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Elementos clássicos

elementos que foram propostos para


explicar a natureza e a complexidade de
toda a matéria em termos de
substâncias mais simples

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Saiba mais

Os elementos clássicos normalmente se


referem aos conceitos de terra, água, ar,
fogo e (depois) éter, que foram
propostos para explicar a natureza e a
complexidade de toda a matéria em
termos de substâncias mais simples.[1][2]
Os quatro elementos em de responsione mundi et de astrorum ordinatione de Isidoro de Sevilha.

Culturas
As culturas antigas na Pérsia, Grécia,
Babilônia, Japão, Tibete e Índia tinham
listas semelhantes, às vezes se referindo
em idiomas locais a "ar" como "vento" e o
quinto elemento como "vácuo". O
sistema chinês Wu Xing lista Madeira ( 木
mù), Fogo ( 火 huǒ), Terra (土 tǔ), Metal
(金 jīn) e Água (水 shuǐ), embora estes
sejam descritos mais como energias ou
transições do que como tipos de
material.

Essas diferentes culturas e até filósofos


individuais tinham explicações muito
variadas sobre seus atributos e como
eles se relacionavam com fenômenos
observáveis, bem como com a
cosmologia. Às vezes, essas teorias se
sobrepunham à mitologia e eram
personificadas em divindades. Algumas
dessas interpretações incluíam
atomismo (a ideia de porções muito
pequenas e indivisíveis da matéria), mas
outras interpretações consideravam os
elementos como divisíveis em pedaços
infinitamente pequenos sem alterar sua
natureza.

Enquanto a classificação do mundo


material na antiga Índia (Mahābhūta),
Egito helenístico e Grécia antiga em Ar,
Terra, Fogo e Água era mais filosófica,
durante a Era de Ouro Islâmica, os
cientistas medievais do Oriente Médio
usaram observação prática e
experimental para classificar materiais.[3]
Na Europa, o sistema grego antigo de
Aristóteles evoluiu levemente para o
sistema medieval, que pela primeira vez
na Europa ficou sujeito a verificação
experimental nos anos 1600, durante a
Revolução Científica.
Ciência
A ciência moderna não apoia os
elementos clássicos como base material
do mundo físico. A teoria atômica
classifica os átomos em mais de cem
elementos químicos, como oxigênio,
ferro e mercúrio. Esses elementos
formam compostos e misturas químicas
e, sob diferentes temperaturas e
pressões, essas substâncias podem
adotar diferentes estados da matéria. Os
estados mais comumente observados
de sólido, líquido, gás e plasma
compartilham muitos atributos com os
elementos clássicos da terra, água, ar e
fogo, respectivamente, mas esses
estados se devem ao comportamento
semelhante de diferentes tipos de
átomos em níveis de energia parecidos, e
não por conter um certo tipo de átomo
ou certo tipo de substância.

História antiga
Também na Índia se vê a aplicação
desse conceito de elementos que entram
em partes equilibradas na composição
da matéria, quando a medicina
ayurvédica tenta equilibrar os três
humores: vento, fogo e terra.

Esses humores formaram a base da


medicina de Hipócrates, e ainda fazem
parte da psiquiatria, onde se sabe que
certas doenças mentais graves, como a
esquizofrenia, está associada a certos
tipos físicos (como longilíneo, brevilíneo,
etc.) A predominância de certo elemento,
ou humor, determina o tipo físico da
pessoa, segundo os médicos de Cós.

A astrologia, quando usada para estudar


aspectos médicos das doenças,
investigava se a pessoa era do tipo
sanguíneo (ar), fleumático (água),
colérico (fogo) ou bilioso (terra, também
chamado nervoso). A cada um desses
biotipos corresponde, de acordo com a
medicina antroposófica, o seguinte
órgão:
colérico: coração
fleumático: fígado
sanguíneo: rins
bilioso: pulmão

Cada um desses tipos teria então um


órgão indicativo de seu estado de
relativa saúde ou doença, e durante
determinada estação do ano estaria
mais propenso aos desequilíbrios.

Os elementos da natureza podem ser


associados aos estados físicos da
matéria:

Terra → Sólido
Água → Líquido
Ar → Gasoso
Fogo → Plasma

Visões

Visão natural

Os 4 elementos é a expressão utilizada


para referir-se aos elementos naturais:
Água, Terra, Fogo e Ar. Essa expressão
refere-se ao que seria essencial à vida
humana no planeta. Se considerarmos
como tipos de matéria que formam a
natureza, a expressão está errada pois
fogo não pode ser considerado uma
matéria natural, pois trata-se do
resultado de uma reação
química.Também o conceito de
elemento foi mudado pela Química e
Física modernas. Considera-se como
elemento os diferentes tipos de átomos
que formam moléculas, tanto naturais
como artificiais (reações induzidas pelo
Homem). A água, por exemplo, se
constitui na verdade em uma molécula
resultante da ligação natural de dois
elementos químicos: o oxigênio e o
hidrogênio.

Visão astrológica

Em Astrologia, cada elemento influencia


um grupo de três signos astrológicos. O
ar, por exemplo, influencia os signos
Aquário, Gêmeos e Libra.
A expressão serve de inspiração para
várias obras literárias, desenhos
animados, etc.

Exemplos: Avatar: The Last Airbender,


Avatar: The Legend of Korra, Duelo
Xiaolin, Quarteto Fantástico, witch entre
outros.

Visão filosófica

A ideia dos 4 elementos básicos provém


dos primórdios da Filosofia. No Ocidente,
foi ensinada no período pré-socrático,
perdurou na Idade Média e chegou até o
Renascimento. Mas o conceito é antigo
no Oriente, tendo sido disseminado na
Índia e na China, onde encontra-se na
base do Budismo e Hinduísmo,
principalmente no contexto esotérico.
Hoje em dia há quem corresponda os 4
elementos clássicos com os 4 estados
da matéria: Sólido, Líquido, gasoso e
Plasma.

Sob certos aspectos, Parmênides e


Heráclito pensavam de maneira
totalmente oposta. A razão de
Parmênides deixava claro que nada pode
mudar. Mas as experiências sensoriais
de Heráclito deixavam igualmente claro
que a natureza está em constante
transformação. Qual dos dois tinha
razão? Será que devemos confiar no que
nos diz a razão, ou será que devemos
confiar nos sentidos? Ele achava que
tanto Parmênides e Heráclito tinham
razão numa de suas afirmações. Mas
estavam totalmente enganados quanto à
outra.

Para Empédocles a grande discórdia


estava no fato que ambos os filósofos
tinham assumido com ponto de partida o
fato quase inquestionável que haveria
apenas um elemento básico. Se isso
fosse verdade o abismo entre o que a
razão nos diz e o que nossos sentidos
percebem seria intransponível.
Precisamos acreditar no que vemos e o
que vemos é justamente o fato de que a
natureza está em constante
transformação.

Para a natureza, portanto, seria


impossível produzir alguma coisa a partir
de um único elemento básico.

Empédocles acreditava que a natureza


possui ao todo 4 elementos básicos
também chamado por ele de “raízes”.
Estes quatro elementos eram a terra, o
ar, a água e fogo.

Visão divina

Ordem Dos Elementos + Apostola +


Conforme se estabelece previamente e
divinamente a ordem dos quatro
elementos da natureza na criação segue:

O quinto elemento
Para os gregos que seguiam a tradição
pitagórica e aristotélica, o "quinto
elemento" era chamado de "quinta-
essência" ou quintessência, o elemento
"perfeito" e que existiria no plano
cósmico ou não terrestre, formador da
lua, do sol, do céu e das estrelas.
Geralmente é correspondido com a ideia
do Éter, que representa a negação lógica
do vácuo. A teoria da quinta-essência foi
adotada pelos Escolásticos da Igreja
Católica e começou a sofrer forte ataque
principalmente quando Galileu observou
a existência de relevo na Lua, o que
provava a "imperfeição" cósmica.

Na linha mais esotérica há autores ainda


que consideram o quinto elemento como
o relâmpago, sendo relacionado com a
vida; outros consideram o metal ou o aço
e outros dizem que existem apenas 4
elementos. Há ainda aqueles que dizem
que o quinto elemento é o gelo, que é
considerado por eles diferente da água.
[carece de fontes]

Referências
1. Boyd, T.J.M.; Sanderson, J.J. (2003).
The Physics of Plasmas (https://boo
ks.google.com/books?id=bAmqvuGT
UJ4C&pg=PA1) . Cambridge
University Press. [S.l.: s.n.]
ISBN 9780521459129.
LCCN 2002024654 (https://lccn.loc.g
ov/2002024654)

2. Ball, P. (2004). The Elements: A Very


Short Introduction (https://books.goo
gle.com/books?id=uaBczzC4wvIC&p
g=PT33) . OUP Oxford. Col: Very
Short Introductions. [S.l.: s.n.]
ISBN 9780191578250

3. Science and Islam, Jim Al-Khalili.


BBC, 2009
Ver também
Teoria dos cinco elementos (Chinesa)

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?
title=Elementos_clássicos&oldid=64973239"

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