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Academia Militar "Marechal Samora Machel"

Departamento dos Cursos - Pós-Laboral

Módulo V – desenvolvimento cognitivo e aprendizagem

Mestrado em Psicopedagogia 2, Semestre I; 2021

Neusa Paula Francisco

A relação entre desenvolvimento humano e aprendizagem: Perspetivas


teóricas

O resumo em relance é resultado da leitura do artigo intitulado A relação entre


desenvolvimento humano e aprendizagem: Perspetivas teóricas de Piaget, Vygostsky e Freud,
com mais destaque nas teorias de Piaget que atribui enfase aos conceitos de acção e de
coordenação das ações e Vygostsky que prioriza a zona de desenvolvimento proximal.

Peaget alicerça a sua explicação de desenvolvimento cognitivo e afetivo na assimilação,


acomodação e na equilibração, segundo ele o individuo constrói esquemas de assimilação
mentais para abordar a realidade e a acomodação ocorre em caso de houver a modificação.
Nestes termos podemos dizer que esquemas são estruturas mentais que organizam a realidade
para atende-la, assimilação e a capacidade do individuo incorporar objetos da cognição a sua
estrutura cognitiva, e a acomodação consiste no reajuste que ocorre na estrutura cognitiva de
forma a incorporar novas informações, finalmente a equilibração e o equilíbrio existente entre
a assimilação e acomodação, neste caso quando o sujeito não incorpora o objecto estamos
diante um desequilíbrio que pode ser majorante ou não.

A abordagem piagetiana considera a experiência uma acção que contribui a adaptação do


sujeito sobre o objeto e propõe a existem de 2 tipos de experiência a física e logico-matemática.
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A partir do enfoque no conceito de coordenação das ações Piaget introduziu os estágios de
desenvolvimento, para este autor os conhecimentos derivam da ação no sentido já abordado, e
para que ocorra aprendizagem é preciso haver uma relação entre sujeito e objeto, assim as
escolas devem proporcionar atividades desafiadoras que estimulem desequilíbrio e
reequilíbrios sucessivos, para conduzir o aluno as novas descobertas e construção do
conhecimento. Contudo para Piaget a aprendizagem é um epifenómeno do desenvolvimento
que depende em tudo do desenvolvimento e suas possibilidades são Abetas ou limitadas pelo
desenvolvimento cognitivo, afetivo e interesse do sujeito.

A passo que Vygostky aborda o desenvolvimento psicológico da criança como fenómeno


ligado as condições objetivas da organização social. Assim toda a função no desenvolvimento
cultural da criança aparece duas vezes em dois planos: Social e no psicológico esta análise de
Vygostsky trás implicações diretas para o ensino uma vez que ressalta a dependência do
desenvolvimento psicológico da criança em relação a aprendizagem. Afirma ainda que o
desenvolvimento psíquico da criança, encontra-se sempre uma nova estrutura de idade que
configura e reorganiza a personalidade dela sobre nova base.

Chaiklin, (2011, p. 665), citado por Corrêa (2017). A nova formação central “produzida em um
dado período etário é consequência das interações da criança na situação social de
desenvolvimento, envolvendo funções psicológicas relevantes que ainda não amadureceram”.
Isso contextualiza o conceito vygotskyano de importância do desenvolvimento psicológico: a
Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) que é usada para dois diferentes propósitos
identificar os tipos de funções psicológicas em maturação e as interações sociais a elas
associadas necessárias para a transição de um período do desenvolvimento para o outro; e é
identificar o estado atual da criança em relação ao desenvolvimento dessas funções necessárias
para essa transição. Na perspectiva vygotskyana, para uma dada zona objetiva de
desenvolvimento proximal, é possível tentar avaliar o estado atual de desenvolvimento de uma
criança, entretanto a Zona subjetiva é a avaliação do estado atual da criança em relação às
funções psicológicas necessárias à transição de um nível de desenvolvimento para outro.
Nesses preceitos vygotsky enaltece o papel do professor destacado como mediador entre o
aluno e o conhecimento, cabendo a ele intervir na ZDP dos aluno, neste caso os educadores,
precisam estar atentos ao desenvolvimento psíquico em diferentes etapas da criança, para que
possam estabelecer estratégias que favoreçam a apropriação do conhecimento científico.

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Em contra partida para Freud a criança, desde a mas tenra idade manifesta curiosidades
relacionadas a sexualidade, lançando observações e investigações sexuais, assim quando a
criança começa a investigar a sua sexualidade desperta a sua curiosidade em aprender ,salienta
ainda que são três os destino da sua investigação, entre elas a sublimação que constitui a
terceira alternativa das três referidas variações, sendo apenas ela que iremos recortar. O
mecanismo da sublimação seria, então, o processo de desvio das forças pulsionais sexuais para
novos objectos, tendo como fundamento a renuncia pulsional toda pulsão é sexual e pulso
significa energia, neste caso pulsos psíquicos que conduzem o comportamento humano.com
tudo a sexualidade não se limita ao corpo biológico pois é traduzida por experiencias psíquicas
inconscientes. Para a teoria psicanalítica de Freud, outro mecanismo em jogo, que esta
intimamente associado e é solitário a sublimação, na tarefa de dessexualizar o pensamento,
trata-se da necessária força inibitória que constitui obstáculo a pulsão sexual e indica, pois, dois
tipos de inibições: uma necessária e outra patológica, que ocorre quando essa necessária
fracassa. Freud indica um paradoxo no nível do mecanismo da inibição, no ponto de vista da
psicanalise existem inibições, embaraços escolares passageiros que fazem parte do processo de
aprendizagem e são importantes para assentar o acto de aprender. Na visão psicanalista de
Freud o papel do professor é transmitir um saber não totalizante que confira abertura para que
o sujeito coloque algo próprio, para que a criança tenha espaço para inventar, produzir novos
sentidos a partir da castração no saber do Outro educador

Contudo enquanto a teoria piagetiana da enfase na maturação das estruturas cognitivas do


sujeito como construtor da aprendizagem, para vygotsky o desenvolvimento se da na interação
social, e Freud que fala da sexualidade não se limita ao corpo biológico pois é traduzida por
experiências psíquicas.

Bibliografia
Corrêa, C. R. (2017). A relação entre desenvolvimento humano e aprendizagem:pespectivas
teoricas. 21, pp. 380-386. Univercidade Fideral de Juiz de fora MGBrazil.

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