Regista-se que apenas o tratamento nominal caracteriza o
interlocutor.
3. As formas de tratamento integram-se em três níveis, em função do
grau de relacionamento:
a) Formas próprias de intimidade;
b) Formulas usadas no tratamento de igual para igual ou de
superior para inferior, que não implicam intimidade;
c) Formas chamadas de reverência, repartidas por uma série
muito variadas de níveis, correspondentes a distâncias diversas
entre os interlocutores.
4. Regista-se que muitos tratamentos pronominais variam, consoante
impliquem a pessoa com quem se fala, quer a pessoa de quem se
fala. Por exemplo:
“Peço a Vossa Excelência, Senhor Ministro...”
“Sua Excelência o Senhor Ministro determinou...”.
Centro de Ensino à Distância 96
Sumário
As formas de tratamento correspondem as formas um interlocutor
usa para se dirigir a outro interlocutor, que como vocativos, quer
como sujeitos das frases.
Exercícios
1. O que entende por formas de tratamento?
2. Elabore frases, usando as diferentes formas de tratamento por ti
estudadas (duas para cada caso).
Centro de Ensino à Distância 97
Introdução
Nesta unidade, falaremos da escrita administrativa, também
chamada funcional e instituicional. Esta tipologia textual vem-se
afirmando, entre nós desde os anos 60, com o desenvolvimento do
sector dos serviços. De uma forma particular, vamos debruçar
sobre as componentes do relatório enquanto documento
administrativo e científico.
Definir relatório
Relatório
Trata-se de uma declaração formal dos resultados de uma investigação
feita por alguém, que em relação a ela recebeu instruções de um outro,
sob a forma de pedido ou ordem. Exige estudo prévio e aprofundado,
elevado grau de elaboração e matéria para apreciação e decisão
superiores. O relatório deve ser persuasivo, decisivo e voltado para a
acção.
Tipos de Relatórios
Relatório clássico
Relatório de inquérito,
Relatório crítico,
Relatório de síntese.
Centro de Ensino à Distância 98
Estrutura do Relatório
Os elementos constantes num relatório são os que passamos a
apresentar:
Página de rosto,
Índice geral,
Resumo,
Introdução,
Corpo (proposição, demonstração, sugestão),
Conclusões,
Recomendações,
Apêndices,
Agradecimentos,
Bibliografia.
Sumário
Relatório é uma declaração formal dos resultados de uma
investigação feita por alguém, que em relação a ela recebeu
instruções de um outro. Por outro lado, a acta é a reprodução de
factos, decisões e opiões reportados a assembleias, reunões ou
conselhos.
Exercícios
1. Redige uma acta da reunião que participar;
2. Elabore um relatório de actividades laborais da tua escola
Centro de Ensino à Distância 101
Introdução
Nesta unidade ocuparemos a nossa atenção para falarmos da
argumentação. O discurso argumentativo é aquele que visa intervir
sobre as opiniões, atitudes ou comportamentos do interlocutor ou
de um auditório tornando credível ou aceitável um enunciado. No
geral, o texto argumentativo tem a intenção de argumentar para
alcançar o efeito de persuadir, de modificar opiniões ou crenças do
interlocutor.
Sumário
Um texto argumentativo tem como objectivo persuadir alguém das
nossas ideias. Deve ser claro e ter riqueza lexical, podendo tratar
qualquer tema ou assunto.
Exercícios
1. Tendo em conta os tipos de textos argumentativos, diz qual deles é
utilizado na esfera científica/académica? Justifica com ecxemplos
concretos.
2. Com base nos conhecimentos que apreendeste, elebore um texto
expositivo-argumentativo com uma temática ligada a necessidade de
massificação da educação para pessoas da terceira idade.
Centro de Ensino à Distância 104
Introdução
Narrar é contar um facto ou um acontecimento com habilidade, de
modo a manter a constante atenção do leitor. É indispensável que
exista uma acção, que esta caracterize as personagens e ajude a
descobrir as suas intenções.
Objectivos
Caracterizar um texto narrativo oral e escrito;
Narrar uma história.
Sumário
Narrar é contar um facto ou um acontecimento com habilidade, de
modo a manter a constante atenção do leitor. A narração pode ser
real ou imaginária. A narração deve apresentar uma coerência de
acordo com o modo de apresentação da narrativa.
Exercícios
1. O que entende por um texto narrativo?
2. De forma resumida, fale das características discursivas do
texto narrativo.
Centro de Ensino à Distância 107
Introdução
Nesta unidade didáctica vamos falar do texto descritivo, das suas
características linguísticas e discursivas.
Texto Descritivo
A descrição caracteriza-se pela presença de determinados índices
e por determinadas construções linguísticas. Conectores: e, de
novo, em seguida, enfim, em suma. Que têm uma função coesiva
coordenando a temporalidade e o desenvolvimento dos vários
momentos do texto. O uso de conectores depende estritamente da
estratégia ilocutória do descritor (expor, explicar, argumentar)
subjacente ao seu texto.
Sumário
O texto descritivo caracteriza-se pela presença de determinados
índices e por determinadas construções linguísticas.
Exercícios
1. Diz o que entende por um texto descritivo.
2. Que elementos figuram numa descrição?
3. Elabore um texto com um título a sua escolha.
Centro de Ensino à Distância 110
Introdução
Os textos apresentam diversas tipologias, identificadas pela sua
natureza (estrutura, tipo de linguagem). No presente capítulo
pretendemos abordar alguns aspectos do texto poético.
Texto Poético
O texto poético é literário, daí que a sua intenção não é de
informar, mas sim de deleitar a partir de recurso a uma
linguagem fortemente conotativa, a apresentação de densidade e
subjectividade no conteúdo e na linguagem e uma produtividade
literária, expressa em realizações individuais de linguagem, em
desvios que irão tornar-se uso.
Nota-se:
1. As estrofes têm nome diferente consoante o número de versos
que abrangem-se.As estrofes classificam-se de acordo com o
número de versos:
Um verso (monóstico);
Dois versos (dístico ou parelha)
Três versos (terceto);
Quatro versos (quadra);
Cinco versos (quintilha);
Seis versos (sextilha);
Sete versos (septilha);
Oito versos (oitava);
Nove versos (nona);
Dez versos (décima) e
Onze a mais versos, designam-se irregulares.
Sumário
O texto literário é caracterizado por uma linguagem poética,
precimamente para suscitar um prazer de leitura. A versificação
confere ao texto uma mancha gráfica própria.
Exercícios
1. Apresente um texto literário, caractereze-o de cordo com a sua
mancha gráfica e o tipo de linguagem.
2. O que é necessário para se interpretar um texto literário, tendo
em conta a função de linguagem poética.
Centro de Ensino à Distância 112
Introdução
Os recursos estilísticos, também designados de figuras de estilo
consistem em manifestar um significado por uma outra expressão
que não o termo “próprio” que lhe está habitualmente ligado. No
contexto literário, os recursos estilísticos é que tornam o texto
literário, embora se enquadrem a outra tipologia textual, caso dos
textos publicitários.
Recursos Estilísticos
Os recursos estilísticos ou figuras de estilo é que corporizam o
texto literário.
Ex.: Os teus olhos são dois lagos encantados onde o céu se mira
como num espelho!
Érico Veríssimo, Clarissa
Sumário
O texto literário distingue-se do não literário pela recriação que faz
do real; evoca e sugere através do recurso a desvio literários,
utilizando outras maneiras de dizer que não são propriamente as da
norma da língua.
Exercícios
1. Faça uma pesquisa em gramáticas e apresente todas as figuras de
estilos existentes, agrupando-as de acordo com os níveis
existentes. Não te esqueça de apresentar os seus respectivos
exemplos.
2. Porque que é que no texto literário não predomina a linguagem
popular?
Centro de Ensino à Distância 115
Referência ibliografia