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Caso Clínico
Cristian, 5 anos, não pode deixar a mãe, sendo sempre tomado de pânico toda
vez que se separa dela. Apresenta comportamento fóbico, reforçado pela mãe: “Você
vai ficar sozinho enquanto eu vou falar com a senhora. Não tenha medo, meu
coraçãozinho, não virá nenhuma pessoa má”. São ouvidos urros da criança, que até
então, estava calma.
Quando bebê, Cristian era um pequeno vomitador. Foi em seguida, confiado a
uma babá não afetuosa, que não falava. Quando a mãe retoma os cuidados ao mesmo,
aos 4 anos e meio, o menino apresenta um sério atraso de linguagem. Na pracinha,
nega-se a brincar com as crianças. Brinca sempre sozinho. Diz a mãe: “A senhora
entende, ele gosta de brincar, mas eu não gosto”.
O pai de Cristian, foi marcado na sua juventude por um drama familiar, sobre o
qual não quer falar. Ele só vive para seu trabalho, é taciturno, sem amigos.
A mãe sofre de desmaios desde a idade de 15 anos. Não tem amigas e o
casamento a isolou de todos.
É pedido que Cristian siga a terapeuta até o consultório para “baterem um
papo”. A criança levanta-se sem dificuldades, quando a mãe intervém: “Vai, meu anjo,
meu santinho, você não vai tomar injeção”. O menino então urra e deita-se no chão em
posição fetal. O mesmo acalmou-se, quando a terapeuta volta a trazer a mãe para
dentro do setting terapêutico; ocupando-se então com revistas ilustradas, fornecidas
pela secretária.
Durante a entrevista, a mãe de Cristian informa à terapeuta, que a criança é
enurética e quando perguntado se isso o aborrece, o menino responde: “Mamãe é que
cuida disso, não eu”.
Questões:
1) Discutam o caso e apontem, no mínimo, um ponto de fixação e um mecanismo
de defesa. Elaborem uma proposta de intervenção a nível familiar e individual.